2006 vibrações parte 2

Upload: vquadros

Post on 16-Oct-2015

99 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 34

    3.4 Leitura Recomendada

    Thomson, W.T., 1978, Teoria da Vibrao com Aplicaes, Intercincia, Cap.2, pg. 15 a 22

    e 33 a 35, Rio de Janeiro.

    Rao, S.S., 1995, Mechanical Vibrations, Addison-Wesley, 3rd Ed., Cap.2, pg. 97 a 128, New

    York.

    3.5 Exerccios Propostos

    Determinar a equao dinmica e a freqncia natural no-amortecida dos problemas:

    a) Considerar: k1=100 N/m;

    k2=150 N/m; k3=200 N/m;

    m=2 kg; l1=0,15 m; l2=0,25 m

    e l3=0,4 m.

    b) Considerar: k1=100 N/m; m=2 kg; J0=0,32 kg m2 e r =0,1 m.

    4rr

    J0

    m

    k1

    x(t)

    k1 k2

    k3l1

    l2

    O

    x

    m

    l3

    P

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 35

    4. VIBRAO COM EXCITAO HARMNICA

    4.1 Equao Diferencial Geral

    Uma fora varivel atua no modelo massa-mola-amortecedor da figura abaixo:

    m

    k

    Nmg

    - k x

    x

    +-

    c- c x

    .

    FF

    Para uma fora harmnica, ( ) ( )tFtF cos0= , atuante na massa do sistema acima, define-se como a freqncia de excitao. Aplicando a segunda lei de Newton, tem-se:

    ( ) ( )tFkxxcxmoukxxctFxm coscos 00 =++= !!!!!! As solues que resolvem a equao acima esto relacionadas na figura abaixo:

    Como a equao diferencial no-homognea, sua soluo geral ( )x t dado pela soma de: - soluo homognea, ( )txh (transiente ou vibrao livre), e - soluo particular, ( )tx p (estado estacionrio devido fora F(t) ).

    xh(t)

    xp(t)

    x(t)=xh(t)+xp(t)

    Transiente

    Estadoestacionrio

    Total

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 36

    4.2 Excitao Harmnica de Sistemas sem Amortecimento

    Se a mesma fora harmnica atua sobre a massa do sistema sem amortecimento, a equao

    dinmica do movimento :

    ( )tFkxxm cos0=+!! A soluo particular para o deslocamento harmnica e tem a mesma freqncia da fora.

    ( ) ( )tXtx p cos0= Na soluo particular acima, X0 representa a mxima amplitude. Derivando a expresso e

    substituindo na equao dinmica do movimento, obtm-se :

    ( ){ } ( ){ } ( )tFtXktXm coscoscos 0002 =+

    2

    2

    0

    2

    0

    020

    0

    1

    ,,

    n

    k

    F

    k

    m

    k

    kk

    F

    Xaindaoumk

    FX

    =

    =

    =

    Fazendo kFX est 0= , como a deflexo esttica devido a F0 , e nr = como a razo de

    freqncia, tem-se:

    20 1 r

    XX est

    =

    A soluo homognea para vibrao livre, demonstrada no captulo I, :

    ( ) )sen()cos( 21 tAtAtx nnh += A soluo geral, torna-se ento:

    ( ) ( ) ( ) ( )tr

    XtAtAtxtxtx estnnph cos1)sen()cos(

    221

    ++=+=

    Usando as condies de contorno para 0=t , ou seja, ( ) 00 xx = e ( ) 00 vx =! , obtm-se:

    n

    est vAer

    XxA

    0

    2201 1=

    =

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 37

    Assim, ( ) ( ) ( ) ( )tr

    Xt

    r

    Xxt

    vtx estn

    estn

    n

    cos1

    cos1

    sen220

    0

    +

    +

    =

    No exemplo da figura abaixo emprega-se a soluo acima em um sistema sem

    amortecimento com os seguintes parmetros: n=1 rad/s, =2 rad/s, Xest=0,02 m, e condies

    iniciais x0=0,01 m e v0=0,01 m/s.

    4.2.1 Batimento

    O batimento um importante fenmeno que ocorre quando a freqncia de trabalho tem

    valor prximo ao valor da freqncia natural, porm no igual. Na figura abaixo, apresenta-se

    o resultado grfico para dados como n=1 rad/s e =0,9 rad/s.

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 38

    No grfico anterior, foram usadas as condies iniciais x0 = 0 e v0 = 0, ou seja:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]ttr

    Xtxt

    r

    Xt

    r

    Xtx n

    estestn

    est coscos1

    cos1

    cos1

    00222

    =

    +

    +=

    4.2.2 Ressonncia

    Se a freqncia de trabalho tem valor igual ao da freqncia natural, ocorre o fenmeno de

    ressonncia, onde a amplitude do movimento cresce indefinidamente. Para a anlise da

    ressonncia pode-se utilizar a expresso anterior com as condies iniciais x0 = 0 e v0 = 0. Se

    n , ento 1r e a expresso tem resultado indefinido. Aplica-se, ento, a regra de

    L'Hospital para avaliar o limite da equao.

    ( ) ( ) ( ) ( )[ ]

    ( ) ( )ttXttX

    d

    d

    ttd

    d

    Xtt

    X

    nnest

    n

    estn

    n

    n

    estn

    n

    nest

    n

    sen22

    senlim

    1

    coscoslim

    1

    coscoslim

    2

    2

    22

    =

    =

    =

    Conclui-se que a resposta do sistema em ressonncia se torna: ( ) ( )ttXtx nnest sen2= No grfico da figura abaixo, observa-se que a amplitude cresce proporcionalmente ao tempo.

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 39

    4.3 Excitao Harmnica de Sistemas Amortecidos

    Como apresentado na seo 4.1, a equao dinmica do sistema :

    ( )tFxkxcxm cos0=++ !!! A soluo particular para o deslocamento harmnica e tem a mesma freqncia da fora.

    ( ) ( ) = tXtx p cos0 X0 e representam, respectivamente, a amplitude e o ngulo de fase da soluo particular.

    Substituindo esta soluo na equao dinmica, obtm-se:

    ( ) ( ) ( ){ } ( )tFtctmkX cossencos 020 = Faz-se necessrio escrever as seguintes relaes trigonomtricas:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) sensencoscoscos ttt +=

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) sencoscossensen ttt = Aps a substituio, pode-se decompor a expresso em funo de sen( t) e cos( t):

    ( ) ( ) ( ){ } ( ) ( )tFtcmkX coscossencos 020 =+ ( ) ( ) ( ){ } ( ) 0sencossen20 = tcmkX

    Aps algumas manipulaes algbricas, as constantes X0 e so determinadas como:

    ( ) ( )

    =

    +=

    222

    00

    mk

    carctge

    cmk

    FX

    A anlise destas expresses facilitada quando divide-se numerador e denominador por k.

    Pode-se escrever algumas relaes em funo do fator de amortecimento:

    n

    estn

    n reXk

    F

    k

    m

    k

    c

    ====

    0,22

    Por fim, determina-se que:

    ( ) ( )

    =

    +=

    2222

    01

    2

    21 r

    rarctge

    rr

    XX est

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 40

    A soluo particular escrita na forma:

    ( ) ( ) ( )

    +=

    2222 1

    2cos

    21 r

    rarctgt

    rr

    Xtx estp

    Nas figuras abaixo, observa-se os grficos de ( )tF e ( )tx p . direita, pode-se verificar umgrfico polar que demonstra o ngulo de fase entre os vetores ( )tF e ( )tx p .

    t

    F(t)

    xp(t)

    2

    F(t) xp(t)

    X0

    t

    F0

    Neste caso, a soluo geral obtida novamente como a soma da soluo homognea e da

    soluo particular, ou seja:

    ( ) ( )[ ] ( )phaht tXtAetx n += coscos 0 Na equao acima, o primeiro termo representa uma soluo transiente.

    Diferente do captulo 1, na equao acima, hA e h no so determinados somente emfuno das condies iniciais, mas tambm como funo da fora de excitao.

    Desenvolvimento semelhante est apontado na seo 4.2.

    Observando o grfico da seo 4.1, pode-se notar que quando o tempo t aumenta, a soluo

    transiente diminui sua contribuio na amplitude e somente o segundo termo da equao acima

    se torna relevante. Portanto, o segundo termo da equao chamado de resposta do estado

    estacionrio.

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 41

    4.3.1 Ganhos e Fases como funo do Amortecimento

    Os prximos grficos indicam exemplos de ganho e fase em funo da razo de freqncia r.

    0 0.5 1 1.5 2 2.5 30

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180=0.1

    r

    =0.25=0.5

    =1.0

    =0.1

    0 0.5 1 1.5 2 2.5 30

    0.5

    1

    1.5

    2

    2.5

    3=0.1

    =0.25=0.5=1

    X

    X est

    0

    r

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 42

    Dos grficos da pgina anterior, pode-se concluir:

    Quando 210

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 43

    12 mm

    2500 mmF(t)

    A placa pode ser modelada como uma viga bi-engastada de seo 12 x 500 mm. O mdulo de

    elasticidade do ao 2,05 x 105 N/mm2. A rigidez da viga flexo dada por:

    ( )

    m

    N

    l

    EIk 5

    3

    35

    310814,1

    2500

    12/125001005,2192192=

    ==

    A freqncia natural calculada por:

    s

    rad

    m

    kn 9,5070

    10814,1 5=

    ==

    Assim,

    ( ) ( ) mrk

    F

    Xern

    4

    22

    5

    22

    0

    0 1027,5

    23,11

    10814,1

    50

    1

    23,19,50

    832,62=

    =

    ====

    4.4 Leitura Recomendada

    Thomson, W.T., 1978, Teoria da Vibrao com Aplicaes, Intercincia, Cap.3, pg. 54 a

    56, Rio de Janeiro.

    Rao, S.S., 1995, Mechanical Vibrations, Addison-Wesley, 3rd Ed., Cap.3, pg. 191 a 197,

    New York.

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 44

    4.5 Exerccios Propostos

    a) Utilize a soluo geral vista no item 4.2 e trace o grfico do sistema sem amortecimento

    com k=1800 N/m, m=2 kg e que forado a vibrar por uma fora harmnica F(t)=10 cos(28 t).

    As condies iniciais x0 e v0 podem ser consideradas nulas, porm desenvolva o traado do

    grfico com pelo menos 20 perodos completos. Neste caso, qual o intervalo mnimo de tempo

    (resoluo) que deve ser considerado para traar o grfico?

    b) Com os mesmos dados do problema anterior, trace o grfico quando F(t)=10 cos(res t),

    ou seja, quando a freqncia de trabalho for igual a natural no amortecida. Desenvolva,

    tambm, este traado com pelo menos 20 perodos.

    c) Derive a equao dinmica e encontre a soluo de estado estacionrio para movimentos

    angulares (t) em torno do ponto O, do sistema mostrado na figura. So dados: k1 = 1000 N/m;

    k2=500 N/m; c1=100 Ns/m; c2=80 Ns/m; F0=15 N; =45 rad/s; l=0,9 m e m=4 kg.

    m

    c1

    l /3 l /6 l /4

    c2k1

    k2

    F0 cos( t)

    O

    d) Derive a equao dinmica e encontre a soluo de estado estacionrio na coordenada x(t)

    apontada no sistema da figura abaixo. A fora externa aplicada F(t)=35 cos(3 t). So dados:

    k1=100 N/m, m=2 kg, J0=0,32 kg m2, c=5 Ns/m e r =0,1 m.

  • Vibraes

    Prof. Airton Nabarrete Pag. 45

    4rr

    J0

    m

    k1

    x(t)

    c

    F(t)