2006 oliveira pinto santiago marchi cilamce 2006

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  • 7/21/2019 2006 Oliveira Pinto Santiago Marchi CILAMCE 2006

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    EFEITO DE PARMETROS DO MTODO MULTIGRID CS E FAS SOBREO TEMPO DE CPU EM PROBLEMAS 1D LINEARES E NO-LINEARES

    Fabiane de OliveiraMrcio Augusto Villela Pinto

    [email protected]

    [email protected] de Matemtica e Estatstica, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

    Ponta Grossa, PR - Brasil

    Cosmo Damio [email protected]

    Faculdades do Brasil (Unibrasil)

    Curitiba, PR, Brasil

    Carlos Henrique [email protected] de Engenharia Mecnica, Universidade Federal do Paran (UFPR)

    Curitiba, PR Brasil

    Resumo.Sobre o tempo de CPU necessrio para resolver dois problemas, verifica-se o efeitocausado por: vrios tamanhos de malhas, nmero de

    iteraes internas, nmero de malhas,

    razo de engrossamento ( 2=r , 3, 4 e 5), tolerncias, estimativas iniciais e esquemas decorreo (CS) e de aproximao completa (FAS). Os problemas considerados envolvem um

    problema unidimensional linear (equao de adveco-difuso) e outro no-linear (equao

    de Burgers), ambos com condies de contorno de Dirichlet. O mtodo de diferenas finitas

    usado para discretizar as equaes diferenciais. Os sistemas de equaes algbricas so

    resolvidos com o mtodo de Gauss-Seidel, associado ao mtodo multigrid geomtrico com

    ciclo V. Entre outros resultados, verificou-se que o esquema FAS mais rpido do que o CS,

    para problemas lineares e no-lineares.

    Palavras-chave:Solver, CFD, diferenas finitas, otimizao, mtodos numricos.

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    1. INTRODUO

    Modelos matemticos na dinmica dos fluidos computacional surgem em fenmenos

    fsicos que envolvem fluidos em movimento, com ou sem troca de calor (Fortuna, 2000;

    Maliska, 2004). Estes modelos matemticos, em geral, no tm solues analticas

    conhecidas. Buscam-se ento solues numricas transformando-se o modelo contnuo em ummodelo discreto. Um mtodo de discretizao muito usado o mtodo de diferenas finitas

    (Golub e Ortega, 1992; Tannehill et al.,1997), onde, em problemas unidimensionais, o

    domnio 10 x:x particionado em subintervalos, introduzindo uma malha com

    os pontos:

    fN

    , e( )hixi 1= 1,...,1 += fNi fN/h 1= , (1)

    onde h o comprimento de cada intervalo. Isto estabelece uma malha com elementos de

    tamanho h que denota-se por A cada um dos.h 1fN pontos interiores da malha, a

    equao diferencial substituda por aproximaes de diferenas finitas (Tannehill et

    al.,1997; Ferziger e Peric, 1999).

    A discretizao desses modelos matemticos resulta em grandes sistemas de equaes

    algbricas do tipo

    fvArr

    = , (2)

    onde A uma matriz quadrada, o vetor independente e vfr r

    o vetor de incgnitas. A

    estrutura da matriz A depende do mtodo e das aproximaes numricas usadas para

    discretizar o modelo matemtico.

    Vrias tcnicas numricas tm sido estudadas para resolver o sistema dado pela Eq. (2)com menor custo computacional e a soluo a mais prxima possvel da exata (sem erros de

    iterao; Ferziger e Peric, 1999). A resoluo por mtodos diretos no recomendvel, visto

    que na prtica, a matriz dos coeficientes muito grande e o custo da inverso da matriz alto

    (Golub e Van Loan, 1984). Para problemas de grande porte os mtodos iterativos so mais

    adequados (Burden e Faires, 1997). O mtodo do gradiente conjugado (Burden e Faires, 1997;

    Golub e Ortega, 1992), introduzido por Hestenes e Stiefeld (1952), usa tcnica que so mais

    especficas para geometrias simples e um mtodo sensvel ao condicionamento da matriz.

    O mtodo multigrid, proposto originalmente por Fedorenko (1964), atualmente um

    mtodo numrico muito usado para resolver iterativamente sistemas de equaes do tipo da

    Eq. (2). A idia bsica usar um conjunto de malhas e executar alternativamente iteraes em

    cada nvel de malha e solues aproximadas desta equao em malhas mais grossas (Briggs et

    al., 2000). So usados operadores que transferem informaes da malha fina para a malha

    imediatamente mais grossa (processo chamado de restrio) e da malha grossa para a malha

    imediatamente mais fina (processo de prolongao). Briggs et al. (2000) trabalharam com a

    razo de aspecto 2=r afirmando ser uma prtica universal e que 2r no traz vantagens.Os sistemas lineares so resolvidos com um mtodo iterativo com propriedades de reduzir

    rapidamente os erros oscilatrios (propriedades de suavizao). Com este conceito, vrios

    trabalhos(Brandt, 1977; Stben, 1999; Wesseling e Oosterlee, 2001; Moro, 2004; Pinto et al.,

    2005a), apresentaram bons resultados numricos para problemas de dinmica dos fluidos. Os

    resultados de Fedorenko (1964) mostram que a taxa de velocidade de convergncia com o uso

    do mtodo multigrid muito melhor que a dos mtodos iterativos puros. O objetivo domtodo multigrid acelerar a convergncia de um esquema iterativo (Tannehill et al., 1997).

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    Os melhores desempenhos do mtodo Multigrid so obtidos em problemas totalmente

    elpticos (Wesseling, 1992), ou seja, problemas dominados pela difuso; e os menores em

    problemas dominados pela adveco (Ferziger e Peric, 1999).

    O mtodoMultigridpode ser aplicado a malhas estruturadas, conhecido como Multigrid

    geomtrico (Wesseling e Oosterlee, 2001), bem como a malhas no-estruturadas, conhecido

    comoMultigridalgbrico (Stben, 2001). Em Wesseling e Oosterlee (2001) muitos desafiosainda so vistos na rea geomtrica, como a soluo das Equaes de Navier-Stokes,

    problemas com perturbaes singulares, problemas de camada limite onde aparecem as

    malhas fortemente alongadas, ou mesmo a paralelizao de algoritmos.

    A razo de engrossamento, para o caso unidimensional e considerando malhas uniformes,

    definida como:

    h

    H

    h

    hr

    = , (3)

    onde representa uma malha fina,h

    H

    a malha imediatamente mais grossa e ho tamanhodos elementos da malha.

    Brandt (1977) trabalhou com o mtodo multigridgeomtrico em diversos problemas de

    transferncia de calor e escoamento de fluidos, unidimensionais e bidimensionais, lineares e

    no-lineares. Em seu trabalho fez comparaes com a razes de engrossamento 2=r , 3 e 3/2.Para os problemas testados, Brandt (1977) concluiu que a razo 2=r a recomendvel.Stben (1999) desenvolveu um estudo com a razes 2=r e 4 em malhas no-estruturadas,

    para diversos problemas de transferncia de calor, escoamento e eletromagnetismo,

    bidimensionais e tridimensionais, lineares e no-lineares. Em seu trabalho, a razo 4=r semostrou eficiente para problemas anisotrpicos (anisotropia dos coeficientes e anisotropia

    devido malhas fortemente alongadas). Briggs et al.(2000) afirmam que a razo 2=r uma

    prtica universal e que 2r no traz vantagens. Moro (2004) trabalhou com as razes 2=r e 4 em malhas estruturadas para problemas de difuso com termo fonte. Em seu trabalho a

    razo 4=r apresentou tempo de CPU menor que a razo 2=r . Pinto et al. (2005a) e Pintoet al. (2005b) trabalharam com as razes 2=r , 3, 4, 5 e 8 para problemas unidimensionaislineares (equao de difuso e equao de adveco-difuso) com o uso do esquema de

    correo (CS) e no-linear (equao de Burgers) com o uso do esquema de aproximao

    completa (FAS). Nestes trabalhos as razes 2=r e 3 resultaram em menor tempo de CPUpara os esquemas CS e FAS, respectivamente. Neste trabalho estuda-se o mtodo multigrid

    em uma dimenso para mostrar os princpios do mtodo e derivar alguns procedimentos

    usados nos casos mais gerais (Ferziger e Peric, 1999). Alm disto, uma maior quantidade de

    testes pode ser feita devido rapidez de obteno das solues, facilitando o estudo de uma

    grande variao de parmetros.

    Neste artigo os seguintes parmetros so estudados: nmero de iteraes internas

    (nmero de iteraes do mtodo numrico a fim de suavizar as componentes de erro), o

    nmero de nveis (nmero de malhas percorridas) e diversas razes de engrossamento ( 2=r ,3, 4 e5). Os objetivos so: verificar o efeito desses parmetros sobre o tempo de CPU para o

    multigrid geomtrico e realizar comparaes entre os esquemas CS e FAS com ciclo V,

    proposto em Wesseling (1992). Os resultados so comparados com os obtidos na bibliografia.

    So apresentados operadores de restrio por injeo e prolongao por interpolao linear

    para qualquer razo de engrossamento no intervalo ( ),1 . Os modelos matemticosconsiderados neste trabalho envolvem um problema unidimensional linear de transferncia de

    calor, ou seja, a equao de adveco-difuso, e um problema unidimensional no-linear deescoamento, ou seja, a equao de Burgers, ambos com condies de contorno de Dirichlet.

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    Este artigo est organizado da seguinte forma: na seo 2 apresentada uma viso geral

    do mtodo multigrid, incluindo os operadores de restrio e prolongao. Na seo 3, so

    apresentados os modelos matemticos e numricos. Na seo 4 so descritos os experimentos

    numricos e seus resultados. E na seo 5 apresentada a concluso do trabalho.

    2. O MTODO MULTIGRID

    Para reduzir o erro de discretizao, malhas muito refinadas so necessrias a fim de se

    resolver problemas de mecnica dos fluidos e transferncia de calor. Isso gera sistemas de

    equaes muito grandes. A resoluo destes problemas atravs de mtodos numricos requer

    um custo computacional demasiadamente alto e muitas vezes invivel devido ao grande

    nmero de equaes a serem resolvidas em cada passo iterativo. Uma opo para melhorar a

    taxa de convergncia destes problemas o mtodo multigrid(Briggs et al., 2000), que acelera

    consideravelmente a resoluo dos sistemas lineares envolvidos no problema. Mtodos

    multigrid so mtodos iterativos para a soluo de sistemas lineares, sendo, portanto,

    fortemente dependentes da estimativa inicial atribuda s incgnitas do problema.Uma tcnica eficiente usada para aliviar as fortes oscilaes do resduo da Eq. (2) em

    cada malha, definido por:

    (4)vAfR vrv

    .=

    suavizar as oscilaes por um mtodo de relaxao (mtodo iterativo). Neste trabalho optou-

    se pelo mtodo de Gauss-Seidel, uma vez que ele possui boas propriedades de suavizao

    (Briggs et al., 2000).

    As primeiras iteraes deste processo, geralmente, tm rpida convergncia,

    caracterizando a presena de modos oscilatrios de erro. Porm, aps algumas iteraes, oprocesso torna-se lento, sinalizando a predominncia de modos suaves (Brandt, 1977). Este

    exatamente o momento onde recomendvel transferir o problema de relaxao para a malha

    mais grossa, pois os modos de erros suaves na malha fina tornam-se erros oscilatrios na

    malha grossa (Wesseling, 1992).

    Podem ser usados dois tipos de esquemas com o mtodo multigrid(Briggs et al.,2000): o

    esquema de correo (Correction Scheme, CS) e o esquema de aproximao completa (Full

    Approximation Scheme, FAS). No esquema CS, a Eq. (2) resolvida apenas na malha mais

    fina; nas malhas grossas, resolve-se a equao do resduo. J no caso do esquema FAS, a Eq.

    (2) resolvida em todas as malhas. O esquema CS geralmente utilizado em problemas

    lineares e o esquema FAS, em problemas no-lineares.

    A taxa de convergncia ideal (terica) do multigrid independente do tamanho da malha,isto , independe do nmero de pontos da malha (Hirsch, 1988; Ferziger e Peric, 1999). No

    muito efetivo usar somente dois nveis de malha (Roache, 1998); para obter um bom

    desempenho do multigrid, diversos nveis de malhas devem ser usados (Tannehill et al.,

    1997). Pinto et al. (2005a e 2005b) recomendam usar todos os nveis.

    A razo de engrossamento para malhas uniformes dada pela Eq. (3), onde:

    denominado engrossamento fraco; r= 2, engrossamento padro e r

    )2,1(r

    ),2( , engrossamento

    forte. Neste trabalho estuda-se o engrossamento forte e engrossamento padro, ambos

    aplicados aos esquemas CS e FAS encontrados em Wesseling (1992).

    Uma forma alternativa da Eq. (3) :

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    qpZqpq

    pr >= + ,,,

    * . (5)

    Neste caso, a razo de engrossamento r chamada de razo pura se q=1. Para as razes da

    forma , neste artigo utiliza-se1// pqpr == .rp=

    Os operadores de transferncia da malha fina para a malha grossa so chamados de

    operadores de restrio e so denotados genericamente por HhHhI rr

    = . Onde , no caso

    linear, assume o resduo

    r

    Rr

    dado pela Eq. (4) e no caso no-linear assume a soluo

    aproximada do problema alm do resduo Rr

    . Em Pinto et al. (2005a) desenvolveu-se um

    operador de injeo com a sua forma generalizada para qualquer ),1( r , dado por:

    , (6)( ) Hhcrrh

    crr

    H

    i NiKK += 2;.1. rrr

    onde ( ) pq

    NNiq

    pcrKiq

    pceilingcr

    hH

    r .),1(,1 ==

    = e o nmero de elementos

    da malha imediatamente mais fina. A funo ceiling definida por:

    h

    N

    , com:ceiling }./min{)( xzzxceilingx =a (7)

    A Eq. (6) no calculada para i = 1 e , pois no presente trabalho so usadas

    condies de contorno de Dirichlet. Portanto, tem-se

    1+HN

    )0...,0,0(=Rr

    nestes pontos.

    Os operadores de transferncia da malha grossa para a malha fina so chamados de

    operadores de prolongao, ou interpolao, e so denotados genericamente por hHhHI rr

    = .

    Onde , no caso linear assume aproximao do erro na equao residual, ou seja, a correo,

    e no caso no-linear assume a soluo aproximada do problema, alm da correo. Como no

    caso do operador de restrio, em Pinto et al. (2005a) desenvolveu-se um operador de

    interpolao linear com a sua forma generalizada para qualquer

    r

    ),1( r , dada por:

    ( ) hHcpp

    H

    cpp

    h

    i NiKK += + 2;.1. 1rr

    , (8)

    com ( ) ( )1,1 =

    = i

    p

    qcpKi

    p

    qceilingcp p .

    3. MODELOS MATEMTICOS E NUMRICOS

    3.1Modelo linear: equao de adveco-difuso

    A conveco de calor unidimensional (equao de adveco-difuso), com condies de

    contorno de Dirichlet, em regime permanente e em coordenadas cartesianas pode ser

    representada matematicamente por (Ferziger e Peric, 1999):

    ,1)1(,0)0(;10, ==

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    onde u a incgnita e o nmero adimensional de Peclet. Na Eq. (9) a varivel u

    representa a temperatura, e suas derivadas de primeira e segunda ordens so representadas por

    e , respectivamente. Para as condies de contorno acima a soluo analtica dada

    por:

    20=Pe

    xu xxu

    1

    1)(

    =Pe

    xPe

    e

    exu . (10)

    A discretizao do domnio feita com malhas uniformes em subintervalos

    (elementos) introduzidos pelos pontos da malha dados pela Eq. (1). A equao diferencial

    dada pela Eq. (9) discretizada de acordo com o mtodo de diferenas finitas. Nesta equao

    so utilizadas a diferena montante (UDS) para a derivada de primeira ordem (termo

    advectivo) e diferena centrada (CDS) para a derivada de segunda ordem (termo difusivo). Os

    esquemas UDS e CDS podem ser vistos em Tannehill et al. (1997). Com estas aproximaes

    a Eq. (9) resulta em

    fN

    1,0;2,2

    112

    111 ==

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    3.2Modelo no-linear: equao de Burgers

    O problema de escoamento unidimensional (equao de Burgers) de um fluido

    incompressvel, com condies de contorno de Dirichlet, em regime permanente e em

    coordenadas cartesianas pode ser representado matematicamente por (Tannehill et al., 1997):

    ( ) ,11,0)0(;10,2 ==

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    Centenas de simulaes foram realizadas com as seguintes variantes: nmero de

    incgnitas ( ), nmero de iteraes internas (ITI), nmero de nveis de malhas (L),

    tolerncias

    fN

    )( , estimativas iniciais )(vr

    e razes de engrossamento 2=r (padro), 3, 4 e 5.

    So apresentados neste trabalho os resultados mais representativos.

    O critrio de convergncia para as iteraes externas ITE (nmero necessrio de ciclos

    para suavizar as componentes de erro) baseado na razo entre a norma do resduo

    (Ferziger e Peric, 1999) numa determinada iterao e a norma do resduo da estimativa inicial.

    O resduo de cada n calculado atravs da Eq. (4). Adotou-se como referncia e

    para a tolerncia sobre o critrio de convergncia e estimativa inicial,

    respectivamente.

    1L

    710=

    )0,...0,0(=vr

    O foco deste trabalho a minimizao do tempo de CPU, para isto, busca-se o nmero

    timo de iteraes internas ( ), nmero timo de nveis de malha ( ) a cada ciclo, a

    razo de engrossamento tima e o esquema timo (CS ou FAS). Entende-se por tempo de

    CPU, o tempo gasto para gerar malhas, atribuir estimativa inicial, calcular os coeficientes e

    resolver o sistema da Eq. (2). Este tempo medido usando-se a funo TIMEF da bibliotecaPORTLIB do FORTRAN 95. Atravs de testes realizados verificou-se que a incerteza desta

    funo aproximadamente de s.

    timoITI timoL

    05.04.1 Esquema de correo (CS)

    Iteraes internas (ITI). A Fig. 1 mostra a influncia do nmero de iteraes internas

    (ITI) sobre o tempo de CPU para a equao de Burgers. O nmero de iteraes internas

    influencia o tempo de CPU e 12 = rITItimo para a equao adveco-difuso e rITItimo 2

    para a equao de Burgers. Este resultado concorda com o de Tannehill et al. (1997) para

    2=r no caso da equao de Laplace bidimensional linear, onde , 4.3=timo

    ITI

    2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    TempodeCPU

    (s)

    Nmero de Iteraes Internas

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)

    MG(r = 4)

    MG(r = 5)

    Mnimo

    Figura 1: Tempo de CPU versusITIpara esquema CS e equao de Burgers.

    Verificou-se que para todas as razes estudadas, uma diminuio pequena do nmero de

    iteraes internas, relativamente ao ponto mnimo, aumenta drasticamente o tempo de CPU,podendo at mesmo ocorrer divergncia. Por outro lado, um aumento pequeno do nmero de

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    iteraes internas, relativamente ao ponto de mnimo, aumenta pouco o tempo de CPU (Pinto

    et al., 2005a). Portanto, recomenda-se utilizar rITI 2= para as razes puras; por exemplo,para 2=r , recomenda-se 4=ITI para ambos os problemas. Os resultados do estudo feitopara a variao do tempo de CPU ao adotar-se o nmero rITI 2= para o problema emquesto e para as diversas razes de engrossamento estudadas sofreram, em mdia, pouca

    variao, cerca de 3.40% para a equao de adveco-difuso e 2.39% para a equao deBurgers.

    Seja o problema de minimizao do tempo de CPU, em funo do nmero de iteraes

    internas, para as diversas razes de engrossamento no esquema CS. Para este problema,

    verificou-se que o nmero timo de iteraes internas tem uma forte influncia do nmero de

    vezes que o mtodo de Gauss-Seidel necessita para atualizar o resduo em todo o domnio

    unidimensional.

    Nveis de malhas (L).A Fig. 2 mostra a influncia do nmero de nveis de malhas (L)

    sobre o tempo de CPU para a equao de Burgers. Verificou-se que o nmero de nveis pode

    afetar significantemente o tempo de CPU com o uso do esquema CS para as diversas razes

    de engrossamento estudadas, tanto para a equao de adveco-difuso, quanto para aequao de Burgers e que , onde representa o nmero mximo possvel

    de nveis. Este resultado similar aos resultados de Tannehill et al. (1997), no caso da

    equao de Laplace bidimensional (caso linear); e Mesquita e De-Lemos (2004), no caso da

    equao de Navier-Stokes compressvel bidimensional (caso no-linear), ambos para o caso

    onde

    mximotimo LL mximoL

    2=r .

    6 8 10 12 14 16 18 20

    10

    100

    TempodeCPU

    (s)

    Nmero de Nveis de Malha

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)

    MG(r = 4)

    MG(r = 5)Mnimo

    Figura 2: Tempo de CPU versusLpara esquema CS e equao de Burgers.

    Para ambos os problemas e para todas as razes testadas o tempo de CPU tem uma taxa

    de decrscimo bastante acentuada at atingir os seus mnimos e, aps estes pontos, a taxa de

    crescimento bem menor at atingirem . Portanto, recomenda-se utilizar

    para as razes puras; por exemplo, na equao de adveco-difuso, para

    mximoL mximoLL=

    2=r eelementos, recomenda-se usar1048576220 ==fN 20=L , que exatamente o . Os

    resultados do estudo feito para a variao do tempo de CPU ao adotar-se para os

    problemas em questo e para as diversas razes de engrossamento estudadas bastante

    mximoL

    mximoLL=

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    pequena, na mdia, cerca de 0.90% para a equao de adveco-difuso e 0.24% para a

    equao de Burgers.

    Seja o problema de minimizao do tempo de CPU, em funo do nmero de nveis, para

    as diversas razes de engrossamento para o esquema CS. Para este problema, verificou-se que

    o nmero timo de nveis tem uma forte influncia da velocidade com que resolvido o

    problema em uma quantidade maior de malhas sucessivamente mais grossas, ou seja, malhascom uma quantidade de pontos menor.

    Razo de engrossamento (r). As Figs. 3 e 4 mostram o tempo de CPU para as diversas

    razes de engrossamento para o mtodo multigrid, e tambm uma comparao entre os

    mtodos singlegrid Gauss-Seidel e TDMA, em funo de diversos para a equao de

    adveco-difuso e para a equao de Burgers, ambas com o esquema CS. Pode-se notar que

    o mtodo TDMA o mais eficiente de todos os mtodos testados para os problemas. Ele

    seguido pelos mtodos multigride finalmente pelo mtodo de Gauss-Seidel. Portanto, para os

    problemas unidimensionais testados, recomenda-se o uso do mtodo direto TDMA.

    Entretanto o objetivo nesta seo e na prxima verificar o efeito dos parmetros multigrid

    no tempo de CPU para o multigridgeomtrico com o esquema CS e FAS (prxima seo) em

    problemas unidimensionais lineares e no-lineares a fim de se obter informaes para outros

    problemas.

    fN

    Para os mesmos , e , com as razes de engrossamento testadas e o mtodo

    multigrid esquema CS, pode-se perceber que para os problemas testados (equao de

    adveco-difuso e equao de Burgers), tem-se:

    vr

    fN

    ( ) ( ) ( ) ( )5432 =

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    Para a variao da tolerncia, estudam-se casos onde e , alm de

    usado nos resultados anteriores. Os resultados dos estudos do nmero de iteraes

    internas timo, tanto para a equao de adveco-difuso como para a equao de Burgers

    sofreram pouca variao sobre o tempo de CPU: cerca de 3.4% e 0.5% respectivamente, ao se

    adotar

    410= 1010=710=

    rITI 2= .Para a variao da estimativa inicial, estudam-se casos onde )2/1,...,2/1,2/1(=vr ,

    )1,...,1,1(=vr

    , alm de )0,...,0,0(=vr

    usado nos resultados anteriores. Os resultados dos estudos

    do nmero de iteraes internas timo tanto para a equao de adveco-difuso como para a

    equao de Burgers sofreram uma variao sobre o tempo de CPU mais substancial: 3.4%

    para a equao de adveco-difuso e 15.75% para a equao de Burgers ao se adotar

    rITI 2= .Em relao ao nmero de nveis, ao adotar-se mximotimo LL = , a maior variao encontrada

    foi de 0.61% para a equao de adveco-difuso e 6.33% para a equao de Burgers,

    independente de estar variando a tolerncia ou a estimativa inicial.

    Isto mostra que o problema de minimizao do tempo de CPU fracamente dependente

    da tolerncia e fortemente dependente da estimativa inicial quando se estuda o nmero deiteraes internas; e fracamente dependente da tolerncia e estimativa inicial quando se estuda

    o nmero de nveis. Conclui-se que pode-se usar rITIotimo 2= e mximotimo LL = para ambos os

    problemas.

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    TempodeCPU

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)

    MG(r = 4)

    MG(r = 5)

    SG-GS

    SG-TDMA

    Figura 4: Tempo de CPU versusNpara esquema CS e equao de Burgers.

    4.2 Esquema de aproximao completa (FAS)

    Iteraes internas (ITI). Atravs da Fig. 1 concluiu-se que o nmero de iteraes

    internas influencia o tempo de CPU para o esquema CS. O mesmo ocorre com o uso do

    esquema FAS, sendo .rITItimo 3

    Para todas as razes estudadas, uma diminuio sensvel do nmero de iteraes internas,

    relativamente ao ponto mnimo, aumenta drasticamente o tempo de CPU, podendo at mesmo

    ocorrer divergncia. Por outro lado, o aumento pequeno do nmero de iteraes internas,

    relativamente ao ponto mnimo, aumenta sensivelmente o tempo de CPU (Pinto et al. 2005b).Verificou-se que para as razes puras; por exemplo, para r= 2, recomenda-seITI = 6rITI 3=

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    para ambos os problemas. Os resultados do estudo feito para a variao do tempo de CPU ao

    adotar-se o nmero para o problema de adveco-difuso sofreram, em mdia pouca

    variao, cerca de 4.96% para a razo r= 3, no se cometendo erro nas demais razes. Para a

    equao de Burgers o erro variou de 0 a 2.98% para todas as razes estudadas.

    rITI 3=

    Seja o problema de minimizao do tempo de CPU em funo do nmero de iteraes

    internas para as diversas razes de engrossamento para o esquema FAS. Para este problema,verificou-se que o nmero timo de iteraes internas tem uma forte influncia do nmero de

    vezes que o mtodo de Gauss-Seidel necessita para atualizar o resduo e a soluo em todo o

    domnio unidimensional.

    Para o problema linear unidimensional estudado na seo anterior, verificou-se

    para o esquema CS. Aqui, para o mesmo problema, verificou-se que

    para o esquema FAS. Portanto, o esquema utilizado (CS ou FAS) influencia o

    nmero timo de iteraes internas para o mtodo multigrid.

    rITItimo 2

    rITItimo 3

    Nveis de malhas (L).Atravs da Fig. 2,concluiu-se que o nmero de nveis influencia o

    tempo de CPU para o esquema CS. Verificou-se o mesmo resultado com o esquema FAS eque para as diversas razes de engrossamento estudadas, tanto para a equao

    de adveco-difuso, bem como para a equao de Burgers.

    mximotimo LL

    Para ambos os problemas e para todas as razes estudadas, em geral o tempo de CPU tem

    uma taxa de decrscimo bastante acentuada at atingir os seus mnimos e, aps estes pontos, a

    taxa de crescimento bem menor at atingirem . (Pinto et al, 2005b). Portanto

    recomenda-se utilizar para as razes puras. No se comete erros no tempo de CPU

    ao adotar-se tanto para a equao de adveco-difuso como para a equao de

    Burgers.

    mximoL

    mximoLL=

    mximotimo LL =

    Para os problemas unidimensionais estudados na seo anterior, verificou-se que

    para o esquema CS. Nesta seo, para os mesmos problemas, encontrou-se o

    mesmo resultado. Portanto o esquema utilizado (CS ou FAS) no influencia o nmero timo

    de nveis para o mtodo multigrid.

    mximotimo LL

    Razo de engrossamento(r).As Figs. 5 e 6 mostram o tempo de CPU para as razes deengrossamento consideradas para o mtodo multigrid e tambm uma comparao entre

    mtodos SinglegridGauss-Seidel e TDMA em funo de diversos para as equaes de

    adveco-difuso e de Burgers, respectivamente com o esquema FAS.

    fN

    As Figs. 7 e 8 mostram as Figs. 5 e 6 ampliadas para facilitar a visualizao das curvas

    referentes s razes testadas nos mtodos multigrid.

    Pode-se notar novamente que o mtodo TDMA o mais eficiente entre os mtodostestados para ambas as equaes. Ele seguido pelos mtodos multigrid e pelo mtodo de

    Gauss-Seidel.

    Para os mesmos , vr

    e , com as razes de engrossamento testadas e o mtodo

    multigridcom o esquema FAS, pode-se perceber que para ambas equaes estudadas, para a

    maioria dos pontos do domnio em estudo, tem-se:

    fN

    )5()2()4()3( =

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    TempodeCPU

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)

    MG(r = 4)

    MG(r = 5)

    SG-GS

    SG-TDMA

    Figura 5: Tempo de CPU versusNpara esquema FAS e equao de advecodifuso.

    103

    104

    105

    106

    107

    10-1

    100

    101

    102

    Tem

    podeCPU

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)

    MG(r = 4)

    MG(r = 5)

    SG-GS

    SG-TDMA

    Figura 6: Tempo de CPU versusNpara esquema FAS e equao de Burgers.

    Seja o problema de minimizao do tempo de CPU em funo das diversas razes de

    engrossamento e com o uso do esquema FAS. Para estes problemas, verificou-se que a razotima tem uma forte influncia dos seguintes aspectos: a razo de queda do nmero de pontos

    de uma malha para a outra malha imediatamente mais grossa, a qualidade das informaes

    transferidas pela restrio e pela prolongao e, principalmente, o uso do esquema FAS, que

    transfere informaes a respeito do resduo e da soluo para as demais malhas mais grossas.

    Para os problemas unidimensionais estudados na seo anterior, verificou-se que r= 2 a

    melhor razo de engrossamento para o esquema CS. Aqui, para os mesmos problemas,

    verificou-se que r = 3 a melhor para o esquema FAS. Pode-se concluir que o esquema

    utilizado (CS ou FAS) influencia a razo tima para o mtodo multigrid.

    Tolerncia e estimativa inicial.Neste trabalho estudam-se tambm casos com variaes

    tanto da tolerncia como da estimativa inicial vr

    como na seco anterior.

    Para a variao da tolerncia, os resultados dos estudos do nmero de iteraes internastimo, para os problemas estudados, sofreram variao substancial sobre o tempo de CPU ao

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    se adotar . Cerca de 6.87% a 24.53% para a equao de adveco-difuso e 10.81%

    para a equao de Burgers.

    rITI 3=

    105

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    100

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    TempodeCPU

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)MG(r = 4)

    MG(r = 5)

    Figura 7: Ampliao da Fig. 5.

    105

    106

    107

    100

    101

    102

    TempodeCP

    U

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG(r = 2)

    MG(r = 3)

    MG(r = 4)

    MG(r = 5)

    Figura 8: Ampliao da Fig. 6.

    Para a variao da estimativa inicial, os resultados dos estudos do nmero de iteraes

    internas timo tanto para a equao de adveco-difuso quanto para a equao de Burgers

    sofreram uma variao significativa sobre o tempo de CPU: de 11.93% a 32.65% para a

    equao de adveco-difuso e de 0 a 27.05% para a equao de Burgers ao se adotar

    .rITI 3= Em relao ao nmero de nveis, ao adotar-se mximotimo LL = , a maior variao encontrada

    foi de 24.78% para a equao de adveco-difuso e 0.65% para a equao de Burgers,

    independente de estar variando a tolerncia ou a estimativa inicial.

    Isto mostra que, como na seo anterior, o problema de minimizao do tempo de CPU

    fracamente dependente da tolerncia e fortemente dependente da estimativa inicial quando seestuda o nmero de iteraes internas; e fracamente dependente da tolerncia e estimativa

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    inicial quando se estuda o nmero de nveis. Conclui-se que, pode-se usar e,

    como na seo anterior para ambos os problemas.

    rITItimo 3=

    mximotimo LL =

    4.3Esquema CS versusFAS

    Nas Figs. 9 e 10 se faz uma comparao entre os esquemas multigridCS e FAS em funo

    de diversos valores de . Pode-se notar que o esquema FAS mais rpido do que o CS em

    qualquer . Por exemplo, a equao de Burgers para a malha de 4194304 elementos o

    tempo de CPU do MG-FAS(r= 2) e MG-CS(r= 2) de 47.25 s e 142.47 s, respectivamente,

    ou seja, o MG-FAS(r = 2) cerca e 3 vezes mais rpido do que o MG-CS(r = 2). Outro

    exemplo, para a malha de 3188646 elementos o tempo de CPU do MG-FAS(r= 3) e MG-

    CS(r= 3) de 28.19 s e 156.74 s, respectivamente, ou seja, o MG-FAS(r= 3) cerca e 5

    vezes mais rpido do que o MG-CS(r= 3).

    fN

    fN

    Portanto, recomenda-se o uso do esquema FAS com a razo 3=r para as equaes deadveco-difuso e Burgers. Esta constatao indita e inesperada, pois o esquema CS

    indicado para resolver equaes lineares e o esquema FAS, para equaes no-lineares. Aqui

    vemos que o esquema CS perde a hegemonia perante o esquema FAS, mesmo que para um

    problema linear.

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    10-1

    100

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    TempodeC

    PU

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG-CS(r = 2)

    MG-FAS(r = 3)

    Figura 9 - Esquemas CS e FAS para a equao de adveco-difuso.

    A concluso do presente trabalho difere daquela de Brandt (1977). Ele fez anlises

    tericas e experimentais (numricas) entre as razes de engrossamento r = 2, 3 e 3/2 para

    diversos problemas, mas no se referiu s Eqs. (9) e (14) exatamente. Brandt mostra

    preferncia pelo esquema CS em relao ao esquema FAS no caso de problemas lineares.

    Segundo Brandt, cada ciclo iterativo do esquema FAS mais caro computacionalmente se

    comparado ao esquema CS devido transferncia de informaes a respeito do resduo e da

    soluo para as malhas mais grossas.

    Seja o problema de minimizao do tempo de CPU em funo do uso dos diferentes

    esquemas CS e FAS. Para este problema, verificou-se que o esquema timo tem uma forte

    influncia da qualidade das informaes transferidas pela restrio e pela prolongao e,principalmente, pela transferncia de informaes a respeito do resduo e da soluo para as

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    malhas mais grossas. Entretanto, no presente trabalho verificou-se que o nmero de ciclos ou

    iteraes externas do esquema FAS significativamente menor do que o esquema CS. Por

    exemplo, para a equao de adveco-difuso e para a malha de 8388608 elementos, o

    nmero de ciclos ou iteraes externas (ITE) do MG-FAS(r = 2) e MG-CS(r = 2) de 3 e 25,

    respectivamente.

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    TempodeCPU

    (s)

    Nmero de Incgnitas

    MG-CS(r = 2)

    MG-FAS(r = 3)

    Figura 10 - Esquemas CS e FAS para a equao de Burgers.

    5. CONCLUSO

    Para os esquemas CS e FAS do mtodo multigridgeomtrico, neste trabalho estudou-se o

    efeito de diversos parmetros sobre o tempo de CPU necessrio para resolver dois problemas:

    um linear (equao de adveco-difuso) e outro no-linear (equao de Burgers), ambos em

    regime permanente, unidimensionais, com condies de contorno de Dirichlet. Estas equaes

    foram discretizadas com o mtodo de diferenas finitas.

    Com base nos resultados deste trabalho, verificou-se que:

    1)Para os mesmos dados (, vr

    e ), o esquema FAS mais rpido do que o esquema

    CS, para os problemas linear e no-linear.

    fN

    2)O nmero de iteraes internas (ITI) e o nmero de nveis de malhas (L) afetamsignificativamente o tempo de CPU para os esquemas CS e FAS. Para o esquema

    FAS, recomenda-se utilizar rITI 3= para qualquer nmero de incgnitas ( ); e

    para o esquema CS,

    fN

    rITI 2= . Para ambos os esquemas, recomenda-se usar.mximoLL=

    3)Para os mesmos dados ( , vr

    e ), comfN mximoLL= para cada , entre as razes

    de engrossamento de malhas testadas (r= 2, 3, 4 e 5), o esquema CS mais rpido

    com

    fN

    2=r ; j o esquema FAS mais rpido com r= 3.

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    Agradecimentos

    Agradecemos o apoio do Laboratrio de Experimentao Numrica (LENA), do

    Departamento de Engenharia Mecnica da UFPR, por disponibilizar sua infra-estrutura. Os

    dois primeiros autores agradecem Universidade Estadual de Ponta Grossa pelo suporte

    financeiro.

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    Computation, Vol. 31, pp. 333-390, 1977.

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