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9912263550 INSS 2178-5781 Ano XIII # 197 | Novembro 2011 Produtores rurais ensinam na prática técnicas para proteger a propriedade, o gado e os insumos contra furtos e roubos À prova de assaltos Estudantes e professores apresentam trabalhos do concurso 2011 Agrinho Estado a um passo de se tornar zona livre sem vacinação Aftosa Produtores cobram agilidade para resolver estradas esburacadas Infraestrutura

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Ano XIII # 197 | Novembro 2011

Produtores rurais ensinam na prática técnicas para proteger a propriedade, o gado e os insumos contra furtos e roubos

À prova de assaltos

Estudantes e professores apresentam trabalhos do concurso 2011

AgrinhoEstado a um passo de se tornar zona livre sem vacinação

Aftosa Produtores cobram agilidade para resolver estradas esburacadas

Infraestrutura

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PALAVRA DO PRESIDENTE

A revista Campo é uma publicação da Federação da

Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerên-

cia de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com

distribuição gratuita aos seus associados.Os artigos assinados

são de responsabilidade de seus autores.

CAMPO

COnsElhO EditOriAl

Bartolomeu Braz Pereira;

Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa

Editores: Francila Calica (01996/GO) e

Rhudy Crysthian (02080/GO)

reportagem: Rhudy Crysthian (02080/GO e

Karine Rodrigues (01585/GO)

Fotografia: Jana Tomazelli Techio, Mendel Cortizo

e Raphaela Boghi

revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO)

diagramação: Rowan Marketing

impressão: Gráfica Talento tiragem: 12.500

Comercial: Cya - Produção e Eventos

Cynthia Vasconcelos | (62) 3941-8307

dirEtOriA FAEG

Presidente: José Mário Schreiner

Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel

Caixeta Haun. diretores-secretários: Bartolomeu Braz

Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. diretores-tesoureiros:

Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares. Suplentes:

Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel

Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de

Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães.

Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues

da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini

Neto, Leonardo Ribeiro. suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro

da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano,

Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados repre-

sentantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro

Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.

COnsElhO AdMinistrAtiVO sEnAr

Presidente: José Mário Schreiner

Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges,

Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça.

suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva,

Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta

Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar

Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. suplentes:

Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho

Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon

Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara,

José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes.

Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino

Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce

Mônica Vilela Souza.

superintendente: Marcelo Martins

FAEG - sEnAr

Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300

Goiânia - Goiás

Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222

site: www.faeg.com.br

E-mail: [email protected]

Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601

site: www.senargo.org.br

E-mail: [email protected]

Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o

e-mail: [email protected].

Para falar com a redação ligue:

(62) 3096-2208 - (62) 3096-2248

(62) 3096-2115.

José Mário SchreinerPresidente do Sistema

FAEG/SENAR

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Aimigração da criminalidade para o campo colo-cou o produtor rural na trincheira de um pro-blema que vem se tornando insustentável: o

aumento da violência na zona rural. Assaltos, roubos, sequestros e até assassinatos refletem a falta de assis-tência, segurança e policiamento para este setor tão im-portante para a economia goiana.

O aumento da safra, tanto em área plantada quanto em culturas colhidas, impulsiona a comercialização de insumos, fungicidas, herbicidas, máquinas agrícolas e uma rede de produtos e serviços que dão suporte ao desenvolvimento do setor, isso chama a atenção da cri-minalidade.

A demora nas ações efetivas do poder público para resolver o problema levaram os produtores a trilhar um caminho independente com técnicas preventivas de segurança especializada. Criamos uma cartilha com dezenas de dicas para o produtor proteger seus insu-mos, suas máquinas, seu gado e a propriedade como um todo. Esses conselhos simples de serem seguidos se tornam a melhor ferramenta de prevenção à crimi-nalidade no campo, pelo menos até que ações mais intensivas do poder público chegeam ao campo.

segurança para produzir

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PAINEL CENTRAL

www.sistemafaeg.com.br

Segurança no campo

Estradas intransitáveis

Descubra técnicas simples e práticas de como proteger a propriedade contra furtos e roubos.

Sindicatos Rurais e produtores realizam levantamento de estradas goianas sem condições de tráfego. Faeg cobra agilidade da Agetop que promete colocar vias em boas condições para o escoamento da safra.

20

Agenda Rural 06

Fique Sabendo 07

Cartão Produtor 11

Delícias do Campo

Campo Aberto

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28Campo Responde 32

Sind

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Prosa Rural

Responsabilidade social

Craig Bell, da Nova Zelândia,

responsável técnico da

Fazenda Leitíssimo, na Bahia,

veio para o Brasil adotar

práticas agropecuárias

mais rentáveis e se torna

um exemplo de ganhos em

produtividade.

Willian José dos Santos, presidente da Comissão de Segurança Rural da Faeg explica como produtores podem se proteger contra crimes. Foto de Jana Tomazelli.

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08

Vacinação a um passo do fimMedida, reivindicada pela Faeg e acatada

pelo Mapa, autoriza vacinação contra

aftosa apenas em animais de até dois anos.

Estado está mais próximo de se tornar

zona livre sem vacinação.

18

Doma racionalFrancisco Alves de Sousa aprendeu no Senar a domar

animais sem o uso de técnicas agressivas. Medidas

otimizaram o tempo do domador e geraram um

aumento em 70% da renda.

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Crianças e professores de todo o Estado preparam trabalhos que irão disputar a premiação do Agrinho 2011.

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Ano XIII # 197 | Novembro 2011

Produtores rurais ensinam na prática técnicas para proteger a propriedade, o gado e os insumos contra furtos e roubos

A prova de assaltos

Estudantes e professores apresentam trabalhos do concurso 2011

AgrinhoEstado a um passo de se tornar zona livre sem vacinação

Aftosa Produtores cobram agilidade para resolver estradas esburacadas

Infraestrutura

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À

Novembro/2011 CAMPO | 5www.senargo.org.br

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8Prêmio Goiás Gestão Ambiental, no

auditório da Faeg, em Goiânia.

Informações: (62) 3219-1419

9Reunião do Conselho de Consumidores

de Energia Elétrica de Goiás (Concelg),

no auditório da Celg, Félix Afonso, em

Goiânia.

Informações: (62) 3243-222

9 a 11VI SBOE - Simpósio Brasileiro de Óleos

Essenciais, no Instituto Agronômico de

Campinas (SP).

Informações: (19) 3243-0396 / 3014-

0148

10 a 12VIII SECIAG (Semana de Ciências

Agrárias da UEG), no pavilhão de

eventos da Arquidiocese de Ipameri.

Informações: (64) 3491-1556

11Audiências Públicas da Legislação

Ambiental de Goiás, em Itumbiara.

Informações: (62) 3096-2200

nOVEMBrO

12Inauguração da sede do Sindicato

Rural de Cromínia.

Informações: (64) 3419-1135

Campo Saúde, em Edéia.

Informações: (64) 3492-1766

14 a 21Missão Técnica de Pecuária de Leite

ao Uruguai.

Informações: (62) 3096-2200

17Reunião do CDE/FCO, na sede da Faeg,

em Goiânia.

Informações: (62) 3096-2200

18Publicação dos Resultados do Concurso

Agrinho 2011. Informações:

www.senargo.org.br/agrinho

21 e 2211ª Conferência Internacional Detagro

sobre açúcar e etanol, no Grand Hyatt,

em São Paulo.

Informações: (11) 4133-3944

23Comemoração dos 60 anos da CNA, na

sede da entidade, em Brasília.

Informações: (61) 2109-1400

23 a 255º Congresso Brasileiro de Tomate

Industrial - Feira de Produtos e

Negócios, no Centro de Cultura e

Convenções de Goiânia.

Informações: (62) 3241-3939

25Audiências Públicas da Legislação

Ambiental de Goiás, em Iporá.

Informações: (64) 3674-1318

Reunião do Fórum de Entidades, na

sede da Acieg, em Goiânia.

Informações: (62) 6237-2600

III Prêmio FAEG/SENAR de Jornalismo,

auditório da Faeg, em Goiânia.

Informações: 3096-2200

26Campo Saúde, em Itapuranga.

Informações: (62) 3355-1354

29 e 30II Congresso Brasileiro de Pinhão-

manso, em Brasília.

Informações: (61) 3448-4846

AGENDA RURAL

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Aos interessados em participar dos eventos, recomendamos confirmar as informações com os organizadores.

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FIQUE SABENDO

Chineses de olho no agronegócio goiano

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Um grupo composto por autoridades da província chinesa de Hebei participou, em outubro, de uma reunião na sede da Faeg para conhecer o sistema de produção agropecuário goiano. A equipe foi recebida pelo presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner e demais autoridades do setor. José Mário disse que Goiás já assinou um protocolo de intenções com uma empresa de Hebei para venda de soja. Ele também ressaltou que o Estado possui grandes perspectivas de aumento na produção agropecuária.

Ressaltou ainda, que Goiás conta com tecnologia e conhecimento para produzir mais e melhor, mas que para isso, alguns gargalos devem ser enfrentados como infraestrutura, logística e um modelo de financiamento que ainda não atende totalmente o produtor. O analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, fez uma apresentação detalhada do que é a agropecuária em Goiás. Ele explicou sobre as condições climáticas do Estado, falou da representatividade goiana na agricultura brasileira e mostrou as estruturas de armazenagem.

pesquisa

Os produtores brasileiros de tomate terão novas opções nos segmentos Cereja e Santa Cruz. Tratam-se dos híbridos BRS Iracema, BRS Kiara (foto) e BRS Nagai, que deverão chegar ao mercado no início

de 2012. Os materiais são fruto de uma parceria entre a

Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e a Agrocinco, empresa que atua

há 11 anos no mercado brasileiro de

sementes. O BRS Kiara é um híbrido do tipo Santa Cruz, longa-vida. Os frutos possuem firmeza média quando madura e excelente sequência de pencas, além de rápido crescimento inicial. O BRS Nagai é outro híbrido do tipo Santa Cruz, mas possui frutos um pouco mais alongados. Já o BRS Iracema é uma cultivar do tipo Cereja. Os frutos são firmes, apresentam boa durabilidade pós-colheita e excelente sequência de pencas.

três novos híbridos de tomate no mercado

Anuário da Pecuária Brasileira

Renovando informações fundamentais para o planejamento e de gestão dos negócios pecuários, chega ao mercado a mais nova edição do Anuário da Pecuária Brasileira (Anualpec). O Anualpec incluiu em seu conteúdo um capítulo inteiro sobre preços das carnes no varejo.As matérias focam as transformações fundamentais que ocorreram na pecuária brasileira e que prometem continuar a acontecer, se somam às ferramentas estatísticas e aos artigos técnicos voltados à subsidiar os leitores com ideias, dados e conhecimentos que lhes permitam aumentar a eficiência produtiva. O anuário pode ser adquirido pelo site: www.informaecon-fnp.com. O valor sugerido é R$ 420.

Novembro/2011 CAMPO | 7www.senargo.org.br

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Craig BellResponsável técnico pelaFazenda Leitíssimo

PROSA RURAL

Karine rodrigues | [email protected]

“Sou fã de pasto”

O neozelandês Craig Bell veio para o Brasil em 2002 para trabalhar em

uma propriedade produtora de leite. Um ano depois, foi para o oeste da Bahia onde, até hoje, atua como responsável técnico da Fazenda Leitíssimo, que além de produzir leite, também é o nome da marca de produtos lácteos que comercializa. Entusiasta da produção a pasto, Craig diz que Goiás, assim como o Oeste da Bahia, reúne as condições ideais para a produção de leite com alta qualidade, quase que exclusivamente com capim. Na propriedade que administra, ele utiliza práticas e princípios de pastoreio adotadas na Nova Zelândia, onde o rebanho de três mil animais – mistura de gado jersey com holandês - é abrigado em 224 hectares, forrado com grama tifton. Craig Bell esteve em Goiânia, em outubro, para participar do Seminário Goiás Mais Leite e falou com exclusividade para a Revista Campo.

revista Campo: Quando o senhor se instalou definitivamente no Oeste da Bahia?Craig Bell: Me mudei em 2002, há nove anos. Provavelmente, vamos estabilizar a produção na nossa propriedade em 2016 ou 2017.

revista Campo: O que o trouxe ao Brasil e porque utilizar intensivamente o sistema de produção a pasto? Craig Bell: Na verdade, nosso sistema não é uma novidade. Já existiam sistemas de pasto no Sul, no Centro-oeste e Sudeste do Brasil. O que nos atraiu foi o clima e a oportunidade de fazer algo diferente aqui no País. Buscamos um clima não tão frio no inverno, que permite crescimento do pasto o ano inteiro e não tão quente no verão para não causar estresse térmico. Encontramos essas características de pasto no Sul e no Oeste da Bahia, com gramíneas tropicais e diferentes da azevinha inteira. Sob essas características, a área

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tem possibilidade de produzir pasto o ano inteiro.

revista Campo: As pastagens na sua propriedade são irrigadas? Craig Bell: As chuvas mantêm as pastagens por seis meses e a irrigação nos outros meses seguintes. Essa é uma medida utilizada para conseguirmos pasto bom o ano inteiro. A temperatura na região é basicamente igual à de Goiás. Ficamos um pouco mais ao norte e o que difere é a altitude, que é um pouco maior. No fim das contas, temperatura e chuvas são bem parecidas com o que acontece em Goiás.

revista Campo: O sistema de gerenciamento da produção utilizado na Nova Zelândia é diferente do que é feito aqui no Brasil? Craig Bell: Os princípios de gerenciamento de propriedade são exatamente iguais, seja confinamento, semi-confinamento ou pasto. Um bom planejamento do fluxo animal é que vai determinar a demanda e o fornecimento de alimentos para os animais. Posteriormente, adotamos o regime de fertilizante que também deve ser aplicado. É o mesmo na Nova Zelândia, no Brasil, no Chile e na Argentina. O segredo é pensar no sistema mais adequado para cada região e depois aplicar

Um bom planejamento do fluxo animal é que vai determinar a demanda e o fornecimento de alimentos para os animais”

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um bom planejamento. Encontrei um bom lugar para produção a pasto, mas provavelmente têm outros que vão funcionar melhor que o sistema de pasto.

revista Campo: Os resultados da aplicação desse sistema estão ocorrendo conforme o planejado? Craig Bell: Fizemos uma pesquisa há três anos só para mostrar o potencial de um pivô. Chegamos ao resultado de 50 mil litros/hectare ao ano. Essa pesquisa mostrou o potencial do sistema, nosso plano de desenvolvimento é de longo prazo, construindo e desenvolvendo o rebanho para mais uma década, para atingir o nível final do projeto. Foi até surpreendente para o potencial do sistema.

revista Campo: Qual a média de animais alocados por hectare na sua propriedade? Craig Bell: Cada pivô tem 56 hectares, onde colocamos 600 vacas. Temos pouco mais de dez vacas por hectare. Ao mesmo tempo, preservamos 75% da área da propriedade como reserva permanente. Podemos ter reserva ambiental e produzir com qualidade e sustentabilidade.

revista Campo: Goiás já foi o segundo maior produtor de leite do País, hoje está em quarto lugar na produção nacional. Qual a sua opinião sobre essa situação? Craig Bell: Hoje, o Brasil tem o maior preço pago ao produtor do mundo, é maior que na Europa e nos Estado Unidos. É 20% maior que o preço internacional, mesmo assim, a produção não está crescendo ao nível esperado. O problema não é preço, mas sim custo em função de produtividade, se analisamos indicadores de desempenho do sistema. Não entendo porque não é possível manter uma vaca em lactação por mais que 210 a 220 dias. É uma média baseada na pesquisa do Senar, feita em 2009.

revista Campo: Como resolver o problema? Craig Bell: Devemos pensar na conversão de nutrientes, energia e eficiência de mão de obra. Esse é o segredo para condução do negócio de leite. Se não enfocar em produzir 500 litros por dia, em vaca ficando prenha quando deve ficar e entrando

no rebanho em 24 meses no lugar de 34 meses, fica difícil fazer lucro na atividade. Acho que Goiás tem todas as condições para produzir leite com baixo custo. Vejo no Estado um clima exatamente igual ao do interior baiano. O segredo é baixar o custo de alimentação para as vacas e proporcionar um aumento produtivo de mão de obra para ganhar dinheiro.

revista Campo: O senhor é neozelandês, já trabalhou no México e agora está no Brasil. Com base na sua experiência, até que ponto a carga tributária brasileira influencia no custo para o produtor? Craig Bell: A complexidade do sistema tributário é um custo adicional. Mas em termos absolutos de porcentagem de renda, não é. O problema é que existem vários impostos e os produtores têm que gastar muito tempo gerenciando todos. É necessário fazer uma reforma tributária que simplifique a vida de todos. A carga tributária para o produtor brasileiro não é tão onerosa, na Nova Zelândia é pior.

“O segredo é pensar no sistema mais adequado para cada região e depois aplicar um bom planejamento. Encontrei um bom lugar para produção a pasto, mas provavelmente tem outros sistemas em outros lugares que vão funcionar melhor que o sistema de pasto”

“A complexidade do sistema tributário é um custo adicional. Mas em termos absolutos de porcentagem de renda, não é”

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A pecuária de leite em Goiás passa por um mo-mento decisivo de defi-

nição de rumos. O Estado, que já foi o segundo maior produtor do país, foi o único entre os princi-pais captadores de leite que teve queda na produção no primeiro semestre de 2011. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina cres-ceram, respectivamente, 1%, 3,3%, 5,5% e 15,5%, Goiás re-duziu a produção em 1,4%.

O cenário de desestímulo decor-re de um conjunto de fatores que precisam ser combatidos para que a atividade retome a pujança de anos anteriores. De nada adianta todos os esforços realizados por institui-ções como a Faeg e o Senar, para a melhoria do gerenciamento e da qualidade do leite se não há uma política definida para o setor. É inadmissível que, em pleno período de entressafra, justamente no mo-mento onde não há disponibilidade de pastagem e estão findando os estoques de silagem e de cana-de--açúcar, o preço ao produtor caia.

O pecuarista de leite goiano não tem tranquilidade em inves-tir na atividade, porque não sabe qual será o preço praticado no próximo mês. Vivencia-se, hoje,

um exemplo claro desta situação com a eminente queda dos pre-ços. A pergunta que fica no ar é: Como o produtor pode se motivar a investir em uma atividade que - mesmo em condições adversas – seca, aumento de custos e redu-ção da produção – há depreciação dos preços?”.

O problema se potencializa com o incremento das importações. Nos oito primeiros meses deste ano as importações cresceram 90,6%, passando de US$ 367,2 milhões em 2010 para US$ 192,6 milhões no mesmo período de 2011. Já a balan-ça comercial apresentou saldo ne-gativo de US$ 289,6 milhões, valor 210,8% maior que no mesmo pe-ríodo de 2010. É preciso empenho do Governo Federal para resolver o problema. Há a necessidade de es-tabelecer cotas às importações de leite em pó e queijos provenientes da Argentina, Uruguai e Chile.

Recentemente, a Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Faeg enviaram missão à Argentina para firmar acordo de preços e cotas. Infeliz-mente, a negociação não avançou em virtude da proposta não aten-der aos interesses dos produtores de leite brasileiros. No entanto, caso não seja tomada uma medi-da unilateral por parte das autori-dades nacionais, corre-se o risco

de internalizar volumes muito superiores a 3,3 mil toneladas de leite em pó por mês acordado no ano passado.

Por ser um tema estratégi-co para os pecuaristas de leite, a Faeg não mede esforços para que sejam definidas cotas às im-portações de leite em pó e quei-jos provenientes do Mercosul. A Federação está atuando junto ao Executivo e Legislativo Federal para solucionar o problema.

Paralelamente, negocia no es-tado a criação de um Conseleite (conselho paritário entre produ-tor, indústrias e cooperativas) com o objetivo de minimizar o problema de falta de transpa-rência nas relações comerciais na cadeia produtiva. A proposta é que o conselho disponibilize mensalmente preço de referên-cia e a previsão para o mês se-guinte. Essas informações darão maior previsibilidade e permi-tirão ao produtor planejar, pelo menos no curto prazo, a sua pro-dução.

A Faeg zela pela qualidade de vida dos quase 60 mil pecuaris-tas de leite e das mais de 220 mil pessoas envolvidas. Trabalha diu-turnamente para que a produção e a produtividade cresçam de forma sustentável com melhoria da ren-tabilidade das propriedades.

Qual o futuro da pecuária de leite em Goiás?José Mário Schreiner | presidê[email protected]

MERCADO E PRODUTO

José Mário schreiner

é presidente da Fede-

ração da Agricultura

e Pecuária de Goiás

(FAEG).

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12 | CAMPO Novembro/2011 www.sistemafaeg.com.br

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Adriana Guion(62) 8205-4358

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Faeg fecha parceria com uma das maiores construtoras do Brasil

Como obter o desconto

A Federação da Agricultura e Pecuária Goiás (Faeg) firmou parceira, no último dia 17 de outubro, com uma das maio-res Incorporadoras do Brasil, a gigante Brookfield Incorporações. Presente há mais de 30 anos no mercado imobiliário, a empresa têm uma experiência de mais de 41 mil unidades entregues e mais de 13 milhões de metros quadrados cons-truídos e em desenvolvimento.

Para o diretor institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira, a parceria veio em boa hora. “Sabemos que mui-tos agropecuaristas tem grande inte-resse em expandir seus investimentos, ou mesmo ter um imóvel na capital, e a credibilidade da Brookfield nos faz crer que teremos muito sucesso juntos”, afirma.

Para uma grande maioria, o investi-mento em imóveis garante a seguran-ça nos negócios, além, é claro, de ser uma maneira eficiente de valorizar o dinheiro investido em curto espaço de tempo. O que também chama a

atenção são os planos de pagamen-to, com parcelas mensais à partir de R$ 149,99 nos imóveis na planta, e os conveniados da Faeg ainda ganham benefícios exclusivos.

A intenção da parceria é propor aos agropecuaristas vantagens na compra do imóvel, com descontos e condições exclusivas, direcionadas somente à categoria. A Brookfield Incorporações têm, em Goiânia (GO), diversas opções de empreendimentos com 2, 3 e 4Q, com opção de plan-ta na metragem, ótimas localizações e valorização garantida, tornando a aquisição excelente opção de moradia e investimento, além de salas comer-ciais e flats com localizações privile-giadas e conceito inovador.

A parceria é exclusiva com os con-sultores Eduardo Mendes CF 15 125 e Adriana Guion CF 16 942, que aten-derão à todos os interessados, dando ao agropecuaristas, todas as melho-res opções no mercado Goiano.

INFORME PUBLICITÁRIO

Bartolomeu Braz Pereira (ao centro), rodeado por Eduardo

Mendes e Adriana Guion da Brookfield, apresentam descontos

para o produtor adquirir imóvel residencial

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AÇÃO SINDICAL

MorriNHos

FeDeraÇÕes

CaBeCeiras

rio VerDe

itapirapuÃ

Cerca de 300 produtores de leite do município de Morrinhos e região participaram do Dia de Campo realizado pelo Sindicato Rural da cidade, Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem) e Sistema Faeg/Senar, no dia 24 de setembro, no Sítio Primavera. Foram apresentadas as técnicas e a demonstração de um exemplo de sistema de pastejo rotacionado com capim mombaça irrigado.

Representantes do Sistema Faeg/Senar estiveram reunidos no início de outubro com representantes da CNA/Senar Central e Federações da Bahia, Minas Gerais e Paraíba para finalizar estudos para implantação do IDS em nível nacional. O indicador será adotado nos treinamentos do PER Sindical (Faeg), GQT (Faemg) e Sindicato Forte (Senar). O próximo passo será uma avaliação técnica da Fundação Dom Cabral que vai apresentar uma metodologia de calculo e ajustes no indicador.

O Sindicato Rural de Cabeceiras promoveu no último dia 22 de outubro a posse da nova diretoria da instituição. A cerimônia foi no Parque de Exposição João Martins. Arno Bruno Weis segue como presidente, Jacó Izidora Rotta, como vice, Erni Carlos Schlemmer será o novo secretário e Joaquim Pereira Cardoso, o tesoureiro para o próximo triênio.

O professor e palestrante Steven Dubner esteve no último dia 26 de outubro no Sindicato Rural de Rio Verde para ministrar uma palestra motivacional para produtores e comunidade da região. Com o tema “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez” o palestrante prendeu a atenção dos presentes com técnicas de motivação.

Itapirapuã também está com diretoria nova à frente do Sindicato Rural. Os delegados, conselho fiscal e a diretoria eleita tomaram posse no último dia 29 de outubro. A solenidade foi na sede da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) no município. Deizi Rodrigues Noronha é o novo presidente para o próximo triênio.

dia de Campo de leite

ids em nível nacional

nova diretoria toma posse

Motivação aos produtores

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BritÂNia e aruaNÃ

soliDarieDaDe

itaJÁ

DoVerlÂNDia

alto paraÍso

Com a iniciativa do Sindicato Rural de Britânia e Aruanã, foi fundado na região o Sindicato do Comércio e Indústria de Britânia. A cerimônia foi realizada no final de setembro no Centro de Apoio e Recreio dos Idosos de Britânia. Cerca de 36 comerciantes e micro-empresários locais participaram da solenidade. (Colaborou: Milena Roberta)

O Sindicato Rural de Britânia e Aruanã, com o objetivo de promover um Natal mais digno às famílias carentes, irá promover no dia 4 de dezembro um leilão beneficente no Parque de Leilões e Eventos da cidade. No dia 10 será realizado um Brechó onde será vendido tudo que o Sindicato conseguir arrecadar por meio de doações como roupas usadas, sapatos, bolsas, eletrodomésticos antigos, cestas básicas, entre outros. Com o dinheiro arrecadado, o Sindicato irá comprar cestas básicas para promover o Natal Solidário. Quem se interessar em fazer doações deve entrar em contato com o Sindicato pelo telefone (62) 3383-1244. A entidade providenciará o recolhimento dos donativos. (Colaborou: Milena Roberta)

O Sindicato Rural de Itajá está com nova diretoria. Os nomes que estarão à frente da instituição foram escolhidos por meio de eleição no final de setembro. Odélio Moraes Borges foi eleito presidente. Junto com ele, Jânio Erasmo Vicente é o novo vice. O primeiro tesoureiro será Mário Jesus Federici. Eduardo Lopes Cançado e Cleto Chaves Filho serão segundo tesoureiro e primeiro secretário, respectivamente.

O responsável pelo Programa Balde Cheio em Goiás, Marcos Bragança, apresentou no último dia 20 de outubro detalhes sobre o programa no Sindicato Rural de Doverlândia. Cerca de 80 produtores participaram da apresentação. (Colaborou: Jakeline dos Reis Pereira Ávila)

Os produtores rurais de Alto Paraíso se reuniram na sede do Sindicato Rural, no último dia 8 de outubro, para tomarem conhecimento sobre o relatório das ações do Sindicato, sobre o APA Pouso Alto, o Programa Útero é Vida e demais temas de interesse dos produtores da região. O Sindicato acredita que a participação de cada produtor rural foi muito importante para o fortalecimento da classe, para buscarem juntos as soluções para uma melhor qualidade de vida não só no campo, mas para toda a sociedade deste município.

Apoio ao comércio local

Ajuda para famílias carentes

Eleição no sindicato

Balde Cheio

Produtores engajados

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Sistema Faeg/Senar implanta regionalização de seus trabalhos

Senar explora novas fronteiras

O Sistema Faeg/Senar iniciou o processo de regionalização da entidade. O ponto de par-

tida foi a contratação, por meio de concurso, de oito técnicos que assu-mirão as regionais do Senar, nas oito macro regiões do Estado. A iniciati-va de criar as regionais do Senar, em Goiás, foi do presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, es-pelhada em experiências das Federa-ções de Minas Gerais e Paraná, para aproximar ainda mais o Sistema do produtor rural. Trata-se de uma nova etapa do trabalho da Faeg e do Senar.

O processo de seleção dos técnicos começou com a publicação do edital em 16 de maio e foi encerrado em outubro. Finalizada a seleção, os téc-nicos aprovados: quatro agrônomos,

dois zootecnistas e dois veterinários, foram contratados para o cargo de Técnico em Planejamento, Operação e Supervisão de Ações. Eles ficarão responsáveis para coordenar, execu-tar e direcionar as atividades do Sis-tema no interior do Estado.

Dentre as responsabilidades, os técnico deverão acompanhar os cur-sos de Formação Profissional Rural e Promoção Social; buscar parcerias nos municípios; ser mobilizadores dos programas da Federação; auxiliar na melhoria das estruturas física, fi-nanceira e social dos Sindicatos Ru-rais. Entre as responsabilidades dos técnicos também estão a ampliação da base de representação sindical; aumento da interação com as demais entidades municipais e representação

Ana Paula BorgesRegião Vale do Araguaia

Zootecnista

Rafael DiegoRegião Nordeste

Engenheiro Agrônomo

Antônio Carlos de SouzaRegião MetropolitanaEngenheiro Agrônomo

Mateus Alves FragaRegião Norte

Médico Veterinário

REGIONALIZAÇÃO

Karine rodrigues | [email protected]

Região Metropolitana

Região Vale do Araguaia

Região Norte

Região Sudoeste

Região Oeste

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Rafael AlbernazEntorno do DF

Zootecnista

Koiti KomuraRegião Oeste

Médico Veterinário

Renildo Marques TeixeiraRegião Sudoeste

Engenheiro Agrônomo

Vitor HugoRegião Sul/Sudeste

Engenheiro Agrônomo

institucional do Sistema Faeg/Senar em suas respectivas regiões.

Segundo o chefe do departamento técnico do Senar, Flávio Henrique da Silva, há vários modelos de trabalho regionalizado já utilizados por fede-rações brasileiras. Porém, o modelo goiano terá adaptações e serão con-siderados o número de municípios, os parceiros, logística, deslocamento e as aptidões do município.

O trabalho do grupo será itineran-te, eles não terão base e nem escritório fixo. Mensalmente, os oito técnicos terão que vir até Goiânia para fazer o planejamento mensal das ações do Sistema Faeg/Senar, no interior.

Capacitação A capacitação dos técnicos foi ini-

ciada no dia 13 de outubro, na sede do Senar Goiás, em Goiânia. A aber-tura dos trabalhos foi do presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, que tratou de assuntos que vão desde o Código Florestal à ne-cessidade de reformulação ampla da política agrícola brasileira, dos pro-blemas de logística e da NR31, que segundo ele, deve ser olhada de for-ma diferente e revista.

Durante a capacitação, os técnicos tiveram palestras sobre o funciona-mento do Sistema Faeg/Senar e sobre os programas especiais desenvolvidos

por ambas instituições. Eles também foram apresentados aos instrutores do Senar, que estão diariamente no campo. O grupo fez visitas técnicas à Brasília, para conhecer o trabalho de-senvolvido na CNA, e ao Paraná, com a finalidade de ver o funcionamento do sistema de regionalização adotado naquele Estado.

Eles também farão visitas aos sin-dicatos rurais goianos para observar os treinamentos do Senar que estão em andamento. A capacitação será finalizada no dia 24 de novembro. Os novos técnicos do Senar já entra-ram em Campo e no último final de semana de outubro, quatro desses profissionais estiveram nas edições do Campo Saúde que ocorreram em Santo Antônio do Descoberto e Co-calzinho de Goiás, respectivamente nos dias 29 e 30 de outubro.

Os aprovados também participarão de treinamentos com palestras nos representantes de órgãos estaduais e nacionais, como Agência Goiana de Desenvolvimento e Regulação (AGDR), Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio (MDA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emater, Secre-taria da Agricultura, Pecuária e Irriga-ção (Seagro), Agrodefesa, Universida-de Federal de Goiás (UFG), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); e da iniciativa privada.

Região Metropolitana

Região Norte

Região Nordeste

Entorno do DF

Região Sul / Sudeste

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Nesta etapa, somente serão vacinados animais com até 24 meses de vida

Goiás há um passo de zona livre sem vacinação

Atendendo às reinvindicações da Federação da Agricultura e Pe-cuária de Goiás (Faeg), o Minis-

tério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa) autorizou os produtores goianos vacinarem somente bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade du-rante essa segunda etapa anual da Cam-panha Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. O lançamento da campanha foi no final de outubro na Fazenda Vargem das Flores, no município de Joviânia, Sul de Goiás.

De acordo com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, a decisão de vaci-nar animais com até 24 meses melhora a imagem e a comercialização da carne produzida em Goiás. Ele acredita que este é o primeiro passo para que o estado se torne, definitivamente, livre da febre aftosa sem vacinação. “Com a conquista,

o Estado vai abrir mercados para países

que agreguem maior valor ao nosso pro-

duto”, destaca.

O governador Marconi Perillo ressal-

tou que Goiás avançou muito em rela-

ção às etapas de vacinação. “Em 2000

conseguimos uma grande vitória que foi

transformar Goiás em zona livre de afto-

sa com vacinação, este ano, damos outro

significativo passo que é essa conquista

de vacinar somente animais até 24 me-

ses”, complementou.

Outro ponto positivo é a economia

de R$ 13 milhões em aquisição de do-

ses. O secretário da Agricultura, Pecu-

ária e Irrigação, Antônio Flávio Camilo

de Lima, se mostrou bastante confiante

em o Estado alcançar, até 2014, o status

de zona livre de aftosa sem vacinação.

“Com muito trabalho, acho que é possí-

vel conquistarmos esse título”, reforçou.

Vacinação únicaApós 16 anos enquadrado no status

de zona livre de aftosa com duas vaci-nações anuais é a primeira vez que serão imunizados apenas animais de até 24 meses, em cumprimento à medida que preconiza vacinação única para o reba-nho. Cerca de 10 milhões de bovinos no Estado têm até 24 meses.

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte de Minas Gerais também terão vacinação parcial em novembro. No Bra-sil, apenas Santa Catarina é considerado Estado livre de aftosa sem vacinação. Segundo o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, Goiás está livre da doença desde agosto de 1995. A multa para quem não vacinar o gado é de R$ 7 por cabeça. Esse valor dobra em caso de reincidência. Na campanha de maio des-te ano, a vacinação atingiu os 99,34% do rebanho.

Governador do Estado, Marconi Perillo, com o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner durante o lançamento da segunda etapa do vacinação contra aftosa

rhudy Crysthian | [email protected]

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Na rota de grandes eventos internacionais, Goiás sediará em 2012 e 2013 os mais importantes encontros de pecuária de corte e leite rhudy Crysthian | [email protected]

Goiânia sediará CongressoInternacional da Carne

O mercado está cada vez mais aber-to para a carne brasileira e a varieda-de e qualidade do produto nacional o torna apto a atender às variações exi-gidas. Dada a importância do agrone-gócio goiano para a projeção interna-cional do Brasil como o novo celeiro do Mundo, o estado se prepara para receber um grande volume de eventos de repercussão mundial. Goiás sedia-rá o Congresso Internacional do Leite, em 2012, o Congresso Internacional da Carne em 2013 e fará parte do circuito nacional que receberá a 18ª Feira Inter-nacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), no próximo ano.

O documento propondo a realiza-ção do Congresso foi entregue ao pre-sidente da IMS/OPIC, Arturo Llavallol, durante a 31ª Feira Internacional de Produtos Alimentícios (Anuga 2011),

no Centro de Exposições de Colônia, Alemanha, no último mês, onde tam-bém participaram o vice-presidente da Faeg, José Manoel Caixeta, o presiden-te da Agrodefesa, Antenor Nogueira e o secretário da Agricultura de Goi-ás, Antônio Flávio Camilo de Lima. O Congresso Internacional da Carne é um dos mais importantes eventos so-bre a cadeia do setor em âmbito mun-dial. O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, elogiou a escolha de Goiânia e ressaltou a importância de Goiás na grande produção de gado de corte de qualidade. Para ele, o Congresso reuni-rá as referências do setor da carne do Mundo, na capital goiana.

Para José Mário, eventos como o Congresso da Carne serão uma opor-tunidade de Goiás identificar o que o Mundo espera da produção de alimen-

tos, por meio de contatos com indús-trias e produtores. “A carne produzida em Goiás já é reconhecida nacional e internacionalmente. É importante lem-brar que os pecuaristas goianos já ado-tam excelentes práticas de manejo, o que contribui, substancialmente, para a qualidade do produto”, comenta.

Ele dá o exemplo da Feircorte, um ambiente fechado onde se preconiza o melhoramento genético e a gestão da atividade agropecuária para elevar a eficiência em toda cadeia produtiva. Os visitantes também conhecerão o siste-ma de confinamento de terminação (90 dias antes do abate) usado no Estado.

A expectativa é que o Congresso Mundial da Carne traga para Goiás re-presentantes da cadeia produtiva em todo Mundo, abrindo várias oportuni-dades para produtores e indústrias.

José Mário (Faeg), Antônio Flávio Camilo de Lima (Seagro) e Antenor Nogueira (Agrodefesa), durante o anúncio da realização do Congresso Internacional da Carne em Goiânia

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Produtores ensinam o caminho das pedras para se protegem contra crimes e

driblar a violência na zona ruralrhudy Crysthian | [email protected]

Campo à prova de crimes

Com a nova safra a todo vapor, o volume de cargas de fungi-cidas, herbicidas e inseticidas

que circulam pelas estradas e pelas propriedades rurais aumenta. Nesta época, muitos produtores aproveitam também para renovar a frota de tra-tores e colheitadeiras a medida que a colheita da safra se aproxima. Pelo alto valor agregado desses produtos, propriedades rurais e caminhoneiros se tornam alvos frequentes de ladrões.

O aumento do transporte de animais pelas estradas também se torna uma opção a mais para bandidos.

De acordo com o presidente da Co-missão de Segurança Rural da Faeg, Wilian José dos Santos, problemas sociais aliados à intensificação do policiamento nas cidades, que vem coibindo de forma intensa a ação de marginais urbanos, causaram um efei-to colateral ímpar para a zona rural. Os criminosos migraram para o campo

onde encontraram um perfil de vítima mais suscetível. “A bandidagem tem migrado para o campo porque está menos protegido, principalmente por causa do número reduzido de patru-lhamento policial”, destaca Wilian.

O isolamento das propriedades, a distância entre as propriedades rurais e as cidades e o pouco contingente de policiamento da patrulha rural são aditivos à essa nova onda de crimes na zona rural. A demora na solução dos

SEGURANÇA RURAL

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casos e a dificuldade na recuperação das cargas e animais furtados, soma-dos aos aumentos nos números de inte-grantes das quadrilhas que se especia-lizam a cada ação, agravam ainda mais a problemática.

O presidente da Comissão chama a atenção para o preparo das quadri-lhas especializadas em crimes na zona rural. Segundo ele, os criminosos são tão organizados que costumam fazer um levantamento prévio das máquinas disponíveis na propriedade e, quando vão consumar o crime, já levam um caminhão que abrigue todo o mate-rial que pretendem roubar. “Além das máquinas agrícolas, geralmente, levam bombas, geradores, motores e eletro-domésticos”, disse.

Produtores Os produtores se vêem reféns des-

sa onda de crimes que tem chamado a atenção pelo uso extremo da violên-cia e o preparo dos criminosos que se munem de armas de calibres pesados e informações detalhadas sobre as propriedades e produtores alvos das investidas. Preocupados com os pre-juízos que esses crimes podem trazer e com a demora do Poder Público em oferecer ferramentas de proteção no campo, produtores goianos decidem trilhar um caminho independente e se armam com técnicas preventivas de se-gurança especializada.

De acordo com o presidente da Co-missão de Segurança Rural da Faeg, os meses mais incidentes de crimes nas propriedades rurais são entre fevereiro e março, época em que os produtores começam a se preparar para a safra que se inicia, mas o perigo é recorrente o ano todo, principalmente para os cria-dores de gado. “Por mais que o produ-tor seja cauteloso, ele fica refém desses criminosos. Os bandidos estão cada vez mais preparados e informados so-bre o patrimônio e rotina dos proprie-dades rurais. Fica cada vez mais difícil nos prevenirmos”, reclama.

Ele reclama ainda que a cada safra a criminalidade aumenta. “Temos uma

tremenda falta de estrutura para segu-rança rural, o contingente é muito pe-queno de policiais militares”, denun-cia. Ele lembra que o governo estadual

anunciou no início do ano a criação de um batalhão independente de seguran-ça rural. “A medida iria proporcionar uma inibição da criminalidade”.

Em uma das maiores operações de desmantelamento de quadrilha que atua na zona rural neste ano, a Polícia Civil desarticulou um grupo que roubava maquinário e defensi-vos agrícolas em Goiânia e cidades do interior. A Operação Sal da Terra prendeu 23 pessoas, mas falta ain-da cumprir 11 mandados de prisão.

A Polícia estima que R$ 10 mi-lhões em mercadorias foram recu-perados. Foram encontrados com a quadrilha cinco pistolas calibre 380, duas espingardas, sendo uma calibre 12 e outra calibre 44 e R$ 10 mil em espécie, além de cartei-ras de identidade falsas, blocos de notas fiscais falsas e radioco-municadores. A quadrilha usava os rádios para se comunicarem e sin-tonizar a frequência dos rádios das Polícias Civil, Militar e Federal.

A Polícia estima que nove assal-tos foram feitos em fazendas nas cidades de Rio Verde, Morrinhos, Acreúna, Itumbiara. Cada assalto contava com a participação de cer-

ca de onze homens. Em uma das ações, 50 funcionários chegaram a ser rendidos em uma propiedade. A polícia adverte que as ações eram violentas e que há a suspeita de que dois fuzis pertencentes à quadrilha estejam enterrados em fazendas.

Acredita-se que a quadrilha foi a mesma que agiu na propiedade do produtor Romildo Luceno, na re-gião Sul. Na época, os funcionários foram feitos reféns e os criminosos levaram automóveis e cerca de R$ 30 mil em insumos. Um funcio-nário da fazenda foi morto pelos bandidos. “A ação dos criminosos foi muito violenta. Eles sabiam exa-tamente o que estava estocado na propriedade, os funcionários fica-ram muito assustados. Não precisa-va matar meu colaborador”, lamen-ta o produtor que, por motivos de segurança os nomes dos produto-res nessa matéria serão alterados. Ele participou de uma das reuniões com a Secretaria de Segurança Pú-blica realizada pela Faeg este ano.

Reféns do crime

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• Reservar os pastos próximos de estradas e longe da sede para o gado mais fraco;

• Destinar os pastos mais seguros para animais gordos e mansos;

• Contratar vigilância noturna, se possível;

• Dificultar o acesso à propriedade colocando cadeado nas porteiras;

• Pesquisar referências antes de contratar novos funcionários;

• Suspeitar de pessoas que estejam rondando a propriedade.

COMO PROTEGER O GADO 4

Fonte: Faeg/SSPJGO

• Utilizar garagens fechadas, evitando exposição de veículos;

• Manter em galpões fechados as máquinas e equipamentos agrícolas;

• Fazer seguro de veículos e máquinas;

• Manter os veículos sempre em boas condições para evitar defeitos mecânicos nas viagens;

• Se perceber que está sendo seguido por outro veículo, haja com naturalidade, pare na fazenda mais próxima em busca de socorro;

• Caso seja vítima de um acidente de trânsito que lhe pareça proposital, não pare para verificar os danos.

COMO PROTEGER VEÍCULOS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS

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Fonte: Faeg/SSPJGO

Cansados de levar prejuízos com constantes assaltos e o au-mento da violência no campo, produtores rurais desistem de esperar por iniciativas públicas e arregaçam as mangas para pro-tegerem seus patrimônios e a in-tegridade de seus funcionários. Para preservar a integridade e a identidade dos produtores, se-rão usados nomes fictícios das pessoas que servirão de perso-nagem nesse texto e serão alte-radas as regiões onde atuam.

O produtor rural da região Sudoeste Samiro Marcos teve sua propriedade assaltada duas vezes. Sem mencionar os valores ou os bens que foram levados, ele chama a atenção para o conheci-mento que os bandidos tinham do que havia na propriedade. Mas depois de passado o susto e recuperado o prejuízo, ele conta que adotou algumas táticas para defender seu patrimônio.

Uma das principais mudan-ças, segundo ele, foi a intensifi-cação das medidas de identifica-ção para a entrada de visitantes e fornecedores na propriedade. “A entrada de pessoas desco-nhecidas é uma das principais

ferramentas utilizadas por ban-didos. Eles se disfarçam para te-rem acesso a informações sobre a propriedade”, alerta.

O presidente da Comissão de Segurança Rural da Faeg, Wilian José dos Santos conta que nun-ca teve sua propriedade invadi-da, mas ensina algumas dicas. Além de fiscalizar a entrada de estranhos no local ele indica a contratação de segurança espe-cializada, pelo menos, à noite. Outra medida sugerida por ele é a utilização de trancas em porteiras de áreas mais afasta-das da sede. A Faeg preparou uma cartilha sobre segurança no campo que distribui gratui-tamente para os produtores ru-rais. No material consta algumas dicas simples, mas muitas vezes ignoradas pelos produtores para se protegerem contra algumas táticas simples são evitar os-tentação de riquezas, orientar os funcionários a não oferecer informações a estranhos, evitar manter na fazenda, dinheiro, mobília ou equipamentos caros e evitar deixar a propriedade abandonada sem caseiro são al-gumas das orientações.

Produtores ensinam como proteger a propriedade

• Orientar os funcionários a não oferecer informações a estranhos;

• Evitar manter na fazenda, dinheiro, mobília ou equipamentos caros;

• Evitar comentar grandes vendas;

• Evitar colocar placas com o nome do proprietário;

• Instalar alarmes de emergência na propriedade;

• Evitar carregar dinheiro para o pagamento de colaboradores;

• Manter escondido na propriedade um celular para emergências.

COMO PROTEGER A PROPRIEDADE 1

Fonte: Faeg/SSPJGO

• Evitar manter na fazenda grandes quantidades de insumos;

• O armazenamento na fazenda deve ser feito em depósitos que ofereçam o máximo de segurança possível aos produtos;

• Não comentar na cidade as compras de insumos;

• O transporte desses produtos deve ser feito pela própria revendedora;

• Caso o transporte seja feito pelo produtor, fazê-lo, se possível, com o apoio de viaturas policiais ou escolta particular.

COMO PROTEGER OS INSUMOS 2

Fonte: Faeg/SSPJGO

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O secretário de segurança pú-blica, João Furtado e comandantes das polícias civil, militar e corpo de bombeiros participaram este ano de diversas reuniões com produtores ru-rais, por intermédio da Faeg. Em al-guns desses encontros, representan-tes do setor reclamaram da situação que se encontra a segurança das pro-priedades rurais que constantemente sofrem com roubos, invasões, assal-tos e outros crimes contra a vida dos produtores e seus colaboradores.

Em um desses encontros, realiza-do em junho deste ano, o presidente da Federação, José Mário Schreiner, sugeriu a criação de núcleos especia-lizados em crimes rurais nas delega-cias regionais do interior goiano para agilizar o processo de investigação dos casos de crimes na zona rural es-ses casos. “Precisamos ir afinando as

relações entre o setor produtivo rural e a segurança pública. Devemos tra-tar do assunto de maneira ampla para garantirmos mais proteção de nossas propriedades”, comenta.

Atento às reivindicações do setor, o secretário comentou os recentes casos de violência no campo e divulgou al-gumas medidas. Furtado anunciou, na-quela época, a intenção do governo estadual de realizar um concurso público para a contratação de po-liciais para trabalharem especi-ficamente na patrulha agrícola.

Ele disse também que es-taria trabalhando em um pro-jeto inédito no Brasil, a criação de uma patrulha de divisas. Essa patrulha iria fiscalizar as frontei-ras dos quatro cantos de Goiás. “Os problemas de segurança se renovam a todo momento. Pre-

cisamos estar atendo às demandas para manter um trabalho mais efeti-vo”, diz. A Revista Campo entrou em contato com a equipe da assessoria de comunicação do secretário para saber em que estágio estão as me-didas anunciadas por João Furtado, mas até o fechamento da edição não

obtivemos resposta.

Faeg cobra segurança

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A conquista do AgrinhoO concurso promovido pelo Sistema Faeg/Senar iniciou a

fase de avaliação dos projetos. Enquanto isso, professoras

e alunos do interior mostram suas conquistas

Karine rodrigues | [email protected]

No mês de outubro, foram encer-radas as inscrições para a edi-ção 2011 do Prêmio Agrinho e

iniciada a seleção dos trabalhos envia-dos para a comissão julgadora. Segun-do a coordenadora do Programa Agri-nho em Goiás, Maria Adelaide Macarini dos Santos, esta edição do Projeto está marcada pela criatividade de alunos e

professores que, durante todo o ano, desenvolve-ram atividades sobre o tema “Alimentação saudá-vel e meio ambiente”.

Ano passado, fo-ram inscritos 1.309

trabalhos. Este ano, até o final

do mês de

outubro, foram contabilizados 1.437 inscritos, mas Adelaide acredita que o número deve, no mínimo, dobrar, uma vez que em 2010, o número de alunos participantes foi de 250 mil alunos em 120 municípios goianos. Em 2011, são 400 mil alunos de 150 municípios.

As 16 crianças da turma do Jardim II do Centro Municipal de Educação In-fantil Professora Juliana Maria de Sou-za Lima Leonardo, em Itarumã, planta-ram um pomar na área livre da escola. Além dessas atividades, os pequenos, que têm entre três e seis anos de idade, aprenderam a separar o lixo para a co-leta seletiva, participaram da caminha-da ecológica na cidade e ainda são res-ponsáveis por cuidar de um pomar na escola e plantar em casa uma muda de

árvore frutífera que ganharam da esco-la. Todas essas ações foram pensadas e executadas pela professora Juliana Furtado dos Santos, que contou com a ajuda da coordenação e de outras pro-fessoras da escola.

A professora explica que, além do trabalho interno na escola, ela conse-guiu mobilizar a população do municí-pio, por meio de caminhada ecológica que ocorreu no último dia 26 de setem-bro. Parcerias com empresas para re-colher e reciclar o lixo resultou na pro-dução de uma sacola retornável para evitar o uso de sacolas plásticas. O projeto também contou com o apoio da prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação de Itarumã que auxiliaram na realização da caminhada ecológica.

Cabeça e coraçãoDireto da região Norte de Goiás, a

professora Rosângela Peres da Escola Municipal Izaura Maria da Silva Olivei-ra de Minaçú, trabalha com os 24 alu-nos da segunda série o projeto “Saúde

A l im e n t a ç ã o e M e io

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da boca para dentro e do coração para fora”. Ela explicou que o projeto foi uma forma de conscientizar os alunos para a importância da alimentação saudável e de como a comida pode ser uma exce-lente ferramenta para evitar doenças.

Logo após o início da execução do projeto, a professora montou uma ta-bela de dados com as informações de peso e altura de cada aluno. Rosângela explicou que depois do início da pes-quisa o foco mudou e o trabalho foi intensificado na melhoria do lanche. Muitos alunos estavam com problema de crescimento e o desperdício de co-mida era grande. Somente no período vespertino, o desperdício calculado chegava a 89 quilos de comida por mês.

Com ajuda de outras professoras da escola e de uma nutricionista, Ro-sângela montou um cardápio de lan-che e uma tabela nutricional e afixou no colégio. Em parceria com a Central de Associações de Produtores Rurais de Minaçu (Campeam) e a Coopera-

tiva Mista Agropecuária dos Produ-tores Rurais de Minaçu (Coopraçu), ela conseguiu ajuda para inserir no-vidades no cardápio como verduras e legumes.

Além das mudanças no lanche, a escola montou uma horta suspensa na escola em quatro cochos, os alunos fizeram duas caminhadas na cidade

durante a Semana do Meio Ambien-te, um piquenique no final do mês de abril e uma oficina de culinária. Arre-cadaram também cestas básicas e dis-tribuíram entre as famílias de alunos carentes da escola. Segundo a profes-sora, o melhor foi criar a consciência de que a alimentação adequada é a base para uma vida saudável.

Alunos da Escola Municipal Izaura Mª da Silva Oliveira, de Minuaçu, mostram as cestas que foram entregues às famílias carentes de alunos da escola

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Perto de Goiânia, em Bela Vista de Goiás, as escolas da cidade se empe-nharam nos projetos para o Agrinho. No dia 21 de outubro, as escolas que parti-cipam do programa fizeram um grande encontro no salão paroquial da cidade para expor os projetos que foram inscri-tos no concurso. O tema “Alimentação Saudável e meio ambiente” foi respeita-do, mas projetos paralelos relacionados à reciclagem, destinação de lixo hospita-lar, destinação de lixo eletrônico, apro-veitamento de plásticos para confecção de brinquedos, produção de material de limpeza como sabão em barra e líquido, e até telha para cobrir casa foi produzida com embalagens tetra pak.

Na Escola Municipal Geraldo Clari-mundo Prego, as professoras Simone Guimarães, Margareth Araújo e Rosa-ne Magalhães estão empenhadas para desenvolver, segundo elas, o melhor trabalho do Agrinho de 2011. Fiéis ao tema “Alimentação Saudável”, cada uma desenvolveu um projeto, conforme a série e a idade dos alunos, mas uma coisa elas têm em comum, os trabalhos estão movimentando a cidade.

Os alunos da segunda série entre seis e oito anos, com Simone Guima-

rães como professora, conseguiram doações de legumes, verduras e frutas para encher 20 caixas. Os itens foram selecionados divididos e distribuídos entre as famílias carentes do municí-pio. A iniciativa fez com que os alunos aprendessem a evitar o desperdício, a valorizar o que têm para comer em casa

e na escola, a comer alimentos mais saudáveis como frutas e verduras, além de melhorar a higiene pessoal.

O projeto da professora Simone chamou a atenção dos coordenadores do programa do governo federal Bolsa Família que se agregou à iniciativa e, a partir deste mês, irá distribuir cestas de

Professora Rosane e seus alunos que desenvolveram projeto de produzir sacolas feitas com materiais reciclados

Participação conjunta

Simone Guimarães e os alunos da

segunda série da Escola

Geraldo Prego durante exposição dos

trabalhos do Agrinho em

Bela Vista

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As alunas Beatriz Ribeiro, Aman-da Dionísio e Larissa Nascimento, usaram todo o desprendimento para mostrar as receitas produzidas por elas e por outros alunos da Escola Municipal Nicanor Gomes Pereira a partir de sobras de alimentos. Além das receitas muito bem apresentadas por elas durante o encontro no Salão Paroquial, mostraram outros resulta-dos do projeto “Produzir e preservar um novo olhar”, que resultou para a escola a produção de uma horta orgâ-nica, para nutrí-la, os alunos fizeram gincana do esterco.

Direto da Escola Municipal Dona Menina, os alunos chegaram ao má-ximo de produzir telhas para cobrir casas de embalagens de produtos tetra park. Eles aprenderam a técnica ano passado, em uma oficina de re-ciclagem feita na escola. Os cerca de 380 alunos saíram às ruas recolhen-do material reciclável para produzir vários itens, entre eles, brinquedos. Mas o orgulho dos coordenadores da

escola, Adelmi Guimarães e Kátia de Sousa foi a participação dos alunos e mobilização da comunidade. “Os re-sultados do trabalho foram excelen-tes”, contam.

Telha recicladafrutas, verduras e legumes para as duas mil famílias cadastradas no programa em Bela Vista. Sem conter o entusias-mo, a professora diz que não esperava que os resultados do projeto tivesse um alcance tão grande. Para ela, mudar cer-tas atitudes dos alunos já era suficiente, mas ter sua ideia incorporada ao Bolsa Família superou todas as expectativas.

A professora Margareth Araújo, dis-se que a turma da terceira série é bas-tante interessada e tudo que foi propos-to foi feito e levado à diante. O sucesso foi total e resultou em um caderno de receitas elaborado pelos próprios alu-nos, sozinhos ou com a ajuda de pais e avós. O resultado foi um festival de aproveitamento de ingredientes que seriam jogados fora para produção de receitas deliciosas como fanta caseira, produzida com casca de laranja, cenou-ra e limonada; o bolinho de talos fri-tos; o patê de talos de couve ou ainda a panqueca verde e a geleia de casca de banana e casca de goiaba.

Cabeça e coraçãoA professora Rosane Magalhães

montou uma apresentação musical e fez um DVD dos estudantes. “Os 24 alunos do quarto ano já estão conscien-tes da necessidade de reduzir o consu-mo de sacolas plásticas, mas era preciso levar essa consciência para o restante da cidade, por isso recorremos aos supermercados, prefeitura e Sindicato Rural para arrecadarmos doações para produzir uma sacola retornável, ou seja, pode ser usada várias vezes”, disse. O sucesso foi tanto que vereadores de Bela Vista pretendem criar um projeto de lei que visa a redução do uso de sa-colas de plástico no município.

Também da Escola Geraldo Prego, a professor Valéria Bastos fez um trabalho para mostrar o período do uso de agrotó-xicos nos alimentos, principalmente, os

que serão consumidos in natura. Na Es-cola Emíli Blank, o projeto encampado por todo o colégio é “Preservar para não faltar”, dentro do tema, os alunos plan-taram um pomar na escola e uma horta

de onde são retirados os alimentos para fazer o lanche escolar que é servido qua-tro vezes ao dia, pois a escola é integral. Com garrafas pet, latas de alumínios os alunos também produziram brinquedos.

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Traçar em conjunto metas emer-genciais para recuperar as prin-cipais vias de escoamento da

produção agrícolas goiana é o prin-cipal objetivo de um grupo misto de trabalho composto pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Formado no final de outubro, esse grupo se reunirá perio-dicamente a cada 15 dias para tratar da problemática. A Faeg entregou à Agetop um levantamento elaborado pelos Sindicatos Rurais com os princi-pais trechos carentes de recuperação.

A Federação calcula que o estado perde cerca de 600 mil toneladas de grãos por problemas de logística todo ano, ou seja, 10% da safra. As regiões que mais carecem de recuperação são a

Sul, Sudeste e Vale do Araguaia, coinci-dentemente, as maiores produtoras do Estado. “Sabemos da demora natural do processo, mas precisamos ganhar velocidade porque a safra não pode es-perar”, completou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.

De acordo com ele, mais da metade da malha viária do Estado ainda não é pavimentada ou está em péssimas condições de tráfego. José Mário cita como exemplo a GO-206 em Chapa-dão do Céu que conta com um grande tráfego de caminhões no escoamento da safra. “Precisamos trabalhar jun-tos, setor privado e entidades públi-cas, para resolver o problema”, frisa.

De acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincón, as demandas são grandes, mas a entidade irá resol-

ver os pontos críticos levantados pelos produtores rurais. “Esse levantamen-to ajuda muito, mas só a Agetop tem a visão técnica dos trechos emergen-ciais”, emendou. Segundo ele, a Agên-cia está trabalhando a todo vapor para deixar todas as rodovias goianas em boas condições de tráfego até o fim do atual governo estadual.

Questionado sobre a demora para o início dos trabalhos, o presidente da Agetop culpa a burocracia. “O proces-so licitório é demorado e precisamos formular parcerias bem feitas para não acontecer imprevistos contratuais que impeçam as empresas contratadas de realizar determinados trabalhos de ma-nutenção dos trechos licitados”, justifi-ca. Para este ano, a Agetop pretende re-cuperar 2,081 quilômetros de rodovias.

Faeg cobra agilidade e rapidez na restauração das

estradas que escoam a produção agrícola

rhudy Crysthian | [email protected]

Safra nova, estradas e problemas antigos

Trecho da GO 206 em Chapadão do Céu fica intrafegável em período chuvoso

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No início do mês, a Agetop divul-gou 30 trechos que serão priorizados nas ações de recuperação das rodo-vias goianas, bem como os serviços de manutenção que podem ser executa-dos nas estradas no período chuvoso - os trechos foram selecionados com base no levantamento da Faeg (veja quadro). De acordo com o vice-presi-dente da Agetop, Adriano Rodrigues, a Agência pretende redobrar o traba-lho para manter o tráfego normal nos principais corredores de escoamento da produção agropecuária.

Ele garante que, 1.514,3 quilôme-tros de rodovias dos 2.081,4 quilôme-tros previstos para serem recuperados nesta primeira etapa do Programa Rodovida Reconstrução receberão obras nos próximos dias.

Estes trechos ligam diretamen-te cerca de 50 sedes municipais. “A

previsão é que até o final do ano, grande parte dos trechos desta pri-meira etapa sejam concluídos”, disse. Os recursos utilizados em 2011 pelo Rodovida são de cerca de R$ 300 mi-lhões. Para 2012 o Rodovida Recons-trução atuará em outros dois mil qui-lômetros de 41 rodovias, em um total de 55 trechos. Somadas as duas fases do programa, a Agetop reconstruirá em dois anos cerca de 42% da malha rodoviária estadual.

O diretor institucional da Faeg, Bar-tolomeu Braz Pereira, acredita que a Agetop terá dificuldade em dar conti-nuidade aos trabalhos devido ao perí-odo chuvoso. “Este trabalho começou tarde. A safra já se iniciou e os pro-blemas permanecem. Mas apesar do atraso, temos que transportar, a safra não pode esperar”, reclamou.

LentidãoO vice-presidente da Agetop ex-

plicou que já cobrou rapidez do an-damento dos trabalhos. A Agência instituiu patrulhas móveis que irão fazer intervenções emergenciais nas rodovias em estado crítico neste pe-ríodo de chuvas - as patrulhas são compostas por patrolas, caminhões e veículos próprios.

Para Bartolomeu, as patrulhas emergenciais são bem vindas, com ressalvas. “Não sabemos ainda se a quantidade de máquinas dessas pa-trulhas é a ideal. Temos muitos tre-chos que não entraram no Programa Rodovida, então, vamos continuar cobrando resultados rápidos e satis-fatórios para escoar nossa produção, porque, com estradas ruins, não per-dem somente os produtores rurais, mas toda a sociedade paga”.

Agetop anuncia trechos priorizados

Fonte: Agetop

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Pecuaristas e

produtores de leite

de todo o Estado

se reuniram para

discutir a cadeia

leiteira goiana.

Goiás sediará o

próximo Congresso

Internacional do

Leite, em 2012

rhudy Crysthian | [email protected]

Produtores preocupados com a qualidade do leite

Garantir suporte técnico para o produtor de leite admi-nistrar a propriedade e pro-

mover a sustentabilidade do setor, bem como melhorar a qualidade do produto produzido no Estado. Es-sas são as principais demandas do produtor de leite goiano. Assistên-cia técnica, cuidados na gestão e ca-pacitação dos profissionais também são necessidades do setor. Esses temas foram assuntos tratados du-rante o Goiás Mais Leite – 14º Semi-nário Goiano de Pecuária Leiteira. O evento foi promovido pelo Sistema Faeg/Senar e Sindicatos Rurais, com a correalização da Embrapa Gado de Leite, no início de outubro, em Goiânia.

Goiás é o quarto maior produtor de leite do País, o Estado repre-senta, sozinho, 10% da produção nacional. São 55 mil propriedades de leite, com 2,3 milhões de vacas ordenhadas. São mais de 3,1 bilhões

de litros ao ano. Mesmo diante de um cenário farto de produção, o pre-sidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, conta que 81% dos produtores de leite não têm assis-tência técnica. Ele explicou que o se-tor leiteiro em Goiás está crescendo abaixo da média nacional de preços. “O produtor precisa de confian-ça para acreditar que o resultado de seu trabalho e investimento irá trazer rentabilidade para garantir a sustentabilidade de sua atividade”, comentou.

Durante o encontro, o presidente do Sistema Faeg/Senar anunciou que Goiânia será sede do próximo 11° Congresso Internacional do Leite, que será realizado em 2012. O objetivo do Congresso será discutir com os produtores e demais elos da cadeia produtiva do leite, a importância de se trabalhar a gestão e a qualidade do leite em prol do setor lácteo. As discussões

Auditório lotado durante o Goiás Mais Leite – 14º Seminário Goiano de Pecuária Leiteira, em Goiânia

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Para Alessandro de Sá, só a capacitação profissional pode fazer o produto brasileiro alcançar índices de qualidade

exigidos internacionalmente.

promovidas durante o evento irão nortear ações e políticas específicas ao setor que serão desenvolvidas pelas organizações e entidades ligadas à atividade leiteira.

Goiás Mais LeiteO especialista Roberto Jank, diretor

da Agrindus S.A., apresentou, durante o Seminário, maneiras de como conseguir melhor aproveitamento de áreas para aumentar a produção leiteira nas propriedades. Ele destacou ainda a diferença entre pequenos proprietários de terra para o volume de produção na área. “Em alguns países, os produtores conseguem produzir grandes quantidades de leite em pequenos territórios”, completou. Desde 2003, trabalhando para o desenvolvimento da Fazenda Leitíssimo na Bahia, Craig William Bell, apresentou aos produtores presentes, métodos adotados pela cadeia láctea em sua propriedade e destacou a qualidade do leite goiano e a gestão das

propriedades rurais do setor.

Condições de trabalhoO presidente da Comissão Nacional de

Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, também foi um dos debatedores durante o Goiás Mais Leite. De acordo com ele, as discussões em torno das exigências sobre a qualidade do produto devem ser intensificadas para se chegar à conclusão de condições ideais de cobrança e responsabilização. “Se o produtor é obrigado a armazenar seu produto em condições adequadas e climatizadas, deve ter alguém responsabilizado em oferecer energia para tal. Se somos obrigados a entregar o produto a cada 48 horas, deve haver alguém competente para disponibilizar estradas adequadas para o transporte do produto”, alfinetou o poder público pelas quedas constantes de energia na zona rural e pelas condições das estradas rurais no Estado.

Alvim fez ainda duras críticas à IN 51 e

às exigências por qualidade do leite. “Acho que quando nos propomos a produzir algo temos que fazer com qualidade, isso não é um favor e sim uma obrigação do produtor de leite, mas ele não pode ser responsabilizado sozinho por essa exigência”, reclama. O governador em exercício e presidente da Celg, José Éliton Figuerêdo Júnior garantiu que 6% dos problemas de queda de energia na zona rural em Goiás já foram resolvidos. Segundo ele, o governo do Estado está trabalhando para dar melhores garantias de infraestrutura para os produtores rurais goianos.

As quedas constantes de energia em Goiás têm se tornado um entrave para os produtores de leite que usam ordenha mecanizada e também precisam armazenar o produto em tanques de resfriamento. “Essa melhoria ainda não é a ideal, mas estamos trabalhando para dar condições adequadas de trabalho para os produtores”, disse.

O Sistema Faeg/Senar, Go-verno de Goiás, Secretaria de Agricultura do Estado e Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) as-sinaram, durante o Goiás Mais Leite, um protocolo de intenções para a implantação do programa Balde Cheio no município de Formosa. De autoria da Embra-pa Pecuária Sudeste, o Programa já alcançou duas mil proprieda-des rurais em 350 municípios de 10 Estados, já capacitou 50 técnicos e tem mais 500 em ca-pacitação.

O público-alvo do Programa são propriedades com no má-ximo 20 hectares, ou seja, pe-quenos produtores. O primeiro foco do Balde Cheio não são os animais, nem a propriedade, mas o produtor. O pesquisa-dor e coordenador do programa Balde Cheio da Embrapa Pecuá-

ria Sudeste, Artur Chinelato, foi um dos debatedores do evento. Chinelato falou da importância da extensão rural para a pecuá-ria de leite e apresentou casos concretos de melhora na renda do pecuarista.

O Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Alessandro de Sá Guimarães, foi o palestrante do painel “O que falta e o que o setor produtivo pode fazer pela qualidade do leite?”. Du-rante a explanação, Alessandro afirmou que só a capacitação do produtor rural ou do profis-sional que trabalha na atividade pode fazer o produto brasileiro alcançar índices de qualidade exigidos internacionalmente. “Com muito trabalho é possível alcançarmos níveis de qualida-de internacional. Gerenciamen-to sem capacitação não adianta quase nada”, comparou.

Nova parceria para o Balde Cheio em Goiás

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CAMPO RESPONDE

Envie suas dúvidas para [email protected]. Não se esqueça de colocar nome completo, a região onde mora e a cultura que produz. Envie-nos também fotos do assunto que pretende obter resposta.

Como proceder caso não receba o boleto para o pagamento da contribuição sindical rural?

Jader Macedo de Alencar

Caso tenha passado mais de três meses do vencimento, o acerto referente aos exercícios em

aberto poderão ser feitos na Faeg ou no Sindi-cato Rural mais próximo. O Aviso de Débito, se refere a débitos da Contribuição Sindical Rural. Para mais detalhes, o produtor deve informar o código que aparece no rodapé da carta (abaixo

do nome) ou entrar em contato pelo telefone: 3096-2200 (setor de arrecadação da Faeg).

Consultor: lEonArDo VInÍCIus, chefe do setor de arrecadação da Faeg.

Onde posso consultar séries históricas refe-rentes a preços de fertilizantes praticados tanto no Brasil quanto no exterior?thiago Gramani

Essa série pode ser encontrada na Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em São Paulo. A entidade trabalha com dados de todas as misturadoras do Brasil. O site é: www.anda.org.br.

Consultor: AlEXAnDro AlVEs, asses-sor técnico da Faeg para a área de cana--de-açúcar e bioenergia.

Planto em oito pequenas propriedades num raio de sete quilômetros, todos os acessos são por rodovias. Como fazer para transitar com as máquinas agrí-colas já que a legislação nos obriga a contratar um caminhão prancha para transportá-las? Essa medida inviabiliza nosso trabalho.rodrigo nishida

A rigor, os tratores e máquinas agrícolas não estão proi-bidos de circular nas vias públicas, mas para isso preci-sam ter o registro e licenciamento do Detran, devendo receber numeração especial, estar em sintonia com as determinações que prevêem a circulação de máquinas e atender os requisitos e condições de segurança. Acidentes decorrentes de máquinas irregulares nas rodovias podem ocasionar sérios prejuí-zos patrimoniais aos proprietários.

Consultor: AuGusto CÉsAr DE AnDrADE, assessor jurídico da Faeg.

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DELÍCIAS DO CAMPO

Receita elaborada por Cristiano Ferreira, instrutor de Cozinha Rural do Senar, em Goiás.

Pão de beterrabaMOdO dE FAzEr:

Dissolva o fermento no leite. Em uma tijela à parte, junte a margarina ao purê de beterraba ainda quente. Misture a farinha, o purê, o fermento dissolvido no leite, a água e os ovos. Mexa com cuida-do, sem bater a massa evitando esfarelar. Deixe crescer. Sove a massa e enrole os pães no formato redondo. Coloque em uma assadeira, pincele-os com ovo batido e coloque para crescer até dobrar de tamanho. Pincele novamente com ovo e leve ao forno pré-aquecido em 200º até dourar.

inGrEdiEntEs:

1 kg de farinha (ou até dar o ponto)1 copo de purê de beterraba cozida2 colheres das de sopa cheia de marga-rina½ copo de açúcar1 copo de leite1 copo de água2 ovos1 colher de sopa de sal

Envie sua sugestão de receita para [email protected] ou ligue (62) 3096-2200.

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Francisco Alves de Sousa conseguiu aumentar em 70% sua renda com o curso de doma de equídeos, do Senar

CASO DE SUCESSO

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Como participarOs interessados em treinamentos e cursos do Senar Goiás no município de Porangatu devem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone: (62) 3362-4246.

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Cavalos sempre foi a paixão do domador Francisco Alves de Sousa, 43 anos. Da doma,

ele tira o sustento da família e paga o aluguel de uma pequena propriedade rural onde vive, no município de Po-rangatu, Norte do Estado. Muito cui-dadoso e atencioso com os bichos, ele conta que monta em mais de dez cava-los todos os dias. A proximidade dele com os animais é tanta que basta um simples gesto do domador para o ca-valo responder com destreza e rapidez.

Nem sempre a relação entre o do-mador e o bicho foi amigável. Quan-do começou a trabalhar com cavalos, Francisco adotava a doma convencio-nal, ou seja, aquela que utiliza chico-tes e ferrões para adestrar os animais. “Com a doma convencional, eu gas-tava muito tempo e estressava os ca-valos com a gritaria e o treinamento mais agressivo”, relata.

Foi então que o domador ficou sa-bendo, por meio do Sindicato Rural de Porangatu, que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Goiás, iria disponibilizar cursos na área de equídeos na região. Mais que depressa, ele se inscreveu gratuita-mente no treinamento de doma racio-nal, em 2010. Ele ficou tão satisfeito

com as técnicas aprendidas durante o treinamento, que logo passou a ado-tá-las na lida com os animais.

De acordo com Francisco, os bene-fícios da doma racional vão além do trato mais amigável e sem agressão com os bichos, o tempo de trabalho gasto para adestrar cada cavalo é bem menor, o que turbinou a renda do do-mador e o transformou em uma verda-deira autoridade no assunto na região. “Com a doma racional, o animal fica mais dócil em menos tempo. O doma-dor consegue se aproximar sem medo do bicho e o animal adquire mais con-fiança no Homem”, enumera. “Aqui no rancho, chega muito animal que nin-guém consegue domar”, completa.

Tempo é dinheiroQuando afirma que a utilização da

doma racional melhorou a renda dele, o domador não está exagerando. Depois que passou a trabalhar com técnicas mais humanas de trabalho com os ca-valos, Francisco calcula que conseguiu um saldo de mais de 70% na renda mensal da propriedade. “Meu trabalho ficou tão mais simplificado que sobra tempo para atender mais clientes”.

Francisco doma cerca de oito animais por mês. Ele gasta uma média de três

meses para finalizar o trabalho e afir-ma que com a doma racional adquire resultados mais satisfatórios. Por cada doma, ele cobra um salário mínimo. Com a economia de tempo na doma de cada animal, ele aproveitou para ofere-cer um novo serviço e incrementar ain-da mais a renda da propriedade.

No Rancho WM, de nove alqueires, ele também oferece o serviço de ho-tel para cavalos. O aluguel de cada baia custa R$ 100 por mês. Além de hospedar os bichos, ele trata dos ca-valos com o mesmo carinho e respei-to que dedica aos animais que doma. Francisco fez outros treinamentos do Senar como rédeas e inseminação ar-tificial. “Estou muito satisfeito. Por causa das técnicas aprendidas duran-te os treinamentos do Senar eu tenho uma renda bem melhor hoje. O Senar realmente mudou a minha vida e a forma como eu trabalho”, comemora.

O personagem da coluna Caso de Sucesso, edição de agosto n° 194, Ednaldo da

Costa de Luziânia, também fez treinamentos para a área de

bovinocultura oferecidos pela Corumbá Concessões.

Domador de cavalos no município de Porangatu, Francisco Alves, quase dobrou sua renda com treinamento do Senarrhudy Crysthian | [email protected]

Animal domado é dinheiro no bolso

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CURSOS E TREINAMENTOS

EM OUtUBrO, O sEnAr PrOMOVEU

351 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL

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Na área de

agricultura

Em ativida-

de de apoio

agrossilvipas-

toril

105

Na área de

silvicultura

23

Na área de

agroindústria

4

Na área de

aquicultura

11

Na área de

pecuária

120

Em atividades

relativas à

prestação de

serviços

50

Cristiano Ferreira da Silveira | [email protected]*

Qualidade na produção

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79 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL

38

Alimentação

e nutrição

Organização

Comunitária

5

Saúde e

Alimentação

4

Prevenção

de acidentes

5

Artesanato

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PRODUTORES E

TRABALHADORES

RURAIS

CAPACITADOS

4687

*Cristiano Ferreira da silveiraé tecnólogo em gastronomia e instrutor de Cozinha Rural do Senar, em Goiás.

Com o objetivo de treinar e capacitar pro-fissionais para trabalharem no desenvolvi-mento da classificação e padronização da

banana no Estado, o Senar, em Goiás, oferece trei-namento de fruticultura/banana. A banana é culti-vada em todas as regiões quentes do País e produz durante quase todo o ano. O sucesso em comercia-lização da fruta perde apenas para a laranja, tama-nha a aceitação do produto no mercado. O Brasil se destaca neste cenário, porque é o segundo maior produtor de banana e um dos maiores exportadores do Mundo.

Visando atender um público em constante ex-pansão, oferecendo profissionais qualificados para trabalharem com a cultura, o treinamento do Senar abrange diversas variedades de banana e repassa aos participantes conhecimentos da área de adu-bação de cobertura, plantio, mudas, manejo, co-lheita e pós-colheira, entre outros. O treinamento aborda, também o rendimento da fruta, bem como embalagem da banana, transporte e comercializa-ção do produto. O treinamento é voltado a pro-dutores e trabalhadores rurais, que tenham idade mínima de 18 anos.

Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br

Qualidade na produção

rhudy Crysthian | [email protected]

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CAMPO ABERTO

A pecuária brasileira tem evoluído nos últimos anos a passos largos

sustentada pelo importante avanço tecnológico em todas as áreas desse setor. Quando voltamos às atenções para a nutrição de ruminantes, percebemos que muito se evoluiu quanto aos conceitos no uso de tecnologias. Neste campo, temos hoje um grande desafio: o aumento de eficiência alimentar acompanhado do lucro e sustentabilidade.

Os bovinos têm sido alvo da artilharia de ambientalistas desinformados que criticam a emissão de metano como se isto fosse o maior dos poluentes. Na verdade, os ruminantes são, talvez, a única espécie de animais que podemos produzir como alimento com a menor competitividade com a espécie humana, graças a esta máquina fantástica chamada de rúmen.

O rúmen é uma câmara de fermentação capaz de transformar fibras (celulose

e hemicelulose) em energia, como também realizar síntese de proteína; tudo isto por meio da diversificada flora ruminal (bactérias e protozoários). No processo da degradação das fibras são produzidos gases e um deles é o metano, que pode ser reduzido pela manipulação das dietas, com o uso de aditivos adicionados nas dietas ou em suplementos minerais que podem ser o grande veículo destas tecnologias.

Existe no mercado, suplemento aditivo resultado de aproximadamente dez anos de desenvolvimento e pesquisas. Essa tecnologia, chamada de Fator P, é composta por probióticos, prebióticos e polímeros de ácidos graxos essenciais, associados com algas marinhas e surfactantes.

Em experimentos com animais em pastejo, o Fator P aumentou a produção energética ruminal, degradação de FDN dos animais e um aumento na eficiência de ganho de peso que

variou entre 15% a 20%, o que representa 100 a 150 gramas de peso vivo a mais. O mesmo ocorre em animais confinados nas mais diversas dietas, pois promove melhor equilíbrio ruminal. O produto é orgânico e, quando avaliado, não interferiu negativamente na qualidade e maciez da carne.

Pesquisas verificaram o desempenho do Fator P em diferentes grupos genéticos e em forragens em piores condições, assim como diferença no peso de traseiros. A produção de metano e os resultados mostram números reduzidos em 17% após 24 horas da ingestão de alimentos com Fator P.

Ainda é possível mencionar a viabilidade econômica dessa tecnologia, já que como tecnologia de vanguarda, não se tem dúvidas. O ponto de equilíbrio para se pagar o aditivo no suplemento mineral para animais em crescimento e terminação é de 8 a 10 gramas de peso vivo diários, como referência o preço da arroba de R$ 90.

Fator P: Tecnologia a favor da produtividade lucrativa e sustentávellauriston Bertelli | [email protected]

lauriston Bertelli,

é diretor-técnico

da Premix Nutri-

ção e Resultados

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