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Nº 010 >>> 2008 2008 2008 2008 2008 | OUTUBRO | NOVEMBRO >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| 1 Nº 010 >>> 2008 2008 2008 2008 2008 | OUTUBRO | NOVEMBRO Dir Dir Dir Dir Director ector ector ector ector | Manuel Santa Cruz Domingues Basto Oliveira >>> DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRA DISTRIBUIÇÃO GRATUIT TUIT TUIT TUIT TUITA >>> P | 04 >>> P | 04 >>> P | 04 >>> P | 04 >>> P | 04 GNR e Mickael Carreira ao vivo no Multiusos >>> P | 14 a 17 >>> P | 14 a 17 >>> P | 14 a 17 >>> P | 14 a 17 >>> P | 14 a 17 >>> P | 08 e 09 >>> P | 08 e 09 >>> P | 08 e 09 >>> P | 08 e 09 >>> P | 08 e 09 >>> P | 12 e 13 >>> P | 12 e 13 >>> P | 12 e 13 >>> P | 12 e 13 >>> P | 12 e 13 Museu Marítimo de Ílhavo Viana do Castelo em visita Protocolo do Circuito de Redes de Fafe já foi assinado PUB PUB

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Nº 010 >>> 2008 2008 2008 2008 2008 | OUTUBRO | NOVEMBRO >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| 1

Nº 010 >>> 2008 2008 2008 2008 2008 | OUTUBRO | NOVEMBRO DirDirDirDirDirector ector ector ector ector | Manuel Santa Cruz Domingues Basto Oliveira >>> DISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRADISTRIBUIÇÃO GRATUITTUITTUITTUITTUITAAAAA

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GNRe Mickael Carreiraao vivo no Multiusos

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Museu Marítimode Ílhavo

Viana do Casteloem visita

Protocolo do Circuitode Redes de Fafejá foi assinado

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AliceAliceAliceAliceAlice

Uma nova iniciativa do departamento dealugueres da ARRIVA abre a possibilida-de às escolas de levar os seus alunos aoTeatro Rivoli para ver a peça Alice no Paísdas Maravilhas, por um preço combinadoresultante de um acordo com a produtorado espectáculo.O musical Alice no País das maravilhas,de Filipe La Féria, dirige-se especialmen-te ao público infanto-juvenil e o espectá-culo é interpretado por actores, cantorese bailarinos do Norte.Musical estreado em Lisboa, corria o anode 2005, Alice no País das Maravilhas é aquinta produção que La Féria apresentaao público do Porto.As principais personagens da peça sãointerpretadas por artistas do Norte, como

Sissi Martins, Mirró Pereira, Rogério Postoou Ruben Madureira, que vão dar corpo evoz a coelhos que falam, lagartas que fu-mam e espelhos que reflectem inespera-das imagens. Tudo no mundo de fantasiagovernado pela terrível Rainha de Espa-das, que esbarra na imaginação da sur-preendente Alice.Na linha de “O Principezinho”, que FilipeLa Feria levou ao Rivoli há sensivelmenteum ano, “Alice no País das Maravilhas” édedicado aos mais novos.O espectáculo conta com música deAntónio Leal e foi concebido a partir dolivro por Lewis Carroll, em 1865. É umadas obras da literatura inglesa com maisadaptações para cinema, televisão e tea-tro.

Decorreu em Hanover entre 25 de Setem-bro a 2 de Outubro aquela que é a maiorexposição de veículos de transporte a de-correr na Europa, a IAA.Uma das novidades presentes estava nostand D51, o último lançamento na faixa deautocarros urbanos de piso baixo integral,o «Avenue» da Temsa.Para o efeito o Sr. Manuel de Oliveira, Presi-dente da Comissão Executiva da Arriva Por-tugal deslocou-se à IAA para a receber oveículo que virá para Portugal em breve paraser entregue ao sector de tráfego como ve-ículo de demonstração.

TEMSA ATEMSA ATEMSA ATEMSA ATEMSA Avenuevenuevenuevenuevenueapraprapraprapresentadoesentadoesentadoesentadoesentadona na na na na IAA IAA IAA IAA IAA emememememHannoverHannoverHannoverHannoverHannover

André Guardado ocupa, desde o dia 1 deOutubro, o cargo de Director Financeiro daArriva Espanha, acumulando assim com amesma função na Arriva Portugal. Esta no-meação é consequência das alteraçõesfeitas na gestão do Grupo Arriva, entre asquais a fusão da gestão da Arriva Portugalcom a Arriva Espanha.André Guardado começou a sua carreirana Arriva como controller financeiro, tendoaceite, no ano passado, o desafio de ir paraEspanha. A experiência não poderia ter sidomelhor e André Guardado demonstrou as

André GuarAndré GuarAndré GuarAndré GuarAndré Guardadodadodadodadodadonomeado dirnomeado dirnomeado dirnomeado dirnomeado director financeirector financeirector financeirector financeirector financeiroooooda da da da da Arriva Arriva Arriva Arriva Arriva EspanhaEspanhaEspanhaEspanhaEspanha

VVVVVamos aoamos aoamos aoamos aoamos ao teatrteatrteatrteatrteatrooooo

suas qualidades e capacidades também noPaís vizinho. Assim, e no momento em quea Arriva cresceu em Espanha, o seu nomeapareceu como primeira escolha para ocu-par o lugar de Director Financeiro.Manuel Oliveira, Presidente da ComissãoExecutiva da Arriva Portugal, a propósitoafirmou ser “um motivo de grande satisfa-ção e orgulho ver mais um colega investi-do em funções tão importantes” e desejoua André Guardado “os maiores êxitos nassuas novas funções e na sua promissoracarreira”.

A Temsa iniciou a sua actividade como cons-trutor de autocarros integrais em 1984 naTurquia. São-lhe reconhecidas mundial-mente as suas qualidades ao nível datecnologia empregue, do cuidado com omeio ambiente, com o acabamento associ-ados a baixo custo de manutenção.A fábrica Temsa situa-se em Adana numaárea de 400.000 metros quadrados onde58.500 são exclusivamente dedicados àconstrução de autocarros.Foi com as cores da Arriva que o protótipodo modelo foi revelado nesta apresentaçãooficial.

foto: Peter van Der Rest

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Caro/a Leitor/a, Cliente e Amigo/a,

A anterior edição do ARRIVA Jornal foipublicada em pleno período de férias; es-peramos que estas tenham sido do agra-do dos nossos Clientes, Leitores e Ami-gos.Esta décima edição vai chegar às vossasmãos quando a grande maioria das pes-soas, sejam alunos ou estejam nas suasvidas activas, se encontram já totalmentereintegradas nas suas normais actividadesque, esperamos as conduzam a um novoano de sucessos.Nós, na ARRIVA, mercê da especificidadeda nossa actividade nunca paramos, poispor um motivo ou outro, há sempre – emcada época, em cada dia do ano - muitosClientes que necessitam dos nossos ser-viços.

Mas, para nós, dizermos que nunca para-mos, não significa apenas que a empresanão interrompe a sua prestação de servi-ços para gozo de férias, significa muito maisque isso; e esse muito mais é de interesseespecial!Em primeiro lugar é de interesse especialpara os nossos Clientes porque estamossempre a criar novas condições para osservirmos melhor; depois também para todaa família ARRIVA porque, assim, estamos asolidificar cada vez mais os alicerces daempresa, garantindo dessa forma um me-lhor - e mais seguro para trabalhadores einvestidores - futuro da empresa; finalmenteé também de interesse especial para a co-munidade que, acolhendo no seu seio umaempresa com a importância social da nos-sa, a vê tornar-se melhor dia-a-dia e, assim,pode sentir a segurança de ter entre os seusmais um parceiro forte e empenhado no seupróprio desenvolvimento.E, como o prova o desenvolvimento da obradas nossas futuras instalações/sede (que éjá bem visível e tem já merecido rasgadoselogios de variadíssimas pessoas), nem umacrise como aquela em que o Mundo se estáa ver envolvido, e que se vem agravandonos últimos meses, nos fez esmorecer: aobra está aí e é prova incontestável da apos-ta do nosso accionista na nossa região!Sofremos as vicissitudes de aumentos des-mesurados do preço dos combustíveis, re-agindo-lhes com cuidados redobrados emmatéria de controle de custos e com a cria-ção de mecanismos de defesa que nos per-mitiram atenuar os seus devastadores efei-tos.Mesmo nestas circunstâncias não baixamosos braços em matéria de inovação e, apósum longo período de investigaçãotecnológica conjuntamente com um parcei-ro da especialidade, já aí estão a funcionaras novas máquinas de bilhética que, quan-do no pleno das suas funcionalidades, nos

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA

Director | Director | Director | Director | Director | Manuel da Santa Cruz Basto OliveiraCoordenador editorial | Coordenador editorial | Coordenador editorial | Coordenador editorial | Coordenador editorial | Marco António Lindo | [email protected] e pré-Impressão | Grafismo e pré-Impressão | Grafismo e pré-Impressão | Grafismo e pré-Impressão | Grafismo e pré-Impressão | Alive Word Comunicação LdaColaboram nesta edição: Colaboram nesta edição: Colaboram nesta edição: Colaboram nesta edição: Colaboram nesta edição: Maria Helena Duarte, Liberta Ribeiro,Mafalda Raínho, Marco António Lindo e Mónica Lindo.Publicidade | Publicidade | Publicidade | Publicidade | Publicidade | Tel. 253 439 803 ou 220 167 542Impressão| Impressão| Impressão| Impressão| Impressão| Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A.Apartado 121 – 4471 Maia CodexTel. 229 411 085 ou 229485 564

Manuel Santa Cruz Oliveira(Presidente da Comissão Executiva

da ARRIVA Portugal)

>>> editorial

irão permitir um planeamento ainda maiseficaz dos serviços que prestamos eincrementar de forma muito substancial anossas informações ao público.Nesta edição tomará o caro Leitor conhe-cimento de uma iniciativa muito inovadorano que ao mercado diz respeito: refiro-meao novo esquema de «Passes de Estu-Passes de Estu-Passes de Estu-Passes de Estu-Passes de Estu-dante Município de Fafedante Município de Fafedante Município de Fafedante Município de Fafedante Município de Fafe».Este novo sistema de passes, que possibi-lita aos estudantes do Concelho de Fafedeslocarem-se livremente em todo o seuMunicípio, independentemente do opera-dor, aplica-se nos doze meses do ano (enão só nos dias escolares no trajecto resi-dência/escola como até agora), é pioneiroem Portugal e começou a funcionar no iní-cio deste ano escolar.Porque de outra forma seríamos injustos (enão queremos sê-lo nunca) não podería-mos, neste momento, deixar de realçarempenho do Município de Fafe, nomeada-mente do seu Presidente da Câmara Dr.José Ribeiro, dos nossos colegas das em-presas Auto Mondinense, Auto ViaçãoLandim e Transdev e ainda da empresa deconsultoria de mobilidade Trenmo, na pro-cura das soluções técnicas que conduzi-ram ao acordo que permitiu que esse novoserviço fosse disponibilizado aos estudan-tes de Fafe e que, brevemente, se iniciemos circuitos de integração de redes, quecruzarão o interior da Cidade, proporcio-nando uma nova mobilidade na urbe queé sede do belo Concelho de Fafe.Na esperança de que, com este númerodo jornal, consigamos continuar a propor-cionar-lhe uma leitura agradável tambémdurante as suas viagens connosco, des-peço-me agradecendo-lhe a sua atenção.

Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o Inscrito no ICS com o nº 125134Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | Depósito legal | 264746/07

Tiragem | Tiragem | Tiragem | Tiragem | Tiragem | 10 000 exemplaresPublicação Gratuita

PrPrPrPrPropriedade e edição | opriedade e edição | opriedade e edição | opriedade e edição | opriedade e edição | ARRIVA Portugal – Transportes LdªRua Eduardo Almeida, 162 – 2º Sala C, 4810 – 440 GuimarãesTel. 253 439 800 | Fax. 253 439 801

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A Arriva assinou recentemente um protoco-lo de colaboração com o Município de Fafe,no sentido de criar uma «Rede Integradorade Transportes Públicos de Fafe». O acordofoi também firmado com mais três empre-sas de transportes que operam no Conce-lho, como a Auto-Mondinense, a Auto Via-ção Landim e a Transdev.Além de manterem os actuais circuitos den-tro do concelho de Fafe, conforme as con-cessões que detêm e a sua área de influên-cia, os operadores comprometem-se aindaa criar um «Circuito Integrador de Redes deFafe», cujo percurso tem lugar no perímetrourbano da cidade de Fafe, criando um sis-tema de transportes unificado. Desta forma,pretende-se aumentar a oferta disponível nocentro da cidade e responder às necessi-dades de mobilidade dos vários estratospopulacionais.O novo sistema de transportes entrará emvigor a 1 de Dezembro deste ano e garanti-rá a frequência de transportes de e para acidade a cada meia hora ou, pelo menos, acada hora, durante a semana e ao Sábado.Este sistema de transportes vai cobrir todasas áreas da cidade e todos os estratospopulacionais, em especial a população es-colar e os idosos.No que diz respeito ao transporte de alunos

> > > > >para as escolas, os operadores responsa-bilizam-se pela criação de um passe deno-minado «Estudante Município de Fafe», vá-lido durante todo o ano e em todo o territóriodo Município de Fafe. A aquisição do passedará ao aluno o direito de realizar um nú-mero ilimitado de viagens dentro da cidadee em qualquer das carreiras dos operado-res subscritores do protocolo (Arriva, Auto-Mondinense, Auto Viação Landim eTransdev), independentemente da origemdo passe.O passe do aluno será adquirido por 40 eurosmensais e emitido pelo operador que sirva oaluno no seu trajecto casa/escola, após a re-quisição da Câmara Municipal. No mesmocircuito integrador, serão criados ainda doispercursos de Verão (Julho e Agosto), um comdestino à Barragem de Queimadela e outrocom destino ao Parque Aquático de Fafe.Para a população com mais de 65 anos, opasse chamar-se-à «Passe Sénior Feliz-Fafe» e poderá ser adquirido por 30 eurosmensais. No entanto, se forem portadoresdo «Cartão do Idoso» emitido pela CâmaraMunicipal de Fafe terão o preço especialde 15 euros por mês. Também neste caso, oidoso terá direito a realizar um número ilimi-tado de viagens dentro da cidade e em qual-quer das carreiras.

>>> reportagem

Para criar «Rede Integradora de Transportes Públicos de Fafe»Novo sistema de transportes entrará em vigor a 1 de Dezembro

Arriva colabora comMunicípio de Fafe

Marco António Lindo

Nº 010 >>> 2008 2008 2008 2008 2008 | OUTUBRO | NOVEMBRO >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| 5

>>> reportagem

No passado dia 11 de Setembro, uma comi-tiva de individualidades representantes daparticipação no projecto Estrada com Vida,deslocou-se a Ponte de Lima onde decorreum projecto idêntico de educação viáriapara alunos da escolas do Concelho.Em Ponte de Lima este projecto é o resul-tante da combinação de esforços entre aEdilidade e a Brisa. Foi chamado de “Pri-meiro a segurança” e destina-se aos alu-nos do 1º Ciclo.Criou-se um elemento lúdico para desper-tar maior interesse por parte das criançasque é o «Brisinha». O «Brisinha» acompa-nha em cada visita os jovens estudantesacompanhando-os em cada passo da“aula”.

Estrada com vida

Há exercícios dirigidos a alunos do 1º e 2ºanos, do 2º e 3º e do 3º e 4º anos, sendo asua aplicação mediante o grau de desen-volvimento.Os exercícios são feitos com o apoio de ummanual que fornece informações e ideiasespecíficas que levam ao desenvolvimentoda noção de comportamento na via públi-ca, bem como os leva ao contacto práticocom sinalética. Noções muito claras sobreo que fazer em caso de avaria ou acidentena estrada, bem como as formas legais deproceder nesses casos são cuidadosamen-te explicados.Fundamentalmente esta é mais uma inicia-tiva que leva a desenvolver conceitos cla-ros sobre segurança rodoviária.

em troca de experiências

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Marco António Lindo

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O dia 6 de Novembro foi o último dia em quetivemos o Sr. Manuel da Silva Meneses aconduzir um autocarro.Depois de 36 anos de serviço, primeiro naEmpresa Abílio da Costa Moreira esubsequentemente na ARRIVA, chegouagora o tempo para a merecida reforma.Fica aqui a homenagem a este colaboradorque sai da escala de serviço mas que semantém sempre como colega.

Tal como tinha acontecido noano passado, a Arriva Portugalvoltou agora a reforçar a suafrota, este ano com uma novasérie de autocarros Mercedes.Estes autocarros vieram refor-çar a frota destinada ao alu-guer, no entanto, também éhabitual fazerem serviço regu-lar em carreiras onde, devidoàs suas qualidades, se têmmostrado muito populares.Segundo a opinião de algunsclientes “o piso interior maisbaixo e o conforto do assen-tos” são os elementos de mai-or realce.

Novos autocarros em serviçoForam bem acolhidos por clientes

>>> reportagem

O Sr. Menesesvai encostar o 267pela última vez

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Nº 010 >>> 2008 2008 2008 2008 2008 | OUTUBRO | NOVEMBRO >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| >>> P| 7

Jaime Cortesão, filho daecologista Maria JudithZuzarte Cortesão e dofilósofo António Augusto,nasceu em Ançã,Cantanhede, a 29 de Abrilde 1884. Esta ilustrepresença intelectual, delugar proeminente na culturahistórica e política do seutempo, foi poeta, dramaturgo,ficcionista, pedagogo, político,historiador mas, na realidade, foiMedicina que estudou.Frequentou vários e diferentescursos entre Lisboa, Coimbra e Porto,acabando por ser na “Invicta” queterminou Medicina. Percorreu todo oPaís e estudou em vários locais, apenaspor “fome de mais”, febre de ir mais além,não por indecisão. Exerceu o seu cursodurante pouco tempo pois desejavaconcretizar todas as suas “ambições deartista”.É em 1910 que escreve o seu primeirolivro «A Morte da Águia». Em 1912 iniciou«Renascença Portuguesa», que publicavao boletim «A Vida Portuguesa».Entre estes dois anos, começa a dar aulasno Porto, até 1915. Tem um importantepapel quando, neste ano, é eleito deputa-do e defende a participação de Portugalna I Guerra Mundial onde participou como

>>> literatura

Jaime Cortesãona Batalhade La Lys9 de Abril de 1918

Oitenta anos depois, algo quequase todos esquecem e em

que Jaime Cortesão partici-pou. Jaime Cortesão era

médico e à época estavabaseado bem próximo de La

Lys. Nas suas memórias daGrande Guerra pode ler-se a

determinado passo...

“... como a tarde cai rapidamente e já seouvem as granadas de pequeno calibre,prenúncio de que a batalha se avizinha, eos automóveis carregam para ali novasde horror e faces de tragédia, o clamor, aangústia, o redemoinhar precipito da tur-ba decuplicou.Mais um automóvel com feridos.São os homens patilhados da brigada doMinho. O capitão Franco esfarrapado, co-xeando, cor de cera; o tenente Branco coma cara e as mãos queimadas, em carneviva, e outros, outros ainda. Dentro do au-tomóvel, em viagem, um estilhaço veiomatar um dos feridos.Encontro-me com o Frazão. Temos quesair quanto antes. A noite e os bochesestão perto. Os corações das gentes ba-tem com o ritmo espantosa da tragédia.Algumas levas abalaram já e a estas ho-ras seguem pelas estradas. Conto-lhe doLeote. Temos que ir lá, e vamos os doisfalar-lhe. Ele sabe já. Mas os ecos surdosou violentos das explosões incessantes,o receio de ficar para ali abandonado ousepulto em escombros, na noite e na ca-tástrofe, acendeu-lhe o desejo de vivernuma fogueira de aflição.”

Aproximava-se a pior noite da PrimeiraGrande Guerra. Os homens do Minho, bemcomo outros da brigada a que pertenci-am, deveriam ter sido rendidos por Esco-ceses no dia anterior, mas a dificuldadedas comunicações atrasou a rendição.Infelicidade marcante que foi aquela ba-talha. Desde esse momento, felizmente abem do bom censo, nunca mais morreutanta gente do Minho, gente portuguesa,em algum conflito.

Jaime Cortesão

capitão-médicovoluntário do Corpo Expedicionário. Maistarde, Jaime Cortesão escreve tambémuma obra sobre as memórias destaexperiência.Ao longo da sua vida, publica váriasobras, escreve vários livros e participa naformação de algumas revistas, tornando-se, portanto, em 1919, director da Bibliote-ca Nacional de Portugal.Em meados da década de 20, participanuma tentativa de derrube da ditaduramilitar portuguesa, presidindo a JuntaRevolucionária estabelecida no Porto e,por esse mesmo motivo, é demitido do seucargo da Biblioteca Nacional, em 1927.

Exila-se em França até1940, ano em que o País

é invadido pela Alemanha,consequência da II Guerra

Mundial. Neste ano retira-se, comdestino ao Brasil… apesar da sua

detenção em Portugal, País pelo qualpassou a caminho da sua fixação. Mais

tarde, já no Brasil, no Rio de Janeiro,dedica-se ao ensino universitário, especi-aliza-se na História dos DescobrimentosPortugueses e na Formação Territorial doBrasil e lança um livro sobre estatemática. Anos mais tarde até foi a seucargo que ficou a organização da come-moração do 4º ano de fundação dacidade.Volta a Portugal em 1957, reiniciando asua luta cívica pelo restabelecimento nalegalidade democráticaA 14 de Agosto de 1960, Jaime Cortesãofalece deixando uma marca de umhomem que lutou até onde pôde pelassuas crenças, que procurou ser mais emelhor para o bem da população, pelaevolução do seu País.

Mafalda Raínho

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>>> música

A ARCA promove em Guimarães, no dia 27de Dezembro, um concerto com do músicoMickael Carreira, com a finalidade de an-gariar fundos para a construção da Crechee do Lar de Idosos.Apesar do enorme o investimento, a Direc-ção da ARCA resolveu apadrinhar a ideiacom o sentido de oferecer um bom espec-táculo a todos os fãs e simpatizantes docantor.Os bilhetes já estão em muitos pontos devenda e custam entre 10 e 15 euros. A obrafoi já iniciada Agosto deste ano e o investi-mento da ARCA ronda os 700.000,00 euros,o seu término está previsto para finais de2010.A ARCA vai disponibilizar Autocarros paraos mais entusiastas do Mickael Carreiradesde: Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Bas-to, Mondim de Basto, Celorico de Basto eRibeira de Pena.Como é hábito, também a Arriva dá a contri-buição possível publicitando a iniciativa nosseus autocarros e instalações.Este concerto marca, também para o can-tor, o encerramento da tournée 2008.Este será, segundo a organização, “um con-certo absolutamente bombástico, a não per-der!”

Mickael Carreira regressa a Guimarãespara concerto de beneficência

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>>> música

Organizado pela Tempo Livre e produzidopela Oficina da Ilusão, o espectáculo junta-rá em palco cerca de 120 músicos que in-terpretarão os êxitos dos GNR com arranjose versões surpreendentes.O grupo de Rui Reininho e a banda dirigidapelo Maestro Tenente-Coronel JacintoMontezo aliarão o pop-rock dos GNR à tra-dição secular da Banda Sinfónica da Guar-da Nacional Republicana.Os bilhetes para o imperdível concerto es-tão à venda no Multiusos de Guimarães ena loja virtual do site www.tempolivre.pt,custando 10 e 15 euros, respectivamente,para a plateia (em pé) e para as bancadas(lugares sentados, não marcados).Os portadores do Cartão Jovem Municipalde Guimarães beneficiam de um descontode 10%.A conjugação do baixo-bateria-guitarra dosGNR com as tubas, trombones, trompete,harpa, contrabaixos, violoncelos e clarine-tes da banda, dão vida nova a temas de sem-pre dos GNR: “Dunas”; “Efectivamente”;“Pronúncia do Norte”; “Popless”; “Asas”;“Bellevue”; “Sexta-Feira”; “Vídeo Maria”;entre muitos outros.Os temas dos GNR sofreram arranjos de cin-co conceituados músicos: Mário Laginha,Vasco Azevedo, Pedro Moreira, Filipe Meloe Hugo Novo.Num concerto de memórias, que atraves-sam muitas gerações, o grupo de RuiReininho, Tóli César Machado e JorgeRomão - mais de 25 anos depois da polémi-ca que rodeou a utilização do nome «GNR»pela Grupo Novo Rock - juntam-se à con-ceituada banda sinfónica para um concer-to histórico na Cidade-Berço.A Banda Sinfónica da Guarda Nacional Re-publicana será dirigida pelo Maestro Tenen-te Coronel Jacinto Montezo e o Grupo NovoRock estará em palco com Rui Reininho(voz), Tóli César Machado (guitarra), JorgeRomão (baixo), Hugo Novo (teclas), AndrewThorens (guitarra), Ruca (bateria).

Multiusos de GuimarãesMultiusos de GuimarãesMultiusos de GuimarãesMultiusos de GuimarãesMultiusos de GuimarãesInaugurado no dia 17 de Novembro de 2001,o Multiusos de Guimarães, pela sua versati-lidade e qualidade, tem acolhido inúmerose importantes eventos, contribuindo para odesenvolvimento e afirmação da Cidade deGuimarães, declarada Património Culturalda Humanidade pela UNESCO em 2001 enomeada Capital Europeia da Cultura em2012.Em sete anos de actividade, passaram peloMultiusos de Guimarães cerca de 1,7 mi-lhões de pessoas que participaram em mais400 eventos aí realizados.A polivalência do Multiusos de Guimarãespermite-lhe acolher grandes competiçõesdesportivas, congressos, feiras, exposições,

concertos musicais e outros espectáculose iniciativas.Um concerto de Gal Costa com DoriCaymmi e Manel d’Oliveira, principiou agrande lista de concertos já realizados noMultiusos de Guimarães, nos quais se des-tacam os de Bryan Adams, Scorpions,Roberto Carlos, Joaquin Cortés,Madredeus, Carlos do Carmo, Dulce Pon-tes, Xutos e Pontapés, Rui Veloso, PedroAbrunhosa, Tony Carreira, Mickael Carrei-ra, Jorge Palma, André Sardet, João PedroPais, Adriana Calcanhotto, Martinho da Vilae Daniela Mercury.Noutro segmento, foram promovidas no es-paço vimaranense as Comemorações Ofi-ciais do Dia de Portugal, o Pelé Football Park,

o Welcome Park Uefa Euro 2004, o espec-táculo Noddy e a Pista de Gelo. No segmen-to das feiras, o Multiusos é regularmentepalco do Mercado de Stocks,ExpoGuimarães, Feira da Pequenada, Fei-ra de Artesanato, ExpoCasamento eExpoTuning.Ao nível desportivo, o Multiusos recebeu oCampeonato do Mundo de Andebol, LigaMundial de Voleibol, Mundial de FreestyleIndoor – Supercross, Mundial de Enduro,Final Four da Liga dos Campeões Europeus,Taça Latina em Hóquei em Patins, TopTeams Cup (Voleibol), Torneio RTP(Andebol), Campeonato Europeu de Bas-quetebol Universitário e Convenção Ibéri-ca de Fitness, entre outros.

Concerto únicono aniversário do Multiusos de Guimarães

7º Aniversário do Multiusos vai serassinalado, no dia 15 de Novembro, comconcerto do Grupo Novo Rock (GNR) e a

Banda Sinfónica da Guarda NacionalRepublicana. Os bilhetes já estão à venda.

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>>> crítica musicalMónica Lindo

Vicious Five

Já ouviram? Ups... Pois é! Uma treta comer-cial e ainda por cima são portugueses! Nãonão pessoal; estão enganados. Nada co-mercial; som do coração!A banda é composta pelo vocalista JoaquimAlbergaria, os guitarristas Bruno Cardoso eEdgar Leito, o baixista Rui Mata e o bateristaPaulo Segadães.A banda tem editados até ao momento trêsálbuns. The Electric Chants of theDisenchanted e Up On The Walls, foram osprimeiros, aos quais se seguiu recentementeo Sounds Like Trouble.Realmente Sounds Like Trouble assentaque nem uma luva. As vossas mães e osvizinhos vão-vos arranjar sarilho se vocêsnão baixam o volume.Mas para se conhecer por alto estes Vicioushá que voltar um pouco atrás. Curtamosentão.A banda tem atitude entre o punk e o rock ehá quem os classifique hardcore. O JoaquimAlbergaria tem uma força em palco de partircompletamente. É que, desculpa querido,mas pronto, olhas para o espelho e não eraisso que esperavas de ti.Há uns tempos li de alguém que escreviasobre ele que, quem o viu ao vivo, de certe-za reparou no sempre entusiasta vocalista.Não há quem para o homem. O primeiro dis-co dos The Vicious Five chama-se Up OnThe Walls, foi um documento pós-punk comtempero rock. Faz-me lembrar umas cenasperdidas no vinil dos anos oitenta.Os Vicious são uma curte. Eles ensinam-

nos a respeitar uma banda antes de a ouvir.São uma banda a abrir com um balançomuito potente.A primeira vez que os ouvi, juro, disse paramim, este puto vai dizer olá mamã que touaqui.A sua ascendência do hardcore, se for tãoreal como alguns afirmam, pode justificar aatitude menos conformista.Eu sei que é estranho mas o Bill Alley quan-do escreveu o Rock Arroud the Clock, que-ria escrever uma música que não fosse pas-sível de dançar. Se não for assim, escrevamao meu Papzz e chamem-lhe nomes que foiele que me contou a cena. Ouvir Vicious epensar em dançar obriga a uma análiseintrospectiva; serei mesmo capaz de dan-çar?Kool; yes! É claro que sim. É tudo uma ques-tão de espírito e vontade.No meio disto é inesperado encontrar umabanda como os Vicious editada pela LoopRecords, uma editora da área do hip-hop,mas que entretanto editou bandas comoCamarão ou Mecanosphere. Tá-se bem.Se há Vicious para o futuro? Acho que sim.Afinal no Festival Sudoeste do ano passa-do, quando o entusiasmo e cansaço tavamno topo (no último dia) estes rapazes, des-conhecidos para a maioria, tiveram ummontalhão de people a segui-los.Um conselho que vos dou pessoal, em vezde tarem aqui a perder tempo a ler vão à netver onde é o próximo concerto deles e fi-quem Vicious dos Five.

Vicious FiveVicious FiveVicious FiveVicious FiveVicious FiveRecomendam ao people para ouvir rockportuguês.

Loosers; Dead Combo; Day of the Dead;Gala Drop; Caveira; Linda Martini;Bunnyranch;D3ö; Wraygunn; DanceDamage; Stealing Orchestra.

... EU ainda recomendo mais:... EU ainda recomendo mais:... EU ainda recomendo mais:... EU ainda recomendo mais:... EU ainda recomendo mais:

Alison Bentley; Forgotten Suns; TheTemple; Twenty Inch Burial e OneHundred Steps, sobre os quais vou es-crever na próxima edição do Muzik byMe... OHSteps, yes pliz.

Falar de Vicious Five ao fim de cincoanos é uma necessidade

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>>> musik by Mok’zzMónica Lindo

Estava muito bem a ver se conseguia des-cansar quando me vi forçada a não ador-mecer uma vez mais.Pois o meu primeiro contacto com os YSGAfoi no Festival Sudoeste de 2005.Para o meu pai tudo isto é altamente porquealém de eu estar a falar de uma banda queele curte, ficou a saber que eu afinal nãofiquei a dormir na casa da Susana.Bem, voltemos à banda. A primeira vez queme lembro de ouvir falar deles foi por causade terem sido finalistas do Garage Sessionsda TMN, de onde trouxeram uma mençãohonrosa.No fim de Maio de 2006, o álbum Debut saie começa a ouvir-se na rádio, em especialno Portugália na Antena 3.

Salta à vista, ou ao ouvido, o facto da monta-gem ter sido feita pelo Howie Weinberg. Seforem ver aos vossos CD’s dos SamshingPumpkins, Franz Ferdinand ou dos velhinhosClash, ele anda lá no meio dos outros nomes.Se isto pode ser uma vantagem, nem sem-pre o será. A banda depois de ouvida commais cuidado não se mostra extraordinária.Acredito que as influências introduzidaspelo Weinberg acabam por ser excessivas,dando uma sonoridade muito à FranzFerdinand. Por vezes fica-se entre o Punk eo Pop.Uma nota para o facto de o segundo singledo álbum, Wake Up Song, realizado peloMiguel Rocha, ter ganho o prémio de Me-lhor Vídeo de Ficção no Festival Internacio-

You Should Go Ahead

BANDABANDABANDABANDABANDATHE SUBMARINETHE SUBMARINETHE SUBMARINETHE SUBMARINETHE SUBMARINE

Uma Banda de Vila Nova de Famalicão, araquem goste de tudo o que fique entre o Soule o Acid Punk.

Elementos:Elementos:Elementos:Elementos:Elementos: Jorge Humberto, voz; Luís Ri-beiro, teclas; Filipe Oliveira, guitarras; Pau-lo Capela, bateria e percussão; César Car-doso, baixo.

Discografia:World Flavors. 2002[OK]. 2003Offline. 2003. Colectane FNACSpaces&Places. 2004The Yellow Album. 2006. SingleThe Next Album. 2006Novo Rock Português. 2007. Colectânea

BAR COM MÚSICABAR COM MÚSICABAR COM MÚSICABAR COM MÚSICABAR COM MÚSICAN 1 0 1N 1 0 1N 1 0 1N 1 0 1N 1 0 1

Fica nas Taipas, à saída da Estrada Nacio-nal 101, a caminho de Braga.Muito som; absolutamente!Afirma-se como referência como bar con-certo alternativo na zona norte do País. Po-dem afirmá-lo à vontade. Vale muito a pena.Para o justificar aqui ficam alguns dos queeste ano por lá passaram: Alison Bentley;BiarooZ; Bunnyranch; Chemical Wire;Classified; Dead Combo; Feromona; Guizo;Hipnótica; Holly Llama; Les Triple; Loto;Mantra; Million Dolar Lips; Pornography;Rendimento Mínimo; Slimmy; Smartini;Submarine; Supreme Soul; The Guys Fromthe Caravan; The Weatherman; ou TiagoBettencourt.

nal do Vídeo Musical de 2007, na Póvoa deVarzim.Participam no festival Lisboa Soundz, e sãoseleccionados para participar no maior fes-tival de música do mundo, South BySouthwest (nos Estados Unidos), onde par-ticiparam nomes como Bloc Party, Interpolou The Stooges.Entretanto, já em 2008, lançam EmotionalCocktail. Rave Party Machine é o tema deapresentação deste novo CD que vem defi-nitivamente mais forte. Há realmente umavanço, embora que ligeiro, que acaba pornão decepcionar quem esperava ansiosa-mente por este novo trabalho.Espero bem que o pessoal não abrande nemdesista.

You Should Go Ahead? Estesfestivais dão cabo de mim...

Deep disgrace!

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Marco António Lindo

>>> reportagem

O Museu Marítimode Ílhavo

O Museu está dividido em três sectores cadaum deles apresentando colecções especi-ficas. São respectivamente dedicadas àpesca à linha do bacalhau, à etnografia daria de Aveiro e uma colecção de arte. Estasrefletem as questões abordadas entre o Sé-culo XIX e a actualidade.A seguir descrevem-se as colecções segun-do as informações dadas pelo próprio Mu-seu.

PESCA DO BACALHAU: COLECÇÃOPESCA DO BACALHAU: COLECÇÃOPESCA DO BACALHAU: COLECÇÃOPESCA DO BACALHAU: COLECÇÃOPESCA DO BACALHAU: COLECÇÃOA colecção da faina do bacalhau possuicomo ícone um iate bacalhoeiro cortado ameia água (pelo convés) de dois mastrosconstituído e representado com todas assuas componentes: a gaiúta, albói da câ-mara e rabada, meias laranjas da câmara erancho, escotilha do porão, o parque depesca e as imprescindíveis pilhas de dóris.A diversidade desta colecção elucida o vi-sitante sobre a pesca à linha do bacalhau.Composta por “objectos reais” da pesca àlinha, como a zagaia, a nepa, a linha de trol,o corno ou o búzio, entre outros. Para alémdestes objectos esta colecção inclui no seuacervo algumas embarcações utilizadas napesca – os dóris e baleeiras -, bem comomoldes e ferramentas da construção naval,e todos os outros objectos que fazem parteda memória desta faina.Relacionado com a pesca à linha do baca-lhau possui este Museu uma notável colec-ção de instrumentos de navegação antigae moderna onde se destaca uma bússolamarítima portuguesa de finais do Século XIX,os agulhões dos dóris – utilizados na pescaà linha do bacalhau – e as bitáculas de na-vios. Para além destes, a colecção contem-pla alguns exemplares de sextantes, oitantes

Apresenta aos visitantes umsignificativo espólio de materiaisfundamentalmente associados à

pesca na Ria de Aveiro e à faina dobacalhau.

e aparelhos azimutais utilizados na nave-gação nos inícios do Século XX.Referente à navegação moderna a colec-ção do Museu inclui alguns exemplares desondas, radares, inclinómetros, axiómetrosde giro-piloto, anemómetros e rádio-goniómetro entre outros de grande impor-tância.

RIA DE AVEIRO: COLECÇÃO DERIA DE AVEIRO: COLECÇÃO DERIA DE AVEIRO: COLECÇÃO DERIA DE AVEIRO: COLECÇÃO DERIA DE AVEIRO: COLECÇÃO DEETNOGRAFIAETNOGRAFIAETNOGRAFIAETNOGRAFIAETNOGRAFIAAs artes de pesca da ria de Aveiro sãoevocadas numa vasta colecção compostapelas embarcações típicas da ria de Aveiro,em tamanho real: o moliceiro, o mercantel,a bateira erveira de Canelas, a bateiracaçadeira de pesca, a bateira patacha, abateira chincha ou de bicas, a bateira matolae a embarcação de recreio “Vouga”. Algu-mas destas embarcações encontram-sedevidamente documentada na vertente daconstrução naval com a identificação dosmoldes e ferramentas utilizadas no desem-penho desse ofício.A etnografia da ria de Aveiro é riquíssima eencontramo-la nas representações pictóricasdas proas de moliceiros, nas siglas dos mes-tres construtores, ou mesmo nos apetrechosque cada uma das artes de pesca apresenta.

COLECÇÃO DE ARTECOLECÇÃO DE ARTECOLECÇÃO DE ARTECOLECÇÃO DE ARTECOLECÇÃO DE ARTEPinturaPinturaPinturaPinturaPinturaNeste Museu existe, igualmente, uma co-lecção de pintura a óleo e a aguarela demeados do Século XX com exemplares deFausto Sampaio, Sousa Lopes, CândidoTeles, João Carlos Celestino Gomes, Eduar-do Malta e Alberto Souza, D. Carlos deBragança, Palmiro Peixe e António Victorino,entre outros. Na sua maioria, os trabalhos

abordam a temática da ria de Aveiro e dassuas fainas agro-marítimas.Para além dos exemplares a óleo ou agua-rela, esta colecção possui um conjunto con-siderável de zincogravuras de autoria deJoão Carlos Celestino Gomes.

DesenhoDesenhoDesenhoDesenhoDesenho :::::A colecção de desenho do Museu Marítimode Ílhavo integra trabalhos de João CarlosCelestino Gomes e de Arthur Guimarãesincidindo em temáticas relacionadas coma Ria de Aveiro.

EsculturaEsculturaEsculturaEsculturaEscultura :::::Na escultura relevam os trabalhos de RaúlXavier, Cândido Teles e de João CarlosCelestino Gomes. Destacam-se os traba-lhos em gesso e em cerâmica.

Cerâmica:Cerâmica:Cerâmica:Cerâmica:Cerâmica:Quanto à cerâmica, esta colecção é com-posta por novecentos exemplares de por-celana da Fábrica de Vista Alegre, entre osquais se destaca o valioso conjunto dospaliteiros e uma chávena em pó-de-pedrapolicromada, datada de finais do Século XIX.

Artes Decorativas:Artes Decorativas:Artes Decorativas:Artes Decorativas:Artes Decorativas:Entre as artes decorativas destacam-se ostrabalhos de azulejaria local e de faiança,ambas de finais do Século XIX.

Colecção de Malacologia:Colecção de Malacologia:Colecção de Malacologia:Colecção de Malacologia:Colecção de Malacologia:Para além destas colecções o Museu Maríti-mo de Ílhavo possui a maior colecção deconchas do país oferecida nos anos sessen-ta por Pierre Delpeut, bem como uma colec-ção de algas marinhas colhidas e tratadaspor Américo Teles, fundador do museu.

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>>> reportagem

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Quer anunciarQuer anunciarQuer anunciarQuer anunciarQuer anunciarneste jorneste jorneste jorneste jorneste jornal?nal?nal?nal?nal?

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Nos anos oitenta surgiram restrições à pes-ca em águas exteriores que resultaram naredução da frota e no abate de boa partedela. O Santo André não escapou à ten-dência. A 21 de Agosto de 1997 foi des-mantelado. O armador do navio, Antóniodo Lago Cerqueira, Ldª e a Câmara Muni-cipal de Ílhavo decidiram por mútuo acor-do transformar o velho Santo André em na-vio-museu. Convertido em museu, inaugu-rado a 23 de Agosto de 2001, o Santo Andréiniciou um novo ciclo da sua vida: mostraraos presentes e vindouros como foram aspescarias do arrasto do bacalhau; honrara memória de todos os seus tripulantes du-rante meio século de actividade.Entre os meses de Outubro e Dezembrode 2006 o navio-museu encerrou para sesubmeter a trabalhos de remodelação erenovação de conteúdos, reabrindo a 13

O Navio MuseuSanto André

Este arrastão lateralfoi construído em

1948, na Holanda,por encomenda daEmpresa de Pescade Aveiro. Era um

navio moderno, com71,40 metros de

comprimento e porãopara vinte mil quintais

de peixe.

de Janeiro de 2007. Considerando o ex-traordinário êxito dos primeiros cinco anosde vida do Santo André como navio-mu-seu, durante os quais ultrapassou os 100mil visitantes, e as excelentes possibilida-des que oferece como unidadepatrimonial capaz de articular consumosculturais e turismo, após o cumprimentodeste plano de recuperação o navio-mu-seu iniciou um novo ciclo da sua existên-cia que se pretende sustentável e sempredinâmica. Tal como os homens do marsentem e acreditam, também os naviostêm vida e que merecem preservá-la por-quanto arquivam estórias e história, me-mórias e identidades.Está disponível para ser apreciado e visita-do no Cais n.º 10 na ria de Aveiro no Portode Pesca Bacalhoeiro, na Gafanha daNazaré.

Álvaro Garrido é Licenciado em História pelaFaculdade de Letras da Universidade deCoimbra, Mestre em História Contemporâ-nea de Portugal pela mesma Faculdade eDoutorado em Economia (especialidade deEstruturas Sociais da Economia e HistóriaEconómica), pela Faculdade de Economiada Universidade de Coimbra.Depois de in-gressar na Faculdade de Economia da Uni-versidade de Coimbra (FEUC), a 1 de Setem-bro de 1995, tem centrado o seu projecto deinvestigação na História Económica e Soci-al do Século XX, em concreto, no estudo dasinstituições públicas e corporativas deregulação do sector das pescas durante osalazarismo.Foi Professor de História dosEnsinos Básico e Secundário entre 1991 e1995 e orientador de estágios do Ramo deFormação Educacional da Licenciatura emHistória, da Faculdade de Letras da Univer-sidade de Coimbra (anos lectivos de 1993-94 e 1994-1995).Iniciou a actividade docen-te no Ensino Superior, em 1995, na Faculda-de de Economia da Universidade de Coimbra,onde é hoje professor auxiliar e coordena-dor do grupo de História Económica.Na FEUCleccionou e lecciona as disciplinas de Eco-nomia e Sociedade Portuguesa, História Eco-nómica e Social, História da Política ExternaPortuguesa, História das Relações Interna-cionais I e II e Sociologia Histórica.É autor devários livros e artigos em revistas científicas,e participou em várias obras científicas edicionários.Desde 6 de Janeiro de 2003 queé o Director do Museu Marítimo de Ílhavo.Foi o vencedor do Prémio de História Con-temporânea Victor de Sá, edição de 1995,com o trabalho «O Movimento AssociativoEstudantil nos Inícios de Sessenta», prémioque distingue o melhor trabalho académiconacional de jovens historiadores; e recebeuo Prémio de História Alberto Sampaio, em

2004, com o trabalho «Abastecimentos ePoder no Salazarismo – O BacalhauCorporativo (1934-1967)», que distingue amelhor dissertação em História Contempo-rânea, a nível nacional, entregue pelo presi-dente da Câmara Municipal de Vila Nova deFamalicão, Armindo Costa. A entrega dogalardão decorreu durante a XVI Feira do Li-vro de Vila Nova de Famalicão contando naaltura com a presença, entre outros, do por-ta-voz do júri do Prémio Alberto Sampaio,Norberto Cunha, e de representantes daCâmara Municipal de Guimarães e da famí-lia de Alberto Sampaio.Na sua intervenção, Armindo Costa saudoua iniciativa, “que congrega a vontade e osinteresses dos municípios de Guimarães eVila Nova de Famalicão e da consagradainstituição cultural vimaranense, a Socieda-de Martins Sarmento, em torno da personali-dade do insigne investigador AlbertoSampaio”. E acrescentou que “ninguém me-lhor que a figura de Alberto Sampaio paradar nome a um prémio com uma raiz regio-nal e não meramente municipal, como seriamais fácil e é usual encontrar-se”.Dirigindo-se ao Professor Álvaro Garrido, oautarca famalicense salientou a importânciado estudo «Abastecimentos e Poder noSalazarismo. O Bacalhau Corporativo (1934-1967)» e realçou a fundamentação dada pelojúri na hora de atribuir o prémio a Álvaro Gar-rido: “a originalidade temática, o rigor das fon-tes, a sólida fundamentação e umametodologia ajustada a umainterdisciplinaridade, que permitiu uma cone-xão entre os planos económico, social, políti-co e ideológico, que faz dela um importantecontributo para a compreensão, quer do ma-logro da Primeira República, quer de aspec-tos inexplorados das bases de caracteriza-ção e sustentação popular do Estado Novo.”

Álvaro Garrido

Já lá vão cinco anos mas mantém-seactual referir que o actual Director do

Museu Marítimo de Ílhavo recebeu em2003 o Prémio Alberto Sampaio.

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>>> passeio

Viana do Castelo

Viana do Castelo situa-se no Distrito como mesmo nome e integra-se na sub regiãoMinho – Lima.Como município tem cerca de 83 mil ha-bitantes, vivendo cerca de 37 mil na cida-de própriamente dita. A cidade é limitadaa norte pelo município de Caminha, a les-te por Ponte de Lima, a sul por Barcelos eEsposende e a oeste tem litoral no Ocea-no Atlântico.As suas origens são anteriores ao Cristia-nismo o que se comprova com a existên-cia de ruínas de um castro no alto da coli-na de Santa Luzia.Recebeu o seu primeiro foral do Rei Afon-so III de Portugal, em 1258, e o nome deViana da Foz do Lima, em razão da sualocalização geográfica.Em 1848 foi elevada a cidade por decretode Dona Maria II, tendo visto então a suadesignação alterada para Viana do Cas-telo.Recomendamos a visita aos seguintes lo-cais: Chafariz da Praça da Rainha; Igrejade Santa Luzia; Forte de Santiago da Bar-ra; Castelo de Portuzelo e o Convento deSão Francisco do Monte. O Elevador deSanta Luzia também merece não só a visi-ta como a utilização. É uma forma diferen-te de subir a colina para ir a Santa Luzia.Lá no cimo e antes de conseguir chegar àIgreja pode sempre comprar uma recor-dação típica, embora que os preços vari-em facilmente conforme dia, hora, quanti-dade de clientes ou habilidade comercialdos próprios vendedores.A Ponte Eiffel fala por si. Recentementerestaurada é também a passagem para oCabedelo. Para os mais resistentes e por-que o passeio vale a pena, aconselha-se

uma ida pela ponte e depois fazer o cami-nho pela costa do rio até à Praia doCabedelo. Para regressar há sempre, dehora a hora, os barcos da Empresa IrmãosPortela que ligam a praia à cidade.Outra curiosidade, que hoje é do conhe-cimento a nível nacional, é o PrédioCoutinho, um prédio situado em Viana doCastelo, construído na segunda metadeda década de 1970 no terreno onde tinhafuncionado até aí o mercado municipal.Em 1972 o Sr. Coutinho, que era à épocaemigrante, decidiu comprar o terreno econstruiu o edifício o que desde logo sus-citou alguma polémica. A primeira tentati-va de demolição acontece logo em 1975.O que o futuro reserva não se sabe mas,mesmo assim, o prédio tornou-se umaatracção turística.Ao falar de Viana não se pode deixar defazer uma referência aos Estaleiros Navaisde Viana do Castelo (ENVC). A sua criaçãoremonta a Junho de 1944, por incentivo doGoverno, que pretendia um desenvolvi-mento e modernização da frota de pescaportuguesa de longo alcance. Os primei-ros sócios foram técnicos de construçãonaval do Porto de Lisboa associados aempresas do ramo da pesca do bacalhau.Os ENVC começaram pois por se dedicaressencialmente à construção de navios depesca de longo curso. Posteriormente oseu leque de construções foi-se alargan-do para navios de outro tipo, incluindo des-de ferry-boats a navios de guerra. Em 1975os estaleiros foram nacionalizados, pas-sando a ser uma empresa pública. Em1991, os ENVC são transformados em so-ciedade anónima, mas mantendo-se o Es-tado como seu principal accionista.

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>>> passeio

Antes de falar sobre a praia, que é linda,vale a pena uma abordagem ao nome dapessoas que mais recentemente tem leva-do o Cabedelo a ser conhecido mundial-mente pelos apreciadores de uma modali-dade da qual é o maior expoente nacional.

João Fontaínhas nasceu em Esposende, em6 de Agosto de 1979, e desde muito cedosentiu uma atracção muito especial pelomar.Em 1994 foi campeão nacional deBodyboard na classe de juvenis. Entretantodesenvolveu as suas capacidades a um ní-vel que constatou não haver quem lhe des-se luta. Perdeu a piada. Acabou por desco-brir então o Kite. Em 2006 e 2007 foi quemficou mais tempo no ar e ainda se consa-grou Campeão Nacional em Freestyle eOpen.Abriu, entretanto, na Praia do Cabedelo umaescola de Kite que é uma referencia a nívelnacional.Deseja lançar já em 2009 a Fontaínhas Cup.João Fontaínhas é, assim, o grande promo-tor de uma modalidade encantadora que sepode apreciar num local encantador: Praiado Cabedelo.

Cabedelo: Kitesurf é aqui!

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>>> passeio

“JUNTOS, FAZEMOS AS MARCAS QUE AS PESSOAS ADORAM BEBER”

É A VISÃO DA SOCIEDADE CENTRAL DE CERVEJAS E BEBIDAS.

O MUSEUO MUSEUO MUSEUO MUSEUO MUSEUDesde que o Navio Gil Eannes foi colo-cado em exposição na antiga doca co-mercial de Viana do Castelo, a Funda-ção Gil Eannes, tem tido como objectivotransformar o Gil Eannes num espaçomuseológico, contribuindo deste modopara o desenvolvimento cultural, turísti-co e científico especialmente em áreasrelacionadas com o mar. Assim, ao longodestes anos várias obras de reabilitaçãoe restauro têm sido feitas, proporcionan-do aos visitantes o contacto com os di-versos espaços e adquirindo um poucoda história que têm para contar.Nada melhor para falar sobre o navio queler as próprias informações cedidas pelaFundação Gil Eannes.

HISTÓRIA DO NAHISTÓRIA DO NAHISTÓRIA DO NAHISTÓRIA DO NAHISTÓRIA DO NAVIOVIOVIOVIOVIOA história do Gil Eannes é, como a do Gon-çalo da Ilustre Casa de Ramires, uma boafatia da história de Portugal mas vista deViana do Castelo.Tudo começou com um povo de marinhei-ros que se habituou, desde que D. Dinisfez um tratado com o rei Inglaterra, a co-mer e a gostar de bacalhau. Ora, como oconsumo crescia, houve um vianense

que resolveu procurar noutras paragenso poiso do “fiel amigo”. E, com a desco-berta de Fagundes, que assim se cha-mava o ousado vianense, o “amigo” tor-nou a sua presença ainda mais “fiel” ànossa mesa. Mas os portugueses anda-vam agora ocupados com os açúcares,a Guerra da Restauração, o ouro e os di-amantes, com as Índias, as Áfricas e osBrasis...Quando isto falhou, passaram a vender ochamado “vinho fino” e Madeira... E, secontinuavam a comer bacalhau, era à“pérfida AIbion” que o compravam.Até que, na reconstrução nacional porque em boa parte passou o fim do SéculoXIX, surgiram capitalistas suficientemen-te empreendedores para armar naviosdestinados a pescar aquilo que se tomouum hábito alimentar insubstituível dosportugueses. O que também tornara o in-vestimento por demais seguro: a mão-de-obra era barata e o consumo garantido.Mas também as condições de trabalhoeram péssimas (diríamos hoje desuma-nas). Pobres e mal alimentados, supor-tando um frio glacial a bordo dos lugres edos dóris, os homens padeciam de doen-ças dos aparelhos digestivo e respirató-

rio, furunculoses e reumatismo. Como asafra era de cinco meses, os homens,além da falta de carinho das famílias, su-portavam a doença meses a fio. E, se so-brevinha uma apendicite ou um acidentecardio-vascular... Tantos lá ficaram nomar frio onde tinham ido granjear o sus-tento dos filhos!Mas, entretanto, fez-se a República e ospolíticos passaram a lutar afanosamentepelo reconhecimento das monarquiaseuropeias; mas nem sequer tinham con-seguido cá dentro uma estabilidade queos recomendasse. Surge entretanto aGrande Guerra. E Afonso Costa e Nortonde Matos, e todos dum modo geral, an-seiam, diligenciam, pedem para entrar naguerra ao lado do Reino Unido, da Repú-blica Francesa, e do Império Russo, con-tra o II Reich e o Império o Austro-Húnga-ro: assim, a par, como um aliado ou uminimigo de respeito. E a oportunidade sur-giu em 1916, quando os Aliados se en-contravam em dificuldades e solicitaramo apoio português. O Governo mandoulogo, a 23 de Fevereiro, apressar todosos navios alemães surtos no Tejo. E é aquique começa a primeira parte da históriado Gil Eannes.

O VELHO GIL EANNES O VELHO GIL EANNES O VELHO GIL EANNES O VELHO GIL EANNES O VELHO GIL EANNESChamava-se Lahneck e pertencia à com-panhia alemã “Deutsche DampfschiffartsGeselIschaft Hansa”. Tinha a capacidadepara 2000 toneladas de carga e para na-vegar a 10 a 11 nós, media 84.79 m decomprimento e dispunha de um potentemotor de 2000 hp. Foi um dos navios ale-mães requisitados pelo Governo em 23 deFevereiro, em consequência do que a Ale-manha nos declarou guerra a 9 de Março.Dias depois, era rebaptizado. Foi-lhe pos-to o nome dum daqueles homens que re-volucionaram a história e que só sabemosque era algarvio e se chamava Gil Eanes.Mas foi ele que, numa simples barca, ou-sou desafiar os medos medievais e pas-sar além do Bojador. E, do lugar aonde“passou além da dor” como diz o Poeta,apareceu ao Infante, não com uma espa-da sangrando nem com um grupo de cati-vos, mas com um ramo de flores, que osportugueses dedicaram à Padroeira deÁfrica e se ficaram chamando “rosas deSanta Maria”. Foi “Gil Eannes” que estealemão aportuguesado se passou agoraa chamar.Serviu inicialmente para transporte de tro-pas para a Guerra que o fez português; foi

Navio Museu

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>>> passeio

depois fretado para os Transportes Maríti-mos, tendo servido na carreira dos Açores.Decidiram mais tarde adaptá-lo a navio deassistência à pesca nos bancos da TerraNova. Na Holanda recebeu as modificaçõesnecessárias, e a 16 de Maio de 1927 partia,enfim, para a Terra Nova, donde regressavaa Lisboa em 14 de Novembro.Estávamos, porém, já sob novo regime: o daRevolução do 28 de Maio, donde sairia oEstado Novo. Ora, não obstante a situaçãode infra-humanidade em que viviam e tra-balhavam os nossos pescadores nos ban-cos da Terra Nova, as prioridades eram ou-tras. E o Gil Eannes foi empregue no trans-porte de presos. Só em 1937 voltava a partirpara a Terra Nova.Mas a situação dos nossos pescadores eraaflitiva. As doenças e mortes pairavamcomo mal permanente. Os portugueseseram até, por isso, alvo das maiores aten-ções por parte da população de St. John’s edos pescadores esquimós que nutriam pe-los nossos compatriotas uma grande soli-dariedade, em grande parte por compaixão.Ao mesmo tempo, o regime apoiava os ar-madores no sentido de incrementar a pes-ca do bacalhau nos bancos da Terra Novae já também da Gronelândia, a fim de nostomar pelo menos auto-suficientes num pro-duto de intensa procura no espectro do con-sumo nacional. Foi então que o Gil Eannes,integrado na Marinha de Guerra, passou adar apoio regular aos nossos pescadoresdo bacalhau, até 1941. Foi, depois disso,desarmado, em 1942, data em que foi en-tregue à Sociedade Nacional de Armado-res do Bacalhau, a cujo serviço efectuou27 viagens, 14 das quais de comércio eassistência. Quando a prestava, fornecia ànossa frota bacalhoeira água, óleo, carvão,isco, sal e alimentos. Possuía a bordo umserviço médico, transportava correio e ex-pedia e recebia telegramas.Entretanto, com a viragem do meio século,Portugal beneficiava da crise das economi-as europeias do após-guerra e, muito em-bora não tenha entrado na II Guerra Mundi-al, também beneficiava dos subsídios para

sentante do seu maior accionista.

O NAO NAO NAO NAO NAVIO HOSPITVIO HOSPITVIO HOSPITVIO HOSPITVIO HOSPITALALALALAL“MISERICÓRDIA DO MAR”“MISERICÓRDIA DO MAR”“MISERICÓRDIA DO MAR”“MISERICÓRDIA DO MAR”“MISERICÓRDIA DO MAR”E foi também então que começou a segun-da parte da história do nosso navio. Era ago-ra um robusto navio hospital de 2274 tdw,98.450 m de comprimento, 5.490 m de ca-lado, velocidade de 12.5 nós e capacidadepara 72 tripulantes, 6 passageiros e 74 do-entes. E, o que era uma inovação na época,dispunha de câmaras frigorificas para for-necimento de alimentos frescos. Com efei-to, todos sabemos, e Os Lusíadas disso fa-zem um eco dramático, que a sua falta écausa directa do escorbuto, doença de quesofria a “frota branca” dos nossos lugresveleiros da Terra Nova. Uma das missõesdo velho Gil tinha sido, por isso, a de adqui-rir animais em terra para abate destinadoao consumo alimentar. Com tantos bois,porcos e galinhas a bordo, chamava-lhe ohumor dos nossos pescadores a “Arca deNoé”. Agora, com os meios de frio de queeste novo navio era dotado, podia havercarne fresca diariamente e sem dependên-cia directa de terra. Foi a obra n.º 15 dosestaleiros vianenses, entregue em 1955 aoGrémio dos Armadores de Navios da Pescado Bacalhau.A vida a bordo era difícil. Os momentos delazer, nas poucas horas que sobravam en-tre o sono, a pesca e o amanho do baca-lhau, passavam-se vendo filmes e jogandocartas. Uma rara distracção era uma visitaa St. John’s, onde as populaçõesterranovenses continuavam a acarinharestes sacrificados do mar que eram os nos-sos pescadores. Mas agora a frota dispu-nha dum capelão para assistência religio-sa, um desabafo humano, ou para dirimirpequenos conflitos. É o que, em primeiraanálise, podemos colher de dois diários de

bordo do capelão que mão amiga me fezchegar à mesa de trabalho. Também delespoderemos respigar, quando se lhes fizeruma edição crítica, casos de contrabando,as boas relações com os esquimós, e tam-bém o afundamento de navios para benefi-ciar do seguro, e tantos casos humanos, que,por o serem, têm sempre o anverso do sa-crifício e da abnegação, e escondem porvezes um reverso menos de louvar.Nos bancos da Terra Nova, o Gil Eannes,além das funções de navio hospital que lhemereceu a alcunha de “Misericórdia doMar”, distribuía correio, procedia a abaste-cimentos em víveres, combustível, apetre-chos de pesca e isco, foi rebocador, salva-vidas e quebra gelo: quando um dóri ficavaencalhado no gelo, o Gil ia ao local, que-brando o gelo com o seu casco de aço, eabria o sulco de retomo ao barco sinistrado(...) desempenhou, naturalmente, também asfunções de navio capitania, na tradição das“Naus Capitainas” de quinhentos.Mas ao fim de vinte anos de trabalho, o Gilficou velhinho. Velhinho e gasto. Ainda pôdever com alegria o restabelecimento da de-mocracia que o seu antecessor conhece-ra. Só que, com as novas condiçõessurgidas, também agora se regressava aosistema de consumir bacalhau comprado,à Islândia e à Noruega (...), sabemos que asua última viagem à Terra Nova foi em 1973.Mas neste ano fez uma viagem diplomáticaao Brasil. Depois, o Gil deixou de ser útil.Ainda foi à Noruega para de lá trazer baca-lhau fresco nas suas instalações de frio etrouxe refugiados de Angola. Mas, depois,foi sendo empurrado, como um fardo inútil,de cais para cais lisboeta, até se anichar noCais da Rocha, donde o venderam paraabate à empresa Baptista & Irmãos, Lda. É aAlhos Vedros que o vamos buscar para otratar e reabilitar.

reconstrução nacional e entrava naO.C.D.E. Ora, o regime, pela via corporativa,desenvolvia uma política social de assis-tência voltada para os problemas dos tra-balhadores e orientando-se pela doutrinasocial da Igreja que dizia professar.Foi por isso que, por esforços conjugadosdo Ministério da Marinha e do Grémio dosArmadores dos Navios da Pesca do Baca-lhau, se decidiu substituir o velho GilEannes, ronceiro, esclerosado e semprevestido de empréstimo nas roupas de naviode assistência, por um navio hospital dota-do de outros meios, inclusivamente médi-cos, de assistência, com enfermarias, salade tratamentos, gabinete de radiologia, blo-co operatório, capela, e até salas de lazer,para prestar uma assistência médica com-patível com a dignidade humana dos nos-sos pescadores do bacalhau.Integra-se também nesta onda de recupe-ração nacional o desenvolvimento dos Es-taleiros Navais de Viana do Castelo. Surgi-ram eles da conjugação de dois factores: aexistência em Viana do Castelo dum portode mar moderno e desaproveitado e o dina-mismo da Empresa de Pesca de Viana, fun-dada em 1925, que soube capitalizar emseu proveito uma tradição local ligada a al-gumas pequenas empresas que remonta-vam ao princípio do nosso século. Tinha elaarmado já alguns navios que construiu fora.E foi a visão empresarial de João AlvesCerqueira que resolveu fundar uns estalei-ros, com vista ao aproveitamento do portovianense e duma mão de obra que, por bi-sonha, teria de ser necessariamente bara-ta. O corpo social da empresa era, por isso,em grande parte integrado por técnicos daC.U.F. Mas, construídos os primeiros arras-tões, novas encomendas não surgiam, e oserros de gestão acumulavam-se, tendo fi-cado proverbial como sinónimo de gastosnão orçamentados a “Obra 10”. Foi entãoque Jacques de Lacerda, à data adminis-trador da Parry & Son e muito bem relacio-nado com o então Ministro da Marinha, pas-sou a gerir, a partir de 1950, os EstaleirosNavais de Viana do Castelo, como repre-

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Maria Helena Duarte

>>> vinhos

Enoturismo

Reencontrar os sentidosna região dos Vinhos VerdesA Região Demarcada dos Vinhos Verdes comemorourecentemente os seus 100 Anos de existência. Enada melhor do que estar numa fase de excepcionalcrescimento. Basta olhar para os números: o anopassado, as vendas dos vinhos verdes aumentaramcerca de 13%, tendo sido comercializados mais de65 milhões de litros. com cerca de 35 mil produtorese 30 mil hectares de vinha, a Região Demarcada dosVinhos Verdes é uma das maiores regiõesvitivinícolas da Europa.

Se gosta de ousar, então atreva-se! Propomos-lheum fim-de-semana nesta Região Demarcada ao en-contro dos Vinhos Verdes, seus aromas e sabores,das paisagens verdejantes, do vasto património, dasiguarias gastronómicas, das gentes em toda a suasimpatia e bem receber. Vai descobrir um PortugalVínico cheio de história e tradição, mas também dejuventude e inovação. Junte um grupo de amigos eparta à descoberta de um Minho diferente, aproveitee compre uma garrafinhas para o bacalhau do Natal.

FUNDAÇÃO EÇA DE QUEIROZFUNDAÇÃO EÇA DE QUEIROZFUNDAÇÃO EÇA DE QUEIROZFUNDAÇÃO EÇA DE QUEIROZFUNDAÇÃO EÇA DE QUEIROZPossui uma forte componente museológica, preserva o es-pólio do escritor e mantém vivo o cenário que Eça conhe-ceu, do modo a que o visitante se sinta transportado à épo-ca em que o romance tem lugar. Tem visitas guiadas, dor-midas nas casas de Turismo Rural (Casa do Silvério e Casado Lúcio), espaço para eventos, e poderá adquirir produtosda Quinta e o vinho Tormes aqui produzido.

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QUINTQUINTQUINTQUINTQUINTA DO CONVENTOA DO CONVENTOA DO CONVENTOA DO CONVENTOA DO CONVENTODA FRANQUEIRADA FRANQUEIRADA FRANQUEIRADA FRANQUEIRADA FRANQUEIRAFoi construída em 1560 com as pedras do castelo histórico

de Faria, um mosteiro Franciscano. No local existia a “Fon-

te da Vida”. Em 1965 uma família inglesa comprou e restau-

rou a casa, convertida agora num confortável solar de Tu-

rismo de Habitação. Este espaço é composto por um terra-

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cercado de espaço verde, criando uma atmosfera de paz e

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Maria Helena Duarte

O arroz é o fruto em grão da planta do arroz«Oryza Sativa», uma herbácea anual da fa-mília das gramíneas. É amplamente cultiva-do em todo o mundo, nas regiões mais pan-tanosas de clima temperado, ou quente ehúmido.O arroz é, depois do trigo, o cereal mais cul-tivado no mundo e um dos mais antigos.Pensa-se que tenha sido no sul da Índia edepois na China que o arroz começou a serproduzido, mas também há vestígios no valede Yang Tsé Kiang, que remontam a cercade 3 a 4 mil anos a.C., propagando-se portodo o sudeste asiático, sendo muito difícilindicar com precisão o inicio do cultivo noMundo.Reza a história que Alexandre Magno teveum papel preponderante na introdução doarroz nos hábitos de alimentação dos euro-peus. No entanto e com mais exactidão, aexpansão do cultivo do arroz deve-se aosárabes que, no século IV a.C. o introduzi-ram no Egipto, e depois na costa norte deÁfrica, chegando finalmente à baciamediterrânica.Chega à Europa tardiamente e só muito de-pois se transforma na base alimentar daspopulações como sucedera com a batatae, antes dela, com a castanha e a bolota.Facto justificado por se tratar de um cerealmuito exigente quer devido às condiçõesclimatéricas necessárias ao seu desenvol-vimento, quer às características dos solosonde tem de ser cultivado, bem como o fac-

to de requerer um conhecimento e uma sa-bedoria, da arte, paciência e dedicação,tempos e ritmos próprios, enfim, um proces-so onde cada etapa requer um cuidado euma atenção minuciosa.No século XV já a Itália e a França eramprimorosos cultivadores, com a descobertado caminho marítimo para a Índia, os portu-gueses perderam-se de amores pelos pre-ciosos grãos e levaram-nos pelos sítios poronde iam passando: África ocidental, Amé-rica do Sul e, principalmente, Brasil.Em Portugal as evidências do cultivo de ar-roz estão presentes em documentos da épo-ca do reinado de D. Dinis (1279-1325). Nes-ses tempos, o arroz era apenas destinado àmesa dos ricos. A expansão da cultura tevelugar por volta de 1909, após a elaboraçãodas regras de preparação dos terrenos e degestão da água (rega e drenagem), assim secomeçaram a cultivar diferentes variedadesde arroz. Em 1933 foi criada a Comissão Re-guladora do Comércio do Arroz. O aumentoda produtividade foi conseguida com a aju-da dos trabalhos de melhoramento de varie-dades desenvolvidas pela Estação Agronó-mica Nacional desde 1941.A cultura deste cereal veio trazer rentabili-dade às extensas terras alagadas e panta-nosas de três zonas primordiais para o seucultivo: a norte do Mondego; na zona daLezíria do Tejo, no centro do país; e no Sul,na Lezíria do Sado. O arroz é uma culturaaquática, nasce e cresce dentro de água.

Portugal produz cerca de 150 mil tonela-das, contribuindo para os 560 milhões detoneladas produzidas no Mundo. A título decuriosidade, a China é o maior produtor comcerca de 200 milhões de toneladas e aTailândia o maior exportador.Nos nossos dias o arroz produz-se um pou-co por todo o Mundo, quer em terrenos hú-midos como secos, assim como nas selvastropicais de África, nas zonas costeiras enas montanhas do Himalaia e até nos ári-dos desertos do Médio Oriente.Além de ser um alimento, o arroz e os seusderivados podem ser utilizados no fabricode palha, cordas, papel, cerveja, cosméti-cos e até dentífricos.

AS VAS VAS VAS VAS VARIEDADESARIEDADESARIEDADESARIEDADESARIEDADESSão largos os milhares de variedades pro-duzidas no Mundo, não havendo dados con-cretos, mas entre todas há, no entanto, duasqualidades fundamentais pelas quais os po-demos agrupar.

Arrozes IndicasArrozes IndicasArrozes IndicasArrozes IndicasArrozes IndicasOu arroz agulha, como é tradicionalmenteconhecido, de grãos estreitos e compridos,pobres em amido, ideais para receitas emque o arroz se queira bem solto. Devido àscondições climáticas é pouco produzido emPortugal, sendo oriundo principalmente dasCaraíbas e Estados Unidos da América. Énesta classe de arroz que se enquadra o«Arroz Basmati», considerado por muitos

Agrada universalmente aospaladares mais exigentes. Prima

pela versatilidade que faz deleum alimento recorrente em todas

as culturas, conferindo a maisvariada confecção de pratos ereceitas nas cozinhas de todo

mundo. Sabores e aromasmágicos que marcam a nossa

vida... Quem não se recorda docheiro a arroz doce na infância?

A magia do arroz

>>> sabores

como “o príncipe dos arrozes”, pelo seu gos-to e aroma únicos, fruto do microclima dazona dos Himalaias onde é produzido, bemcomo o perfumado «Thai» proveniente doVietname e da Tailândia.

Arrozes JapónicasArrozes JapónicasArrozes JapónicasArrozes JapónicasArrozes JapónicasOu arroz carolino, de grãos estreitos ouoblongos, rico em amido, com tendênciapara colar durante a cozedura, o que dá aconsistência cremosa indispensável parao sucesso de risottos (arborio, carnolli evialone), do sushi e sobremesas. Este é omais consumido em Portugal, sendo igual-mente cultivado em Itália, França e Grécia.Importante referir que os vários tipos de ar-roz podem apresentar-se sob a forma poli-da de cor branca (branqueado depois dedescascado, para eliminar a farinha ade-rente aos grãos) ou integral (que contémparte dos resíduos da casca), este últimotem sido alvo de uma crescente procuradevido à preocupação com uma alimenta-ção saudável.

CULCULCULCULCULTIVO E TRANSFORMAÇÃOTIVO E TRANSFORMAÇÃOTIVO E TRANSFORMAÇÃOTIVO E TRANSFORMAÇÃOTIVO E TRANSFORMAÇÃOA cultura do arroz exige a reunião de trêsfactores essenciais – luz, água e calor. Aplanta exige calor para amadurecer, numquadro climático quente e húmido. Embo-ra não seja uma planta aquática, exige con-dições de alagamento que, sem oartificialismo da rega, só é possível em ter-renos submetidos a cheias. As principais

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Por cada pessoa deve ser usada 1 medidade arroz (50gr) e 0,75dl de caldo (carne,legumes, ervas aromáticas).1. Refogue a cebola em azeite;2. Adicione o arroz e frite ligeiramente;3. Adicione o caldo e rectifique o sal,quando começar a ferver tape, coloque olume no minimo e deixe cozer durante 15minutos, sem destapar.4. Depois mexa com um garfo e sirva. Oseu arroz solto está pronto a saborear.

PREPARAÇÃO:Faça o arroz doce com 100ml de água, 100g de arroz, 1casca de limão e 1 pau de canela. Quando o arroz já estivercozido junte o açúcar a gosto e 100ml de leite, por fim junte1 gema sem deixar ferver. Encha as formas e leve um poucoao frio. Descasque 2 pêras e corte-as aos gomos, em lumebrando derreta 75g de manteiga com 150g de açúcar e dei-xe ganhar cor, coloque as pêras e deixe cozinhar durante 2minutos. Noutro tacho ponha 200ml de Vinho do Porto com100g de açúcar para fazer a redução.

EMPRATAMENTO:Ao centro do prato coloque o arroz doce, polvilhe com açú-car em pó e canela em pó a gosto de forma a fazer um risco.Ao lado do arroz coloque a pêra confitada, pegue na redu-ção de Vinho do Porto e faça 4 ou 5 pingos. Coloque emcima do arroz o crocante de frutos secos (que pode comprarnuma loja gourmet) e enfeite com hortelã.

Chef Marco GomesRestaurante Foz Velha, Porto

> > > > >LISTA DE COMPRAS

ÁguaArrozLeite

PêrasVinho do Porto

AçúcarOvos

ManteigaPau de canela

LimãoAçúcar em póCanela em pó

HortelãCrocante de frutos secos Gelado de

tangerina

ARROZ DOCE COM PÊRA E VINHO DO PORTO

ARROZ SOLTO PASSO-A-PASSO Lista de Compras: Azeite; 1 Cebola; Arroz (agulha ou vaporizado); Caldo aromático; Sal.

operações de ordenamento do arrozal são:divisão em folhas e canteiros; onivelamento; a organização dos acessose a rede de rega e drenagem. Após estasoperações procede-se à preparação doterreno através das cavas e lavouras,gradagens, alagamento, nivelamento da su-perfície, baldeação e rebaixa. A sementei-ra é realizada de acordo com as caracte-rísticas do solo, o tipo de sementeira, a qua-lidade do grão e as condiçõesclimatéricas. Antes da ceifa e debulha háoperações de manutenção do arrozalcomo a retancha (repovoamento de novasplantas) e a monda (arranque de ervasinfestantes).Para que uma planta de arrozalcance a maturidade são necessários en-tre 3 a 6 meses, o que depende da varieda-de e do local em que está cultivado. Quan-do os campos estão maduros, são colhi-dos e entregues para um processo de se-

cagem comum e armazenagem homogé-nea, capazes de garantir uma conserva-ção em condições óptimas que determinauma longevidade muito superior à épocadas ceifas. A disponibilidade do produtoaliada à qualidade invulgar deste arrozacentua a sua valorização no mercado.

VVVVVANTANTANTANTANTAGENS NA SAÚDEAGENS NA SAÚDEAGENS NA SAÚDEAGENS NA SAÚDEAGENS NA SAÚDEBago a bago, o arroz vai fornecendo nutri-entes, autênticas fontes de energia, indis-pensáveis ao bom funcionamento do corpohumano. Composto por 0,6% de gorduras,7% de proteínas, 80% de hidratos de carbo-no e aproximadamente 12% de água, temquantidades apreciáveis de vitamina B1, B2e niacina assim como fósforo e potássio.Na prática, pelo processamento tecnológico(refinação), perde-se cerca de 50% do seuteor em minerais e 85% do teor vitamínico(vitaminas complexo B), ficando assim um

alimento essencialmente energético. Oamido é o principal componente do arroz,constituindo 70 a 80%.O seu consumo regular é importante na pre-venção de algumas patologias como a do-ença cardiovascular e hipercolesterolemia,pelo seu baixo teor em sódio e por substituiroutros alimentos com teores de gordurasaturada muito superiores como purés oubatatas fritas. A casca do arroz, para alémdos seus componentes fibrosos, contémfitosteróis, com capacidade evidente de re-duzir os níveis de colesterol sanguíneo. Ébenéfico para recuperar a mucosa intesti-nal após alterações da mesma (diarreias egastrenterites). É um dos cereais que podeser consumido por doentes celíacos (into-lerantes ao glúten), já que não contémglúten. É um dos alimentos de eleição emsituações de grande desgaste físico, devi-do ao seu elevado teor energético.

COMO COMPRAR E CONSERCOMO COMPRAR E CONSERCOMO COMPRAR E CONSERCOMO COMPRAR E CONSERCOMO COMPRAR E CONSERVVVVVARARARARARNo momento de compra, deve verificar oaspecto geral do grão, forma e tamanho,assim como ao seu grau de limpeza, asse-gurando-se que os grãos não têm gretasnem estão escurecidos ou partidos. Nãose esqueça de verificar o prazo de valida-de. Adquira o tipo de arroz mais correctopara o prato que está a pensar preparar.Após abrir a embalagem deve guardar oarroz num recipiente herméticamente fe-chado, em lugar fresco e seco. Não guar-de por mais de um ano, com excepção doarroz integral, que tem uma vida mais cur-ta, cerca de 6 meses em embalagem fe-chada.Após ser cozinhado pode congelar, maslembre-se sempre de o fazer após ter arre-fecido para a temperatura ambiente.

In revista Cuisine Passion-Paixão pela Cozinha

>>> sabores

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Havia um rei mouro que tinha duas filhasgémeas lindíssimas, Salúquia e Zaida.Iguais até mais não. O rei, pai delas, não asdistinguia por mais esforços que fizesse.Um dia, elas chegaram à conclusão queera monótono para elas próprias terem asvozes iguais, pois pareciam ouvir-se emvez de ouvir a outra. E passaram a falar sóo indispensável entre si.Noutra vez, estavam à varanda do palácioe um cavaleiro cristão apaixonou-se porelas. Só não sabia qual das duas queria.Elas despediram-no logo que viram quemera. Mas ele conseguiu entrar no palácioe dizer ao rei o que queria. O mouro cor-reu com ele, mas o cristão arranjou ma-

A maldição de ObeidaláSanto Tirso

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Liberta Ribeiro

>>> lendas

Na antiga vila de Salas, situada no MonteCórdova, vivia o conde Guterres Árias e suabela e jovem esposa Aldara. Para que fos-sem felizes, necessitavam de um filho, masdemorava demasiadamente. Os condesandavam tristes e, um dia, a condessa teveuma conversa com a sua aia, que criara omarido. As duas amigas entraram no tema ea velha Sancha começou a mostrar-se maisevasiva do que nunca. Aldara apertou comela, que acabou por lhe falar da maldiçãode Obeidalá. A condessa não compreendiacomo é que ela e o conde, dois jovens, for-tes e saudáveis, não conseguiam ter um fi-lho. Relutante, Sancha acabou por explicarque maldição era aquela.“Na verdade, o senhor conde nunca ligounada a esta maldição. Não acredita, maspadeceis disso mesmo. Há muitos anos, veiode Toledo para este Monte Córdova um ca-valeiro mouro chamado Obeidalá. Traziauma mensagem do seu rei para o pai dovosso marido. Mas como amava muito amulher, decidiu que o acompanhasse, mas

disfarçada de homem e fingindo que emu-decera. Pois os mouros pernoitaram no cas-telo. Então, eu brincava com o meu menino,o conde Guterres, no corredor, quando aliapareceram o tal mouro e um tio do meninoesgrimindo as suas espadas. No momentoem que o tio ia dar uma cutilada mortal aObeidalá, surgiu outro mouro que se meteuentre ambos, recebendo o golpe fatal. En-tão, Obeidalá pôde matar o tio do senhorconde. Mas antes de dar uma punhaladano seu próprio coração, lançou uma maldi-ção às mulheres de Salas: seriam estéreis,sobretudo as Arias”.Escutando isto, Aldara iniciou uma penitên-cia de nove dias, escalando o MonteCórdova. Aflito pela sua ausência tão de-morada, o conde, ouvindo as explicações,aceitou. Pouco tempo depois, a esposaanunciava-lhe que ia ser mãe. Nasceu umrapaz, que se chamou Rosendo e foi Bispoe Santo. E os pais pagaram a promessa peloseu nascimento da construção de umcenóbio beneditino lá no alto.

QUAL A ORIGEM DO NOME CALDELAS?neira de ir ter à sala das princesas decla-rando-se. Foi corrido outra vez. Arranjouuma força e atacou o palácio, intimando orei a render-se ou dar-lhe uma das filhas.O mouro troçou dele. À força, o cavaleirocristão conseguiu entrar e matar toda agente, até as filhas do mouro.Desesperado, o cavaleiro cristão, vendo-as mortas, sentiu aquilo como castigo pornão ter sabido escolher. E continuamenteperguntava às paredes do palácio arrui-nado: “Meu Deus, qual delas? Qual de-las?”.E ficou a terra a chamar-se Caldelas. Di-zem que ainda há vestígios do palácio dasgémeas.

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Mário Sénico, em 1975, aguarda em Lisboa pela hora de seguir para a próxima viagem.

São muitos os relatos de quem passou umavida agarrado ao volante de um autocarro.De alguns desses homens, que chegarama fazer dez viagens seguidas, entre Lisboae Paris, ou Lyon, com pouca cama e muitotrabalho, aqui ficam algumas dessas histó-rias. São histórias de tempos em que eraassim. Algo absolutamente impensável hojeem dia em que se prima pela segurança.

“Um dia vínhamos em vazio de Lyon. Aindanão havia auto-estradas na região deToulouse. Já de madrugada parámos paradescansar um pouco, encostando à beirada estrada. Assim que o sol nasceu o cole-ga pega no carro e arranca. Era a sua pri-meira viagem. Passados muitos quilómetroslevantei-me e ao olhar para as placas é quereparei que estávamos novamente a andara caminho de Lyon.”

Mário Sénico

“Uma noite nos Pirinéus, com o 301, quan-do regressávamos de Paris, o João Sol Pos-to estava com tanto sono que a subir metiatravões a fundo. Lá íamos todos acordandode quando em vez, claro. Era uma vida demalucos...”

Mário Sénico

“No Natal de 1970 passei duas noites nomeio da neve, atolado, em plenos Pirinéus.Uma delas foi a própria noite de Natal. Aconsoada foi a bordo do autocarro 404, que

Histórias da TransulNas carreiras de França

Com o apoio

vinha cheio. Comemos e bebemos, cantá-mos e chorámos. Eu sei lá. Esta malta hojenão sabe o que era a vida difícil!”

Mário Sénico

“Com a neve a cair desde Paris, de noite, aatravessar os Pirinéus, tinha de sair do car-ro de vez em quando para, com um ramo depinheiro, voltar a pôr os limpa pára-brisas afuncionar. Não tinham força e paravam. Aoamanhecer quando passei Vitória tive queparar. No tejadilho, por cima da bagagem, aneve e o gelo já tinham quase um metro dealtura. O carro quase não andava. Era a 424se não estou em erro.”

Carlos Pinheiro

“Um dia, aí pelos anos 70, cheguei aoAlgarve com dois dias de atraso. Os carros,em Agosto, de Portugal para cá eram àscentenas. O chefe em Faro perguntou-meporque é que vinha atrasado. Ele julgavaque era o carro daquele dia.”

Alberto Estopa

“Chegávamos a dormir no bairro de lata dosemigrantes em Champigny. Uma tasca po-bre que tinha quartos e servia refeições.Terminava aí a linha. Quando acabávamosde descarregar era quase tempo de voltarpara Portugal. A carga era mais que muita.Uma vez até trouxe uma motorizada paraTorres Vedras.”

Alberto Estopa

“Uma tarde eu e mais três colegas fomosdestacados para ir a Lisboa, à sede do Cla-ras fazer uma carreira para Paris. Foi poucodepois do Marcelo chegar ao poder. Quan-do desembocámos no Martim Moniz a bi-cha de gente e bagagens vinha desde a

cidade de Liverpool, onde era a garagem,até ali à Praça, mais ou menos onde estavaa Mafrense. Eu fui o carro 170º na chegadaa Paris. Uma loucura. Já passava das 3 damanhã.”

Alberto Estopa

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