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Manual de Manejo de Matrizes 2008 Edição Atualizada

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Manual de Manejo de Matrizes

2008Edição Atualizada

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PREFÁCIO

Manual

O objetivo deste manual é contribuir com informações técnicas ao corpo do-cente de universidades e técnicos de granjas de matrizes que trabalham com a linhagem Ross para obter o mais elevado desempenho de seus lotes. Não pretendemos fornecer informações defi nitivas sobre todos ou cada um dos as-pectos do manejo de matrizes, mas chamar a atenção a respeito dos aspectos importantes que possam afetar o desempenho das aves.

Considerando que as técnicas de manejo contidas neste manual são mais apropriadas para se alcançar um desempenho consistente na manutenção da saúde e bem-estar das aves, e que esta é a melhor informação disponível até o presente momento, o efeito da utilização destas técnicas pode, entretanto, não ser garantido, uma vez que o desempenho pode ser substancialmente afetado por vários fatores.

Desempenho

São muito os fatores que podem afetar o desempenho, tais como o manejo das matrizes, seu estado de saúde, as condições da granja, condições climáticas, entre outros. As metas contidas neste manual indicam os níveis de desempenho que podem ser alcançados sob boas condições ambientais e de manejo.

Variações de desempenho podem ocorrer devido a diversas causas, entre as quais, a forma física, composição, níveis de energia dos alimentos e temperatura ambiente do aviário.

As informações apresentadas neste manual não devem ser consideradas como especifícações e sim “objetivos a alcançar”.

Departamento de Serviços Técnicos - Marketing

Para mais informações sobre como adquirir e manejar matrizes Ross, favor comunicar-se com o Departamento de Serviços Técnicos da Aviagen.

Aviagen do Brasil

Rua Dr. Emílio Ribas, 174 - 4º AndarCEP: 13.025-140 - Campinas, SPFone: (19) 3303 7071Fax: (19) 3303 7080E-mail: [email protected]

Edição: Agosto/2008

Produção e Editoração:

Um Design(19) 3252-2074Campinas - SP

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INTRODUÇÃO

A Aviagen responde pelo produto Ross, seleciona-do para obter tanto nas matrizes quanto nos fran-gos características que atendam às necessidades de diferentes setores, como o dos produtores de pintos de corte, frangos e o dos abatedouros.O genótipo Ross têm sido selecionado para produ-zir a máxima quantidade de pintos viáveis, combi-nando um nível elevado de postura, incubabilidade e fertilidade.Isso, associado à linha macho de rápido crescimento, resulta em um frango de boa efi ciência alimentar, alto rendimento e com qualidade superior para produção de carne.O programa de seleção previlegia as aves mais vigorosas, com pernas fortes e alta resistência do aparelho cardio-vascular.Os frangos são desenvolvidos para ter alto rendi-mento de carcaça, alta produção de carne e um baixo número de carcaças depreciadas.O frango Ross tem um crescimento muito rápido, com conversão alimentar excepcional e um alto rendimento de carne, satisfazendo as necessidades dos produtores que necessitam versatilidade de pro-duto, como frango inteiro, cortes e processados.Neste manual apresentamos um resumo das melhores práticas para o manejo dos lotes de reprodutoras Ross, o qual está direcionado a pro-dutores que necessitem alto número de pintos de corte (sexados) e que atendam a diversos tipos de segmentos com o produto fi nal.As integrações por todo o mundo preferem o frango Ross, pois ele oferece maior valor agregado em todos os aspectos de seus negócios.

COMO USAR ESTE MANUAL

COMO ENCONTRAR UM TÓPICO Nas extremidades do manual aparecem indica-dores impressos que indicam ao leitor a seção e tópico que está lendo. O índice que aparece na página seguinte mostra o título de cada seção e sub-seção.

PONTOS-CHAVE

Em locais apropriados, pontos-chave foram incluídos para dar ênfase aos aspectos importantes do manejo. Eles são evidenciados com um visto azul na margem esquerda do texto.

PONTOS IMPORTANTES FORAM ENFATIZA-DOS COM ESTE SINAL E EM NEGRITO.

OBJETIVOS DE DESEMPENHOOs objetivos de desempenho encontram-se em um encarte anexo a este manual. Desse modo, a sua atualização periódica torna-se possível sem alteração do manual.

ESPECIFICAÇÕES NUTRICIONAISAs especifi cações nutricionais também encontram-se em um encarte anexo a este manual. Desse modo, a sua atualização periódica torna-se possível sem alteração do manual.

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Índice Pág.

Cria 6

Controle de Peso Corporal e Alimentação 11

Medida de Peso Corporal e Uniformidade 12

Controle de Alimentação para Manejo do Peso Corporal 15

Classifi cação para Atingir a Uniformidade das Fêmeas 17

Classifi cação para Atingira Uniformidade dos Machos 19

Manejos Específi cos Requeridos para Machos e Fêmeas 20

Seção 1Recria

0 - 98 dias (0 - 14 semanas)

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Seção 1: Recria 0 a 98 dias (0 a 14 semanas)

CRIA

OBJETIVOS

Assegurar uma progressão de crescimento forte, de um a sete dias, para atingir o peso corporal padrão e assegurar que seja mantida a curva de crescimento contínua até vinte e oito dias (4 semanas).

Conseguir o sucesso do lote a partir do primeiro dia de vida, desenvolver o apetite, promover um bom em-penamento e manter a uniformidade dentro do lote.

PRINCÍPIOS

Fornecer para os pintos temperatura correta, umidade relativa recomendada, ração e água de boa qualidade e densidade apropriada. Os altos níveis de desempenho no período de postura estão na dependência de altos padrões de manejo nos primeiros estágios da vida das aves.

PROCESSAMENTO DOS PINTOS

Os procedimentos realizados no lote, tanto no incubatório quanto na granja nos primeiros dias de vida, têm interferên-cia direta no bem-estar dos pintos. Esses procedimentos incluem corte da crista, corte dos dedos ou da espora dos machos e debicagem de fêmeas e machos. A necessidade de qualquer um desses procedimentos deve ser revisada freqüentemente e estes devem ser específi cos para cada lote.

PROCESSAMENTO DE MACHOS MATRIZES NO INCUBATÓRIO

Para prevenir lesões nas fêmeas durante o acasalamento, recomenda-se a remoção da unha do dedo posterior de cada pé do pinto macho e cauterização da espora no incubatório. O corte da crista não é recomendado. A presença de machos com crista intacta torna a alimentação separada por sexo mais efetiva e mais precoce. Isso também ajudará a manter a fertilidade em lotes mais velhos. As cristas intactas são, contudo, mais susceptíveis a lesões causadas pelo equipa-mento e por brigas.

DEBICAGEM

Normalmente as aves são debicadas entre cinco e sete dias de idade usando-se para tal um debicador de pre-cisão. É recomendável que os pintos estejam confortáveis e sejam alimentados antes da debicagem. A debicagem requer alto nível de habilidade, concentração e precisão e deve ser sempre feita por pessoal treinado. O objetivo deve ser sempre o de remover a mínima quantidade do bico, minimizando o estresse dos pintos. A troca da lâmina do debicador deve ser feita a cada 5.000 pintos.

DEVE-SE TER MUITO CUIDADO PARA A OBTENÇÃO UMA PERFEITA CAUTERIZAÇÃO DURANTE O PROCESSO DE DEBICAGEM, PARA REDUZIR A POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO.

O fornecimento de suplemento vitamínico na água por um breve período, antes e depois da debicagem, ajudará o processo de cicatrização.

É essencial que somente pessoal treinado e equipamento correto sejam empregados na debicagem; e isso deve ser feito sob a orientação de um técnico habilitado.

PREPARO DO AVIÁRIO

Os aviários e equipamentos devem estar limpos, desinfeta-dos e montados em tempo hábil para que as campânulas possam ser ligadas e a temperatura atinja o nível desejável 24 horas antes da chegada dos pintos (veja também Hi-giene e Saúde das Aves, Seção 4, pág. 60). A temperatura deve ser tomada à altura dos pintos. Se o tempo não for sufi ciente para que a temperatura do piso atinja a tempe-ratura do aviário, há o perigo de os pintos passarem frio. O comportamento dos pintos é o mais importante indicador de temperatura. O responsável pelo manejo (tratador) tem que estar atento às mudanças no comportamento dos pintos.

Cama nova deve ser colocada numa espessura de 10 cm, exceto se a alimentação no chão for praticada. Nesse caso, a espessura da cama não deve ultrapassar 4 cm. O excesso de cama pode criar um problema de afundamento levando alguns pintos a enterrarem-se na mesma.

A única iluminação artifi cial necessária no aviário será a do local dos círculos, que podem ser de 4 a 5 m de diâmetro para 1.500 pintos. A luz artifi cial deve ser brilhante de 80 - 100 lux. O restante do aviário pode estar escurecido ou fracamente iluminado. A área iluminada do aviário deve ser aumentada na proporção da área ocupada. Para as primeiras 48 horas, a iluminação deve ser contínua, dependendo da condição e comportamento dos pintos. Em seguida um programa de iluminação designado para controlar o desenvolvimento físico e maturidade do lote deve ser adotado. (Veja Iluminação, seção 4, pág 49)

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0 a 98 dias (0 a 14 semanas) Seção 1: Recria

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0 a 98 dias (0 a 14 semanas) Seção 1: Recria

PREPARO DA ÁREA DE CRIA

A localização da área de cria (círculo de proteção) no centro do aviário facilita uma distribuição uniforme dos pintos. Esse princípio se aplica a sistemas de aquecimento com campânulas ou aquecimento central. O desenho de um típico círculo de proteção para 1.000 pintos com 1 dia de idade é mostrado no Diagrama 1. A montagem dos círculos deve ser planejada de forma que pintos obtidos de lotes de avós de diferentes idades sejam alojados se-paradamente. Pintos produzidos por lotes de avós jovens terão maior oportunidade de atingir o peso médio do lote se mantidos separados nos primeiros 14 - 21 dias (2 - 3 semanas). Recomenda-se, nessa época, destinar áreas para se fazer a classifi cação (seleção) das aves.

Logo após sua chegada os pintos devem ser imediatamente distribuídos nos círculos de proteção. Nunca se deve colocar todos os pintos dentro de um mesmo círculo. As caixas de pintos vazias devem ser removidas do aviário e destruídas o mais rápido possível. Deve-se tomar muito cuidado para que um número igual de pintos seja distribuído em cada círculo.

Na chegada à granja, os pintos necessitam de água e ração fresca. Deve-se permitir um período de adaptação de no máximo 1 - 2 horas após o alojamento dos pintos e, en-tão, estes devem ser alimentados. A quantidade de ração fornecida diariamente deve ser o sufi ciente para consumo em um dia, de modo a se evitar problemas associados à ração envelhecida. Pequenas quantidades de alimento devem ser fornecidas freqüentemente (isto é, 5 - 6 vezes por dia) para estimular o consumo.

Quando os círculos forem sendo abertos, o restante da iluminação artifi cial deverá ser ligada para acompanhar estas novas áreas.

TEMPERATURA DURANTE A CRIA

O ambiente do aviário deve ter a mesma temperatura dos círculos 24 horas antes da chegada dos pintos.

CRIA EM SISTEMA DE AQUECIMENTO COM CÍRCULOS DE PROTEÇÃO A temperatura inicial sob as campânulas deve ser de 29 - 31ºC. Depois disso, a temperatura sob as campâ-nulas deve ser reduzida em média de 0,2 - 0,3ºC por dia (Veja tabela 1).

A temperatura inicial do aviário deve ser de 25 - 27ºC e deve ser reduzida em linha com a temperatura da cam-pânula até atingir a temperatura fi nal do aviário de 20 - 22ºC aos 24 - 27 dias. O diagrama 2 ilustra o gradiente de temperatura em um aviário com campânulas.

O comportamento dos pintos deve ser contínua e cuidadosa-mente observado durante todo o período de cria, porque ele é o melhor indicador da temperatura correta (Veja Diagrama 3). Termômetros devem ser colocados na altura dos pintos por todo o aviário. A distribuição irregular dos pintos dentro dos círculos é um indicador de temperaturas incorretas.

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Seção 1: Recria 0 a 98 dias (0 a 14 semanas)

Círculos de proteção devem ser usados para controlar a movimentação dos pintos. A área dos círculos deve ser gradativamente aumentada a partir de 3 dias de idade até 5 - 7 dias, quando os círculos devem ser removidos.

CRIA EM SISTEMA DE AQUECIMENTO CENTRAL OU TÚNEL

Nos casos em que o sistema de aquecimento central ou túnel é utilizado, a temperatura inicial de cria à altura dos pintos deve ser de 29 - 31ºC. A temperatura do aviário deve ser reduzida gradativamente, em resposta ao com-portamento e condições das aves, até atingir a temperatura estável de 21ºC, aos 24 dias (Veja Tabela 1).

Neste sistema é mais difícil usar o comportamento dos pintos como um indicador de conforto térmico, em função de que não se têm pontos de aquecimento defi nidos. Freqüentemente o barulho feito pelas aves pode ser a única indicação de estresse. Os pintos, dada a oportu-nidade, aglomerar-se-ão em áreas onde a temperatura é mais próxima de seu requerimento. Alguns cuidados são necessários na interpretação do comportamento dos pintos. Eles podem aglomerar-se em uma área do aviário, porque o resto do aviário está muito quente. Geralmente, a boa distribuição dos pintos signifi ca que a temperatura é satisfatória.

BARULHO EXCESSIVO DOS PINTOS É UM SINAL DE DESCONFORTO TÉRMICO.

SE OS PINTOS SOFREREM DESCONFORTO TÉRMICO NOS PRIMEIROS DIAS, ESTES NÃO TERÃO UM BOM COMEÇO. A INGESTÃO DE ALIMENTO E O DESENVOLVIMENTO PRECOCE SERÃO PREJUDICADOS

E O EMPENAMENTO SERÁ IRREGULAR E LENTO.

ALTAS TEMPERATURAS

Sob condições de alta temperatura ambiental, a aclima-tação capacitará as aves a viver bem sob temperaturas de operação (veja abaixo a defi nição) acima de 28 - 30ºC, considerando-se a densidade, a velocidade do ar/venti-lação e a umidade. Sistemas de refrigeração evaporativos, nebulização de alta pressão e/ou operação de ventiladores dentro dos aviários, são usados para redução da tem-peratura do aviário. Em galpões com as laterais abertas com cortinas em áreas de altas fl utuações de temperatura diárias, surgem situações em que a temperatura de cria pode ultrapassar a faixa dada na tabela 1. Em tais casos é aceitável a redução da temperatura em 0,5 - 0,8ºC por dia de 1 - 10 dias. Entretanto, de 11 - 21 dias, a redução diária deve ser limitada a 0,3ºC.

TEMPERATURA DE OPERAÇÃO

A temperatura de operação é defi nida como a tempe-ratura mínima do aviário mais 2/3 da diferença entre as temperaturas mínima e máxima do aviário. Este conceito é muito importante onde ocorrem fl utuações signifi cativas de temperaturas diárias.

Veja o exemplo abaixo:

Ex.: Temperatura mínima do aviário: 16ºC Temperatura máxima do aviário: 28ºC

Temperatura de operação = [ (28-16) x 2/3 ] + 16 = 24ºC

UMIDADE RELATIVA

A umidade relativa do ar na incubadora, no final do processo de incubação, será alta (i.e. 90%). Aviários com aquecimento central, especialmente aqueles onde bebedouros nipple são usados, podem ter umidade tão baixa quanto 25%. Aviários mais tradicionais equipados com campânulas e superfícies de água abertas em be-bedouros pendulares (tipo sino) apresentam níveis muito

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0 a 98 dias (0 a 14 semanas) Seção 1: Recria

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0 a 98 dias (0 a 14 semanas) Seção 1: Recria

mais elevados de umidade relativa, geralmente acima de 50%. Para minimizar a desidratação dos pintos, o nível de umidade relativa para os primeiros 3 - 4 dias deve ser de no mínimo 70%. Após este período crítico, a umidade relativa variando entre 50 - 60% é aceitável.

Se o aviário for equipado com nebulizadores para resfria-mento nos períodos de altas temperaturas do verão, esses podem ser usados para elevar a umidade relativa aos níveis desejados para o alojamento. Se não, a colocação de recipientes com água, em frente aos aquecedores, propiciará níveis de umidade relativa entre 70 - 80%. Pintos mantidos sob níveis de umidade relativa apropriados são menos susceptíveis à desidratação e, geralmente, têm um

início de vida melhor e mais uniforme.

UMIDADE ABAIXO DE 50% DURANTE O PERÍODO DE CRIA TEM EFEITO ADVERSO SIGNIFICATIVO SOBRE O CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO, VIABILIDADE E UNIFORMIDADE DO LOTE.

DENSIDADE0 A 28 DIAS (0 A 4 SEMANAS)

O espaço útil de piso para as aves deve ser aumentado progressivamente de tal forma que, aos 28 dias (4 sema-nas), as aves estejam sob densidade de 7 - 10 aves/ m2.

ESPAÇO DE COMEDOURO E BEBEDOURO

Para os primeiros 2 - 3 dias de vida recomenda-se 5 cm de espaço de comedouro (calha) por ave ou 1 comedouro inicial para 80 aves. O primeiro fornecimento de alimento deve ser feito em bandejas de alimentação ou em papéis, ocupando 25% da área de cria. Os 5 cm de espaço de comedouro são adequados até 35 dias, 10 cm até 70 dias e, após isso, 15 cm por ave serão necessários. Diferentes sistemas de alimentação e quantidade de ração a ser fornecida são discutidos mais detalhadamente em Controle de Peso Corporal e Alimentação (pág. 11). É recomendável oferecer alimento triturado ou farelado nos primeiros 21 dias (3 semanas).

Se houver disponibilidade de mais de uma linha de comedouro do tipo calha, então as calhas devem ser operadas em direções opostas. O tempo de distribuição de ração pode ser reduzido pela colocação de uma caçamba suplementar contendo ração sufi ciente para encher metade das calhas, na metade do percur-so de uma volta do comedouro. A quantidade de ração, o tempo de distribuição e o tempo de consumo devem ser monitorados rotineiramente, em vários pontos do comedouro.

A água é um nutriente essencial para o crescimento e de-senvolvimento. As aves devem ter acesso ilimitado à água. Espaço adequado de bebedouros para 1000 pintos de um dia é fornecido por 6 bebedouros padrão tipo sino, cada um com 40 cm de diâmetro, mais 12 bebedouros infantis. Os bebedouros devem ser posicionados estrategicamente para assegurar que os pintos não tenham que andar mais que 1 metro para ter acesso a água nas primeiras 24 horas. A água deve ser limpa e fresca. Sob temperaturas da fase de cria, bactérias podem multiplicar-se muito rapidamente em sistemas de bebedouros abertos.

INTERAÇÃO ENTRE TEMPERATURA E UMIDADE

Todos os animais perderão calor para o ambiente por evaporação da umidade do trato respiratório e através da pele. Em alta umidade relativa (UR), ocorrerá uma menor perda evaporativa aumentando a sua temperatura corporal. A temperatura sentida pelo animal é dependente da temperatura do bulbo seco e da umidade relativa. Uma elevada UR aumenta a temperatura aparente, em parti-cular a temperatura do bulbo seco, enquanto a UR baixa diminui a temperatura aparente. A tabela 1 de temperatura (página 7) assume uma variação de Umidade Relativa entre 60 e 70%.

A tabela 2 mostra um padrão de temperatura em bulbo seco esperada para alcançar uma curva de temperatura alvo de acordo com a Umidade Relativa. As informações contidas na tabela 2 podem ser usadas em situações onde a UR varia do esperado (60 a 70%).

VENTILAÇÃO

Os pintos têm que ser mantidos sob temperatua correta com adequado suprimento de ar fresco. É uma boa prática estabelecer um sistema de ventilação mínima durante a cria. Isso renovaria o oxigênio e removeria o dióxido de carbono e gases venenosos produzidos pelos pintos e, possivelmente, pelo sistema de aquecimento.

TEMPERATURA DO BULBO SECO REQUERIDA PARA ALCANÇAR O ALVO DE TEMPERATURA APARENTE EQUIVALENTE A VARIAÇÃO DA UMIDADE RELATIVA.

MÁ QUALIDADE DO AR DEVIDO À UMA BAIXA VENTILAÇÃO DURANTE A CRIA PODE CAUSAR DANOS À SUPERFÍCIE DO PULMÃO, FAZENDO COM QUE A AVE SEJA MAIS SUS-CEPTÍVEL À DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

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Seção 1: Recria 0 a 98 dias (0 a 14 semanas)

Os bebedouros suplementares devem ser gradualmente substituídos a partir de 3 - 4 dias. A partir de 21 dias, o espaço de bebedouro deve ser:

Bebedouros automáticos pendulares (1/80 aves) ou de calha - 1,5 cm / ave

Nipple - um para cada 8 - 12 aves

PONTOS-CHAVE

Prepare, limpe e desinfete os aviários e equipamentos com boa antecedência à chegada dos pintos.

Assegure-se que o aviário atinja a temperatura e umi-dade relativa corretas 24 horas antes da chegada dos pintos.

Assegure-se que os pintos tenham acesso imediato a água e ração frescas.

Use o comportamento dos pintos como um indicador satisfatório de temperatura da cria.

Reponha ração freqüentemente durante o período de cria.

Verifi que e ajuste comedouros e bebedouros no mí-nimo seis vezes ao dia.

SE ALGUMA ANORMALIDADE NO COMPORTAMENTO DOS PINTOS OCORRER OU SE A MORTALIDADE EXCEDER A 0,5% EM 7 DIAS, ENTÃO TODOS OS FATORES DE MANEJO DEVEM SER REAVALIADOS O MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL.

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0 a 98 dias (0 a 14 semanas) Seção 1: Recria

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0 a 98 dias (0 a 14 semanas) Seção 1: Recria

desenvolvimento

volvimento de diferentes órgãos e tecidos, ocorrendo em seqüência de acordo com a idade da ave. Em cada fase de crescimento, o técnico tem que considerar o órgão ou tecido que está se desenvolvendo naquele momento. O Diagrama 6 indica as importantes considerações de manejo em cada idade e segue as fases de crescimento mostradas no Diagrama 5.

Em resumo, o período de recria das matrizes de corte Ross pode ser dividido em estágios durante os quais os principais eventos fi siológicos são:

0 - 28 dias (0 - 4 semanas) - bom e uniforme desenvol-vimento dos tecidos corporais, órgãos internos, sistema imunológico, empenamento, esqueleto e apetite.

29 - 70 dias (4 - 10 semanas) - crescimento para atingir apropriado peso corporal, de acordo com a idade e com manutenção de boa uniformidade.

71 - 105 (10 - 15 semanas) - transição entre a fase de crescimento e de reprodução.

105 dias até inicio da postura (15 semanas até início da postura) - aves alcançam a maturidade sexual.

As técnicas essenciais para um bom manejo de recria incluem medidas exatas de peso corporal, uniformidade, controle do arraçoamento para controle de peso corporal e classifi cação para controlar a uniformidade.

CONTROLE DE PESO CORPORAL E ALIMENTAÇÃO

OBJETIVOS

Controlar o desenvolvimento das matrizes durante todo o período de recria para maximizar seu desempenho reprodutivo.

Estabelecer e manter o peso corporal padrão por idade e uma boa uniformidade do lote por meio de cuidadoso controle do fornecimento e distribuição do alimento.

PRINCÍPIOS

As matrizes de corte Ross exibem, como os frangos, o mesmo potencial de crescimento rápido e ótima conver-são alimentar. Criar as matrizes Ross na curva padrão de peso permite que machos e fêmeas atinjam um ótimo desempenho e bem-estar.

Para atingir os objetivos do período de recria, o técnico responsável pelo lote tem que criar as aves no padrão de peso de acordo com a idade, mantendo total controle por meio de cuidadosas amostragens de peso corporal e ajustes no fornecimento de alimento.

Cuidadosa e apropriada classifi cação ajudará na obtenção de uma boa uniformidade. O Diagrama 5 mostra como as aves crescem em cada uma das fases, com desen-

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MEDIDA DE PESO CORPORAL E UNIFORMIDADE

OBJETIVOS

Obter uma estimativa correta de peso corporal e a variabili-dade dentro de cada população, de tal forma que decisões adequadas possam ser tomadas sobre o fornecimento de alimento.

AMOSTRAGEM DE PESO

O crescimento e o desenvolvimento de um lote são ava-liados e controlados por meio de amostragens represen-tativas de aves e pela comparação dos resultados com o peso padrão para a idade.

Vários tipos de balanças (i.e. precisão mínima de 20 g) estão disponíveis e podem ser utilizadas para pesar as aves. Balanças mecânicas convencionais ou digitais exigem trabalho mais intenso; registros dos pesos e os cálculos são feitos manualmente. Balanças automáticas, já disponíveis no mercado, registram os pesos das aves individualmente e os cálculos estatísticos do lote são feitos automaticamente. Ambos os tipos podem ser usados com sucesso, mas somente um deles deverá ser usado para pesagens repetidas de um mesmo lote.

Todos os sistemas de medidas requerem calibragem e os pesos para aferí-las devem estar sempre disponíveis para se verifi car a precisão da balança. Uma aferição deve ser

feita no começo e no fi nal de cada amostragem de peso.A amostragem de peso deve ser feita semanalmente, a partir do 1º dia de vida. Aos 0, 7 e 14 dias (0, 1 e 2 semanas) de idade, as amostragens podem ser feitas em massa, pesando-se de 10-20 aves por vez. A amostragem total não pode ser menor que 5% do lote. Em lotes que apresentarem problemas precoces de crescimento, pesagens intermediárias devem ser feitas.

A partir de 21 dias (3 semanas) de idade, as aves amos-tradas devem ser selecionadas aleatoriamente e pesadas individualmente. Grupos de cerca 50 aves por box devem ser separadas por meio de grades de arame e pesadas in-dividualmente. Todas as aves presas têm que ser pesadas para eliminar qualquer preferência seletiva. Se os boxes excederem a 1000 aves, duas amostragens de peso têm que ser feitas em diferentes pontos do box.

As aves devem ser pesadas no mesmo dia da semana e no mesmo horário. O objetivo é obter, por meio de amostragens precisas, uma representação verdadeira do crescimento e desenvolvimento do lote. O peso de cada ave deve ser registrado numa fi cha, a medida que as aves são pesadas (Veja Diagrama 7).

Imediatamente após a pesagem, os seguintes parâmetros devem ser calculados:- Peso médio do lote- Variação de peso no lote- Distribuição de peso no lote- Uniformidade + ou - 10% .-% de coefi ciente de variação (% CV)

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CALCULANDO O PESO MÉDIO

Com base nos dados apresentados no Diagrama 7, calcu-lamos o peso médio seguindo os passos abaixo:

a. pesagem individual de uma amostra signifi cativa do lote e registro em formulário (5% do lote);

b. contagem do número de aves pesadas (120 indiví-duos);

c. multiplicação do número de indivíduos em cada faixa pelo peso da faixa;

d. somar todos os valores de cada faixa ( = 64860 g);e. divisão do valor da soma pelo o número de indivíduos

pesados ( 648120/120 = 540g) para obtenção do peso médio do lote.

O peso médio deve ser marcado no gráfi co de acordo com a idade e todas as decisões que impliquem em alterações nos níveis alimentares têm que estar baseadas no desvio do peso médio em relação ao peso padrão.

CALCULANDO A UNIFORMIDADE

Na prática, a uniformidade é calculada de duas maneiras: por estimativa de aproximadamente 10% sobre o peso médio e/ou pelo Coefi ciente de Variação.

UNIFORMIDADE APROXIMADA DE ± 10%

Com base na amostragem do diagrama 7, calculamos esta uniformidade tomando o número de indivíduos que estiverem na faixa compreendida entre ± 10% do peso médio 540g (65 aves) e o dividimos pelo número total de indivíduos amostrados (120). Essa uniformidade é expres-sa em percentagem (65/120* 100 = 54,2%).

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO

O coefi ciente de variação (CV %) é um método matemático que expressa a uniformidade de um lote. O método preciso para o cálculo é demonstrado a seguir:

Desvio padrão x 100= C V % Peso médio O desvio padrão pode ser calculado por calculadora cientí-fi ca ou balança eletrônica. Na ausência de uma calculadora científi ca, a seguinte fórmula simplifi cada pode ser usada para estimar a % CV.

Variação de peso x 100 = CV% Peso médio * F

A variação é defi nida como a diferença de peso entre a ave mais pesada e a ave mais leve. F é uma constante e depende do tamanho da amostragem. (Tabela 3).

Apenas um método de cálculo deve ser usado durante todo o período de recria, porque os resultados numéricos obtidos serão ligeiramente diferentes, dependendo do método usado.

Comparando-se os dois métodos descritos para se calcular uniformidade: %CV e uniformidade ± 10%. Acreditamos que % CV dê uma visão melhor de como está o lote, pois este leva em conta as aves muito leves e as aves muito pesadas, extremos da população de matrizes que reque-rem atenção e manejo especiais. Enquanto a uniformidade ± 10% apenas avalia o percentual de aves próximas do peso médio. A Tabela 4 ilustra a relação aproximada entre % CV e o método tradicional de cálculo de uniformidade (± 10% do peso médio) em populações com distribuição normal de peso.

CASO UMA AMOSTRAGEM DE PESO PRODUZA DADOS INCONSISTENTES EM RELAÇÃO ÀS PESAGENS ANTERIORES E ÀS EXPECTATIVAS, UMA SEGUNDA AMOSTRAGEM DEVE SER FEITA IMEDIATAMENTE. ESTA SERVIRÁ PARA VERIFICAÇÃO DO RESULTADO ANTERIOR ANTES DE QUALQUER TOMADA DE DECISÃO, COM RELAÇÃO A VOLUME DE RAÇÃO A SER FORNECIDO AO LOTE. ALÉM DISSO, PODERÁ IDENTIFICAR PROBLEMAS ESPECÍFICOS COMO: QUANTIDADE DE ALIMENTO ERRADA, FALHAS NOS BEBEDOUROS, SALDO DE AVES INCORRETO, DOENÇAS, ETC.

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PONTOS-CHAVE

Inicie as pesagens semanais com 1 dia de idade e continue, semanalmente, no mínimo durante todo o período de recria.

Pese individualmente as aves da amostragem, a partir de 3 semanas.

Pese as aves sempre no mesmo dia da semana e no mesmo horário, durante todo o período de recria.

Calcule o peso médio do lote e a uniformidade. Re-gistre e marque-os em um gráfi co de peso corporal, de acordo com a idade.

Calcule a quantidade de alimento a ser fornecida para as aves baseado-se no desvio do peso médio em relação ao peso padrão. Utilize o programa de alimentação apenas como um guia.

CONTROLE DA ALIMENTAÇÃO PARA

MANEJO DO PESO CORPORAL

OBJETIVOS

Alcançar o peso corporal padrão durante toda a vida da matriz. Assegurar o correto crescimento e desenvolvimen-to, permitindo as aves atingir maturidade sexual uniforme e coordenada, dentro e entre os sexos.

Minimizar a variação de peso e estrutura corporal dentro do lote, criando aves de mais fácil manejo.

PRINCÍPIOS

As correções de peso corporal são atingidas por meio de ajustes no fornecimento do alimento. Esse fornecimento pode ser mantido ou aumentado, mas nunca diminuído du-rante o período de recria (em casos de erros na quantidade fornecida de alimento, a recomendaçao deve ser revista). Uma boa distribuição de alimento, que permita a todas as aves ter acesso ao alimento, ao mesmo tempo, é essencial, porque as aves estão sob restrição alimentar.

A boa uniformidade é tão importante quanto atingir o peso corporal padrão. Um dos primeiros indicadores de problemas durante a recria é, freqüentemente, o declínio da uniformidade.

Outro importante aspecto do crescimento uniforme é um bom desenvolvimento de esqueleto. O início da matu-ridade sexual depende da composição corporal. Lote com uniformidade de peso corporal, mas com tamanho de esqueleto variável terá composição corporal variável. Aves de tais lotes não responderão, de uma maneira uniforme, a mudanças no programa de luz e no manejo da alimentação.

Recriar aves no peso corporal padrão e atingir a correta composição corporal são importantes fatores para se alcançar um crescimento precoce do esqueleto.

CONTROLE DO FORNECIMENTO DE ALIMENTO

PROCEDIMENTOS

Todas as decisões a respeito do fornecimento de alimento devem ser baseadas no peso corporal médio do box, em relação ao padrão. O fornecimento de alimento pode ser mantido ou aumentado, mas nunca diminuído durante o período de recria.

O equipamento de pesagem do alimento bem aferido é essencial para permitir o exato fornecimento de alimento para as aves.

O espaço de comedouro adequado deve ser providenciado durante o período de recria, como mostrado na Tabela 5.

Para manter uma boa uniformidade em lotes jovens, as aves devem ser alimentadas à vontade, por tempo sufi -ciente para atingir ou exceder o peso padrão aos 14 dias. Isso deve seguido por pequenos e regulares aumentos de ração, como mostrado na Tabela 6.

Exemplo: Entre 1 e 21 dias de idade as aves não devem permanecer com a mesma quantidade de ração por mais de 4 dias.

A quantidade diária de alimento deve ser registrada por ave, para monitoramento do consumo. A quantidade de alimento também deve ser monitorada para cada lote, levando-se em conta alterações no tamanho do lote.

A disposição do comedouro deve ser tal, que cada cate-goria de aves possa ser alimentada de acordo com sua necessidade. O alimento deve ser distribuído para cada lote separadamente, no máximo em 3 minutos.

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Equipamento Equipamento

Como uma alternativa aos sistemas de comedouros con-vencionais, a alimentação no chão, com ração peletizada, pode oferecer certas vantagens. Essas incluem rapidez e uniformidade de distribuição do alimento, aumento na uniformidade do lote, melhoria da condição da cama e redução nos danos físicos das pernas. O alimento pode ser distribuído manualmente ou pelo uso de um sistema giratório suspenso. Como acontece com todos os sistemas e técnicas de alimentação, um alto grau de qualifi cação é requerido para permitir que todo o potencial da alimentação no chão possa ser atingido.

Os seguintes pontos devem ser considerados quando a alimentação no chão for usada:

- De 14 - 41 dias (2 - 6 semanas), a área de alimentação no chão deve ser gradualmente expandida com o uso de uma boa qualidade de peletes com diâmetro de 2,5 mm e comprimento de 3 - 4 mm;

- A partir de 42 dias (6 semanas), peletes de boa qua-lidade com diâmetro de 4 mm e comprimento de 5 - 7 mm devem ser lançados manualmente ou pelo sistema giratório suspenso;

- Mais luz para aviários escuros, isto é, 20 lux, deve ser usada durante o período de alimentação;

- A profundidade da cama não deve exceder 4 cm; e uma boa condição de cama tem que ser mantida;

- As aves deverão estar acostumadas com os comedou-ros a serem usados no período de postura até 140 dias (20 semanas) para minimizar o estresse da mudança de sistema de alimentação. As grades de exclusão somen-te deverão ser colocadas 3 dias após a transferência.

O ideal é que as aves sejam alimentadas todos os dias.Contudo, situações aparecem, por uma variedade de razões, em que um volume de alimento não é compatível com a distribuição. O volume de alimento requerido pelas aves para assegurar a taxa de crescimento correta é muito pequeno para atingir a distribuição de alimento uniforme por todo o sistema de alimentação. O alimento tem que ser distribuído uniformemente para a manutenção do peso corporal e a uniformidade do lote.

O diagrama 8 nos ajuda a escolher o melhor programa de alimentação para o lote. Nele estamos levando em consideração equipamentos (comedouro, aviários, etc) e manejo. Analisando o diagrama, verifi camos que quanto melhor forem manejo e equipamento, mais próximos da alimentação diária devemos trabalhar. E para manejo ruim e equipamento defi ciente, devemos trabalhar mais próximos do programa de alimentação “skip a day“.

Os esquemas de alimentação mais frequentemente usa-dos (Tabela 7).

PONTOS-CHAVE

Nunca diminua o fornecimento de ração durante a recria.

O fornecimento de alimento deve ser mantido ou aumentado.

Use equipamentos de pesagem de alimentos aferidos.

Dê às aves o correto espaço de comedouro.

Distribua o alimento em, no máximo, 3 minutos por lote.

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CLASSIFICAÇÃO PARA ATINGIR A UNIFORMIDADE DAS FÊMEAS

OBJETIVO

Classifi car o lote em duas ou três diferentes categorias de pesos corporais, entre 4 – 5 semanas de idade, para que o manejo de cada classe seja determinado durante o período de crescimento, o que resultará em uma boa uniformidade do lote.

PRINCÍPIOS

Um lote uniforme será mais fácil para manejar, porque a maioria das aves terão uma semelhante situação fi siológi-ca e responderão às mudanças em níveis de alimentação ou de luz, quando necessário. Um lote uniforme reagirá aos estímulos de alimentos, com bons resultados.Com um dia de vida, um lote exibe uma normal distribuição ( i.e. forma de sino) com baixo % CV. (Ver Diagrama 9).

Aves em crescimento tem respostas diferentes a vacina-ção, doenças e competição pelo alimento, tendendo a um aumento de % CV. Conforme o lote cresce, há um aumento do número de aves pequenas, com peso inferior ao peso médio do lote, causando uma distribuição à esquerda do diagrama. As razões disso podem ser: baixa qualidade do pinto; inadequadas distribuição e qualidade do alimento, da temperatura, e da umidade; reação às vacinas, debicagem mal feita e doenças.

Na seqüência, para melhorar a uniformidade do lote, as aves pequenas devem ser identifi cadas e pesadas separadamen-

te. Todas as aves devem ser alimentadas para atingir o peso corporal padrão até 9 semanas. Ter um lote todo uniforme é melhor do que pequenos grupos uniformes.

Se o tamanho dos boxes do aviário de produção forem maiores do que o do aviário de recria, as aves de diferentes categorias de peso serão misturadas, involuntariamente, após a transferência; por isso é muito importante que as aves sejam recriadas para atingir um mesmo peso corporal na época da transferência.

PROCEDIMENTOS

A seleção é mais bem conduzida quando o lote está entre 28 – 35 dias de idade, período em que geralmente a uniformida-de do lote se encontra com CV entre 10 –14 %. Geralmente a seleção não terá sucesso se for realizada antes dos 28 dias de idade. Se for feita após 35 dias (5 semanas) , o tempo para recuperar a uniformidade do lote será reduzido.Na maioria dos casos, a seleção é feita quando o CV do lote está próximo de 12%. Normalmente, no alojamento, um box vazio já é separado visando-se a seleção da quarta semana. No mínimo três boxes em cada aviário devem estar disponíveis para machos e fêmeas. A disponibilidade de boxes móveis fa-cilita o procedimento de seleção do lote. O sucesso da seleção pode ser garantido pelos procedimentos que seguem:

- Fazer uma amostragem signifi cativa do lote, cerca de 10% das aves.

- Registrar no formulário de pesagem o peso de todas as aves.

- Para fêmeas com CV menor que 12 % apenas duas categorias de aves devem ser separadas (leve e pesa-da). Se o CV for maior que 12 %, 3 categorias devem ser separadas (leve, média e pesada).

- Para os machos, sugerimos a separação em 3 categorias de peso, fi cando cada uma delas com aproximadamente 33% das aves (leve, médio e pesado).

- A porcentagem de CV deve ser calculada. O ponto de corte deve ser estabelecido para estimativa da área necessária a cada categoria de peso. A tabela 8 indica os pontos de corte para 3 tipos de CV. Os pesos críticos para cada lote podem ser estimados no diagrama 10.

- O CV pós-seleção de cada categoria pode ser estima-do com a amostra de peso tomada para a seleção. O objetivo é alcançar um CV de 8% ou menos, para que a uniformidade entre as categorias permaneça estável e a resposta seja prevista.

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Após o estabelecimento do ponto de corte é possível estimar a densidade de cada categoria e determinar o tamanho dos boxes. Todas as aves devem ser manejadas e colocadas em suas respectivas categorias. É recomendado, para ga-rantir o bom resultado da seleção, que todas as aves sejam pesadas durante o processo. As que estiverem próximas, na linha de corte, deverão ser alocadas na categoria da % de CV mais baixo.

A classifi cação é feita mais efi cientemente com 3 ou 4 ba-lanças (equipes). É importante que as aves sejam contadas

e que as quantidades de alimento sejam corretas. As den-sidades por box, os espaços de comedouro e bebedouro deverão ser rotineiramente ajustados ao se movimentarem as divisórias (tamanho dos boxes). É muito importante checar espaço de comedouro, rapidez e uniformidade na distribuição da ração.

Cada categoria deverá ser repesada após o procedimento de seleção para confi rmar a média do peso corporal e a uniformidade projetadas para ajuste da quantidade de alimento.

MANEJO PÓS-CLASSIFICAÇÃO

Na classifi cação, o lote é dividido em duas ou três cate-gorias de pesos (leve, médio e pesado). O objetivo é que cada categoria de peso alcance o peso padrão aos 63 dias (9 semanas) de idade. Se isso é alcançado, as aves dos diversos boxes poderão ser facilmente combinadas no aca-salamento, criando-se com isso uma boa uniformidade.

O procedimento seguinte recomendado para pós-classi-fi cação é o do controle do peso corporal (Veja também o Diagrama 11).

CATEGORIA DE FÊMEAS LEVES

Duas situações devem ser consideradas: 1 – As fêmeas leves são aquelas que o peso médio pós-classifi cação é de até 50 gramas abaixo do peso médio geral; o objetivo é alcançar o padrão até 63 dias (9 semanas).

2 – As fêmeas leve-leves são aquelas onde o peso encon-tra-se aproximadamente 100g abaixo do peso médio geral. O objetivo é alcançar o padrão até 63 dias (9 semanas).

CATEGORIA DE FÊMEAS MÉDIAS

Geralmente, as fêmeas médias fi cam 50 gramas acima do peso padrão, depois da classifi cação. O objetivo é alcançar o padrão até 42 a 49 dias (6 – 7 semanas).

CATEGORIA DAS FÊMEAS PESADAS

As fêmeas pesadas geralmente fi cam 100 gramas acima do peso médio geral. O objetivo é redesenhar a curva de peso para alcançar o padrão até 56 – 63 dias (8 – 9 se-manas). Se as aves permanecerem acima do peso com 9 semanas, elas devem ser levadas acima do padrão em uma curva paralela. A tentativa de trazê-las de volta para o padrão pode comprometer a sua condição corpo-ral. O ideal é que cada categoria tenha o seu sistema de alimentação independente.

Se a classifi cação for bem feita e se não houver problema subseqüente na qualidade de alimento, espaço de come-douro ou distribuição do alimento (e na ausência de doen-ça), a necessidade de se fazer outra seleção será menor.

Caso a uniformidade piore após as 10 semanas de idade, o recomendado é fazer uma seleção para separação das aves com carcaças pequenas, dentro da mesma categoria.

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Esta seleção deverá ser feita pelo peso e, para as aves pequenas, deverá ser redesenhada uma curva de peso corporal, que alcance o padrão até 23 semanas de idade. Essa não é uma seleção para recuperação das carcaças e sim para ajuste na curva de peso corporal.

CLASSIFICAÇÃO PARA ATINGIR A UNIFORMIDADE DOS MACHOS

Recomendamos que os machos sejam divididos em três categorias de peso: pesados, médios e leves. Cada categoria deve ficar com cerca de 33%. Os machos mais leves do lote devem ser descartados (3 a 5%). Este procedimento visa retirar os machos com canelas curtas.

CATEGORIA DOS MACHOS MÉDIOS E LEVES

Geralmente os machos médios e leves estão próximos do peso padrão e por isso devem seguir o mesmo.

CATEGORIA DOS MACHOS PESADOS

Se os machos estiverem acima do padrão de peso corpo-ral, recomendamos que estes sejam recriados, mantendo-se a diferença em gramas do padrão, até encontrar o padrão às 30 semanas de idade.

NÃO FORÇAR OS MACHOS QUE ESTIVEREM ACIMA DO PADRÃO DE PESO CORPORAL VOLTAREM AO PESO PADRÃO DURANTE A FASE DE RECRIA.

PONTOS-CHAVE

Seleção de fêmeas e machos entre 4 a 5 sema-nas de idade.

Separação em duas classes, se CV for menor que 12%; e, em 3 classes, se o CV for maior que 12%.

Depois da seleção, cada classe deverá ter a % CV de 8 ou menos.

Determinação de novas curvas de crescimento para cada classe depois da seleção.

Não movimentar aves entre categorias diferen-tes de peso após 98 dias.

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MANEJOS ESPECÍFICOS REQUERIDOS PARA MACHOS E FÊMEAS

OBJETIVOS

Prover machos e fêmeas com seus requerimentos bási-cos, durante cada fase de recria, para prepará-los para maturidade sexual.

PRINCÍPIOS

Os princípios para manejo de machos e fêmeas na recria são os mesmos, embora seus padrões de pesos sejam diferentes. Apesar dos machos constituírem uma pequena porcentagem em termos de número de aves, eles formarão 50% de uma geração. O manejo dos machos na recria requer mais atenção para o sucesso dos resultados.

Recomendamos que machos e fêmeas sejam recriados separadamente desde o primeiro dia de vida até o acasala-mento com 22 – 23 semanas. Quando se misturam machos e fêmeas jovens, o crescimento e desenvolvimento varia de acordo com as diferentes habilidades de cada população específi ca na competição pelo alimento.

Mas, se por outras razões eles precisarem ser acasalados na fase de recria, isto nunca poderá ser feito antes dos 42 dias de idade (6 semanas), porque antes dessa idade eles ainda não atingiram o correto desenvolvimento de carcaça. Nesse caso de acasalamento precoce, o peso corporal das fêmeas será o indicador para o fornecimento de alimento.

FASE DE CRIA: DE 0 - 28 DIAS

Objetivos fi siológicos estão detalhados nos diagramas 5 e 6 nas páginas 11 e 12.

OBJETIVOS

Garantir bom desenvolvimento e tamanho da carcaça, do sistema imunológico, da função cardiovascular, do empenamento e apetite. Obter a melhor uniformidade possível.

PRINCÍPIOS

O objetivo de um desenvolvimento corporal precoce na fase de cria só poderá ser alcançado pelo uso do sistema de alimentação “à vontade”, com um alimento de boa qualidade desde o primeiro dia de vida . O alimento con-sumido deverá ser registrado desde o 1º dia de vida, para que ocorra uma transição suave entre a “alimentação à vontade” para “alimentação controlada”.

Para maximizar o desempenho, as aves devem ser criadas no padrão de peso corporal ou um pouco acima deste, dos 7 aos 14 dias. Lotes que não atingem o padrão tendem a perder a uniformidade. Para garantir que os pintos atinjam

o peso padrão na cria, a ração inicial na forma triturada deve ser fornecida do primeiro dia até 21-28 dias (3 - 4 semanas, ver Nutrição, Seção 4, página 43). Se as aves estiverem de 20 a 40 gramas acima do padrão aos 28 dias, a ração crescimento I pode ser introduzida. Deverão ser recomendadas duas pesagens semanais nos lotes em que o desenvolvimento corporal não foi alcançado durante a transição da ração Inicial para ração crescimento I.

Um bom parâmetro para medir o desenvolvimento do apetite dos pintos é monitorar a proporção de pintos com o papo cheio. Aos 3 dias, 100% dos pintos devem estar com os papos cheios. Se existir alguma evidência de que as aves não estão crescendo de acordo com o peso corporal padrão, então a luz artifi cial deve ser mantida, interrompendo-se a redução programada (Veja Iluminação, Seção 4, página 50).

A uniformidade do lote poderá também ser melhorada nesse período, por meio de pequenos aumentos durante a semana, ao invés de se fazerem aumentos semanais.

DESENVOLVIMENTO CORPORAL ABAIXO DO PADRÃO PARA A IDADE DURANTE A FASE INICIAL DA CRIA OU SINAIS DE

FALTA DE APETITE REQUEREM UMA AÇÃO IMEDIATA.

RECRIA DE 28 - 70 DIAS (4 - 10 SEMANAS)

Objetivos fi siológicos estão detalhados nos diagramas 5 e 6 nas páginas 11 e 12.

OBJETIVOS

Trazer todo o lote para o peso corporal esperado aos 70 dias (10 semanas) e com boa uniformidade .

PRINCÍPIOS

No período de 28–70 dias (4 – 10 semanas), o crescimento e o desenvolvimento das aves são rápidos. É essencial utilizar-se os incrementos de alimento para se obter um bom controle do ganho de peso corporal. Durante esse estágio, pequenas mudanças na quantidade de alimento consumido poderão ter grandes efeitos sobre o peso corporal. Por essa razão, o monitoramento do peso corporal é importante. O programa de alimentação é apenas um guia da quantidade de alimento requerida, sua alteração deverá ser orientada pelo desvio do peso corporal médio do peso padrão e da quantidade de alimento fornecida no período.

Caso seja necessário fazer classifi cação para recuperação de carcaça, essa deverá ser feita dentro desse período (Ver Classifi cação para Atingir Uniformidade, página 17). As diferentes categorias de peso deverão ser manejadas separadamente, isto é, não se devem misturar aves de diferentes categorias.

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O período de 42 a 91 dias (6 – 13 semanas) é crucial no desenvolvimento dos machos. Durante esse período, há rápido desenvolvimento de pernas (músculos, ligamentos e ossos). Um desvio forte do peso médio do lote em relação ao peso padrão, principalmente se for abaixo deste padrão, pode causar problemas subseqüentes com a viabilidade e a performance dos machos adultos.

RECRIA DE 70 - 105 DIAS (10 - 15 SEMANAS)

Objetivos fi siológicos estão detalhados nos diagramas 5 e 6 nas páginas 11 e 12.

OBJETIVOS

Manter o apropriado perfi l de crescimento e uniformidade do lote durante o período que antecede a transição da fase de recria para a fase de maturidade sexual.

PRINCÍPIOS

O crescimento durante essa fase não responde a grandes incrementos na quantidades de alimento fornecido. O peso médio do lote deve seguir o peso padrão. Pequenos au-mentos na quantidade do alimento são necessários (1 – 2 gramas / ave / dia).

Em situações em que aves estão 100 gramas acima do peso padrão, uma nova curva de peso padrão deverá ser traçada percentualmente paralela à linha recomendada (Ver diagrama 12).

Essas aves deverão alcançar o mesmo ganho de peso sema-nal do padrão. Em machos, os órgãos sexuais começam a se desenvolver aos 70 dias (10 semanas). Situações de estresse ou interrupção no crescimento a partir desse período afetará o crescimento testicular e reduzirá a fertilidade do adulto.

PONTOS-CHAVE

Criar machos e fêmeas separados até o acasala-mento.

Alcançar o mais rapidamente possível o peso corporal padrão para facilitar crescimento bem sucedido.

Assegurar, semanalmente, que as aves alcancem o peso padrão corporal.

Usar pequenos, mas regulares aumentos de alimento para promover uma boa uniformidade precoce.

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Seção 1: Recria 0 a 98 dias (0 a 14 semanas)

EQUIPAMENTOS E AMBIENTE

O aviário e os equipamentos devem prover para as aves um ambiente uniforme em termos de iluminação, ventilação e temperatura. Muitos fatores afetam o crescimento de matrizes neste período, incluindo os seguintes:

· Densidade de alojamento: uma densidade de aloja-mento ótima depende da qualidade e do sistema de alojamento em uso. A densidade de alojamento está mostrada em Aviário e Ambiente, Seção 4, Tabela 15, página 40.

· Temperatura do aviário: a temperatura será infl uencia-da pelo tipo de aviário, nível de ventilação e capacidade do aviário em resfriar o ar (paredes de resfriamento). É desejável que as fl utuações na temperatura sejam mantidas em uma faixa de temperatura de operação nunca menor que 14°C e maior que 26°C. Uma faixa ótima situa-se entre 20 - 22°C.

· Tamanho dos boxes: os boxes devem ser de tama-nhos ajustáveis. O alimento deve ser distribuído em, no máximo, 3 minutos. Essas condições devem ser avaliadas antes do procedimento de classifi cação.

· Manejo de Água: as necessidades exatas de água não podem ser facilmente defi nidas para todas as situações, já que essas podem ser infl uenciadas por vários fatores como: programa de alimentação, tempe-ratura, umidade, etc. O consumo deve ser registrado diariamente. Variações incomuns ou extremas podem indicar possíveis problemas de saúde, que devem ser investigados a fundo.

Com as reprodutoras Ross 308, atualmente usa-se res-trição de água na recria e produção (ver Manejo de água, seção 4, página 48).

É importante lembrar que a necessidade de ingestão de água aumentará em cerca de 6,5%, a cada 1ºC acima da temperatura ambiente de 21°C. Entre as aves com grande potencial de apetite pode ocorrer excesso de consumo de água, especialmente durante o período de 42-154 dias (6-22 semanas).

Nessas circunstâncias o papo incha com água e pode exercer pressão sobre a traquéia, causando a morte por asfi xia.

Em condições de consumo excessivo de água, para pre-venir estresse e mortalidade, pode-se fazer o controle do seu fornecimento. A água deve ser fornecida à vontade, por um período contínuo igual à metade da duração do dia e deve estar disponível para as aves pelo menos 15 minutos antes do início da alimentação. Esse procedimento pode ser aplicado durante o período de 5 semanas de idade até a produção do primeiro ovo, após o que deve-se aumentar o fornecimento, gradativamente, até retornar a ad libitum, aos 5% de produção.

· Pedriscos: é boa prática de manejo fornecer às aves pedrisco de granito a partir de 42 dias de idade (6 semanas). O tamanho do pedrisco deve ser de, aproximadamente, 5 mm e o volume calculado de 500 g/100 aves/semana. O pedrisco auxiliará na maceração do material de cama e penas que venham a ser con-sumidos pelas aves. Sem a presença de pedrisco na moela, tais materiais poderão resultar em problemas de impactação.

· Poleiros: É boa prática de manejo instalar poleiros durante o período de recria com o objetivo de treinar e ambientar as fêmeas com os ninhos. Um número sufi -ciente de poleiros para 20% do lote deve ser colocado nos boxes das fêmeas em recria com idade entre 28 e 42 dias (4 e 6 semanas). Fazer um tripé com a forma da letra “A “ com 3 poleiros.

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Índice Pág.

Manejo de Fêmeas 24 98 - 133 dias (14 - 19 semanas)

Manejo de Machos 25 98 - 133 dias (14 - 19 semanas)

Procedimentos de Manejo 26

Manejo de Fêmeas no Período Pré-Pico 28 133 - 224 dias (19 - 32 semanas)

Manejo de Machos no Período Pré-Pico 32 133 - 224 dias (19 - 32 semanas)

Seção 2Manejo Entrando em Produção98 - 224 dias (14 - 32 semanas)

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Seção 2: Manejo entrando em produção 98 a 224 dias (14 a 32 semanas)

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MANEJO DE FÊMEAS 98-133 DIAS

(14-19 SEMANAS)

OBJETIVO

Preparar as fêmeas para as demandas fi siológicas imi-nentes relacionadas com a maturidade sexual. Minimizar a variação no alcance da maturidade sexual na população de fêmeas.

PRINCÍPIOS

O período de 98-133 dias (14-19 semanas) é crucial para infl uenciar a entrada em produção (i.é. idade aos 5% de produção/galinha/dia), o tamanho dos primeiros ovos, a produção de ovos incubáveis, o requerimento absoluto de alimento pré-pico e potencial de um pico de produção. Durante esse período, o aumento da quantidade de ali-mento é utilizado para acelerar o crescimento sem reduzir a uniformidade e para alcançar o incremento de ganho de peso semanal.

PROCEDIMENTOS

Após a 15ª semana, acréscimos de alimento são realizados de forma crescente, para assegurar o requerido aumento na velocidade do crescimento. Esse aumento do alimento é feito sem considerar o peso corporal. O aumento inicial do peso corporal resulta das mudanças fi siológicas para a maturidade sexual. A curva de crescimento, detalhada no encarte OBJETIVOS DE DESEMPENHO, tem sido dese-nhada para alcançar essas metas. Aumentos nas quanti-dades de alimento permitem que a curva de crescimento seja seguida e resulte em ótimos níveis de produção.

A mudança da ração de crescimento para pré-postura deverá ser feita aos 134 dias (20 semanas) com o objetivo de suprir os requerimentos nutricionais das aves para que elas alcancem a maturidade sexual.

Aos 105 dias (15 semanas), o técnico do lote deve com-parar o peso corporal com o padrão de peso corporal e redesenhar a curva até 161 dias (23 semanas), seguindo o perfi l descrito nos Objetivos de Desempenho. Os incremen-tos semanais no peso corporal asseguram que a transição fi siológica seja adequada ao alcançar a maturidade sexual e maturidade física ao redor dos 217 dias (31 semanas).

A nova curva deverá ser desenhada paralela ao gráfi co de peso corporal padrão, de acordo com a idade.

Antes dos 98 dias (14 semanas), o aumento semanal de alimento pode ser mantido ou aumentado. Contu-do, após 105 dias (15 semanas), o fornecimento de alimento semanal é sempre aumentado, normalmente, entre 7-10%.

A alimentação diária deverá ser praticada a partir dos 105 dias (15 semanas), se possível, e no mais tardar aos 119 dias (17 semanas). É de suma importância que as aves estejam próximas da maturidade sexual, i.e., ao redor dos 161 dias (23 semanas). O lote não deve perceber nenhuma redução no suprimento nutricional diário de alimento. Isto pode ocorrer se, por exemplo, a mudança para “alimen-tação diária” for atrasada. Redução no suprimento diário de nutrientes nesse período, é uma freqüente causa de perda de uniformidade.

O técnico responsável pelo lote deve anotar e compensar alterações de energia entre diferentes rações e.g. cresci-mento, pré-postura e postura.

É comum a prática de transferir aves de um aviário de recria para um aviário de produção. Considerações de-vem ser feitas para a hora da transferência, bem como um estímulo de alimento, tendo em vista a garantia de uma transição suave para a maturidade sexual. Espaço de comedouro não pode ser reduzido e não deve haver menos de 15 cm de espaço de comedouro por fêmea. A uniformidade do lote pode ser perdida rapidamente se o espaço de comedouro for reduzido. Os programas de luz dos aviários de recria e de produção devem ser sincroni-zados. Um aumento na quantidade de alimento fornecido antes e depois da transferência ajudam a compensar o estresse relacionado a esta atividade. A idade ideal para a realização da transferência é entre 154 e 161 dias (22-23 semanas), quando o lote está bem estabilizado na direção da maturidade sexual.

O aumento no peso corporal e o desenvolvimento das características secundárias de maturidade sexual devem ser usados como indicadores do progresso do lote.

Cuidados com a iluminação, intensidade e fotoperíodo são essenciais para maximizar o desempenho. (Ver Iluminação seção 4, página 49). Quando o lote é alojado em aviários abertos no período fora de estação, a tabela de peso corporal e o programa de luz para lotes fora de estação deverão ser usados. (Ver Iluminação seção 4, página 50).

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SE O INCREMENTO NO GANHO DE PESO NÃO ESTÁ ALINHADO COM O PADRÃO, ENTÃO O DESENVOLVIMENTO DA MATURIDADE SEXUAL SERÁ AFETADO. SE O PESO CORPORAL ESTIVER 5% ABAIXO DO PADRÃO, AO REDOR DOS 119 DIAS (17 SEMANAS), ENTÃO O DESEMPENHO REPRODUTIVO FUTURO SERÁ REDUZIDO, COMO TAMBÉM A UNIFORMIDADE DE MATURIDADE SEXUAL ESTARÁ PERDIDA. FALHAS EM ENCONTRAR O REQUERIDO INCREMENTO DE GANHO SEMANAL AO REDOR DE 133 DIAS (19 SEMANAS), SÃO A CAUSA COMUM DE DESEMPENHOS POBRES. DIMINUIÇÃO NO CRESCIMENTO E NO DESENVOLVIMENTO OVARIANO PODEM OCASIONAR:

- ATRASO NA ENTRADA EM PRODUÇÃO - TAMANHO INICIAL DE OVO PEQUENO- AUMENTO NO PERCENTUAL DE OVOS REJEITADOS /

FORMATOS IRREGULARES- REDUÇÃO NA FERTILIDADE - AUMENTO NO NÚMERO DE AVES EM CHÔCO- PERDA DE UNIFORMIDADE.

LOTES QUE EXCEDEM O PESO CORPORAL EM MAIS DE QUE 5% NESSE PERÍODO PERDEM UNIFORMIDADE SEXUAL E DE PESO CORPORAL, LEVANDO A:

- ENTRADA PRECOCE EM PRODUÇÃO- AUMENTO NO TAMANHO DO OVO E OVOS DE DUAS

GEMAS - APROVEITAMENTO DE OVOS REDUZIDO - PICOS E OVOS TOTAIS REDUZIDOS - AO AUMENTO DO CONSUMO DE ALIMENTO EM

PRODUÇÃO- FERTILIDADE REDUZIDA POR TODA A VIDA - AUMENTO DA MORTALIDADE, DEVIDA A PROLAPSO.

MANEJO DE MACHOS 98-133 DIAS

(14-19 SEMANAS)

OBJETIVO

Assegurar um desenvolvimento dos machos para a ob-tenção de uma ótima condição física e capacidade repro-dutiva durante todo o período de reprodução. Minimizar a variação de maturidade sexual dentro da população de machos.

PRINCÍPIOS

Atenção: os requerimentos de manejo dos machos devem ter a mesma prioridade dada às fêmeas. Por essa razão, as recomendações e observações feitas para os manejos das fêmeas nesse período são igualmente relevantes para a população de machos. Como nas fêmeas, a partir dos 105 dias (15 semanas) os esforços devem ser feitos para que os machos acompanhem a curva padrão e que tenham uniformidade com maturidade sexual coordenada, ao mesmo tempo que as fêmeas.

PROCEDIMENTO

O alvo de peso corporal deve ser redesenhado se o peso corporal do lote desviar-se por mais ou menos 5%, aos 98 dias (14 semanas). A curva deve ser redesenhada no gráfi co de peso corporal, paralelamente à curva padrão.

Quando lotes fora de estação são alojados em aviários abertos, os machos tornam-se sexualmente maduros antes das fêmeas. Ajustes podem ser requeridos por essa razão, pois temos que assegurar a coordenação da maturidade sexual entre machos e fêmeas. Isso pode ser conseguido por:

· Atraso nos estímulos de luz para os machos;· Atraso no acasalamento ou ainda redução da relação

inicial;· Introdução de machos depois da época normalmente

recomendada (Ver acasalamento, página 26).

A UNIFORMIDADE DE MATURIDADE SEXUAL É MAIS FÁCIL DE SER PERDIDA ENTRE 105-133 DIAS (15-19 SEMANAS) SE A TRANSIÇÃO SUAVE DE GANHO DE PESO CORPORAL E UNIFORMIDADE DE PESO CORPORAL DO LOTE NÃO SEGUIREM O ALVO DE CURVA DE PESO CORPORAL PADRÃO.

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Seção 2: Manejo entrando em produção 98 a 224 dias (14 a 32 semanas)

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PONTOS-CHAVE:FÊMEAS E MACHOS

Redesenhar a curva de peso corporal se o lote estiver abaixo ou acima do peso, aos 98 dias (14 semanas).

Alcançar a uniformidade de peso corporal e sexual dentro e entre os sexos.

Assegurar que o lote siga o perfi l de padrão de peso corporal, com ganhos semanais de peso, para alcançar a maturidade sexual.

Prevenir desvios do peso corporal do padrão, particularmente ao redor dos 133 dias (19 sema-nas).

Trocar a ração de crescimento para pré-postura aos 134 dias (20 semanas). Se ocorrer uma alte-ração nos níveis de energia, faça as alterações apropriadas na quantidade de alimento.

Siga as recomendações do programa de ilumina-ção (Ver Iluminação, seção 4 , página 49).

PROCEDIMENTOS DE MANEJO

Durante o período de 154-161 dias (22-23 semanas), machos e fêmeas são acasalados e técnicas de manejo adicionais são necessárias. Para garantir que os machos e fêmeas mantenham uma ótima condição reprodutiva para entrar em reprodução, deve-se prestar atenção a proce-dimentos de acasalamento, manejo da relação macho/fêmea e equipamento.

ACASALAMENTO

Cuidados precisam ser tomados para que machos e fê-meas estejam sexualmente maduros. Se existir variação de maturidade sexual dentro da população de machos, os maduros devem ser acasalados e os imaturos deverão ser acasalados depois, quando estiverem prontos. Um outro manejo possível seria acasalar 5% dos machos na 23ª semana de idade, 2% na 24ª semana e o restante na 25ª semana.

MACHOS IMATUROS NÃO DEVEM SER ACASALADOS

O acasalamento entre 161-168 dias de idade (23-24 sema-nas) pode assegurar melhor controle de peso. Antes disso, vários machos serão capazes de comer nos comedouros das fêmeas. Dessa forma, a estimativa de consumo de alimento fi ca imprecisa.

RELAÇÃO DE ACASALAMENTO

No acasalamento, os machos selecionados devem ter uniformidade de peso corporal, sem anormalidades físicas, com pernas e dedos retos, um bom empenamento, boa postura e boa musculatura. As características de maturi-dade sexual (coloração da face e crista, crescimento de crista e barbela) devem indicar que os machos seleciona-dos estão igualmente uniformes e em boas condições de maturidade sexual.

Para garantir a manutenção da boa fertilidade, cada lote requererá um número ótimo de machos sexualmente ativos. Como a taxa de produção declina a medida que o lote envelhece, o número de machos requeridos para manter a fertilidade se reduz. A Tabela 9 indica uma típica variação de relação machos/fêmeas durante o período de produção.

Essas relações de acasalamento são somente um guia e deverão ser ajustadas de acordo com as circunstâncias locais e desempenho do lote.

AMOSTRAGEM DE PESO DOS MACHOS

Depois do acasalamento, monitorar o peso corporal dos machos. O manejo recomendado é fundamental para o sucesso reprodutivo do plantel. O monitoramento de peso deve ter freqüência semanal até o descarte do lote. As amostras de peso devem ser representativas (10-15% do plantel de machos). Nesse procedimento os machos são tocados e fechados aleatóriamente, com o auxílio de uma cerca, em no mínimo 3 pontos distintos do aviário. Todos os machos capturados devem ser pesados. O peso médio, a uniformidade e o %CV devem ser calculados e dispostos em gráfi cos para melhor visualização e avaliação dos ganhos de peso.

154 - 161 22

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O uso da grade de arame pode evitar o acesso dos ma-chos aos comedouros do tipo prato ou tubulares; quando usamos grades nos tubulares, devemos fazer todos os esforços para reduzir ao mínimo seu balanço.

As grades dos comedouros das fêmeas devem ser diaria-mente checadas para verifi car se não estão danifi cadas, fora de lugar ou se existem falhas.

EQUIPAMENTO DOS MACHOS

O sucesso da alimentação separada depende de um bom manejo do equipamento de alimentação e uniformidade na distribuição do alimento. Existem três tipos de comedouros geralmente utilizados:

1. Comedouro tipo prato automático 2. Tubulares 3. Calhas manuais suspensas

Todos os três tipos usam a mesma técnica: depois da ali-mentação, são suspensos para impedir o acesso de todas as aves, reabastecidos com a ração e, depois, abaixados no próximo trato.

Não interessa qual o equipamento utilizado, o essencial é que cada macho tenha um mínimo de 20 cm de espaço de comedouro, e que a distribuição de alimento seja uniforme. Quando trabalhamos com machos com crista inteira, de-vemos estar certos de que a crista não está restringindo o acesso aos seus comedouros. Quando comedouros do tipo tubulares são utilizados, é importante que a quantidade de ração depositada em cada um seja a mesma e que eles não pendam para um dos lados. O uso de comedouros do tipo calha suspensa tem tido sucesso para a alimentação dos machos, porque a quantidade de ração pode ser pesada e nivelada manualmente, para cada calha, garantindo, assim, a mesma quantidade de ração por macho.

É importante que, para qualquer tipo de sistema utilizado, a altura do comedouro deve ser corretamente ajustada para limitar o acesso das fêmeas e permitir que todos os machos comam. Deve-se tomar cuidado com a altura da cama embaixo dos comedouros. A altura correta depende da altura dos machos e do modelo do comedouro, i.e., da profundidade da calha ou do prato. A altura da borda do comedouro deve estar na faixa de 50-60 cm acima da cama. O melhor método de se garantir a altura correta é a observação e os ajustes regulares.

Deve-se evitar o fornecimento de muito espaço de come-douro, porque os machos se tornam mais agressivos, o que possibilita às fêmeas comer no comedouro deles. É benéfi co atrasar a alimentação dos machos até que a distri-buição de alimento das fêmeas tenha sido completada.

O acompanhamento periódico do processo de alimentação é de suma importância para segurança de que as aves de am-bos os sexos estejam sendo alimentadas separadamente.

EQUIPAMENTO DE ALIMENTAÇÃO SEPARADA POR SEXOS

Desse período em diante, machos e fêmeas devem ser alimentados em sistemas de alimentação separados. Isso permite um controle efetivo do peso corporal e da uniformidade de cada sexo. As técnicas de alimentação separada por sexos estão baseadas na diferença de tama-nho entre machos e fêmeas. A técnica requer um manejo aprimorado, um equipamento apropriado bem ajustado e com manutenção correta.

EQUIPAMENTO DAS FÊMEAS

A maioria das fêmeas são alimentadas em um sistema de comedouro tipo calha. O mais efetivo e apropriado sistema de restrição do acesso dos machos é a grade, que exclui os machos devido à largura de sua cabeça (Ver diagrama 13). A largura mínima da grade é de 45 mm. O objetivo é permitir às fêmeas o livre acesso ao seu comedouro e restringí-lo à maioria dos machos. A adição de um arame ou de um tubo de PVC horizontal no ápice da grade res-tringe ainda mais os machos e permite que a medida da grade seja 2-3 mm mais larga.

O uso de machos sem crista cortada em combinação com a grade de 45 mm de largura e o arame horizontal (barra ou cano) garante que mais de 95% dos machos não te-nham acesso à ração do comedouro das fêmeas a partir dos 175 dias (25 semanas). É recomendado que, quando for usada grade de restrição dos machos, a largura da abertura da grade seja 45 mm e a altura da grade de 70 mm. O uso das barras (cano) tem uma adicional vantagem na efi ciência da grade.

Muitas das grades originalmente instaladas tem a largura inferior/igual a 42mm. Há um perigo nestas grades estreitas pois estas podem impedir um número signifi cante de fêmeas se alimentar e causar níveis de produção reduzidos.

As fêmeas devem ter no mínimo 15 cm de espaço de comedouro por ave, uma necessidade de espaço físico que deve ser respeitada.

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Seção 2: Manejo entrando em produção 98 a 224 dias (14 a 32 semanas)

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PONTOS-CHAVE

Fazer acasalamento aos 154-161 dias (22-23 semanas) de idade.

Adotar e seguir a tabela de relação macho/fêmea de acasalamento.

Fazer amostragem de averiguação de peso dos machos semanalmente.

Observar o comportamento durante a alimentação para assegurar-se de que os sexos estão sendo alimentados separadamente, se os comedouros dos machos estão na altura correta e se o espaço de comedouro é adequado.

EQUIPAMENTO DE AL IMENTAÇÃO MANEJADO INCORRETAMENTE E DISTRIBUIÇÃO DE RAÇÃO IRREGULAR SÃO AS MAIORES CAUSAS DE DEPRESSÃO NA PRODUÇÃO DE OVOS E NA FERTILIDADE.

MANEJO DE FÊMEAS NO PERÍODO PRÉ-PICO

133-224 DIAS (19-32 SEMANAS)

Duas fases que requerem diferentes manejos podem ser identifi cadas:

- Primeira foto-estimulação até 5% de produção - 5% de produção até o pico de postura

MANEJO DE FÊMEAS DA PRIMEIRA FOTOESTIMULAÇÃO

ATÉ 5% DE PRODUÇÃO

OBJETIVOS

Trazer as fêmeas para a produção por estimulação, e dando suporte à produção de ovos pelo uso de alimento e luz.

PRINCÍPIOS

As fêmeas devem crescer seguindo a curva de peso corpo-ral padrão e com o programa de luz recomendado, até que o lote tenha entrado em produção, i.e., 5% de produção/galinha/dia (Ver Iluminação, seção 4, página 49). Aumen-tos regulares de alimento (semanalmente) são essenciais para um apropriado ganho de peso, adequada condição corporal e período de entrada em produção de ovos.

O programa de luz deve ser implementado para dar su-porte e estimular as fêmeas durante esse período. Pode ser alterado de acordo com a maturidade sexual das aves. Não se recomenda mudanças muito fortes; normalmente as alterações antecipam ou atrasam o programa em uma semana (Ver Iluminação, Seção 4, página 49). Água deve ser fornecida à vontade. A ração pré-postura deve ser substituída pela ração postura junto com o primeiro ovo.

PROCEDIMENTOS

O espaço entre os ossos pélvicos (abertura pélvica) é medido para determinação do estado de desenvolvimento sexual das fêmeas. Em situações normais, a abertura pél-vica se desenvolve como o apresentado na Tabela 10.

A abertura pélvica deve ser monitorada regularmente para se conhecer o desenvolvimento do lote durante o período.

Se as aves não ganham o peso corporal esperado, se a uniformidade diminuir ou se as aves demorarem mais para comer o alimento fornecido, deve-se tentar determinar a causa do problema o mais rapidamente possível.

PROBLEMAS COM O ALIMENTO, ÁGUA OU DOENÇAS NESSE ESTÁGIO TÊM UM EFEITO DEVASTADOR NA ENTRADA EM PRODUÇÃO E, CONSEQÜENTEMENTE, NO DESEMPENHO DO LOTE.

PONTOS-CHAVE

Seguir o programa de iluminação recomendado.

Alcançar o peso corporal padrão pelo ganho semanal de peso correto, semanalmente.

Fornecer água potável com livre acesso. Monitorar a uniformidade, peso corporal e tempo

de consumo, com tomadas de atitude rápidas.

Mudar da ração “pré-postura” para “postura” ao primeiro ovo.

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MANEJO DE FÊMEAS DE 5% DE PRODUÇÃO GALINHA/DIA ATÉ PICO

OBJETIVOS

Promover o desempenho reprodutivo das fêmeas com ênfase nas seguintes características: tamanho dos primei-ros ovos, qualidade do ovo, nível do pico de produção e persistência da postura.

PRINCÍPIOS

Observações sobre o desenvolvimento das aves no perí-odo pré-pico têm demonstrado a importância de se con-seguir o peso corporal correto durante o início da postura, para a maximização da produção de ovos e eclodibilidade. As aves alimentadas com mais alimento do que requerem para a produção de ovos, desenvolvem uma estrutura de ovário anormal e ganham excesso de peso, resultando em ovos de baixa qualidade e baixa eclodibilidade. Excesso de ovos de duas gemas e mortalidade causada por peritonite (postura intra-abdominal) ou por prolapso também são causados por super-alimentação durante esse período.

As aves devem ser alimentadas para que os requerimentos nutricionais relacionados com o aumento de produção de ovos e crescimento corporal sejam atendidos. Em uma situação ideal, deveria ser possível medir diariamente as mudanças na produção e peso corporal para ajuste do alimento a cada dia. A decisão sobre a quantidade de alimento requerido em cada estágio depende da freqüência de observação e da tendência de certas características medidas em um curto período:

- Peso corporal- Condição corporal- Quantidade de alimento- Tempo de consumo- Produção de ovos- Peso de ovo

PROCEDIMENTO

O procedimento para determinação de um modelo de aumento de alimento é guiado pela uniformidade de peso corporal e condição corporal aos 140 dias (20 semanas). Essas características vão determinar a quantidade de alimento do primeiro estímulo pré produção a ser dado. (Ver Tabela 11). Se a % CV do lote for < 10, o primeiro estímulo de alimento deve ser aos 5% de produção. Se a % CV > 10, então o primeiro estímulo de alimento deve ser atrasado para os 10% de produção.

O máximo de Energia Metabolizável (EM) consumido no pico de produção é determinado inicialmente como mos-trado na Nutrição, Seção 4, página 43, atualmente em 462 kcal EM /dia. A diferença da quantidade de alimento fornecido antes do primeiro ovo e o fornecido no pico permite estabelecer um perfi l. O procedimento é então ajustado para cada lote, individualmente, dependendo do peso corporal, da produção de ovos e da temperatura ambiental. Monitoramento do ganho de peso, da produção diária e do peso dos ovos é vital. Lotes uniformes entram em produção rapidamente e os níveis de alimento devem ser ajustados para dar apropriado suporte para as aves nesse estágio. Pequenos, mas freqüentes incrementos de alimento devem ser usados para prevenir o excesso de ganho de peso.

Um manejo apropriado das aves em início de produção requer observação freqüente dos importantes parâmetros de produção, como os mostrado na Tabela 12 (próxima página).

É de suma importância que os dados absolutos e as ten-dências de peso corporal e peso de ovo sejam utilizados em combinação para determinar os incrementos de alimen-to. Por exemplo, se o peso do ovo e/ou o peso corporal é/são considerado(s) desviados da curva esperada, então o incremento de alimento deve ser atrasado ou adiantado, conforme as necessidades.

Incrementos de alimento ao redor da quantidade máxima podem ser requeridos para lotes de alta produção. Um adicional de 5 g/ave/dia (14 kcal) pode ser fornecido depois da avaliação de ambos os dados: absoluto e tendência.

O alimento deve ser ajustado de acordo com a temperatu-ra: retirada de 3,8 kcal EM para cada 1°C em temperatura operacional acima de 28°C e acréscimo de 5,8 kcal EM para cada 1°C abaixo de 15°C.

As circunstâncias vão variar para cada lote, dependendo das condições de desempenho e do ambiente. O programa mais apropriado deve ser defi nido pelo uso dos princípios descritos acima e dos equipamentos e instalações dispo-níveis. O exemplo a seguir mostra como um programa de alimentação pode ser utilizado para um lote em parti-cular, levando em consideração o histórico do lote, o tipo de aviário, a composição do alimento e o conhecimento prático do técnico.

Abaixo temos um exemplo de programa de alimentação.

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Seção 2: Manejo entrando em produção 98 a 224 dias (14 a 32 semanas)

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O INCREMENTO ABAIXO OU ACIMA DO ESPERADO DO

PESO DO OVO E/OU NO PESO CORPORAL DAS FÊMEAS INDICAM ESTÍMULOS INCORRETOS DE ALIMENTO. FALHAS NA CORREÇÃO RESULTARÃO EM UM BAIXO PICO DE PRODUÇÃO.

PONTOS-CHAVE

Crescimento de fêmeas dentro do programado em todas as fases.

Estímulo à produção de ovos desde os 5% de produção/galinha/dia.

Defi nição do programa de incremento de alimen-to baseado na % CV, quantidade de alimento antes do início de produção, nível de energia da ração e temperatura ambiente.

Utilização de pequenos, mas constantes incre-mentos de alimento

Monitorar peso médio corporal, uniformidade e ganho de peso a cada duas semanas.

Pesagem e registro dos ovos diariamente, a partir de 5 % de produção/galinha/dia.

Atuação rápida quando ocorrerem inadequados ou excessivos ganhos de peso de ovo, produ-ção e/ou peso corporal, por meio de adianta-mento ou atraso dos incremento de ração.

Atenção às alterações no tempo de consumo.

PESO DE OVO E CONTROLE DA ALIMENTAÇÃO

OBJETIVO

Usar o peso de ovo para determinar se o estímulo de alimento está sendo adequado para uma ótima produção de ovos.

PRINCÍPIOS

A tendência do ganho de peso diário dos ovos serve como um indicador sensível da adequação do total de nutrientes ingeridos. O incremento de alimento é ajustado de acordo com os desvios do perfi l de peso de ovo.

PROCEDIMENTOS

Uma amostra de 240 a 360 ovos deve ser pesada em grupo. Esses ovos devem ser coletados diretamente dos ninhos na segunda coleta do dia. Os ovos muito peque-nos, os de duas gemas e os ovos anormais (i.e., de casca

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98 a 224 dias (14 a 32 semanas) Seção 2: Manejo entrando em produção

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mole) são rejeitados. O peso médio é obtido pela divisão do peso total pelo número de ovos pesados. O peso diário é, então, plotado no gráfi co com a curva de peso padrão diário de ovo. É importante que a escala do gráfi co seja grande o bastante para que a variação diária seja clara-mente visualizada.

Nos lotes que estão recebendo a quantidade correta de alimento, o peso de ovo crescerá, normalmente, paralelo ao padrão de curva de peso de ovo, o qual em uma deter-minada idade depende do peso corporal e da maturidade sexual, e pode estar acima, abaixo ou no padrão. Se o lote foi subalimentado, o tamanho do ovo manter-se-á durante um período de 4-5 dias, como o esperado. A correção pode ser feita por antecipação do próximo incremento de alimento. Se a quantidade de pico de alimento prevista já tiver sido alcançada, então um estímulo extra de alimento de 3g/ave/dia deve ser fornecido.

O peso médio diário oscilará dia a dia, devido às variações na amostragem e infl uências ambientais. O efeito da oscilação no peso de ovo é amenizado se os pontos médios entre os dias consecutivos forem ligados no gráfi co para produzir ambos: uma tendência e um perfi l da projeção (Ver diagrama 14, ao lado).

Uma queda na tendência, em 5 dias, pode resultar na redução dos níveis de pico de produção. Pequenas que-das no peso de ovo podem ocorrer, particularmente em lotes de altas produções, entre 50-70% de produção por galinha alojada.

TOMADA DE DECISÕES COM RELAÇÃO À PEQUENAS QUEDAS DE PESO DE OVO, AO REDOR DE 75% DE PRODU-ÇÃO GALINHA/DIA, NÃO É RECOMENDADO POIS A PARTIR DESSE PONTO PODE ACORRER UM GANHO DE PESO CORPORAL EXCESSIVO.

PONTOS-CHAVE

Ajustes no alimento ingerido baseados nos des-vios à curva padrão de peso de ovos.

Pesagem de amostras por grupo de ovos e registro diário, desde os 5% de produção /galinha/dia.

Monitoramento da tendência de peso diário de ovos plotando-a em gráfi cos com escalas gran-des.

Pronta atuação nas tendências de queda no peso diário de ovos via aumento da quantidade de alimento concedido.

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Seção 2: Manejo entrando em produção 98 a 224 dias (14 a 32 semanas)

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MANEJO DE MACHOS NO PERÍODOPRÉ PICO 133 - 224 DIAS

(19 -32 SEMANAS)

OBJETIVO

Manejar o número de machos e seu peso corporal para maximizar a fertilidade inicial.

PRINCÍPIOS

O peso corporal alvo é alcançado por monitoramento do peso corporal real e ajuste na quantidade de alimento. O controle do mesmo nesse período pode ser difícil, porque os machos conseguem comer nos comedouros das fêmeas.

O sucesso do procedimento de acasalamento depende da retirada, por observação, do excedente de machos do lote e das condições das fêmeas.

PROCEDIMENTOS

Alimentação do Macho: Após o acasalamento, os obje-tivos de produção de machos e fêmeas são mais fáceis de ser conseguidos se o equipamento e as técnicas da alimentação separada por sexo são bem utilizados. Os machos são mais facilmente excluídos dos comedouros das fêmeas se as cristas deles não forem cortadas.

Para evitar o acesso dos machos aos comedouros das fêmeas, pode-se usar mangueiras ou conduites plásticos de 1/2” amarrados internamente nas gradinhas, como mos-trado no diagrama 15. Quando a crista dos galos atingirem tamanho sufi ciente que não permita o acesso ao comedouro das fêmeas as mangueiras devem ser retiradas.

O peso médio e o ganho de peso devem ser monitorados semanalmente como também a quantidade de alimento colocada nos comedouros dos machos, que devem ter a altura regulada. Então, a taxa de crescimento requerida será alcançada. O fornecimento de alimento pode variar consideravelmente (i.e., de 100 -170 g de alimento/macho/

dia), dependendo da quantidade de alimento que eles conseguem retirar do comedouro das fêmeas.

Os machos requerem 20 cm de espaço de comedouro por ave e os comedouros devem ser distribuídos em linha por todo o comprimento do aviário. A proporção de espaço e a disponibilidade de comedouros devem ser mantidas de acordo com o decréscimo do número de machos ao longo da vida do lote.

COMEDOUROS POUCO EFICIENTES PARA FAZER A ALIMENTAÇÃO SEPARADA POR SEXO REDUZEM A PRECISÃO DO FORNECIMENTO DO ALIMENTO PARA MACHOS E FÊMEAS. OS PROBLEMAS APARECERÃO SE OS SEGUINTES PONTOS ESTIVEREM INADEQUADOS :- CRISTA DOS MACHOS (CORTADA) - LARGURA E ALTURA DA GRADE - PRECISÃO DA INSTALAÇÃO DA GRADE - FECHAMENTO DAS CAÇAMBAS SUPLEMENTARES E

CURVAS- ALTURA DO COMEDOURO DO MACHO

A efi ciência do comedouro requer uma atenção contínua e por isso ele deve ser checado duas vezes por semana. Atenção maior ao lote deve ser dada quando todos os ma-chos (100%) não conseguem mais comer nos comedouros das fêmeas. Isto ocorre tipicamente aos 189 - 224 dias (28 - 32 semanas) de idade para machos com crista cortada e 175 - 203 dias (25 -29 semanas) para os machos com crista intacta. Nesse ponto, um incremento do alimento é requerido para manter o crescimento esperado. O tamanho do incremento vai variar de lote a lote, mas recomenda-se um aumento de 5-10 g alimento/macho/dia, seguido de uma amostragem de peso corporal intermediária (meio da semana) para monitorar a evolução. É muito importante que os machos e fêmeas não tenham redução de nutrien-tes no período pré-pico.

Falhas na detecção do momento em que os machos são totalmente excluídos dos comedouros das fêmeas são uma causa comum de pequenas perdas de peso no período pré-pico e têm sérias implicações para a fertilidade. É improvável que o peso corporal dos machos seja mantido com uma quantidade inferior a 130 g/ave/dia. Os machos podem iniciar a perda de peso se receberem menos de 130 g/ave/dia em seus comedouros, quando já não conseguem mais comer nos comedouros das fêmeas.

Se os machos roubam ração das fêmeas, particularmente quando o lote está entre 50% de produção/galinha/dia e o pico, pode reduzir signifi cativamente os níveis de desem-penho destas. O técnico do lote deve estar atento aos fatores que indicam quando está ocorrendo uma pequena perda de peso corporal nas fêmeas, ou uma alteração no peso diário de ovo , condição da ave , etc.

Os machos e fêmeas podem ser encorajados a usar os seus próprios comedouros se os machos forem alimenta-dos depois das fêmeas. Isso pode ser conseguido com o

Cano de PVC de ½”

DIAGRAMA 15: BLOQUEIO DO ACESSO DOS MACHOS AO COMEDOURO DAS FÊMEAS.

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98 a 224 dias (14 a 32 semanas) Seção 2: Manejo entrando em produção

33

abaixamento dos comedouros dos machos depois que o alimento das fêmeas já estiver distribuído.

PROBLEMAS COM O EQUIPAMENTO E A DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTO PODEM DEPRIMIR SERIAMENTE A PRODUÇÃO DE OVOS E SÊMEN; A AVERIGUAÇÃO PODE OCORRER MAIS FACILMENTE SE O TÉCNICO RESPONSÁVEL PELO LOTE ACOMPANHAR A DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTO. O ACOMPANHAMENTO DA ALIMENTAÇÃO DEVE SER UMA PRÁTICA ROTINEIRA.

Excesso de coberturas: O excesso de machos leva a excesso de coberturas, coberturas interrompidas e com-portamento anormal. Nos lotes em que ocorrem excesso de coberturas haverá redução da fertilidade, da eclodibi-lidade e do número de ovos. Nos estágios iniciais, após o acasalamento, é normal observar-se desgaste (quebra) das penas no dorso próximo à cauda, e na parte posterior da cabeça das fêmeas. Quando o quadro progride para re-moção das penas é sinal de que há excesso de coberturas. Se a relação de acasalamento não for reduzida, a condição irá piorando com a perda de penas do dorso, arranhaduras e cortes na pele, e problemas secundários, como perda da condição das fêmeas e redução da produção de ovos. O excesso de machos também pode ser indicado quando eles têm um excesso de penas danifi cadas.

Quando há excesso de machos a competição pelas fêmeas impede uma ótima manutenção de número de coberturas. Os machos excedentes devem ser removidos rapidamente ou haverá uma signifi cativa perda de persistência de fertilidade.

O lote deve ser examinado duas vezes por semana, a partir de 189 dias (27 semanas), para se verifi carem sinais de ex-cesso de coberturas. Mesmo quando o número de machos está dentro do recomendado, um excesso de coberturas pode ser observado ao redor de 196 dias (28 semanas) de idade e tornar-se muito evidente aos 210 dias (30 semanas).

Com excesso de coberturas, a remoção de machos deve ser acelerada com retirada inicial de 0,5 macho/100 fêmeas e con-tinuidade da seqüência do programa de retirada de machos.

A retirada de machos deve ser um processo contínuo. O número de machos a ser removido semanalmente para se conseguir a relação de acasalamento esperada deve ser calculada (Ver Tabela 9, página 26).

A QUALQUER MOMENTO EM QUE OCORRER UM EXCESSO DE COBERTURA DEVE-SE REALIZAR UMA RETIRADA DE MACHOS.

Remover o Excesso de Machos para Otimizar a Relação de Acasalamento: Com o passar da idade, menos machos são requeridos para manter a fertilidade (Ver tabela 9). Quando se removem machos, grande ênfase deve ser dada ao padrão de relação de acasalamento e ao monitoramento

de sinais de excesso de coberturas no lote.

Monitorar a condição dos machos semanalmente é uma boa prática. Uma média de coloração de cloaca deve ser obtida subjetivamente por pessoal experiente e dividida em 3 grupos de coloração: alta, média e baixa. A proporção de machos dentro de cada coloração deve ser estimada.

Quando machos forem selecionados para remoção, convém retirar as aves das categorias de coloração baixa e média.

Monitorando a Condição dos Machos: A dispersão de machos dentro do lote signifi ca que a aplicação das técnicas de manejo para machos pode ser mais difícil do que para as fêmeas. Boas práticas de rotinas são essenciais para se reconhecerem mudanças nas condições dos machos. As características que requer maior atenção são:

- Esperteza e atividade - o lote deve ser observado várias vezes ao dia para se verifi car atividade de co-berturas, alimentação, local de descanso e distribuição durante o dia, e um pouco antes do apagar das luzes;

- Condição física - coloração da face, crista e barbela, condição da barbela e crista (i.e., fi rme ou fl ácida) são importantes indicadores da condição física. Deve-se fazer uma avaliação do tônus muscular, conformação da musculatura do peito, proeminência do osso da quilha e manter cuidadosa detecção de sinais de deterioração dos machos. As condições das pernas, articulações e pés devem ser observadas. Camas úmidas causam lesões no coxim plantar, levando a risco de infecção e desconforto, que reduzirão o bem-estar e a atividade de cobertura;

- Empenamento - a observação tanto em machos quanto em fêmeas das condições das penas, perdas parciais de penas, parte posterior do pescoço sem penas ou machucado é muito importante;

- Tempo de consumo do alimento - variação no com-portamento individual dos machos deve ser observa-da e registrada. É importante que qualquer mudança dentro do lote seja identifi cada e trabalhada;

- Amostragem de peso corporal - o peso corporal mé-dio e a uniformidade devem ser medidos e registrados. As variações no peso corporal médio semanal devem ser comparadas com o padrão para se verifi car se o ganho de peso corporal semanal é aceitável. A quan-tidade de alimento deve ser ajustada, se necessário;

- Coloração da cloaca - a coloração avermelhada intensa é muito útil para avaliar a atividade dos machos do lote. Machos trabalhando em ótimas taxas apresentarão cloaca com coloração muito avermelhada. O objetivo é promover e manter essa condição em todos os machos ativos, durante toda a vida do lote. Em qualquer época que se apresen-tar excesso de coberturas, os machos com cloaca pálida devem ser retirados;

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Seção 2: Manejo entrando em produção 98 a 224 dias (14 a 32 semanas)

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- Sub-alimentação - isto é mais comum a partir de 245 dias (35 semanas) de maneira geral, mas tam-bém pode ocorrer mais cedo. Os machos podem, de repente, parecer lerdos e apáticos, mostrando redução de atividade sexual e cantando menos. Se esses sintomas não forem detectados e as condições progredirem, as cristas tornam-se fl ácidas e ocorre a perda do tônus muscular. Depois haverá a perda da conformação da musculatura do peito, da coloração da face e os machos entram em muda de penas. Em adição, a coloração da cloaca se tornará menos avermelhada e a variação dentro da população será aumentada. Esse último estágio é sério e um número signifi cativo de aves não se recuperará. Na observa-ção da combinação desses sintomas, a quantidade de alimento fornecida deve ser aumentada imediatamen-te, de 3-5 g/ave/dia. O tempo de consumo, espaço de comedouro por ave e a efi ciência do processo de alimentação separada por sexo devem ser checados. Mudança na textura da ração deve ser considerada para permitir que os machos muito ativos tenham tem-po sufi ciente para consumir os nutrientes adequados (tamanho do pelete ou triturado). A curva do ganho de peso corporal médio semanal deve ser verifi cada, com repesagem do lote em caso de dúvida. Os ma-chos mais ativos trabalharão por um período curto, usando as suas reservas corporais, mas os outros cessarão a atividade sexual. A correção imediata é essencial.

- Machos muito pesados - se o controle de peso dos machos não for bem executado, uma parte da população poderá fi car muito acima do peso. Isto causará um aumento de lesões nas fêmeas durante a cópula ou aumentará o número de freqüência de cópulas incompletas. Frequentemente muitas fêmeas começarão a evitar a cópula se este tipo de macho estiver presente. Ocorrendo isto os machos com excesso de peso devem ser removidos.

PONTOS-CHAVE

Promover o crescimento dos machos dentro do padrão de peso corporal com boa uniformidade do lote.

Utilizar a alimentação separada por sexo com os equipamentos certos e bem mantidos.

Monitorar, no mínimo semanalmente, o peso médio corporal e ganho de peso; e duas vezes por semana desde o acasalamento até os machos não conseguirem mais comer ração dos come-douros das fêmeas.

Fornecer a quantidade de alimento requerida para que os machos atinjam o peso corporal padrão. Qualquer pequena queda no peso corporal deles tem sérias implicações para a fertilidade.

Monitorar, as fêmeas a partir de 189 dias (27 semanas) de idade, para detecção de sinais de excesso de coberturas.

Em qualquer ocorrência de excesso de co-berturas, reduzir o número de machos em 0,5 macho/100 fêmeas e reajustar as futuras relações de acasalamento.

Seguir, semanalmente, a rotina de avaliação dos machos no lote e individualmente. Manter uma re-lação ótima de acasalamento, fazendo a retirada individual dos machos com base nas condições corporais.

Observar e monitorar a atividade, esperteza, con-dição física, empenamento, tempo de consumo e coloração da cloaca.

Retirar primeiro os machos com baixa coloração cloacal e, depois, os de coloração média. Cloaca com coloração intensa indicam que os machos estão com boa atividade sexual.

Remover os machos com excesso de peso quando estiverem ocorrendo lesões nas fêmeas decorrente da cópula.

NUTRIÇÃO DE MACHOS Ver Nutrição, Seção 4, página 47

PROGRAMA DE ILUMINAÇÃO Ver Iluminação, Seção 4 , página 49

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98 a 224 dias (14 a 32 semanas) Seção 2: Manejo entrando em produção

35

Índice Pág.

Manejo de Fêmeas no Período Pós-Pico 36 224 - 476 dias (32 - 68 semanas)

Manejo de Machos no Período Pós-Pico 38 224 - 476 dias (32 - 68 semanas)

Seção 3Manejo em Produção

224 - 476 dias (32 - 68 semanas)

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Seção 3: Manejo em produção 224 a 476 dias (32 a 68 semanas)

36

DIAGRAMA 16:

(%)

(%)

MANEJO DE FÊMEASNO PERÍODO PÓS-PICO

224-476 DIAS(32 - 68 SEMANAS)

OBJETIVOS

Maximizar a produção dos ovos incubáveis, garantindo persistência dos altos níveis da produção dos ovos.

PRINCÍPIOS

Os lotes de matrizes normalmente atingem a maturidade sexual e cessam o crescimento ao redor dos 217-224 dias (31-32 semanas). As aves continuam a ganhar peso, mas pela deposição da gordura e crescimento dos outros tecidos corpóreos. A taxa de acúmulo de gordura é a chave para controlar a produção de ovos no período de pós-pico. O consumo alimentar é ajustado de acordo com o peso corpóreo e produção de ovos, para regular a taxa de acúmulo de gordura.

O pico de produção de ovos é geralmente alcançado por volta de 217 dias (31 semanas) de idade. Um pouco de-pois, por volta dos 238 dias (34 semanas), ocorre o pico de massa de ovo.

Ex. massa do ovo = peso médio de ovo X % produção do ovo 100

Durante o período de 224-238 dias (32-34 semanas), ocorre o requerimento máximo de nutrientes para a pro-dução de ovos . Em algum ponto desse período, a redução alimentar deverá começar.O momento certo para iniciar a redução de alimento de-penderá da história do lote e condição corporal da ave. Há, portanto, necessidade de remover o excesso de ali-mento, antes que aves comecem a deposição de excesso de gordura. Para permanecer saudável e vigorosa após os 210 dias (30 semanas), as aves devem ganhar peso corporal numa média de 15-20g/ave/semana.

PROCEDIMENTOS

Os níveis de alimento devem ser reduzidos para controle do ganho de peso corporal da fêmea, do tamanho do ovo e para melhoria da persistência de produção no período pós-pico. O momento e a quantidade da redução de ali-mento dependerão de:

- peso corporal e variação de peso corporal desde o início da produção

- produção diária de ovos e tendência- peso diário de ovos e tendência do peso dos ovos - nível de saúde dos lotes- temperatura ambiente- composição (ex. nível de energia e de proteína) e

qualidade do alimento- quantidade do alimento (ex. energia recebida) no pico- histórico do lote (ex. recria e desempenho pré-pico).

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224 a 476 dias (32 a 68 semanas) Seção 3: Manejo em produção

37

Começar a redução de alimento após o pico de massa de ovo.

Retirar 1 grama de alimento (2,8 kcal) a cada 2 semanas.

Manter a retirada até o descarte do lote.

Ex: Um lote com volume máximo de alimento em 165g/ave/dia (462 kcal EM/ave) e o nível estimado de alimen-to no final do período é de 150 g/ave/dia (420 kcal EM/ave), então a quantidade total de alimento a se retirar será de 22 g. Remover 11 g (ou seja, 50% de 22%) até 294 dias (42 semanas) como mostra a tabela 14 e retirar os 11 gramas restantes até o descarte do lote.

Energia(kcal EM/ave/dia)

Uma vez que existe variação nas características men-cionadas acima, entre todos os lotes, o programa de redução de alimento também variará para cada lote. Basicamente, um programa deve ser iniciado após o pico de postura (31ª semana), mas não depois do pico da mas-sa de ovos (34ª semana), pois após a 35ª semana, com o excesso de alimento a deposição de gordura.

Abaixo segue um exemplo de programa de retirada de alimento (tabela 14).

Na maioria das situações, a quantidade total de alimento removido será de aproximadamente 50 kcal/ave.

O controle de peso corporal e a progressão do peso do ovo devem ser as principais prioridades no período de 224-476 dias (32-68 semanas). Isso é alcançado pela redução alimentar programada, a qual é decidida de acordo com as observações e medidas da condição corporal das aves e produção de ovos. Rotinas devem ser estabelecidas para permitir o monitoramento:

- Peso corporal e variação de peso corporal de 15-20 g/ave/semana, avaliados a cada 2 semanas.

- Peso de ovo diário e variação no peso de ovo em comparação com o padrão de peso de ovo.

- Condição corporal (ex. tonicidade e volume de massa muscular); gordura; condição e cobertura de penas; condição das patas e pernas; coloração facial, de crista e barbela; aspectos que indicam atividade reprodutiva.

Em temperaturas extremas, é necessário ajustar quan-tidade de alimento de acordo com os requerimentos de energia da ave.

FALHAS NO CONTROLE DO PESO CORPORAL A PARTIR DE 224 DIAS (32 SEMANAS) PODEM REDUZIR SIGNIFICA-TIVAMENTE A PERSISTÊNCIA DE POSTURA, TAMANHO DO OVO, QUALIDADE DA CASCA E FERTILIDADE DA FÊMEA, DEPOIS DE 294 DIAS (42 SEMANAS).

PONTOS-CHAVE:

Seguir um programa de redução de alimento.

Começar a redução de alimento no período do pico, até 3 semanas depois do pico, dependen-do da condição corporal da ave, peso corporal, quantidade de alimento e temperatura.

Planejar uma redução de, no mínimo, 50% do alimento total, a ser retirado até 294 dias (42 semanas).

Fazer redução de energia de aproximadamente 50 kcal EM/ave entre o pico de produção e o descarte do lote.

Fazer, semanalmente, ajustes na quantidade de alimento de acordo com as observações do peso corporal , peso do ovo, massa do ovo e condição corporal da ave.

Ajustar a quantidade de alimento em resposta às mudanças na temperatura ambiente.

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Seção 3: Manejo em produção 224 a 476 dias (32 a 68 semanas)

38

MANEJO DE MACHOSNO PERÍODO PÓS-PICO

224-476 DIAS(32-68 SEMANAS)

OBJETIVO

Controlar o número (relação machos/fêmeas) e peso corpo-ral dos machos para manter persistência da fertilidade.

PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS

Os princípios e procedimentos usados para manejar ma-chos no período pós-pico são similares àqueles descritos para o período pré-pico (Ver Manejo de Machos Pré-Pico, 133-224 dias, Seção 2, página 32). Deve-se dar particular ênfase à otimização das taxas de acasalamento, uniformi-dade, condição física e controle de peso corporal.

No período pós-pico, o peso corporal é controlado pelo ajuste da quantidade de alimento para que o perfi l da curva de peso padrão seja alcançado. Após 224 dias (32 semanas) de idade, o ganho de peso corporal semanal deve ser de 30 g. Os dados de peso corporal devem ser usados em conjunto com as recomendações de manejo descritas na Seção 2, para decisão sobre um fornecimento de alimento que satisfaça os requerimentos das aves.

A quantidade de ração, normalmente fornecida para os machos, varia de 140 a 160 g por macho. Mesmo em plantéis com ganhos de peso constantes (ao redor de 30g/semanal), o alimento deve ser incrementado pelo menos uma vez ao mês, na proporção de 1 a 2 gramas a cada 3-4 semanas.

Uma ótima taxa machos/fêmeas deve ser mantida, removendo-se os machos, individualmente, de acordo com suas condições físicas (Seção 2, página 33). Os machos rejeitados deverão ser pesados para, só depois, serem descartados. Dessa forma poderemos estimar o efeito da remoção deles no peso médio geral do lote.

PONTOS-CHAVE:

Alimentar aves para que alcancem o perfi l de peso corporal.

Otimizar a taxa machos/fêmeas de acasala-mento, removendo, individualmente, os machos de acordo com sua condição física.

Controlar o ganho de peso dos machos seguindo o padrão de peso corporal. Pequenos incremen-tos de alimento podem ser necessários para que se mantenham peso corporal e uniformidade.

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224 a 476 dias (32 a 68 semanas) Seção 3: Manejo em produção

39

Índice Pág.

Aviário e Ambiente 40

Nutrição 43

Iluminação 49

Cuidados com os Ovos Incubáveis 56

Higiene e Saúde das Aves 60

Seção 4Requerimentos Ambientais Específi cos

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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AVIÁRIO E AMBIENTE

OBJETIVO

Fornecer um ambiente protegido no qual a temperatura, a umidade e a luz natural possam ser controladas. Ga-rantir um nível de controle que otimize o desempenho reprodutivo e não comprometa a saúde e bem-estar das aves. Essas devem ter acesso individual a água e alimento.

PRINCÍPIOS

Ovos incubáveis são comercialmente produzidos em uma grande variedade de climas em todo o mundo. O clima dita o tipo de sistema de alojamento (i.e. galpão aberto, ambiente controlado) escolhido para o lote de matrizes. As especifi cações técnicas do sistema de alojamento devem ser defi nidas de forma que as aves sejam mantidas sob apropriadas condições de ambiente. Essas devem levar em conta o bem-estar das aves, os alvos de desempenho, os materiais disponíveis e as limi-tações fi nanceiras. Facilidade e efetividade do controle ambiental são também fatores muito importantes.

LOCAL DE ACESSO

O local deve ser escolhido tendo em vista a biossegurança e o acesso dos funcionários, os quais devem ter, à sua disposição, acomodações adequadas e banheiros (Veja Higiene e Saúde das Aves, pág. 60).

PROJETO DO AVIÁRIO

No projeto do aviário devem-se considerar:

- Clima: extremos de temperatura e umidade podem indicar que tipo de galpão é mais apropriado (i.e., aberto ou fechado).

- Regulamentação e leis locais: essas podem es-tipular restrições importantes ao projeto (ex. altura, cor, material etc.) e devem ser consultadas o quanto antes.

- Biossegurança: o tamanho, a localização relativa e

o projeto do aviário devem ser feitos para minimizar a transmissão de patógenos entre os lotes e dentro deles. Devem-se adotar uma política de alojamento de idade única e procedimentos efetivos de limpeza entre lotes (Veja Higiene e Saúde das Aves, pág. 60). Deve-se seguir a legislação nacional quanto à cons-trução de novas granjas avícolas no que diz respeito a aspectos de biossegurança (isolamento,distâncias mínimas, etc).

- Manejo Desejado: maior sucesso no manejo do lote é atingido quando se usa aviário com ambiente controlado ou aviários escuros (blackout) durante o período de recria. O tipo de aviário usado durante o período de postura vai depender de clima e latitude.

- Função: o tipo de aviário vai depender do seu pro-pósito: recria, produção ou duplo propósito (i.e. de um dia até o descarte).

- Número de aves desejado: o número de ovos incubáveis por semana determina o número de matrizes a serem alojadas. O número e o tamanho dos aviários devem-se adequar à densidade de alo-jamento (veja Tabela 15), espaço de comedouros e capacidade do sistema de ventilação/resfriamento.

- Topografi a local e ventos predominantes: esses fatores naturais têm particular importância para aviários abertos. Eles devem ser observados para minimizar a incidência direta da luz solar e otimizar ventilação e resfriamento. A existência de locais próximos sujeitos a doenças transmissíveis por via aérea, deve também ser levado em consideração.

- Custo e disponibilidade de energia: aviários com ambiente controlado exigem uma razoável fonte de energia para fornecer eletricidade para ventilação, aquecimento, iluminação e mecanismos de alimen-tação.

- Tipo de solo: solos expansivos (ex.: arenosos) exi-gem fundações apropriadas para prevenir problemas estruturais.

- Piso: piso de concreto liso com acabamento resis-tente é essencial para facilitar a limpeza e propiciar uma boa desinfecção. Uma área de concreto de 1–3 metros, em volta do aviário, inibirá a entrada de roedores (Veja também Higiene e Saúde das Aves, pág. 60).

- Drenagem: drenos são apropriados para drenar a água de chuva e também para facilitar a limpeza do aviário (biossegurança).

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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AMBIENTE

AVIÁRIOS ESCUROS (BLACKOUT)

Aviários com ambiente controlado têm vantagens sobre os aviários abertos, especialmente durante a recria, uma vez que limitam as infl uências de ambiente, facilitam o controle da maturidade e do peso corporal auxiliando na produção de lotes uniformes. Aviários de ambiente controlado devem considerar os seguintes fatores:

- À prova de luz: a intensidade de luz não deve ex-ceder 0,4 lux em um aviário escuro (com as luzes apagadas). Em termos práticos, 4 lux de intensidade luminosa é o mínimo necessário para a leitura de um jornal. Para se medir com precisão a intensidade luminosa é necessário um medidor de luz (luxíme-tro).

- Isolamento térmico: bom isolamento prevenirá fl utuações de temperatura do aviário. Um isolamento efi ciente é fornecido por 3 cm de poliuretano no telhado.

- Exclusão de ventos: a eliminação de ventos e de intensidade de luz são ambos conseguidos com as mesmas características do projeto.

- Iluminação: a luz, cuja intensidade deve ser con-trolada, principalmente no período de recria, deve ser igualmente distribuída por todo o aviário (Veja iluminação, seção 4, pág. 49).

- Ventilação: o sistema de ventilação deve ser capaz de fornecer a quantidade de ar fresco necessário e remover gases e subprodutos gasosos transporta-dos pelo ar. A ventilação também contribui para o controle de temperatura e umidade, especialmente em condições quentes e deve prover um ambiente uniforme para as aves sendo livre de correntes de ar. A taxa de ventilação depende da taxa de metabolis-mo das aves que é determinada pelo peso corporal, taxa de produção de ovos e taxa de crescimento. E ainda, onde existem emissão de amônia, a taxa de ventilação tem que ser aumentada. As taxas mínimas e máximas de ventilação de matrizes devem ser mantidas como:

Taxa de ventilação mínima (m3/segundo/kg0,75) 1,6 até 2,0* x 10-4

Taxa de ventilação máxima (m3/segundo/kg0,75) 1,55 x 10-3

*A taxa mais alta é requerida para controlar a emis-são de amônia.

Fonte: Serviço de Assistência Técnica e Desenvolvimento Agrícola do Reino

Unido

A taxa mínima de ventilação é a quantidade de ar requerida por hora para suprir oxigênio às aves e manter a qualidade do ar.

Em situações de climas frios, a taxa de ventilação

máxima é a quantidade de ar requerida por hora para remover o calor metabólico tal que a temperatura den-tro do prédio é mantida nunca maior que 3oC acima da temperatura externa em uma circunstância normal e o ar que entra no sistema evaporativo for usado.

Este modelo pode ser usado para calcular as taxas mínimas e máximas de ventilação (m3/segundo ou m3/hora) para lotes de matrizes com diferentes pesos corporais.(Ver apêncide 6, pag. 78).

Em situações de climas quentes onde o efeito da sensação térmica é usado para aumentar a perda de calor (eg. Ventilação em túnel) das aves, existe um benefício em exceder a taxa máxima de ventilação para alcançar a velocidade do ar desejada dentro do aviário. A tabela 16 mostra o efeito da sensação térmica em diferentes velocidades de ar e diferentes temperaturas.

- Sistema de resfriamento: em climas quentes, aviários escuros (fechados) exigem um sistema de resfriamento para abaixar a temperatura ambiente. Isso é normalmente feito pela evaporação de água. Resfriamento evaporativo é empregado em condi-ções de calor, isto é, temperaturas acima de 27°C, com objetivo de manter as aves em temperatura de operação dentro da faixa de 20 a 27ºC. A efi cácia depende da umidade relativa do ar. Sistemas de resfriamento evaporativo, comumente usados em aviários escuros (fechados), são descritos na Tabela 17, e ilustrados nos Diagramas 16 e 17.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

42

Pendular 1/80 1/60

AVIÁRIOS ABERTOS

Quando se utilizam aviários abertos, deverá se dar parti-cular atenção ao programa de luz. (Veja Iluminação, pág. 50). A combinação de um ambiente controlado (escuro) na recria e um aviário aberto na postura permite maior controle do que em um aviário aberto de um dia de idade até o descarte do lote.

Aviários abertos dependem do fl uxo de ar natural para movimentação do ar no aviário. Eles devem ser constru-ídos com uma largura específi ca, isto é, 9–12 m e uma altura mínima de 2,5 m de pé direito, para garantir uma adequada circulação do ar.

Sob a maioria das condições práticas, a ventilação na-tural no aviário aberto fornecerá às aves um ambiente adequado. A circulação do ar é controlada pela variação da altura da cortina. Ventiladores podem ser usados para complementar a ventilação natural e aumentar o controle de temperatura dentro do aviário. As cortinas devem ser feitas de material translúcido para permitir a passagem da luz natural (durante o dia). Cortinas pretas são usadas em situações em que é necessário excluir a luz do dia (ex. aviário escuro (blackout) durante a recria).

EQUIPAMENTOS

O manejo efi ciente de um lote de matrizes requer uma atenção especial aos equipamentos.

POLEIROS

É uma boa prática de manejo instalar poleiros durante a fase de recria visando estimular e treinar as aves a se acostumarem com os ninhos. Um número sufi ciente de poleiros deve prover 3cm/ave alojada (sufi ciente para

20% das aves alojadas) na recria a partir de 28-42 dias (4-6 semanas) de idade.

ESPAÇO DE COMEDOURO

O espaço de comedouro por ave é determinado pelo ta-manho da ave e aumentará a medida que a ave se torna mais velha. (Veja Tabela 18). Um fornecimento efi ciente de alimento não depende somente do espaço de comedouro, mas também do tempo de distribuição (Veja Controle da Alimentação para Manejo do Peso Corporal, Seção 1, páginas 15 e 16).

EQUIPAMENTO PARA ALIMENTAÇÃO SEPARADA POR SEXOS

Detalhes deste tipo de equipamento são fornecidos no Manejo Entrando em Produção, Seção 2, página 27.

ESPAÇO DE BEBEDOURO E DISPONIBILIDADE DE ÁGUA

Necessidade de bebedouros extras na fase inicial é apre-sentado em RECRIA (Seção 1, página 9). A necessidade de bebedouros é infl uenciada pela temperatura ambiente. Recomendações gerais para espaço de bebedouro são apresentadas na Tabela 19, logo abaixo.Maior espaço de bebedouros pode ser necessário em condições de temperaturas extremas.

Recomenda-se uma fonte reserva para fornecimento de água em caso de emergência.

ESTOCAGEM E MANUSEIO DOS OVOS

Informações sobre ninhos, coleta automática de ovos, armazenagem e manuseio dos ovos são fornecidas em Cuidados com os Ovos Incubáveis, página 56.

DIAGRAMA 17:

DIAGRAMA 18:

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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NUTRIÇÃO

OBJETIVO

Fornecer dietas balanceadas que atendam às exigências nutricionais de reprodutoras pesadas Ross em todos os seus estágios de desenvolvimento e produção para ma-ximizar seu potencial reprodutivo.

PRINCÍPIOS

A alimentação de reprodutoras pesadas é um fator essen-cial na manutenção da uniformidade e do peso corporal próximo do padrão. A composição das rações, o manejo alimentar e o manejo geral devem ser considerados juntos na avaliação do desempenho das reprodutoras pesadas. A superalimentação no início do ciclo de postura irá in-duzir crescimento exagerado de folículos ovarianos. O fornecimento de excesso de energia metabolizável, em qualquer estágio, irá afetar adversamente a produção. Se qualquer outro nutriente for limitante e estiver causando baixo desempenho, deve-se considerar a possibilidade de reformular o alimento.

MATÉRIAS-PRIMAS

As matérias-primas devem ser de boa qualidade com valor nutritivo previsível e uniforme e livres de contaminação por resíduos químicos, toxinas microbianas e patógenos. Eles devem ser armazenados sob condições controladas, a fi m de manter sua integridade físico-química e microbiológica. As instalações de armazenamento devem ser protegidas contra insetos, roedores e aves silvestres, os quais são vetores potenciais de doenças.

Diversas matérias primas são adequadas para a alimenta-ção de reprodutoras pesadas. A disponibilidade e o preço usualmente determinam a escolha. Entretanto, algumas considerações gerais devem ser feitas:

- O milho apresenta vantagens técnicas sobre o trigo, em termos desempenho durante o período de postura. As razões para tal fato não são inteiramente claras. Um achado consistente é a melhoria da qualidade das cas-cas dos ovos em dietas baseadas em milho. Algumas das principais vantagens são uma maior produção de ovos incubáveis e aumento da eclodibilidade;

- As gorduras suplementares devem apresentar boa qualidade e serem utilizadas moderadamente durante

todos os estágios. A combinação de ingredientes fi bro-sos de baixo custo com gorduras não é recomendada em qualquer estágio de vida das reprodutoras pesa-das;

- Os efeitos da gordura da dieta sobre a composição dos lipídios da gema são complexos. As gorduras de peixe afetam negativamente o desempenho. Da mesma forma, qualquer gordura que contenha ácido estercúlico (óleo de algodão) deve ser evitada. Produ-tos da oxidação de gorduras e ácidos graxos na forma trans, presentes nos óleos vegetais, são indesejáveis na nutrição de reprodutoras pesadas.

PROCESSAMENTO DO ALIMENTO

As reprodutoras pesadas podem ser satisfatoriamente alimentadas com rações fareladas, peletizadas e tritura-das, desde que um bom manejo alimentar seja praticado em cada caso.

Com ingredientes adequados e bom manejo, uma ração farelada é a primeira escolha, acarretando períodos de ingestão mais longos e melhor oportunidade de todas as aves se alimentarem. Entretanto, ingredientes pulverulen-tos podem tornar necessário o uso de rações extrusadas. Alguns sistemas de manejo, como a alimentação em piso, exigem péletes de elevada qualidade (dureza).

O tratamento térmico de rações já faz parte de alguns programas de biosseguridade. Quando as rações são submetidas a tratamento térmico, atenção especial deve ser dada às perdas vitamínicas e a possível destruição de outros componentes da dieta (enzimas). Pode haver também alterações no valor nutritivo das rações devido a mudanças estruturais nas mesmas. A recontaminação das rações, após o tratamento térmico, constitui um sério risco e a utilização de produtos químicos e/ou ácidos orgânicos é freqüentemente necessário como forma preventiva.

RAÇÕES PRONTAS

O tempo transcorrido desde a fabricação até o forneci-mento das rações às aves deve ser o mais curto possível. Isso é particularmente importante sob condições de alta temperatura e umidade, as quais aceleram as perdas vitamínicas, entre outras alterações.

O controle de qualidade é essencial. Um programa de monitoramento da qualidade das rações prontas deve ser defi nido em comum acordo com o fornece-dor das mesmas, devendo incluir:

- método de amostragem;- freqüência de amostragem;- comparação com especifi cações nutricionais;- testes de contaminação;- estocagem das amostras.

EQUIPAMENTO DE EMERGÊNCIA

No planejamento de uma unidade de produção, deve-se in-cluir um sistema de alarme para alertar sobre a ocorrência de falhas nos equipamentos. O alarme deve alertar sobre queda de energia e temperaturas extremas. Sistemas alternativos de segurança devem estar disponíveis onde for possível (ex. geradores de energia elétrica).

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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VARIAÇÃO NAS RAÇÕES FORNECIDAS

O desempenho das reprodutoras pesadas pode ser seriamente comprometido a menos que a composição nutricional das rações seja claramente especifi cada e detalhadamente controlada. A variação em torno da es-pecifi cação alvo apresenta inúmeras causas. Os teores de energia e proteína dos principais ingredientes das rações (milho, farelo de soja, farelo de trigo, etc.) podem variar consideravelmente. Para evitar redução do aporte de energia metabolizável, os nutricionistas podem utilizar matrizes de ingredientes com sufi ciente margem de se-gurança. Isto signifi ca que os níveis médios de nutrientes podem estar acima da especifi cação e o aporte de ener-gia metabolizável superestimado. O uso de enzimas nas rações destinadas a reprodutoras pesadas pode afetar ainda mais a disponibilidade de energia.

A Tabela 20 apresenta limites realistas de variação entre os diversos lotes de rações postura inicial e os possíveis efeitos adversos do excesso e da escassez de nutrientes específi cos. O aporte dos diversos nutrientes deve ser avaliado em conjunto.

SUPRIMENTO DE NUTRIENTES

Na prática, o suprimento de nutrientes para matrizes pe-sadas é controlado por meio da composição do alimento e a quantidade ingerida. Devemos sempre considerar o conjunto de ingredientes.

É também fundamental que a ingestão diária de nutrientes seja considerada, a fi m de se assegurar ações corretivas a qualquer momento. A semelhança dos fatores ambientais, a ingestão diária de nutrientes (energia, aminoácidos, minerais, etc.) determina o desempenho do lote, o qual deve ser considerado quando mudanças na composição das rações são cogitadas.

APORTE DE ENERGIA

Referências para estabelecimento da ingestão de ração e seus devidos ajustes, em conformidade com o desempe-nho das aves, são discutidas em seções anteriores deste manual. Para efeito de recomendações de fornecimento de ração neste manual, considerou-se o nível de energia metabolizável das rações em 2.800 kcal/kg.

SE NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL DIFERENTES DE 2.800 KCAL/KG FOREM UTILIZADOS, A QUANTIDADE DE RAÇÃO DEVERÁ SER DEVIDAMENTE AJUSTADA.

O aporte energético diário de 462 kcal/ave atende satisfa-toriamente as necessidades de manutenção, crescimento e produção de reprodutoras pesadas na fase de pico pro-dutivo. Isso pode ser atingido pelo fornecimento de 165 g ração/ave/dia, quando o nível de energia metabolizável da ração é 2.800 kcal/kg. O ajuste do aporte de energia baseia-se fortemente na observação das respostas das aves, notadamente o peso corporal e o tamanho dos ovos produzidos.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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Em condições de estresse calórico, é preferível fornecer pequenas quantidades de fontes protéicas de alta quali-dade do que grandes quantidades de fontes protéicas de baixa qualidade.

A efi ciência de utilização de aminoácidos sintéticos (metio-nina e lisina) pode ser reduzida em reprodutoras pesadas, quando alimentadas uma única vez ao dia.

Os níveis de sete aminoácidos limitantes em dietas práticas são listados nas especifi cações nutricionais no encarte. Os níveis estão expressos em aminoácidos totais e digestíveis.

A Tabela 21 apresenta as recomendações diárias de ami-noácidos essenciais para reprodutoras pesadas.

Estes aportes diários de aminoácidos são sufi cientes para assegurar os alvos de desempenho descritos neste manual. A ingestão alvo de aminoácidos pode ser utilizada como guia para decisão acerca da composição e consumo de ração. Deve-se destacar, entretanto, que essa ingestão deve sempre ser considerada simultaneamente ao consu-mo de energia metabolizável.

MACROMINERAIS

Para manter o balanço de cálcio, as aves exigem de 4 a 5 gramas diárias desse elemento, a partir da produção do primeiro ovo. Tal exigência é atendida pela mudança da dieta pré-postura (1,2% de cálcio) para a de postura (3,0% de cálcio), imediatamente após a produção do primeiro ovo.

A ingestão alvo de 4 a 5 gramas diárias de cálcio deve ser mantida durante todo o período de postura. Algum aumento na calcifi cação das cascas dos ovos pode ser esperado, quando a ingestão de cálcio atinge 5 gramas diárias por ave alojada. Para tanto, a estratégia recomendada consiste no fornecimento de ração com nível constante e modera-do (3,0%), sendo parte da suplementação de cálcio para formação da casca do ovo oriunda da utilização de fontes com granulometria mais grosseira.

A principal razão para o uso de fontes mais grosseiras de cálcio refere-se ao tempo de alimentação. A maioria das reprodutoras pesadas recebe alimento apenas

Um maior volume de alimento deve ser fornecido quando a energia for limitante. Quando outro nutriente for o fator limitante, o fornecimento de quantidades adicionais de ração pode resultar em ingestão excessiva de energia e desenvolvimento exacerbado do ovário. Se o aporte de energia é adequado e outro nutriente está abaixo dos níveis recomendados, a ração deve ser reformulada.

A escolha do nível de energia na ração é, primeiramente, uma decisão econômica. Entretanto, outras restrições, além do custo, podem apresentar forte infl uência. Os seguintes aspectos devem ser considerados na tomada de decisão:

- Em condições de alimentação controlada, a densidade energética ótima das rações vai variar de acordo com os custos dos ingredientes;

- O limite amplo dos níveis de energia pode não ser possível na prática, devido as restrições de uso de gorduras suplementares. Essas restrições podem in-cluir fatores nutricionais como previamente discutido, ou fatores operacionais (exigências de equipamento para peletização);

- A escolha de um nível de energia pode ser mais am-plamente infl uenciado pela restrições operacionais de produção. A ração é exigida de acordo com o progra-ma de arraçoamento em uso. Portanto, em sistemas que utilizam ração farelada, considerações acerca da pulverulência podem nortear o uso de ingredientes e a escolha do nível de energia. Em produtos peletizados, a demanda por qualidade de peletes é freqüentemente dominante.

Uma vez resolvidos esses fatores gerais, que afe-tam a escolha do nível de energia, as necessida-des particulares de cada lote devem ser consideradas:

- Os níveis de energia de diferentes rações não devem variar amplamente. Mudanças de ração devem ser cuidadosamente controladas, especialmente durante a transição da pré-postura para a postura, e durante as fases 1 e 2 do período de postura;

- Quando formulações a mínimo custo são utilizadas, grandes variações na composição e no nível de energia entre as partidas de ração devem ser evitadas.

PROTEÍNA E AMINOÁCIDOS

O nível de proteína na ração deve ser sufi ciente para garantir que as exigências de aminoácidos essenciais sejam atendidas. O teor de proteína bruta exigido para tal fi nalidade varia conforme os ingredientes disponíveis.

Em rações destinadas a reprodutoras pesadas, é impor-tante não exceder o limite de proteína bruta devido aos efeitos adversos sobre a eclodibilidade. O limite superior varia conforme a linhagem. Como referência, sugere-se nível máximo de 15,5% de proteína bruta para aves da linhagem Ross.

1020

765

950

460

850

700

220

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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uma vez ao dia, a qual normalmente é fornecida pela manhã. A exigência metabólica de cálcio concentra-se, principalmente, no período da noite quando o processo de calcifi cação da casca do ovo está em andamento. Portanto, o fornecimento de alguma fonte suplementar de cálcio em uma forma menos prontamente disponível, tem possibilitado melhorar a qualidade das cascas dos ovos.

A incorporação de altos níveis de calcário fi namente moído é indesejável, pois, em caso de alimentação matinal, a maioria do cálcio ingerido seria excretado pelos rins, resultando em estresse para as aves.

Níveis suplementares de fósforo têm sido usados como parte da prevenção e controle da Síndrome da Morte Súbi-ta durante o período de postura. Entretanto, se esse níveis são mantidos ao longo de todo o período de postura, pode ocorrer redução da espessura das cascas dos ovos, o que afeta adversamente o desempenho no incubatório.

As aves da linhagem Ross apresentam baixa susceti-bilidade a Síndrome da Morte Súbita e os efeitos sobre a espessura das cascas dos ovos tem prioridade na definição dos níveis de fósforo disponível na dieta. A recomendação é da ordem de 0,35% de fósforo disponível nas rações pré-postura e postura inicial. Controle cuidadoso dos níveis dietéticos de cálcio e fornecimento adequado de potássio também desempenham um papel de relevância no controle dessa síndrome.

MICROMINERAIS

Níveis convencionais de suplementação são reco-mendados para esses nutrientes. Cuidado deve ser tomado para assegurar que formas solúveis de cada mineral sejam incluídas no premix. Alguns ânions, especialmente o cloro, devem ser levados em considera-ção na defi nição do balanço mineral da ração.

VITAMINAS SUPLEMENTARES

A suplementação apropriada de vitaminas depende de muitos fatores que interagem entre si e o correto curso de ação refl ete as circunstâncias locais. A maior fonte de variação na suplementação de vitaminas é o tipo de cereal utilizado. Nesse sentido, recomendações específi cas têm sido feitas para vitamina A, niacina, ácido pantotênico, piridoxina e biotina.

Os fatores que afetam a estabilidade das vitaminas após a produção das rações devem ser cuidadosamente ava-liados e níveis mais elevados de vitaminas utilizados, em caso de necessidade. O uso separado de suplementos vitamínicos e minerais e a exclusão de colina dos mesmos são fortemente recomendados, exceto nos casos em que o risco de perdas de vitaminas é mínimo e bem controla-do. Tais medidas aumentam a estabilidade dos premixes vitamínicos de maneira signifi cativa.

AS PERDAS VITAMÍNICAS DURANTE O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE RAÇÕES EXIGE ATENÇÃO ESPECIAL, QUANDO AS DIETAS DE REPRODUTORAS PESADAS SÃO SUBMETIDAS A TRATAMENTO TÉRMICO POR RAZÕES DE BIOSSEGURIDADE.

Algumas circunstâncias anormais (estresses, doenças intercorrentes, etc.) podem justifi car a suplementação de níveis mais elevados de vitaminas do que aqueles recomendados nas Especifi cações Nutricionais (encarte). De maneira geral, é muito mais recomendável a remoção ou redução de qualquer fator estressante do que do uso permanente de suplementação vitamínica.

A vitamina E tem muitas funções biológicas que tornam difícil a defi nição do nível economicamente ótimo de su-plementação. A recomendação geral para reprodutoras pesadas é usar 100 UI/kg de ração para assegurar cerca de 200 μg/g de tocoferol na gema. Acredita-se que esse nível suplementar é sufi ciente para assegurar boas reser-vas para os pintos.

A necessidade de suplementação adicional depende do nível e tipo de gordura presente na dieta, do nível de selênio e da presença de fatores oxidantes e antioxidantes. O tratamento térmico das rações resulta em destruição de até 20% da vitamina E adicionada.

A vitamina E é importante na modulação do sistema imune, mas não há recomendações nutricionais práticas nesse sentido. Níveis de até 300 UI/kg têm sido sugeridos para essa fi nalidade, mas estes são provavelmente muito one-rosos para uso rotineiro em lotes comerciais. Há situações (surtos de doenças) em que níveis mais elevados de vitamina E são benéfi cos.

A vitamina C tem um papel de relevância na redução do impacto do estresse calórico.

PROGRAMAS ALIMENTARES E ESPECIFICAÇÕES DA DIETA

Os princípios envolvidos no crescimento de reprodutoras pesadas até a maturidade e na manutenção da produção de ovos são descritos nas seções 1, 2 e 3. As rações devem ser desenhadas para atender tais princípios, acatando as recomendações aqui apresentadas como ponto de partida para a efetivação de ajustes nutricionais e econômicos para as condições locais.

Os pesos corporais alvo devem ser atingidos ao longo de toda a vida das reprodutoras pesadas isto assegurará um adequa-do crescimento e desenvolvimento, permitindo a obtenção de boa uniformidade e maturidade em ambos os sexos.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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PERÍODO DE CRIA

A ração inicial deve estimular o apetite e promo-ver crescimento e desenvolvimento f is iológico precoce.

A ração inicial será normalmente fornecida até que o peso corporal alvo seja ultrapassado na segunda e terceira semanas de vida. A partir daí, a ração crescimento I pode ser utilizada. A mudança da ração inicial para a ração crescimento I pode coincidir com a alteração da forma triturada fi na para a triturada média. A ração inicial deve ser fornecida preferencialmente, na forma triturada fi na.

Durante a mudança da ração inicial para a crescimento I, o peso corporal deve ser monitorado cuidadosamente para assegurar adequado crescimento. Isso é especialmente importante quando esta transição envolve uma forma diferente de ração.

PERÍODO DE RECRIA

Durante o período de crescimento, as taxas diárias de ganho de peso são baixas e as exigências nutricionais expressas em relação ao consumo alimentar não são muito altas. Não obstante, é muito importante manter bom padrão de qualidade das rações nesse período e evitar o uso de ingredientes de baixa qualidade.

Os níveis de energia devem ser determinados pelas cir-cunstâncias econômicas vigentes na região. Na fase de crescimento, os aportes de ração são baixos e o manejo deve ser simplifi cado pelo uso de rações de baixa densi-dade nutricional.

TRANSIÇÃO À MATURIDADE SEXUAL

O uso de ração pré-postura a partir dos 133 dias (20 semanas) de idade é fortemente recomendado. Ela irá fornecer aminoácidos e outros nutrientes para desen-volvimento satisfatório do trato reprodutivo. Níveis adi-cionais de cálcio podem ser fornecidos para assegurar máximo desenvolvimento da medula óssea. A provisão de quantidades adicionais de vitaminas irá maximizar as reservas corporais antes do início da produção de ovos. O nível de energia na ração pré-postura deve ser similar ao da ração postura inicial.

As rações devem ser formuladas para atender as especifi -cações nutricionais e ser consistentes ao longo do tempo. Mudanças bruscas na composição das rações e outras alterações que possam reduzir o consumo voluntário das mesmas devem ser evitadas. Isto é especialmente importante durante o período pré-postura. É conveniente que o mesmo suplemento vitamínico-mineral seja usado nas rações pré-postura e postura.

A MUDANÇA DA RAÇÃO NÃO DEVE COINCIDIR COM UMA MOVIMENTAÇÃO DO LOTE ENTRE AVIÁRIOS OU OUTRO MANEJO DE IMPORTÂNCIA COMO VACINAÇÕES.

PERÍODO DE POSTURA

As recomendações nutricionais da ração postura apresen-tadas no encarte são sufi cientes para garantir bom desem-penho produtivo em lotes bem recriados e uniformes. O desempenho durante a fase de produção é freqüentemente infl uenciado pela alimentação e o manejo adotado nos estágios anteriores.

O BAIXO DESEMPENHO PRODUTIVO DURANTE O PERÍODO DE POSTURA É, FREQÜENTEMENTE, REFLEXO DE UMA SUPERALIMENTAÇÃO NO ESTÁGIO IMEDIATAMENTE ANTERIOR DA VIDA DAS AVES. UM SUPRIMENTO DE RAÇÃO ADICIONAL PARA AVES NESSAS CONDIÇÕES TENDE A EXACERBAR O PROBLEMA, AO INVÉS DE SOLUCIONÁ-LO.

ALIMENTAÇÃO POR FASE DURANTE A POSTURA

Em geral, o uso de mais de um tipo de ração de postura é desnecessário. Sob algumas circunstâncias, os reque-rimentos nutricionais podem mudar durante o ciclo de postura, justifi cando o uso de duas rações. Os níveis de aminoácidos, cálcio, fósforo e ácido linoléico são freqüen-temente mudados na alimentação por fases.

Existem poucas mudanças nas exigências de aminoá-cidos. Estas exigências tendem a aumentar após o pico produtivo, atingindo o máximo em torno de 55 semanas de idade. As exigências de cálcio aumentam em aves mais velhas, e podem ser atendidas pelo uso de fontes suple-mentares grosseiras sobre a cama e não pelo aumento da concentração deste mineral na ração.

Se o peso dos ovos estiver muito alto, é indicada redução no teor de ácido linoléico e, provavelmente, de alguns ami-noácidos. Não obstante, ovos excessivamente grandes são resultado de superalimentação em algum estágio da vida das reprodutoras pesadas e recomenda-se que seja evitado.

NUTRIÇÃO DE MACHOS

O uso de rações específi cas para machos durante o período de postura pode apresentar benefícios em termos de manutenção da condição fi siológica e da fertilidade.

No entanto, a prática amplamente disseminada de ali-mentar galos com a mesma ração das fêmeas, indica não haver efeitos prejudiciais ao desempenho destes galos.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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12 - 14

2600 - 2800

0,45 - 0,55

0,38 - 0,46

0,8 - 1,2

0,3 - 0,4

0,8 - 1,20

Essa prática evita custos adicionais e a inconveniência de separar os processos fabris, controle de qualidade e armazenamento de dois produtos distintos.

Deve-se ter muito cuidado com uma ingestão excessiva de proteína e cálcio pelos machos. Se a ingestão alimentar é mais alta que a normalmente preconizada para manu-tenção de peso corporal e condição fi siológica, o uso de rações separadas deve ser considerado.

As recomendações nutricionais para rações específi cas para machos são apresentadas na Tabela 22.

PEDRISCOS

Constitui boa prática de manejo o fornecimento de pedris-cos (5 mm) a partir de 6 semanas de idade, na proporção de 0,5 kg/100 aves alojadas/semana. Isto auxilia na maceração de materiais provenientes da cama (penas) que as aves normalmente consomem. Problemas de impactação podem resultar se não houver a presença de pedriscos na moela.

ALIMENTAÇÃO DE CAMA

O fornecimento de grãos inteiros e duros ou péletes tem uma série de benefícios para as aves e para a qualidade da cama. Tal prática deve ser limitada a 0,5 kg/100 aves/semana e deve ser levada em consideração no cálculo do aporte de ração. Os ingredientes utilizados na alimentação de cama devem ser submetidos às mesmas precauções de biosseguridade da ração principal.

MANEJO DA ÁGUA

Há vários fatores que podem afetar os requisitos de consu-mo de água (por exemplo: dieta, temperatura e umidade). Portanto as necessidades diárias de água variam e não se podem defi nir com precisão. Há que ter um registro do consumo diário. Variações extremas e inusitadas do consumo de água podem indicar possíveis problemas de saúde, dos quais devem ser investigados.

A temperatura ideal da água a ser fornecida para as re-produtoras deve ser entre 10 e 12°C. Água muito fria ou muito quente (30°C) reduz o consumo. Em épocas quentes deve-se fazer o “Flush” (renovar a água da tubulação dos bebedouros) para assegurar que a água fornecida esteja em temperatura mais fria possível.

Temperatura acima dos 21°C, os requerimentos de água aumentam aproximadamente em 6,5% a cada grau Celsius de incremento. O consumo excessivo de água é muito comum em aves em crescimento, sobretudo em idades avanças (6–22 sem).

A utilização de um programa de restrição de água durante a fase de recria e de postura podem ajudar a manter a qualidade da cama, melhorar a digestão, baixar a umidade contribuindo para a saúde entérica do plantel.

Durante a fase de recria, em dias com ração, a água deve estar disponível por um período contínuo de 3 a 4 horas. Iniciando de ½ a 1 hora antes do trato e terminando de 1 a 2 horas após o consumo total da ração. Também se deve fornecer água por dois ou três períodos de 30 minutos durante o período da tarde. Em dias sem alimento, deve-se fornecer água logo pela manhã por 30 a 60 minutos, além de fornecimentos de 30 minutos por três ou quatro vezes ao dia.

Na fase de postura, deve-se fornecer água de forma contínua desde 30 minutos antes do trato até 1 a 2 horas após o término do consumo de alimento. Também se deve fornecer água por 30 minutos a tarde e novamente por 30 minutos antes de apagar as luzes.

Os papos das aves devem estar com consistência suave e ceder ao toque com facilidade, depois de um período de consumo de água. Se o consumo de água for inadequado os papos estarão duros e poderão estar compactados, o qual poderá causar necroses por compressão.

Se a temperatura é ≥ 30°C, deve-se fornecer água por pelo menos 20 minutos a cada hora. Com temperaturas supe-riores a 32°C a restrição de água deve ser suspensa.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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ILUMINAÇÃO

OBJETIVO

Utilizar a resposta das aves ao fotoperíodo e a in-tensidade da luz para que a maturidade sexual e o subseqüente desempenho reprodutivo possam ser estimulados e controlados para obter-se máxima produtividade.

PRINCÍPIO

Para se atingir altos níveis de desempenho da matriz Ross é necessária uma combinação ideal de técnicas integradas de manejo durante o período de recria. O fotoperíodo e a intensidade da luz durante a vida das matrizes exercem importante papel no desenvolvimento do sistema reproduti-vo e ambos deverão ser considerados para se estabelecer programas efetivos de luz. É a diferença do fotoperíodo e da intensidade da luz entre a recria e a postura que controla e estimula o desenvolvimento dos ovários e testículos. A resposta aos aumentos do fotoperíodo e da intensidade da luz também depende do desenvolvimento correto do peso corporal durante a recria, da boa uniformidade do lote e da nutrição correta.

PROGRAMAS DE LUZ INCORRETOS RESULTARÃO EM SUPER OU SUB-ESTIMULAÇÃO DO LOTE

Com relação a programas de luz, existem quatro com-binações básicas de ambiente que podem ocorrer nas instalações de recria e postura:

Situação 1: Ambiente com iluminação controlada na recria e ambiente com iluminação controlada na postura (escuro / blackout)

Situação 2: Aviário aberto na recria e aviário aberto na postura

Situação 3: Ambiente com iluminação controlada na recria (escuro / blackout) e aviário aberto na postura

Situação 4: Ambiente sombreado (sombrite) na recria e aviário aberto na postura

SITUAÇÃO 1AMBIENTE C/ ILUMINAÇÃO CONTROLADA NA RECRIA E AMBIENTE C/ ILUMINAÇÃO CONTROLADA NA POSTURA

(ESCURO / BLACKOUT)

É essencial que ambos os aviários, o de recria e o de pos-tura, sejam totalmente à prova de luz (escuro ou blackout) e que toda luz fornecida seja artifi cial. Os resultados sa-tisfatórios desse sistema são dependentes da capacidade

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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de fornecer luz artifi cial sem interferência da luz natural (à prova de luz). Cuidados devem ser tomados para evitar infi ltrações de raios luminosos através de passagens de ar, fendas, caixilhos, cortinas, etc. Em termos práticos, isso signifi ca que a intensidade de luz durante o período de escuro deve ser inferior a 0,4 lux. Testes regulares devem ser realizados para checar a efi ciência do sistema que garante o escuro (à prova de luz).

AS AVES SÃO MUITO SENSÍVIES AO FOTOPERÍODO. QUALQUER INFILTRAÇÃO DE LUZ NATURAL DEVE SER IMEDIATAMENTE CORRIGIDA PARA GARANTIR O CORRETO FOTOPERÍODO

As aves devem ser submetidas a um fotoperíodo constante de 7 a 9 horas diárias aos 21 dias (3 semanas), no máxi-mo. A intensidade de luz deve estar entre 15 e 20 lux. O fotoperíodo não deve ser aumentado durante o restante da fase de recria, isto é, até 132 dias (19 semanas).

O primeiro aumento de luz na fase pré-postura deve ocorrer 4 semanas antes da data prevista para o início da postura. Por exemplo, se o objetivo for 5% de postura no 169o dia (25ª semana), o primeiro aumento de luz deverá ocorrer no 141o dia (Veja tabela 23).

SUPER-ESTIMULAÇÃO DE LOTES DESUNIFORMES PODE GERAR PROBLEMAS COMO CHOCO E PROLAPSO

A tamanho do primeiro aumento de luz da fase pré-postura depende da uniformidade do lote por volta dos 126 dias de idade (18 semanas). Lotes desuniformes devem receber um aumento menor afi m de evitar-se a super estimulação das aves leves ou pesadas, e assim problemas tais como prolap-so e choco. Os aumentos de luz recomendados, conforme a uniformidade, são mostrados nas tabelas 23 e 24.

Os machos criados na curva de peso corporal padrão da Ross e segundo o programa de iluminação recomendado, não necessitarão de um aumento no fotoperíodo ou de intensifi cação de luz antes das fêmeas. A sincronização da maturidade sexual de ambos os sexos é garantida quando as aves se desenvolvem seguindo a curva de peso corporal padrão com boa uniformidade (Veja Manejo Entrando em Produção, Seção 2, página 24).

INTENSIDADE DA LUZ

É vital que a intensidade de luz seja aumentada em com-binação com o fotoperíodo. É por meio da combinação de aumentos simultâneos do fotoperíodo e intensidade de luz que a maturidade sexual é estimulada e, conseqüente-

mente, a postura. A intensidade mínima exigida no aviário de postura é de 60 lux. O número de ovos e a atividade dos machos podem ser melhorados quando se aumenta a intensidade da luz para 100-150 lux.

SITUAÇÃO 2AVIÁRIO ABERTO NA RECRIA E AVIÁRIO ABERTO NA POSTURA

Quando se utilizam aviários abertos para recria e postura, é necessário que se adote um programa de luz que leve em consideração as mudanças sazonais do fotoperíodo natural e da intensidade da luz. Na recria com aviários abertos há 4 situações básicas que ocorrem entre 0 e 133 dias (0-19 semanas):

- Aumento natural do fotoperíodo; - Aumento seguido de decréscimo natural do fotoperíodo; - Decréscimo natural do fotoperíodo; - Decréscimo seguido de aumento natural do fotoperíodo. Essas mudanças no fotoperíodo natural também podem ser ilustradas como demonstrado no Diagrama 18. Para cada mês de alojamento, diferentes cores indicam o pa-drão de aumento e decréscimo de horas no fotoperíodo durante a recria.

Por exemplo, um lote nascido em abril no hemisfério sul, ou em outubro no hemisfério norte, terá decréscimo natu-ral do fotoperíodo de até 10-12 semanas, depois haverá aumento natural do fotoperíodo.

O princípio básico das técnicas do Programa de Ilu-minação, indicado no Diagrama 19, é utilização de luz artifi cial para contrabalançar a infl uência das mudanças naturais que ocorrem no fotoperíodo. O objetivo consiste em controlar o início da postura durante o ano, evitando-se, assim, grandes fl utuações sazonais da idade do lote ao primeiro ovo.

ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL E INTENSIDADE DE LUZ

É de suma importância que a intensidade e a uniformidade de distribuição da luz, proveniente do sistema artifi cial de iluminação, sejam sufi cientes para assegurar um estímulo adequado. A intensidade mínima exigida é de 30 lux. Em geral, a intensidade de luz natural no Brasil é alta durante todo o ano; assim é particularmente importante que a iluminação artifi cial utilizada, quer para recria, quer para postura, também seja de alta intensidade para assegurar níveis satisfatórios de desempenho. As fl utuações sazo-nais do início de postura resultam não só da mudança do fotoperíodo natural durante a recria, mas também da mudança sazonal na intensidade da luz.

AS AVES PODEM NÃO RESPONDER A ESTÍMULOS DE LUZ DE BAIXA INTENSIDADE, QUANDO RECRIADAS COM LUZ NATURAL DE ALTA INTENSIDADE.

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Em aviários de recria abertos, o efeito da intensidade da luz natural pode ser reduzido signifi cativamente se for possível controlar-se a quantidade de luz que entra nos aviários. O uso de redes de plástico de horticultura, som-brite, pode ser muito útil. Elas reduzem a quantidade de luz que entra nos aviários, enquanto permitem uma ventilação adequada. Devem ser removidas na ocasião do primeiro aumento de luz, para estímulo à postura. A prática de se pintar em preto o interior dos galpões de recria também pode ser usada, contanto que o lote seja transferido, no fi m da recria, para outro galpão e galpão de postura. A pintura externa do telhado em branco, pode prevenir problemas associados às altas temperaturas internas.

VARIAÇÕES SAZONAIS

Variações sazonais são graduais, sendo difícil estabe-lecer, para certos meses se são de estação ou fora de estação. Alguns meses não são nem de uma, nem de outra estação. A latitude também infl ui nos efeitos sazonais. (Veja Diagrama 20, pág. 54). Para simplifi car, os meses encontram-se classifi cados na Tabela 25 como: de estação e fora de estação.

LOTES FORA DE ESTAÇÃO

O efeito de fotoperíodo natural e da intensidade de luz irão retardar a idade ao primeiro ovo dos lotes nascidos entre agosto a fevereiro. Lotes de fora de estação entram atrasados em postura, e tendem a ter um pico de postura menor com menor previsibilidade da produção que a do lote de estação. Para controlar este efeito é necessário:

- Escurecimento do aviário de recria (pintar interior preto), se o lote for transferido para o aviário de produção

- Criação das fêmeas de fora de estação em um padrão de peso mais pesado.

A combinação do aumento de peso corporal e escureci-mento do aviário ajudarão a sobrepujar os efeitos de fora de estação.

LOTES DE ESTAÇÃO

Lotes de estação devem ser criados no padrão alvo de crescimento, e o primeiro estímulo de luz dado aos 155

dias de idade (23 semanas). Veja Diagrama 19.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho*

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Janeiro*

Fevereiro*

DIAGRAMA 19:

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DIAGRAMA 20:

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SITUAÇÃO 3AMBIENTE COM ILUMINAÇÃO CONTROLADA

NA RECRIA (ESCURO / BLAKCOUT)E AVIÁRIO ABERTO NA POSTURA

Aviários totalmente escuros (blackout) exclusivos para a re-cria que permitem total controle do fotoperíodo e têm, ain-da, o benefício da postura em aviários abertos. O controle da iluminação durante a recria também resolve o problema associado aos lotes de fora de estação, (isto é, atraso na produção de ovos, alto peso da fêmea, desuniformidade e alto consumo de alimento). Quando blackout é usado para recria de lotes de estação deve-se tomar cuidado para não superestimular as aves quando transferidas para os aviá-rios abertos. O aumento da freqüência de ovos anormais, prolapso, choco, peritonite (postura interna) etc., pode ser evitado seguindo-se o programa de luz apresentado nas Tabelas 26 e 27, bem como também se assegurar um correto peso corporal e boa uniformidade.

PROBLEMAS COMO CHOCO E PROLAPSO PODEM SER RESULTADO DA SUPERESTIMULAÇÃO EM LOTES NÃO UNIFORMES

As aves devem ser submetidas a um fotoperíodo cons-tante a partir de 21 dias (3 semanas), e recriadas em uma intensidade de luz entre 05 e 20 lux. O fotoperíodo deve ser constante entre 8 ou 9 horas, dependendo do estímulo que será fornecido quando o lote for transferido para o galpão aberto. Em latitudes onde os problemas associados à superestimulação (isto é, prolapso, choco, alta mortalidade pré-pico) persistem, pode ser necessário

recriar as aves em um fotoperíodo constante de 9 horas. Veja Tabela 26.

O primeiro incremento no fotoperíodo deve ser, no mínimo, fornecido no 155º dia (23 semanas). Esta é a idade que o lote é transferido para o aviário aberto, ou as cortinas blackout são abertas (isto é, lotes que são alojados no mesmo aviário do primeiro dia ao descarte). A intensi-dade da luz artifi cial usada durante a produção deve ser superior a 30 lux.

Exemplo: Se o fotoperíodo aos 155º dias (23 semanas) for de 12 horas, deve-se proporcionar 8 horas de luz por dia, de maneira constante, dos 10 aos 154 dias. Aos 155 dias (23 semanas), deve-se aumentar o fotoperíodo para 12 horas (luz natural). Os aumentos subseqüentes na quantidade de luz deverão combinar a luz natural com luz artifi cial, dependendo da estação.

SITUAÇÃO 4AMBIENTE SOMBREADO (SOMBRITE)

NA RECRIA E AVIÁRIO ABERTO NA POSTURA

Aviários escurecidos parcialmente (sombrite) durante a fase de recria sem controle do fotoperíodo, e com apenas controle da intensidade de luz (Veja Programas de Ilumi-nação, pág. 55, Tabelas 28 e 29).

Se a postura não alcançar níveis satisfatórios, será neces-sário aumentar o estímulo depois de atingidas 16 horas de iluminação. Em geral, não se obtém benefícios com fotoperíodos maiores que 17 horas.

DIAGRAMA 21:

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CUIDADOS COM OS OVOS INCUBÁVEIS

OBJETIVO

Fornecer e manter condições ambientais para garantir que o ovo alcance e mantenha seu potencial de eclodibilidade, desde a postura até a incubação.

PRINCÍPIOS

Para a produção de pintos com boa qualidade e uniformida-de, é necessário que os ovos incubáveis sejam processados de forma apropriada. Cuidados nos procedimentos de cole-ta, desinfecção, resfriamento, armazenagem e incubação são fundamentais para que o desenvolvimento embrionário não seja comprometido.

COLETA E HIGIENE DO OVO INCUBÁVEL

NINHOS

Sabe-se que ovos limpos mantêm um potencial maior de eclodibilidade do que aqueles sujos ou contaminados; portanto, os ninhos têm papel importante no processo de produção de pintos de qualidade. Os ninhos devem ter de-senho apropriado. As fêmeas preferem os que apresentem características, tais como, limpeza, cama seca, pouca luz e isolamento. Os ninhos devem estar localizados onde as aves possam usá-los e, ao mesmo tempo, estar a uma altu-ra que evite a sua contaminação pela cama e pelas fezes. As aves deverão ser treinadas para usar os ninhos antes do início da produção. A colocação de poleiros durante o período de recria auxiliará no treinamento (Veja Recria 0-98 dias (0-14 semanas) Seção 1 , página 20).

A serragem do ninho deverá ser mantida limpa e seca. Do mesmo modo, a serragem da cama também deverá ser limpa e fresca, possibilitando que as galinhas tenham sempre os pés limpos ao entrar nos ninhos.

AS FÊMEAS FARÃO A POSTURA NO CHÃO SE ELAS NÃO ENCONTRAREM UM NINHO ADEQUADO OU SE EXISTIREM POUCOS NINHOS PARA AS FÊMEAS.

Desenho dos Ninhos: Normalmente, os ninhos são pro-jetados com 2 andares e cada “ boca “ atende a 4 aves. O ninho deve ter, aproximadamente, as seguintes medidas: 40 cm de largura x 30 cm de profundidade x 30 cm de altu-ra. O ninho também deve ser bem ventilado, porém devem ser evitados correntes de ar. O poleiro inferior não deve estar a mais de 45 cm acima da cama O poleiro inferior deve ser, no mínimo, 10 cm mais comprido do que o poleiro superior. O ninho deve ter, se possível, fundo removível e a frente com altura sufi ciente para segurar a cama.

COLETA MANUAL

Os ovos devem ser coletados freqüentemente e, logo após a coleta, devem ser desinfetados e resfriados o mais rápido possível. As coletas freqüentes reduzirão trincas e quebra de ovos provocadas pela fêmea no ninho. As coletas manuais devem ser feitas, pelo menos, 6 vezes ao dia, de tal maneira que não haja mais do que 25% do número total de ovos em uma única coleta. Durante a coleta podem ser utilizadas bandejas de incubação ou bandejas de plástico. Não é recomendado o uso de ces-tas, porque aumenta a possibilidade de trincas na casca. As coletas e estocagem de ovos de chão e de ovos sujos deve ser feita separadamente das de ovos limpos. Ovos sujos não devem ser incubados e devem ser manejados e armazenados separadamente.

Durante a coleta, recomenda-se lavagem e desinfecção das mãos entre lotes e/ou lados do aviário. Ovos de cama devem sempre ser coletados após coleta dos ovos de ninho.

PONTOS-CHAVE

A resposta ao estímulo de luz é maximizada quando o peso da recria é ideal, a uniformidade boa e a nutrição correta.

Assegurar que os aviários escuros (blackout) sejam à prova de luz de maneira a não permitir uma intensidade superior a 0,4 lux.

Fornecer às aves um fotoperiodo constante a partir de 21 dias no máximo (em aviários escuros).

Recriar aves na intensidade luminosa de 05 a 20 lux em aviários escuros (blackout).

Aves não respondem a fotoperíodos maiores que 17 horas.

Usar padrões de peso de fora de estação nas situações em que não há controle de luz durante a recria ou pos-tura.

Assegurar o sincronismo da maturidade sexual entre machos e fêmeas, recriando-os no mesmo programa de luz.

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COLETA AUTOMATIZADA

A coleta em ninhos automáticos deve ser feita, pelo menos, 5 vezes ao dia. Os ovos postos no piso deverão ser cole-tados, pelo menos, 8 vezes ao dia, devido ao alto risco de contaminação. Os tapetes, esteiras e poleiros dos ninhos devem ser mantidos limpos.

QUANDO SÃO UTILIZADOS SISTEMAS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ESTEIRAS, DEVE-SE ASSEGURAR QUE A ESTEIRA ESTEJA SECA ANTES DE SE INICIAR A COLETA.

A utilização de ninho automático reduz o número de fun-cionários para coleta de ovos. Como em qualquer sistema automático, a efi cácia deve ser monitorada. Devem ser adotadas práticas de manejo que assegurem o máximo de produção de ovos no ninho. Esse tipo de ninho requer uma manutenção periódica para evitarem-se problemas durante a coleta dos ovos.

OVOS DE CAMA

O número de ovos de cama pode ser reduzido com:

· Colocação de poleiros na recria a partir de 42 dias (6 semanas);

· Poleiros dos ninhos bem projetados e em perfeito estado de conservação;

· Machos e fêmeas atingindo a maturidade sexual na mesma época;

· Distribuição uniforme de luz e com uma intensidade superior a 30 lux;

· Espaço de comedouro por fêmea (Mínimo 15 cm por ave);

· Ajuste do programa de luz de acordo com o peso corporal;

· Manejo efetivo da porcentagem de acasalamento;

· Excesso de cobertura pode ocasionar um aumento na postura de chão;

· O alimento deve ser fornecido no máximo 3 horas após as luzes terem sido acesas, isto evitará que as aves sejam alimentadas no momento de maior postura.

DESINFECÇÃO DE OVOS INCUBÁVEIS

A desinfecção dos ovos deverá ocorrer antes que estes esfriem, pois, a medida que o ovo esfria, o seu conteúdo se contrai e alguns microrganismos, que se encontram na superfície da casca, são sugados para seu interior através dos poros. Existe uma variedade de métodos utilizados na desinfecção dos ovos incubáveis.

A fumigação com formalina continua sendo o método prefe-rido, mas, em muitos casos, não satisfaz aos regulamentos locais de segurança do operador.

A Tabela 30 é um sumário da efetividade dos diferentes métodos de desinfecção.

As áreas de estocagem dos ovos e os veículos de trans-porte devem ser sempre mantidos limpos. As condições de higiene devem ser preservadas durante todos os processos de manuseio do ovo. Ovos desinfetados são vulneráveis à recontaminação bacteriana e fúngica caso os depósitos de ovos não estejam sujeitos a um efi caz e constante programa de lavagem e desinfecção. As cascas dos ovos não podem ser molhadas após a desinfecção, já que isso facilita o acesso de microrganismos através da casca.

A colocação de desinfetante no sistema de aspersão da sala de ovos reduzirá os níveis de contaminação, mas deve ser feito de maneira que não molhe os ovos.

A RECONTAMINAÇÃO DOS OVOS DESINFECTADOS PODE OCORRER POR:- ÁGUA SUJA NOS UMIDIFICADORES.- PÁS DOS VENTILADORES, GRADES E ENTRADAS DE

AR DOS RESFRIADORES SUJAS.- SISTEMA DE VENTILAÇÃO QUE CONDUZ AR SUJO DA

ÁREA DE CLASSIFICAÇÃO DOS OVOS PARA A ÁREA DE ESTOCAGEM.

- PORTA DO DEPÓSITO DE OVOS MAL FECHADA.

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RESFRIAMENTO DOS OVOS

No desenvolvimento embrionário, a divisão da célula fi ca mais lenta a uma temperatura abaixo de 26°C e pára com-pletamente aos 21°C. Se a divisão da célula continuar por 5 horas após a postura, os ovos perdem a eclodibilidade, tendo como resultado o aumento nas mortes embrionárias precoces.

Os ovos deverão ser uniformemente resfriados para uma temperatura de 20-21°C, em um período de 4 horas após a coleta. Coletas freqüentes farão com que os ovos atinjam o zero fi siológico no mesmo estágio de desenvolvimento embrionário.

Um perfi l de resfriamento deverá ser determinado para cada sala de ovo. Fichas para controle de temperatura são imprescindíveis e permitem a identifi cação dos estágios que precisam de ajustes.

ESTOCAGEM DOS OVOS

Durante a estocagem dos ovos é muito importante que a temperatura e a umidade não sofram variações. Durante o período em que os ovos permanecerem na estocagem, é importante manter uma boa ventilação entre os ovos e evitar fazer grandes pilhas de bandejas ou colocá-las muito próximas umas das outras, pois isso prejudicará a movimentação do ar. A ventilação deve ser feita de forma lenta mas em grande volume. Poderão ocorrer variações na temperatura se o ar for movimentado muito rápido ou se existir obstáculo para a ventilação.

A temperatura e a umidade devem ser mantidas durante o transporte e a estocagem, para que seja obtido um máximo de eclodibilidade. Condições apropriadas são determinadas pelo tempo de estocagem como demons-trado na Tabela 31.

É igualmente importante atingir temperaturas homogêneas no controle de todo o sistema de produção, desde o ninho até as incubadoras.

Uma correta movimentação do ar nas áreas de arma-zenagem, como previamente descrito, é essencial para alcançar e manter a variação mínima de umidade e tem-peratura (± 1°C) durante todo o período. Essas condições são conseguidas se os equipamentos de aquecimento/resfriamento e umidifi cação forem adequados.

Os depósitos devem ser bem isolados e impermeabilizados com material de fácil desinfecção . O local deve ser amplo o bastante para acomodar os volumes esperados de ovos e para atender às exigências de acomodação. Com respeito à altura, o teto do depósito deverá fi car a aproximadamente 1,5 m acima dos ovos estocados.

É importante que, uma vez estabelecidas, a temperatura e a umidade sejam mantidas estáveis.

PROBLEMAS DE ECLOSÃO NORMALMENTE OCORREM DEVIDO A VARIAÇÕES DE TEMPERATURA E UMIDADE DURANTE A COLETA E ESTOCAGEM DE OVOS. CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS PARA ASSEGURAR QUE A TEMPERATURA E A UMIDADE DE ESTOCAGEM SEJAM MANTIDAS DURANTE A TRANSFERÊNCIA PARA O INCUBATÓRIO.

INCUBAÇÃO

PRÉ- AQUECIMENTO

Antes de os ovos serem incubados, devem ser pré-aque-cidos na sala de “adaptação” ou de pré-aquecimento, por um período de 6 a 8 horas, a uma temperatura média de 23°C.

O pré-aquecimento na incubadora pode ser vantajoso, devido a um melhor movimento de ar entre os ovos e um aumento gradual da temperatura, o que ajudará a evitar a condensação.

LIMPEZA DAS INCUBADOURAS

As condições ambientais dentro das incubadoras são ideais para a multiplicação de microorganismos. Os pintos podem se infectar através dos pulmões com Staphylo-coccus aureus, que pode mais tarde provocar o desenvolvi-mento de Necrose da Cabeça do Fêmur nas aves.

A incubação de ovos de cama poderá aumentar os níveis de contaminação dentro da incubadora. A ocorrência de contaminação cruzada poderá aumentar se ovos de ninhos forem colocados na mesma máquina que os ovos de cama. Portanto, se for realmente necessária a incubação de ovos de cama, isto deverá ser feito em máquina separada.

RESÍDUOS DE NASCIMENTO E PENUGEM SÃO AS MAIORES FONTES DE CONTAMINAÇÃO CRUZADA DENTRO DOS INCUBATÓRIOS.

Contaminações cruzadas podem ser reduzidas por meio de fumigação dos nascedouros com formaldeído assim que os ovos começarem a ser bicados (Tabela 32).

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ATINGINDO ÓTIMODESEMPENHO NO INCUBATÓRIO

A mortalidade embrionária normalmente segue uma curva padrão. A análise dessa mortalidade e a identifi cação de anormalidades no desenvolvimento embrionário são dados importantes para melhorar a eclosão.

No geral, entretanto, as causas principais de perdas na incubação são as seguintes:

- Mortalidade embrionária nos 8 primeiros dias de in-cubação normalmente é causada por problemas na granja, na estocagem e/ou nas primeiras horas de incubação.

- Mortalidade entre 8 e 16 dias pode ser devida a conta-minação, a problemas nutricionais nos pais ou, ainda, a problemas na incubação dos ovos.

- Perdas entre 17 e 21 dias são normalmente provocadas por problemas nas condições de incubação.

Os padrões de mortalidade embrionária variam de acordo com a idade do lote (Veja Tabela 33).

Normalmente ocorre uma perda de peso nos ovos devido à evaporação de água através da casca. Espera-se que ocorra uma perda de aproximadamente 12-13% do peso inicial devido à evaporação entre o início da incubação e a transferência. O manejo da incubação deve ser ajustado para que a perda de peso esteja dentro desses índices. Para que se tenha um bom desempenho na incubação,

devem ser feitas observações detalhadas nos dados de mortalidade embrionária e perda de peso dos ovos. Tais medidas devem fazer parte do Programa de Controle de Qualidade do incubatório.

Para obtenção de resultados satisfatórios no incubatório, é necessária a adoção de medidas em função das observa-ções feitas e sobre os resultados de eclosão, mortalidade embrionária e peso dos ovos.

Tais medidas devem ser incluídas no programa de quali-dade do incubatório.

Informações obtidas no momento do nascimento não pode-rão ser usadas para corrigir problemas nesse nascimento. Estas informações devem ser usadas nas incubações sub-seqüentes, de maneira que os problemas sejam sanados antes do nascimento.

PONTOS-CHAVE

Escolher um desenho adequado do ninho para evitar ovos de chão. Os ninhos devem ser su-fi cientemente altos para evitar a contaminação com cama.

Treinar as aves para entrar nos ninhos por meio de colocação de poleiros na recria.

Coletar ovos freqüentemente durante o dia; estes devem ser desinfetados, resfriados e estocados o mais rápido possível, após a coleta.

Fazer a desinfecção dos ovos de forma que a cutícula não seja afetada; manter os ovos secos e não os submetê-los a temperaturas extremas.

Estocar os ovos a uma temperatura de 21º C (Zero Fisiológico) até 4 horas após a coleta.

A temperatura e a Umidade ideais para armaze-nagem dos ovos dependerá do tempo de esto-cagem. Devem-se evitar variações grandes na temperatura e na umidade.

Evitar empilhar mais do que cinco bandejas de ovos.

Fornecer uma boa ventilação para os ovos esto-cados. Realizar uma circulação suave de ar.

Organizar a coleta, seleção, desinfecção e resfria-mento de forma que os ovos sejam transferidos, sem atraso, para o incubatório.

Estabelecer um programa de controle de qua-lidade dos ovos desde o ninho até o fi nal da incubação.

Fazer com que os ovos percam apenas 12-13% do seu peso entre o início da incubação e a transferência para os nascedouros.

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HIGIENE E SAÚDE DAS AVES

OBJETIVO

Alcançar as melhores condições higiênicas possíveis den-tro do ambiente da granja e minimizar os efeitos adversos de doenças. Atingir ótimo desempenho e bem-estar das aves, bem como fornecer garantias de biosseguridade para cria dores e consumidores do produto fi nal (frangos). As matrizes Ross de um dia de idade são produzidas em ambientes nos quais são seguidos rígidos protocolos de biosseguridade, que garantem a manutenção de um nível de saúde o mais alto possível. A manutenção de um bom nível de saúde é essencial para se maximizar o desempe-nho reprodutivo das matrizes, e a qualidade e a aceitação dos produtos fi nais (frangos).

A RELAÇÃO ENTRE MANEJO E OCORRÊNCIA DE ENFERMIDADES

A incidência e a severidade de muitas enfermidades são afetadas, muitas vezes, pela magnitude de fatores estres-santes aos quais as aves são submetidas. Os sistemas de manejo descritos neste manual foram desenhados para maximizar a produção e, ao mesmo tempo, manter mínimo o nível de estresse dos lotes de matrizes Ross. Quando, em determinadas situações, é impossível eli-minar um agente patogênico, seus efeitos deletérios na produtividade das aves podem ser bastante diminuídos pela simples diminuição do nível de estresse oriundo de outras fontes.

Muitos fatores interagem para aumentar a sintomatologia observada como resultado de uma infecção. Quando esti-vermos defi nindo medidas de controle para as enfermida-des, é muito importante levarmos em conta a possibilidade de ocorrência de um aumento de situações de estresse para aves (ou infecções) tais como:

- Manejo inadequado da alimentação e outros fatores, os quais podem precipitar a ocorrência de tendinites estafi locóccicas.

- Maturidade sexual precoce e/ou desuniforme, que pode estar associada à ocorrência de peritonite, aumento do número de ovos de duas gemas e septicemias por E. coli.

- Densidade de aves por m2, biosseguridade, vacinação e doenças imunossupressoras (por exemplo, Doença de Marek, Doença de Gumboro e Anemia Infecciosa das Galinhas) podem afetar muito a severidade de outras enfermidades.

INSPEÇÃO DAS AVES

É essencial que se realizem inspeções de rotina nas aves para uma detecção precoce de enfermidades e/ou de situ-ações de desconforto para elas. Todos os lotes deveriam, idealmente, ser inspecionados, pelo menos duas vezes ao dia por um funcionário experiente e atento. Esse funcionário deve observar o lote de aves a uma distância de aproxima-damente 3 metros das aves. A intensidade da luz deve ser sufi ciente para que as aves sejam bem visíveis.

PROGRAMA DE HIGIENE

A utilização rigorosa de um amplo programa de higiene é essencial para se alcançar bons níveis de produtividade e saúde nos lotes de matrizes. Esse programa deverá estar voltado para:

- limpeza do aviário;- higiene do aviário;- destino das aves mortas.

LIMPEZA DO AVIÁRIO

OBJETIVO

Eliminar produtos residuais de lotes de aves anteriores e garantir que o ambiente não esteja contaminado com microrganismos patogênicos que poderiam afetar a saúde, bem-estar e desempenho reprodutivo do novo lote.

A fi m de se obter uma limpeza perfeita, é necessária uma área externa de concreto para lavagem e armazenamento de equipamentos removíveis. Recomenda-se o uso de lavagem sob pressão.

PROCEDIMENTO

Controle de Insetos: Assim que as aves tenham sido removidas do aviário, e enquanto o ambiente ainda estiver quente, a cama, equipamentos e todas as superfícies do aviário deverão ser pulverizadas com inseticida apropriado. Os insetos são transmissores de doenças e deverão ser destruídos antes que migrem para o madeiramento, ou outros materiais. Uma nova aplicação do inseticida deverá ocorrer antes da desinfecção.

Remoção da Cama: Deve-se escolher, de preferência, um dia sem vento para a remoção da cama. Deve-se desligar todo o sistema de ventilação e sistema elétrico para, em seguida, adotarem-se os seguintes procedimentos:

Pulverização Prévia: uma pulverização de baixa pressão deve ser aplicada no interior do aviário, do teto para o chão, com o intuito de remover a poeira do ar antes da remoção da cama e dos equipamentos;

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Remoção do Equipamento: todos os equipamentos e acessórios (bebedouros, comedouros, poleiros, ninhos, divisórias, etc) devem ser retirados do aviário e colocados numa área externa de concreto;

Remoção da Poeira: toda a poeira e teias devem ser retiradas dos ventiladores, vigas e bordas. A melhor maneira de fazê-lo é por meio de escovação, para que a poeira caia sobre a cama; em aviários abertos, as cortinas devem estar fechadas e deve-se tomar o devido cuidado para garantir que toda a poeira existente no interior das cortinas seja removida;

Remoção da Cama: devem ser colocados no interior do aviário os recipientes (caçambas, carrinhos, etc.) que serão usados para a retirada da cama;

a) A carga deve ser bem coberta com uma lona, antes de sair do núcleo, a fi m de se evitar que a poeira e os resíduos da cama se espalhem por vários locais;

b) Os pneus dos veículos devem ser limpos e desinfetados antes de sair do núcleo;

c) O objetivo fi nal é remover completamente toda a cama e resíduos de dentro do aviário e da área do núcleo;

Remoção da Cama: a cama deverá ser transportada para uma distância mínima de 1,5 km da granja e depositada das seguintes maneiras:

- espalhada em terra de cultura, antes da aração ou gradeação;

- enterrada em um buraco no chão, ou em um aterro para lixo orgânico;

- empilhada e deixada para fermentar, por aquecimento por pelo menos um mês.

Cama fresca não deve ser espalhada em áreas utilizadas para pastagens.

A CAMA NÃO DEVE SER ARMAZENADA NA GRANJA, NEM ESPALHADA EM ÁREAS PRÓXIMAS.

Lavação: Inicialmente, toda a parte elétrica deve ser desligada. Uma lavadora de alta pressão e detergente deverão ser usados para remover a sujeira e os resíduos remanescentes.Todo o equipamento que foi transportado para a área externa de concreto deve ser lavado.

No interior do aviário, atenção especial deve ser dada aos seguintes locais:

- caixas de ventiladores;- hélices de ventiladores;- ventiladores;- parte superior das vigas;- bordas, cantos;- tubos de água;- pontos elétricos;- forro (em aviários escuros).

A fi m de que as áreas de difícil acesso recebam uma lava-gem adequada, é recomendável a utilização de andaimes e lanternas para uma checagem detalhada. A parte externa dos aviários também deverá ser lavada:

- ventiladores;- calhas, drenos;- superfícies de concreto.

Em aviários abertos, tanto a parte interna, como a externa das cortinas deverão ser lavadas. Todos os materiais que não possam ser lavados, como o papelão por exemplo, deverão ser destruídos.

ASSIM QUE A LAVAGEM TENHA SIDO CONCLUÍDA, NÃO DEVERÁ HAVER MAIS NENHUMA SUJEIRA, POEIRA, RESÍDUOS OU CAMA VISÍVEIS. UMA LAVAGEM APROPRIADA REQUER TEMPO E ATENÇÃO PARA OS DETALHES.

Vários detergentes industriais estão disponíveis no mer-cado. As instruções de uso devem ser seguidas de acor-do com o fabricante de cada detergente (modo de usar, diluição, etc.). Todas as salas e áreas do núcleo devem ser também lavadas e desinfetadas, tais como a sala de ovos, refeitório, depósitos, etc.

LIMPEZA DOS SISTEMAS DE BEBEDOUROS E COMEDOUROS

Todo o equipamento existente no interior do aviário deve ser inteiramente lavado e desinfetado. É essencial que, após a lavagem, o equipamento seja guardado em local coberto.

Sistema de abastecimento de água (bebedouros):

· drenar todos os tanques, caixas d’água e tubos;· remover a sujeira e sedimentos do interior dos tanques

e caixas d’água;· lavar, com detergente, o interior, a parte externa,

tampas, torneiras , bebedouros (pendular) e todos os tubos e conexões;

· encher os tanques, caixas d’água e encanamentos com uma solução de hipoclorito de sódio, deixando descansar por 24 horas. Drenar o sistema e enxaguar com água limpa para retirada completa dos resíduos de detergente e desinfetante.

Sistema de alimentação (comedouros):

· lavar e desinfetar todo o equipamento de alimentação (calhas, correntes, comedouros suspensos);

· esvaziar as caixas, silos, tubos e conexões;· limpar e vedar todas as aberturas;· fumigar sempre que possível. Devem-se respeitar

todas as normas e regulamentos de saúde pública e da segurança no trabalho durante o processo de fumigação.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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REPAROS E MANUTENÇÃO

Com o aviário limpo e vazio tem-se a oportunidade ideal para processar reparos estruturais e manutenções:

· Consertar rachaduras, ou fendas no piso, com concre-to/cimento.

· Reparar colunas e reboque de paredes com cimento.· Consertar ou trocar qualquer parte de parede, ou teto,

que esteja quebrada.· Pintar ou caiar locais que necessitem de tais re-

paros.· Assegurar que todas as portas estejam fechando bem. Em se tratando de aviários com piso de terra batida, onde a desinfecção efi ciente é quase impossível, é importante assegurar que o chão esteja nivelado. Caso seja neces-sário, deve-se trazer terra adicional para promover o nivelamento adequado. Os padrões modernos de higiene na indústria alimentícia indicam que piso de concreto é considerado uma especifi cação absolutamente essencial na construção de aviários.

CONTROLE DE ROEDORES E PÁSSAROS SILVESTRES

Um item muito importante é a prevenção da entrada de animais roedores e pássaros silvestres, pois estes são transmissores de doenças, além de consumirem ração das aves. Para isso, os seguintes procedimentos devem ser adotados:

- verifi car se existem buracos em paredes, painéis e tetos e, caso necessário, fazer o devido reparo;

- verifi car se todas as portas fecham bem, sem deixar frestas;

- verifi car possíveis vazamentos no sistema de alimen-tação. Comida de fácil acesso atrai animais indesejá-veis;

- em aviários abertos, a construção deve ser telada, à prova de pássaros e animais silvestres, e reparada sempre que necessário;

- construir uma área de concreto de 1,5 a 3 metros de largura ao redor do aviário para desencorajar a apro-ximação de roedores da instalação;

DESINFECÇÃO

A desinfecção deve ocorrer somente após a conclusão de uma limpeza minuciosa e após a realização de todos os consertos. Os desinfetantes são inefi cientes na presença de sujeira e matéria orgânica.

Na utilização de desinfetantes, sempre devem ser segui-das as instruções do fabricante. O desinfetante deverá ser aplicado com a ajuda de um pulverizador, ou bomba de pressão.

Métodos de desinfecção com espuma podem ser utilizados em instalações modernas, com superfícies impermeáveis/impenetráveis. Esses métodos propiciam um maior tempo de contato e, consequentemente, uma maior efi cácia da desinfecção.

Se as instalações permitirem, é aconselhável aumentar as temperaturas internas dos aviários após serem her-meticamente fechados para aumentar a efetividade da desinfecção.

FUMIGAÇÃO

A fumigação é um processo muito efi ciente mas bastante perigoso, tanto para as aves quanto para o homem. Os operadores devem estar vestidos com roupas próprias de proteção, p.ex.: respiradores, máscaras e luvas. Dois operadores devem estar sempre presentes para casos de emergência.

AS LEIS DE SAÚDE PÚBLICA E SEGURANÇA DO TRABALHO DEVEM SER CONSULTADAS ANTES DO USO DO PROCESSO DE FUMIGAÇÃO.

A fumigação deve ser efetuada logo após a desinfecção, quando as superfícies ainda estiverem úmidas. Os avi-ários devem estar a uma temperatura ambiente de pelo menos 21°C. A fumigação é inefi ciente quando realizada em temperaturas baixas e com umidade relativa inferior a 65%. Portas, lanternins, exaustores, ventiladores e janelas devem ser hermeticamente fechados.

As instruções do fabricante a respeito do uso do fu-migador e dos produtos químicos usados deverão ser seguidas à risca. Após a fumigação, o aviário deverá ser mantido lacrado por 24 horas e sinais de “PROIBIDA A ENTRADA” deverão ser afi xados nas portas.

O aviário deverá ser totalmente ventilado antes que alguém possa ali entrar novamente. Após a colocação da marava-lha, todo o processo de fumigação deverá ser repetido.

ÁREAS EXTERNAS

É vital que as áreas externas também sejam totalmente limpas. O ideal é que os aviários sejam rodeados por uma calçada de 1,5 a 3 m de concreto. Quando isto não for possível, a área deverá:

- ser livre de vegetação;- ser livre de máquinas e equipamentos que não estejam

sendo utilizados;- ter uma superfície plana e nivelada;- ser bem drenada, livre de poças d’água.

Deve-se prestar atenção especial às seguintes áreas:

- sob ventiladores e exaustores;- vias de acesso;- áreas próximas às portas.

Todas as áreas externas de concreto devem ser lavadas e desinfetadas de forma tão detalhada quanto as áreas internas.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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AVALIAÇÃO DA LIMPEZA DA GRANJA E EFICIÊNCIA DA DESINFECÇÃO

É muito importante que o processo de limpeza e desinfeção do aviário seja monitorado por meio de amostragem (su-abes de arrasto) e contagem total de bactérias presentes no meio ambiente. Um número mínimo de amostras a serem tomadas são:

- 4 amostras das paredes;- 4 amostras do piso;- 4 amostras das colunas de sustentação;- 20 amostras de ninhos.

Para paredes, colunas e ninhos aceita-se um padrão má-ximo de 500 Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por 100 cm2 e, para pisos, aceita-se 5000 UFC por 100 cm2. Uma análise de tendência dos resultados permitirá um monitoramento efetivo da desinfecção, para que eventuais tomadas de decisão em relação ao processo de limpeza e desinfecção possam ocorrer.

É extremamente recomendável que um monitoramento para detectar a presença de salmonelas no aviário também seja efetuado. Para isto, o seguinte número de amostras devem ser tomadas (suabes de arrasto):

- 4 amostras do piso;- 4 amostras das paredes;- uma amostra do reservatório interno de ração;- 20 amostras de ninhos;- 02 amostras de fi ssuras e reentrâncias na estrutura do

aviário.- Ralos de escoamento

Após a limpeza e desinfecção efetiva, não deve ocorrer isolamento de qualquer espécie de salmonela.

BIOSSEGURIDADE DA GRANJA

OBJETIVO

É importante implementar normas e procedimentos que visam à prevenção de introdução de agentes patogênicos que possam afetar a saúde, o bem-estar e o desempenho reprodutivo do lote de aves, ou a qualidade de seus pro-dutos, isto é, dos ovos incubáveis e dos pintos.

A saúde das aves do lote e de seus produtos podem ser afetadas por patógenos específi cos de aves tais como, Mycoplasma sp, Salmonella pullorum e S. gallinarum. A presença de agentes que possam afetar as aves e os ho-mens (enfermidades classifi cadas como zoonoses), como as salmonelas, podem afetar, também, tanto a viabilidade da progênie das aves, quanto a aceitabilidade da carne de frango pelos consumidores fi nais. A fi m de minimizar as chances de infecções por patógenos e para manter um bom status de saúde dos plantéis, as seguintes precauções básicas devem ser seguidas:

PONTOS-CHAVE

A adoção de uma política de idade única no mes-mo núcleo.

Somente visitantes essenciais deverão ter acesso à granja. Todos devem assinar o livro de visitantes e registrar visitas prévias a outras granjas.

Todos os funcionários e visitantes devem tomar banho e trocar de roupa para ter acesso a cada um dos aviários.

É obrigatória a lavagem das mãos com sabão desinfetante.

Um pedilúvio, contendo desinfetante, que deverá ser renovado todos os dias, ou de acordo com as especifi cações do fabricante, deve estar presente na entrada de cada aviário.

Procedimentos rigorosos de lavagem e desinfec-ção devem ser empregados em todos os veículos que necessitem ter acesso à granja.

Deve-se evitar o acesso de pássaros silvestres e roedores às dependências dos aviários.

O alimento deve ser fornecido por um fabricante que empregue procedimentos efetivos de contro-le de salmonela, seja nos ingredientes das rações ou na ração fi nal.

RAÇÕES NÃO TRATADAS SÃO FONTES PRINCIPAIS DE SALMONELAS, AS QUAIS, NEM SEMPRE, PODERÃO SER DETECTADAS POR MEIO DE EXAMES BACTERIOLÓGI-COS DAS RAÇÕES PRONTAS. TODO O ALIMENTO DEVE SER ASSUMIDO COMO CONTAMINADO POR ALGUM SO-ROTIPO DE SALMONELA. A PELETIZAÇÃO, POR SI SÓ, NÃO É UM MÉTODO EFICAZ DE DESCONTAMINAÇÃO DE RAÇÕES, POIS MAIOR TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR É REQUERIDO PARA UMA COMPLETA ELIMINAÇÃO DOS CONTAMINANTES NA RAÇÃO.

Misturas de ácidos orgânicos com formaldeído podem ser adicionados à ração pra auxiliar a prevenir uma possível recontaminação das rações, após o tratamento térmico. No entanto, é importante que se tomem precauções para diminuir, ao máximo, a possibilidade de recontaminação do alimento a ser fornecido às aves (por exemplo, elevadores da fábrica e caminhões de transporte exclusivos, silos de armazenagem exclusivos, etc.).

QUALIDADE DA ÁGUA

A boa qualidade da água é uma característica essencial para o manejo de reprodutoras pesadas.

A água deve ser limpa, desprovida de matéria orgânica ou quaisquer outros contaminantes em suspensão. Ela deve ser monitorada para assegurar pureza e ausência de patógenos. Em particular, a água deve ser livre de

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PROCEDIMENTO

Todas as aves descartadas ou mortas devem ser remo-vidas imediatamente; e suas carcaças eliminadas o mais rápido possível. Os métodos mais satisfatórios de elimina-ção são a incineração ou a deposição em fossas sépticas. Incineração a gás, queimadores a óleo ou combustíveis sólidos são efi cazes e higiênicos, porém dispendiosos, já que as carcaças demoram a queimar completamente.

NÃO É RECOMENDADA A REMOÇÃO DA MORTALIDADE DIÁRIA PARA VALAS ABERTAS OU PARCIALMENTE COBERTAS DE TERRA. AS VALAS PODEM ATRAIR ANIMAIS SILVESTRES, QUE IRÃO SE ALIMENTAR DAS CARCAÇAS DAS AVES E PODEM AGIR COMO FONTES DE CONTAMINAÇÃO E VETORES DE DOENÇAS.

As fossas para destino das aves mortas constituem um dos métodos mais acessíveis e efi cazes quando construídas adequadamente, com um telhado sólido e uma tampa de encaixe fi rme e exato. As carcaças entrarão em decompo-sição, sem a adição de qualquer produto químico, desde que as fossas sejam mantidas secas. Áreas com lençóis freáticos próximos à superfície não são adequadas para esse método. Enfi m, o tipo e normas para a construção destas fossas devem seguir a legislação ambiental de cada estado.

CONTROLE DA SAÚDE DO LOTE CONTROLE DE DOENÇAS E VACINAÇÃO

OBJETIVO DO CONTROLE DE DOENÇAS

Minimizar os efeitos adversos da doença na saúde e bem-estar das aves e de seus descendentes.

PROCEDIMENTO

Muitas das doenças de aves podem ser prevenidas com um bom manejo e um alto padrão de higiene.

Um dos primeiros sinais de doença é, freqüentemente, a queda no consumo de água ou ração. Uma boa prática de manejo é manter controles diários do consumo de água e ração. Caso haja a suspeita de algum problema, a primeira providência a ser tomada é mandar as aves para exame laboratorial (necrópsia) e entrar em contato com o veterinário responsável pela granja.

Um tratamento apropriado e imediato, em casos de apa-recimento de alguma doença, pode minimizar os efeitos prejudiciais à saúde, bem-estar e desempenho reprodutivo das aves e, também, minimizar os efeitos na saúde, bem-estar e qualidade dos descendentes.

OBJETIVOS DA VACINAÇÃO

Expor as aves a uma forma do organismo da doença (antí-geno), que promoverá um estímulo imunológico efetivo, e que irá protegê-las de subseqüentes desafi os das doenças

pseudomonas e não apresentar mais que 1 coliforme/ml em qualquer análise efetuada. Amostras consecu-tivas não devem conter coliformes em mais de 5% das amostras. Escherichia coli não deve estar presente.

Os padrões de composição da água são apresentados na Tabela 34. Cuidados especiais devem ser tomados com a água procedente de poços, pois a mesma pode apresentar níveis excessivos de nitrato e altas contagens micro-bianas, devido à contaminação por efl uentes agrícolas. Onde as contagens bacterianas são altas, a causa deve ser estabelecida e o problema solucionado com a maior brevidade possível. Recomenda-se clorar a água de modo que seja alcançada a concentração de 3 ppm na saída dos bebedouros. A luz ultravioleta também pode ser usada para desinfetar a água. Neste sistema deve-se seguir as recomendações do fabricante do equipamento.

Água dura ou água com elevadas concentrações de ferro (> 3 mg/l) pode causar entupimento das válvulas dos bebedouros e das tubulações. O sedimento pode entupir canos e, onde isso é problema, a água deve ser fi ltrada por fi ltros de 40 a 50 micra. Água contendo altos níveis de ferro não deve ser usada para lavar ou desinfetar os ovos.

Para informações mais detalhadas a respeito de conceitos, políticas e normas de biosseguridade, consulte o Manual de Biosseguridade Ross ou o Departamento. de Serviços Veterinários da Aviagen do Brasil.

DESTINO DE AVES MORTAS

OBJETIVO

Remover rotineiramente do aviário carcaças de aves descartadas, ou mortas, a fi m de se evitar a multiplicação de microrganismos patogênicos e a possível transmissão de doenças para as aves saudáveis.

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e/ou fornecer proteção passiva, adquirida maternalmente, pela progênie das matrizes.

PROGRAMAS DE VACINAÇÃO

Doenças comuns, incluindo Doença de Marek (DM), Bouba (varíola aviária), Doença de Newcastle (DN), Encefalomielite Aviária (EA ou Tremor Epidêmico), Bronquite Infecciosa (BI), Doença de Gumboro (DG), Anemia Infecciosa das Galinhas (AIG) e Rinotraqueíte Aviária (RA) devem ser consideradas, quando um programa de vacinação for elaborado. Entretanto, as vacinas necessárias irão variar de granja para granja, e um programa adequado para cada unidade deverá ser planejado pelo veterinário, que usará seu conhecimento da incidência e prevalência de doenças no país ou na região específi ca.

A vacinação é um importante auxiliar da biosseguridade do sistema. A proteção contra cada doença deve ser especifi ca-mente avaliada quando se desenhar a estratégia de contro-le. As vacinas utilizadas no programa de vacinação devem ser somente aquelas absolutamente necessárias para as áreas onde cada sistema de produção específi co já está localizado. Isto fará com que os gastos com vacinas sejam menores, que as aves sejam menos estressadas e, por-tanto, respondam melhor às vacinas utilizadas. As vacinas devem ser adquiridas apenas de fabricantes com excelente reputação no mercado nacional e/ou internacional.

TIPOS DE VACINAS

Existem duas formas básicas de vacinas na avicultura, vacinas vivas ou inativadas (mortas). Elas podem ser combinadas em alguns programas de vacinação para promover um maior estímulo imunológico. Cada tipo de vacina tem seu uso e vantagens específi cas.

Vacinas Inativadas (mortas): Elas são compostas de um alto nível de organismos inativos (antígenos), tendo, freqüentemente, como adjuvante uma emulsão de óleo ou um hidróxido de alumínio. O adjuvante ajuda a melhorar a absorção do antígeno pelo sistema imunológico da ave, por um período de tempo mais prolongado. As vacinas mortas podem conter antígenos inativos múltiplos, para diversas doenças. As vacinas mortas são administradas individualmente, por meio de injeção subcutânea ou in-tramuscular.

Vacinas Vivas: Estas são produzidas a partir de orga-nismos vivos, normalmente vírus, especifi cos da doença. Entretanto, esses organismos são substancialmente mo-difi cados (atenuados), de maneira que se multiplicarão dentro do organismo da ave e o induzirá a uma resposta imunológica sem causar a doença. Normalmente, as va-cinas vivas contêm antígeno para somente uma doença, mas não é raro encontrar uma vacina combinada contendo vários tipos de antígenos virais.

Em princípio, quando se aplicam vários tipos de vacinas vivas para uma doença específi ca, normalmente, a mais modifi cada (mais atenuada) é administrada primeiro, se-guida das vacinas vivas “mais fortes”, quando disponíveis.

Esse princípio é freqüentemente usado para a vacinação viva contra a Doença de Newcastle, quando se prevê o desafi o natural da doença no campo.Ocasionalmente, as vacinas não atenuadas são usadas nos programas de avicultura, tanto através de administra-ção por um meio não natural (p.ex. através da membrana da asa, como no caso da Bouba Aviária), ou através da exposição das aves à vacina, durante o período em que a doença clínica não ocorre (p.ex. a exposição das aves ao vírus da Anemia Infeciosas das Galinhas durante a recria).

As vacinas vivas são usualmente administradas ao lote através da água, de pulverização ou pela aplicação de go-tas oculares. Ocasionalmente, as vacinas vivas são injeta-das, como por exemplo contra a Doença de Marek, Bouba Aviária, Anemia Infecciosa das Galinhas e Reovírus.

Vacinas bacterianas vivas comerciais não são muito comuns, mas é possível encontrá-las para controle de infecções por salmonelas e micoplasmas. Esse tipo de vacina pode perfeitamente ter seu lugar em determinados sistemas de produção. Além disso, a utilização de alguns produtos comerciais para exclusão competitiva também pode ser importante para a prevenção de contaminações dos lotes por salmonelas e, possivelmente, por outras infecções bacterianas no estágio inicial da vida do lote, ou após tratamentos com antibióticos, durante a vida dele.

Vacinações combinadas (vivas e inativadas): O méto-do mais efi caz para alcançar altos e uniformes níveis de anticorpos contra uma doença específi ca é o uso de uma ou mais vacinas vivas contendo o antígeno específi co, seguidas de vacina com o antígeno morto. Esse tipo de programa de vacinação é rotineiramente usado para várias doenças como: Bronquite Infecciosa, Doença de Gumboro e Doença de Newcastle, assegurando proteção ativa e produção de níveis altos e uniformes de anticorpos mater-nais, que serão transferidos passivamente para a progênie. As vacinas vivas “preparam” o sistema imunológico das aves para uma resposta muito mais efi caz, se comparadas às vacinas com antígeno inativado. Uma última dose da vacina viva deve ser aplicada ao lote entre 4-6 semanas antes que a vacina inativada seja administrada.

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Anemia Infecciosa das Galinhas (AIG): No Brasil atual-mente, existe somente uma vacina disponível que é viva e normalmente, aplicada via intramuscular ao fi nal da fase de recria. Na Europa, existe uma outra vacina viva aplicada via água de bebida na idade entre 6-12 semanas.

Infecções por Reovirus: As infecções por Reovirus têm sido associadas a inúmeras situações clínicas, sendo a Artrite Viral a mais comum. Combinações de vacinas vivas e inativadas podem ser usadas para proteger a ave, evitar a transmissão vertical e passar os anticorpos maternais ao embrião. Deve-se estar atento à necessidade da in-trodução da vacinação viva de Reovirus no programa de vacinação das matrizes, especialmente se for administrada em estágios precoces da vida da ave. Algumas vacinas vivas contra Reovirus podem ter o potencial de induzir à doença clínica, principalmente em aves mais jovens.

Cólera Aviária (Pasteurela multocida) e Coriza Aviária (Haemophilus paragallinarum): Estas são enfermidades causadas por bactérias e, em regiões ou granjas onde são consideradas endêmicas, o controle pode ser melhorado com o uso de vacinas inativadas, as quais, geralmente, contêm várias cepas dos organismos de modo a aumentar o nível de proteção. O esquema de vacinação geralmente é feito com duas injeções da vacina inativada com 28 e 42 dias (4 e 6 semanas) de intervalo, administradas durante o período de recria. O uso de vacinas inativadas contra doenças bacterianas permite, se necessário, a utilização estratégica de drogas antibacterianas, sem afetar a efi cácia do programa de vacinação. Vacinas bacterianas vivas são bastante incomuns e seriam certamente afetadas pelo uso de drogas antibacterianas.

Síndrome da Queda da Postura 1976 (EDS ´76): Essa enfermidade viral é comum em algumas partes do mundo e o seu controle pode ser melhorado com a utilização de uma única dose de uma vacina inativada com adjuvante oleoso, geralmente administrada entre 98 e 126 dias de idade (14 e 18 semanas).

Coccidiose: A Coccidiose pode ser controlada com a utili-zação de agentes coccidiostáticos, normalmente existentes nas dietas, durante o período de recria. Entretanto, devido ao aumento da resistência dos coccídios aos agentes, o uso de vacinas em matrizes para o controle da coccidiose já está amplamente difundido. Vacinas vivas atenuadas e não atenuadas encontram-se disponíveis para o combate da coccidiose. As vacinas são normalmente administradas durante a primeira semana de vida. Um ponto fundamental no uso de vacinas vivas é que o processo de administração da vacina contra coccidiose tem que ser o mais uniforme possível, para que todas as aves sejam expostas a dose similar de antígeno. Além disso, deve-se evitar que ex-posição inadvertida das aves a qualquer substância com atividade coccidiostática durante um prazo mínimo de 21 dias (3 semanas) após a vacinação.

PROGRAMAS ESPECÍFICOS DE VACINAÇÃO

Doença de Marek (DM): As vacinas contra a DM são vacinas vivas e encontram-se disponíveis em 3 sorotipos diferentes. Todas as matrizes devem ser vacinadas contra a DM com 1 dia de idade. Geralmente, a vacina é composta por uma combinação do Vírus Herpes dos Perus (HVT), vacina sorotipo 3, e o vírus atenuado da DM, que é uma vacina sorotipo 1. O mais comum dos vírus atenuados da DM é o da cepa Rispens. Em alguns países, como por exemplo os Estados Unidos, a vacina utilizada no primeiro dia de vida é uma combinação do sorotipo 3 (HVT) e do sorotipo 2 (SB1).

Doença de Newcastle (DN): A vacinação com a cepa viva de média intensidade HB1 é normalmente seguida pela vacina com a cepa mais forte La Sota. A vacina com a linhagem La Sota não está licenciada em todos os países, como por exemplo no Reino Unido, e ainda em alguns países que não vacinam contra a DN (por exemplo, a Di-namarca, Suécia e Finlândia). No Brasil, ambas as cepas do vírus estão disponíveis e são usadas.

Bronquite Infecciosa (BI): A vacina viva contendo a cepa H120 é normalmente usada para uma estimulação inicial do sistema imunológico das aves. A cepa H52 é menos atenuada e não deve ser administrada em aves não vaci-nadas. Além disso, o uso da cepa H52 pode interferir na resposta imunológica das aves a uma vacina inativada, quando o programa de vacinação prevê o uso de vacinas vivas e inativadas.

Doença de Gumboro (DG): Uma grande variedade de vacinas vivas contra a DG está disponível para a esti-mulação inicial do sistema imunológico das aves. Em matrizes, cepas intermediárias devem ser administradas para estimulação inicial. Geralmente não é necessário o uso de cepas mais fortes em matrizes.

DN/BI/DG: Nesses casos administra-se uma vacina ina-tivada contendo os antígenos das doenças DN/BI/DG via intramuscular, aos 126 dias de idade do lote (18 semanas), ou no período de transferência para o aviário de postura. Atualmente, vacinas inativadas contendo outros antígenos estão disponíveis comercialmente.

Pneumovírus Aviário: Novamente, combinações de vaci-nas vivas e mortas são consideradas as mais efi cazes na proteção das matrizes e de seus descendentes.

Encefalomielite Aviária (EA) (Tremor Epidêmico): Uma dose única de uma vacina viva adaptada, administrada às aves por meio da água, ou associada a bouba aviária, via membrana da asa, entre 56 e 84 dias de idade (8 e 12 semanas), pode conferir proteção por toda a vida das matrizes.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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CONTROLE DE VERMES (HELMINTOS)

É importante que se faça controle de vermes intestinais (helmintos), aos quais as aves estão expostas. Rotineira-mente, as aves devem receber duas doses de vermífugos durante o período de recria. O monitoramento da efi ciência do programa de controle, por meio da necrópsia de aves selecionadas, poderá indicar a necessidade de um trata-mento adicional com vermífugos na idade aproximada de 154 dias (22 semanas).

DOENÇAS NÃO-INFECCIOSAS

Algumas doenças não-infecciosas podem ser confundidas com infecções virais:

Tendinite com infecção secundária por estafi lococus: Esta pode ser causada por anormalidades de desenvolvimento da ave. Fatores que afetam a incidência dessa doença são: a) curva de crescimento, b) nível de atividade, c) desenho das instalações, d) programa de nutrição e e) programa de luz. Uma movimentação desnecessária das aves e/ou um manejo inadequado da alimentação podem precipitar a ocorrência de problemas como tendinites estafi locóccicas. Elas são rotineiramente confundidas com tendinites/artrites associadas à infecção por Reovírus.

Síndrome da Cabeça Inchada: Equipamentos inadequa-dos para a separação da alimentação de machos e fêmeas podem ser responsáveis por ferimentos na cabeça das aves, os quais podem, erradamente, ser confundidos com a Síndrome da Cabeça Inchada, associada com infecções pelo pneumovírus aviário.

Síndrome da Morte Súbita: Esta pode ocorrer em lotes de matrizes pesadas ao redor do pico de produção e pode ser perfeitamente controlada via nutrição. A origem dessa condição é uma anormalidade do metabolismo mineral.Sugerimos que o balanço eletrolítico seja corrigido na dieta postura I para 235 mEq/kg obtido pela equação de Mongin (Na+K-Cl). Para obter esta adequação, os níveis na dieta de Potássio deve estar ao redor de 0,82%, de Sódio míni-mo de 0,18% e de Cloretos - mínimo de 0,20% e máximo de 0,25%, conforme mencionado no ítem recomendações nutricionais deste manual. Estes níveis são facilmente atin-gidos ao utilizarmos na formulação bicarbonato de sódio, carbonato de potássio e o sal comum. Também sugerimos verifi car o nível mínimo 0,4% de fósforo disponível nesta mesma dieta. Ressalta-se que o uso de farinha de carne nas formulações e o uso de ingredientes alternativos ao farelo de soja, normalmente comprometem de forma ne-gativa o equilíbrio eletrolítico da dieta.

Tetânia Hipocalcêmica: A Tetânia Hipocalcêmica refere-se à paralisia e morte causadas por uma depleção de cálcio na corrente sangüínea. As aves começam a fi car ofegan-tes, depois letárgicas e imóveis antes de morrer. O início da doença é geralmente repentino com rápida evolução até a morte. A Tetânia Hipocalcêmica é comum em lotes

não uniformes que são alimentados com dietas ricas em cálcio nas semanas que precedem o início da postura. Por isto sugerimos o uso de uma dieta pré postura do início da 20a semana até o primeiro ovo, com no máximo 1,5% de cálcio. Para maiores detalhes, veja o Aviagen Tecno-logia de Maio/2002 (“Prevenção e Tratamento da Tetânia Hipocalcênica em Matrizes de Corte”).

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA SAÚDE DAS AVES

OBJETIVOS

Confi rmar a ausência de patógenos específi cos que pos-sam afetar a saúde, o bem-estar e desempenho reprodu-tivo das aves e de seus descendentes.

Identificar precocemente a presença de doenças, de modo que se possam introduzir medidas de controle para minimizar os efeitos prejudiciais, tanto ao lote de matrizes, quanto aos seus descendentes.

SALMONELA

A Salmonella pullorum e a S. gallinarum, patógenos específi cos de aves, são monitoradas pela pesquisa de anticorpos específi cos no sangue por meio de testes de aglutinação rádida. O teste pode ser realizado tanto na granja, usando o próprio sangue, quanto no laboratório, com o soro do sangue.

A presença de outras espécies de salmonelas, além das S. pullorum e a S. gallinarum, é usualmente detectada por meio de análises bacteriológicas na própria ave, em amostras de meio ambiente e no próprio produto (pintos de 1 dia) coletados no incubatório. Essas salmonelas podem afetar tanto as aves como o homem (causando as zoonoses). A Salmonella enteritidis e a S. typhimurium são de particular importância, pois podem ser verticalmente transmitidas para os descendentes das matrizes e causar sérias infecções alimentares no homem.

Entretanto, atualmente existem testes de ELISA (imuno-enzimático) específi cos que podem, assim como o teste de aglutinação rápida para S. pullorum e S. gallinarum, detectar anticorpos específi cos no soro das aves. Aves de descarte, suabes de cloaca, fezes cecais frescas, cama do aviário, suabes de arrasto e suabes de pó do meio am-biente são os principais tipos de amostras que devem ser usados para monitorar a presença de salmonela nos lotes de matrizes. As amostras a serem tomadas no incubatório incluem pintos mortos no ovo, pintos refugos/ruins, papel das bandejas do nascedouro (quando disponíveis), forro das caixas de transporte de pintos de 1 dia e penugem dos nascedouros.

Essas amostras podem ser agrupadas, formando um conjunto no qual amostragens de um único tipo podem ser misturadas e transformadas em uma única amostra, para facilitar processamento e análise no laboratório.

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Seção 4: Requerimentos Ambientais Específicos

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MICOPLASMOSES

Amostras de sangue tomadas dos lotes de matrizes devem ser rotineiramente monitoradas por meio de um teste de soro aglutinação rápida específi co e/ou testes comerciais de ELISA para detectar a presença de anticorpos contra Mycoplasma gallisepticum e M. synoviae e/ou testes de PCR (Polymerase Chain Reaction) que detectam partes específi cas da genoma destas bactérias em amostras de suabe traqueal.

SÍNDROME DA QUEDA DA POSTURA 1976 (EDS`76)

Quando houver necessidade de que o lote de matrizes esteja livre da presença de EDS, testes de Inibição da Hemoaglu-tinação e/ou testes comerciais de ELISA pode ser usados para monitoramento das aves. Quando a água de bebida das aves é retirada de represas ou de açudes aos quais aves aquáticas silvestres têm acesso, é importante utilizar um programa de desinfecção dessa água.

OUTRAS DOENÇAS

O monitoramento sorológico para a detecção de outras doenças pode ser realizado tanto eventualmente, como com maior freqüência, quando ocorrerem sinais clínicos e/ou uma queda na produção, para confi rmar a presença de uma doença específi ca. Esse tipo de monitoramen-to sorológico pode incluir, inclusive, aqueles lotes que tenham sido previamente vacinados para a verifi cação da presença de um tipo de anticorpos maior do que o normalmente esperado em um lote vacinado. Exemplos disso são a Doença de Newcastle, a Bronquite Infecciosa e a Rinotraqueíte Aviária.

AMOSTRAGEM PARA O MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE DOENÇAS

No monitoramento da grande maioria das doenças em uma determinada população de aves, o objetivo deve ser detectar uma prevalência da doença de 5%, com 95% de segurança de que uma ou mais aves positivas serão detectadas. Para os tamanhos de população, que são normalmente utilizados em lotes de matrizes (acima de 500 aves), uma amostra mínima de aproximadamente 60 aves deve ser tomada para o monitoramento do lote. De modo geral, um monitoramento mais abrangente é reali-zado quando o lote atinge a idade de 140 -154 dias (20-22 semanas), especialmente para micoplasmas e salmonelas. Normalmente, 10% do lote ou um número mínimo de 100 aves são testadas naquela idade crítica. A freqüência dos testes vai variar de acordo com a doença específi ca e/ou com as exigências do mercado regional.

LEGISLAÇÃO NACIONAL

No Brasil hoje, o controle da saúde dos rebanhos avícolas comerciais, para alguns patógenos específi cos é feito sob uma legislação nacional específi ca intitulada ‘’Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA)’’. Detalhes desta legislação podem ser facilmente obtidos nos escritórios regionais do Ministério da Agricultura, Pecuárria e Abas-tecimento (MAPA).

MONITORAMENTO DA EFICÁCIA DOS PROGRAMASDE VACINAÇÃO

OBJETIVO

Monitorar a efi cácia dos programas de vacinação por meio de sorologias para mensuração dos títulos de anticorpos, realizados ao longo de toda a vida do lote.

PROCEDIMENTO

A efi ciência do monitoramento dos programas de vacina-ção é muito importante, porque as vacinações induzem tanto a uma proteção ativa às aves, como a uma proteção passiva, que é passada para os descendentes por meio dos anticorpos maternais.

O monitoramento é realizado por meio da medida dos níveis de um anticorpo específi co em aves individuais, bem como por meio da variação da resposta imunológica dentro do grupo de aves amostradas. Geralmente, um número mínimo de 20 amostras de sangue é tomado para a realização dos vários testes quantitativos dispo-níveis, incluindo a Inibição da Hemoaglutinação, teste de difusão em agar-gel e testes comerciais ELISA. Os testes ELISA são indicados por terem uma maior sensibilidade, especifi cidade e repetibilidade, além de serem facilmente automatizados, o que permite uma maior efi ciência das sorologias realizadas no laboratório.

Sorologia de rotina (logo após o início da postura), após a administração da vacina inativada intramuscular pode permitir uma boa estimativa da imunidade passiva, que será transmi-tida à progênie, durante todo o período da postura. Reações cruzadas na sorologia para micoplasma são freqüentemente vistas em amostras tomadas em torno de 2 a 3 semanas após a administração da vacina inativada intramuscular. Portanto, esse tipo de sorologia deve ser evitado nessa época.

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Índice Pág.

Apêndice 1: 70 Registros

Apêndice 2: 71 Tabelas de Conversão

Apêndice 3: 73 Objetivos Críticos de Acordo com a Idade

Apêndice 4: 74 Solução de Problemas de Incubação e suas Possíveis Causas

Apêndice 5: 75 Problemas Causados por Defi ciência de Vitaminas

Apêndice 6: 76 Taxas de Ventilação

Apêndice 7: 77 Informações Úteis de Manejo

Apêndices

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Apêndices

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Registros anotados e comparados com os alvos de des-empenho constituem uma ajuda essencial ao manejo. Os registros necessários são os seguintes :

RECRIA

LinhagemNúmero de aves alojadasÁrea de piso e densidade de alojamentoData de nascimentoRação/ave - semanal e acumuladaMortalidade - semanal e acumuladaPeso corporal médio, CV , uniformidade e idade à pesa-gemTemperaturas - mínima e máxima diária Consumo diário de água

POSTURA

LinhagemNúmero de aves alojadasÁrea de piso e densidade de alojamentoProdução de ovos - diária, semanal e acumulada por fêmeaOvos incubáveis - produção diária, semanal e acumulada por fêmea Ração/ave - diária e acumuladaPeso corporal médio - macho e fêmea - semanalPeso médio do ovo - diário e semanalMassa do ovo - diário e semanalMortalidade - macho e fêmeaInfertilidade - eclosão dos ovos férteis - % de pintos de primeira qualidadeTemperaturas do aviário - externa e internaTemperatura ambiente - mínima e máximaConsumo diário de água

MANEJOS EM GERAL

Programa de LuzVacinação - data, dosagem e duraçãoMedicações - data, dosagem, tipo e duraçãoVisitas veterinárias - data e relatório veterinárioDesinfecção - produtos utilizados na limpeza e índice de contaminacão pós desinfeccçãoEquipamentos - índices de defeitos

PADRÕES A SEREM OBSERVADOS

Peso corporal semanal - macho e fêmeaProdução de ovos - número e pesoProdução de ovos incubáveis Eclodibilidade e infertilidadePeso e massa do ovo - semanal

APÊNDICE 2: TABELAS DE CONVERSÃOAPÊNDICE 1: REGISTROS

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Apêndices

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COMPRIMENTO

1 metro (m) = 3,281 pés 1 pé = 0,305 metros (m) 1 centímetro (cm) = 0,394 polegadas1 polegada = 2,54 centímetros (cm)

ÁREA

1 metro quadrado (m2) = 10,76 pés quadrados1 pé quadrado = 0,093 metros quadrados (m2)

VOLUME

1 litro (l) = 0,22 galões1 galão = 4,54 litros (l)1 galão = 1,2 galões americanos (USA)1 metro cúbico (m3) = 35,31 pés cúbicos 1 pé cúbico = 0,028 metros cúbicos (m3)

PESO

1 quilograma (kg) = 2,205 libras1 libra = 0,454 quilogramas (Kg)1 grama (g) = 0,035 onças (oz)1 onça (oz) = 28,35 gramas (g)

ENERGIA

1 caloria (cal) = 4,18 joules (J)1 Joule (J) = 0,239 calorias (cal)1 quilocaloria por quilograma (kcal/Kg) = 4,18 Megajoules por quilograma (MJ/Kg)1 Megajoule por quilograma (MJ/Kg) = 108 calorias por libra1 Joule (J) = 0,735 pés de libra1 pé de libra = 1,36 Joules (J)1 Joule (J) = 0,00095 Unidades Térmicas Britânicas (UTB)1 Unidade Térmica Britânica (UTB) = 1055 joules (J)

PRESSÃO

1 Newton por metro quadrado ou Pascal (N/m2) = 0,000145 libras por polegada quadrada1 libra por polegada quadrada (psi) = 6895 Newtons por metro quadrado ou Pascal (N/m2)

DENSIDADE

1 pé quadrado por ave = 10,76 aves por metro quadrado (ave/m2).1 ave por metro quadrado (ave/m2) = 10,76 pés quadrados por ave5 aves por metro quadrado (ave/m2) = 2,15 pés quadrados por ave7 aves por metro quadrado (ave/m2) = 1,54 pés quadrados por ave 1 quilograma por metro quadrado = 0,205 libras por pé quadrado1 libra por pé quadrado = 4,878 quilogramas por metro quadrado (Kg/m2)

TEMPERATURA

Temperatura (°C) = 5/9 (Temperatura em °F - 32)Temperatura (°F) = 32 + 9/5 (Temperatura °C)

APÊNDICE 2: TABELAS DE CONVERSÃOAPÊNDICE 2: TABELAS DE CONVERSÃO

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Apêndices

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VENTILAÇÃO

1 C.F.M. (ft3/m) = 1,699 C.M.H. (m3/h)1 C.M.H. = 0,589 C.F.M. (ft3/m)

C.M.H. = metros cúbicos por horaC.F.M. = pés cúbicos por horas

ISOLAMENTO

O valor U medido em Watts por metro quadrado por graus centígrados (W/m2/°C).

LUZ

1 pé vela = 10,76 lux

Uma fórmula simples para calcular o número de lâmpadas necessárias para um aviário é o seguinte:

Número de lâmpadas = área de piso (m2) x máximo de luz necessário

Watts de lâmpada x fator K

Fator K depende dos watts da lâmpada, como segue:

*Essa fórmula é para bulbos de tungstênio a uma altura de 2 metros do nível das aves. Lâmpadas fl uorescentes fornecem 3 a 5 vezes mais o número de lux por watts que as lâmpadas de tungstênio.

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Apêndices

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APÊNDICE 3: OBJETIVOS CRÍTICOS DE ACORDO COM A IDADE

Visando alcaçar o máximo de pintos por fêmeas alojada, é essencial entender os requerimentos das matrizes em cada estágio de sua vida. Os objetivos críticos em cada idade das matrizes estão resumidos abaixo:

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Apêndices

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APÊNDICE 4: SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE INCUBAÇÃO E SUAS POSSÍVEIS CAUSAS

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Apêndices

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APÊNDICE 5: PROBLEMAS CAUSADOS POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINAS

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Apêndices

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APÊNDICE 7: iNFORMAÇÕES ÚTEIS DE MANEJOAPÊNDICE 6: TAXAS DE VENTILAÇÃO

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Apêndices

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APÊNDICE 7: INFORMAÇÕES ÚTEIS DE MANEJO

154 - 161 22

Pendular 1/80 1/60

Para maiores detalhes, veja página 40

Para maiores detalhes, veja página 26

Para maiores detalhes, veja página 42

Para maiores detalhes, veja página 42

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Apêndices

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ÍNDICE DE TABELAS

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Apêndices

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15 Bloqueio do acesso dos machos ao comedouro das fêmeas

Esfriamento a base de cortinas úmids em galpões com ambiente controlado

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íNDICE DE DIAGRAMAS