2009 - instalações elétricas residenciais

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INSTITUDO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECONOLOGIA DO PIAUÍ CAMPUS DE PARNAÍBA Instalações Elétricas Residenciais Prof. Celso Rogério Schmidlin Júnior, M.Sc. Parnaíba – 2009

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Page 1: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

INSTITUDO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECONOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS DE PARNAÍBA

Instalações

Elétricas Residenciais

Prof. Celso Rogério Schmidlin Júnior, M.Sc.

Parnaíba – 2009

Page 2: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Sumário

APRESENTAÇÃO ........................................................................................... iv 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1

1.1. Tensão e Corrente Elétrica ........................................................... 1 1.2. Energia Elétrica ............................................................................. 2 1.3. Potências Elétricas........................................................................ 2 1.4. Fator de Potência .......................................................................... 3

2. PROJETO E PROJETISTA....................................................................... 5 2.1. Sobre o Projeto.............................................................................. 5

2.1.1. Conceito.............................................................................. 5 2.1.2. Partes Componentes .......................................................... 6 2.1.3. Normatização...................................................................... 7 2.1.4. Critérios a serem Considerados ......................................... 7 2.1.5. Fluxograma de Elaboração................................................. 8

2.2. Sobre o Projetista.......................................................................... 8 2.2.1. Ética no Trabalho................................................................ 8 2.2.2. Habilitação Profissional....................................................... 9 2.2.3. Competência Profissional ................................................... 9

3. CONTATOS PRELIMINARES .................................................................. 12 3.1. Planta-Baixa................................................................................... 12 3.2. Layout............................................................................................. 13

4. PREVISÃO DE CARGAS.......................................................................... 14 4.1. Pontos de Iluminação ................................................................... 15

4.1.1. Quantidade ......................................................................... 15 4.1.2. Potência Aparente .............................................................. 15

4.2. Tomadas de Uso Geral (TUG’s).................................................... 16 4.2.1. Quantidade ......................................................................... 16 4.2.2. Potência Aparente .............................................................. 17

4.3. Tomadas de Uso Específico (TUE’s) ........................................... 17 4.3.1. Quantidade ......................................................................... 17 4.3.2. Potência Ativa..................................................................... 18

4.4. Tabela Completa............................................................................ 18

Page 3: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais Sumário

ii

5. FORNECIMENTO DE ENERGIA .............................................................. 20 5.1. Tipos de Fornecimento ................................................................. 20

5.1.1. Fornecimento Monofásico................................................... 21 5.1.2. Fornecimento Trifásico ....................................................... 21

5.2. Carga Instalada.............................................................................. 21 5.3. Padrão de Entrada......................................................................... 23

5.3.1. Dimensionamento de Consumidores.................................. 24 5.4. Demanda ........................................................................................ 26

5.4.1. Definições Fundamentais ................................................... 26 5.4.2. Fator de Demanda.............................................................. 27 5.4.3. Cálculo de Demanda Segundo a Norma da CEPISA ......... 27

6. LOCAÇÃO DE PONTOS .......................................................................... 31 6.1. Legenda Elétrica............................................................................ 31 6.2. Locação de Pontos........................................................................ 33

6.2.1. Pontos de Iluminação e Tomadas ...................................... 33 6.2.2. Locação do Quadro Terminal ............................................. 35 6.2.3. Locação do Quadro de Medição......................................... 36

7. DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS .............................................................. 37 7.1. Prescrições .................................................................................... 37

7.1.1. Simplificando as Prescrições da NBR 5410........................ 39 7.2. Dimensionamento dos Circuitos.................................................. 42

7.2.1. Distribuição dos Circuitos nas Fases.................................. 42 7.2.2. Corrente dos Circuitos ........................................................ 43 7.2.3. Seção dos Condutores ....................................................... 43 7.2.4. Proteção ............................................................................. 45

7.3. Tabela Completa............................................................................ 48 8. LIGAÇÃO DE PONTOS............................................................................ 50

8.1. Condutores Elétricos .................................................................... 50 8.1.1. Condutor de Proteção......................................................... 51 8.1.2. Isolação de Condutores...................................................... 52

8.2. Pontos de Força ............................................................................ 53 8.2.1. Aparelhos e Tomadas......................................................... 53 8.2.2. Circuitos de Força............................................................... 53

8.3. Pontos de Luz................................................................................ 55 8.3.1. Ligação com Interruptor Simples ........................................ 55

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Instalações Elétricas Residenciais Sumário

iii

8.3.2. Ligação com Interruptores Paralelos .................................. 56 8.3.3. Ligação de Lâmpada de Três ou mais Pontos.................... 58

9. ELETRODUTOS ....................................................................................... 60 9.1. Caminhamento dos Eletrodutos .................................................. 60 9.2. Representação da Fiação ............................................................. 62 9.3. Dimensionamento dos Eletrodutos ............................................. 66

10. DETALHES DE PROJETO ....................................................................... 69 10.1. Diagrama Trifilar do Quadro de Distribuição .............................. 69 10.2. Padrão de Entrada......................................................................... 71 10.3. Lista de Materiais .......................................................................... 71

10.3.1. Medidas dos Eletrodutos no Plano Horizontal .................... 72 10.3.2. Medidas dos Eletrodutos que Descem até as Caixas......... 72 10.3.3. Medidas dos Eletrodutos que Sobem até as Caixas .......... 72 10.3.4. Medidas dos Fios................................................................ 74 10.3.5. Outros Componentes.......................................................... 74

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 78

Page 5: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Apresentação

A importância da eletricidade em nossas vidas é inquestionável. Ela ilumina

nossos lares, movimenta nossos eletrodomésticos, permite o funcionamento dos aparelhos eletrônicos e aquece nosso banho. Por outro lado, a eletricidade quando mal empregada traz alguns perigos, como o choque e o curto-circuito, causador de tantos incêndios.

A melhor forma de convivermos em harmonia com a eletricidade é conhecê-

la, tirando-lhe o maior proveito, desfrutando de todo o seu conforto com a máxima segurança.

O objetivo desta publicação é o de fornecer, em linguagem simples e

acessível, as informações mais importantes relativas ao que é a eletricidade, ao que é uma instalação elétrica, quais seus principais componentes, como dimensioná-los e escolhê-los.

Para tal, visando à melhor compreensão dos alunos dos cursos de

Eletrotécnica e Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí, UNED de Parnaíba, fizemos uso do Manual de Instalação Elétrica Residencial (elaborado pela Pirelli, Elektro e Procobre), sendo que, em alguns pontos o modificamos para atender à Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição (COM-05F) da concessionária local, CEPISA.

Com isto, esperamos contribuir para que nossas instalações elétricas

possam ter melhor qualidade e se tornem mais seguras para todos nós.

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Introdução 1.

Antes de iniciarmos o projeto de uma instalação elétrica residencial, é necessário que revisemos alguns conceitos básicos de eletricidade que são imprescindíveis para o bom entendimento do conteúdo que aprenderemos a seguir.

Neste capítulo: Tensão e Corrente

Elétrica Energia Elétrica Potências Elétricas Fator de Potência

1.1. Tensão e Corrente Elétrica

Figura 1.1 – Elétrons livres.

Figura 1.2 – Tensão elétrica.

Sabemos que nos fios condutores

há partículas invisíveis chamadas de elétrons livres, que estão em constante movimento de forma desordenada.

Para que estes elétrons livres

passem a se movimentar de forma ordenada, é necessário ter uma força que os empurre. A esta força é dado o nome de tensão elétrica (U).

Esse movimento ordenado dos elétrons

livres nos fios, provocado pela ação da tensão, forma uma corrente de elétrons. Essa corrente de elétrons livres é chamada de corrente elétrica (I).

Assim, pode-se dizer que:

• Tensão Elétrica: É a força que impulsiona os elétrons livres nos fios. Seu

símbolo é o U e sua unidade de medida é o Volt (V). • Corrente Elétrica: É o movimento ordenado dos elétrons livres nos fios.

Seu símbolo é o I e sua unidade de medida é o Ampère (A).

Figura 1.3 – Corrente elétrica.

Page 7: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 1. Introdução

2

1.2. Energia Elétrica Neste momento você deve estar se perguntando: qual a finalidade de

fazermos os elétrons livres se movimentarem de forma ordenada? Ou, em outras palavras, para que serve a corrente elétrica? Vamos responder essa pergunta nos recorrendo a exemplos encontrados na natureza.

Por exemplo, na natureza existem muitos elementos em constante

movimento, como o vento (ar em movimento), as correntes de água, as marés e outros. Dizemos que estes elementos possuem energia.

Ao longo dos anos, essas diversas formas de energia vêm sendo utilizadas

para realizar trabalho pra nós, por exemplo: o vento foi muito utilizado para mover os moinhos e hoje nossos parques eólicos; as correntes de água moviam as rodas d’água e hoje nossas hidrelétricas; dentre outros.

Assim, ao movimentarmos os elétrons livres de

forma ordenada estamos fornecendo energia para eles: energia elétrica. E assim como as outras formas de energia citadas anteriormente, também podemos fazer a energia elétrica realizar trabalho para nós. Usamos energia elétrica para: criar luz (lâmpadas), aquecer (chuveiro elétrico e ferro de passar), resfriar (geladeira e condicionador de ar), movimentar (motores), nos comunicar (telefone e celular), enfim, praticamente tudo que fazemos hoje em dia tem uma ajudinha da eletricidade.

Matematicamente, a energia elétrica fornecida a um aparelho (E) para que

este realize trabalho é dada pelo produto da potência ativa do aparelho (P) pelo tempo (t) durante o qual este aparelho ficou em funcionamento, ou seja, E = P.t. Como a potência ativa é medida em Watts (W) e o tempo, (para fins de tarifação elétrica) em horas (h), a unidade de medida da energia elétrica é dada em Watts-hora (W.h), ou pelo seu múltiplo kiloWatts-hora (kW.h).

1.3. Potências Elétricas No item anterior vimos que para sabermos quanto

um aparelho consume de energia elétrica é necessário sabermos a potência ativa deste aparelho. Mas o que é isso? Para tal, vamos recapitular o que acabamos de aprender:

• A tensão elétrica faz movimentar os elétrons de

forma ordenada, dando origem à corrente elétrica. • Tendo a corrente elétrica, podemos, por exemplo, acender uma lâmpada,

que além de iluminar, se aquece com certa intensidade.

Figura 1.4 – Corrente elétrica acendendo uma lâmpada.

Figura 1.5 – Potência ativa.

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Instalações Elétricas Residenciais 1. Introdução

3

Essa intensidade de luz e calor percebidos por nós (efeitos), trata-se da potência elétrica que foi transformada em potência luminosa e térmica.

Assim, para haver potência elétrica, é necessário haver corrente e,

conseqüentemente, tensão elétrica. Daí temos que a potência elétrica é igual ao produto da tensão pela corrente, ou seja, IUS ⋅= .

Como a intensidade da

tensão é medida em volts (V) e a intensidade da corrente é medida em ampère (A), temos que a unidade de medida da potência é o Volt-Ampère (VA). A essa potência dá-se o nome de potência aparente, representada pelo símbolo S.

A potência aparente é composta por duas parcelas: uma chamada de

potência ativa e a outra de potência reativa. A potência ativa (P) é a parcela efetivamente transformada em potência

mecânica, térmica, luminosa, etc. Como costumamos dizer, é a parcela que realiza trabalho. A unidade de medida da potência ativa é o Watt (W).

A potência reativa (Q) é a parcela transformada em campo magnético,

necessário ao funcionamento de motores, transformadores, etc. A unidade de medida da potência reativa é o Volt-Ampère reativo (VAr).

Em projetos de instalação elétrica residencial os cálculos efetuados são

baseados na potência aparente e potência ativa. Portanto, é importante conhecer a relação entre elas, representada pelo fator de potência.

1.4. Fator de Potência Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que

ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta porcentagem dá-se o nome de fator de potência.

Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da potência

aparente foi transformado em potência ativa, aplicam-se os seguintes valores de fator de potência para os pontos de iluminação, tomadas de uso geral (TUG) e tomadas de uso específico (TUE):

Tabela 1.1 – Valores de fator de potência a serem utilizados

Iluminação TUG TUE

Fator de Potência 1,0 0,8 Depende do Aparelho

Figura 1.6 – Unidade da potência aparente.

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Instalações Elétricas Residenciais 1. Introdução

4

Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência aparente é transformada em potência ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência, tais como: chuveiro elétrico, torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico, ferro elétrico, etc.

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Projeto e Projetista

2.

Neste capítulo trataremos sobre o projeto e o projetista de instalações elétricas residenciais. Em especial, o que é necessário para se terem bons projetos e profissionais competentes.

Neste capítulo: Sobre o Projeto Sobre o Projetista

2.1. Sobre o Projeto

2.1.1. Conceito Projetar, no sentido mais geral do termo, é apresentar soluções possíveis de

serem implementadas para a resolução de determinados problemas. Para o projetista, a solução procurada visa atender a uma necessidade, um resultado desejado, um objetivo. Assim, por exemplo, “definir de que forma a energia elétrica será conduzida da rede de distribuição até os pontos de utilização em uma determinada residência”, abrangendo todos os aspectos envolvidos, é o enunciado geral do problema que será o objeto do estudo do projetista de instalações elétricas residenciais.

O projeto é, portanto, uma

mediação entre duas situações ou dois estados, conforme podemos verificar pela figura ao lado.

Assim, projetar uma instalação elétrica de uma residência consiste

basicamente em:

• Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica;

• Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos; • Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção,

comando, medição de energia elétrica e demais acessórios. É importante ter em mente que a solução não é única. Freqüentemente

existirão diversas alternativas de soluções possíveis. O projetista deverá examiná-las, avaliar as possibilidades de cada uma delas e, finalmente, inclinar-se por aquela que julgar a mais adequada. Nem sempre esta escolha é tranqüila, isto é, direta e inquestionável. A maioria das vezes ela envolve

Figura 2.1 – O Projeto como Mediador

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Instalações Elétricas Residenciais 2. Projeto e Projetista

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aspectos contraditórios, pois estarão sob o julgamento pessoal do projetista: as mediações entre o atendimento indispensável às normas técnicas, à segurança das instalações e dos usuários, à operacionalidade, à racionalidade e aos aspectos econômicos envolvidos na questão. Resumindo, projetar pressupõe capacidade de criação, para elaborar as soluções possíveis dentro de um determinado contexto, e de discernimento, para compará-las e selecioná-las.

O projeto é, em essência, uma antecipação detalhada de uma solução que

será implementada para satisfazer determinado objetivo. Por esta razão, o projetista deve preocupar-se com a sua viabilidade, tanto do ponto de vista técnico (se poderá mesmo se executado), como do ponto de vista econômico (se poderá ser executado a um custo razoável).

Outro aspecto de fundamental importância é a qualidade da apresentação.

Tendo em mente que em boa parte das ocasiões o projetista não estará presente na implantação do projeto, ele deve questionar-se objetivamente:

• O projeto é perfeitamente compreensível e esclarecedor? • O projeto apresenta um nível de detalhamento tal que garanta aos seus

executores e aos seus usuários que aquilo que está sendo executado na realidade corresponde ao que foi idealizado no projeto?

Por fim, um projeto é

o resultado da interação dos sujeitos envolvidos: cliente, profissional projetista e entidades normatizadoras (no nosso caso, ABNT e CEPISA). Esta interação é dinâmica e pode ser representada pela figura ao lado.

2.1.2. Partes Componentes Sendo a representação escrita de uma instalação, o projeto consiste

basicamente em desenhos e documentos. De uma maneira geral, em um projeto de instalações de residências, temos as seguintes partes:

• ART; • Carta de Solicitação de Aprovação à Concessionária; • Memorial Descritivo; • Memória de Cálculo:

• Cálculo da Demanda; • Dimensionamento dos Condutores; • Dimensionamento dos Condutos; • Dimensionamento das Proteções.

Figura 2.2 –Projeto como Interação dos Sujeitos Envolvidos

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Instalações Elétricas Residenciais 2. Projeto e Projetista

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• Plantas; • Quadros; • Detalhes;

• Entrada de Serviço; • Aterramento; • Outros (conforme a necessidade).

• Listas de Materiais.

2.1.3. Normatização Um projeto de instalações elétricas residenciais deve observar as seguintes

normas técnicas: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): • NBR 5410/90 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Os símbolos gráficos utilizados nos projetos de instalações elétricas também

são padronizados pela ABNT, através das seguintes normas: • NBR-5444/86 – Símbolos gráficos para instalações prediais; • NBR-5446/80 – Símbolos gráficos de relacionamento usados na

confecção de esquemas; • NBR-5453/85 – Sinais e símbolos para eletricidade. Concessionária Local: O projetista deverá atentar para as normas técnicas da concessionária local

em que será executado o projeto. No caso da CEPISA (Companhia Elétrica do Piauí S.A.), deve-se obedecer à seguinte norma:

• COM 05F – Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão

Secundária de Distribuição.

2.1.4. Critérios a serem Considerados O projeto de instalações elétricas residenciais deve atender a pelo menos

três critérios, no que se refere à utilização das instalações projetadas: • Acessibilidade Todos os pontos de utilização projetados, bem como os dispositivos de

manobra e proteção, deverão estar em locais perfeitamente acessíveis, que permitam manobra adequada e eventuais manutenções.

• Flexibilidade e Reserva de Carga A instalação deve ser projetada de forma a permitir certa reserva para

acréscimos de cargas futuras e alguma flexibilidade para pequenas alterações.

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Instalações Elétricas Residenciais 2. Projeto e Projetista

8

• Confiabilidade As instalações devem ser projetadas em estreito atendimento às normas

técnicas, visando garantir o perfeito funcionamento dos componentes do sistema e a integridade física dos seus usuários.

2.1.5. Fluxograma de Elaboração A figura seguinte representa o fluxograma de elaboração de um projeto.

Observe que o Anteprojeto contém apenas as diretrizes gerais que serão seguidas no projeto. Ele é o resultado do estudo preliminar feito pelo projetista com base nas solicitações gerais do cliente e das condições locais. A partir daí, caso haja concordância do cliente, inicia-se a fase de projeto propriamente dita.

Figura 2.3 – Fluxograma de Elaboração de um Projeto

2.2. Sobre o Projetista

2.2.1. Ética no Trabalho No desempenho de suas tarefas, o Projetista assume uma atitude

profissional de dimensão ética. Sendo um técnico, um especialista, estará sob sua responsabilidade a análise de problemas complexos para os quais a sociedade espera soluções. Sendo um cidadão, terá em mente o fato de que, em geral, os seus projetos poderão afetar a qualidade de vida de uma comunidade inteira ou parte dela. Daí espera-se que as suas atividades se realizem no mais elevado nível ético e moral, com objetivos voltados para a segurança e benefício da humanidade.

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Instalações Elétricas Residenciais 2. Projeto e Projetista

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O bom projetista é movido por senso de responsabilidade que envolve os seguintes aspectos:

• Desejo de prosseguir até o fim, buscando levar a sua solução ao bom êxito; • Disposição para inovar sempre, buscando os melhores métodos e as

melhores técnicas, visando ao aperfeiçoamento e à constante atualização; • Companheirismo e solidariedade para com os colegas, através do

intercâmbio de informações técnicas; • Acompanhamento da implantação e do desempenho das soluções, visando

comprovar sua eficácia e auferir experiência; • Responsabilidade profissional para manter confidenciais as idéias,

processos, técnicas ou conhecimentos que sejam objetos de contratos específicos, sobre os quais o cliente ou empregador solicite sigilo;

• Ter a perspectiva de, através de suas criações, contribuir para melhorar as

condições de vida da humanidade.

2.2.2. Habilitação Profissional Para o desempenho profissional de suas atividades, o projetista deverá obter

habilitação específica através de formação em centros educacionais especializados (universidades, faculdades de engenharia, centros de educação tecnológica, escolas técnicas, etc.) e registro no respectivo Conselho Profissional.

O registro profissional (no caso de cursos superiores e cursos técnicos da

área de engenharia junto ao CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) confere ao profissional a habilitação necessária, especificando as áreas e os limites de suas atribuições profissionais.

Segundo definição do próprio CREA, a função deste é atuar em defesa da

sociedade contra os maus profissionais e não como associação de classe, como poderia parecer a princípio. Para a defesa dos interesses dos técnicos e engenheiros existem as Associações e Sindicatos.

Cada projeto terá o seu respectivo registro junto ao CREA, através de

documento próprio intitulado ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Nesta ocasião, o Conselho verificará se o profissional está habilitado para aquela especialidade, fazendo a respectiva anotação que passará a constar do acervo técnico do profissional. A ART descreve o objeto do projeto, o qual, na forma da legislação em vigor, estará sob responsabilidade do técnico.

2.2.3. Competência Profissional Os profissionais habilitados para as atividades e elaboração e execução de

projetos de instalação de energia elétrica são os Engenheiros e os Técnicos

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Instalações Elétricas Residenciais 2. Projeto e Projetista

10

Industriais de Nível Médio, conforme atribuições específicas definidas para cada categoria profissional.

O exercício da profissão de Técnico Industrial de Nível Médio está definido e

regulamentado pela seguinte legislação:

• Lei No 5.524/68 – Publicada no D.O.U. de 06/11/68. Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Técnico Industrial de Nível Médio.

• Decreto No 90.922, de 06/02/85 – Publicado no D.O.U. de 07/02/85.

Regulamenta a Lei No 5.524/68, que dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio.

Atribuições do Técnico Industrial de Nível Médio Lei No 5.524/68 Art. 2o: A atividade profissional do Técnico Industrial de Nível Médio efetiva-

se no seguinte campo de realizações:

I. Conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;

II. Prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;

III. Orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de

equipamentos e instalações;

IV. Dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;

V. Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos

compatíveis com a respectiva formação profissional.

Decreto No 90.922, de 06/02/85 Art. 4o: As atribuições dos Técnicos Industriais de 2o Grau, em suas

diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:

I. Executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operações, reparos ou manutenção;

II. Prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes atividades:

a) Coleta de dados de natureza técnica;

Page 16: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 2. Projeto e Projetista

11

b) Desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos;

c) Elaboração do orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra;

d) Detalhamento de programas de trabalho, observando as normas técnicas

e de segurança;

e) Aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho;

f) Execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao

controle de qualidade dos materiais, peças e conjuntos;

g) Regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.

III. Executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes;

IV. Dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e

materiais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando;

V. Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos

compatíveis com a respectiva formação profissional;

VI. Ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1o e 2o graus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistério, nesses dois níveis de ensino;

§ 1o – Os técnicos de 2o grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia

Civil, na modalidade Edificações, poderão projetar e dirigir edificações de até 80 m2 de área construída, que não constituam conjuntos residenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armado ou metálicas, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade;

§ 2o – Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir

instalações elétricas com demanda de energia de até 800 kVA, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.

Page 17: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Contatos Preliminares

3.

Este capítulo apresenta o passo inicial necessário para a elaboração de um projeto de instalação elétrica residencial.

Neste capítulo: Planta-Baixa Layout

3.1. Planta-Baixa Todo projeto de instalação

elétrica é dependente do local para o qual ele é destinado. Assim, o projeto se inicia com a planta-baixa do local.

Na figura ao lado é

mostrada a planta-baixa da residência para a qual iremos elaborar um projeto de instalação elétrica. Podemos ver que cada ambiente tem seu respectivo nome e dimensões. Isso é muito importante para a realização do projeto, como será visto posteriormente.

A elaboração da planta-

baixa não é responsabilidade do técnico em eletrotécnica, mas dos responsáveis pela parte civil (engenheiro, técnico ou arquiteto). Assim, deve ser feito contato com o cliente para se obter este documento.

Cozinha

Área de Serviço

Quarto 2

Quarto 1 Sala

Copa

Banheiro Hal

l

3,7

53,1

3,2

5

1,7

53,1

51,8

3,2

5

3,4

3,4 3,05

2,19

1,06

3,05

3,05

3,4

Figura 3.1 – Planta-baixa de uma residência.

Page 18: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 3. Contatos Preliminares

13

3.2. Layout A figura seguinte mostra um outro tipo de planta-baixa: o layout. Este se

trata de um projeto, normalmente elaborado por um arquiteto ou decorador, no qual é detalhada a disposição dos móveis, eletrodomésticos e outros itens. Este não é tão necessário quanto a planta-baixa, mas, quando existir, é de grande ajuda na locação dos pontos elétricos, como veremos mais adiante.

Figura 3.2 – Layout de uma residência.

Page 19: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Previsão de Cargas

4.

De posse da planta-baixa, o passo seguinte na elaboração de um projeto de instalação elétrica é determinar a quantidade e potência de cada aparelho a ser ligado em cada um dos ambientes da residência. À primeira vista isto parece difícil, mas vamos aprender um método simples de resolver essa questão, chamado de Previsão de Cargas.

Neste capítulo: Pontos de Iluminação TUG’s TUE’s Tabela Completa

Como o próprio nome sugere, a Previsão de Cargas trata-se de uma forma

de prevermos de forma aproximada (não precisa ser exata), as potências (cargas) a serem instaladas na residência.

Em qualquer residência, existem basicamente dois tipos de cargas:

iluminação e força. A carga de iluminação é representada pelas lâmpadas que são ligadas nos pontos de luz espalhados no teto (e algumas vezes paredes) dos respectivos ambientes. Já a carga de força é representada pelos aparelhos que ligaremos nas tomadas que estarão espalhadas nos ambientes da residência.

Figura 4.1 – Ponto de luz no teto.

Figura 4.2 – Ponto de luz na

parede.

Figura 4.3 – Tomada.

Algumas tomadas serão destinadas a somente um aparelho, e por isso são

chamadas Tomadas de Uso Específico (por exemplo, tomadas do chuveiro elétrico e aparelho condicionador de ar). Já outras tomadas são destinadas a qualquer aparelho, sendo chamadas de Tomadas de Uso Geral.

Page 20: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 4. Previsão de Cargas

15

Assim, a previsão de cargas é feita mediante uma previsão das potências (cargas) mínimas de iluminação e tomadas (de uso geral e específico) a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista para a instalação elétrica residencial.

Os detalhes deste método são prescritos na norma brasileira NBR 5410,

item 4.2.1.2, e serão apresentados aqui. Assim, para realizarmos a previsão de cargas, devemos obedecer a todas essas orientações. Depois de seguidos todos os passos necessários, teremos preenchido uma Tabela de Previsão de Cargas semelhante à mostrada na Tabela 4.3.

Como estamos elaborando um projeto para a planta-baixa mostrada na

Figura 3.1, na coluna “AMBIENTES” colocamos os nomes de todos os ambientes mostrados na planta-baixa (acrescido da “Área Externa”). Já na coluna “DIMENSÕES”, colocamos a área e o perímetro de cada ambiente (com exceção da “Área Externa”, que não é necessário).

A seguir, aprenderemos como preencher as demais células da Tabela de

Previsão de Cargas.

4.1. Pontos de Iluminação Pontos de iluminação são caixas localizadas no

teto ou parede nas quais chegam um fio de neutro e outro de retorno (que liga ao respectivo interruptor), destinados à ligação de lâmpadas a serem instaladas posteriormente.

4.1.1. Quantidade

• Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;

• Prever pelo menos uma arandela (ponto de luz na parede) no banheiro, que deve estar distante, no mínimo, 60cm do limite do boxe.

4.1.2. Potência Aparente A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.

• Para área inferior a 10m2 → atribuir um mínimo de 100VA; • Para área igual ou superior a 10m2 → atribuir um mínimo de 160VA para os

primeiros 10m2, acrescido de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros. • A NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em

residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.

OBS.1: A exigência de, pelo menos, um ponto de luz no teto não implica na necessidade da existência de aparelho ou aparelhos de iluminação efetivamente instalados no teto. O objetivo é que exista pelo menos uma caixa no teto que permita, a qualquer momento, a instalação do aparelho.

Figura 4.4 – Ponto de Luz.

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Instalações Elétricas Residenciais 4. Previsão de Cargas

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OBS.2: A norma determina que seja instalado pelo menos um ponto de luz no teto de cada ambiente, ou seja, caso desejemos instalar mais, estamos livres para fazê-lo. OBS.3: Os itens “quantidade” e “potência aparente” são independentes entre si, ou seja, caso desejemos aumentar a quantidade de pontos de iluminação em um determinado ambiente, isso não quer dizer que devamos aumentar a potência aparente.

Tabela 4.1 – Previsão dos pontos de iluminação

DIMENSÕES ILUMINAÇÃO AMBIENTES Área [m2] Quantidade Pot. Aparente [VA]

Sala 9,91 1 9,91m2 < 10m2 100 VA

Copa 9,46 1 9,46m2 < 10m2

100VA

Cozinha 11,44 1 11,44m2 = 10m2 + 1,44m2

160VA

Quarto 1 11,05 1 11,05m2 = 10m2 + 1,05m2

160VA

Quarto 2 10,71 1 10,71m2 = 10m2 + 0,71m2

160VA

Banheiro 3,94 2 3,94m2 < 6 m2

100VA

Área de Serviço 5,95 1 5,95m2 < 6 m2

100VA

Hall 1,91 1 1,91m2 < 6 m2

100VA Área Externa - 1 100VA

TOTAL 64,37 10 1080VA

4.2. Tomadas de Uso Geral (TUG’s) Tomadas de Uso Geral (TUG’s) são aquelas tomadas espalhadas pela

instalação que são não destinadas a um aparelho específico.

4.2.1. Quantidade Para a determinação da quantidade mínima de tomadas de uso geral

(TUG’s), são levados em consideração o tipo do ambiente, sua área e perímetro. Assim, de forma a simplificar o trabalho, sugere-se que seja seguida a ordem a seguir, ou seja, iniciando pelos ambientes citados pela norma (primeiro os banheiros; depois a cozinha, copa e copa-cozinha; em seguida o subsolo, varanda, garagem e sótão) e, por último, os demais ambientes não citados.

• Banheiros → no mínimo uma tomada junto ao lavatório com uma distância

mínima de 60cm do limite do boxe;

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Instalações Elétricas Residenciais 4. Previsão de Cargas

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• Cozinhas, copas, copas-cozinhas → uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, independente da área;

• Subsolos, varandas, garagens ou sótãos → pelo menos uma tomada; • Demais cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2 → no

mínimo uma tomada; • Demais cômodos ou dependências com área superior a 6m2 → no mínimo

uma tomada para cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível.

NOTA: em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de tomadas de uso geral maior do que o mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego de extensões e benjamins (tês) que, além de desperdiçarem energia, podem comprometer a segurança da instalação.

4.2.2. Potência Aparente A carga de tomadas de uso geral (TUG’s) é feita de acordo com o tipo do

ambiente e as quantidades determinadas no item anterior. Mais uma vez, de forma a simplificar o trabalho, sugere-se iniciar pelos ambientes citados na norma (banheiros, cozinha, copa, copa-cozinha, área de serviço, lavanderia e locas semelhantes) para depois seguir para aqueles que não têm seu nome mencionado.

• Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias

e locais semelhantes → atribuir, no mínimo, 600VA por tomada, até 3 tomadas e 100VA para os excedentes.

• Demais ambientes → atribuir, no mínimo, 100VA por tomada. OBS.1: Ao contrário da ILUMINAÇÃO, os itens “quantidade” e “potência aparente” das TUG são dependentes entre si. Assim, caso desejemos aumentar a quantidade de tomadas em um determinado ambiente, isso quer dizer que devemos aumentar a potência aparente. OBS.2: Perceba que não foi inserida nenhuma tomada na área externa, entretanto estamos livres para fazê-lo. Neste caso, a norma não nos diz nada a respeito da quantidade mínima (podemos por quantas quisermos) e da potência mínima (podemos atribuir 100VA por tomada, que é a potência mínima).

4.3. Tomadas de Uso Específico (TUE’s) Uma Tomada de Uso Específico (TUE) é aquela destinada a somente um

aparelho, sendo este, geralmente, de potência elevada.

4.3.1. Quantidade A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o número de

aparelhos de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição no ambiente. Normalmente são aparelhos com elevada potência.

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Instalações Elétricas Residenciais 4. Previsão de Cargas

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NOTA: o termo “tomada de uso específico” não quer dizer, necessariamente, que a ligação do equipamento à instalação elétrica irá utilizar uma tomada. Em alguns casos, a ligação poderá ser feita, por exemplo, por ligação direta (emenda) de fios ou por uso de conectores, como mostrado na figura ao lado. São exemplos deste tipo de aparelhos: chuveiro elétrico, condicionador de ar, forno de microondas, fogão e forno elétrico, etc.

4.3.2. Potência Ativa A potência ativa de cada tomada de uso específico (TUE’s) é determinada a

partir da potência nominal do equipamento a ser alimentado.

Tabela 4.2 – Previsão das tomadas de uso geral

DIMENSÕES TUG AMBIENTES Área

[m2] Perímetro

[m] Quantidade Potência Aparente [VA]

Sala 9,91 12,60 12,60m : 5,0m = 2,523

3 x 100VA 300VA

Copa 9,46 12,30 12,30m : 3,5m = 3,514

3 x 600VA 1 x 100VA 1.900VA

Cozinha 11,44 13,60 13,60m : 3,5m = 3,894

3 x 600VA 1 x 100VA 1.900VA

Quarto 1 11,05 13,30 13,30m : 5,0m = 2,663

3 x 100VA 300VA

Quarto 2 10,71 13,10 13,10m : 5,0m = 2,623

3 x 100VA 300VA

Banheiro 3,94 7,98 1 600VA Área de Serviço 5,95 10,30 5,95m2 < 6m2

1 600VA

Hall 1,91 5,72 1,91m2 < 6m2 1 100VA

Área Externa - - - - TOTAL 64,37 88,9 20 6.000VA

4.4. Tabela Completa A partir do conteúdo apresentado anteriormente, preenchemos a tabela de

previsão de cargas mostrada em seguida:

Figura 4.5 – Chuveiro elétrico ligado sem o uso de tomada.

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Tabela 4.3 – Tabela de previsão de cargas

DIMENSÕES ILUMINAÇÃO TUG TUE

AMBIENTES Área [m2]

Perímetro [m] Quantidade

Potência Aparente

[VA] Quantidade

Potência Aparente

[VA] Quantidade Descrição Potência

Ativa [W]

Sala 9,91 12,60 1 100 VA 3 300VA - - - Copa 9,46 12,30 1 100VA 4 1.900VA - - -

Cozinha 11,44 13,60 1 160VA 4 1.900VA 1 Microondas 2.500W

Quarto 1 11,05 13,30 1 160VA 3 300VA 1 Condicionador de Ar 1.500W

Quarto 2 10,71 13,10 1 160VA 3 300VA 1 Condicionador de Ar 1.500W

Banheiro 3,94 7,98 2 100VA 1 600VA 1 Chuveiro Elétrico 4.500W

Área de Serviço 5,95 10,30 1 100VA 1 600VA - - -

Hall 1,91 5,72 1 100VA 1 100VA - - - Área Externa - - 1 100VA - - - - -

TOTAL 64,37 88,9 10 1.080VA 20 6.000VA 4 - 10.000W OBS.: Os ambientes e dimensões descritos na tabela acima são relativos à planta-baixa mostrada na Figura 3.1

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Fornecimento de Energia

5.

Feita a previsão de cargas da instalação, devemos determinar o fornecimento de energia elétrica da instalação, que é a forma como a energia elétrica será trazida à residência para qual estamos realizando o projeto.

Neste capítulo: Tipos de

Fornecimento Carga Instalada Padrão de Entrada Demanda

5.1. Tipos de Fornecimento

Dentro da área de concessão da CEPISA (companhia que distribui energia

elétrica para o estado do Piauí), existem dois tipos de fornecimento em baixa tensão: monofásico e trifásico.

O fornecimento monofásico é feito a dois fios, sendo uma fase (monofásico

quer dizer “uma fase”) e um neutro. A tensão entre a fase e o neutro é igual a 220V.

Já o fornecimento trifásico é feito a quatro fios, sendo três fases (trifásico

quer dizer “três fases”) e um neutro. A tensão entre qualquer fase e o neutro é igual a 220V e a tensão entre duas fases diferentes é igual a 381V. Por isso é muito como encontrarmos que a tensão é igual a 381 / 220 V.

Figura 5.1 – Fornecimento monofásico.

Figura 5.2 – Fornecimento trifásico.

Para sabermos qual o tipo de fornecimento da instalação para qual estamos

realizando o projeto elétrico devemos consultar as normas da CEPISA, que será a empresa que nos fornecerá energia. Como visto anteriormente, a norma

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Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

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em questão é “Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição – COM 05F”.

5.1.1. Fornecimento Monofásico Segunda esta norma, a unidade consumidora a ser atendida a dois fios (fase

– neutro), será aquela cuja carga instalada não ultrapasse a 10.000W na tensão de 220V e da qual não conste:

• Motor monofásico com potência superior a 3 CV; • Máquina de solda a transformador com potência superior a 3 kVA.

5.1.2. Fornecimento Trifásico A unidade consumidora a ser atendida a quatro fios (três fases e neutro),

será aquela cuja carga instalada não ultrapasse a 75.000W na tensão de 381 / 220V.

Ainda, neste tipo de fornecimento, não será permitida a ligação de:

• Unidade consumidora classificada como monofásica; • Motores monofásicos alimentados em 220V, com potência individual

superior a 3 CV; • Motores trifásicos alimentados em 381V, com potência individual superior a

5 CV; • Aparelhos com potência individual superior a 8 kW; • Motor de indução trifásico, alimentado em 381V, com potência superior a 25

CV; • Máquina de solda a transformador alimentada em 381V, três fases,

retificação em ponte trifásica, com potência superior a 30 kVA; • Máquina de solda a transformador alimentada em 381V, duas ou três fases,

ligação V-V invertida, com potência superior a 15 kVA. 5.2. Carga Instalada

Você percebeu que no item anterior foram destacados os termos “carga

instalada não ultrapasse ...W”? Isso foi feito para chamar a atenção ao fato de que para determinarmos o tipo de fornecimento, necessitamos saber o valor da carga instalada (em Watts) da nossa residência.

Carga instalada é o somatório das potências ativas (ou seja, em Watts) de

todos os aparelhos instalados na nossa residência. Antes de determinarmos seu valor, vamos relembrar a tabela de previsão de cargas que elaboramos anteriormente e que reproduzimos, em parte, em seguida.

Na última linha da Tabela 5.1 (em destaque), temos as cargas totais de

iluminação, TUG’s e TUE’s, ou seja:

• Carga Instalada de Iluminação = 1.080VA

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Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

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• Carga Instalada de TUG’s = 6.000VA • Carga Instalada de TUE’s = 10.000W

Tabela 5.1 – Resumo da Tabela de Previsão de Cargas

ILUMINAÇÃO TUG TUE AMBIENTES Potência

Aparente [VA] Potência

Aparente [VA] Potência Ativa

[W] Sala 100 VA 300VA - Copa 100VA 1.900VA -

Cozinha 160VA 1.900VA 2.500W Quarto 1 160VA 300VA 1.500W Quarto 2 160VA 300VA 1.500W Banheiro 100VA 600VA 4.500W

Área de Serviço 100VA 600VA - Hall 100VA 100VA -

Área Externa 100VA - - TOTAL 1.080VA 6.000VA 10.000W

Assim, para determinarmos a carga instalada da residência, basta que

somemos as cargas instaladas de iluminação, TUG’s e TUE’s. Entretanto há um detalhe importante que devemos levar em consideração: a

norma nos pede a carga instalada em W. Perceba que somente a carga instalada de TUE’s está em W e as demais em VA.

No Capítulo 1 nós aprendemos como transformar de VA para W. Lá nos foi

dito que, basta multiplicar pelo valor do Fator de Potência. Além disso, na Tabela 1.1, foram fornecidos os valores de Fator de Potência a serem adotados.

Com isso, podemos calcular o valor da carga instalada da residência em W,

conforme mostrado na tabela abaixo:

Tabela 5.2 – Carga Instalada em W

ILUMINAÇÃO TUG TUE Potência

Aparente [VA] 1.080VA 6.000VA -

Fator de Potência 1,0 0,8 -

Potência Ativa [W]

1.080VA x 1,01.080W

6.000VA x 0,84.800W 10.000W

TOTAL 1.080W + 4.800W + 10.000W 15.880W

Assim, para o projeto que estamos realizando, temos que a carga instalada

é igual a 15.880W, ou seja, maior do que 10.000W (portanto o tipo de fornecimento não pode ser monofásico) e menor do que 75.000W. Além disso,

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Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

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a instalação não se enquadra em nenhuma das proibições feitas pela norma (detalhadas no item 5.1.2). Assim, o tipo de fornecimento da instalação será trifásico a quatro fios (três fases e um neutro), com tensões de 381 / 220V.

5.3. Padrão de Entrada

Uma vez determinado o tipo de fornecimento, pode-se determinar também o

padrão de entrada. Um exemplo de padrão de entrada é mostrado na figura seguinte e é

composto por um poste com isolador de roldana, bengala, caixa de medição e haste de terra, que devem estar instalados atendendo às especificações da norma técnica da concessionária para o tipo de fornecimento.

Uma vez pronto o padrão de entrada, segundo

as especificações da norma técnica1, compete à concessionária fazer a sua inspeção.

Estando tudo certo, a

concessionária instala e liga o medidor e o ramal de serviço. A figura ao lado mostra o interior de um quadro de medição.

Na definição do padrão

de entrada, são utilizados alguns termos que devem ser compreendidos pelo projetista. São eles: ramal de serviço, ponto de entrega e ramal de entrada.

O ramal de serviço trata-se do trecho do

circuito aéreo compreendido entre a rede de distribuição secundária da distribuidora local e o ponto de entrega (isolador de roldana). A figura mostrada na página seguinte ilustra a ligação do ramal de serviço em uma residência.

Ponto de entrega é o ponto até o qual a

concessionária se obriga a fornecer energia elétrica, responsabilizando-se tecnicamente pela execução dos serviços de ligação, operação e manutenção.

1 A norma técnica referente à instalação do padrão de entrada e outras informações a esse

respeito, deverão ser obtidas junto à agência local da companhia de eletricidade.

Figura 5.3 – Padrão de Entrada

Figura 5.4 – Ligação

do Medidor

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Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

24

O trecho compreendido entre o ponto de entrega e a medição é chamado de ramal de entrada ou ramal de ligação, como mostrado na figura seguinte.

Uma vez pronto o padrão de entrada e estando ligados o medidor e o ramal

de serviço, a energia elétrica entregue pela concessionária estará disponível para ser utilizada.

Figura 5.5 – Ligação do Ramal de Serviço

5.3.1. Dimensionamento de Consumidores Vale ressaltar que todos os elementos que compõem o quadro de medição,

o aterramento e os ramais de entrada e de serviço devem ser projetados pelo consumidor. Destes, somente o medidor é fornecido pela concessionária, sendo que os demais (o quadro, o disjuntor de proteção, os condutores e hastes de terra) devem ser fornecidos pelo consumidor.

Page 30: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Tabela 5.3 – Dimensionamento para Consumidores Monofásicos

Condutores Eletrodutos

Ramal de Serviço Ramal de Entrada Ramal de Entrada

Aéreo Aéreo Subterrâneo Aterramento

Embutido Subterrâneo

Carga Instalada

[kW]

Disjuntor de

Proteção Geral [A]

Medidor de Energia [kWh]

AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2

0 – 2,5 15 10 4,00 10 4,00 10 4,00 10 4,00 ¾” 19,05 1” 25,40 2,6 – 5,0 20 10 4,00 10 4,00 10 4,00 10 4,00 ¾” 19,05 1” 25,40 5,1 – 7,5 40 8 6,00 8 6,00 8 6,00 10 4,00 ¾” 19,05 1” 25,40

7,6 – 10,0 50

Monofásico 240V 15x100A

6 10,00 6 10,00 6 10,00 8 6,00 1x¼” 32,00 1x¼” 32,00

Tabela 5.4 – Dimensionamento para Consumidores Trifásicos Condutores Eletrodutos

Ramal de Serviço Ramal de Entrada Ramal de Entrada

Aéreo Aéreo Subterrâneo Aterramento

Embutido Subterrâneo

Demanda [kVA]

Disjuntor de

Proteção Geral [A]

Medidor de Energia [kWh]

AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2 AWG mm2

Até 8,0 20 10 4,00 10 4,00 10 4,00 10 4,00 1” 25,40 1” 25,40 8,1 – 15,0 30 10 4,00 10 4,00 10 4,00 10 4,00 1” 25,40 1” 25,40 15,1 – 25,0 40

Trifásico 400V 15x60A 8 6,00 8 6,00 8 6,00 10 4,00 1x½” 38,10 1x½” 38,10

25,1 – 35,0 60 4 16,00 4 16,00 4 16,00 6 10,00 1x½” 38,10 1x½” 38,10 35,1 – 50,0 75

Trifásico 400V 15x120A 2 25,00 2 25,00 2 25,00 4 16,00 2” 50,80 2” 50,80

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Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

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As tabelas anteriores, retiradas da “Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição – COM 05F” da CEPISA, mostram como proceder ao dimensionamento de consumidores monofásicos e trifásicos respectivamente. Perceba que, para o caso de consumidores monofásicos, o dado de partida para o dimensionamento é a carga instalada (dada em kW). Já para o caso de consumidores trifásicos, este dado é a demanda (dada em kVA).

5.5. Demanda Anteriormente, foi apresentado como calcular a carga instalada. No item

seguinte, será mostrado como proceder para efetuar o cálculo da demanda da residência.

OBS.: Quando o tipo de fornecimento da residência for monofásico, não é

necessário efetuar o cálculo de demanda da instalação. Se observarmos o funcionamento de uma instalação elétrica qualquer,

poderemos constatar que a potência elétrica consumida pela mesma é variável a cada instante. Tal fato ocorre porque as diversas cargas que compõem esta instalação não estarão todas em funcionamento simultâneo. A potência total solicitada pela instalação à rede a cada instante será, portanto, função da quantidade de cargas em operação e da potência elétrica absorvida por cada uma delas.

Desta forma, para a análise de uma instalação e a determinação da

capacidade dos condutores elétricos que alimentam os quadros de distribuição e os quadros terminais, bem como o dimensionamento de seus respectivos dispositivos de proteção, não seria razoável do ponto de vista técnico e econômico que se considerasse a carga utilizada como sendo a soma de todas as potências instaladas.

5.5.1. Definições Fundamentais Carga instalada (ou potência instalada) é a soma das potências nominais

de todos os aparelhos elétricos pertencentes a uma instalação ou sistema. Por sua vez, demanda é

a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante por um aparelho ou por um sistema. A figura ao lado mostra uma curva de diária de demanda de uma instalação.

Assim, para a

determinação da demanda da instalação (ou provável demanda), considera-se a demanda máxima registrada. Este será o valor que

Figura 5.6 – Curva Diária de Demanda de uma Instalação

Page 32: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

27

será utilizado para o dimensionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos dispositivos de proteção.

Na figura acima observamos que, enquanto a potência instalada (Pinst)

permanece constante, a demanda (D) varia ao longo do tempo, sendo que o seu valor máximo (Dmáx) corresponde à provável demanda da instalação.

Certo, todos entendemos o que é demanda, mas como vamos achá-la? Não precisam se preocupar, existem métodos que nos auxiliarão nesta

tarefa. Na seqüência mostraremos o método descrito na norma da CEPISA, mas antes disso introduziremos um conceito necessário ao seu entendimento.

5.5.2. Fator de Demanda Observando a figura anterior, percebemos que a demanda, apesar de variar

ao longo do tempo, é sempre menor do que a potência instalada, podendo, num pior caso, no máximo chegar a ser igual à potência instalada (significa dizer que todos os aparelhos da instalação estão ligados simultaneamente).

Assim, podemos dizer que a demanda (D) é igual à potência instalada em

kW (PI) multiplicada por um número menor ou igual a um, chamado de fator de demanda (FD). Matematicamente, FDPID ⋅= .

O fator de demanda representa uma porcentagem do quanto das potências

previstas serão utilizadas simultaneamente no momento de maior solicitação da instalação.

Como será visto a seguir, no método de cálculo da demanda apresentado na

norma da CEPISA (como em outros também), são fornecidos valores de fatores de demanda a serem utilizados. O cálculo destes é feito de forma estatística e leva em consideração as características dos consumidores atendidos por esta concessionária.

5.5.3. Cálculo de Demanda Segundo a Norma da CEPISA Os consumidores trifásicos deverão proceder ao cálculo de sua demanda D

(em kVA), baseando-se na fórmula abaixo e nas tabelas anexas: D (kVA) = U + V + W + X + Y Onde se tem que: U Demanda das potências para iluminação e tomadas de uso geral,

conforme Tabela 5.5;

V Demanda para aparelhos de aquecimento, tais como: chuveiros, aquecedores, fogões, fornos, etc., devendo o cálculo ser feito de forma diversificada, isto é, por tipo de aparelho, conforme Tabela 5.6;

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Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

28

W Demanda dos aparelhos condicionadores de ar, conforme Tabela 5.7;

X Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda tipo motor-gerador, conforme Tabela 5.8;

Y Demanda individual das máquinas de solda a transformador, conforme

percentuais abaixo:

100% da potência do maior aparelho, mais; 70% da potência do segundo maior aparelho, mais; 40% da potência do terceiro maior aparelho, mais; 30% da potência dos demais aparelhos.

Com isso, podemos encontrar o valor da demanda da residência que

estamos elaborando o projeto de instalações elétricas, conforme mostrado:

( ) ( ) →⋅+⋅=⋅=⋅+=⋅+= 88035,050007,0588048001080min FDFDFDPIPIU TUGaçãoIlu

U = 3.808 VA ou U = 3,81 kVA1

→⋅+⋅=⋅+⋅=⋅= 8,025008,04500FDPIFDPIFDPIV MicroondasChuveirooAqueciment V = 5.600 VA ou V = 5,60 kVA2

( ) →⋅+=⋅= 115001500FDPIW doresCondiciona W = 3.000 VA ou W = 3,00 kVA3

X = 0 kVA e Y = 0 kVA

→++=++= 00,360,581,3WVUD D = 12,41 kV

Tabela 5.5 – Fatores de Demanda de Pontos de Iluminação e TUG

DESCRIÇÃO FATOR DE DEMANDA Auditórios e Salões para Exposições 1 Bancos, Lojas e Semelhantes 1 Clubes e Semelhantes 1

1 para os primeiros 12 kW Escolas e Semelhantes 0,5 para o que exceder 12 kW 1 para os primeiros 20 kW Escritórios e Edifícios 0,7 para o que exceder 20 kW

Garagens Comerciais e Semelhantes 1 Restaurantes e Semelhantes 1 Indústrias em Geral 1

0,4 para os primeiros 50 kW Hospitais e Semelhantes 0,2 para o que exceder 50 kW

1 Os valores das potências instaladas, em W, de iluminação (PIIluminação) e tomadas de uso geral (PITUG) já foram calculados anteriormente e encontram-se na Tabela 7.

2 O valor da potência instalada, em W, de aparelhos de aquecimento (PIAquecimento) é composto pela potência do chuveiro elétrico e do microondas, que encontram-se na Tabela 6.

3 O valor da potência instalada, em W, de aparelhos condicionadores de ar (PICondicionadores) é composto pela potência de todos estes aparelhos, que encontram-se na Tabela 6.

Page 34: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

29

Continuação da Tabela 5.5

0,7 para os primeiros 5 kW 0,35 para os seguintes 5 kW Residências e Apartamentos Residenciais

0,24 para o que exceder 10 kW0,5 para os primeiros 20 kW 0,4 para os seguintes 80 kW Hotéis e Semelhantes

0,3 para o que exceder 100 kW

Tabela 5.6 – Fatores de Demanda de Aparelhos de Aquecimento

Fator de Demanda Fator de Demanda Potência Individual Potência Individual No de

Aparelhos ≤ 3,5 kW > 3,5 kW

No de Aparelhos ≤ 3,5 kW > 3,5 kW

1 0,80 0,80 16 0,39 0,28 2 0,75 0,65 17 0,38 0,28 3 0,70 0,55 18 0,37 0,28 4 0,66 0,50 19 0,36 0,28 5 0,62 0,45 20 0,35 0,28 6 0,59 0,43 21 0,34 0,26 7 0,56 0,40 22 0,33 0,26 8 0,53 0,36 23 0,32 0,26 9 0,51 0,35 24 0,31 0,26 10 0,49 0,34 25 0,30 0,26 11 0,47 0,32 26 a 30 0,30 0,24 12 0,45 0,32 31 a 40 0,30 0,22 13 0,43 0,32 41 a 50 0,30 0,20 14 0,41 0,32 51 a 60 0,30 0,18 15 0,40 0,32 ≥ 61 0,30 0,16

Tabela 5.8 – Demanda Individual para Motores

e Máquinas de Solta tipo Motor Gerador

Demanda [kVA] Demanda [kVA] Número de Aparelhos Número de Aparelhos Potência

[CV] 1 2 3 a 5 + de 5

Potência [CV] 1 2 3 a 5 + de

5 1/6 0,45 0,39 0,34 0,30 3,00 3,78 3,34 2,89 2,56 1/4 0,63 0,55 0,48 0,42 3,50 4,30 3,77 3,24 2,91

0,27 0,69 0,60 0,52 0,46 4,00 4,65 3,95 3,71 3,31 0,45 0,89 0,77 0,67 0,60 4,50 5,00 4,30 4,00 3,54 1/2 1,01 0,88 0,77 0,67 5,00 5,35 4,65 4,14 3,64

0,70 1,15 1,00 0,87 0,77 5,50 5,70 4,96 4,36 3,85 3/4 1,24 1,07 0,94 0,83 6,00 6,05 5,38 4,74 4,16

1,00 1,43 1,29 1,13 0,99 6,50 6,45 5,75 5,10 4,50 1,10 1,67 1,44 1,25 1,11 7,00 6,90 6,20 5,50 4,80 1,50 2,02 1,80 1,57 1,39 7,50 7,35 6,60 5,80 5,10 2,00 2,60 2,30 2,00 1,78 8,00 7,80 6,90 6,15 5,40 2,50 3,21 2,88 2,44 2,16 8,50 8,25 7,40 6,50 5,73

Page 35: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 5. Fornecimento de Energia

30

Continuação da Tabela 5.8 – Demanda Individual para Motores e Máquinas de Solta tipo Motor Gerador

Demanda [kVA] Demanda [kVA]

Número de Aparelhos Número de Aparelhos Potência [CV] 1 2 3 a 5 + de

5

Potência [CV] 1 2 3 a 5 + de

5 9,00 8,70 7,70 6,90 6,10 13,00 10,90 10,00 9,20 8,20 9,50 9,10 8,00 7,20 6,30 13,50 11,30 10,30 9,50 8,50 10,00 9,15 8,30 7,40 6,55 14,00 11,90 10,80 9,80 8,75 10,50 9,40 8,60 7,50 6,80 14,50 12,30 11,20 10,20 9,00 11,00 9,60 8,90 7,85 7,00 15,00 12,70 11,40 10,50 9,30 11,50 9,80 9,10 8,20 7,30 20,00 16,40 14,80 13,60 12,3012,00 10,20 9,50 8,50 7,60 25,00 20,30 18,20 16,80 15,2012,50 10,50 9,75 8,80 7,85 30,00 24,00 21,80 19,90 18,00

Page 36: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Locação de Pontos

6.

Sabendo as quantidades de pontos de luz, tomadas e o tipo de fornecimento, podemos dar início ao desenho do projeto elétrico na planta residencial, utilizando-se de uma simbologia gráfica.

Neste capítulo: Legenda Elétrica Locação de Pontos Padrão de Entrada Demanda

6.1. Legenda Elétrica A norma NBR 5444 (Símbolos e Gráficos para Instalações Elétricas Prediais)

traz símbolos que também podem ser empregados em instalações residenciais, sendo que o projetista pode adotar uma simbologia própria, identificando-a no projeto através de uma Legenda Elétrica.

Tabela 6.1 – Legenda Elétrica

SÍMBOLO DESCRIÇÃO ILUSTRAÇÃO

Quadro Terminal Aparente

Quadro Terminal Embutido

Quadro de Medição Embutido

Ponto de Luz no Teto1

Ponto de Luz na Parede2

1 100 – Potência; 2 – Circuito; a – Comando. 2 100 – Potência; 2 – Circuito; a – Comando.

Page 37: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 6. Locação de Pontos

32

Continuação da Tabela 6.1 – Legenda Elétrica

SÍMBOLO DESCRIÇÃO ILUSTRAÇÃO

S Interruptor de 1 Seção

S2 Interruptor de 2 Seções

S3 Interruptor de 3 Seções

Campainha

Botão de Campainha

S3W Interruptor Paralelo

(Three-Way)

Tomada Tripolar (2P+T) a

0,30m do Piso

Tomada Tripolar (2P+T) a

1,30m do Piso

Tomada Tripolar (2P+T) a

2,00m do Piso

Tomada Tripolar (2P+T) Localizada Próximo à

Caixa do Aparelho Condicionador de Ar

Fio Fase (Normalmente de cor

vermelha)

Fio Neutro (Necessariamente de cor

azul)

Fio de Retorno (Normalmente de cor

preta)

Page 38: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 6. Locação de Pontos

33

Continuação da Tabela 6.1 – Legenda Elétrica

Condutor de Proteção (Necessariamente de cor verde ou verde-amarelo)

Eletroduto Embutido na

Laje ou Parede

Eletroduto Embutido no

Piso

6.2. Locação de Pontos

6.2.1. Pontos de Iluminação e Tomadas De posse da quantidade de pontos elétricos, determinada na tabela de

previsão de cargas (Tabela 4.3), e fazendo uso da legenda elétrica apresentada anteriormente (Tabela 6.1), são locados na planta baixa da residência os pontos de iluminação e tomadas (TUG e TUE), conforme mostra a Figura 6.1.

A determinação da posição e altura das tomadas é muito subjetiva, ficando a critério do cliente e do projetista3. As exceções são:

TUE do Chuveiro Elétrico: deve ser uma tomada alta localizada próxima

ao aparelho; TUE do Condicionador de Ar: independente da altura deve estar

localizada próximo à caixa de alvenaria destinada ao aparelho;

TUG dos Banheiros: devem ser de alturas médias e localizadas sobre o lavabo;

TUG da Área de Serviço: como se trata de um local onde se trabalha

com muita água, é aconselhável se utilizar tomadas de altura média;

Outras Tomadas: Algumas tomadas da copa e da cozinha estarão sobre balcões, sendo necessário que sejam de altura média. Assim, deve-se conversar com o proprietário para se determinar sua localização.

3 Em alguns casos, o proprietário solicita de um arquiteto ou decorador o projeto de

ambientação. Assim, pode-se determinar a localização e altura exata de cada tomada.

Page 39: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 6. Locação de Pontos

34

MED

Figura 6.1 – Locação de Pontos de Iluminação e Tomadas A determinação dos tipos de interruptores que comandarão os pontos de luz

dos ambientes também é subjetiva e, de forma semelhante, fica a critério do cliente e do projetista4. Abaixo se têm os interruptores mais utilizados:

Seção Única: utilizado quando se quer comandar um ou mais pontos de

luz ao mesmo tempo, de um único local;

4 Em alguns casos, o projeto de ambientação também inclui a parte de iluminação dos respectivos ambientes. Assim, os tipos de interruptores estarão determinados neste projeto.

Page 40: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 6. Locação de Pontos

35

Duas Seções: trata-se de dois interruptores de seção única agrupados em uma única caixa. Utilizado quando se quer comandar dois grupos de um ou mais pontos de iluminação de um único local;

Três Seções: trata-se de três interruptores de seção única agrupados em

uma única caixa. Utilizado quando se quer comandar três grupos de um ou mais pontos de iluminação de um único local;

Paralelo (Three-Way): utilizado quando se quer comandar um ou mais

pontos de luz ao mesmo tempo, de dois locais diferentes. É muito utilizado em ambientes grandes e em dormitórios, onde se coloca um dos interruptores na entrada e outro próximo à cama;

Intermediário (Four-Way): utilizado quando se quer comandar um ou

mais pontos de luz ao mesmo tempo, de três ou mais locais diferentes. Este interruptor só pode ser utilizado em conjunto com mais dois interruptores paralelos.

Mais adiante será detalhado como é feita a fiação destes interruptores.

Assim, será melhor a compreensão do seu funcionamento.

6.2.2. Locação do Quadro Terminal O quadro terminal, ou quadro de

distribuição, é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de uma residência, pois:

Recebe os fios que vêm do medidor;

Abriga os dispositivos de proteção;

Dele é que partem os circuitos

terminais que vão alimentar diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos elétricos.

Por isso, o quadro terminal deve ser localizado em lugar de fácil acesso e o

mais próximo possível do centro da instalação, de forma a minimizar os gastos com eletrodutos e fiação. Normalmente se instala este quando em um dos seguintes ambientes: sala, copa, cozinha, corredor ou hall. Como forma de proteger a estética, é muito comum encontrá-lo instalado atrás da porta.

Como mostra a planta-baixa da Figura 6.1, optamos pela localização do

quadro terminal no Hall, pois, dos ambientes citados anteriormente, acreditamos ser o mais adequado por questões de localização (está no centro da residência), acessibilidade (é um ambiente de circulação) e estética (não está muito visível). Como segunda opção apontaríamos a Copa.

Figura 6.2 – Quadro Terminal

Page 41: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 6. Locação de Pontos

36

6.2.3. Locação do Quadro de Medição O quadro de medição é o local onde é instalado o

medidor de energia elétrica e o dispositivo de chaveamento e proteção. Sua localização é determinada a partir das orientações constantes na norma da concessionária local.

Segundo a norma COM-05F da CEPISA, em seu

item 7.2.1, o quadro de medição pode ser instalado: No muro;

Em poste auxiliar;

Na parede externa da edificação.

Como mostra a planta-baixa da Figura 6.1, optamos pela localização do

quadro de medição na parede externa da edificação5.

5 Existem outros detalhes constantes na norma COM-05F que devem ser verificados e que não

serão mencionados aqui. Entretanto, indicamos que sejam observados e obedecidos.

Figura 6.3 – Quadro

de Medição

Page 42: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Distribuição de Circuitos

7.

Um circuito nada mais é do que a fiação necessária (normalmente fase, neutro e terra) para alimentar um conjunto de pontos. Este parte do quadro de distribuição, onde se encontra o seu respectivo disjuntor de proteção.

Neste capítulo veremos como efetuar a

distribuição dos circuitos de uma residência.

Neste capítulo: Prescrições Dimensionamento

dos Circuitos Tabela Completa

A figura abaixo mostra um quadro de distribuição (trifásico), bem como os

circuitos (todos monofásicos) que saem deste e alimentam os diversos pontos de uma residência.

Figura 7.1 – Distribuição de Circuitos Terminais

7.1. Prescrições A divisão da instalação em circuitos terminais deve seguir as prescrições

contidas na norma NBR 5410. Nos quadros abaixo são reescritas estas orientações, sendo mantida a numeração da respectiva norma.

Page 43: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

38

4.2.5 Divisão da instalação 4.2.5.1 A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos

necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito.

4.2.5.2 A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender,

entre outras, às seguintes exigências: a) segurança – por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de

alimentação toda uma área; b) conservação de energia – por exemplo, possibilitando que cargas de

iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades;

c) funcionais – por exemplo, viabilizando a criação de diferentes

ambientes, como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.;

d) de produção – por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de

uma ocorrência; e) de manutenção – por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de

inspeção e de reparo. 4.2.5.3 Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que

requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros (por exemplo, circuitos de supervisão predial).

4.2.5.4 Na divisão da instalação devem ser consideradas também as

necessidades futuras. As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, como tratado em 4.2.1, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.

4.2.5.5 Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos

equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada.

NOTA: Para locais de habitação, ver também 9.5.3. 4.2.5.6 As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se

o maior equilíbrio possível.

Page 44: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

39

9.5.3 Divisão da instalação 9.5.3.1 Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo

ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente.

9.5.3.2 Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de

serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses locais.

9.5.3.3 Em locais de habitação, admite-se, como exceção à regra geral de

4.2.5.5, que pontos de tomada, exceto aqueles indicados em 9.5.3.2, e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas:

a) a corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação + tomadas) não

deve ser superior a 16 A; b) os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por

um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação + tomadas); e c) os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, não sejam

alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação + tomadas).

7.1.1. Simplificando as Prescrições da NBR 5410 De forma a tornar o trabalho mais simples, podemos resumir as orientações

anteriores nos passos apresentados a seguir. Todos os pontos de iluminação devem ser alimentados por um único

circuito terminal com potência total inferior a aproximadamente 2.500 VA (de forma a serem usados condutores de 1,5 mm2, como será mostrado a seguir). Caso a potência exceder este valor, dividir os pontos de iluminação (levando em consideração a localização dos mesmos na planta) em dois ou mais circuitos dedicados exclusivamente à alimentação de pontos de iluminação, cada um com potência menor ou igual a 2.500 VA;

Todas as TUG’s da cozinha devem ser alimentadas por um único circuito

terminal com potência total inferior a aproximadamente 3.500 VA (de forma a serem usados condutores de 2,5 mm2, como será mostrado a seguir). Caso a potência exceder este valor, dividir as TUG’s em dois ou mais circuitos dedicados exclusivamente à alimentação de TUG’s da cozinha, cada um com potência menor ou igual a 3.500 VA;

Repetir o passo anterior para os seguintes ambientes: copa, área de

serviço e copa-cozinha;

Page 45: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

40

Tabela 7.1 – Circuito de Iluminação

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total

1 Iluminação

Sala Copa

Cozinha Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Área de ServiçoHall

Área Externa

100 VA 100 VA 160 VA 160 VA 160 VA 100 VA 100 VA 100 VA 100 VA

1.080 VA

Tabela 7.2 – Circuito de TUG’s da Cozinha

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total 2 TUG Cozinha 1.900 VA 1.900 VA

Tabela 7.3 – Circuitos de TUG’s da Copa e Área de Serviço

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total 3 TUG Copa 1.900 VA 1.900 VA 4 TUG Área de Serviço 600 VA 600 VA

Todas as TUG’s dos demais ambientes devem ser alimentadas por um

único circuito terminal com potência total inferior a aproximadamente 3.500 VA (de forma a serem usados condutores de 2,5 mm2, como será mostrado a seguir). Caso a potência exceder este valor, dividir as TUG’s (levando em consideração a localização dos mesmos na planta) em dois ou mais circuitos dedicados exclusivamente à alimentação de TUG’s, cada um com potência menor ou igual a 3.500 VA;

Tabela 7.4 – Circuito de TUG’s dos Demais Ambientes da Residência

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total

5 TUG

Sala Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Hall Área Externa

300 VA 300 VA 300 VA 600 VA 100 VA

-

1.600 VA

Cada TUE deverá ser alimentada por um circuito terminal exclusivo,

independente da potência do aparelho;

Page 46: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

41

Tabela 7.5 – Circuitos de TUE’s da Residência

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total 6 TUE Cozinha 2.500 W 2.500 W 7 TUE Quarto 1 1.500 W 1.500 W 8 TUE Quarto 2 1.500 W 1.500 W 9 TUE Banheiro 4.500 W 4.500 W

Por fim, o circuito de alimentação geral da residência deve ser projetado

tomando o valor da potência instalada, caso a residência seja monofásica, ou da demanda, caso a mesma seja trifásica.

Tabela 7.6 – Circuito de Alimentação da Residência

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total

Quadro de MediçãoAlimentação Quadro Terminal 12,41 kVA

Com isso temos a Tabela de Distribuição de Circuitos Terminais abaixo.

Tabela 7.7 – Distribuição de Circuitos Terminais

CIRCUITOS POTÊNCIA No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total

1 Iluminação

Sala Copa

Cozinha Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Área de Serviço Hall

Área Externa

100 VA 100 VA 160 VA 160 VA 160 VA 100 VA 100 VA 100 VA 100 VA

1.080 VA

2 TUG Cozinha 1.900 VA 1.900 VA 3 TUG Copa 1.900 VA 1.900 VA 4 TUG Área de Serviço 600 VA 600 VA

5 TUG

Sala Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Hall

300 VA 300 VA 300 VA 600 VA 100 VA

1.600 VA

6 TUE Cozinha 2.500 W 2.500 W 7 TUE Quarto 1 1.500 W 1.500 W 8 TUE Quarto 2 1.500 W 1.500 W 9 TUE Banheiro 4.500 W 4.500 W

Quadro de MediçãoAlimentação Quadro Terminal 12,41 kVA

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Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

42

7.2. Dimensionamento dos Circuitos Efetuada a distribuição dos circuitos, seguiremos com o dimensionamento

de cada circuito criado. Em especial, a determinação da seção dos condutores e proteção.

7.2.1. Distribuição dos Circuitos nas Fases Nesta seção determinaremos o número de fases de cada circuito, bem como

a que fase cada um está conectado. Para a residência para qual estamos realizando o projeto de instalações

elétricas, determinamos no Capítulo 5 que o tipo de fornecimento da instalação será trifásico a quatro fios, com tensões de 381 V / 220V. Ou seja, o número de fases do circuito de alimentação é igual a 3.

Todo ponto de iluminação e toda TUG são necessariamente monofásicos.

Assim, os circuitos 1 a 5 são monofásicos, ou seja, possuem somente 1 fase. Para o caso das TUE’s, é necessário analisar cada aparelho. Todos os que

estão previstos (microondas, chuveiro elétrico e condicionadores de ar) são normalmente monofásicos, com tensão de 220 V. Assim, os circuitos 6 a 9 também serão monofásicos.

Vale ressaltar que, na maioria das vezes, mesmo a residência sendo

trifásica, todos os circuitos terminais são monofásicos, salvo se alguma TUE for trifásica, como no caso de motores para bombas de água.

Como o circuito de alimentação

é trifásico e os circuitos terminais monofásicos, deve ser determinada a que fase cada circuito será conectado. Como mostra a Tabela 7.8, os circuitos 1 e 9 foram alocados na fase A; os circuitos 2, 4, 5 e 7 na fase B; e os circuitos 3, 6 e 8 na fase C.

Para se efetuar esta

distribuição, deve-se procurar equilibrar as fases, ou seja, que a potência em cada fase seja aproximadamente igual.

Tabela 7.8 – Distribuição dos Circuitos nas Fases

CIRCUITOS Potência FASES

No Tipo Total No FASE1 Iluminação 1.080 VA 1 A 2 TUG 1.900 VA 1 B 3 TUG 1.900 VA 1 C 4 TUG 600 VA 1 B 5 TUG 1.600 VA 1 B 6 TUE 2.500 W 1 C 7 TUE 1.500 W 1 B 8 TUE 1.500 W 1 C 9 TUE 4.500 W 1 A Alimentação 12,41 kVA 3 -

Como pode ser calculado a partir da Tabela 7.8, as potências em cada fase

são (considerando um fator de potência igual a 1): fase A, 5.580 W; fase B, 5.600 W; e fase, C 5.900 W.

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Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

43

7.2.2. Corrente dos Circuitos Feito isso, devemos calcular a corrente de projeto (IP) de cada circuito

terminal. Para tal, fazemos uso das seguintes fórmulas:

Se o circuito for monofásico: FN

TP V

PI = ;

Se o circuito for trifásico: FN

TP V

PI⋅

=3

.

O valor da potência total de cada circuito (PT) nós já determinamos no item

anterior. Além disso, para o caso de instalações residenciais na área de concessão da CEPISA, o valor da tensão fase-neutro (VFN) será sempre igual a 220V. Com isso, determinamos as correntes de cada circuito da Tabela 7.7, conforme mostra a Tabela 7.9.

Tabela 7.9 – Determinação das Correntes de Projeto

CIRCUITOS POTÊNCIA

No Total No DE FASES CORRENTE [A]

1 1.080 VA 1 (Monofásico) 1.080 : 220 = 4,9 2 1.900 VA 1 (Monofásico) 1.900 : 220 = 8,6 3 1.900 VA 1 (Monofásico) 1.900 : 220 = 8,6 4 600 VA 1 (Monofásico) 600 : 220 = 2,7 5 1.600 VA 1 (Monofásico) 1.600 : 220 = 7,3 6 2.500 W 1 (Monofásico) 2.500 : 220 = 11,4 7 1.500 W 1 (Monofásico) 1.500 : 220 = 6,8 8 1.500 W 1 (Monofásico) 1.500 : 220 = 6,8 9 4.500 W 1 (Monofásico) 4.500 : 220 = 20,5

Alimentação 12,41 kVA 3 (Trifásico) 12.410 : (3 x 220) = 18,8

7.2.3. Seção dos Condutores Determinada a corrente dos circuitos, o passo seguinte é determinar a seção

dos condutores. Para isso, a norma NBR-5410 nos orienta a utilizar as seguintes seções mínimas:

Circuito de iluminação: 1,5 mm2;

Circuito de força (TUG e TUE): 2,5 mm2;

Circuito de alimentação: 4,0 mm2.

Basicamente, a função do condutor é garantir um caminho para a passagem

da corrente. Assim, quanto maior a seção do condutor, maior a corrente que ele suporta.

Page 49: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

44

Então, podemos pensar: “basta então escolhermos um condutor com a maior seção possível que tudo estará resolvido”. Bem, estaria certo se não fosse por um detalhe: quanto maior a seção do condutor, mais caro ele é.

Assim, devemos encontrar a menor seção possível que atenda as seguintes

exigências: seja maior que o mínimo estabelecido pela norma e que suporte a corrente de projeto.

Desta forma, a corrente de projeto será o dado fundamental para a

determinação da seção do condutor. A tabela seguinte mostra a capacidade de condução de corrente de condutores de cobre, dois condutores carregados, com isolação de PVC e instalados em eletroduto embutido em alvenaria1.

Tabela 7.10 – Capacidade de Condução de Corrente de Condutores de Cobre

Seções

Nominalis [mm2]

Corrente Nominal

[A]

Seções Nominalis

[mm2]

Corrente Nominal

[A]

Seções Nominalis

[mm2]

Corrente Nominal

[A] 1,5 17,5 10,0 57 50,0 151 2,5 24 16,0 76 70,0 192 4,0 32 25,0 101 95,0 232 6,0 41 35,0 125 120,0 269

Com isso, determinamos as seções dos condutores de cada circuito,

conforme mostra a Tabela 7.11. Vale ressaltar que, conforme a norma da CEPISA, a seção do condutor do circuito de alimentação é determinada a partir da Tabela 5.3 (caso a residência seja monofásica) ou da Tabela 5.4 (caso a residência seja trifásica).

Tabela 7.11 – Determinação da Seção dos Condutores

CIRCUITOS

No Tipo CORRENTE [A] Seção do Condutor [mm2]

1 Iluminação 4,9 1,5 (suporta 17,5 A) 2 TUG 8,6 2,5 (suporta 24 A) 3 TUG 8,6 2,5 (suporta 24 A) 4 TUG 2,7 2,5 (suporta 24 A) 5 TUG 7,3 2,5 (suporta 24 A) 6 TUE 11,4 2,5 (suporta 24 A) 7 TUE 6,8 2,5 (suporta 24 A) 8 TUE 6,8 2,5 (suporta 24 A) 9 TUE 20,5 4,0 (suporta 32 A) Alimentação 18,8 4,0 (conforme Tabela 5.4)

1 Essa é a configuração mais comum em instalações residenciais, sendo escolhida de forma a facilitar na determinação. Mais detalhes serão vistos na disciplina de Instalações Elétricas Prediais. Ainda, a capacidade de condução de corrente de condutores varia conforme o fabricante do mesmo. Assim, o ideal é que seja utilizada a tabela fornecida pelo fabricante do condutor que será efetivamente utilizado na instalação elétrica da residência.

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Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

45

Pela Tabela 7.11 podemos perceber que foi utilizado em cada circuito o condutor com menor seção permitida pela norma NBR 5410, com exceção do circuito 9, que alimenta a TUE do chuveiro elétrico. Isso não foi coincidência!

Quando limitamos as potências dos circuitos de iluminação em 2.500 W e de

TUG’s em 3.500 W, desejávamos utilizar condutores da menor seção possível nos respectivos circuitos, ou seja, de 1,5 mm2 na iluminação e 2,5 mm2 nas tomadas.

Já no caso do circuito da TUE do chuveiro elétrico, onde utilizamos condutor

de 4,0 mm2, tomamos essa decisão por motivos de segurança, dada a alta potência do aparelho, que drena uma corrente de 20,45 A, muito próxima da máxima suportada pelo condutor de 2,5 mm2, que é de 24 A.

Por fim, apesar da Tabela 5.4 determinar um condutor de 4,0 mm2 para o

circuito de alimentação, devido um dos circuitos internos já utilizar condutor desta seção, poderíamos, por questões de segurança e reserva de carga utilizar condutor de 6,0 mm2. Desta forma estaríamos sendo mais conservadores.

7.2.4. Proteção No quadro abaixo é mostrada a orientação da norma NBR 5410 quanto à

proteção de circuitos terminais:

9.5.4 Proteção contra sobrecorrentes Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrentes por

dispositivo que assegure o seccionamento simultâneo de todos os condutores de fase.

NOTA: Isso significa que o dispositivo de proteção deve ser multipolar,

quando o circuito for constituído de mais de uma fase. Dispositivos unipolares montados lado a lado, apenas com suas alavancas de manobra acopladas, não são considerados dispositivos multipolares.

Os dispositivos que asseguram a proteção contra sobrecorrentes são os

disjuntores, que podem ser, basicamente, de dois tipos: Disjuntor Termo-Magnético (DTM);

Disjuntor Diferencial Residual (DDR).

Disjuntores termomagnéticos (DTM) são dispositivos que oferecem proteção

aos condutores do circuito, desligando-o automaticamente quando da ocorrência de uma sobrecorrente provocada por sobrecarga ou curto-circuito. Além disso, permitem manobra manual, ou seja, operando-o como um interruptor, secciona somente o circuito desejado.

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Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

46

Os DTM’s têm a mesma função que as chaves fusíveis. Entretanto, o fusível se queima necessitando ser trocado enquanto que o disjuntor desliga-se necessitando religá-lo, como mostra a figura anterior.

O DDR é um dispositivo constituído

de um DTM acoplado a um outro dispositivo: o diferencial residual. Sendo assim, ele conjuga as duas funções:

Figura 7.3 – Disjuntor Diferencial Residual Pode-se dizer então que DDR é um dispositivo que protege: os condutores do circuito contra sobrecarga e curto-circuito e;

as pessoas contra choques elétricos.

Os dispositivos DR podem ser instalados na proteção geral da instalação

e/ou nas proteções individuais de circuitos terminais. Entretanto, devem-se tomar cuidados especiais na sensibilidade destes dispositivos, pois, principalmente se instalados na proteção geral, poderão causar seccionamentos intempestivos da alimentação de toda a instalação.

Figura 7.2 – Operação de Chaves

Fusíveis e Disjuntores

Page 52: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

47

A NBR 5410 exige, desde 1997, a utilização de proteção diferencial residual de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a:

tomadas de corrente em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de

serviço, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens;

tomadas de corrente em áreas externas;

tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam

alimentar equipamentos de uso em áreas externas;

pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro.

NOTA: os circuitos não relacionados nas recomendações e exigências acima poderão ser protegidos apenas por disjuntores termomagnéticos (DTM).

Assim, determinamos o tipo de proteção de cada circuito terminal, como

mostrado na tabela seguinte.

Tabela 7.12 – Determinação do Tipo de Proteção

CIRCUITOS PROTEÇÃO No Tipo LOCAIS TIPO PÓLOS

1 Iluminação

Sala Copa

Cozinha Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Área de Serviço Hall

Área Externa

DTM 1

2 TUG Cozinha DDR 2 3 TUG Copa DDR 2 4 TUG Área de Serviço DDR 2

5 TUG

Sala Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Hall Área Externa

DDR 2

6 TUE Cozinha DDR 2 7 TUE Quarto 1 DTM 1 8 TUE Quarto 2 DTM 1 9 TUE Banheiro DDR 2

Quadro de MediçãoAlimentação Quadro Terminal DTM 3

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Instalações Elétricas Residenciais 7. Distribuição de Circuitos

48

A determinação do número de pólos da proteção é muito simples. Como os DTM’s recebem somente as fases dos circuitos, eles têm número de pólos igual ao número de fases. Assim, circuitos monofásicos e trifásicos serão protegidos por DTM’s de 1 e 3 pólos, respectivamente.

Já os DDR’s, além das fases, recebem também o neutro. Assim, seu número

de pólos será igual ao número de fases do circuito mais um. Assim, circuitos monofásicos e trifásicos serão protegidos por DDR’s de 2 e 4 pólos respectivamente.

A determinação da corrente nominal (In) da proteção, também é muito

simples. Primeiramente, seus valores são iguais aos valores de disjuntores encontrados no mercado, ou seja, 10A, 15A, 20A, 25A, 30A, 40A, 50A, 60A e 75A (valores maiores não são utilizados em instalações residenciais)2.

Em segundo lugar, a corrente nominal do disjuntor deve atender a duas

exigências: deve ser menor que a corrente que o condutor é capaz de suportar;

deve ser maior que a corrente de projeto.

Assim, determinamos a corrente nominal da proteção de cada circuito

terminal, como mostrado na tabela abaixo.

Tabela 7.13 – Determinação da Corrente Nominal da Proteção CIRCUITOS PROTEÇÃO

No Tipo CORRENTE

[A] Seção do Condutor

[mm2] Corrente Nominal [A]1 Iluminação 4,9 1,5 (suporta 17,5 A) 10 (4,9 < In < 17,5) 2 TUG 8,6 2,5 (suporta 24 A) 15 (8,6 < In < 24) 3 TUG 8,6 2,5 (suporta 24 A) 15 (8,6 < In < 24) 4 TUG 2,7 2,5 (suporta 24 A) 10 (2,7 < In < 24) 5 TUG 7,3 2,5 (suporta 24 A) 15 (7,3 < In < 24) 6 TUE 11,4 2,5 (suporta 24 A) 15 (11,4 < In < 24) 7 TUE 6,8 2,5 (suporta 24 A) 15 (6,8 < In < 24) 8 TUE 6,8 2,5 (suporta 24 A) 15 (6,8 < In < 24) 9 TUE 20,5 4,0 (suporta 32 A) 25 (20,5 < In < 32) Alimentação 18,8 4,0 (suporta 32 A) 30 (18,8 < In < 32) OBS.: Conforme a norma da CEPISA, a corrente nominal da proteção do

circuito de alimentação é determinada a partir da Tabela 5.3 (caso a residência seja monofásica) ou da Tabela 5.4 (caso a residência seja trifásica).

7.3. Tabela Completa

2 A corrente nominal dos disjuntores pode variar para cada fabricante. Assim, o ideal é determiná-la para um fabricante específico, fazendo uso do seu catálogo técnico.

Page 54: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Tabela 7.14 – Tabela Completa de Distribuição de Circuitos Terminais

CIRCUITOS POTÊNCIA FASES PROTEÇÃO

No Tipo LOCAIS Por Ambiente Total No FASE

CORRENTE [A]

Seção do Condutor

[mm2] Tipo Pólos Corrente Nominal [A]

1 Iluminação

Sala Copa

Cozinha Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Área de Serviço Hall

Área Externa

100 VA 100 VA 160 VA 160 VA 160 VA 100 VA 100 VA 100 VA 100 VA

1.080 VA 1 A 4,9 1,5 DTM 1 10

2 TUG Cozinha 1.900 VA 1.900 VA 1 B 8,6 2,5 DDR 2 15 3 TUG Copa 1.900 VA 1.900 VA 1 C 8,6 2,5 DDR 2 15 4 TUG Área de Serviço 600 VA 600 VA 1 B 2,7 2,5 DDR 2 10

5 TUG

Sala Quarto 1 Quarto 2 Banheiro

Hall Área Externa

300 VA 300 VA 300 VA 600 VA 100 VA

-

1.600 VA 1 B 7,3 2,5 DDR 2 15

6 TUE Cozinha 2.500 W 2.500 W 1 C 11,4 2,5 DDR 2 15 7 TUE Quarto 1 1.500 W 1.500 W 1 B 6,8 2,5 DTM 1 15 8 TUE Quarto 2 1.500 W 1.500 W 1 C 6,8 2,5 DTM 1 15 9 TUE Banheiro 4.500 W 4.500 W 1 A 20,5 4,0 DDR 2 25

Quadro de MediçãoAlimentação Quadro Terminal 12,41 kVA 3

A B C

18,8 4,0 DTM 3 30

Page 55: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Ligação de Pontos

8.

Serão apresentados a seguir os esquemas de ligação de pontos de iluminação e tomadas mais utilizados em uma residência. Antes disso, falaremos um pouco sobre os condutores elétricos.

Neste capítulo: Condutores Elétricos Pontos de Força Pontos de Luz

8.1. Condutores Elétricos

O termo condutor elétrico é usado para designar um produto destinado a

transportar corrente elétrica, sendo que os fios e os cabos elétricos são os tipos mais comuns de condutores. O cobre é o metal mais utilizado na fabricação de condutores elétricos para instalações residenciais, comerciais e industriais.

Um fio é um condutor

sólido, maciço, provido de isolação, usado diretamente como condutor de energia elétrica. Por sua vez, a palavra cabo é utilizada quando um conjunto de fios é reunido para formar um condutor elétrico.

Dependendo do número de fios que compõe um cabo e do diâmetro de cada

um deles, um condutor apresenta diferentes graus de flexibilidade. A norma brasileira NBR NM280 define algumas classes de flexibilidade para os condutores elétricos, a saber:

Classe 1: são aqueles condutores sólidos (fios), os quais apresentam

baixo grau de flexibilidade durante o seu manuseio. Classes 2, 4, 5 e 6: são aqueles condutores formados por vários fios

(cabos), sendo que, quanto mais alta a classe, maior a flexibilidade do cabo durante o manuseio.

A importância da flexibilidade de um condutor nas instalações elétricas

residenciais está no fato de que, geralmente, os condutores são enfiados no interior de eletrodutos e passam por curvas e caixas de passagem até chegar

Figura 8.1 – Tipos de Condutores Elétricos

Page 56: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

51

ao seu destino final, que é, quase sempre, uma caixa de ligação 5 x 10 cm ou 10 x 10 cm instalada nas paredes ou uma octogonal situada no teto ou forro. Além disso, em muitas ocasiões, há vários condutores de diferentes circuitos no interior do mesmo eledroduto, o que torna a enfiação mais difícil ainda.

Nestas situações, a

experiência internacional vem comprovando a muitos anos que o uso de cabos flexíveis, com classe 5, no mínimo, reduz significativamente o esforço de enfiação dos condutores nos eletrodutos, facilitando também a eventual retirada dos mesmos.

Da mesma forma, nos

últimos anos também os profissionais brasileiros têm utilizado cada vez mais os cabos flexíveis nas instalações elétricas em geral e nas residenciais em particular.

8.1.1. Condutor de Proteção Dentro de todos os aparelhos elétricos existem elétrons que querem “fugir”.

Como o corpo humano é capaz de conduzir eletricidade, se uma pessoa encostar-se a esses equipamentos ela estará sujeita a levar um choque, que nada mais é do que a sensação desagradável provocada pela passagem dos elétrons pelo corpo1. Sendo assim, como podemos fazer para evitar os choques elétricos? O conceito básico da proteção contra choques é o de que os elétrons devem ser “desviados” da pessoa.

Sabendo-se que um fio de cobre é um milhão de vezes melhor condutor do

que o corpo humano, fica evidente que se oferecermos aos elétrons dois caminhos para eles circularem, sendo um o corpo e o outro um fio, a enorme maioria deles irá circular pelo último, minimizando os efeitos do choque na pessoa. Esse fio pelo qual irão circular os elétrons que “escapam” dos aparelhos é chamado de “fio terra”.

Como a função do fio terra é “recolher” elétrons “fugitivos”, nada tendo a ver

com o funcionamento propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoas esquecem sua importância para a segurança. É como em um automóvel: é possível fazê-lo funcionar e nos transportar até o local desejado, sem o uso do

1 É preciso lembrar que correntes elétricas de apenas 0,05A já podem provocar graves danos

ao organismo!

Figura 8.2 – Instalação de Condutores

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Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

52

cinto de segurança. No entanto, é sabido que os riscos relativos à segurança em caso de acidente aumentam em muito sem o seu uso.

Figura 8.3 – Evitando Choques Elétricos pelo Uso do Fio Terra

8.1.2. Isolação de Condutores Como diversos condutores são normalmente instalados no interior de um

mesmo eletroduto, os mesmos devem ser isolados, evitando assim o contato entre as partes “vivas” de condutores diferentes e, consequentemente, curtos-circuitos. Para o caso de instalações elétricas residenciais, a isolação dos mesmos é normalmente de PVC (Cloreto de Polivinila), que suporta que o condutor trabalhe continuamente a uma temperatura máxima de 70oC. Acima deste valor, a isolação tende a derreter, podendo ocasionar perda e isolação e conseqüentemente curtos-circuitos.

A norma NBR 5410 nos orienta a utilizar

condutores com isolação de cores diferentes para identificar a função que este condutor exerce.

Assim, para o condutor de proteção se utiliza a

dupla coloração verde-amarela ou a cor verde e para o condutor neutro a cor azul-clara. Já para os condutores de fase e retorno podem ser utilizadas as cores preta, branca ou vermelha, contanto que sejam diferentes. Assim, normalmente se usa a cor preta para o retorno e para a fase a cor vermelha. A figura ao lado ilustra o exposto.

Nas plantas que contêm a representação gráfica da fiação, os condutores

são representados a partir dos símbolos mostrados na Figura 8.5.

Figura 8.4 – Identificação

de Condutores

Page 58: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

53

Figura 8.5 – Identificação Gráfica de Condutores

8.2. Pontos de Força

8.2.1. Aparelhos e Tomadas Nem todos os aparelhos elétricos precisam de fio terra. Isso ocorre quando

eles são construídos de tal forma que a quantidade de elétrons “fugitivos” esteja dentro de limites aceitáveis. Nesses casos, para a sua ligação, é preciso apenas levar até eles dois fios (fase e neutro), que são ligados diretamente, através de conectores apropriados ou por meio de tomadas de dois pólos.

Por outro lado, há

vários aparelhos que vêm com o fio terra incorporado, seja fazendo parte do cabo de ligação do aparelho, seja separado dele. Nessa situação, é preciso utilizar uma tomada com três pólos (fase-neutro-terra) compatível com o tipo de plugue do aparelho, ou uma tomada com dois pólos, ligando o fio terra do aparelho diretamente ao fio terra da instalação.

Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo de

aparelho elétrico, conclui-se que, conforme prescreve a norma brasileira de instalações elétricas NBR 5410, todos os circuitos de tomadas de uso geral e também os que servem a aparelhos específicos (como chuveiros, condicionadores de ar, microondas, lava roupas, etc.) devem possuir o fio terra.

8.2.2. Circuitos de Força As figuras seguintes mostram como é feita a ligação de circuitos de força

(sejam eles destinados a TUG’s ou TUE’s) com disjuntor termo-magnético (DTM) e disjuntor diferencial-residual (DDR), além de como é feita a representação da fiação em planta-baixa (o número em cima da fiação e perto da tomada indica em que circuito a mesma está conectada). Vale ressaltar que a representação da fiação é a mesma para o caso de se usar DTM ou DDR,

Figura 8.6 – Aparelhos e Tomadas

Page 59: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

54

somente será diferente no Diagrama Multifilar do Quadro de Distribuição, o qual será apresentado no Capítulo 10.

33

Figura 8.7 – Circuito de Força com DTM

44

44

Figura 8.8 – Circuito de Força com DR

Page 60: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

55

8.3. Pontos de Luz Serão apresentados a seguir os esquemas de ligação de pontos de luz mais

utilizados em uma residência.

8.3.1. Ligação com Interruptor Simples Para se acionar uma lâmpada com

interruptor simples, deve-se enviar: a fase ao interruptor;

o neutro à lâmpada (conectado

ao contato lateral da base rosqueada);

o retorno interligando a lâmpada

(conectado ao contato do disco central da base rosqueada) e o interruptor;

e, se desejável, pode-se utilizar

fio terra aterrando a luminária metálica.

A figura ao lado mostra com

detalhes este tipo de ligação, além de como é feita a representação da fiação em planta-baixa. O número em cima dos condutores fase e neutro e no ponto de luz indica em que circuito o mesmo está conectada e a letra no ponto de luz, interruptor e condutor de retorno indica que interruptor está acionando que lâmpada.

A conexão do neutro ao contato

lateral da base rosqueada e do retorno ao disco central da base rosqueada visa evitar choques durante a troca de lâmpadas.

Para se ligar mais de uma lâmpada com interruptor simples, basta se repetir

a ligação anterior e conectar as demais lâmpadas em paralelo com a primeira. A figura seguinte mostra com detalhes este tipo de ligação.

a

1 a1a

Figura 8.9 – Ligação de uma Lâmpada Comandada por Interruptor Simples

Page 61: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

56

a

11 a

1a1 a

1a

Figura 8.10 – Ligação de Mais de uma Lâmpada com Interruptor Simples OBS.: Interruptores de duas ou mais seções nada mais são do que

interruptores em que neles se encontram, no mesmo encapsulamento, dois ou mais interruptores simples. Assim, cada seção do interruptor, nada mais é do que um interruptor de uma seção. A Figura 8.11 ilustra o exposto.

8.3.2. Ligação com Interruptores Paralelos Para se ligar uma lâmpada com interruptores paralelos, deve-se enviar: a fase ao ponto central de um dos interruptores;

Page 62: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

57

a,b

1 a1a

1 bb

Figura 8.11 – Ligação de Lâmpadas com Interruptor de Duas Seções

o neutro à lâmpada (conectado ao contato lateral da base rosqueada); um condutor de retorno interligando a lâmpada (conectado ao contato do

disco central da base rosqueada) e o ponto central do outro interruptor (o que não recebeu a fase). Esse retorno é chamado de retorno da lâmpada;

dois condutores de retorno interligando os dois pontos que restaram em

cada interruptor paralelo. Esses retornos são chamados de paralelo;

e, se desejável, pode-se utilizar fio terra aterrando a luminária metálica.

Page 63: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

58

A figura seguinte mostra com detalhes este tipo de ligação.

a

11 a

1

3wLa a a

a a

OBS.: Os retornos que levam somente a letra da lâmpada e interruptores são os paralelos (no caso a letra “a”). Já o retorno que além desta letra é precedido pela letra “L”, trata-se do retorno da lâmpada.

Figura 8.12 – Ligação de Lâmpada com Interruptores Paralelos

Para se ligar mais de uma lâmpada com interruptores paralelos, basta se

repetir a ligação anterior e conectar as demais lâmpadas em paralelo com a primeira.

8.3.3. Ligação de Lâmpada de Três ou mais Pontos Para se ligar uma lâmpada de três interruptores distintos, é necessária a

utilização de dois interruptores paralelos e um intermediário. Assim, deve-se enviar:

a fase ao ponto central de um dos interruptores paralelos;

o neutro à lâmpada (conectado ao contato lateral da base rosqueada);

Page 64: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 8. Ligação de Pontos

59

um condutor de retorno interligando a lâmpada (conectado ao contato do disco central da base rosqueada) e o ponto central do outro interruptor paralelo (o que não recebeu a fase). Esse retorno é chamado de retorno da lâmpada;

dois condutores de retorno interligando os dois pontos que restaram em

cada interruptor paralelo a quaisquer dois pontos do interruptor intermediário. Esses retornos são chamados de paralelo;

e, se desejável, pode-se utilizar fio terra aterrando a luminária metálica.

A figura abaixo mostra com detalhes este tipo de ligação.

a

11 a

1

3w

3wLa a a

a a

a4w

a a a a

Figura 8.13 – Ligação de Lâmpada de Três Pontos Para se ligar mais de uma lâmpada com três interruptores, basta se repetir a

ligação anterior e conectar as demais lâmpadas em paralelo com a primeira. Para se ligar uma lâmpada com mais de três interruptores, basta se

acrescentarem quantos interruptores intermediários forem necessários.

Page 65: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Eletrodutos 9.

Uma vez determinados os circuitos elétricos da instalação e já definido o tipo de proteção de cada um, chega o momento de se efetuar a sua ligação. Essa ligação, entretanto, precisa ser planejada detalhadamente, de tal forma que nenhum ponto de ligação fique esquecido. Para se efetuar esse planejamento, desenha-se na planta residencial o caminho que o eletroduto deve percorrer, pois é através dele que os fios dos circuitos irão passar.

Neste capítulo: Caminhamento dos

Eletrodutos Representação da

Fiação Dimensionamento

dos Eletrodutos

9.1. Caminhamento dos Eletrodutos Iniciando o caminhamento dos eletrodutos com a planta-baixa da Figura 6.1,

na qual inserimos os números dos circuitos nos pontos de iluminação e tomadas, conforme descrito na Tabela 7.14. Também são inseridas as letras que identificam como serão comandados os pontos de iluminação. O resultado é mostrado na Figura 9.1.

Para o planejamento do caminho que o eletroduto irá percorrer, fazem-se

necessárias algumas orientações básicas: Partir com o eletroduto do quadro de distribuição, traçando seu caminho

de forma a encurtar as distâncias entre os pontos de ligação;

Utilizar a simbologia gráfica para representar, na planta residencial, o caminhamento do eletroduto;

Fazer uma legenda da simbologia empregada;

Ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de cada cômodo.

Assim, determinaremos o caminhamento dos eletrodutos da seguinte forma: Primeiramente, representaremos o eletroduto que conterá o circuito de

distribuição, ou seja, traçaremos um eletroduto interligando os quadros de medição e distribuição, conforme mostra a Figura 9.2;

Em seguida, partindo do quadro de distribuição, traça-se um eletroduto

em direção ao ponto de luz no teto da sala e daí para os interruptores e tomadas deste ambiente, conforme mostra a Figura 9.3;

Do quadro de distribuição sai um eletroduto que vai até o ponto de luz na

copa e, daí, para os interruptores e tomadas deste ambiente. Do ponto de luz da copa sai um eletroduto para o ponto de luz da cozinha, e, daí, para

Page 66: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

61

os interruptores e tomadas deste ambiente. O resultado é mostrado na Figura 9.4;

Para os demais cômodos da residência, partem do quadro de distribuição

outros três eletrodutos: um em direção ao hall, outro para a área de serviço e outro diretamente à TUE do chuveiro elétrico. Destes dois primeiros, são feitas as outras ligações, como mostrado na Figura 9.4.

1 f

1 g

1 e

1d

1 a1 c

1 i

1 j

1 h

1 b

MED

e

c

c

f

5

7

5

5

9 55

a,b

d

h

hj

i

i3

3

33

2

2

2

2

4

6

8

5

5

5

5

5

5

g

Figura 9.1 – Numeração dos Circuitos na Planta Baixa

Page 67: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

62

1 a

1 b

MED

5

a,b

d3

3

5

5

5

1 a

1 b

MED

5

a,b

d 3

5

5

5

3

Figura 9.2 – Eletroduto Interligando os

Quadros de Medição e Distribuição Figura 9.3 – Eletrodutos da Sala

9.2. Representação da Fiação

Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os fios

dos circuitos irão passar, pode-se fazer o mesmo com a fiação: representando-a graficamente através de uma simbologia própria, mostrada na Figura 8.5.

Entretanto, para empregá-la, primeiramente precisam-se identificar quais fios

estão passando dentro de cada trecho de eletroduto representado. Esta identificação é feita com facilidade desde que se saiba como são ligadas as lâmpadas, interruptores e tomadas, conforme apresentado no capítulo anterior.

Sabendo-se como as ligações elétricas são feitas, pode-se então

representá-las graficamente na planta, devendo, também identificar a que circuitos pertencem.

A representação gráfica da fiação é feita para que, ao consultar a planta, se

saiba quantos e quais fios estão passando dentro de cada trecho de eletroduto, bem como a que circuito pertencem. Na prática, não se recomenda instalar mais do que 6 ou 7 condutores por eletroduto, visando facilitar a enfiação e/ou retirada dos mesmos.

Para exemplificar a representação gráfica da fiação, utilizaremos a planta da

Figura 9.4, onde os eletrodutos já estão representados. Os passos tomados são apresentados a seguir:

Começaremos a representação gráfica pelo alimentador, ou seja, os três fios fase, o neutro e o de proteção (PE) partem do quadro de medição e vão até o quadro de distribuição, conforme mostrado na Figura 9.5;

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Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

63

1 f

1 g

1 e

1d

1 a1 c

1 i

1 j

1 h

1 b

MED

e

c

c

f

5

7

5

5

9 55

a,b

d

h

hj

ii

33

3

2

2

2

24

6

8

5

5

5

5

5

g

5

3

Figura 9.4 – Caminhamento dos Eletrodutos

Page 69: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

64

Do quadro de distribuição saem os fios fase e neutro do circuito 1, indo até o ponto de luz da sala, conforme mostrado na Figura 9.6;

1 a

1 b

MED

5

a,b

d 3

5

5

5

3

1 a

1 b

MED

5

a,b

d 3

5

5

5

31

Figura 9.5 – Circuito de Alimentação

Figura 9.6 – Saída do Circuito 1

1a

1b

1 a

1 b

MED

5

a,b

d 3

5

5

5

31

1a

1b

5

5

5

5

1 a

1 b

MED

5

a,b

d 3

5

5

5

31

Figura 9.7 – Fiação dos Pontos de Luz da Sala e Área Externa

Figura 9.8 – Fiação das Tomadas da

Sala Do ponto de luz da sala, faz-se a ligação da lâmpada que será

comandada por uma das seções do interruptor de duas seções (retorno “a”). A outra seção comanda o ponto de luz da área externa (retorno “b”), como mostrado na Figura 9.7;

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Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

65

Para ligar as tomadas da sala, é necessário sair do quadro de distribuição com os fios fase e neutro do circuito 5 e o fio de proteção, indo até o ponto de luz na sala e daí para as tomadas, fazendo a sua ligação, conforme mostrado na Figura 9.8;

1a

1b

5

5

5

5

1 2

3

3

1 3d

3

3

3

6

6

6

21

221h

2

2

hLh

e

1d

1 a

1 h

1 b

MED

e

5

a,b

d

h

hj

33

3

2

2

22

6

5

5

5

5

31

1

9

Lc5 c

5

7 15 c

51

51e

1 f

1 5

1 5 7

7

51

51

1 i5Li i

51g 4 8

51

8

4

1 j

1 f

1 g

1 e

1 c

1 i

1 j

e

c

c

f

5

7

5

5

9 5

5

j

i

i3

2

2

4

8

5

5

5

g

Figura 9.9 – Fiação dos Pontos de Luz e Força da Copa e Cozinha

Figura 9.10 – Fiação dos Pontos de Luz e

Força dos Demais Ambientes

Do quadro de distribuição saem os fios fase e neutro do circuito 1, indo até o ponto de luz da copa. Do ponto de luz da copa, faz-se a ligação da lâmpada que será comandada por um interruptor de uma seção (retorno “d”) e seguem os fios fase e neutro do circuito 1 para o ponto de luz na cozinha. Do ponto de luz da cozinha, faz-se a ligação da lâmpada que

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Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

66

será comandada por um interruptor paralelo (retorno “h”). A Figura 9.9 mostra o exposto;

Para ligar as tomadas da copa e cozinha é necessário sair do quadro de

distribuição com os fios fase e neutro dos circuitos 2, 3 e 6 e o fio de proteção, indo até o ponto de luz na copa. Deste descem os circuitos 3 e 6 para alimentar as TUG’s da copa e a TUE da cozinha. Também segue o circuito 2 para o ponto de luz da cozinha e daí para as TUG’s deste ambiente. A Figura 9.9 mostra o exposto;

A alimentação dos circuitos de luz e força dos demais ambientes é feita

de forma semelhante, conforme mostra a Figura 9.10, sendo que a Figura 9.12 mostra a alimentação de todos os pontos da residência.

9.3. Dimensionamento dos Eletrodutos

A partir desse momento, dimensionaremos os eletrodutos, ou seja, vamos

determinar o seu diâmetro para cada trecho da instalação, ou seja, o diâmetro externo do eletroduto (expresso em mm ou polegadas) padronizado por norma.

O diâmetro dos

eletrodutos deve ser tal que os condutores possam ser facilmente instalados ou retirados. Para tanto, é obrigatório que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil dos eletrodutos.

Considerando esta recomendação, existe uma tabela (mostrada abaixo) que

fornece diretamente o tamanho do eletroduto, bastando saber o número de condutores no eletroduto e a maior seção deles.

Tabela 9.1 – Tabela de Dimensionamento de Eletrodutos

Número de Condutores no Eletroduto 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Seção do Condutor

[mm2] Tamanho Nominal do Eletroduto [mm] 1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20 2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25 4,0 16 16 20 20 20 25 25 25 25 6,0 16 20 20 25 25 25 25 32 32 10 20 20 25 25 32 32 32 40 40 16 20 25 25 32 32 40 40 40 40

Figura 9.11 – Ocupação Máxima dos Eletrodutos

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Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

67

1 f

1 g

1 e

1d

1 a1 c

1 i

1 j

1 h

1 b

MED

e

c

c

f

5

7

5

5

9 5

5

a,b

d

h

hj

i

i3

3

3

2

2

224

6

8

5

5

5

5

5

g

5

31

1a

1b

5

5

5

5

1 2

3

3

1 3d

3

3

3

6

6

6

21

221h

2

2

hLh

9

Lc5 c

5

7 15 c

51

51e

1 f

1 5

1 5 7

7

51

51

1 i5Li i

51g 4 8

51

8

4

1 j

Ø=25mm

Ø=25mm

Figura 9.12 – Fiação de todos os Pontos de Luz e Força da Residência

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Instalações Elétricas Residenciais 9. Eletrodutos

68

Exemplo: Para a fiação que acabamos de executar, o trecho de eletroduto contendo a maior quantidade de fios é aquele que liga o quadro de distribuição ao ponto de luz da copa, com um total de 9 condutores, sendo a maior seção dos condutores igual 2,5 mm2. Assim, tem-se que o tamanho nominal do eletroduto será 25 mm, que é representado da seguinte forma: Ø = 25 mm.

A representação do diâmetro do eletroduto deve ser feita na planta-baixa,

em cada trecho de eletroduto. De forma a não tornar a leitura do projeto complicada, normalmente se atribui um diâmetro padrão para todos os eletrodutos, representando na planta somente as exceções.

Assim, utilizaremos eletrodutos com diâmetro padrão de 20 mm. Na Figura

9.12 podem-se perceber aqueles eletrodutos que são exceções. OBS.: Há uma forma mais precisa de se determinar o diâmetro de

eletrodutos, entretanto deixaremos para explica-la na disciplina de Instalações Elétricas Prediais.

Page 74: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Detalhes de Projeto

10.

O objetivo da elaboração dos detalhes de projeto é facilitar a interpretação do mesmo, permitindo, desta maneira, que este seja fielmente executado. Vale lembrar que quanto melhor detalhado um projeto, melhor será a sua execução.

Neste capítulo: Diagrama Multifilar do

Quadro de Distribuição

Padrão de Entrada Lista de Materiais

10.1. Diagrama Multifilar do Quadro de Distribuição

A Figura 10.1 mostra o Diagrama Multifilar do Quadro de Distribuição de

circuitos terminais. Nela podemos perceber:

A B C

30A

25A

15A

15A

9 4.500

7 1.500

6 2.500

11.080

2

3

1.900

1.900

5.580 5.900

5.600

DIAGRAMA TRIFILARQUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

NEUTROTERRA

3#4,0mm²(4,0mm²)T4,0mm²

10A

15A

15A

15A

15A

5 1.600

R -

4

8

600

1.500

10A

15A

DR

DR

DR

DR

DR

DR

Figura 10.1 – Diagrama Trifilar do Quadro de Distribuição

O disjuntor geral, que é trifásico com corrente nominal de 30A;

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Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

70

A fiação que chega ao quadro, ou seja, 3 fases, 1 neutro e 1 terra, todos de 4,0 mm2;

Os disjuntores monofásicos de cada circuito, inclusive quais são DR;

A conexão dos circuitos nas fases, ou seja: 1 e 9 na “A”; 2, 4, 5 e 7 na “B”;

e 3, 6, 8 e um disjuntor de reserva na “C”;

A potência de cada circuito e, conseqüentemente, a potência em cada fase, as quais estão praticamente equilibradas;

As barras de neutro e terra, bem como a conexão da carcaça do quadro à

barra de terra. A Figura 10.2 mostra um desenho mais realista do quadro de distribuição

representado pelo digrama multifilar da figura anterior. No projeto, basta constar o diagrama multifilar, o desenho a seguir tem apenas funções didáticas, objetivando somente um melhor entendimento por parte do aluno.

Figura 10.2 – Desenho do Quadro de Distribuição

Page 76: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

71

10.2. Padrão de Entrada A Figura 10.3 mostra os detalhes da instalação de um medidor sobreposto

em parede, com pontalete, estando a residência localizada do mesmo lado da posteação. Normalmente, este e outros detalhes (que visam atender as diversas possibilidades de instalação) constam na norma da concessionária local e é responsabilidade do projetista verificar quais melhor representam a realidade do projeto. Detalhes deste tipo facilitam a execução, e garantem que todos os procedimentos estejam dentro das normas locais.

Figura 10.3 – Detalhes da Instalação do Medidor em Parede com Pontalete

10.3. Lista de Materiais Para a execução da instalação elétrica residencial, precisa-se previamente

realizar o levantamento do material, que nada mais é que medir, contar, somar e relacionar todo o material a ser empregado e que aparece representado na planta residencial.

Page 77: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

72

Sendo assim, através da planta pode-se medir e determinar quantos metros de eletrodutos e fios, nas seções e cores indicadas, devem ser adquiridos para a execução do projeto.

Para se determinar a medida dos eletrodutos e fios deve-se medir,

diretamente na planta, os eletrodutos representados no plano horizontal e somar, quando for o caso, os eletrodutos que descem ou sobem até as caixas.

10.3.1. Medidas dos Eletrodutos no Plano Horizontal

As medidas dos eletrodutos no plano horizontal são feitas com o auxílio de

uma régua, na própria planta residencial. Uma vez efetuadas, estas medidas devem ser convertidas para o valor real, através da escala em que a planta foi desenhada. A escala indica qual é a proporção entre a medida representada e a real.

Por exemplo, o desenho da figura abaixo está numa escala 1:100, ou seja,

cada 1 cm no desenho corresponde a 100 cm nas dimensões reais. Medindo-se um trecho de eletroduto com a régua, chega-se a um valor de 3,8 cm. Convertendo-se este valor para a medida real, tem-se: 3,8 x 100 = 380 cm ou 3,8 m. Assim o trecho de eletroduto no plano horizontal equivale a 3,8 m.

Figura 10.4 – Medidas dos Eletrodutos no Plano Horizontal

10.3.2. Medidas dos Eletrodutos que Descem até as Caixas As medidas dos eletrodutos que descem até as caixas são determinadas

descontando da medida do pé direito mais a espessura da laje da residência a altura em que a caixa está instalada.

Por meio da Figura 10.5 e da Tabela 10.1 é feito um exemplo de

determinação do comprimento de descida para uma caixa alta. Vale ressaltar que as alturas das caixas e pé-direito variam, dependendo da situação.

10.3.3. Medidas dos Eletrodutos que Sobem até as Caixas

As medidas dos eletrodutos que sobem até as caixas são determinadas

somando a medida da altura da caixa mais a espessura do contrapiso.

Page 78: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

73

Figura 10.5 – Medidas dos Eletrodutos que Descem até as Caixas

Tabela 10.1 – Alturas das Caixas ao Solo

Caixas para SubtrairSaída alta 2,2 m

Interruptor e tomada média 1,3 m Tomada baixa 0,3 m

Quadro de Distribuição 1,2 m

Figura 10.6 – Medidas dos Eletrodutos que Sobem até as Caixas Por meio da Figura 10.6 e da Tabela 10.2 é feito um exemplo de

determinação do comprimento de subida para um interruptor/tomada média,

Page 79: 2009 - Instalações Elétricas Residenciais

Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

74

uma tomada alta e para o quadro de distribuição. Vale ressaltar que as alturas das caixas e pé-direito variam, dependendo da situação.

Tabela 10.2 – Alturas das Caixas ao Solo

Caixas para SomarSaída alta 2,2 m

Interruptor e tomada média 1,3 m Tomada baixa 0,3 m

Quadro de Distribuição 1,2 m

10.3.4. Medidas dos Fios

Como a medida dos eletrodutos é a mesma dos fios que por eles passam,

efetuando-se o levantamento dos eletrodutos, simultaneamente estará se efetuando o da fiação.

Por exemplo, na Figura 10.4 medimos um trecho reto de eletroduto que continha os seguintes circuitos: 1 circuito com 1 fio fase e 1 neutro de 1,5 mm2 e um circuito com 1 fio fase, 1 neutro e 1 terra de 2,5 mm2. Como a medida do eletroduto era de 3,8 m ...

10.3.5. Outros Componentes

Tendo-se medido e relacionado os eletrodutos e fiação, contam-se e

relacionam-se também o número de: caixas, curvas, luvas, arruelas e buchas, tomadas, interruptores, conjuntos e placas de saída de fios.

Figura 10.7 – Caixas de Derivação

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Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

75

Figura 10.8 – Curvas, Luva, Bucha e Arruela

Figura 10.9 – Tomadas, Interruptores e Conjuntos Assim, observando-se a planta da Figura 10.4, conta-se1:

A Figura 10.10 mostra a localização destes componentes:

Considerando-se o projeto elétrico indicado na Figura 9.12, a Tabela 10.3 mostra a lista de materiais:

1 Considerou-se no levantamento que cada curva já vem acompanhada das respectivas luvas.

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Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

76

Tabela 10.3 – Lista de Materiais

Lista de Materiais Quantidade Eletrodutos

20 mm 38 varas de 3m 25 mm 04 varas de 3m

Condutores Vermelho (4 mm2) 31 m

Azul (4 mm2) 15 m Verde (4 mm2) 15 m

Vermelho (2,5 mm2) Azul (2,5 mm2)

Verde (2,5 mm2) Vermelho (1,5 mm2)

Azul (1,5 mm2) Preto (1,5 mm2)

Outros Componentes Caixa 4”x2” 35 Caixa 4”x4” 2

Caixa Octogonal 4”x4” 8 Tomada 2P+T 20

Tomada 2P+T para Aparelho Condicionador de Ar 2 Interruptor de 1 Seção 3 Interruptor de 2 Seções 1

Interruptor Paralelo 6 Interruptor de 1 Seção Conjugado com Tomada 2P+T 2

Disjuntor Termo-Magnético Monopolar (10A) 2 Disjuntor Termo-Magnético Monopolar (15A) 2

Disjuntor Termo-Magnético Tripolar (30A) 1 Disjuntor Diferencial Residual Bipolar (10A) 1 Disjuntor Diferencial Residual Bipolar (15A) 4 Disjuntor Diferencial Residual Bipolar (25A) 1

Quadro de Distribuição 1 Curva de 90o de 20 mm Curva de 90o de 25 mm

Buchas de 20 mm Buchas de 25 mm Arruelas de 20 mm Arruelas de 25 mm

Luva de 20 mm Luva de 25 mm

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Instalações Elétricas Residenciais 10. Detalhes de Projeto

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Figura 10.10 – Localização dos Outros Componentes

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Referências Bibliográficas

10. [1] ELEKTRO; PIRELLI. Instalações Elétricas Residenciais. São Paulo, 2003. [2] ABNT. NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Segunda edição,

Rio de Janeiro, 2005. [3] CEPISA. Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão

Secundária de Distribuição - COM 05F. [4] LIMA FILHO, Domingos Leite. Projeto de Instalações Elétricas Prediais.

Editora Érica Ltda., 6a Edição, 2001.