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20/06/2018 COMPRASNET - O SITE DE COMPRAS DO GOVERNO http://comprasnet.gov.br/livre/pregao/Termojulg2.asp?prgCod=723598&ipgCod=20027837&reCod=354886&Tipo=R&Tipo1=S 1/4 Visualização de Recursos, Contra-Razões e Decisõess RECURSO: À COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕES DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO PARANÁ (TRE/PR) /SECRETARIA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA COORDENADORIA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS/SEÇÃO DE LICITAÇÕES. ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO PARANÁ. REF.: PREGÃO ELETRÔNICO No 11/2018 PH RECURSOS HUMANOS EIRELI, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 05.443.410/0001-20, situada na Rua Ébano Pereira, n°477, Centro, CEP: 80410-240, Curitiba, Paraná, neste ato, representado por seu sócio Sr. VALDAIR GONÇALVES, brasileiro, solteiro, empresário, portador da Cédula de Identidade RG n.º 5.800.357-3, devidamente inscrito no CPF sob n.º 817.705.029-04, residente e domiciliado em Curitiba - Paraná, vem por meio de seu representante legal, interpor tempestivamente RECURSO ADMINISTRATIVO com base na Lei n.º 10.520/02 e 8.666/93, em face do julgamento da proposta comercial apresentada pela ALVO RH SERVIÇOS TEMPORÁRIOS EIRELI- ME, a qual foi declarada vencedora com base nas razões a seguir expostas. 1. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO O prazo estabelecido no edital de licitação é de 03 dias para apresentação de recurso, conforme regra contida na Lei n° 10.520/00. Assim, tendo sua manifestação de recurso aceita pela comissão de licitação no dia 09/05/2018 (quarta- feira), tem-se que o escoamento do prazo recursal se dará em 14/05/2018 (segunda-feira). Assim, resta comprovada a tempestividade do recurso devendo o mesmo ser recebido e analisado em suas razões de fato e fundamentos de direito. 2. SÍNTESE DOS FATOS Conforme previsão do referido edital de Pregão Eletrônico, foi iniciada a sessão pública em 03/05/2018, que tem por objeto a contratação de empresa especializada na alocação e gestão de postos de trabalho especializados para a prestação de serviços continuados de Portaria. Após a fase de lances e aceitação de propostas, a sessão foi suspensa para análise das planilhas enviadas pela Empresa ALVO RH SERVIÇOS TEMPORÁRIOS EIRELI. Reaberta a sessão em 04/05/2018, foi solicitado à referida empresa a apresentação de planilhas retificadas ou justificativas para os apontamentos do Sr. Pregoeiro. Após as justificativas apresentadas e reenvio da planilha, o SR. Pregoeiro entendeu pela aceitação da proposta, dando seguimento ao Pregão Eletrônico, solicitando o envio de documentação, suspendendo a sessão novamente para aguardar os documentos de habilitação. Reaberta a sessão em 09/05/2018, o Sr. Pregoeiro concluiu pela regularidade dos mesmos, abrindo prazo para registro de intenção de recursos. Contudo, analisando a documentação de qualificação técnica e econômica financeira, bem como, diante da análise da planilha de custos da empresa Recorrida, verifica-se que há várias irregularidades, devendo a mesma ser desclassificada deste certame, pois não se encontra em conformidade com o Edital, bem como com a legislação de regência, porquanto a lei exige a sua desclassificação, consoante se demonstrará a seguir: 3. DA APRESENTAÇÃO DE ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA COM CONTEÚDO POSSIVELMENTE FALSO No que tange à qualificação técnica, o instrumento convocatório definiu em seu Apêndice 9, item 9.2, alíneas “b, b1, b2, b3 e b4” o seguinte: “- DA HABILITAÇÃO – (...) 9.2. Além do cadastro no Sicaf, exigir-se-á das licitantes: (...) b) As empresas interessadas deverão apresentar atestado de capacidade Técnica, emitido por entidade pública ou privada, comprovando a aptidão da proponente para o desempenho de atividade pertinente e compatível, em características, quantidades e prazos, com o objeto de que trata o presente edital, comprovando ainda, experiência mínima de 3 (três) anos na alocação e gestão de postos de trabalho, podendo ser aceito o somatório de atestados; b.1) A comprovação de capacidade técnica solicitada deverá contemplar a alocação de no mínimo 11 (onze) postos de trabalho/empregados terceirizados. b.2) No atestado deve constar também se foram cumpridos os prazos de execução, e a qualidade do mesmo, sem fatos que desabonem sua conduta, além de estar assinado e datado. b.3) O atestado deverá ser impresso e conter o CNPJ, nome, cargo, assinatura do responsável pela informação e carimbo da instituição/empresa. b.4) Ao TRE/PR será reservado o direito de efetuar diligências a fim de averiguar a veracidade dos atestados apresentados, obrigando-se, a licitante, a disponibilizar todas as informações necessárias à comprovação de legitimidade dos atestados solicitados, apresentando, dentre outros documentos, cópia do contrato de deu suporte à contratação, endereço atual da contratante e local em que foram prestados os serviços. Já no item 15 estão previstas as SANÇÕES ADMINISTRATIVAS: “ 15. SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 15.1. Durante a fase externa da licitação, as licitantes estarão sujeitas às penalidades previstas no art. 7º da Lei 10520/2002, que dispõe que: “Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.”. 15.2. As licitantes que praticarem as seguintes condutas, injustificadamente, estarão sujeitas à sanção de impedimento

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20/06/2018 COMPRASNET - O SITE DE COMPRAS DO GOVERNO

http://comprasnet.gov.br/livre/pregao/Termojulg2.asp?prgCod=723598&ipgCod=20027837&reCod=354886&Tipo=R&Tipo1=S 1/4

Visualização de Recursos, Contra-Razões e Decisõess

RECURSO:À COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕES DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO PARANÁ (TRE/PR)

/SECRETARIA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA COORDENADORIA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS/SEÇÃO DE LICITAÇÕES. ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO PARANÁ.

REF.: PREGÃO ELETRÔNICO No 11/2018

PH RECURSOS HUMANOS EIRELI, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 05.443.410/0001-20,situada na Rua Ébano Pereira, n°477, Centro, CEP: 80410-240, Curitiba, Paraná, neste ato, representado por seu sócioSr. VALDAIR GONÇALVES, brasileiro, solteiro, empresário, portador da Cédula de Identidade RG n.º 5.800.357-3,devidamente inscrito no CPF sob n.º 817.705.029-04, residente e domiciliado em Curitiba - Paraná, vem por meio deseu representante legal, interpor tempestivamente RECURSO ADMINISTRATIVO com base na Lei n.º 10.520/02 e8.666/93, em face do julgamento da proposta comercial apresentada pela ALVO RH SERVIÇOS TEMPORÁRIOS EIRELI-ME, a qual foi declarada vencedora com base nas razões a seguir expostas.

1. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO O prazo estabelecido no edital de licitação é de 03 dias para apresentação de recurso, conforme regra contida na Lei n°

10.520/00. Assim, tendo sua manifestação de recurso aceita pela comissão de licitação no dia 09/05/2018 (quarta-feira), tem-se que o escoamento do prazo recursal se dará em 14/05/2018 (segunda-feira).

Assim, resta comprovada a tempestividade do recurso devendo o mesmo ser recebido e analisado em suas razões defato e fundamentos de direito.

2. SÍNTESE DOS FATOS Conforme previsão do referido edital de Pregão Eletrônico, foi iniciada a sessão pública em 03/05/2018, que tem por

objeto a contratação de empresa especializada na alocação e gestão de postos de trabalho especializados para aprestação de serviços continuados de Portaria.

Após a fase de lances e aceitação de propostas, a sessão foi suspensa para análise das planilhas enviadas pelaEmpresa ALVO RH SERVIÇOS TEMPORÁRIOS EIRELI.

Reaberta a sessão em 04/05/2018, foi solicitado à referida empresa a apresentação de planilhas retificadas oujustificativas para os apontamentos do Sr. Pregoeiro. Após as justificativas apresentadas e reenvio da planilha, o SR.Pregoeiro entendeu pela aceitação da proposta, dando seguimento ao Pregão Eletrônico, solicitando o envio dedocumentação, suspendendo a sessão novamente para aguardar os documentos de habilitação.

Reaberta a sessão em 09/05/2018, o Sr. Pregoeiro concluiu pela regularidade dos mesmos, abrindo prazo para registrode intenção de recursos.

Contudo, analisando a documentação de qualificação técnica e econômica financeira, bem como, diante da análise daplanilha de custos da empresa Recorrida, verifica-se que há várias irregularidades, devendo a mesma serdesclassificada deste certame, pois não se encontra em conformidade com o Edital, bem como com a legislação deregência, porquanto a lei exige a sua desclassificação, consoante se demonstrará a seguir:

3. DA APRESENTAÇÃO DE ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA COM CONTEÚDO POSSIVELMENTE FALSO No que tange à qualificação técnica, o instrumento convocatório definiu em seu Apêndice 9, item 9.2, alíneas “b, b1,

b2, b3 e b4” o seguinte: “- DA HABILITAÇÃO –

(...) 9.2. Além do cadastro no Sicaf, exigir-se-á das licitantes:

(...) b) As empresas interessadas deverão apresentar atestado de capacidade Técnica, emitido por entidade pública ou

privada, comprovando a aptidão da proponente para o desempenho de atividade pertinente e compatível, emcaracterísticas, quantidades e prazos, com o objeto de que trata o presente edital, comprovando ainda, experiênciamínima de 3 (três) anos na alocação e gestão de postos de trabalho, podendo ser aceito o somatório de atestados;

b.1) A comprovação de capacidade técnica solicitada deverá contemplar a alocação de no mínimo 11 (onze) postos detrabalho/empregados terceirizados.

b.2) No atestado deve constar também se foram cumpridos os prazos de execução, e a qualidade do mesmo, sem fatosque desabonem sua conduta, além de estar assinado e datado.

b.3) O atestado deverá ser impresso e conter o CNPJ, nome, cargo, assinatura do responsável pela informação ecarimbo da instituição/empresa.

b.4) Ao TRE/PR será reservado o direito de efetuar diligências a fim de averiguar a veracidade dos atestadosapresentados, obrigando-se, a licitante, a disponibilizar todas as informações necessárias à comprovação delegitimidade dos atestados solicitados, apresentando, dentre outros documentos, cópia do contrato de deu suporte àcontratação, endereço atual da contratante e local em que foram prestados os serviços.

Já no item 15 estão previstas as SANÇÕES ADMINISTRATIVAS: “ 15. SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

15.1. Durante a fase externa da licitação, as licitantes estarão sujeitas às penalidades previstas no art. 7º da Lei10520/2002, que dispõe que: “Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato,deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução deseu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo oucometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, serádescredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4odesta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demaiscominações legais.”.

15.2. As licitantes que praticarem as seguintes condutas, injustificadamente, estarão sujeitas à sanção de impedimento

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de licitar e contratar com a União, citada no item anterior, pelo prazo a seguir fixado: a) solicitar a desclassificação de sua proposta, após a etapa de lances: 1 mês;

b) deixar de entregar os documentos exigidos na fase de aceitação da proposta: 2 meses. (Grifos nossos) c) deixar de entregar os documentos exigidos na fase de habilitação: 3 meses. (Grifos nossos).

Pois bem, analisando os atestados de capacidade técnica da empresa Recorrida, declarada arrematante por se tratar deME, verificou-se que a mesma possivelmente apresentou documento com conteúdo falso, conforme se demonstrará aseguir:

A empresa ALVO RH já participou de procedimento licitatório para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deBauru-SP, na modalidade de Pregão Eletrônico sob Edital nº 17000035/2017 (em data de 13/09/2017), do qual a oraRecorrente também participou, porém, restou vencida pela empresa ora Recorrida.

Ocorre que, confrontando a documentação apresentada no procedimento licitatório dos Correios de Bauru, ora citado,com a documentação apresentada no presente certame, verificou-se uma grave irregularidade no que diz respeito aosatestados de capacidade técnica apresentado nas duas licitações.

Também, participaram recorrente e recorrida do Pregão Eletrônico nº 17000030/2017, para contratação de mão deobra temporária para ECT de Santa Catarina, ocasião na qual foram arguidas as irregularidades na documentação daempresa recorrida. Conforme atestado de capacidade técnica em ANEXO apresentado pela Recorrida (o mesmo que fora apresentado nalicitação de Bauru), provavelmente elaborado pela empresa FORMIGHIERI INDUSTRIA DE IMPLEMENTOSRODOVIÁRIOS LTDA, em data de 11 de setembro de 2017, por meio de sua gerente financeira Géssica V. Santos,verifica-se que o mesmo atesta que no período de agosto/2012 à out/2014, a empresa Recorrida administrouaproximadamente 300 (trezentos) funcionários temporários no período TOTAL, (com média de 11 (onze) funcionáriosmensais).

Ocorre que, No PE – Edital nº 17000030/2017, a Recorrida apresentou atestado de capacidade técnica da mesmaempresa (FORMIGHIERI INDUSTRIA DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS LTDA), porém, referido atestado traz em seubojo o período de prestação de serviços de mão de obra terceirizada no período de 14/01/2011 a 31/05/2014, (períodoeste que engloba o atestado anteriormente citado), descriminando às seguintes funções: 20 (vinte) postos de Auxiliarde Produção; 02 (dois) postos de Auxiliar de RH; 04 (quatro) postos de Auxiliar de Pintura; 10 (dez) postos deRecepcionista e 04 (quatro) postos de Auxiliar de Solva, com data de 19 de janeiro de 2017, assinado por funcionáriodo setor de RH, Sr. Jonathan Perfetti.

Diante da análise dos atestados de capacidade técnica apresentados nos dois certames, surgiram evidentementedúvidas acerca da autenticidade dos mesmos, tendo a ora Recorrente realizado diligência junto à empresa que forneceuos referidos atestados.

Assim, em contato com a Sra. Géssica, (da empresa Formighieri), a mesma informou que desconhecia o atestado decapacidade técnica apresentado no certame de Santa Catarina, assinado pelo Sr. Jonathan Perfetti, (o qual nãotrabalha mais para r. empresa), não podendo afirmar que o mesmo é legítimo, contudo, afirmando que as funções láexpostas não foram prestadas pela empresa Recorrida, entre outras irregularidades citadas pela funcionária, de modoque há severos indícios de que referido atestado é fraudulento.

Diante dos fatos narrados e da diligência outrora realizada por esta Recorrente, verificou-se que os atestadosapresentados pela Recorrida apresentaram teor duvidoso, sendo tal fato suficiente para sua desclassificação docertame, bem como, a aplicação das penalidades previstas no item 15 do edital em comento, conforme já descrito,assim como a apuração de legitimidade da documentação.

Registre-se por oportuno que o uso de documento falso para fraudar o caráter competitivo de uma licitação estáprevisto no tipo penal do artigo 90 da Lei das Licitações, a Lei 8.666/1993, bem como, a mera apresentação deatestado com conteúdo falso caracteriza o ilícito administrativo previsto no art. 46 da Lei Orgânica do TCU (Lei n.8.443/1992) e faz surgir a possibilidade de declarar a inidoneidade da licitante fraudadora. Nesse sentido:

DENÚNCIA. PREGÃO ELETRÔNICO. POSSÍVEIS IRREGULARIDADES QUANTO AO ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICAAPRESENTADO PELA EMPRESA VENCEDORA DO PREGÃO. PROCEDÊNCIA. DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE DAEMPRESA. A apresentação de atestados de capacidade técnica com conteúdo falso caracteriza fraude à licitação, cujasanção há de ser aplicada à pessoa jurídica infratora, nos termos do art. 46 da Lei n. 8.443/1992. (TCU - AC-2628-36/12-P- Colegiado: Plenário - Processo: 019.763/2011-5 - Relator: MARCOS BEMQUERER

Ademais, note Sr. Pregoeiro, que, que o edital do PE objeto do presente recurso estabelece no item b.4 do item 9.2que, a licitante deve disponibilizar todas as informações necessárias à comprovação de legitimidade dos atestadossolicitados, apresentando, dentre outros documentos, cópia do contrato de deu suporte à contratação, endereço atualda contratante e local em que foram prestados os serviços (grifos acrescidos), sendo que a empresa recorrida nãoapresentou o contrato que deu suporte à contratação com as empresas FORMIGHIERI E MULTIPISOS, apresentandoapenas e tão somente simples declaração.

Tampouco constam nos atestados apresentados se foram rigorosamente cumpridos todos os prazos de execuçãocontratual (item b.2), limitando-se aquelas empresas a declarar que houve a prestação de serviços.

Diante do exposto, a Recorrente requer, seja promovida diligência nova pela comissão de licitação, nos termos do art.43, §3ª da Lei 8.666/93, para apuração dos fatos ora suscitados, bem como, requer a solicitação de todas as NOTASFISCAIS emitidas no período suscitado, bem como o CAGED da empresa recorrida, para contribuir com a diligênciarequerida, a fim de comprovar se a empresa ALVO RH realmente prestou os serviços que afirma, e após, caso sejaevidenciada a fraude à licitação por apresentação de documento falso, sejam tomadas as medidas cabíveis para o caso,para que seja alcançada a decisão mais acertada em face da verdade material.

Nesse sentido é que a Lei nº 8.666/93 consigna em seu artigo 43, § 3º o fundamento legal para a promoção dediligências nas licitações, estabelecendo o seguinte comando:

“É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada aesclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação quedeveria constar originariamente da proposta.”

De todo modo, seja em uma ou em outra situação, a Recorrida violou o Edital do certame e a lei de licitações, queexigem sejam prestadas informações exatas a seu respeito, o que, por si só é motivo mais do que suficiente para suaeliminação do certame, é o que se requer, por ser medida de JUSTIÇA!!!!

4. DA IRREGULARIDADE NO BALANÇO PATRIMONIAL No âmbito da Lei n.º 8.666/93, a saúde financeira dos licitantes é um dos aspectos a serem avaliados no momento da

licitação. O artigo 31 de referido dispositivo prevê que dentre os documentos a serem apresentados pelo licitante está obalanço patrimonial, exigível de acordo com o inciso I do referido artigo:

Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á: I – balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da

lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços

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provisórios, podendo ser atualizado por índices oficiais quando encerrados a mais de 3 (três) meses da data deapresentação da proposta.

Neste sentido, tem-se que a finalidade primordial da apresentação do balanço patrimonial é a comprovação da boasituação financeira da empresa.

Postas tais considerações preliminares, passamos a analisar os documentos apresentados pela Recorrida ALVO RHSERVIÇOS TEMPORÁRIOS LTDA. – ME.

A Recorrida apresentou balanço patrimonial do exercício de 2016, cujos valores são idêntidos aos valores do balançopatrimonial do exercício de 2015, sendo que já fora alegado pela recorrida, em síntese, não ter emitido nenhuma notafiscal em 2016, ou seja, que não teve nenhum movimento no exercício de 2016.

Uma empresa sem movimento é aquela que vez ou outra realiza alguma transação, ao contrário de uma empresainativa, que não realiza qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, incluindo aplicaçõesno mercado de capitais.

Uma vez enquadrada como Microempresa, a entidade em questão não possui nenhuma obrigação especial junto aofisco para que informe a falta de movimentação, o que não lhe retira, por outro lado, a obrigatoriedade de oferecerinformações fiscais, previdenciárias e trabalhistas aos órgãos de fiscalização.

Neste sentido, o fato de ter apresentado balanço patrimonial para o exercício de 2016 idêntico ao do exercício de 2015não seria, a princípio, um problema. Não havendo fatos contábeis modificativos de um exercício para outro, a situaçãopatrimonial manter-se-ia a mesma.

Por outro lado, deve-se considerar a finalidade para a qual o balanço patrimonial está sendo requisitado: conformeinciso I do artigo 31 da Lei 8.666/93, transcrito anteriormente, a finalidade primordial da apresentação do balançopatrimonial é a comprovação da boa situação financeira da empresa.

Ora, se a empresa permaneceu em total inércia no exercício de 2016, como conceber que sua situação financeira sejaaceitável? Vislumbra-se do balanço apresentado que no exercício de 2015 a empresa possuía, dentre outras,obrigações financeiras de curto prazo com seus funcionários e também de ordem tributária, trabalhista eprevidenciária.

O fato de não ter emitido nenhuma nota fiscal no exercício de 2016 – conforme alegado pela Recorrida, não adesobrigava do pagamento de suas obrigações. Nesta seara, ao manter para o exercício de 2016 o mesmo balançopatrimonial apresentado para o exercício de 2015, podem ser deduzidas algumas hipóteses:

• A empresa realmente não honrou com suas obrigações com funcionários e de ordem tributária, trabalhista eprevidenciária, dentre outras, conotando uma situação financeira no mínimo duvidosa para participar do certamelicitatório, ou;

• A empresa honrou com seus compromissos, mas deixou de cumprir com sua obrigação legal de informar todos osfatos contábeis modificativos no balanço patrimonial referente ao exercício de 2016. Nesse caso, ter-se-ia comoagravante a falta de confiabilidade e fidedignidade dos lançamentos, invalidando a regular escrituração contábil.

É de se questionar também a inexistência de outros lançamentos operacionais, tais como alugueis, funcionários,abastecimento de água, telefone, energia elétrica etc. Sem tais despesas a empresa estaria provavelmente inativa, enão sem movimento.

Chama atenção, adicionalmente, o fato de a empresa ter apresentado escrituração contábil para o exercício de 2016,mas não ter tido o registro de uma despesa sequer com o pagamento de honorários contábeis.

Nota-se, por fim, que uma vez declarada a inexistência de movimentação para o exercício de 2016, deixou-se deapresentar a demonstração de resultado para referido exercício. Além de ferir eventual previsão no Edital, tal fatocompromete uma análise criteriosa quanto à real situação financeira da empresa.

Diante do exposto, entende-se que o balanço patrimonial apresentado pela empresa Recorrida -Alvo RH ServiçosTemporários Ltda. – ME não pode ser utilizado para a finalidade almejada, qual seja, comprovar sua boa situaçãofinanceira, uma vez que: I) ou comprova que a empresa está em débito com suas obrigações vencidas à curto prazo, eportanto, não possui uma boa situação financeira, ou; II) deixou de registrar fatos modificativos ocorridos no exercíciode 2016 (pagamento de obrigações, registro de despesas operacionais – aluguel, energia elétrica, honorários contábeisetc), atestando que a escrita contábil não foi devidamente formalizada (intrínseca e extrinsecamente) e que possuivícios que impendem seu aceite como documento fidedigno a comprovar sua real situação financeira.

Ademais, conforme previsão do Edital em comento, item 9.2 letra ‘d’, dentre a documentação a ser apresentada pelalicitante, está elencado o balanço patrimonial e demonstrações contábeis referentes ao último exercício social,comprovando índices de liquidez geral (LG), liquidez corrente (LC), e solvência geral (SG) superiores a um.

Ora, em se tratando de Edital de P.E do ano de 2018, cuja abertura da licitação ocorreu em 03/05/2018 às 14:00hs, obalanço patrimonial a ser apresentado pela empresa deveria ser aquele referente ao exercício de 2017, e não outro.

Importante salientar ainda que a vinculação ao edital é princípio básico de toda licitação: Conforme ensina Hely Lopes Meirelles:

A vinculação ao edital é princípio básico de toda licitação. O edital é a lei interna da licitação, e, como tal, vincula aosseus termos tanto os licitantes como a Administração que o expediu. (Hely Lopes Meirelles. Direito AdministrativoBrasileiro. 26ª Ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda., 2002. P. 263).

Assim, não podem os licitantes, tampouco a Administração, ou mesmo o Pregoeiro se furtarem ao cumprimento dostermos exigidos no edital da licitação.

Além de observar o Princípio da Vinculação ao Instrumento convocatório, devem ser observados pelo enteAdministrativo os princípios da Isonomia entre os licitantes e o da vedação a tratamento diferenciado entre oslicitantes.

O entendimento jurisprudencial é no sentido de que deve ser mantida a classificação da empresa quando o atoadministrativo que a desclassificou for proferido em violação aos princípios invocados, vejamos:

APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO. PREGÃO ELETRÔNICO. Inabilitação da impetrante por supostodescumprimento de exigência editalícia. Pretensão inicial voltada ao reconhecimento da invalidade do atoadministrativo que a inabilitou do Pregão Eletrônico nº 14.088/2016, com a consequente manutenção da classificação,homologação e adjudicação do objeto. Admissibilidade. Elementos acostados aos autos que demonstram ter aimpetrante preenchido o requisito exigido no item 1.2, III, Anexo II, do edital, considerando que o laboratórioresponsável pela emissão do aludo bromatológico é oficial, vez que possuidor da habilitação REBLAS junto à ANVISA.Decisão administrativa proferida em flagrante violação às regras editalícias a que a Administração se acha estritamentevinculada. Violação ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Direito líquido e certo reconhecido nosautos, ante a comprovação, pela impetrante, de todos os requisitos do edital. Sentença concessiva da segurançamantida. Reexame necessário e recurso voluntário do Município não providos. (TJSP; APL 1006529-88.2017.8.26.0562;Ac. 11166594; Santos; Quarta Câmara de Direito Público; Rel. Des. Paulo Barcellos Gatti; Julg. 05/02/2018; DJESP02/04/2018; Pág. 2673) – grifos nossos.

Neste sentido, é importante lembrar que o ordenamento jurídico pátrio estabelece que a Administração Pública, emmatéria de licitação, encontra-se afeta, dentre outros, ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório,

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estabelecido no art. 41 da Lei 8.666/93, que é claro ao dispor: Art. 3° - A licitação destina-se a garantir a observânciado princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção dodesenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicosda legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, davinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Art. 41° - AAdministração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

No caso em apreço, é nítido o desatendimento pela recorrida à norma editalícia, sendo certo que a única solução nestecaso é a sua desclassificação deste certame, sob pena de violação das regras e princípios básicos que regem a licitação.

Portanto, sob todos os aspectos que se olhe a questão, não resta outra alternativa senão proceder à desclassificação daproposta da Recorrida, no Pregão Eletrônico em questão.

Cumpre esclarecer que não se trata aqui de proclamar o formalismo do procedimento licitatório, mas sim de garantir ocumprimento dos princípios da isonomia e da vinculação ao instrumento convocatório, pelo que se impõe adesclassificação da proposta da Recorrida.

5. DO PEDIDO Por todo exposto, para que não se consolide uma decisão equivocada, lembrando o próprio dever de evitar-se o ônus

de eventual demanda judicial, a UP EVENTOS EIRELI., requer: O Conhecimento e provimento do recurso, com a consequente desclassificação e inabilitação da empresa ALVO RH

SERVIÇOS TEMPORÁRIOS LTDA. – ME, e seja chamada, segundo a ordem de classificação, a próxima licitante. Independente do pedido, requer também que sejam tomadas as medidas solicitadas para o caso, com os

esclarecimentos, diligências requeridas; O encaminhamento do presente recurso administrativo para instância superior, em caso de ser julgado improcedente, o

que se admite apenas hipoteticamente, devidamente informado. Protesta provar o alegado por meio de todas as provas em direito admitidas, em especial a documental, cujos

documentos serão entregues em via física ao pregoeiro.

Nestes termos, Pede e espera Deferimento.

Curitiba, 14 de maio de 2018.

PH RECURSOS HUMANOS EIRELI VALDAIR GONÇALVES

Anexos (ENTREGUES TAMBÉM EM VIA FÍSICA):

1. Atestado Capacidade Técnica assinado da empresa FORMIGHIERI INDUSTRIA DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOSLTDA, do período de prestação de serviços de mão de obra terceirizada no período de 14/01/2011 a 31/05/2014,(período este que engloba o atestado anteriormente citado), descriminando às seguintes funções: 20 (vinte) postos deAuxiliar de Produção; 02 (dois) postos de Auxiliar de RH; 04 (quatro) postos de Auxiliar de Pintura; 10 (dez) postos deRecepcionista e 04 (quatro) postos de Auxiliar de Solva, com data de 19 de janeiro de 2017, assinado por funcionáriodo setor de RH, Sr. Jonathan Perfetti.

2. CERTIDÃO SIMPLIFICADA DA EMPRESA ALVO RH.

3. PROTOCOLO DE REQUERIMENTO DO CONTRATO SOCIAL ATUAL DA EMPRESA ALVO RH NA JUNTA COMERCIAL DOPARANÁ -

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Visualização de Recursos, Contra-Razões e Decisõess

CONTRA RAZÃO: ILUSTRÍSSIMA SENHORA PREGOEIRA THAIS LORDELLO TEIXEIRA BANDEIRA DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DOPARANÁ, RESPONSÁVEL PELO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 11/2018 - TRE/PR

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 011/2018 – TRE/PR

ALVO RH SERVIÇOS TEMPORÁRIOS LTDA EIRELI – ME, pessoa jurídica de Direito privado, inscrita no Cadastro Nacionalde Pessoas Jurídicas – Ministério da Fazenda sob nº 08.821.054/0001-20, com endereço comercial à Rua Pasteur, 463,13º andar, Água Verde, Curitiba/PR, CEP 80.250-104, vem, à presença de Vossa Senhoria opor

CONTRARRAZÕES AO RECURSO ADMINISTRATIVO

apresentado pela empresa PH RECURSOS HUMANOS EIRELI no procedimento licitatório epigrafado, pugnando pela totalimprocedência dos pedidos formulados pela Recorrente, aduzindo suas contrarrazões a seguir.

SÍNTESE FÁTICO-PROCESSUAL

Inconformada com a declaração da ALVO RH como vencedora do pregão eletrônico nº 18/2018-TRE/PR, a PHRECURSOS HUMANOS EIRELI manifestou sua intenção de recorrer, disponibilizando Recurso Administrativo no dia 15de maio de 2018 para que se fosse feita as Contrarrazões.

Alegou em suas razões recursais: a) apresentação de atestado de capacidade supostamente irregular; e b)irregularidade no balanço patrimonial.

As intenções da PH RECURSOS HUMANOS EIRELI não merecem prosperar, sobre o que se passará a dispor.

CRITÉRIOS DE ANÁLISE

Antes de adentrar ao mérito do recurso administrativo, tem-se que, por questão de ordem e preservação damoralidade, a análise de seu conteúdo deve se abster de considerar ilações e conjecturas provenientes da imaginaçãodos subscritores da peça.

Dito isto, vale ressaltar as palavras de Arthur Schopenhauer, em “A Arte de Escrever”:

“Antes de tudo, há dois tipos de escritores: aqueles que escrevem em função do assunto e os que escrevem porescrever. Os primeiros tiveram pensamentos, ou fizeram experiências, que lhes parecem dignos de ser comunicados;os outros precisam de dinheiro e por isso escrevem, só por dinheiro. Pensam para exercer sua atividade de escritores.É possível reconhecê-los tanto por sua tendência de dar a maior extensão possível a seus pensamentos e de apresentarmeias-verdades, pensamentos enviesados, forçados e vacilantes, como por sua preferência pelo claro-escuro, a fim deparecerem ser o que não são. É por isso que sua escrita não tem precisão nem clareza.”

Logicamente, nota-se que a PH RECURSOS HUMANOS EIRELI, opta em escrever por escrever, não há qualquer suportefático ou jurídico para as alegações da recorrente, que busca desesperadamente a inabilitação da ALVO RH.

Isto porque a empresa PH RECURSOS HUMANOS EIRELI utiliza-se inúmeros questionamentos e deduções mal-intencionadas, a fim de denegrir a imagem da empresa ALVO RH, os quais já foram refutados diversas vezes em outraslicitações públicas.

Há necessidade de que seja preservada a integridade da apreciação recursal, excluindo-se da análise as ilaçõesinfundadas, conjecturas que tomam por base a imaginação, sem qualquer mérito, que chegam a atribuir indevidamenteprática de crime à ALVO RH, tipo previsto no art. 138 do Código Penal.

A fim de que se preserve a lisura no procedimento administrativo, mantendo sua validade e confirmando seu principalobjetivo, pede-se que, por ocasião da analise da peça, a comissão julgadora atenha-se aos fatos concretos ecomprovados.

Isto porque as acusações utilizadas pela empresa PH RECURSOS HUMANOS EIRELI questiona, subliminarmente, aeficiência da Comissão de Licitação, que analisou toda a documentação apresentada antes de declarar a ALVO RH comovencedora do certame.

A PH RECURSOS HUMANOS EIRELI acredita fazer parte da Comissão de Licitação, “determinando” em seu Recurso

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Administrativo que sejam realizadas diligências pela Nobre Pregoeira, sem, contudo, ater-se que a faculdade dediligenciar é da própria comissão, que assim fará se entender necessário, como fez antes mesmo de declarar vencedoraa empresa ALVO RH.

Desta forma, mantendo a imparcialidade, há de ponderar se, de fato, há algo no Recurso Administrativo apresentadopela PH RECURSOS HUMANOS EIRELI que possa realmente ser analisado.

A. DO GRUPO ECONÔMICO E FRAUDE À LICITAÇÃO

Primeiramente, oportuno ressaltar que a empresa recorrente faz parte do grupo econômico denominado “Grupo PH”.

A empresa UP EVENTOS EIRELI, juntamente com a ora recorrente PH RECURSOS HUMANOS EIRELI compõem o grupoeconômico denominado “Grupo PH”, tendo inserido neste grupo a empresa PH EVENTOS E LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRALTDA – CNPJ: 08.648.398/0001-89, cuja empresa encontrava-se impedida de licitar até o início do corrente ano.

Além disso, o próprio recurso interposto pela Recorrente PH RECURSOS HUMANOS EIRELI confessa a ligação direta àUP EVENTOS, uma vez que se olvidou de alterar no final do recurso o nome da UP EVENTOS.

*Quadro e-mail encaminhado ao pregoeiro.

Soma-se ainda que a empresa PH RECURSOS HUMANOS apresentou o mesmo recurso no Pregão Eletrônico nº039/2017 – SE/PR da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT e a empresa UP EVENTOS EIRELI, no PregãoEletrônico nº 30/2017 – SE/SC da ECT.

Insta ressaltar que em ambos as licitações acima citadas os pregoeiros julgaram improcedentes os pedidos dasRecorrentes, mantendo a ALVO RH vencedora.

De qualquer maneira, a ALVO RH, certa de que atendeu todos as exigências editalícia, passa a seguir a refutar todas ascaluniosas acusações proferidas pela recorrente.

B. DO ATESTADO DE CAPACIDADE

A PH RECURSOS HUMANOS EIRELI questiona a validade dos Atestados de Capacidade Técnica apresentados, alegandoque estes seriam fraude à licitação.

Todos os atestados apresentados pela ALVO RH são legítimos e válidos, em consonância com as exigências do Edital ecom a Legislação, tanto que foram aceitos pela Comissão de Licitação.

Todas as exigências foram completamente preenchidas pelos referidos atestados, sendo formalmente adequados.

A recorrente, sobrepondo a própria Comissão de Licitação, uma vez que o poder de diligenciar é ato discricionário destacomissão, entrou em contato com a empresa FORMIGHIERI.

A PH RECURSOS HUMANOS EIRELI alega, sem qualquer prova da afirmação, que a Sra. Géssica supostamente teriadito que os atestados assinados pelo Sr. Jonathan Perfetti seriam ilegítimos.

Neste ponto, é importante ressaltar que as ações realizadas pela PH RECURSOS HUMANOS EIRELI são as mesmas ditaspela UP EVENTOS no PE nº 20/2017 – ECT/SC, o que mais uma vez comprova a serem a mesma empresa/grupoeconômico, haja vista que a UP EVENTOS declara, sob os mesmos termos, ter entrado em contato com a Sra. Géssica.

Entretanto, igualmente à UP EVENTOS, a PH RECURSOS HUMANOS EIRELI confirma que o serviço foi prestado naempresa FORMIGHIERI INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS LTDA, entre os períodos de agosto/2012 aoutubro/2014, com a administração de 300 (trezentos) funcionários temporários.

Ocorre que a ALVO RH, indignada com tais acusações difamatórias, buscou na época do recurso interposto pela UPEVENTOS, a Sra. Géssica V. Santos para averiguar se tais inverdades contra a recorrida teriam sido ditas por ela.

Porém, como já se esperado, a verdade é outra.

Apesar do constrangimento de ter que corrigir o erro da UP EVENTOS e/ou PH RECURSOS HUMANOS EIRELI, Sra.Géssica V. Santos declara que a empresa ALVO RH prestou serviços a FORMIGUIERI, que o Sr. Jonathan Perfetti erafuncionário da empresa e responsável pelo setor de RH e que jamais afirmou que o documento assinado por ele erafalso ou ilegítimo, mas apenas desconhecia o documento, contrariando totalmente as alegações da recorrente,conforme declaração em anexo assinado por ela.

Importante colacionar as diligências feitas pela Nobre Pregoeira Sra. Carolina Galvão Pinto, da Empresa de Correios eTelégrafos do Paraná, que a fim de remir quaisquer dúvidas realizou outra diligência junto à Sra. Géssica e a empresaFORMIGHIERI:

*Quadro e-mail encaminhado ao pregoeiro.

Mais uma vez a fim de demonstrar, através de documentos, a completa falta de sentido nas alegações da licitanteperdedora, junta-se notas fiscais emitidas à época referentes aos atestados técnicos apresentados, a fim de comprovara efetiva prestação dos serviços.

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Não há, portanto, qualquer motivo para inabilitação da ALVO RH apontado no Recurso Administrativo que mereça seracolhido.

C. DO BALANÇO PATRIMONIAL

Novamente, repetindo as mesmas palavras escritas em Pregões Eletrônicos de outros órgãos a PH RECURSOSHUMANOS EIRELI supõe em seu recurso interposto que a saúde financeira da empresa Recorrida estaria comprometidaem razão de não possuir movimentação financeira no exercício de 2016.

Todavia, a afirmação acima não prospera ante os fatos e dados apresentados pela ALVO RH.

Segundo a regra do §5º do art. 31 da Lei das Licitações e Contratos, a comprovação da boa situação financeira daempresa é feita de forma objetiva, “através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamentejustificados no processo administrativo da licitação”. O edital especificou no subitem 9.2 os índices que a foramconsiderados para aferição da qualificação econômico-financeira dos licitantes, senão vejamos:

“9.2 - Além do cadastro no SICAF, exigir-se-á das licitantes:

d) Balanço patrimonial e demonstrações contábeis referentes ao último exercício social, comprovando índices deLiquidez Geral (LG), Liquidez Corrente (LC), e Solvência Geral (SG) superiores a 1 (um).

e) Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro (Ativo Circulante - Passivo Circulante) de, no mínimo, 16,66%(dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento) do valor estimado da contratação, o que corresponde a R$252.748,15 (duzentos e cinquenta e dois mil, setecentos e quarenta e oito reais e quinze centavos), tendo por base obalanço patrimonial e as demonstrações contábeis do último exercício social.

f) Comprovação de patrimônio líquido de 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, o que corresponde aR$ 151.709,57 (cento e cinquenta e um mil, setecentos e nove reais e cinquenta e sete centavos), por meio daapresentação do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, apresentados na forma dalei, vedada a substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais, quandoencerrados há mais de 3 (três) meses da data da apresentação da proposta;”

Os resultados demonstrados pela ora recorrida aos índices acima foras os seguintes, conforme documento recebidopela pregoeira e disponibilizado à recorrente:

• ILG = 9,33; • ISG = 12,57;

• ILC = 19,95;

Logo, é inconteste que a empresa ALVO RH possui uma saúde financeira boa, não cabendo ao recorrente levantarconjecturas subjetivas para questionar a saúde empresarial da recorrida, mas tão somente questionar os índicesapresentados, o que não o fez.

A empresa PH RECURSOS HUMANOS EIRELI ataca a recorrida, mencionando que esta estaria descumprindo suasobrigações perante o fisco, o que é uma inverdade.

A empresa ALVO RH SERVIÇOS TEMPORÁRIOS LTDA EIRELI-ME, por se tratar de empresa cuja forma de tributação é oLucro Real deve adotar obrigatoriamente a ECD, conforme documentos apresentados na habilitação da empresa noprocesso em curso e em atendimento a Instrução Normativa nº 1420/13 da Receita Federal do Brasil, que dispõe sobrea Escrituração Contábil Digital:

Art. 1º Fica instituída a Escrituração Contábil Digital (ECD), de acordo com o disposto nesta Instrução Normativa.

§ 1º A ECD deverá ser transmitida, pelas pessoas jurídicas obrigadas a adotá-la, ao Sistema Público de EscrituraçãoDigital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, e será considerada válida após aconfirmação de recebimento do arquivo que a contém.

§ 2º A autenticação da ECD será comprovada pelo recibo de entrega emitido pelo Sped. § 3º A autenticação dos documentos de empresas de qualquer porte realizada por meio do Sped dispensa qualquer

outra. § 4º Ficam dispensados de autenticação os livros da escrituração contábil das pessoas jurídicas não sujeitas a registro

em Juntas Comerciais. (grifos meus)

O balanço patrimonial apresentado está completamente de acordo com as normas contábeis e a legislação pátria, tantoque foram analisados e aceitos pela Comissão de Licitação, não exclusivamente dos Correios, mas também pelaDefensoria Pública da União, órgão Federal que também é fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União, e por diversasoutras vezes, além dos órgãos administrativos e fiscais que o recebem e analisam.

A contabilidade segue todos os princípios do Manual de Contabilidade, as normas emitidas pelo Conselho Federal deContabilidade e a legislação aplicável, especialmente o Decreto 6.022/07, que instituiu o Sistema Público deEscrituração Digital (SPED), que visa à integração entre as Receitas Federal, Estadual e Municipal.

Ora, a PH RECURSOS HUMANOS EIRELI, além de objetivar tomar o lugar da Comissão de Licitação, também sesobrepõe ao fisco, alegando que deveria existir movimentação contábil no ano-calendário de 2016, querendo aindapassar pelo poder discricionário desta Nobre Pregoeira e exigir a “juntada de nota fiscal do ano de 2015 e a primeiranota fiscal de 2017 da Recorrida, para contribuir com a análise do balanço patrimonial pela Comissão de Licitação econfirme ou não se realmente a Recorrida não teve movimento no ano de 2016”.

Todavia, a própria recorrente aduz em sua peça recursal assertivamente que “o fato de ter apresentado balançopatrimonial para o exercício de 2016 idêntico ao do exercício de 2015 não seria, a princípio, um problema. Nãohavendo fatos contábeis modificativos de um exercício para outro, a situação patrimonial manter-se-ia a mesma”.

Elenca duas hipóteses a serem deduzidas da situação da não movimentação financeira de 2016, como se únicasfossem.

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A realidade é que ALVO RH passou por uma reestruturação organizacional no final de 2016, decidindo que em 2017quitaria todas as suas obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, para estar plenamente capaz de participar delicitações.

Tanto o fez que atualmente a empresa recorrida apresentou todas as certidões negativas exigidas por este Edital,demonstrando sua capacidade financeira de honrar com seus compromissos, sendo que todos os lançamentoscontábeis destes pagamentos estão devidamente registrados na contabilidade de 2017 e serão demonstrados nobalanço do corrente ano.

Como no ano-calendário de 2016 não houve movimento, a ALVO RH ficou desobrigada a entregar o SPED-Contábil, pornão se enquadrar nas hipóteses previstas art. 3º, IN RFB nº 1420/2015 que diz:

art. 3º- estão obrigadas a adotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016:

I - as pessoas jurídicas imunes e isentas obrigadas a manter escrituração contábil, nos termos da alínea “c” do § 2º doart. 12 e do § 3º do art. 15, ambos da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, que no ano-calendário, ouproporcional ao período a que se refere:

a) apurarem Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins, Contribuição Previdenciária incidente sobre a Receita de quetratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e a Contribuição incidente sobre a Folha deSalários, cuja soma seja superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); ou

b) auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados,cuja soma seja superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).

II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que não se utilizem da prerrogativa prevista noparágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981, de 1995.

Parágrafo Único. As Sociedades em Conta de Participação (SCP), enquadradas nas hipóteses previstas nos incisos I a IIdo caput do art. 3º e do caput do art. 3º-A devem apresentar a ECD como livros próprios ou livros auxiliares do sócioostensivo.

O Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado de 2016 foram registrados na Junta Comercial, porém, devido àsexigências de alguns editais para participar de licitações em 2017, transmitiu o SPED Contábil, mesmo não existindoexigência da Receita Federal do Brasil, posto que nossa empresa não possuía movimento durante o ano de 2016.

Em anexo, junta-se cópias dos documentos registrados na Junta Comercial e registro diário com os lançamentos dossaldos iniciais em 01/01/2016 e o balancete de 31/01/2016.

Cabe esclarecer que no Recibo de Entrega da Escrituração Contábil Digital consta assinatura com certificado digital doadministrador e do contador, além da seguinte informação: “a escrituração encontra-se na base de dados do SPED econsidera-se autenticada nos termos do Decreto nº 1.800/1996, com a alteração do Decreto nº 8.683/2016. O recibode entrega constitui a comprovação da autenticação, nos termos do art. 38-B da Lei nº 8.934/1994, sendo dispensadaqualquer outra autenticação (art. 39-A da Lei nº 8.934/94).”

Outrossim, a analise dos documentos apresentados para fins habilitatórios, inclusive no que tange à comprovação daQualificação Econômica Financeira, se fundamenta no princípio basilar do julgamento objetivo das condições constantesno edital. Não cabendo a margem para discricionariedade de avaliações, apenas o cumprimento da lei e do instrumentoconvocatório.

De toda sorte, é importante frisar que a veracidade das informações contábeis é de responsabilidade do profissionalcontábil e do administrador da empresa, conforme previsto no art. 1.177 do Código Civil, Lei nº 10.406/02.

Alega ainda a Recorrente o seguinte:

“Ademais, conforme previsão do Edital em comento, item 9.2 letra ‘d’, dentre a documentação a ser apresentada pelalicitante, está elencado o balanço patrimonial e demonstrações contábeis referentes ao último exercício social,comprovando índices de liquidez geral (LG), liquidez corrente (LC), e solvência geral (SG) superiores a um. Ora, em setratando de Edital de P.E do ano de 2018, cuja abertura da licitação ocorreu em 03/05/2018 às 14:00hs, o balançopatrimonial a ser apresentado pela empresa deveria ser aquele referente ao exercício de 2017, e não outro.”

Como já verificado pelo Nobre Pregoeiro no momento da habilitação, o Balanço Patrimonial do último exercício vigenteno momento da abertura da licitação ainda é o do exercício de 2016, estando em conformidade com o art. 31, inc. I daLei 8.666/93, in verbis:

Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a: I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da

lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balançosprovisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data deapresentação da proposta;

Isto porque, de acordo com o artigo 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.774/2017, as empresas ficam obrigadas aapresentar o balanço patrimonial junto a Sped até maio do ano corrente.

A Egrégia Corte de Contas da União em análise realizada pelo Ministro Valmir Campelo discorreu no sentido que há umprazo para as empresas obrigadas a apresentar o ECD e outros para as demais:

“Nos termos do art. 1.078 da Lei Federal 10.406/02 (Lei do Código Civil), o prazo para apresentação, formalização eregistro do balanço é até o quarto mês seguinte ao término do exercício, ou seja, o prazo limite seria até o final deabril, nos termos transcritos a seguir:

(…) No caso de empresas com regime tributário de lucro real, o prazo é até o final de junho, conforme Instrução Normativa

da Receita Federal 787/2007.” (Acórdão 2669/2013-Plenário, TC 008.674/2012-4, relator Ministro Valmir Campelo,02/10/2013.)

Nota: A decisão supra é anterior a alteração da Instrução Normativa RBF nº 787/2007, eis que inicialmente o prazo

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estabelecido era “até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte”, contudo na data de 01 de dezembro de 2015a Instrução normativa RFB nº 1.594 modificou o art. 5º, dando nova redação, agora estabelecendo como prazo “até oúltimo dia útil do mês de maio do ano seguinte”, o qual foi mantido pela Instrução Normativa RBF nº 1.774/2017

Desta forma, como a empresa ALVO RH está obrigada a apresentar o balanço patrimonial através do SPED, o balançopatrimonial do exercício de 2017 somente se torna exigível para fins de licitação após o último dia útil do mês de maiode 2018.

Consequentemente, o balanço patrimonial vigente e exigível para fins licitatórios permanece sendo o do exercício de2016, o qual foi apresentado corretamente por esta Recorrida

Portanto, fica comprovado a regularidade dos documentos contábeis, não havendo motivo para inabilitação da ALVORH.

C. DO RECURSO PROTELATÓRIO

Ao proceder ao exame de caso concreto de interposição de recurso da empresa PH RECURSOS HUMANOS EIRELI, combase em manifestações do TCU sobre juízo de admissibilidade dos recursos interpostos em procedimentos de pregão,caberia à pregoeira examinar o caráter meramente protelatório dele.

Note-se que o presente recurso apresentado pela recorrente, constantemente obstaculizado por questionamentosmeramente procrastinatórios, é um verdadeiro abuso do direito de recorrer, posto prejudicar o interesse público demanter a declaração da ALVO RH como vencedora.

REQUERIMENTOS

Por todo o exposto, requer o desprovimento do recurso administrativo apresentado pela PH RECURSOS HUMANOSEIRELI, mantendo-se a habilitação da ALVO RH.

Por fim, coloca-se à disposição da Comissão de Licitações para prestar eventuais esclarecimentos que possam se fazernecessários.

Nestes Termos, pede deferimento.

Curitiba/PR, 17 de maio de 2018.

LETÍCIA COSTA DA SILVA

Sócia

Anexos enviados no e-mail do pregoeiro Fechar

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DECISÃO DO PREGOEIRO: NÃO PROCEDEPAD Nº 12268/2017

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 11/2018, do tipo menor preço global DATA: 03/05/2018

OBJETO: contratação de empresa especializada na alocação e gestão de postos de trabalho especializados para aprestação de serviços continuados de Portaria

I - À ASSESSORIA DA DIREÇÃO GERAL

II - À DIREÇÃO GERAL

Trata o presente de recurso interposto pela empresa PH RECURSOS HUMANOS EIRELI CNPJ nº 05.443.410/0001-20,contra a habilitação da licitante ALVO RH SERVIÇOS TEMPORARIOS EIRELI-ME CNPJ n°08.821.054/0001-20, vencedorado certame, conforme exposto a seguir.

TEMPESTIVIDADE

O recurso atende ao previsto no art. 26 do Decreto 5.450/2005, que regulamenta o pregão em sua forma eletrônica,portanto tempestivo.

FATOS

A Recorrente alegou, em síntese, que a vencedora do não atendeu aos requisitos do edital quanto à capacidade técnica,apresentando atestados com conteúdo possivelmente falso, conforme já verificado em licitação anterior da ECT.Questiona, ainda, a regularidade do balanço apresentado, alegando ser devido o balanço de 2017, bem como seumérito, por não constarem despesas presumivelmente ocorridas mesmo para uma empresa com atividades suspensas.

Foram apresentadas contrarrazões pela Recorrida, alegando, preliminarmente, que a Recorrente e a empresa UpEventos Eireli compõem o mesmo grupo econômico. Reitera que os atestados apresentados não possuem vícios eatendem ao exigido no edital, apresentando documentação adicional, inclusive a decisão tomada pela ECT. Aduz queainda não é exigível o balanço de 2017 e que o balanço apresentado cumpre com todos os requisitos legais edemonstram sua saúde financeira.

FUNDAMENTOS

A preliminar arguida pela Recorrida não guarda pertinência com o mérito do recurso interposto, eis que irrelevantesaber se a Recorrente compõe ou não grupo econômico para fins de interposição de recurso e análise de seu mérito.Em outras palavras, é o atendimento das condições de habilitação por parte da Recorrida que está sob análise em sederecursal e não a eventual condição da Recorrente.

Quanto ao mérito do recurso, em que pesem os fundamentos apresentados, entende este Pregoeiro não lhe assistirrazão.

Quanto à habilitação técnica, a insurgência decorre de suposta falsidade dos atestados, suspeita fundada naconstatação de falsidade já decidida em licitação perante a ECT de Santa Catarina.

O único indício apresentado na peça recursal não se mostra verdadeiro, eis que anexada nas contrarrazões cópia dadecisão do recurso interposto perante a ECT, na qual foi confirmada a veracidade dos atestados.

Não foi apresentado qualquer outro substrato para servir pelo menos de indício à alegação, não se prestando o institutoda diligência a inverter à Administração o ônus de buscar provar toda e qualquer alegação feita pelos concorrentes.Neste sentido consigna a IN 05/17, Anexo VII-A:

9.5. Qualquer interessado poderá requerer que se realizem diligências para aferir a exequibilidade e a legalidade daspropostas, devendo apresentar as provas ou os indícios que fundamentam o pedido; (grifo)

Este Tribunal, em fase de habilitação, realizou diligências por telefone junto aos emissores, que confirmaram averacidade e conteúdo dos atestados, circunstância certificada na ata da sessão pública. Não bastasse, a Recorridaapresentou já em sede recursal notas fiscais da referida prestação, restando comprovada a prestação de serviçosexigida no edital para demonstração da capacidade técnica.

Os documentos citados no item 9.2.”b”.4 do edital referem-se a possíveis solicitações em sede de diligências, que nãose mostraram necessários no caso concreto eis que a documentação apresentada e diligência realizada mostraram-sesuficientes.

Melhor sorte não assiste as alegações acerca da qualificação econômico-financeira.

Em primeiro lugar, como bem pontuado nas contrarrazões, o último balanço exigível no momento da habilitação é o doexercício de 2016, conforme normativos da Receita Federal e Código Civil.

Quanto à demonstração de resultados, foi apresentada a justificativa prevista no item 9.2.”g”.2 do edital, aceita em seumérito eis que a mera inatividade da empresa no exercício não a desqualifica por si só, restando demonstrado o

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atendimento ao exigido no edital quanto ao patrimônio líquido e compromissos assumidos.

Para os demais aspectos suscitados, a pretensão recursal ultrapassa e muito os limites da análise que o órgãopromotor do certame está autorizado a realizar no balanço apresentado – qual seja, a verificação das condiçõesestabelecidas no edital. Não mais.

Cumpridos os requisitos formais, não possui este TRE a competência de fiscalizar e auditar balanços fiscais. Taisdivergências, se havidas, devem ser levadas ao conhecimento do órgão fiscalizador.

Some-se a isso não haver na peça recursal qualquer prova ou elemento que confira um mínimo de verossimilhança àsalegações de omissão, nem sequer a demonstração de que tais divergências possuem um impacto na capacidadeeconômico-financeira da Recorrida.

Desta forma, conclui-se que as condições de habilitação impostas pelo edital foram plenamente cumpridas pelavencedora, não havendo correção a ser efetuada na decisão exarada em ata.

DECISÃO

Ante o exposto, este Pregoeiro conhece o recurso, porque tempestivo, e no mérito, nega provimento, mantendo adecisão exarada em ata.

Curitiba, 24 de maio de 2018.

JULIAN VELLOSO PUGH

Pregoeiro TRE/PR

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PODER JUDICIÁRIO Tribunal Superior Eleitoral

Tribunal Regional Eleitoral do Paraná

Termo de Julgamento de Recursos do Pregão EletrônicoNº 00011/2018

Às 16:42 horas do dia 05 de junho de 2018, após analisados e decididos os recursos do Pregão nº 00011/2018, referenteao Processo nº 12268/2017, a autoridade competente, Sr(a) DANIELA BORGES DE CARVALHO, ADJUDICA aos licitantesvencedores os respectivos itens, conforme indicado no quadro Resultado de Julgamento. **OBS: Itens sem recurso serão adjudicados pelo Pregoeiro e constarão do termo de adjudicação.

Resultado do Julgamento de Recursos

Item: 1Descrição: Prestação de Serviços de Portaria / RecepçãoDescrição Complementar:Tratamento Diferenciado: -Aplicabilidade Decreto 7174: NãoAplicabilidade Margem de Preferência: NãoQuantidade: 1 Unidade de fornecimento: contrataçãoValor estimado: R$ 1.517.095,7100 Situação: Adjudicado com decisão Adjudicado para: ALVO RH SERVICOS TEMPORARIOS EIRELI , pelo melhor lance de R$ 1.139.999,9900 , com valornegociado a R$ 1.139.991,8400 .

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Eventos do Item

Evento Data Observações

Adjudicado 05/06/201816:42:18

Adjudicação individual da proposta. Fornecedor: ALVO RH SERVICOS TEMPORARIOS EIRELI,CNPJ/CPF: 08.821.054/0001-20, Melhor lance: R$ 1.139.999,9900, Valor Negociado: R$1.139.991,8400

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PODER JUDICIÁRIO Tribunal Superior Eleitoral

Tribunal Regional Eleitoral do Paraná

Termo de Homologação do Pregão EletrônicoNº 00011/2018

Às 16:42 horas do dia 05 de junho de 2018, após constatada a regularidade dos atos procedimentais, a autoridadecompetente, Sr. DANIELA BORGES DE CARVALHO, HOMOLOGA a adjudicação referente ao Processo nº 12268/2017,Pregão nº 00011/2018.

Resultado da Homologação

Item: 1Descrição: Prestação de Serviços de Portaria / RecepçãoDescrição Complementar:Tratamento Diferenciado: -Aplicabilidade Decreto 7174: NãoAplicabilidade Margem de Preferência: NãoQuantidade: 1 Unidade de fornecimento: contrataçãoValor estimado: R$ 1.517.095,7100 Situação: Homologado Adjudicado para: ALVO RH SERVICOS TEMPORARIOS EIRELI , pelo melhor lance de R$ 1.139.999,9900 , com valornegociado a R$ 1.139.991,8400 .

Eventos do Item

Evento Data Nome Observações

Adjudicado 05/06/201816:42:18 -

Adjudicação individual da proposta. Fornecedor: ALVO RH SERVICOSTEMPORARIOS EIRELI, CNPJ/CPF: 08.821.054/0001-20, Melhor lance: R$

1.139.999,9900, Valor Negociado: R$ 1.139.991,8400

Homologado 05/06/201816:42:41

DANIELABORGES DECARVALHO

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