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ESTADO DE SANTA CATARINA POLCIA MILITAR DIRETORIA DE INSTRUO E ENSINO

LEGISLAO

INSTITUCIONAL

Elaborao: Cap PM Carlsbad Von Knoblauch Professor/Instrutor: Asp Of PM Rodrigo

CFSD

2011

Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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MENSAGEM DO COORDENADOR DA DISCIPLINA Prezados(as) alunos(as), A disciplina de Legislao Institucional deve servir de base para todas as demais que sero lecionadas no Curso de Formao de Soldados. Aqui, os Senhores aprendero a vivenciar o dia-a-dia da caserna, com as normas bsicas de continncia, deferncias e servios internos. Nestes ltimos, iro proteger o quartel, mesmo com o risco da prpria vida. Passar por dificuldades em servios primrios como: planto, sentinela, ronda, operaes policiais, eventos esportivos, etc, mas, dificuldades estas, que serviro para engrandecimento profissional, para a valorizao de cada segundo de suas preciosas vidas. Em pouco tempo percebero que ingressaram numa Corporao grandiosa, com mais de onze mil integrantes e uma histria que vai se aproximando cada vez mais dos duzentos anos de existncia. Esto abraando muito mais que uma simples profisso: uma carreira, uma vocao. Importante ressaltar que muitas vezes no recebero o tratamento devido, sero mal compreendidos, e nem sempre bem vindos, mas a recompensa poder vir na resoluo de problemas da sociedade, na retirada de mais um infrator das ruas, na preveno do crime e quem sabe em atos hericos que podero ocasionar inclusive, suas promoes. Aproveitem cada momento na escola, e mais especificamente, nesta disciplina, aqui o local para fazer perguntas, principalmente aquelas que vocs no venham a encontrar respostas nas demais. Sucesso! Capito PM Carlsbad Von Knoblauch Coordenador Estadual da disciplina de Legislao Institucional [email protected] ou [email protected] - (48) 9117.0371Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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SUMRIO1. HISTRICO DA INSTITUIO....................................................................................................4 SINOPSE HISTRICA DA POLCIA NO BRASIL.............................................................................4 HISTRIA DA PMSC...................................................................................................................4 ALGUMAS DATAS IMPORTANTES PARA A POLCIA MILITAR.......................................................5 2. RISg......................................................................................................................................10 3. R-Cont...................................................................................................................................21 4. R D P M S C...........................................................................................................................45 5. REGULAMENTO P A D.........................................................................................................70 6. E S T A T U T O......................................................................................................................91 7. PLANO DE CARREIRA DAS PRAAS......................................................................................133 8. LEI COMPLEMENTAR N. 318 de 17 janeiro de 2006.............................................................133 Das Disposies Preliminares...............................................................................................133 Dos Critrios de Promoo...................................................................................................135 Das Condies Bsicas.........................................................................................................136 Do Processamento das Promoes.......................................................................................136 Da Comisso de Promoes de Praas.................................................................................136 Das Disposies Finais.........................................................................................................137 Das Disposies Gerais........................................................................................................140 Dos Conceitos e Definies..................................................................................................140 Da avaliao, da Arregimentao e do Quadro de Acesso....................................................141 Do Incio da Carreira e dos Cursos de Formao..................................................................142 Das promoes.....................................................................................................................142 Dos Recursos........................................................................................................................143 Das disposies Finais e Transitrias....................................................................................143

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HISTRICO DA INSTITUIO

SINOPSE HISTRICA DA POLCIA NO BRASIL A histria da Polcia no Brasil remonta ao sculo XIX, mais precisamente ao ano de 1808, com a vinda da Famlia Real Portuguesa para o Brasil, fugindo da invaso de Napoleo a Portugal. Ao chegar ao Brasil, D. Joo VI traz junto consigo a Diviso Militar da Guarda Real de Polcia, considerada como sendo o embrio da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro, iniciando assim a histria das Polcias no Pas. Na poca da declarao da Independncia, em 1822, a segurana da populao se confundia com a prpria segurana da nao. No se tinha nesta poca a noo que temos hoje a respeito de segurana pblica, nem tampouco organizaes que se dedicassem exclusivamente a este mister. A prpria legislao era omissa quanto a este assunto. A Constituio do Imprio, de 1824, por exemplo, nada referenciava a respeito de segurana pblica. Ento a primeira polcia constituda no Brasil foi a do Rio de Janeiro, posteriormente difundiu-se para as provncias. HISTRIA DA PMSC A Polcia Militar de Santa Catarina foi criada no dia 05 de maio de 1835, quando o Brasil tinha apenas 13 anos de idade como nao independente e a populao de Desterro - hoje Florianpolis - em sua maioria ainda andava descala ou no mximo usava tamancos. A Fora Policial, como se chamava ento, nascia numa provncia muito atrasada em relao a outras do pas e teve, desde o incio, uma importncia maior, afinal, a costa catarinense - principalmente a Ilha de Santa Catarina era considerada ponto estratgico militar para todas as naes que tinham interesses dirigidos para a Amrica do Sul. Essa era, portanto, a situao da Vila de Nossa Senhora do Desterro, quando Feliciano Nunes Pires, presidente da provncia, criou a Fora Policial, em maio de 1835. A Corporao enfrentou srias dificuldades j durante os seus primeiros anos.

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Alm do pequeno efetivo e da falta de verbas, era obrigada a defender as pequenas comunidades mais prximas dos constantes ataques de ndios. A ecloso da Revoluo Farroupilha, em Laguna e Lages, exigiu o aumento do contingente, diante da possibilidade muito sria de tambm a Capital ser invadida pelas tropas gachas dos Farrapos. Era o episdio herico de Anita e Giuseppe Garibaldi visto pelo outro lado - o monarquista. Em 1860, os relatrios chamavam a ateno para a inexistncia de um Quartel para a Fora Pblica, que tinha a sua apertada sede numa das salas trreas do Palcio do Governo, na praa principal do povoado. Cinco anos depois, o Brasil estava no auge da Guerra contra o Paraguai e - como aconteceu em todas as provncias - a de Santa Catarina tambm forneceu homens para lutar ao lado dos exrcitos Argentino e Uruguaio. Corria o ano de 1888, quando a Fora Policial se viu obrigada a mudar a sua sede. O local escolhido foi o chamado Mato Grosso, no prdio onde funcionou o Liceu Normal Literrio e onde est at hoje. Isso, apesar dos gritos da imprensa e dos deputados provncias, pelo fato da Fora Policial estar deixando o centro do povoado e mudando-se para os arrabaldes. Ao longo de todo esse tempo, a Polcia Militar atravessou vrios perodos marcantes, desde a Proclamao da Repblica. Durante as revolues de 1924 e 1930 - numa tentativa de dificultar a invaso da Ilha pelas tropas lideradas por Getlio Vargas - tirou todas as tbuas do piso da Ponte Herclio Luz, que liga a ilha ao continente. A Polcia Militar de Santa Catarina considerada uma corporao modelo, modernizando-se nas aes de preveno, segurana e proteo comunidade catarinense. violncia do mundo moderno, contrape com a implantao de uma filosofia envolvente, onde a cidadania o lema, e a qualidade de vida do povo catarinense a grande meta. ALGUMAS DATAS IMPORTANTES PARA A POLCIA MILITAR 1835 Data da fundao, pelo Comendador Feliciano Nunes Pires, em 05 de maio. Em 12 do mesmo ms, aprovao do Regulamento, em que se definiam seus direitos e deveres.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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1840 Foi aprovada uma Lei que delegou o comando da Fora Pblica para Oficiais da Corporao. Anteriormente, de acordo com a legislao, s podia ser confiado a Oficiais do Exrcito. 1848 Revogada a Lei anterior, voltando o Comando Geral a ser exercido exclusivamente por Oficiais do Exrcito. 1865 Doze voluntrios da Fora Policial foram incorporados aos batalhes do Exrcito para combaterem na Guerra do Paraguai. 1872 Recebeu a Fora Policial um rude golpe com a aprovao da Lei que determinava que quando houvesse falta de Oficiais do Exrcito, quer efetivos , honorrios ou reformados, ou da Guarda Nacional, o comando geral fosse confiado a qualquer outro cidado que reunisse os requisitos necessrios, o que equivale dizer, entregue a um elemento civil, com injusta preterio dos Oficiais, que nas fileiras no mediam esforos em servir a Provncia. A Instruo Militar passa receber ateno, ficando o Comandante da Fora Policial a de designar um dia por semana para instruo. 1874 Foi mandado reconstruir o Quartel da Fora policial, que vinha funcionando em condies precrias, providenciada a aquisio de novo armamento e equipamento, com auxlio do Imprio, atravs do Ministrio da Guerra. Foi nomeada, pelo presidente Interino da Provncia, uma comisso para apresentar um Plano de reforma da Fora Policial e modelando a instruo pelo Depsito de Instruo do Exrcito. 1892 No dia 21 de setembro, sob a batuta do mestre civil contratado, Joo A. Penedo, surgiu a banda de Msica, que at hoje orgulho de todos os milicianos e faz parte da vida dos catarinenses. 1894 A 1 de junho, foi baixado Decreto que dava nova redao organizao da Fora Policial, que passaria a denominar-se Corpo de Segurana. Neste mesmo ano, com as Tropas Federais, parte para as fronteiras com Rio grande do Sul, onde enfrentou com bravura as foras rebeldes daquela provncia, que pretendiam invadir nosso territrio. 1912 Data em que findou a Campanha do Contestado, com a queda do ltimo reduto dos Fanticos, em 2 de Abril. 1916 Em 30 de setembro, pela Lei n 1.137, o Corpo de Segurana passou a denominar-se Fora Pblica do Estado. 1917 Estabelecido um acordo entre a Unio e o Estado, e sancionada a lei n 1.150, de 17 de setembro, dando nova organizao Fora policial, que passou a ser Auxiliar do Exrcito, como reserva de primeira linha.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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1921 novembro.

Foi criada a 1 Cia PM, em Herval do Oeste, no dia 19 de

1924 Ocorreu, no Estado de So Paulo, movimentado revolucionrio, tendo dele participado a nossa Fora Pblica, com passagem brilhante. 1926 Pela primeira vez so realizados exames de recrutas origem do Corpo de Bombeiros da PMSC. 1927 Foi organizada a Enfermaria Regimental da Polcia Militar. 1928 Criado o Servio de Rdio Telegrafia. 1930 Deflagrou outro movimento revolucionrio, desta feita oriundo do Rio Grande do Sul, do qual participou a nossa Fora Pblica. Nessa ocasio, em virtude de ter o comando da Fora se recusado a apoiar os revolucionrios, assumiu o comando da mesma o Coronel Amadeu Massot, reformado da Brigada militar do Rio Grande do Sul, que , como castigo , diminuiu o efetivo e demitiu vrios Oficiais sem qualquer processo. 1937 Corporao. 1939 Alterada a denominao de Fora Pblica , para Fora Policial. 1940 Aprovada a Organizao Judiciria para a Fora policial (Dec-Lei n 431). 1952 Criado o 3 Batalho de Polcia Militar, 05 de maio inicialmente como companhia. 1958 Criada a 5 Cia PM, em Tubaro. 1959 Em 26 de Agosto foi criado o 1 BPM, na cidade de Itaja. Criado o gabinete Psicotcnico da Polcia Militar, o qual introduziu os exames psicolgicos na seleo de pessoal. 1960 Foi criado a companhia de Porto Unio (1/3 BPM). 1961 Foi criado o 2 BPM Chapec. 1962 A 5 de maio surge o Esquadro de Rdio patrulha, tornando mais eficiente o policiamento ostensivo. 1964 Inaugurado o Hospital da Polcia Militar, denominado Cel PM Lara Ribas. 1965 Criada a estao de Bombeiro do Estreito. Criado o Centro de Instruo Policial Militar (CIPM), em 12 de dezembro, que reuniu os Cursos de Formao Tcnico-Profissional. 1968 Em 26 de janeiro, foi criada a 2 Cia PM, em Joinville.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

na

Corporao. Em 26 de setembro foi criada uma seo de Bombeiros na Capital,

Foi inaugurado o gabinete

tipogrfico , a atual grfica da

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Em 13 de agosto, foi criada a Estao de Bombeiros de Blumenau. 1969 Em 29 de fevereiro, foi criado o 4 BPM, em Florianpolis. Em 02 de Julho, o Decreto Lei n 667 reorganiza as Polcias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares, definindo competncias e determinando a exclusividade das Policias militares na execuo do Policiamento Ostensivo, fardado, ressalvadas as misses peculiares da Foras Armadas. Em 29 de dezembro, foi criada a 2 Cia PM, no municpio de So Miguel do Oeste. 1970 Foi criada a estao de Bombeiros de Cricima. Em 14 de outubro foi criado a 4 Cia PM de Lages. 1971 Foi criado o Corpo de Bombeiros de Tubaro. 1973 criada a estao do Corpo de Bombeiros de Rio do Sul. 1977 Em 12 de maio foi criada a Polcia Rodoviria Estadual, com efetivo de um Peloto. 1979 Em 31 de maio foi criada a Academia de Polcia Militar, a companhia de Policiamento de Guarda. Em 8 de maio de Comando e Servios do Comando Geral. 1981 Em 15 de Janeiro foi implantado na Cidade de Tubaro o 5 BPM. Em 7 de outubro foi criado o Comando do Policiamento do Interior. Foi criado no dia 30 de dezembro na Capital do Estado, no setor continental, o 7 BPM. 1982 Institudo o prmio Amigo da Polcia Militar. Em 15 de agosto foi implantada, em Florianpolis, a Companhia de Polcia Rodoviria Estadual. 1983 - No dia 13 de junho, foi implantado a 4 Companhia do 5 BPM, na cidade de Laguna. Em 10 de fevereiro criado na PMSC o peloto de Polcia Militar Feminina, nesta data, o ingresso de efetivos do sexo feminino na corporao. Em 04 de maio, uma deciso do Conselho Federal de Educao torna o Curso de Formao de Oficiais da PMSC, equivalente aos cursos de nvel universitrio realizados no pas. Em 30 de maio foi implantado o Comando do Corpo de Bombeiro. 1984 Em 14 de maro aconteceu a implantao do Colgio Policial Militar, destinado a alunos do 1 e 2 graus. 1985 Comemoraes alusiva ao Sesquicentenrio da PMSC. Em 3 de maio criada a Seo de Combate a Incndio de Dionsio Cerqueira. 1987 Em 6 de maro foi implantado na Cidade de Blumenau, o 10 BPM. Em 12 de maro foram inauguradas no bairro Estreito em Florianpolis, as novas instalaes do 1 Grupamento de Incndio de Corpo de Bombeiros.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

foi criada a Companhia

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1988 Em 13 de julho foi ativado, em Florianpolis, o Comando do Policiamento da Capital (CPC), ao qual ficaram subordinadas as unidades operacionais da Capital e o COPOM. 1989 Em 18 de abril foi ativada em Florianpolis a Creche da PMSC. Em 11 de Julho, atravs de Lei Estadual, foi criado o Fundo de Reequipamento da PMSC (FURPOM). 1992 Criado o grupo de radiopatrulhamento areo (GRAER). 2002 Em 12 de julho formou-se na Academia de Polcia Militar da Trindade a primeira turma, composta de 30 cadetes, de bacharis em segurana pblica, curso de graduao pioneiro no Brasil. 2004 Separao definitiva do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar de Santa Catarina, passando cada corporao a ter os seus comandantes independentes entre si, subordinados ao Secretrio de Segurana Pblica. 2009 Passa a ser exigido nvel superior para ingresso na PMSC.

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RISG

Regulamento Interno e dos Servios Gerais - R-1 (RISG) Braslia - DF, 19 de dezembro de 2003. PORTARIA N 816, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003. Aprova o Regulamento Interno e dos Servios Gerais (R-1). O COMANDANTE DO EXRCITO, no uso da atribuio que lhe confere o Art. 1 do Decreto de 24 de maio de 1994, combinado com o Art. 19 da Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1999,e de acordo com o que prope o Estado-Maior do Exrcito, resolve: Art. 1 Aprovar o Regulamento Interno e dos Servios Gerais (R-1), que com esta baixa. Art. 2 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicao. Art. 3 Revogar as Portarias do Comandante do Exrcito n 366, de 30 de julho de 2002, e n 103, de 18 de maro de 2003. TTULO I DAS GENERALIDADES CAPTULO I DA FINALIDADE E DA APLICAO Art. 1 O Regulamento Interno e dos Servios Gerais (RISG) prescreve tudo quanto se relaciona com a vida interna e com os servios gerais das unidades consideradas corpos de tropa, estabelecendo normas relativas s atribuies, s responsabilidades e ao exerccio dos cargos e das funes de seus integrantes. [...] Art. 11. Grande comando a denominao genrica de qualquer comando da F Ter, privativo de oficial-general, podendo ser comando militar de rea, regio militar, diviso de exrcito, brigada, artilharia divisionria, grupamento de engenharia, grupamento logstico e comando de aviao do exrcito. 1 As regies militares so grandes comandos territoriais, constitudos de um comando e de organizaes militares de natureza varivel. [...] Art. 14. Unidade a OM da F Ter cujo comando, chefia ou direo privativo de oficial superior, exceto as subunidades independentes, podendo ser regimento, batalho, grupo, esquadro de aviao, parque, base ou depsito. Pargrafo nico. Os comandos de fronteira so organizaes militares, comandadas por oficial superior, que renem elementos de comando, unidades, subunidades e pelotes. [...] Art. 16. As subunidades da F Ter so denominadas companhia, esquadro, bateria ou esquadrilha de aviao, consideradas, para todos os efeitos, corpos de tropa, podendo ser incorporadas ou independentes. [...] TTULO II DAS ATRIBUIES CAPTULO I NAS UNIDADES Seo I Do Comandante Art. 18. O comando funo do grau hierrquico, da qualificao e das habilitaes, constituindo uma prerrogativa impessoal com atribuies e deveres. Art. 19. Os dispositivos deste Regulamento, relativos ao Cmt U, aplicam-se, tambm, ao Ch ou ao Dir. Art. 20. O Cmt U exerce sua ao de comando em todos os setores da unidade, usando-a com a iniciativa necessria e sob sua inteira responsabilidade. Pargrafo nico. A ao de comando de que trata o caput deste artigo caracterizada, principalmente, pelos atos de planejar, orientar, coordenar, acompanhar, controlar, fiscalizar e apurar responsabilidades. [...] Seo II Do Subcomandante Art. 22. O SCmt U o principal auxiliar e substituto imediato do Cmt U, seu intermedirio na expedio de todas as ordens relativas disciplina, instruo e aos servios gerais, cuja execuo cumpre-lhe fiscalizar.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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[...] Seo IV Do S1 Art. 26. O S1 o chefe da 1 seo do EM/U, responsvel pelos encargos relativos coordenao e ao controle das atividades relacionadas com pessoal, BI, justia e disciplina, protocolo e arquivo da correspondncia interna e pagamento do pessoal da unidade [...] Art. 27. Nas SU independentes, quando no existir cargo especfico, a funo de S1 pode ser exercida cumulativamente pelo SCmt U. Seo V Do S2 Art. 28. O S2 o chefe da 2 seo do EM/U, responsvel pelas atividades relativas Inteligncia e Contra-Inteligncia. [...] Seo VI Do S3 Art. 30. O S3 o chefe da 3 seo do EM/U, responsvel pelas atividades relativas instruo e s operaes. [...] Seo VII Do S4 Art. 32. O S4 o chefe da 4 seo do EM/U, podendo tambm acumular os encargos de Fisc Adm; como auxiliar imediato do Cmt U na administrao da unidade, o principal responsvel pela perfeita observncia de todas as disposies regulamentares relativas administrao [...] Seo III Do Sargenteante e dos Sargentos Art. 118. Os sargentos so auxiliares do Cmt SU e dos oficiais da SU em educao, instruo, disciplina e administrao e lhes incumbe, ainda, assegurar a observncia ininterrupta das ordens vigentes, angariando a confiana dos seus chefes e a estima e o respeito dos seus subordinados. [...] Seo VIII Dos Cabos e Soldados Art. 131. Aos cabos incumbe: I - auxiliar na instruo do elemento de tropa que lhes incumbir ou lhes for confiado; II - participar ao seu Cmt direto as ocorrncias que se verificarem com o pessoal a seu cargo; III - comandar o elemento de tropa que regularmente lhes incumbir ou que lhes seja confiado; IV - manter-se em condies de substituir, eventualmente, os 3 Sgt, na instruo e nos servios; e V - cumprir, rigorosamente, as normas de preveno de acidentes na instruo e atividades de risco. Art. 132. O soldado o elemento essencial de execuo e a ele, como a todos os militares, cabe os deveres de: I - pautar a conduta pela fiel observncia das ordens e disposies regulamentares; II - mostrar-se digno da farda que veste; e III - revelar como atributos primordiais de sua nobre misso: a) o respeito e a obedincia aos seus chefes; b) o culto fraternal camaradagem para com os companheiros; c) a destreza na utilizao do armamento que lhe for destinado e o cuidado com o material que lhe seja entregue; d) o asseio corporal e o dos uniformes; e) a dedicao pelo servio e o amor unidade; e f) a consciente submisso s regras disciplinares. Art. 133. Ao soldado cumpre, particularmente: I - esforar-se por aprender tudo o que lhe for ensinado pelos seus instrutores; II - evitar divergncias com camaradas ou civis e abster-se de prtica de vcios ou atividades que prejudicam a sade e aviltam o moral;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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III - manter relaes sociais somente com pessoas cujas qualidades morais as recomendem; IV - portar-se com a mxima compostura e zelar pela correta apresentao de seus uniformes, em qualquer circunstncia; V - compenetrar-se da responsabilidade que lhe cabe sobre o material de que detentor, abstendo-se de desencaminhar ou extraviar, propositadamente ou por negligncia, peas de fardamento, armamento, equipamento ou outros objetos pertencentes Unio; VI - participar, imediatamente, ao seu chefe direto o extravio ou estrago eventual de qualquer material a seu cargo; VII - apresentar-se ao Cb Dia, quando sentir-se doente; VIII - ser pontual na instruo e no servio, participando ao seu chefe, sem perda de tempo e pelo meio mais rpido ao seu alcance, quando, por motivo de doena ou de fora maior, encontrar-se impedido de cumprir esse dever; e IX - cumprir, rigorosamente, as normas de preveno de acidentes na instruo e nas atividades de risco. [...] TTULO IV DOS SERVIOS GERAIS CAPTULO I DO BOLETIM INTERNO Art. 173. O BI o documento em que o Cmt U publica todas suas ordens, as ordens das autoridades superiores e os fatos que devam ser do conhecimento de toda a unidade. 1 O BI dividido em quatro partes: I - 1 Servios Dirios; II - 2 Instruo; III - 3 Assuntos Gerais e Administrativos; e IV - 4 Justia e Disciplina. 2 O BI publicado diariamente ou no, conforme as necessidades e o vulto das matrias a divulgar. 3 Os assuntos classificados como sigilosos so publicados em boletim reservado, organizado pelo S2, de forma semelhante do boletim ostensivo. 4 Nos sbados, domingos e feriados, havendo expediente na unidade, tambm pode ser publicado o BI. 5 Cpias autenticadas de BI, ou de partes deste, bem como cpias autnticas, somente podem ser emitidas pelo ajudante-secretrio, e conforme determinao do Cmt U. Art. 174. O BI contm, especialmente: I - a discriminao do servio a ser executado pela unidade; II - as ordens e decises do Cmt U, mesmo que j tenham sido executadas; III - as determinaes das autoridades superiores, mesmo que j cumpridas, com a citao do documento da referncia; IV - as alteraes ocorridas com o pessoal e o material da unidade; V - as ordens e disposies gerais que interessam unidade e referncia sucinta a novos manuais de instruo, regulamentos ou instrues, com indicao do rgo oficial em que tiverem sido publicados; VI - referncias a oficiais e praas falecidos que, pelo seu passado e conduta, meream ser apontados como exemplo; VII - a apreciao do Cmt U ou da autoridade superior sobre a instruo da unidade e referncia a documentos de instruo recebidos ou expedidos; VIII - os fatos extraordinrios que interessam unidade; e IX - os assuntos que devam ser publicados por fora de regulamentos e outras disposies em vigor. Pargrafo nico. No so publicados em BI: I - os assuntos que tenham sido transmitidos unidade em carter sigiloso ou quaisquer referncias a esses mesmos assuntos;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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e II - as ocorrncias ou os assuntos no relacionados com o servio do Exrcito, salvo se tiverem dado lugar expedio de alguma ordem ou estiverem ligados a comemorao de carter cvico. [...] Seo III Do Expediente Art. 184. O expediente a fase da jornada destinada preparao e execuo dos trabalhos normais da administrao da unidade e ao funcionamento das reparties e das dependncias internas. Pargrafo nico. Os servios de escala e outros de natureza permanente independem do horrio do expediente da unidade, assim como todos os trabalhos e servios em situaes anormais. [...] Captulo III DAS ESCALAS DE SERVIO Art. 187. A escala de servio a relao do pessoal ou das fraes de tropa que concorrem na execuo de determinado servio, tendo por finalidade principal a distribuio eqitativa de todos os servios de uma OM. 1 Em cada unidade ou SU, as escalas respectivas so reunidas em um s documento, devendo cada uma delas conter os esclarecimentos necessrios relativos sua finalidade. 2 Todas as escalas so rigorosamente escrituradas e mantidas em dia pelas autoridades responsveis, sendo nelas convenientemente registrados os servios escalados e executados, bem como as alteraes verificadas por ordem ou motivo superior. [...] Captulo IV DO SERVIO INTERNO Art. 192. O servio interno abrange todos os trabalhos necessrios ao funcionamento da unidade e compreende o servio permanente e o servio de escala. 1 O servio interno permanente executado segundo determinaes dos Cmt SU e chefes das reparties e das dependncias internas, de acordo com os preceitos e as disposies deste e de outros regulamentos. 2 O servio interno de escala compreende: I - Of Dia unidade e seu Adj (ou Fisc Dia, Aux e Adj); II - Med Dia (a critrio do Cmt U); III - guarda do quartel; IV - Sgt Dia SU; V - guarda das SU (alojamentos, garagens, cavalarias, canis, quando for o caso); VI - servio-de-dia ao rancho (Sgt Dia, cozinheiro, cassineiro etc); VII - servio-de-dia s enfermarias; VIII - telefonista-de-dia; IX - ordens; e X - servios extraordinrios (patrulhas, reforos, faxinas etc). 3 O servio de escala interno tem a durao de vinte e quatro horas, de Parada a Parada, salvo o de faxina que ser contado por jornada completa, do incio at o trmino do expediente. [...] Seo I Do Oficial-de-Dia Art. 197. O Of Dia , fora do expediente, o representante do Cmt U e tem como principais atribuies, alm das previstas em outros regulamentos, as seguintes: I - assegurar, durante o seu servio, o exato cumprimento de ordens da unidade e das disposies regulamentares relativas ao servio dirio; II - estar inteiramente familiarizado com os planos de segurana do aquartelamento, de combate a incndio, de chamada e os sinais de alarme correspondentes, para fins de execuo ou treinamento; [...] Seo IV Do AdjuntoLegislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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Art. 205. O Sgt Adj o auxiliar imediato do Of Dia, incumbindo-lhe: I - apresentar-se ao Of Dia aps receber o servio, executar e fazer executar todas as suas determinaes; II - transmitir as ordens que dele receber e inteir-lo da execuo; III - secund-lo, por iniciativa prpria, na fiscalizao da execuo das ordens em vigor relativas ao servio; [...] Seo V Do Sargento-de-Dia Subunidade Art. 207. O Sgt Dia SU o auxiliar do Of Dia no que se referir ao servio em sua SU e, de conformidade com as determinaes desse oficial, incumbe-lhe: I - apresentar-se ao Cmt SU, ao Of Dia e ao Adj, ao entrar e sair de servio e aps a leitura do BI; II - informar ao Of Dia a existncia de ordens especiais relativas sua SU que interessem ao servio; III - solicitar do Of Dia, na ausncia do Cmt SU, qualquer providncia de carter urgente; [...] Seo VI Da Guarda do Quartel Art. 210. A guarda do quartel normalmente comandada por um 2 ou 3 Sgt e constituda dos cabos e soldados necessrios ao servio de sentinelas. [...] Art. 211. A guarda do quartel tem por principais finalidades: I - manter a segurana do quartel; II - manter os presos e detidos nos locais determinados, no permitindo que os primeiros saiam das prises, nem os ltimos do quartel, salvo mediante ordem de autoridade competente; III - impedir a sada de praas que no estejam convenientemente fardadas, somente permitindo a sua sada em trajes civis quando portadoras de competente autorizao e, neste caso, convenientemente trajadas; IV - somente permitir a sada de praas, durante o expediente e nas situaes extraordinrias, mediante ordem ou licena especial e apenas pelos locais estabelecidos; V - no permitir a entrada de bebidas alcolicas, inflamveis, explosivos e outros artigos proibidos pelo Cmt U, exceto os que constiturem suprimento para a unidade; VI - no permitir aglomeraes nas proximidades das prises nem nas imediaes do corpo da guarda e dos postos de servio; VII - impedir a sada de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridade competente, bem como exigir o cumprimento das prescries relativas sada de viaturas; VIII - impedir a entrada de fora no pertencente unidade, sem conhecimento e ordem do Of Dia, devendo, noite, reconhecer distncia aquela que se aproximar do quartel; IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praas da unidade ou pessoas estranhas, sem autorizao do Of Dia; X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada, no aquartelamento, de oficial estranho unidade; XI - levar presena do Adj as praas de outras OM que pretendam entrar no quartel; XII - impedir a entrada de civis estranhos ao servio da unidade sem prvio conhecimento e autorizao do Of Dia; XIII - apenas permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a apresentao do carto de identidade em vigor, fornecido pelo SCmt U; XIV - s permitir a entrada de qualquer viatura noite, depois de reconhecida distncia, quando necessrio;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior do quartel; XVI - relacionar as praas da unidade que se recolherem ao quartel depois de fechado o porto principal; XVII - permitir a sada das praas, aps a revista do recolher, somente das que estejam autorizadas pelo Of Dia; e XVIII - prestar as continncias regulamentares. Pargrafo nico. Na execuo dos servios que lhes cabem, as guardas so regidas pelas disposies regulamentares vigentes relativas ao assunto e instrues especiais do Cmt U. Art. 212. No corpo da guarda proibida a permanncia de civis ou de praas estranhas guarda do quartel. [...] Seo IX Dos Soldados da Guarda e das Sentinelas Art. 219. Os soldados da guarda destinam-se ao servio de sentinela, incumbindo-lhes a observncia de todas as ordens relativas ao servio. Art. 220. A sentinela , por todos os ttulos, respeitvel e inviolvel, sendo, por lei, punido com severidade quem atentar contra a sua autoridade; por isso e pela responsabilidade que lhe incumbe, o soldado investido de to nobre funo portar-se- com zelo, serenidade e energia, prprios autoridade que lhe foi atribuda. Art. 221. Incumbe, particularmente, sentinela: I - estar alerta e vigilante, em condies de bem cumprir a sua misso; II - no abandonar sua arma e mant-la pronta para ser empregada, alimentada, fechada e travada, e de acordo com as ordens particulares que tenha recebido; III - no conversar nem fumar durante a permanncia no posto de sentinela; IV - evitar explicaes e esclarecimentos a pessoas estranhas ao servio, chamando, para isso, o Cb Gd, quando se tornar necessrio; V - no admitir qualquer pessoa estranha ou em atitude suspeita nas proximidades de seu posto; VI - no consentir que praas ou civis saiam do quartel portando quaisquer embrulhos, sem permisso do Cb Gd ou do Cmt Gd; VII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas; VIII - fazer parar qualquer pessoa, fora ou viatura que pretenda entrar no quartel, especialmente noite, e chamar o militar encarregado da necessria identificao; IX - prestar as continncias regulamentares; X - encaminhar ao Cb Gd os civis que desejarem entrar no quartel; e XI - dar sinal de alarme: a) toda vez que notar reunio de elementos suspeitos na circunvizinhana do seu posto; b) quando qualquer elemento insistir em penetrar no quartel antes de ser identificado; c) na tentativa de arrombamento de priso ou fuga de presos; d) na ameaa de desrespeito sua autoridade e s ordens relativas ao seu posto; e) ao verificar qualquer anormalidade de carter alarmante; ou f) por ordem do Cb Gd, do Cmt Gd ou do Of Dia. 1 Em situao que exija maior segurana da sentinela para o cabal desempenho de sua misso, incumbe-lhe, especialmente noite, e de conformidade com as instrues e ordens particulares recebidas, alm das prescries normais estabelecidas, as seguintes: I - fazer passar ao largo de seu posto os transeuntes e veculos; II - dar sinal de aproximao de qualquer fora, logo que a perceba;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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e III - fazer parar, a uma distncia que permita o reconhecimento, pessoas, viaturas ou fora que pretendam entrar no quartel. 2 Para o cumprimento das disposies constantes do 1 deste artigo, a sentinela deve adotar os seguintes procedimentos: I - no caso do inciso I do 1 deste artigo: a) comandar Passe ao largo; b) se no for imediatamente obedecido, abrigar-se, repetir o comando, dar o sinal de chamada ou de alarme e preparar-se para agir pela fora; c) se ainda o segundo comando no for cumprido, intimar pela terceira vez, e tratando-se de indivduo isolado, mant-lo imobilizado distncia, apontandolhe sua arma carregada e com a baioneta armada, at que ele seja detido pelos elementos da guarda que tiverem acorrido ao sinal de alarme; d) em caso de no obedincia terceira vez, fazer um disparo para o ar e somente reagir pelo fogo se houver, pelo indivduo isolado, manifesta tentativa de agresso sua pessoa ou integridade das instalaes; e) tratando-se de grupo ou de veculos, fazer um primeiro disparo para o ar e, em seguida, caso no seja ainda obedecida, atirar no grupo ou nos veculos; e f) no caso de ameaa clara de agresso, a sentinela fica dispensada das prescries citadas nas alneas deste inciso; II - na situao do inciso III do 1 deste artigo: a) perguntar distncia conveniente Quem vem l?, se a resposta for amigo, de paz, oficial ou ronda, deix-lo prosseguir se pessoalmente o reconhecer como tal; b) em contrrio ou na falta de resposta, comandar Faa alto! e providenciar para o reconhecimento pelo Cb Gd; e c) no sendo obedecida no comando Faa alto!, proceder como dispe a alnea e do inciso I deste pargrafo. 3 Em situaes excepcionais, o Cmt U pode dar ordens mais rigorosas s sentinelas, particularmente quanto segurana desses homens; estas ordens devem ser transmitidas por escrito ao Of Dia. 4 Nos quartis situados em zonas urbanas e de trnsito, o Cmt U deve estabelecer, em esboo permanentemente afixado no corpo da guarda, os limites em que devam ser tomadas as medidas citadas nos pargrafos deste artigo. Art. 222. A sentinela do porto principal denomina-se sentinela das armas e as demais, sentinelas cobertas. 1 A sentinela das armas mantm-se durante o dia parada no seu posto e, normalmente, na posio regulamentar de descansar, tomando a posio de sentido no caso de interpelao por qualquer pessoa, militar ou civil e, nos demais casos, como previsto no R-2. 2 Depois de fechado o porto principal, a sentinela das armas posiciona-se no interior do aquartelamento, movimentando-se para vigiar de forma mais eficaz a parte daquele porto e arredores, fazendo-o com a arma cruzada. 3 A sentinela coberta: I - mantm-se com a arma em bandoleira ou cruzada, tomando a posio de sentido no caso de interpelao por qualquer pessoa, civil ou militar, e tambm como forma de saudao militar; e II - pode deslocar-se nas imediaes de seu posto, se no houver prejuzo para a segurana. Art. 223. As sentinelas podem abrigar-se em postos em que haja guarita, ficando, porm, em condies de bem cumprir suas atribuies.

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Art. 224. As sentinelas se comunicam com o corpo da guarda por meio de sinais, de campainha ou de viva voz e, conforme o caso, podem dispor de telefones ou outros meios de comunicao apropriados. 1 Os sinais referidos neste artigo podem ser de chamada ou de alarme. 2 No caso de sinal de viva voz, o de alarme ser o brado de s armas!. Art. 225. O servio em cada posto de sentinela dado por trs homens ou mais durante as vinte e quatro horas, dividido em quartos, de modo que um mesmo homem no permanea de sentinela mais de duas horas consecutivas. 1 As sentinelas no devem ocupar o mesmo posto durante o servio, conforme prescrio contida no inciso VI do Art. 197 deste Regulamento. 2 Em caso de necessidade, por motivos diversos, particularmente por razes de segurana, a sentinela deve ser dupla e, neste caso, um dos homens mantm-se no posto e o outro assegura permanente cobertura ao primeiro e ligao com os demais elementos da guarda. [...] Seo XIII Do Cabo-de-Dia Art. 236. O Cb Dia o principal responsvel pela ordem e exatido do servio de guarda SU. [...] Captulo VI DAS FORMATURAS Art. 257. Formatura toda reunio do pessoal em forma, armado ou desarmado, e pode ser: I - geral ou parcial, da unidade ou de SU; e II - ordinria ou extraordinria. [...] Seo II Da Parada Diria Art. 262. A Parada diria interna uma formatura destinada revista do pessoal para o servio dirio, que contado de Parada a Parada. 1 Realiza-se a p, hora e em local determinados pelo Cmt U. 2 Nela tomam parte, alm da banda de msica ou da fanfarra ou da banda de corneteiros ou clarins e tambores, todas as praas que tenham de entrar de servio (com os uniformes, equipamentos e armamentos adequados ao respectivo servio), exceto as escaladas para os servios de faxina e de guarda s cavalarias que, hora da Parada, seguem diretamente dos alojamentos para os respectivos destinos. 3 Todos os oficiais que tenham de entrar de servio formam na Parada, aps as formalidades do inciso IV do [...] Seo I Da Revista de Pessoal Art. 268. Ordinariamente, so passadas as seguintes revistas de pessoal, s horas determinadas pelo Cmt U: I - revista da manh: a) destinada a constatar a presena do pessoal no quartel, feita em todos os dias teis, normalmente antes do incio do expediente; b) passada em formatura geral (oficiais e praas) e no uniforme da primeira instruo do dia; a chamada, porm, feita em cada peloto ou seo pelo respectivo comandante, sendo as faltas apuradas nas SU; e c) aps a chamada, quando for o caso, as SU deslocam-se para o local da formatura geral da unidade, de onde, posteriormente, seguem para os locais de instruo ou de trabalho; II - revista do recolher: a) destina-se a constatar a presena das praas relacionadas no pernoite e passada diariamente;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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b) a chamada e a identificao dos militares presentes so realizadas pelo Sgt Dia, em forma no alojamento da SU, na presena do Of Dia ou do seu Adj; c) as praas conservam-se em forma at o toque de fora de forma que o Of Dia mandar tocar depois de passada a revista em todas as SU; d) quando houver na unidade mais de duas SU, o Of Dia encarrega o Adj da revista em algumas delas, a seu critrio, assistindo s demais, a fim de no retardar exageradamente o toque de fora de forma; e e) aps a revista do recolher, as praas relacionadas no pernoite no podem sair do quartel; [...] Seo I Do Comandante da Guarnio Art. 307. Ao Cmt Gu Mil incumbe: I - exercer ao disciplinar sobre os militares da Gu, na forma prevista nos regulamentos e na legislao vigentes; II - organizar e escalar os servios indispensveis Gu, procurando conciliar os interesses desses servios com os da instruo e dos servios internos das OM integrantes; III - comunicar autoridade superior, s OM da Gu e s autoridades a que estas estiverem diretamente subordinadas, sua investidura no respectivo comando, logo que o tenha assumido; IV - distribuir os PNR que estejam a cargo da Gu entre os militares, segundo a sua destinao, e administr-los, consoante a regulamentao existente; e V - estabelecer normas que regulem, no mbito da Gu, o uso do traje civil pelas praas. 1 O Cmt Gu no tem interferncia na vida interna das OM que no lhe so diretamente subordinadas. 2 Em assuntos de GLO, o Cmt Gu Mil tem sua ao condicionada s diretrizes ou instrues do escalo superior. Art. 308. O Cmt Gu Mil pode designar, na sua Gu Mil, se necessrio e conveniente, o oficial mais antigo de cada Servio como chefe do respectivo Servio da Gu. Pargrafo nico. A organizao e o funcionamento desses Servios regem-se pelos regulamentos que lhes so peculiares, complementados, quando necessrio, por instrues especiais baixadas pela RM respectiva ou por ODS. Art. 309. A obedincia devida por um Cmt OM ao comandante da respectiva Gu Mil no o isenta da obedincia que deva ter a outras autoridades, das quais dependa normalmente; entretanto, sempre que ordens dessas autoridades interessarem ao servio da Gu, os Cmt OM devem dar cincia ao Cmt Gu Mil. Art. 310. As ordens relativas ao servio da Gu Mil devem constar em BI da OM cujo Cmt se achar no comando da Gu, sendo remetidas aos elementos interessados. 1 Em princpio, o Cmt Gu no tem auxiliares especiais para o desempenho dessa funo seus auxiliares sero os da sua prpria OM. 2 Quando o Cmt Gu Mil tiver sido nomeado especialmente para o cargo, serlhe-o atribudos os meios indispensveis ao exerccio do comando. 3 No caso do 2 deste artigo, a Gu Mil tem BI prprio, como previsto neste Regulamento. 4 Todos os documentos relativos ao comando da Gu constituem um arquivo especial, que fica a cargo do Cmt em exerccio. Art. 311. O Cmt Gu Mil fiscaliza pessoalmente, ou por intermdio de um representante, a execuo dos servios de Gu. 1 O oficial designado para fiscalizao dos servios deve ser mais antigo que os encarregados dos servios de Gu.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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2 A fiscalizao de que trata o presente artigo no exime os Cmt OM de se interessarem pela parte do servio de Gu atribuda aos seus elementos; no lhes permitido, porm, modificar as normas do servio estabelecidas pelo Cmt Gu Mil. 3 A juzo do Cmt Gu Mil, pode ser estabelecido o servio de Supe Dia Gu, a cuja escala concorrem oficiais superiores e capites, excludos os Cmt OM, os oficiais que desempenhem as funes de Fisc Adm, os oficiais do Servio de Sade e outros a critrio do Cmt Gu. [...] Captulo IV DAS FESTAS NACIONAIS E MILITARES [...] Art. 339. Os feriados nacionais, as datas festivas e comemorativas a que se referem os arts. 337 e 338 deste Regulamento so os seguintes: Importante: 31 de janeiro Data de promoo PMSC 05 de maio (1835) Data de criao da PMSC Fora Policial Data de promoo PMSC 11 de agosto (1738) Criada a capitania de SC Data de promoo PMSC 25 de novembro Dia de Santa Catarina de Alexandria Data de promoo PMSC I - feriados nacionais: a) 1 de janeiro Dia da Fraternidade Universal; b) 21 de abril Dia da Inconfidncia Mineira; c) 1 de maio Dia do Trabalho; d) 7 de setembro Dia da Independncia do Brasil; e) 12 de outubro Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil; f) 2 de novembro Dia de Finados; g) 15 de novembro Dia da Proclamao da Repblica; h) 25 de dezembro Natal; e i) data mvel Paixo de Cristo; [...] CAPTULO IX DAS SITUAES EXTRAORDINRIAS DA TROPA Art. 463. As situaes extraordinrias da tropa so as decorrentes de ordens de sobreaviso, de prontido e de marcha. Seo I Do Sobreaviso Art. 464. A ordem de sobreaviso determina a situao na qual a unidade fica prevenida da possibilidade de ser chamada para o desempenho de qualquer misso extraordinria. Art. 465. Da ordem de sobreaviso resultam as seguintes medidas: I - todas as providncias de ordem preventiva, relativas ao pessoal e ao material, e impostas pelas circunstncias decorrentes da situao da tropa, so tomadas pelos diversos comandos e chefias de servios, logo que a unidade receba a ordem de sobreaviso; II - permanecem no quartel um tero dos oficiais da unidade e, pelo menos, um oficial por SU; III - tambm permanecem no quartel a metade dos subtenentes e sargentos da unidade e, pelo menos, um sargento por peloto ou seo; IV - os demais oficiais, subtenentes e sargentos permanecem no quartel ou em suas residncias, mas, neste caso, em estreita ligao com a unidade e em condies de poderem recolher-se imediatamente ao quartel, em caso de ordem ou qualquer eventualidade; V - todos os cabos e soldados permanecem no quartel;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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VI - pode ser permitido aos cabos e soldados, a juzo do Cmt U, sair rua por tempo fixado, em pequenas turmas por SU, desde que fiquem em condies de regressar ao quartel dentro de uma hora; VII - a instruo da unidade no perturbada, restringindo o Cmt U, quando necessrio, a zona externa do quartel onde ela pode realizar-se; e VIII - se a ordem de sobreaviso no atingir a totalidade da unidade, as presentes disposies, inclusive as relativas a pessoal, abrangem apenas os oficiais e praas da frao de tropa que tiver sido designada. Seo II Da Prontido Art. 466. A ordem de prontido importa em ficar a unidade preparada para sair do quartel to logo receba ordem, para desempenhar qualquer misso dentro da respectiva Gu ou distncia tal que permita sejam atendidas suas necessidades com os recursos da prpria unidade. Art. 467. Da ordem de prontido resultam as seguintes medidas: I - avisados os militares, estes ficam responsveis pelo comparecimento ao quartel no mais curto prazo possvel; II - todos os militares permanecem uniformizados, equipados e armados; III - os oficiais permanecem no quartel, ficando, permanentemente, um oficial em cada SU; IV - as praas permanecem em suas SU; V - a munio distribuda aos Cmt SU; VI - a instruo ministrada no mbito do quartel; VII - ficam suspensas, automaticamente, todas as dispensas do servio concedidas aos militares da unidade que se encontrem na Gu, sendo-lhes expedidas ordens a respeito; VIII - se a ordem de prontido no atingir a totalidade da unidade, as providncias, inclusive as relativas ao pessoal, abrangem apenas os militares da frao que a receber; IX - todas as ordens e toques gerais constituem atribuio exclusiva do Cmt U; X - os elementos de tropa ou de servio, em todos os escales, ficam sob as ordens dos respectivos Cmt ou chefes, como em campanha; e XI - a frao que se achar de prontido e deixar o quartel para apresentar-se a outra autoridade, sob cujas ordens deva ficar, passa a depender diretamente dessa autoridade que providenciar o estacionamento da tropa e seu aprovisionamento, caso j no o tenha sido pela autoridade competente. Pargrafo nico. Nos casos em que for determinada prontido rigorosa, todos os oficiais permanecem em suas SU, a instruo ministrada no mbito destas e so intensificadas todas as medidas impostas pela situao. [...]

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R-CONT

DECRETO N 6.806, DE 25 DE MARO DE 2009 R-CONT Delega competncia ao Ministro de Estado da Defesa para aprovar o Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas. O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso VI, alnea a, e pargrafo nico, da Constituio, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, DECRETA: Art. 1o delegada competncia ao Ministro de Estado da Defesa, vedada a subdelegao, para aprovar o Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas. Art. 2o O Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas, cujas prescries sero aplicveis s situaes dirias da vida castrense, estando o militar de servio ou no, em rea militar ou em sociedade, nas cerimnias e solenidades de natureza militar ou cvica, ter por finalidade: I - estabelecer as honras, as continncias e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados smbolos nacionais e s autoridades civis e militares; II - regular as normas de apresentao e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e a precedncia; e III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum s Foras Armadas. Art. 3o O Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas observar os seguintes preceitos: I - tero continncias: a) a Bandeira Nacional: 1. Ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimnia militar ou cvica; 2. Por ocasio da cerimnia de incorporao ou desincorporao nas formaturas; 3. Quando conduzida por tropa ou por contingente de Organizao Militar; 4. Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organizao civil em cerimnia cvica; e 5. Quando, no perodo compreendido entre oito horas e o pr-do-sol, um militar entra a bordo de navio de guerra ou dele sai ou quando, na situao de embarcado, avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez ou ao sair pela ltima vez; b) o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cvica; c) o Presidente da Repblica; d) o Vice-Presidente da Repblica; e) os Presidentes do Senado Federal, da Cmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal; f) o Ministro de Estado da Defesa; g) os demais Ministros de Estado quando em visita de carter oficial; h) os Governadores de Estado, de Territrios Federais e do Distrito Federal nos respectivos territrios ou, quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do Pas em visita de carter oficial;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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i) os Ministros do Superior Tribunal Militar quando reconhecidos ou identificados; j) os militares da ativa das Foras Armadas, mesmo em traje civil; nesse ltimo caso, quando for obrigatrio o seu reconhecimento em funo do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando reconhecidos ou identificados; l) os militares da reserva ou reformados quando reconhecidos ou identificados; m) a tropa quando formada; n) as Bandeiras e os Hinos das Naes Estrangeiras, nos casos das alneas a e b deste inciso; o) as autoridades civis estrangeiras correspondentes s constantes das alneas c a h deste inciso quando em visita de carter oficial; p) os militares das Foras Armadas estrangeiras quando uniformizados e, se em trajes civis, quando reconhecidos ou identificados; e q) os integrantes das Polcias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, corporaes consideradas foras auxiliares e reserva do Exrcito; II - tero continncia da tropa os smbolos e as autoridades relacionadas nas alneas a a j, m a o e q do inciso I deste artigo e, ainda: a) os militares da reserva ou reformados quando uniformizados; e b) os militares das Foras Armadas estrangeiras quando uniformizados; III - tero direito a honras militares: a) o Presidente da Repblica; b) o Vice-Presidente da Repblica; c) o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal quando incorporados; d) o Ministro de Estado da Defesa; e) os demais Ministros de Estado quando em visita de carter oficial a organizao militar; f) os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica; g) o Superior Tribunal Militar quando incorporado; h) os militares das Foras Armadas; i) os Governadores dos Estados, dos Territrios Federais e do Distrito Federal quando em visita de carter oficial a organizao militar; j) os Chefes de Misso Diplomtica; l) os Ministros Plenipotencirios de Naes Estrangeiras e os Enviados Especiais; e m) outras autoridades, desde que expressa e excepcionalmente determinado pelo Presidente da Repblica, pelo Ministro de Estado da Defesa ou pelo Comandante da Fora Singular que prestar a homenagem; e IV - s autoridades estrangeiras, civis e militares, sero prestadas as continncias conferidas s autoridades brasileiras equivalentes. Art. 4o As bandeiras-insgnias ou os distintivos de Presidente da Repblica, de Vice-Presidente da Repblica e de Ministro de Estado da Defesa sero institudos em ato do Presidente da Repblica. Pargrafo nico. As bandeiras-insgnias ou os distintivos de Comandante da Marinha, do Exrcito, da Aeronutica e de Chefe do Estado-Maior de Defesa sero institudos em ato do Ministro de Estado da Defesa. Art. 5o O Ministro de Estado da Defesa propor, no prazo de trinta dias a contar da data da publicao deste Decreto, ato de aprovao da bandeira-insgnia correspondente ao seu cargo. Art. 6o O cerimonial especfico de cada Fora Singular ser aprovado por ato do Ministro de Estado da Defesa ou, por subdelegao deste, do respectivo Comandante. Art. 7o O Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas dever ser aprovado pelo Ministro deLegislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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Estado da Defesa no prazo de sessenta dias a contar da data de publicao deste Decreto. Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Art. 9o Ficam revogados, no prazo de sessenta dias a contar da data de publicao deste Decreto, os Decretos nos: I - 2.243, de 3 de junho de 1997; e II - 4.447, de 29 de outubro de 2002. Braslia, 25 de maro de 2009; 188o da Independncia e 121o da Repblica. LUIZ INCIO LULA DA SILVA Nelson Jobim Este texto no substitui o publicado no DOU de 26.3.2009

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GABINETE DO MINISTRO PORTARIA NORMATIVA No- 660/MD, DE 19 DE MAIO DE 2009 Aprova o Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas. O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso da atribuio que lhe confere o inciso II do pargrafo nico do art. 87 da Constituio, e considerando a competncia delegada pelo Decreto no 6.806, de 25 de maro de 2009, resolve: Art. 1 Aprovar o Regulamento de Continncias, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Foras Armadas, na forma dos Anexos I e II a esta Portaria Normativa. Art. 2 Esta Portaria Normativa entra em vigor no dia 25 de maio de 2009. NELSON A. JOBIM ANEXO I REGULAMENTO DE CONTINNCIAS, HONRAS, SINAIS DE RESPEITO E CERIMONIAL MILITAR DAS FORAS ARMADAS TTULO I DA FINALIDADE Art. 1 Este Regulamento tem por finalidade: I - estabelecer as honras, as continncias e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados smbolos nacionais e s autoridades civis e militares; Il - regular as normas de apresentao e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e a precedncia; III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum s Foras Armadas. Pargrafo nico. As prescries deste Regulamento aplicam-se s situaes dirias da vida castrense, estando o militar de servio ou no, em rea militar ou em sociedade, nas cerimnias e solenidades de natureza militar ou cvica. TTULO II DOS SINAIS DE RESPEITO E DA CONTINNCIA CAPITULO I GENERALIDADES Art. 2 Todo militar, em decorrncia de sua condio, obrigaes, deveres, direitos e prerrogativas, estabelecidos em toda a legislao militar, deve tratar sempre: I - com respeito e considerao os seus superiores hierrquicos, como tributo autoridade de que se acham investidos por lei; II - com afeio e camaradagem os seus pares; III - com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados. 1 Todas as formas de saudao militar, os sinais de respeito e a correo de atitudes caracterizam, em todas as circunstncias de tempo e lugar, o esprito de disciplina e de apreo existentes entre os integrantes das Foras Armadas. 2 As demonstraes de respeito, cordialidade e considerao, devidas entre os membros das Foras Armadas, tambm o so aos integrantes das Polcias Militares, dos Corpos de Bombeiros Militares e aos Militares das Naes Estrangeiras. Art. 3 O militar manifesta respeito e apreo aos seus superiores, pares e subordinados: I - pela continncia; II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado; III - observando a precedncia hierrquica; e IV - por outras demonstraes de deferncia. 1 Os sinais regulamentares de respeito e de apreo entre os militares constituem reflexos adquiridos mediante cuidadosa instruo e continuada exigncia.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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2 A espontaneidade e a correo dos sinais de respeito so ndices seguros do grau de disciplina das corporaes militares e da educao moral e profissional dos seus componentes. 3 Os sinais de respeito e apreo so obrigatrios em todas as situaes, inclusive nos exerccios no terreno e em campanha. CAPTULO II DOS SINAIS DE RESPEITO Art. 4 Quando dois militares se deslocam juntos, o de menor antigidade d a direita ao superior. Pargrafo nico. Se o deslocamento se fizer em via que tenha lado interno e lado externo, o de menor antigidade d o lado interno ao superior. Art. 5 Quando os militares se deslocam em grupo, o mais antigo fica no centro, distribuindo-se os demais, segundo suas precedncias, alternadamente direita e esquerda do mais antigo. Art. 6 Quando encontrar um superior num local de circulao, o militar sadao e cede-lhe o melhor lugar. 1 Se o local de circulao for estreito e o militar for praa, franqueia a passagem ao superior, faz alto e permanece de frente para ele. 2 Na entrada de uma porta, o militar franqueia-a ao superior; se estiver fechada, abre-a, dando passagem ao superior e torna a fech-la depois. Art. 7 Em local pblico onde no estiver sendo realizada solenidade cvicomilitar, bem como em reunies sociais, o militar cumprimenta, to logo lhe seja possvel, seus superiores hierrquicos. Pargrafo nico. Havendo dificuldade para aproximar-se dos superiores hierrquicos, o cumprimento deve ser feito mediante um movimento de cabea. Art. 8 Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento "Senhor" ou "Senhora". 1 Para falar, formalmente, ao Ministro de Estado da Defesa, o tratamento "Vossa Excelncia" ou "Senhor Ministro"; nas relaes correntes de servio, no entanto, admitido o tratamento de "Ministro" ou "Senhor". 2 Para falar, formalmente, a um oficial-general, o tratamento "Vossa Excelncia", "Senhor Almirante", "Senhor General" ou "Senhor Brigadeiro", conforme o caso; nas relaes correntes de servio, no entanto, admitido o tratamento de "Almirante", "General" ou "Brigadeiro", conforme o caso, ou ainda, de "Senhor". 3 Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organizao Militar, o tratamento "Senhor Comandante", "Senhor Diretor", "Senhor Chefe", conforme o caso; nas relaes correntes de servio, admitido o tratamento de "Comandante", "Diretor" ou "Chefe". 4 No mesmo posto ou graduao, poder ser empregado o tratamento "voc", respeitadas as tradies e peculiaridades de cada Fora Armada. Art. 9 Para falar a um mais moderno, o superior emprega o tratamento "voc". Art. 10. Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atend-lo o mais rpido possvel, apressando o passo quando em deslocamento. Art. 11. Nos refeitrios, os oficiais observam, em princpio, as seguintes prescries: I - aguardam, para se sentarem mesa, a chegada do Comandante, Diretor ou Chefe, ou da mais alta autoridade prevista para a refeio; II - caso a referida autoridade no possa comparecer hora marcada para o incio da refeio, esta iniciada sem a sua presena; sua chegada, a refeio no interrompida, levantando-se apenas os oficiais que tenham assento mesa daquela autoridade;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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III - ao terminar a refeio, cada oficial levanta-se e pede permisso ao mais antigo para retirar-se do recinto, podendo ser delegada ao mais antigo de cada mesa a autorizao para conced-la; IV - o oficial que se atrasar para a refeio deve apresentar-se maior autoridade presente e pedir permisso para sentar-se; e V - caso a maior autoridade presente se retire antes que os demais oficiais tenham terminado a refeio, apenas se levantam os que tenham assento sua mesa. 1 Os refeitrios de grande freqncia e os utilizados por oficiais de diversas Organizaes Militares podem ser regidos por disposies especficas. 2 Nos refeitrios de suboficiais, subtenentes e sargentos deve ser observado procedimento anlogo ao dos oficiais. Art. 12. Nos ranchos de praas, ao neles entrar o Comandante, Diretor ou Chefe da Organizao Militar ou outra autoridade superior, a praa de servio, o militar mais antigo presente ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda: "Rancho, Ateno!" e anuncia a funo de quem chega; as praas, sem se levantarem e sem interromperem a refeio, suspendem toda a conversao, at que seja dado o comando de " vontade". Art. 13. Sempre que um militar precisar sentar-se ao lado de um superior, deve solicitar-lhe a permisso. CAPTULO III DA CONTINNCIA Art. 14. A continncia a saudao prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa. 1 A continncia impessoal; visa autoridade e no pessoa. 2 A continncia parte sempre do militar de menor precedncia hierrquica; em igualdade de posto ou graduao, quando ocorrer dvida sobre qual seja o de menor precedncia, deve ser executada simultaneamente. 3 Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continncia que lhe prestada; se uniformizado, presta a continncia individual; se em trajes civis, responde-a com um movimento de cabea, com um cumprimento verbal ou descobrindo-se, caso esteja de chapu. Art. 15. Tm direito continncia: I - a Bandeira Nacional: a) ao ser hasteada ou arriada diariamente, em cerimnia militar ou cvica; b) por ocasio da cerimnia de incorporao ou desincorporaro, nas formaturas; c) quando conduzida por tropa ou por contingente de Organizao Militar; d) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organizao civil, em cerimnia cvica; e) quando, no perodo compreendido entre oito horas e o pr-do-sol, um militar entra a bordo de um navio de guerra ou dele sai, ou, quando na situao de "embarcado", avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez, ou ao sair pela ltima vez; II - o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cvica; III - o Presidente da Repblica; IV - o Vice-Presidente da Repblica; V - os Presidentes do Senado Federal, da Cmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal; VI - o Ministro de Estado da Defesa; VII - os demais Ministros de Estado, quando em visita de carter oficial;

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VIII - os Governadores de Estado, de Territrios Federais e do Distrito Federal, nos respectivos territrios, ou, quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do Pas em visita de carter oficial; IX - o Ministro-Presidente e os Ministros Militares do Superior Tribunal Militar, quando reconhecidos ou identificados; X - os militares da ativa das Foras Armadas, mesmo em traje civil; neste ltimo caso, quando for obrigatrio o seu reconhecimento em funo do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando reconhecidos ou identificados; XI - os militares da reserva ou reformados, quando reconhecidos ou identificados; XII - a tropa quando formada; XIII - as Bandeiras e os Hinos das Naes Estrangeiras, nos casos dos incisos I e II deste artigo; XIV - as autoridades civis estrangeiras, correspondentes s constantes dos incisos III a VIII deste artigo, quando em visita de carter oficial; XV - os militares das Foras Armadas estrangeiras, quando uniformizados e, se em trajes civis, quando reconhecidos ou identificados; XVI - os integrantes das Polcias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, Corporaes consideradas foras auxiliares e reserva do Exrcito. Art. 16. O aperto de mo uma forma de cumprimento que o superior pode conceder ao mais moderno. Pargrafo nico. O militar no deve tomar a iniciativa de estender a mo para cumprimentar o superior, mas, se este o fizer, no pode se recusar ao cumprimento. Art. 17. O militar deve responder com saudao anloga quando, ao cumprimentar o superior, este, alm de retribuir a continncia, fizer uma saudao verbal. Seo I Do Procedimento Normal Art. 18. A continncia individual a forma de saudao que o militar isolado, quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos smbolos, s autoridades e tropa formada, conforme estabelecido no art. 15 deste Regulamento. 1 A continncia individual , ainda, a forma pela qual os militares se sadam mutuamente, ou pela qual o superior responde saudao de um mais moderno. 2 A continncia individual devida a qualquer hora do dia ou da noite, s podendo ser dispensada nas situaes especiais conforme regulamento de cada Fora Armada. 3 Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes: I - nas cerimnias de hasteamento ou arriao da Bandeira, nas ocasies em que esta se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execuo do Hino Nacional, o militar deve tomar atitude de respeito, de p e em silncio, com a cabea descoberta; II - nas demais situaes, se estiver de cobertura, descobre-se e assume atitude respeitosa; e III - ao encontrar um superior fora de Organizao Militar, o subordinado faz a saudao com um cumprimento verbal, de acordo com as convenes sociais. Art. 19. A atitude, o gesto e a durao so elementos essenciais da continncia individual, variveis conforme a situao dos executantes: I - atitude: postura marcial e comportamento respeitoso e adequado s circunstncias e ao ambiente;Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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II - gesto: conjunto de movimento do corpo, braos e mos, com ou sem armas; e III - durao: o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto referido no inciso II deste artigo. Art. 20. O militar, desarmado, ou armado de revlver ou pistola, de sabrebaioneta ou espada embainhada, faz a continncia individual de acordo com as seguintes regras: I - mais moderno parado e superior deslocando-se: a) posio de sentido, frente voltada para a direo perpendicular do deslocamento do superior; b) com cobertura: em movimento enrgico, leva a mo direita ao lado da cobertura, tocando com a falangeta do indicador a borda da pala, um pouco adiante do boto da jugular, ou lugar correspondente, se a cobertura no tiver pala ou jugular; a mo no prolongamento do antebrao, com a palma voltada para o rosto e com os dedos unidos e distendidos; o brao sensivelmente horizontal, formando um ngulo de 45 com a linha dos ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior e, para desfazer a continncia, baixa a mo em movimento enrgico, voltando posio de sentido; c) sem cobertura: em movimento enrgico, leva a mo direita ao lado direito da fronte, procedendo similarmente ao descrito na alnea "b" deste inciso, no que couber; e d) a continncia: feita quando o superior atinge a distncia de trs passos do mais moderno e desfeita quando o superior ultrapassa o mais moderno de um passo; II - mais moderno deslocando-se e superior parado, ou deslocando-se em sentido contrrio: a) se est se deslocando em passo normal, o mais moderno mantm o passo e a direo do deslocamento; se em acelerado ou correndo, toma o passo normal, no cessa o movimento normal do brao esquerdo; a continncia feita a trs passos do superior, como descrito nas alneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, encarando-o com movimento vivo de cabea; ao passar por este, o mais moderno volta a olhar em frente e desfaz a continncia; III - mais moderno e superior deslocando-se em direes convergentes: a) o mais moderno d precedncia de passagem ao superior e faz a continncia como descrito nas alneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, sem tomar a posio de sentido; IV - mais moderno, deslocando-se, alcana e ultrapassa o superior que se desloca no mesmo sentido: a) o mais moderno, ao chegar ao lado do superior, faz-lhe a continncia como descrito nas alneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, e o encara com vivo movimento de cabea; aps trs passos, volta a olhar em frente e desfaz a continncia; V - mais moderno deslocando-se, alcanado e ultrapassado por superior que se desloca no mesmo sentido: a) o mais moderno, ao ser alcanado pelo superior, faz-lhe a continncia, como nas alneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, desfazendo-a depois que o superior tiver se afastado um passo; VI - em igualdade de posto ou graduao, a continncia feita no momento em que os militares passam um pelo outro ou se defrontam. Art. 21. O militar armado de espada desembainhada faz a continncia individual tomando a posio de sentido e, em seguida, perfilando a espada. Pargrafo nico. Na continncia aos smbolos e s autoridades mencionadas nos incisos I a VIII e XII do art. 15 deste Regulamento e a oficiais-generais, abate a espada.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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Art. 22. O militar, quando tiver as duas mos ocupadas, faz a continncia individual tomando a posio de sentido, frente voltada para a direo perpendicular do deslocamento do superior. 1 Quando apenas uma das mos estiver ocupada, a mo direita deve estar livre para executar a continncia. 2 O militar em deslocamento, quando no puder prestar continncia por estar com as mos ocupadas, faz vivo movimento de cabea. Art. 23. O militar, isolado, armado de metralhadora de mo, fuzil ou arma semelhante faz continncia da seguinte forma: I - quando estiver se deslocando: a) leva a arma posio de "Ombro Arma", passagem do superior hierrquico; b) passagem de tropa formada, faz alto, volta-se para a tropa e leva a arma posio de "Ombro Arma"; e c) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma a posio de sentido, com sua frente voltada para a direo perpendicular do deslocamento do superior. II - quando estiver parado: a) na continncia aos smbolos e s autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 15 deste Regulamento e a oficiais generais, faz "Apresentar Arma"; b) para os demais militares, faz "Ombro Arma"; c) passagem da tropa formada, leva a arma posio de "Ombro Arma"; e d) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma apenas a posio de sentido. Art. 24. Todo militar faz alto para a continncia Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e ao Presidente da Repblica. 1 Quando o Hino Nacional for tocado em cerimnia religiosa, o militar participante da cerimnia no faz a continncia individual, permanecendo em atitude de respeito. 2 Quando o Hino Nacional for cantado, a tropa ou militar presente no faz a continncia, nem durante a sua introduo, permanecendo na posio de "Sentido" at o final de sua execuo. Art. 25. Ao fazer a continncia ao Hino Nacional, o militar volta-se para a direo de onde vem a msica, conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execuo. 1 Quando o Hino Nacional for tocado em cerimnia Bandeira ou ao Presidente da Repblica, o militar volta-se para a Bandeira ou para o Presidente da Repblica. 2 Quando o Hino Nacional for tocado em cerimnia militar ou cvica, realizada em ambiente fechado, o militar volta-se para o principal local da cerimnia e faz a continncia como estipulado no inciso I do art. 20 ou nos arts. 21, 22 ou 23 desta deste Regulamento, conforme o caso. Art. 26. Ao fazer a continncia para a Bandeira Nacional integrante de tropa formada e parada, todo militar que se desloca, faz alto, vira-se para ela e faz a continncia individual, retomando, em seguida, o seu deslocamento; a autoridade passando em revista tropa observa o mesmo procedimento. Art. 27. Na sede do Ministrio da Defesa e nas Organizaes Militares, a praa faz alto para a continncia s autoridades enumeradas nos incisos III a IX, inclusive, do art. 15 deste Regulamento e a oficial-general. Art. 28. O Comandante, Chefe ou Diretor de Organizao Militar tem, diariamente, direito continncia prevista no art. 27 deste Regulamento, na primeira vez que for encontrado pelas suas praas subordinadas, no interior de sua organizao.

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Art. 29. Os militares em servio policial ou de segurana podero ser dispensados dos procedimentos sobre continncia individual constantes deste Regulamento. Seo II Do Procedimento em Outras Situaes Art. 30. O militar em um veculo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da seguinte forma: I - com o veculo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continncia individual sem se levantarem; e II - com o veculo em movimento, somente o passageiro faz a continncia individual. 1 Por ocasio da cerimnia da Bandeira ou da execuo do Hino Nacional, se no interior de uma Organizao Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veculo e fazem a continncia individual; se em via pblica, procedem do mesmo modo, sempre que vivel. 2 Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, s o Comandante e o Chefe de cada viatura fazem a continncia individual. Os militares transportados tomam postura correta e imvel enquanto durar a continncia do Chefe da viatura. Art. 31. O militar isolado presta continncia tropa da seguinte forma: I - tropa em deslocamento e militar parado: a) militar a p: qualquer que seja seu posto ou graduao, volta-se para a tropa, toma posio de "Sentido" e permanece nessa atitude durante a passagem da tropa, fazendo a continncia individual para a Bandeira Nacional e, se for mais antigo do que o Comandante da tropa, corresponde continncia que lhe prestada; caso contrrio, faz a continncia individual ao Comandante da tropa e a todos os militares em comando de fraes constitudas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores; e b) militar em viatura estacionada: desembarca e procede de acordo com o estipulado na alnea "a" do inciso I do art. 31 deste Regulamento; II - tropa em deslocamento e militar em movimento, a p ou em veculo: a) o militar, sendo superior hierrquico ao Comandante da tropa, para, volta-se para esta e responde continncia que lhe prestada; caso contrrio, para, volta-se para aquela e faz a continncia individual ao Comandante da tropa e a todos os militares em comando de fraes constitudas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores; para o cumprimento Bandeira Nacional, o militar a p para e faz a continncia individual; se no interior de veculo, faz a continncia individual sem desembarcar; III - tropa em forma e parada, e militar em movimento: a) procede como descrito no inciso II deste artigo, parando apenas para a cumprimento Bandeira Nacional. Art. 32. Ao entrar em uma Organizao Militar, o oficial, em princpio, deve ser conduzido ao seu Comandante, Chefe ou Diretor, ou, conforme as peculiaridades e os procedimentos especficos de cada Fora Armada, autoridade militar da Organizao para isso designada, a fim de participar os motivos de sua ida quele estabelecimento e, terminada a misso ou o fim que ali o levou, deve, antes de se retirar, despedir-se daquela autoridade. 1 Nos estabelecimentos ou reparties militares onde essa apresentao no seja possvel, deve o militar apresentar-se ou dirigir-se ao de maior posto ou graduao presente, ao qual participar o motivo de sua presena. 2 Quando o visitante for do mesmo posto ou de posto superior ao do Comandante, Diretor ou Chefe, conduzido ao Gabinete ou Cmara deste, que o recebe e o ouve sobre o motivo de sua presena. 3 A praa, em situao idntica, apresenta-se ao Oficial-de-Dia ou de Servio, ou a quem lhe corresponder, tanto na chegada quanto na sada.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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4 O disposto neste artigo e seus pargrafos no se aplica s organizaes mdico-militares, exceto se o militar estiver em visita de servio. Art. 33. Procedimento do militar em outras situaes: I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver a p, deve passar por este ao passo; se ambos estiverem a cavalo, no pode cruzar com aquele em andadura superior; marchando no mesmo sentido, ultrapassa o superior depois de lhe pedir autorizao; em todos os casos, a continncia feita como descrito no inciso II do art. 20 deste Regulamento; II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a p, salvo se este estiver em nvel mais elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrrio; III - se o militar est em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em marcha moderada, concentrando a ateno na conduo do veculo; IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado, no modifica a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um superior e informa em voz alta: "servio urgente"; V - a p, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continncia como descrito no art. 22 deste Regulamento; VI - quando um militar entra em um recinto pblico, percorre com o olhar o local para verificar se h algum superior presente; se houver, o militar faz-lhe a continncia, do lugar em que est; VII - quando um militar entra em um recinto pblico, os militares mais modernos que a esto levantam-se ao avist-lo e fazem-lhe a continncia; VIII - quando militares se encontrarem em reunies sociais, festas militares, competies desportivas ou em viagens, devem apresentar-se mutuamente, declinando posto e nome, partindo essa apresentao daquele de menor hierarquia; IX - seja qual for o carter - oficial ou particular da solenidade ou reunio, deve o militar, obrigatoriamente, apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de maior posto entre os oficiais presentes de sua Organizao Militar; e X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com outros militares, todos fazem a continncia individual como se estivessem isolados. Art. 34. Todo militar obrigado a reconhecer o Presidente e o Vice-Presidente da Repblica, o Ministro de Estado da Defesa, o Comandante da sua Fora, os Comandantes, os Chefes ou os Diretores da cadeia de comando e os oficiais de sua Organizao Militar. 1 Os oficiais so obrigados a reconhecer tambm os Comandantes das demais Foras, assim como o Chefe do Estado-Maior de sua respectiva Fora. 2 Todo militar deve saber identificar as insgnias dos postos e graduaes das Foras Armadas. Art. 35. O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto. 1 O militar fardado descobre-se, ainda, nas reunies sociais, nos funerais, nos cultos religiosos e ao entrar em templos ou participar de atos em que este procedimento seja pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes casos, a obrigatoriedade da prestao da continncia. 2 O estabelecido no caput deste artigo no se aplica aos militares armados de metralhadora de mo, fuzil ou arma semelhante ou aos militares em servio de policiamento, escolta ou guarda. Art. 36. Para saudar os civis de suas relaes, o militar fardado no se descobre, cumprimentando-os pela continncia, pelo aperto de mo ou com aceno de cabea.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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Pargrafo nico. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a uma senhora para cumpriment-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o brao esquerdo; se estiver desarmado e de luvas, descala a luva da mo direita e aguarda que a senhora lhe estenda a mo. Art. 37. O militar armado de espada, durante solenidade militar, no descala as luvas, salvo ordem em contrrio. Art. 38. Nos refeitrios das Organizaes Militares, a maior autoridade presente ocupa o lugar de honra. Art. 39. Nos banquetes, o lugar de honra situa-se, geralmente, no centro, do lado maior da mesa principal. 1 A ocupao dos lugares nos banquetes feita de acordo com a Ordem Geral de Precedncia. 2 A autoridade que oferece banquete deve sentar-se na posio de maior precedncia depois do lugar ocupado pelo homenageado; os outros lugares so ocupados pelos demais participantes, segundo esquema que lhes previamente dado a conhecer. 3 Em banquetes onde haja mesa plena, o homenageante deve sentar-se em frente ao homenageado. Art. 40. Em embarcao, viatura ou aeronave militar, o mais antigo o ltimo a embarcar e o primeiro a desembarcar. 1 Em se tratando de transporte de pessoal, a licena para incio do deslocamento prerrogativa do mais antigo presente. 2 Tais disposies no se aplicam a situaes operacionais, quando devem ser obedecidos os Planos e Ordens a elas ligados. CAPTULO IV DA APRESENTAO Art. 41. O militar, para se apresentar a um superior, aproxima-se deste at a distncia do aperto de mo; toma a posio de "Sentido", faz a continncia individual como descrita neste Regulamento e diz, em voz claramente audvel, seu grau hierrquico, nome de guerra e Organizao Militar a que pertence, ou funo que exerce, se estiver no interior da sua Organizao Militar; desfaz a continncia e diz o motivo da apresentao, permanecendo na posio de "Sentido" at que lhe seja autorizado tomar a posio de "Descansar" ou de " Vontade". 1 Se o superior estiver em seu Gabinete de trabalho ou outro local coberto, o militar sem arma ou armado de revlver, pistola ou espada embainhada tira a cobertura com a mo direita; em se tratando de bon ou capacete, coloca-o debaixo do brao esquerdo com o interior voltado para o corpo e a jugular para a frente; se de boina ou gorro com pala, empunha-o com a mo esquerda, de tal modo que sua copa fique para fora e a sua parte anterior voltada para a frente e, em seguida, faz a continncia individual e procede apresentao. 2 Caso esteja armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de mo, o militar faz alto distncia de dois passos do superior e executa o "Perfilar Espada" ou "Ombro Arma", conforme o caso, permanecendo nessa posio mesmo depois de correspondida a saudao; se o superior for oficialgeneral ou autoridade superior, o militar executa o manejo de "Apresentar Arma", passando, em seguida, posio de "Perfilar Espada" ou "Ombro Arma", conforme o caso, logo depois de correspondida a saudao. 3 Em locais cobertos, o militar armado nas condies previstas no 2 deste artigo, para se apresentar ao superior, apenas toma a posio de "Sentido". Art. 42. Para se retirar da presena de um superior, o militar faz-lhe a continncia individual, idntica da apresentao, e pede permisso para seLegislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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retirar; concedida a permisso, o oficial retira-se normalmente, e a praa, depois de fazer "Meia Volta", rompe a marcha com o p esquerdo. CAPITULO V DA CONTINNCIA DA TROPA Seo I Generalidades Art. 43. Tm direito continncia da tropa os smbolos e as autoridades relacionadas nos incisos I a X e XII a XVI do art. 15 deste Regulamento. 1 Os oficiais da reserva ou reformados e os militares estrangeiros s tm direito continncia da tropa quando uniformizados. 2 s autoridades estrangeiras, civis e militares, so prestadas as continncias conferidas s autoridades brasileiras equivalentes. Art. 44. Para efeito de continncia, considera-se tropa a reunio de dois ou mais militares devidamente comandados. Art. 45. Aos Ministros de Estado, aos Governadores de Estado e do Distrito Federal, ao Ministro-Presidente e aos Ministros militares do Superior Tribunal Militar, so prestadas as continncias previstas para Almirante-de-Esquadra, General-de-Exrcito ou Tenente-Brigadeiro. Pargrafo nico. O Ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica ocupam lugar de destaque nas solenidades cvico-militares, observada, no que couber, a Ordem Geral de Precedncia. Art. 46. Aos Governadores de Territrios Federais so prestadas as continncias previstas para Contra-Almirante, General-de-Brigada ou Brigadeiro. Art. 47. O Oficial que exerce funo do posto superior ao seu tem direito continncia desse posto apenas na Organizao Militar onde a exerce e nas que lhe so subordinadas. Art. 48. Nos exerccios de marcha, inclusive nos altos, a tropa no presta continncia; nos exerccios de estacionamento, procede de acordo com o estipulado nas Sees II e III deste Captulo. Art. 49. A partir do escalo subunidade, inclusive, toda tropa armada que no conduzir Bandeira, ao regressar ao Quartel, de volta de exerccio externo de durao igual ou superior a 8 (oito) horas e aps as marchas, presta continncia ao terreno antes de sair de forma. 1 A voz de comando para essa continncia "Em continncia ao terreno Apresentar Arma!". 2 Os militares que no integrem a formatura fazem a continncia individual. 3 Por ocasio da Parada Diria, a tropa e os militares presentes que no integrem a formatura prestam a "Continncia ao Terreno", na forma estipulada pelos 1 e 2 deste artigo. 4 Estas disposies podero ser ajustadas s peculiaridades de cada Fora Armada. Art. 50. A continncia de uma tropa para outra est relacionada situao de conduzirem ou no a Bandeira Nacional ou ao grau hierrquico dos respectivos Comandantes. Pargrafo nico. Na continncia, toma-se como ponto de referncia, para incio da saudao, a Bandeira Nacional ou a testa da formatura, caso a tropa no conduza Bandeira. Art. 51. No perodo compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada no dia seguinte, a tropa apenas presta continncia Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da Repblica, s bandeiras e hinos de outras naes e a outra tropa.Legislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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Pargrafo nico. Excetuam-se as guardas de honra, que prestam continncia autoridade a que a homenagem se destina. Seo II Da Continncia da Tropa a P Firme Art. 52. passagem de outra tropa, a tropa em forma e parada volta-se para ela e toma a posio de sentido. Pargrafo nico. Se a tropa que passa conduz a Bandeira Nacional, ou se seu Comandante for de posto ou graduao superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a continncia indicada no art. 53 deste Regulamento; quando os Comandantes forem do mesmo posto ou graduao e se a tropa que passa no conduz Bandeira Nacional, apenas os Comandantes fazem a continncia. Art. 53. Uma tropa a p firme presta continncia aos smbolos, s autoridades e a outra tropa formada, nas condies mencionadas no art. 15 deste Regulamento, executando os seguintes comandos: I - na continncia a oficial subalterno e intermedirio: a) "Sentido!"; II - na continncia a oficial-superior: a) "Sentido! Ombro Arma!"; III - na continncia aos smbolos e s autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 15 deste Regulamento, a Oficiais-Generais ou autoridades equivalentes: "Sentido! Ombro Arma! Apresentar Arma! Olhar Direita (Esquerda)!". 1 Para oficial-general estrangeiro, s prestada a continncia em caso de visita oficial. 2 No caso de tropa desarmada, ao comando de "Apresentar Arma!" todos os seus integrantes fazem continncia individual e a desfazem ao Comando de "Descansar Arma!". 3 Os Comandos so dados a toque de corneta ou clarim nos escales unidade e superiores, e viva voz, no escalo subunidades;os comandantes de peloto (seo) ou de elementos inferiores s comandam a continncia quando sua tropa no estiver enquadrada em subunidades; nas formaes emassadas, no so dados comandos nos escales inferiores a unidade. 4 Em formao no emassada, os comandos a toque de corneta ou clarim so dados sem a nota de execuo, sendo desde logo executados pelo Comandante e pelo porta-smbolo da Unidade; a banda comandada viva voz pelo respectivo mestre; o estado maior, pelo oficial mais antigo; a GuardaBandeira, pelo oficial Porta-Bandeira. 5 Os comandos so dados de forma a serem executados quando a autoridade ou a Bandeira atingir a distncia de dez passos da tropa que presta a continncia. 6 A continncia desfeita aos comandos de "Olhar em Frente!", "Ombro Arma!" e "Descansar!", conforme o caso, dados pelos mesmos militares que comandaram sua execuo e logo que a autoridade ou a Bandeira tenha ultrapassado de cinco passos a tropa que presta a continncia. 7 As Bandas de Msica ou de Corneteiros ou Clarins e Tambores permanecem em silncio, a menos que se trate de honras militares.prestadas pela tropa, ou de cerimnia militar de que a tropa participe. Art. 54. A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continncia da seguinte forma: I - estando o pessoal embarcado, o comandante e os oficiais que exercem comando at o escalo peloto, inclusive, levantam-se e fazem a continncia; se no for possvel tomarem a posio em p no veculo, fazem a continnciaLegislao Institucional Apostila confeccionada por Cap PM Von Knoblauch

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na posio em que se encontram; os demais oficiais fazem, sentados, a continncia individual, e as praas conservam-se sentadas, olhando frente, sem prestar continncia; e II - estando o pessoal desembarcado, procede da mesma maneira como na tropa a p firme, formando frente das viaturas. Pargrafo nico. Quando o pessoal estiver