2010.2 - exercicio 01 - hematologia

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Hematologia Hygor Ferreira Fernandes Formação e Função das Células Sanguíneas 1. Que características tornam as células-tronco hematopoéticas capazes de repovoar uma medula óssea destruída? 2. A celularidade da medula óssea (MO) corresponde à proporção entre tecido hematopoiético e adiposo. Qual a relação entre a celularidade da MO com a idade? 3. As células-tronco hematopoéticas se localizam entre as trabéculas ósseas da MO, em um ambiente adequado para o crescimento e proliferação celular. Que nome se dá a esse microambiente? Descreva-o. 4. A diferenciação e proliferação das células-tronco hematopoéticas depende de estímulos (fatores) produzidos pelas células do estroma. O que sinaliza a essas células a produzirem tais fatores? 5. O processo de formação das células sanguíneas (hematopoese) é exclusiva da MO? Que outros órgãos contribuem nesse processo? 6. De que maneira a resposta inflamatória modula a hematopoese e a cinética celular? 7. Como se chegou à conclusão de que todas as células do sangue compartilhavam uma célula primitiva comum? 8. Explique o que é plasticidade celular. 9. Como a produção de cada linhagem celular do sangue é regulada de forma independente? 9. A hematopoese extramedular é considerada um mecanismo fisiológico compensatório que ocorre quando a medula óssea é incapaz de suprir a demanda corporal de células sanguíneas. Em que situações tal fenômeno é observado? Que suspeitas se pode levantar? 10. Qual a importância das citocinas para o processo de hematopoese? 11. Faça um esquema geral mostrando o processo de hematopoese, a partir da “stem cell” em direção à formação de todas as células do sangue, indicando as células-tronco, células precursoras e células diferenciadas. Eritrócitos e Leucócitos 1. A transformação de uma célula, de imatura para madura, envolve modificações tanto citoplasmáticas como nucleares. Quais as alterações observadas na hematopoese comuns a todas as linhagens? 2. Por que as hemácias dos mamíferos não têm núcleo? E como obtêm energia para sobreviver por 120 dias, já que perdem suas mitocôndrias durante a diferenciação? 3. Para que serve a coloração supravital (azul- brilhante de cresil) no que diz respeito a avaliação da atividade medular da eritropoese? 4. Por que as células quando coradas pelo método panótico, variam de um citoplasma azul (basófilo) quando imaturas, para a perda total dessa basofilia quando maduras? 5. Descreva as etapas de diferenciação e a morfologia da linhagem granulocítica a partir do mieloblasto.

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Page 1: 2010.2 - exercicio 01 - hematologia

Hematologia

Hygor Ferreira Fernandes

Formação e Função das Células Sanguíneas

1. Que características tornam as células-tronco hematopoéticas capazes de repovoar uma medula óssea destruída? 2. A celularidade da medula óssea (MO) corresponde à proporção entre tecido hematopoiético e adiposo. Qual a relação entre a celularidade da MO com a idade? 3. As células-tronco hematopoéticas se localizam entre as trabéculas ósseas da MO, em um ambiente adequado para o crescimento e proliferação celular. Que nome se dá a esse microambiente? Descreva-o. 4. A diferenciação e proliferação das células-tronco hematopoéticas depende de estímulos (fatores) produzidos pelas células do estroma. O que sinaliza a essas células a produzirem tais fatores? 5. O processo de formação das células sanguíneas (hematopoese) é exclusiva da MO? Que outros órgãos contribuem nesse processo? 6. De que maneira a resposta inflamatória modula a hematopoese e a cinética celular? 7. Como se chegou à conclusão de que todas as células do sangue compartilhavam uma célula primitiva comum? 8. Explique o que é plasticidade celular. 9. Como a produção de cada linhagem celular do sangue é regulada de forma independente? 9. A hematopoese extramedular é considerada um mecanismo fisiológico compensatório que ocorre quando a medula óssea é incapaz de suprir a demanda corporal de células sanguíneas. Em que situações tal fenômeno é observado? Que suspeitas se pode levantar? 10. Qual a importância das citocinas para o processo de hematopoese? 11. Faça um esquema geral mostrando o processo de hematopoese, a partir da “stem cell” em direção à formação de todas as células do sangue, indicando as células-tronco, células precursoras e células diferenciadas.

Eritrócitos e Leucócitos 1. A transformação de uma célula, de imatura para madura, envolve modificações tanto citoplasmáticas como nucleares. Quais as alterações observadas na hematopoese comuns a todas as linhagens? 2. Por que as hemácias dos mamíferos não têm núcleo? E como obtêm energia para sobreviver por 120 dias, já que perdem suas mitocôndrias durante a diferenciação? 3. Para que serve a coloração supravital (azul- brilhante de cresil) no que diz respeito a avaliação da atividade medular da eritropoese? 4. Por que as células quando coradas pelo método panótico, variam de um citoplasma azul (basófilo) quando imaturas, para a perda total dessa basofilia quando maduras? 5. Descreva as etapas de diferenciação e a morfologia da linhagem granulocítica a partir do mieloblasto.

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6. O que são granulações primárias e secundárias dos granulócitos? Em que células elas aparecem? Quais suas funções? Quais enzimas presentes nessas granulações são utilizadas no diagnóstico hematológico e por quê? 7. Qual a origem da linhagem plasmocitária e qual a sua função? 8. Qual a relação entre anóxia, eritropoetina e eritropoese? 9. Por que a mieloperoxidase é considerada um “marcador enzimático” das células granulocíticas indiferenciadas? E qual sua importância na distinção de leucemias agudas (granulocítica ou linfóide). 10. O que diferencia um neutrófilo de um eosinófilo ou basófilo em uma lâmina? Que semelhanças eles apresentam? 11. É possível diferenciar linfócitos B de linfócitos T em um esfregaço? Em que se baseia essa distinção? 12. Cite as principais variações morfológicas dos glóbulos vermelhos quanto ao tamanho, forma e coloração.

Hemograma de aspectos gerais das anemias 1. Qual a diferença entre anemia e policitemia? Qual desses valores deve ser considerado para um diagnóstico dessas anormalidades, medida da hemoglobina ou o número de eritrócitos? Justifique. 2. Qual a diferença entre hematócrito e número de eritrócitos? 3. Defina cada um dos índices hematimétricos e explique como determiná-los manualmente a partir das variáveis, hemoglobina, eritrócitos e hematócrito. 4. Calcular os índices hematimétricos a partir dos seguintes dados:

• Hematócrito = 42,10 % • Hemoglobina = 13,90 g/dL • Hemácias = 5,15 milhões/mm3

5. Por que a medida do valor da hemoglobina é o principal parâmetro para o diagnostico de anemias? 6. O que é desvio a esquerda? Por que ele ocorre e qual o seu significado clínico? 7. Qual dos índices hematimétricos é utilizado para caracterizar anemias micro e macrocíticas? E anemias hipo e hipercrômicas? 8. O que significa um valor de RDW elevado? 9. Qual a diferença entre uma reação leucemóide e um processo neoplásico leucêmico? 10. O que é uma leucocitose? Quais as possíveis causas para essa alteração?

Hemoglobinopatias – Talassemias e Anemia Falciforme 1. O que são hemoglobinopatias? 2. Descreva em linhas gerais a estrutura molecular da hemoglobina. Que papel ela desempenha no organismo? 3. Como estão organizados os genes das globinas humanas? Qual a explicação para a presença de múltiplos genes, de estruturas muito similares, em cada um dos clusters? 4. O que são hemoglobinas variantes?

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5. Existem diversos tipos de hemoglobinas. Cite o nome de cada hemoglobina presente em um indivíduo normal com suas respectivas cadeias de globina constituintes e a fase de desenvolvimento na qual é encontrada. 5. O que explica a grande variedade clínica das talassemias? 6. Por que as formas mais comuns de talassemias se devem à redução de globina α ou de globina β e não de outras globinas, como a δ ou γ? 7. A talassemia segue as leis de transmissão hereditária. O que isso significa? Qual o risco de um casal de heterozigotos terem um filho homozigótico para talassemia? 8. Cite as características clínicas e laboratoriais mais comumente encontradas nas formas mais graves de talassemias. 9. Como resposta à destruição prematura das hemácias, o MO “trabalha em excesso” para restituir a população de células vermelhas no sangue. Esse fenômeno, conhecido como hiperplasia eritróide da MO, é eficaz nas talassemias? Quais as consequências clínicas observadas? 10. As mutações de globina β são divididas em grupos clínicos, com variados graus de gravidade, conforme o grau de deficiência de síntese de β-globina conferido pela mutação. A β-talassemia maior é a forma mais grave da doença, onde se observa a ausência total de síntese de β-globina. Em que se baseia o diagnóstico e qual o tratamento indicado para combater as manifestações clínicas dessa enfermidade? 11. Existem quatro genes alfa localizados nos cromossomos 16, responsáveis pela síntese das cadeias alfa de globina. Pode haver deleção de um ou mais desses genes, resultando em quatro variedades ou tipos de alfa-talassemias. Quais os genótipos correspondem às formas mais graves. Explique o quadro clínico correspondente. 12. Explique por que a prevalência de anemia falciforme, assim como outras hemoglobinopatias, é mais alta em regiões endêmicas para malária. 13. Em que a hemoglobina S difere da hemoglobina normal no aspecto molecular? 14. A forma alterada do eritrócito falcizado diminui sua vida média causando o quadro de anemia, no entanto o principal fenômeno da doença responsável pela grande maioria dos sintomas são as crises de vaso-oclusão. Explique como ocorre e as conseqüências decorrentes dessa vaso-oclusão. 15. Por que os sinais e sintomas da anemia falciforme só são observados por volta do 6° mês de vida? Q ual o papel da hidroxiuréia no tratamento da anemia falciforme? 16. O tornam os indivíduos com anemia falciforme mais propensos a certas infecções, como pelo S. Pneumonie? 17. Qual a importância do aconselhamento genético para a prevenção da anemia falciforme? 18. Em que a transfusão de sangue contribui para o tratamento da anemia falciforme? 19. Liste os principais achados laboratoriais de pacientes com anemia falciforme. Que técnica é utilizada para confirmação diagnóstica?