200 questões comentadas contabilidade geral - fcc
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Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC
(Questes dos anos de 2008 a 2010)
Professores: Gabriel Rabelo da Silva
Luciano Silva Rosa (Kazuo)
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200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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1. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) Em relao escriturao
contbil, correto afirmar:
(A) Os lanamentos no livro Dirio devem ser efetuados diariamente, no se
admitindo excees.
(B) A escriturao correta e tempestiva do livro Razo permite saber, em qualquer
data, o saldo das contas de resultado e patrimoniais.
(C) O nico livro contbil considerado obrigatrio pela Receita Federal do Brasil
para apurao da base de clculo do imposto de renda o livro Dirio.
(D) No Brasil, existe um Plano de Contas padronizado que deve ser seguido por
todas as entidades com fins lucrativos.
(E) Segundo normas do Conselho Federal de Contabilidade, a escriturao contbil
somente pode ser efetuada em sistemas informatizados.
COMENTRIOS:
Vamos anlise das assertivas.
a) A alternativa a est incorreta. O livro Dirio um livro contbil obrigatrio pela
legislao comercial, e registra as operaes da empresa, no seu dia-a-dia,
originando-se assim o seu nome. Encadernado com folhas numeradas
seguidamente, em que sero lanados, dia a dia, diretamente ou por reproduo,
os atos ou operaes da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a
situao patrimonial da pessoa jurdica (Decreto-lei 486/69, art. 5).
Todavia, a legislao tambm permite: a) que o lanamento no dirio seja feito por
meio de partidas mensais; b) a escriturao resumida ou sinttica, com valores
totais que no excedam a operaes de um ms, desde que haja escriturao
analtica lanada em registros auxiliares; c) No caso de a entidade adotar para sua
escriturao contbil o processo eletrnico, os formulrios contnuos, numerados
mecnica ou tipograficamente, sero destacados e encadernados em forma de
livro.
b) A assertiva b est correta. O livro Razo facultativo sob a tica do direito
societrio. Contudo, para os contribuintes tributados com base em lucro real o
livro passa a ser obrigatrio. Veja um exemplo de livro Razo:
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Razo Analtico
XPTO Comrcio Ltda. Data: CNPJ: 01.342.575/0001-87 Perodo:
Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A
Data Histrico da Operao Dbito Crdito Saldo
01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D
02.01.2008 Depsito 500,00 1.500,00 D
02.01.2008 Cheque n 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00 D
Vejam que possvel, perfeitamente, saber, em qualquer data, o saldo das contas
de resultado e patrimoniais.
c) Item incorreto. Existe uma srie de livros que so exigidos pela Receita Federal
para os contribuintes que apurem Imposto de Renda pelo Lucro Real. Bastava que
o candidato soubesse que o Livro Razo obrigatrio, para a apurao com base
em lucro real, que j se acertaria a questo. Entretanto, saibam que o contribuinte
do Imposto de Renda deve manter basicamente os seguintes livros:
1) Registro de Inventrio;
2) Registro de Compras;
3) Apurao de Lucro Real LALUR.
d) Plano de Contas (ou Elenco de Contas) o conjunto de contas, previamente
estabelecido, que norteia os trabalhos contbeis de registro de fatos e atos
inerentes entidade, alm de servir de parmetro para a elaborao das
demonstraes contbeis.
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, j que
os usurios de informaes podem necessitar detalhamentos especficos, que um
modelo de Plano de Contas geral pode no compreender.
e) O item est incorreto. Segundo a NBCT 2, que dispe sobre escriturao contbil, a
Entidade deve manter um sistema de escriturao uniforme dos seus atos e fatos
administrativos, atravs de processo manual, mecanizado ou eletrnico.
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2. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) Uma sociedade com fins
lucrativos, no exerccio de incio de suas atividades, efetuou sua escriturao
contbil pelo regime de caixa, apurando um prejuzo de R$ 10.000,00. Advertida de
seu erro, reelaborou a escriturao pelo regime de competncia, tendo registrado
um lucro lquido no exerccio de R$ 3.000,00. As despesas, pelo regime de
competncia, equivaleram a 70% das despesas registradas pelo regime de caixa. As
receitas, reconhecidas pelo regime de competncia, montaram a R$ 24.000,00.
Logo, as receitas, se reconhecidas pelo regime de caixa, corresponderiam, em R$, a
(A) 7.000,00. (B) 13.000,00. (C) 20.000,00. (D) 21.000,00. (E) 27.000,00. COMENTRIOS:
Regime de caixa o regime contbil que apropria as receitas e despesas no perodo
de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, independentemente do
momento em que so realizadas.
Regime de competncia o que apropria receitas e despesas ao perodo de sua
realizao, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do
pagamento das despesas.
Na questo:
No regime de caixa,
Receitas Cx Despesas Cx = (10.000)
No regime de competncia,
Receitas Comp. Despesas Comp. = 3.000
Veja que a questo disse que as despesas no regime de competncia representam
70% das despesas no regime de caixa. Disse, tambm, que as receitas no regime de
competncia so no montante de R$ 24.000. Assim:
Despesas Comp. = 70%.Despesas Cx
Retomando:
Receitas Comp. Despesas Comp. = 3.000
24.000 70%.Despesas Cx = 3.000
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70%.Despesas Cx = 21.000
Despesas Cx = 21.000/70% = 30.000
Logo, as despesas no regime de caixa totalizam o valor de R$ 30.000.
Retomando a outra equao, temos que:
Receitas Cx 30.000 = -10.000
Receitas Cx = -10.000 + 30.000
Receitas Cx = 20.000 (Gabarito: Letra C)
Prxima!
3. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) A Cia. Comercial Madureira
iniciou o exerccio com um estoque de R$ 800.000,00. Adquiriu R$ 1.300.000,00 de
mercadorias, j deduzidos desse valor os impostos recuperveis. As vendas lquidas
da empresa no exerccio totalizaram R$ 1.800.000,00. A companhia adota o
sistema do inventrio peridico e a contagem do estoque final de mercadorias
indicou que ele equivalia a 120% do estoque inicial. O lucro bruto da companhia
nesse exerccio equivaleu, em R$, a
(A) 1.140.000,00.
(B) 980.000,00.
(C) 960.000,00.
(D) 840.000,00.
(E) 660.000,00.
COMENTRIOS:
O estoque inicial de R$ 800.000.
O valor das compras de R$ 1.300.000 (J deduzidos de impostos)
O estoque final 120% (ou 1,2) do estoque inicial.
Vendas Lquidas representa R$ 1.800.000
Assim, utilizando a frmula bsica:
Custo da Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras Estoque Final
CMV = 800.000 + 1.300.000 1,2.800.000
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CMV = 2.100.000 960.000
CMV = 1.140.000
Sabemos que o Lucro Bruto a diferena entre as Vendas Lquidas e o Custo da
Mercadoria Vendida.
Desta forma,
Lucro Bruto = VL CMV = 1.800.000 1.140.000 = 660.000 (Gabarito: Letra E)
4. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) A Cia. Comercial Mar Azul
fez, na ordem cronolgica, as seguintes operaes com mercadorias no ms de
incio de suas atividades:
- compra de 3.000 unidades a R$ 80,00 cada uma
- compra de 5.000 unidades a R$ 88,00 cada uma
- venda de 4.200 unidades a R$ 200,00 cada uma
Aps essas operaes, o estoque de mercadorias no final do ms foi avaliado em
R$ 323.000,00. Logo, correto afirmar que o mtodo utilizado pela companhia
para avaliar os seus estoques foi o
(A) do preo de reposio.
(B) PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).
(C) UEPS (ltimo que entra, primeiro que sai).
(D) da mdia ponderada mvel.
(E) do preo especfico.
Comentrios
A maneira mais rpida de se resolver essa questo utilizar-se dos mtodos PEPS e
UEPS. Se atravs destes dois mtodos no se encontrar a resposta exata, o
gabarito ser ento a mdia ponderada, uma vez que no h dados suficientes
para falar que o mtodo utilizado foi o preo de reposio ou o preo especfico.
PEPS
Compras Vendas Saldo
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Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3.000 80 240.000,00 3.000 80 240.000,00
5.000 88 440.000,00 3.000 80 240.000,00
5.000 88 440.000,00
3.000 80 240.000,00 3.800 88 334.400,00
1.200 88 105.600,00
Vejam que o saldo final no PEPS foi de 334.400. Faamos pelo UEPS.
UEPS
Compras Vendas Saldo
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3.000 80 240.000,00 3.000 80 240.000,00
5.000 88 440.000,00 3.000 80 240.000,00
5.000 88 440.000,00
4.200 88 369.600,00 3.000 80 240.000,00
800 88 70.400,00
TOTAL 310.400,00
J poderamos marcar a resposta da questo, uma vez que a mdia ponderada
mvel se situa entre o resultado do PEPS e do UEPS. Seguem os clculos:
Mdia Ponderada Mvel
Compras Vendas Saldo
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3.000 80 240.000,00 3.000 80 240.000,00
5.000 88 440.000,00 8.000 85,00 680.000,00
4.200 85 357.000,00 3.800 85 323.000,00
Logo, o estoque final atravs da mdia ponderada mvel de R$ 323.000
(Gabarito: Letra d).
5. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) A Cia. Industrial Luar do
Serto vendeu 10.000 unidades de um produto de sua fabricao ao preo unitrio
de R$ 20,00, tendo havido incidncia de ICMS alquota de 18% e IPI 10%. O
preo de custo correspondeu a 60% do preo de venda das mercadorias. Sabendo-
se que a companhia contribuinte do PIS e da COFINS na sistemtica cumulativa
(alquotas de 0,65% e 3%, respectivamente), a devoluo de 10% do lote pela
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empresa adquirente diminuiu o lucro bruto da companhia vendedora no valor, em
R$, de
(A) 3.670,00.
(B) 3.800,00.
(C) 4.330,00.
(D) 4.400,00.
(E) 5.670,00.
Comentrios
Receita de Venda = 10.000 x R$ 20,00 = R$ 200.000,00. O IPI de 10% (R$ 20.000,00) por fora do preo. Assim:
Receita de Venda = 10.000 x R$ 20,00 = R$ 200.000,00
(-) ICMS incluso = 18% x R$ 200.000,00 = (R$ 36.000,00)
(-) PIS s/vendas = 0,65% x R$ 200.000,00 = (R$ 1.300,00)
(-) COFINS S/ vendas = 3% x R$ 200.00,00 = (R$ 6.000,00)
(-) Custo = 60% x R$ 200.000,00 = (R$ 120.000,00)
(=) Lucro antes da devoluo R$ 36.700,00
A devoluo de 10% do lote far esse lucro cair, proporcionalmente, em 10% x R$ 36.700,00, ou seja, em R$ 3.670,00 (Gabarito: Letra A).
6. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) uma reserva de capital:
(A) Reserva de Alienao de Bnus de Subscrio.
(B) Reserva de Contingncias.
(C) Reserva Estatutria.
(D) Reserva de Expanso para Investimentos.
(E) Reserva para Pagamento de Dividendo Obrigatrio.
Comentrios
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Segundo o artigo 182 da Lei das Sociedades por Aes, sero classificadas como
reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuio do subscritor de
aes que ultrapassar o valor nominal e a parte do preo de emisso das aes
sem valor nominal que ultrapassar a importncia destinada formao do capital
social, inclusive nos casos de converso em aes de debntures ou partes
beneficirias; b) o produto da alienao de partes beneficirias e bnus de
subscrio; c) o resultado da correo monetria do capital realizado, enquanto
no-capitalizado.
Assim, se determinada compra por R$ 110.000 um conjunto de aes que valem R$
100.000, o montante de 10.000, ser registrado como contribuio que ultrapassa
o valor nominal, portanto, reserva de capital no Patrimnio Lquido, pelo
lanamento:
D Caixa 110.000
C Capital Social 100.000
C Reserva de Capital gio na Emisso de Aes 10.000
O gabarito da questo, como se percebe, a alternativa a. Bnus de subscrio
so ttulos negociveis, emitidos por sociedades annimas, que conferem direito
de subscrever aes no capital social. Ao alienarmos R$ 50.000 em bnus de
subscrio para determinadas pessoas, lanamos:
D Caixa 50.000
C Reserva de Capital Alienao de Bnus de Subscrio 50.000
As outras reservas previstas na questo (contingncias, expanso para
investimentos, estatutrias, pagamento de dividendo obrigatrio) so reservas de
lucros previstas na Lei das SAs.
7. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) A Cia. Maracan efetuou
uma benfeitoria em imvel alugado de terceiros, cujo valor ser revertido ao
proprietrio do imvel no final do contrato de locao. O valor contbil da
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benfeitoria est assim demonstrado em seu balano patrimonial levantado em 31-
12-2007:
Custo da benfeitoria R$ 120.000,00
(-) Amortizao acumulada (R$ 66.000,00)
(=) Valor contbil R$ 54.000,00
Sabendo que o contrato de locao de 10 anos, pode-se concluir que, em relao
a 31-12-2007, o incio da amortizao ocorreu h
(A) seis anos e quatro meses.
(B) seis anos.
(C) cinco anos e meio.
(D) cinco anos e trs meses.
(E) quatro anos e meio.
Comentrios
Se o custo da benfeitoria R$ 120.000, amortizveis em 10 anos, podemos inferir
que sero amortizados R$ 12.000 por ano.
Pela via de regra de trs
R$ 12.000 ----- 1 ano
R$ 66.000 ----- X anos
X = 66.000/12.000 = 5,5 anos ou 5 anos e 6 meses (Gabarito: Letra C)
8. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) Um dos objetivos da
Demonstrao do Fluxo de Caixa, recm tornada obrigatria em virtude da
modificao introduzida pela Lei no 11.638/2007 na Lei das Sociedades por Aes,
(A) permitir calcular o ndice de liquidez corrente.
(B) avaliar quanto do lucro da entidade foi aplicado no seu Disponvel.
(C) evidenciar a variao do Capital Circulante Lquido da entidade de um exerccio
para o outro.
(D) avaliar a situao financeira da empresa no curto prazo (at um ano).
(E) permitir a auditoria das disponibilidades da empresa com custo menor.
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Comentrios
a) O item est incorreto. O ndice de liquidez corrente calculado do seguinte
modo:
ndice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante.
A DFC no tem por objetivo precpuo fornecer dados para os seus clculos.
b) Assertiva correta. Dispe o Pronunciamento Tcnico n. 03 do CPC que as
informaes dos fluxos de caixa de uma entidade so teis para proporcionar
aos usurios das demonstraes contbeis uma base para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades
de liquidez. As decises econmicas que so tomadas pelos usurios exigem
avaliao da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem
como da poca e do grau de segurana de gerao de tais recursos.
este, pois, o principal objetivo da DFC: apresentar informaes relevantes
para o pblico interessado em avaliar a capacidade de a empresa gerar
disponibilidades a partir de seus resultados.
c) At 31.12.2007, a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR)
era obrigatria para as companhias abertas e para as companhias fechadas
com patrimnio lquido, na data do balano patrimonial, superior a R$
1.000.000,00 (limite este atualizado pela Lei n 9.457/97). A DOAR indica as
modificaes na posio financeira da companhia.
A DOAR e no a DFC como props a questo tem como escopo a anlise da
variao do Capital Circulante Lquido, que a diferena entre o ativo
circulante (disponvel, contas a receber, estoques e despesas pagas
antecipadamente) e o passivo circulante (fornecedores, contas a pagar e outras
exigibilidades do exerccio seguinte) em determinada data.
d) A DFC no tem por escopo avaliar a situao da companhia no prazo de 1 ano.
Esta avaliao pode ser feita por uma anlise do balano patrimonial, atravs
da utilizao de ndices, como ndices de liquidez, da rotatividade, dentre
outros.
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e) O objetivo precpuo da DFC analisar as variaes ocorridas nas
disponibilidades da companhia e no diminuir os custos de auditoria. Item
falso!
9. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 18/2008) A Cia. Estrela do Norte
apresentou os seguintes valores no seu balano patrimonial encerrado em 31-12-
2006:
Ativo Circulante .............................................. 800.000,00
Passivo Circulante .......................................... 650.000,00
Ativo Realizvel a Longo Prazo ...................... 230.000,00
Passivo Exigvel a Longo Prazo ..................... 470.000,00
Ativo Permanente ........................................... 950.000,00
Resultado de Exerccios Futuros..................... 20.000,00
Foram extradas as seguintes informaes da Demonstrao das Mutaes do
Patrimnio Lquido:
Aumento de capital em dinheiro ..................... 240.000,00
Aumento de capital com incorporao de reservas ........................... 260.000,00
Resgate de aes da prpria companhia ....... 100.000,00
No exerccio de 2007, o total de ativos da companhia aumentou 50% e o Passivo
Exigvel 80%. O grupo Resultado de Exerccios Futuros diminuiu R$ 10.000,00 em
valores absolutos.
Considerando apenas as informaes dadas, correto concluir que a companhia
apresentou, em 2007,
(A) lucro lquido do exerccio de R$ 28.000,00.
(B) lucro lquido do exerccio de R$ 23.000,00.
(C) lucro lquido do exerccio de R$ 3.000,00.
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(D) prejuzo no exerccio de R$ 36.000,00.
(E) prejuzo no exerccio de R$ 44.000,00.
Comentrios
2006
ATIVO
Ativo Circulante 800.000
Ativo Realizvel a Longo Prazo 230.000
Ativo Permanente 950.000
TOTAL 1.980.000
PASSIVO
Passivo Circulante 650.000
Passivo Exigvel a Longo Prazo 470.000
Resultados de Exerccios Futuros 20.000
Patrimnio Lquido 840.000
TOTAL 1.980.000
2007
ATIVO
Ativo Circulante 1.200.000.
Ativo Realizvel a Longo Prazo 345.000
Ativo Permanente 1.425.000
TOTAL 2.970.000
PASSIVO
Passivo Circulante 1.170.000
Passivo Exigvel a Longo Prazo 846.000
Resultados de Exerccios Futuros 10.000
Patrimnio Lquido X
TOTAL 2.970.000
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Utilizando-se da equao bsica da contabilidade:
Ativo = Patrimnio Lquido + Passivo
PL = 2.970 (1.170.000 + 846.000 + 10.000)
PL = 944.000
Demonstrao de Mutaes do Patrimnio Lquido
Saldo Inicial 840.000
+ Aumento Capital Social em Dinheiro 240.000
- Resgate de Aes (100.000)
+/- Lucro/Prejuzo Lquido do Exerccio X
Saldo Final 944.000
944 = 840 + 240 - 100 + X X = (36.000)
Logo, pode-se inferir que houve Prejuzos no Exerccio no valor de R$ (36.000).
O gabarito da questo a letra D.
10. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) Em um balancete de
verificao levantado no final do exerccio, o departamento de contabilidade de
uma companhia lanou, por engano, o saldo da conta de proviso para crditos de
liquidao duvidosa na coluna errada. Em conseqncia, a somatria dos saldos
devedores totalizou R$ 27.000,00 a mais do que a somatria dos saldos credores. A
companhia lanou como valor dessa proviso o equivalente a exatamente 3% do
valor dos crditos provenientes de vendas a prazo. Em conseqncia, no balano
patrimonial da companhia, referente a esse exerccio, o montante bruto desses
crditos correspondeu, em R$, a
(A) 450.000,00.
(B) 510.000,00.
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(C) 625.000,00.
(D) 900.000,00.
(E) 1.350.000,00.
Comentrios
A constituio de proviso para crditos de liquidao duvidosa representa em
qualquer empresa uma estimativa de perda provvel na realizao dos crditos
que se tem a receber, em atendimento aos Princpios Fundamentais de
Contabilidade. Quando a empresa vai constitu-la, o faz atravs do seguinte
lanamento:
D Despesa com Proviso para Devedores Duvidosos (Resultado)
C Proviso para Devedores Duvidosos (Redutora do AC ou ANC-RLP)
Vejam que houve erro na escriturao, sendo que os dois lanamentos foram feitos
a dbito. Assim:
Balancete de Verificao COM ERRO Dbito Crdito
Despesa com proviso para devedores duvidosos X
Proviso para devedores duvidosos X
Total 27.000
Portanto, infere-se que o valor foi lanado em dobro nos dbitos.
Utilizando a tabela v que: X + X = 27.000 2X = 27.000; Logo X = 13.500
O lanamento correto no balancete, pois, seria:
Balancete de Verificao Dbito Crdito
Despesa com proviso para devedores duvidosos 13.500
Proviso para devedores duvidosos
13.500
Total 13.500 13.500
Em seguida, a questo disse que essa proviso corresponde a 3% dos totais dos
crditos, a saber:
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3% dos Crditos = 13.500
Crditos = 13.500/3% = 450.000 Portanto, o valor dos crditos R$ 450.000
(Gabarito: Letra A)
11. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) A Cia. Comercial Silva, que
utiliza o sistema do inventrio permanente, apresentou as transaes abaixo, no
ms de incio de suas atividades, sendo que os valores unitrios das compras j
esto diminudos dos impostos recuperveis e dos descontos incondicionais
obtidos.
Dia/Transao
3 /Compra de 10 unidades a R$ 400,00 cada uma
6 /Compra de 20 unidades a R$ 440,00 cada uma
10/ Venda de 25 unidades a R$ 600,00 cada uma
15 /Compra de 35 unidades a R$ 480,00 cada uma
23/ Venda de 30 unidades a R$ 640,00 cada uma
30 /Compra de 10 unidades pelo valor total de R$ 5.000,00
Sabendo que a companhia avalia seus estoques pelo critrio PEPS (primeiro que
entra, primeiro que sai), o valor do seu estoque final de mercadorias
corresponder, em R$, a
(A) 9.800,00.
(B) 9.440,00.
(C) 9.200,00.
(D) 8.700,00.
(E) 8.400,00.
Comentrios
Utilizando o mtodo da ficha de estoques:
Primeiro que Entra Primeiro que Sai - PEPS
Dia Compras Vendas Saldo
-
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17
-- Quant
. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3 10 400 4.000,00 10 400 4.000,00
6 20 440 8.800,00 10 400 4.000,00
20 440 8.800,00
10 10 400 4.000,00
5 440 2.200,00 15 440 6.600,00
15 35 480 16.800,00 5 440 2.200,00
35 480 16.800,00
23 5 440 2.200,00
10 480 4.800,00 25 480 12.000,00
30 10 500 5000 10 480 4800
10 500 5000
CMV 24800 Estoque Final 9800
O estoque final , portanto, R$ 9.800 (Gabarito: Letra A).
12. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) Utilizando-se, ainda, do
enunciado da questo anterior, o custo das mercadorias vendidas (CMV) da
sociedade, nas transaes do ms, pelo critrio PEPS, foi, em R$, de
(A) 24.760,00.
(B) 24.800,00.
(C) 25.160,00.
(D) 26.800,00.
(E) 27.100,00.
Comentrios
Utilizando o mtodo da ficha de estoques:
Primeiro que Entra Primeiro que Sai PEPS
Dia Compras Vendas Saldo
-- Quant
. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3 10 400 4.000,00 10 400 4.000,00
6 20 440 8.800,00 10 400 4.000,00
20 440 8.800,00
-
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10 10 400 4.000,00
5 440 2.200,00 15 440 6.600,00
15 35 480 16.800,00 5 440 2.200,00
35 480 16.800,00
23 5 440 2.200,00
10 480 4.800,00 25 480 12.000,00
30 10 500 5000 10 480 4800
10 500 5000
CMV 24800 Estoque Final 9800
O CMV montou, portanto, a R$ 24.800 (Gabarito: Letra B).
ENUNCIADO PARA AS QUESTES DE N. 13 a 15.
Uma companhia comercial adquiriu um lote de mercadorias, o qual foi revendido
integralmente alguns dias depois. Na operao, a sociedade auferiu um lucro bruto
de R$ 120.000,00, que correspondeu a 20% da receita bruta de vendas. A
companhia no contribuinte do IPI, contribuinte do PIS e da COFINS no regime
no cumulativo (alquotas de 1,65% e 7,6%, respectivamente) e o ICMS incidiu
alquota de 18% sobre as operaes de compra e venda. Nas operaes, no houve
devoluo de compras e de vendas, tampouco qualquer tipo de abatimento ou
desconto.
13. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) A receita lquida de vendas
dessa operao equivaleu, em R$, a
(A) 600.000,00.
(B) 544.500,00.
(C) 540.000,00.
(D) 492.000,00.
(E) 436.500,00.
14. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) O custo das mercadorias
vendidas na operao correspondeu, em R$, a
-
200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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(A) 300.000,00.
(B) 316.500,00.
(C) 372.000,00.
(D) 424.500,00.
(E) 480.000,00.
15. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) O valor do ICMS incidente
sobre vendas em decorrncia dessa operao corresponde, em R$, a
(A) 144.000,00.
(B) 116.000,00.
(C) 108.000,00.
(D) 76.000,00.
(E) 54.000,00.
Comentrios
Veja o que a questo disse: Lucro Bruto = 20%.Vendas Brutas
Portanto Vendas Brutas = Lucro Bruto/20% = 120.000/0,2 = 600.000
Vamos montar uma pequena demonstrao do resultado do exerccio:
Receita de Venda R$ 600.000,00
(-) ICMS incluso = 18% x R$ 600.000,00 = (R$ 108.000,00)
(-) PIS s/vendas = 1,65% x R$ 600.000,00 = (R$ 9.900,00)
(-) COFINS S/ vendas = 7,6% x R$ 600.00,00 = (R$ 45.600,00)
(=) Receita Lquida de Vendas R$ 436.500,00
(-) CMV X
(=) Lucro Bruto R$ 120.000,00
Calculando o CMV Receita Lquida CMV = Lucro Bruto
436.500 X = 120.000
X = 436.500 120.000
X = 316.500 CMV (Gabarito questo 14: Letra B)
-
200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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As questes 13 e 15 possuem, respectivamente, gabaritos de letras E e C.
16. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) Sobre os fatos contbeis que
modificam o valor das compras e das vendas, correto afirmar:
(A) O frete sobre compras, quando o nus de seu pagamento cabe empresa
compradora, deve ser sempre includo no custo do estoque das mercadorias
adquiridas.
(B) Descontos incondicionais concedidos so aqueles concedidos pela empresa
vendedora numa alienao a prazo, quando a empresa compradora quita sua
duplicata antes da data do vencimento.
(C) Na escriturao comercial regular, a conta Devoluo de Vendas tem sempre
saldo credor.
(D) Os impostos incidentes sobre as compras, quando recuperveis, devem compor
o valor do estoque das mercadorias adquiridas.
(E) Os impostos incidentes sobre vendas, quando no-cumulativos, devem ser
escriturados como despesa pelo seu valor lquido, ou seja, o total de dbitos
menos o total de crditos.
Comentrios
O frete na compra se incorpora ao custo da mercadoria, pois foi nus do
comprador. J o frete sobre a venda despesa operacional do vendedor, pois foi
ele quem arcou com o nus. Destarte, resta correta alternativa A.
A alternativa B est incorreta. So condicionais (uma vez que dependem do
implemento de uma condio) os descontos concedidos pela empresa vendedora
numa alienao a prazo, quando a empresa compradora quita sua duplicata antes
da data do vencimento. Veja que a condio para o desconto condicional (tambm
conhecido como desconto financeiro justamente o pagamento antecipado. Os
descontos incondicionais (ou descontos comerciais) so concedidos no ato da
compra, uma reduo sob o preo, no ato da venda. Na DRE, enquanto o
desconto comercial deduo da receita bruta, o desconto financeiro despesa
operacional financeira.
-
200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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A alternativa C tambm paira incorreta. Numa escriturao regular, a conta
devoluo de vendas ter sempre saldo devedor, pois deduo da receita bruta
de vendas (tendo natureza de despesa). Desconsiderando a incidncia de tributos,
o lanamento para devoluo basicamente o que se segue:
D Devoluo de Vendas (Resultado)
D Estoques (Ativo Circulante)
C Duplicatas a receber ou Caixa (Ativo Circulante)
C Custo da Mercadoria Vendida (Resultado)
A letra d igualmente contm erro, uma vez que os impostos, quando recuperveis,
devem ser subtrados, excludos, do valor da compra, no integrando o custo da
mercadoria. Assim, caso um comerciante compre uma mercadoria no valor de R$
100 com ICMS sobre compras no valor de R$ 20, o seu custo de compra ser de
apenas R$ 80. O lanamento o seguinte:
D Mercadorias 80
D ICMS a recuperar 20
C Bancos conta movimento 100
Os impostos sobre vendas quando no cumulativos devem ser lanados pelo seu
valor total. Imagine a seguinte situao: Empresa Alfa Comrcio Ltda compra
mercadorias a R$ 100, com ICMS sobre compra (recupervel, por se tratar de
comerciante) no valor de R$ 20. Logo aps, revende todo esse estoque no valor de
R$ 200, com ICMS sobre vendas no valor de R$ 40.
Na compra, lana-se:
D Mercadorias 80
D ICMS a recuperar 20
C Bancos conta movimento 100
Na venda, lana-se:
D Bancos conta movimento 200
D ICMS sobre vendas 40
D - Custo da mercadoria vendida 100
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C Receita de Vendas 200
C ICMS a recolher 40
C Mercadorias 100
Veja que a conta ICMS a recolher ficou com saldo de 40, porm, a lei das SAs manda
que se compensem os saldos de naturezas semelhantes. Assim, ICMS a recuperar e
ICMS e recolher devem constar como uma nica conta no balano patrimonial.
Neste caso, o ICMS a recolher maior, portanto, a empresa ter que recolher a
diferena entre o que ela pagou na compra e o que ela pagar na venda, sendo este o
montante efetivo a ser recolhido.
O lanamento de transferncia:
D ICMS a recolher 20
C ICMS a recuperar 20
Assim, o ICMS a recuperar sumiu e o ICMS a recolher teve seu valor reduzido a R$
20, que o saldo da diferena.
17. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) Uma companhia aplicou R$
100.000,00 de suas disponibilidades na aquisio de um CDB (Certificado de
Depsito Bancrio) prefixado junto a uma instituio financeira, com resgate no
prazo de 180 dias pelo valor de R$ 120.000,00. A alquota do imposto de renda a
ser retido pela instituio financeira sobre o rendimento obtido na operao de
22,5%. Esse imposto uma antecipao do imposto devido sobre a base de clculo
do imposto de renda da pessoa jurdica. Na data do vencimento do ttulo, que
ocorreu no mesmo exerccio da data de aplicao, o crdito efetuado pela
instituio financeira na conta corrente bancria da sociedade poder registrado,
em sua contabilidade, por meio do nico lanamento:
a) D Investimentos Temporrios
C Bancos 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00
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C IR Fonte a Recolher 4.500,00 120.000,00
b) D Bancos
C Investimentos Temporrios 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00
C IR Fonte a Recolher 4.500,00 120.000,00
c) D Investimentos Temporrios
C Bancos 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00
C IR Fonte a Recuperar 4.500,00 120.000,00
d) D Bancos
C Investimentos Temporrios 100.000,00
C IR Fonte a Recolher 15.500,00
C Receitas Financeiras 4.500,00 120.000,00
e) D Bancos 115.500,00
D IR Fonte a Recuperar 4.500,00
C Investimentos Temporrios 100.000,00
C Receitas Financeiras 20.000,00
Comentrios
Os CDB - Certificados de Depsitos Bancrios - so, por definio, aplicaes
financeiras de Renda fixa que tm como caracterstica o fato de serem resgatveis a
qualquer momento, sem vinculao a prazo predeterminado ou, resgatveis em prazo
determinado, caso este ocorra at o trmino do exerccio social seguinte. Logo devem
ser lanadas em conta do Grupo do Ativo Circulante.
O imposto retido na fonte sobre o rendimento financeiro poder ser compensado com
o imposto apurado com base no lucro real.
Por essa razo, esse imposto contabilizado em conta do Ativo Circulante e no como
despesa.
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200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
24
Assim, 22,5% de 20.000 sero recuperveis, configurando IR na Fonte a Recuperar. A
empresa ter a disponibilidade apenas sobre 115.500.
Veja que a questo quer saber o lanamento no momento do resgate. Assim,
Pela aplicao
D - Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) - 100.000
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) - 100.000
Pelo resgate com reconhecimento dos rendimentos e da reteno do IR
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) - 115.500,00
D - IR Fonte a Recuperar (Ativo Circulante) - 4.500,00
C - Rendimentos de Aplicaes Financeiras (Resultado) - 20.000,00
C - Aplicaes Financeiras (Ativo Circulante) - 100.000,00
18. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) Sobre reservas contbeis,
correto afirmar:
(A) Significam o mesmo que provises, pois ambas reduzem o valor dos lucros da
entidade.
(B) Todas representam destinao de lucros retidos, ou seja, aquela parcela do lucro
lquido do exerccio que no foi distribuda aos scios ou aos acionistas.
(C) As reservas de capital no podem ser utilizadas para absorver prejuzos contbeis,
somente para aumentar o valor do capital.
(D) A constituio de reservas de reavaliao foi proibida para as sociedades por aes
a partir de 1o de janeiro de 2008.
(E) A reserva legal no pode exceder 15% do capital social da entidade.
Comentrios
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200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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A letra A est incorreta. Provises e reservas so distintas. Proviso uma reserva de
um valor para atender a despesas que se esperam. A proviso visa a cobertura de um
gasto j considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrncia. As provises
representam expectativas de perdas de ativos ou estimativas de valores a desembolsar
que, apesar de financeiramente ainda no efetivadas, derivam de fatos geradores
contbeis j ocorridos. Por outro lado, as reservas representam a diferena entre o
patrimnio lquido e o capital, sendo resultantes de valores entregues pelos titulares
do capital que no representam aumento de capital, ou representam acrscimos de
valor de elementos do ativo, ou ainda se originam de lucros no distribudos aos scios
ou acionistas.
A letra B tambm peca, pois as reservas de capital so constitudas com valores
recebidos pela empresa e que no transitam pelo resultado, por no se referirem
entrega de bens ou servios pela empresa.
Segundo a lei das SAs (art. 200), as reservas de capital podem ser utilizadas para
absoro de prejuzos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
resgate, reembolso ou compra de aes; resgate de partes beneficirias; incorporao
ao capital social; pagamento de dividendo a aes preferenciais, quando essa
vantagem lhes for assegurada. A alternativa C est, pois, incorreta.
A letra D est correta. A conta Reserva de Reavaliao deixou de existir com a vigncia
da Lei 11.638/07. A partir de 1/1/2008 ela no mais existir, devendo os saldos j
existentes nesta conta ser estornados at o final de 2008 ou at a sua completa
realizao. Segundo a LSA, art. 178, 2, III, o patrimnio lquido ser dividido em
capital social, reservas de capital, ajustes de avaliao patrimonial, reservas de lucros,
aes em tesouraria e prejuzos acumulados.
A letra E est incorreta. Do lucro lquido do exerccio, 5% (cinco por cento) sero
aplicados, antes de qualquer outra destinao, na constituio da reserva legal, que
no exceder de 20% (vinte por cento) do capital social (LSA, art. 193).
-
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19. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) Considere as informaes
abaixo, extradas da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exerccio findo em
31/12/2007.
Lucro lquido do exerccio ...................................... 520.000,00
Resultado positivo na equivalncia patrimonial ...... 270.000,00
Acrscimo reserva legal ...................................... 26.000,00
Reverso de reservas para contingncias.............. 14.000,00
Lucro com realizao financeira a ocorrer em 2009 20.000,00
O estatuto da companhia omisso com relao ao pagamento de dividendos. De
acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Aes, ela
poder constituir, nesse exerccio, reserva de lucros a realizar no valor, em R$, de
(A) 40.000,00.
(B) 36.000,00.
(C) 30.000,00.
(D) 24.000,00.
(E) 18.000,00.
Comentrios
No exerccio em que o montante do dividendo obrigatrio, calculado nos termos
do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro
lquido do exerccio, a assemblia-geral poder, por proposta dos rgos da
administrao, destinar o excesso constituio de reserva de lucros a realizar.
Desta forma, opo da companhia, poder ser constituda a reserva de lucros a
realizar, mediante destinao dos lucros do exerccio, cujo objetivo evidenciar a
parcela de lucros ainda no realizada financeiramente, apesar de reconhecida
contabilmente, pela empresa.
-
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Desta forma, evita-se distribuir dividendo obrigatrio sobre essa parcela de lucros
que, apesar de existente, no est realizada financeiramente no caixa da empresa.
Assim, na questo, devemos primeiramente calcular os dividendos. Como o
estatuto omisso, deve-se aplicar o percentual de 50% de lucro.
Base de clculo dividendos = Lucro Lq. do Exer. R. Legal R. Contingncias +
Reverso R. Contingncias R. Incentivos Fiscais [facultativo]
BC dividendos = 520.000 26.000 + 14.000 = 508.000
Assim, os dividendos devidos so 50% de 508.000 = 254.000
A Lei das SAs diz que se consideram lucros no realizados os resultados positivos na
equivalncia patrimonial e receitas auferidas para recebimento a longo prazo (LSA,
art. 197).
Desta forma, o lucro realizado calculado da seguinte forma:
Lucro Lq. do Exerc. - Resultado positivo na equivalncia patrimonial - Lucro com
realizao financeira de Longo Prazo
Lucro realizado = 520.000 270.000 20.000 = 230.000
Portanto, de acordo com a LSA a companhia poder constituir Reserva de Lucros
a realizar no valor de R$ 24.000 (R$ 254.000 R$ 230.000) Gabarito: Letra D.
20. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008/Adaptada) No Balano
Patrimonial da Cia. Esperana, relativo ao ano-calendrio encerrado em
31/12/2007, o valor do Ativo Circulante foi exatamente igual ao do Passivo
Circulante e o valor do Ativo No-Circulante, exceto o realizvel a longo prazo, foi
exatamente o dobro do Patrimnio Lquido. O valor do Ativo No-Circulante -
Realizvel a Longo Prazo correspondeu a R$ 100.000,00; o do Passivo No-
Circulante - Exigvel a Longo Prazo, a R$ 250.000,00 e o grupo Passivo No-
Circulante Receitas Diferidas, a R$ 250.000,00. Com esses dados, correto
concluir que o total do Ativo No-Circulante, exceto o realizvel a longo prazo da
entidade em 31/12/2007 era, em R$, de
-
200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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(A) 1.100.000,00.
(B) 1.000.000,00.
(C) 800.000,00.
(D) 600.000,00.
(E) 400.000,00.
Comentrios
Vamos l. Do enunciado extramos as seguintes informaes:
AC = PC
ANC (exceto RLP) = 2x PL
ANC RLP = 100.000
PNC = PNC ELP + PNC R. Diferidas = 250.000 + 250.000 = 500.000
Utilizando-se da equao bsica da contabilidade:
AT = PT AT = P + PL
AC + ANC = PC + PNC + PL
Isolando o ANC:
ANC = PC AC + PNC + PL
Se AC = PC, a subtrao de um pelo outro resulta em zero. Portanto,
ANC = PNC + PL.
Desmembrando o ANC
ANC RLP + ANC (exceto RLP) = PNC + PL
Da relao ANC (exceto RLP) = 2x PL, tem-se que PL = [ANC (exceto RLP)]/2
Retomando:
ANC = PNC + PL
ANC RLP + ANC (exceto RLP) = PNC + PL
100.000 + ANC (exceto RLP) = 500.000 + ANC (exceto RLP)/2
ANC (exceto RLP) ANC (exceto RLP)/2 = 400.000
ANC (exceto RLP)/2 = 400.000
ANC (exceto RLP) = 800.000 Gabarito: Letra C
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21. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008/Adaptada) A Cia. Comercial
Itapicuru elaborou a Demonstrao do Fluxo de Caixa para o exerccio encerrado
em 31/12/2007, da qual foram extradas as informaes abaixo (em R$).
Lucro lquido do exerccio ....................................... 280.000,00
Emprstimo bancrio obtido no exerccio de 2007.. 320.000,00
Valor total de aquisio de imvel com entrada de 20% 450.000,00
Dividendos distribudos ........................................... 140.000,00
Despesas de depreciao....................................... 100.000,00
Ganho na alienao de bem do ativo imobilizado ... 150.000,00
Aumento de capital em numerrio........................... 180.000,00
Aquisio de participao societria vista ............ 200.000,00
Aumento em Duplicatas a Receber......................... 90.000,00
Diminuio em Estoques ........................................ 20.000,00
Aumento em Fornecedores..................................... 50.000,00
Diminuio em Tributos a Recolher ........................ 30.000,00
Utilizando apenas essas informaes, correto concluir que o fluxo de caixa
operacional da sociedade acarretou um aumento do Disponvel, em R$, de
(A) 150.000,00.
(B) 170.000,00.
(C) 180.000,00.
(D) 220.000,00.
(E) 230.000,00.
Comentrios
O fluxo de caixa evidenciado atravs da Demonstrao de Fluxo de Caixa (DFC),
uma demonstrao de grande importncia na anlise da empresa, porque
evidencia as modificaes ocorridas nas disponibilidades da entidade (Caixa e
Bancos Conta Movimento, principalmente).
-
200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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Sabemos que a Contabilidade calcula o resultado do exerccio segundo o regime de
competncia. Assim, na DRE, as receitas e despesas apresentadas l figuram
porque seus fatos geradores ocorreram, independentemente de ter havido
pagamento ou recebimento, isto , sada ou entrada de numerrio no Caixa.
O resultado apurado pelo regime de caixa pode ser diferente do resultado pelo
regime de competncia. O fluxo de caixa no necessariamente coincidente com o
fluxo econmico. Ao revs, normalmente os resultados sero distintos. Por
exemplo, a empresa pode apurar lucro na DRE, e prejuzo na DFC.
A DFC representa, destarte, as entradas e sadas de dinheiro no caixa. Costuma-se
classificar os fluxos de caixa em 3 fluxos: Operacionais; Financiamentos;
Investimentos.
Os fluxos das operaes so os decorrentes das atividades operacionais da
empresa, ou seja, decorrentes da explorao do objeto social da empresa. O fluxo
de financiamento refere-se a emprstimos e financiamentos obtidos pela empresa,
inclusive recebimento de emprstimos e pagamento na amortizao dessas
dvidas. Por sua vez, os fluxos de investimento representam investimento em
imobilizados e outras sociedades.
A apurao da DFC pode ser feita pelo mtodo direto ou pelo mtodo indireto. A
diferena entra ambos est no fluxo operacional, to-somente. A DFC pelo mtodo
indireto parte do lucro lquido fazendo os ajustes correspondentes, como o caso
da questo.
Ao partir do lucro lquido do exerccio, estamos considerando que todo o lucro
ingressou no Caixa, o que j sabemos no ser verdade. Assim, os ajustes servem
para adequar o resultado econmico ao resultado financeiro.
Vamos resoluo.
Lucro lquido do exerccio ....................................... 280.000,00
(+) Despesas de depreciao....................................... 100.000,00
-
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(-) Ganho na alienao de bem do ativo imobilizado (150.000,00)
Lucro Lquido Ajustado ............................................... 230.000,00
As despesas de depreciao devem ser adicionadas, uma vez que representaram
despesas na DRE (logo so diminudas), porm, no configuram sada efetiva no
caixa. J a soma no ganho de alienao de bem do ativo imobilizado ocorre em
virtude de ser considerada fluxo de investimentos. Assim, como ser computada
no fluxo de investimentos, deve ser subtrada do fluxo operacional, sob pena de ser
computada por duas vezes no resultado do exerccio.
Entendido? Agora temos que procurar na questo quais os fluxos e atividades que
se relacionam s operaes principais. So elas:
Lucro Lquido Ajustado ............................................... 230.000,00
(+) Aumento em Fornecedores..................................... 50.000,00
(-)Aumento em Duplicatas a Receber......................... (90.000,00)
(+) Diminuio em Estoques ........................................ 20.000,00
(-) Diminuio em Tributos a Recolher ........................ (30.000,00)
Fluxo das Atividades Operacionais .............................. 180.000,00
Explanando os motivos. O aumento da conta Fornecedores se d tendo em vista
que representa obrigao que deixou de sair do caixa. J o aumento em
duplicatas a receber deve ser considerado como diminuio do lucro, uma vez que
representa venda que deixou de entrar no caixa (lembre-se do pressuposto: todo
lucro entrou no caixa, estamos apenas fazendo os ajustes).
A diminuio em estoques deve ser somada. Analisemos o motivo.
Hipoteticamente, se voc tivesse uma quantia de R$ 1.000 de estoque inicial e
tivesse comprado vista mais R$ 1.000. Ao final do exerccio o seu CMV foi de R$
1.200. Assim, tnhamos R$ 2.000 no estoque e ficamos com R$ 800 de estoque
final. Vejam que houve diminuio em estoques, em relao ao estoque inicial,
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todavia essa diferena entre o CMV e o que se comprou vista, no exemplo R$
200,00, corresponde dinheiro que no saiu do caixa, pois foi adquirida em
exerccio anterior. Deve-se, por isso, proceder sua soma no fluxo de caixa.
J em relao ao tributos a recolher, devemos proceder diminuio, uma vez que
representou dinheiro que saiu do caixa para pagamento.
Ok? Quaisquer dvidas s falar!
22. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRT 2/2008) A Lei no 11.638/2007, ao
modificar a redao de alguns artigos da Lei no 6.404/1976, introduziu a
obrigatoriedade da elaborao de duas demonstraes contbeis adicionais para
as sociedades por aes. So elas:
(A) Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados e Demonstrao do Valor Adicionado.
(B) Demonstrao dos Fluxos de Caixa e Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido.
(C) Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos e Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido.
(D) Demonstrao do Valor Adicionado e Demonstrao dos Fluxos de Caixa.
(E) Demonstrao do Dividendo Obrigatrio e Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido.
Comentrios
Com a Lei 11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatria. O BP, DRE e DLPA j eram
obrigatrios antes da edio da Lei. A DMPL exigida pela CVM para companhias
abertas, apenas. No h meno DMPL na Lei das SAs.
Segundo o artigo 176 da Lei da Sociedades por Aes:
Ao fim de cada exerccio social, a diretoria far elaborar, com base na escriturao
mercantil da companhia, as seguintes demonstraes financeiras, que devero
exprimir com clareza a situao do patrimnio da companhia e as mutaes
ocorridas no exerccio:
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I - balano patrimonial;
II - demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados;
III - demonstrao do resultado do exerccio; e
IV - demonstrao das origens e aplicaes de recursos.
IV demonstrao dos fluxos de caixa; e (Redao dada pela Lei n 11.638,de
2007)
V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado. (Includo pela Lei n
11.638,de 2007)
O gabarito, portanto, a letra D.
23. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRF 5/2008) Uma empresa comercial
varejista, ao registrar na sua escriturao contbil a compra, a prazo, de 200
unidades de determinada mercadoria, ao preo unitrio de R$ 50,00, sofrendo
incidncia de IPI a 8% e ICMS a 18%, sujeita tributao cumulativa do PIS (0,65%)
e da COFINS (3%), dever lanar a dbito da conta estoques de mercadorias, o
valor, em R$, de
(A) 10.000,00
(B) 9.000,00
(C) 8.785,00
(D) 8.665,00
(E) 8.200,00
Comentrios
Como a empresa comercial, ter direito a recuperar apenas o ICMS, uma vez que
o IPI recupervel apenas a industriais (e equiparadas) e que o PIS/COFINS neste
caso so apurados pelo regime cumulativo.
Assim, tem-se que:
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Compras brutas .................... 200x50 = 10.000,00
(+) IPI 8% .............................. 800,00
(-) ICMS 18% ........................ (1.800,00)
Compras Lquidas ................ 9.000,00 (Gabarito: Letra B)
O IPI deve ser adicionado, pois tributo a ser calculado por fora. J o ICMS, como
vai ser recupervel deve ser subtrado do valor das compras, sendo debitado em
conta especfica (ICMS a recuperar). Como o PIS/COFINS so calculados por dentro
e no so recuperveis neste caso, nada h de ser feito.
O lanamento na compra:
D Estoque de mercadorias 9.000,00
D ICMS a recuperar 1.800,00
C Fornecedores 10.800,00
24. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRF 5/2008) Na Demonstrao de
Resultado da Cia. Comercial Estoril encerrada em 31 de dezembro de 2007, o valor
total das dedues da Receita Operacional Bruta foi R$ 20.500,00 e representou
5% da Receita Operacional Bruta. Na mesma demonstrao, o Custo das
Mercadorias Vendidas foi equivalente a 60% da Receita Operacional Lquida e o
valor do Estoque Final de Mercadorias correspondeu a R$ 40.000,00. Considerando
apenas essas informaes, o Lucro Operacional Bruto, a Receita Operacional
Lquida e o Custo das Mercadorias Vendidas foram, respectivamente, em R$,
(A) 273.700,00, 410.000,00 e 155.800,00
(B) 233.700,00, 410.000,00 e 155.800,00
(C) 195.800,00, 410.000,00 e 233.700,00
(D) 195.800,00, 389.500,00 e 233.700,00
(E) 155.800,00, 389.500,00 e 233.700,00
Comentrios
Dedues = 5%.Receita Operacional Bruta
5%.ROB = 20.500
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ROB = 20.500/5% = 410.000
Logo,
Receita Oper. Bruta R$ 410.000,00
(-) Dedues da ROB (R$ 20.500,00)
(=) Receita Operacional Lquida R$ 389.500,00
(-) CMV = 60%.389.500,00 (R$ 233.700,00)
(=) Lucro Bruto R$ 155.800,00
O gabarito da questo a letra E.
25. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRF 5/2008) A Cia. Cruzeiro do Norte
contratou uma aplice de seguro contra incndio, para suas instalaes comerciais,
cujo prmio era de R$ 28.800,00, com vigncia de trs anos, a partir de 1o de
maro de 2006. Dever figurar, na rubrica Despesas do Exerccio Seguinte, do
balano patrimonial da sociedade do final de 31/12/2006, relativamente a esse
gasto, a importncia, em R$, de
(A) 8.000,00 (B) 9.600,00 (C) 17.600,00 (D) 19.200,00 (E) 20.800,00
Comentrios
O prmio viger por trs anos a partir de maro de 2006. Trs anos so 36 meses.
Dividindo-se o valor do prmio pelo prazo, temos que o valor mensal a ser pago de
seguro de R$ 800.
Assim, em 2006 pagaremos de maro a dezembro, 10 meses, equivalente a R$
8.000,00. Ficar reconhecido no balano de 2006, como despesas antecipadas do
exerccio de 2007 (despesas do exerccio seguinte), o equivalente a 12 meses, de
janeiro a dezembro, ou seja, R$ 9.600.
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O restante, despesas do exerccio de 2008 e 2009, no montante de R$ 11.200,
sero reconhecidos tambm no Balano de 2006, configurando Ativo No-
Circulante Realizvel a Longo Prazo.
O gabarito da questo a letra B.
26. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade/TRF 5/2008) Em relao a investimentos
permanentes e temporrios, correto afirmar que
(A) todos os investimentos permanentes so avaliados pelo custo de aquisio,
deduzido de proviso para adequ-los ao valor de mercado.
(B) os investimentos temporrios so avaliados pelo mtodo da equivalncia
patrimonial.
(C) exemplo de um investimento temporrio a aquisio de participao
societria numa empresa que ser controlada pela investidora.
(D) os investimentos permanentes podem ser avaliados pelo custo de aquisio ou
pelo mtodo da equivalncia patrimonial, dependendo de sua natureza.
(E) os investimentos permanentes no podem ser alienados pela pessoa jurdica
investidora, salvo em caso de operaes de fuso, incorporao ou ciso.
Comentrios
Existem dois mtodos de avaliao para os investimentos permanentes: a) custo de
aquisio; e b) mtodo da equivalncia patrimonial. Portanto, a assertiva A est
incorreta.
A avaliao pelo mtodo de equivalncia patrimonial exclusiva para os
investimentos permanentes (Investimentos em coligadas, controladas e sociedades
do mesmo grupo). Os investimentos temporrios, via de regra, so avaliados pelo
valor de custo de aquisio, ajustados ao valor de proviso para perda provvel ou
reduo ao valor de mercado. Resta incorreta a alternativa B.
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No balano patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em
controladas e em outras sociedades que faam parte de um mesmo grupo ou
estejam sob controle comum sero avaliados pelo mtodo da equivalncia
patrimonial (LSA, art. 248). A letra C est errada.
A letra D a alternativa a ser marcada, uma vez que os investimentos podem ser
avaliados pelo mtodo de equivalncia patrimonial ou pelo mtodo de custo.
Os investimentos permanentes so as aplicaes de recursos em participaes no
capital social de outras sociedades e em direitos em qualquer natureza no
classificveis no ativo realizvel (circulante e longo prazo) e que no se destinem
manuteno da atividade da empresa.
O carter que os distingue dos investimentos temporrios exatamente a inteno
de permanncia. Esta inteno normalmente manifestada no momento da
aquisio do investimento, porm ela pode ser manifestada em momento
posterior, materializado pelo simples registro no grupo do Ativo No-Circulante
Investimentos. Segundo o artigo 183, III e IV, todos os investimentos que no
sejam avaliados pelo mtodo de equivalncia patrimonial sero avaliados pelo
custo de aquisio.
Lembre-se que investimentos permanentes no se referem exclusivamente
participao societria. Como exemplo, temos tambm a compra de obras de arte
e imveis que sero utilizados para aluguel.
A letra E est errada, pois no h bice a que as investidoras alienem os
investimentos que possuam.
27. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) Os dados que se seguem devem ser
utilizados para responder as questes 27, 28 e 29.
Estoque inicial de mercadorias....................... 260.000,00
Receita Bruta de Vendas................................ 900.000,00
Compras de mercadorias, lquidas de
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impostos recuperveis.................................... 410.000,00
Despesas administrativas............................... 145.000,00
Despesas com vendas ................................... 55.000,00
Despesas financeiras lquidas........................ 25.000,00
Receita de Dividendos.................................... 45.000,00
Receita da venda de bem do ativo imobilizado 70.000,00
Estoque final de mercadorias ......................... 300.000,00
Custo do bem do ativo imobilizado vendido ... 55.000,00
A companhia contribuinte do PIS e da COFINS na sistemtica no cumulativa,
cujas alquotas so, respectivamente, 0,65% e 3%, e do ICMS alquota de 18%. O
valor dos impostos e contribuies sobre a receita bruta de vendas deve ser
calculado com as informaes j fornecidas.
O custo das mercadorias vendidas no exerccio montou, em R$, a
(A) 300.000,00.
(B) 335.000,00.
(C) 370.000,00.
(D) 390.000,00.
(E) 410.000,00.
28. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) O lucro bruto da companhia, nesse
exerccio, correspondeu, em R$, a
(A) 705.150,00.
(B) 530.000,00.
(C) 380.150,00.
(D) 368.000,00.
(E) 335.150,00.
29. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) O lucro operacional lquido da companhia,
nesse exerccio, equivaleu, em R$, a
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(A) 190.150,00.
(B) 170.150,00.
(C) 155.150,00.
(D) 155.000,00.
(E) 120.000,00.
Comentrios
Primeiro, calculemos o Custo da Mercadoria Vendida.
Sabe-se que CMV = Estoque Inicial + Compras Lquidas Estoque Final.
CMV = 260.000 + 410.000 300.000 = 370.000 (Gabarito questo 27 Letra C)
Passemos prxima. Faamos a DRE.
Receita de Venda R$ 900.000,00
(-) ICMS 18% (R$ 162.000,00)
(-) PIS s/vendas = 0,65% x R$ 900.000,00 = (R$ 5.850,00)
(-) COFINS S/ vendas = 3% x R$ 900.00,00 = (R$ 27.000,00)
(=) Receita Lquida de Vendas R$ 705.150,00
(-) Custo da Mercadoria Vendida (R$ 370.000,00)
(=) Lucro Bruto R$ 335.150,00
Despesas administrativas (R$ 145.000,00)
Despesas com vendas (R$ 55.000,00)
Despesas financeiras lquidas (R$ 25.000,00)
Receita de Dividendos R$ 45.000,00
Lucro Operacional Lquido R$ 155.150,00
V-se que o Lucro Bruto corresponde R$ 335.150, enquanto o Lucro Operacional
Lquido tem seu montante no valor de R$ 155.150. O gabaritos das questes 28 e 29
so, respectivamente, letra E e letra C.
30. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) Dados extrados da Demonstrao de
Mutaes do Patrimnio Lquido da Cia. Penedo, relativas ao exerccio encerrado
em 31-12-2006:
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200 Questes Comentadas Contabilidade Geral FCC Gabriel Rabelo e Luciano Silva Rosa
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Valor do patrimnio lquido em 31-12-2005 .................................. 580.000,00
Valor do patrimnio lquido em 31-12-2006 .................................. 950.000,00
Ajuste positivo (credor) de exerccios anteriores ............................. 30.000,00
Dividendos propostos aos acionistas em 31-12-2006....................... 140.000,00
Constituio da reserva legal em 2006 ............................................ 18.000,00
Aumento de capital em dinheiro..................................................... 120.000,00
Constituio da reserva estatutria em 2006.................................................... 36.000,00
Considerando apenas estas informaes, possvel concluir que o lucro lquido do
exerccio auferido pela companhia em 2006 correspondeu, em R$, a
(A) 414.000,00.
(B) 390.000,00.
(C) 384.000,00.
(D) 360.000,00.
(E) 330.000,00.
Comentrios
PL em 2005 580.000,00
PL em 2006 950.000,00
Vejam que o PL aumentou em 370.000 de 2005 para 2006.
Agora, vamos decompor as contas que compuseram esse aumento de PL. O que
sobrar, vai ser proveniente do Lucro Lquido do perodo.
Ajuste de Ex. Anterior + Aumento de Capital em Dinheiro Dividendos Propostos +
Lucro do Exerccio = 370.000
30.000,00 + 120.000,00 140.000,00 + LLEx = 370.000
Lucro Lquido do Exerccio = 370.000 10.000
Lucro Lquido do Exerccio = 360.000,00
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As reservas legais e estatutrias no devem entrar na conta, uma vez que sero
destinadas a partir do Lucro Lquido, posteriormente sua apurao, sendo fato
meramente permutativo.
Um outro mtodo muito mais rpido de se matar essa questo seria utilizando o
valor da Reserva Legal:
Reserva Legal = 5% x LLEx 18.000 = 5% x LLEx
LLEx = 18.000/0,05 = 360.000 (Gabarito: Letra D)
31. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) Na Demonstrao do Fluxo de Caixa,
constitui uma entrada de caixa classificada nas atividades de financiamento:
(A) venda de aes emitidas.
(B) venda de mercadorias a prazo.
(C) alienao de participaes societrias permanentes.
(D) venda de imobilizado a longo prazo.
(E) dividendos recebidos.
Comentrios
Os fluxos de financiamentos referem-se a emprstimos e financiamentos captados
pela empresa, incluindo o recebimento dos emprstimos e desembolso feito nas
amortizaes de tais dvidas. Incluem-se, igualmente, os recursos recebidos de scios
(integralizaes de capital feitas em dinheiro) e dividendos pagos a acionistas. Assim, o
gabarito letra A, marcando o gabarito na presuno de que a venda se deu vista,
pois a questo foi silente.
A venda de mercadorias a prazo no afeta o fluxo de caixa. J a alienao de
participaes societrias permanentes relaciona-se aos fluxos de investimentos.
A venda de imobilizado a longo prazo tambm no afetar o fluxo de caixa da
empresa, uma vez que no entra numerrio na tesouraria.
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J os dividendos recebidos so classificados como fluxo operacional. Atente-se para o
que dispe o CPC: Esta norma encoraja fortemente as entidades a classificarem os
juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital prprio recebidos
como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o
capital prprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento.
Alternativa diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.
Portanto,
Dividendos pagos Fluxo de Financiamento
Dividendos recebidos Fluxo Operacional
Gabarito Letra A.
32. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) A Cia. Esmeralda controlada pela Cia. Ouro
Verde, que detm 70% de seu capital votante e 35% do seu capital total. A
controlada provisionou dividendos no valor total de R$ 200.000,00 a seus
acionistas. O lanamento que descreve adequadamente este fato na contabilidade
da controladora :
(A) Disponvel
a Receita de Dividendos........................ 70.000,00
(B) Disponvel
a Investimentos Permanentes ............... 140.000,00
(C) Disponvel
a Receita de Dividendos........................ 140.000,00
(D) Dividendos a Receber
a Investimentos Permanentes ............... 70.000,00
(E) Dividendos a Receber
a Receita de Dividendos........................ 140.000,00
Comentrios
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Como se trata de investimento em sociedade controlada, deve ser avaliado pelo
Mtodo da Equivalncia Patrimonial.
Para clculos de MEP, deve ser considerado o percentual sobre o CAPITAL TOTAL (e
no sobre o capital votante).
Assim, quando da apurao do lucro pela controlada e conseqente modificao de
seu PL, os lanamentos na controladora, para que o percentual do investimento
corresponda ao percentual do PL so os que seguem:
D Participaes Permanentes (ANC Investimento)
C Receitas de Mtodo de Equivalncia Patrimonial (Resultado)
Ok! Este o primeiro passo. Ocorre que no ser possvel fazer este clculo na
questo, pois ela no informou o valor do Patrimnio Lquido na Controlada.
Logo aps, quando houver a distribuio de dividendos, a controladora receber o
mesmo percentual do qual participa no Capital Social (35%). Assim, como a questo
disse que sero distribudos R$ 200.000, sabemos que 35% vo para a Controladora
(R$ 70.000).
Concomitantemente, uma vez que o PL da Controlada ser reduzido em R$ 200.000
com a distribuio de dividendos, esse valor ser reduzido proporcionalmente no PL da
Controladora, ou seja, em 35%, no valor de R$ 70.000.
Desta forma, o lanamento na Controladora dever ser o seguinte:
D Dividendos a receber 70.000
C Participaes Permanentes 70.000
Desta forma, o gabarito da questo a letra D.
Cuidado com as questes que falam sobre capital votante. Devemos sempre utilizar o
capital social. Vejam tambm os seguinte enunciados pegadinhas:
A Cia. Santo Amaro possui 80% das aes com direito a voto de sua controlada, a Cia.
Santa Maria, que representam 40% do total do capital social da investida.
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A Cia. Alpha detm 60% das aes com direito a voto da Cia. Beta, o que representa
32% do capital total da investida.
33. (FCC/Analista Trainee/Metr SP/2008) Um dos procedimentos de auditoria no
Disponvel a conciliao bancria. Na Cia. Mirassol, em 31-12-2007, o saldo da
conta Bancos C/Movimento Banco Royal no livro Razo devedor no valor de R$
198.000,00. Por outro lado, o extrato bancrio apresentado pela instituio
financeira, na mesma data, apresenta um determinado saldo credor. O auditor
independente apurou os seguintes fatos:
Cheques emitidos pela empresa, mas ainda no registrados no extrato ......... 22.500,00
Juros e tarifas bancrias no registradas na escriturao contbil ................... 1.500,00
Duplicata recebida pelo banco em cobrana e no registrada na empresa...... 15.000,00
Cheque sem fundo depositado pela empresa, sem registro de devoluo ........ 9.000,00
O saldo correto que deve constar na escriturao da companhia, aps os ajustes efetuados pelo auditor, ser, em R$, equivalente a
(A) 193.500,00.
(B) 196.000,00.
(C) 197.500,00.
(D) 202.500,00.
(E) 206.500,00.
Comentrios
Vamos l! Essa uma questo reconciliao. Primeiramente, vemos que o saldo na
escriturao da empresa diverge do saldo apresentado na instituio financeira.
Para esse tipo de questo, o mais recomendado que se escolha um lado para
trabalhar (ou a empresa ou o banco) e v se utilizando dos acertos.
Na questo. O saldo na empresa de 198.000. Reconciliaremos a partir dele. Vamos
aos itens.
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Cheques emitidos pela empresa, mas ainda no registrados no extrato ......... 22.500,00
Veja que o cheque j foi emitido pela empresa, mas no foi registrado no banco.
Portanto, nada h que ser feito na escriturao empresarial. O banco apenas que
ajustar.
Juros e tarifas bancrias no registradas na escriturao contbil ................... 1.500,00
Vejam que no houve registro na escriturao contbil, ento devemos subtrair esse
valor dos 198.000.
Duplicata recebida pelo banco em cobrana e no registrada na empresa...... 15.000,00
Houve registro no banco, mas no na empresa. Para ajustar, devemos somar este valor
aos 198.000.
Cheque sem fundo depositado pela empresa, sem registro de devoluo ........ 9.000,00
Neste caso, a empresa mandou o valor para o banco, registrando a soma, porm, o
banco no conseguiu proceder arrecadao do dinheiro. A empresa j tinha somado
seu valor no Bancos Conta Movimento, todavia, esse valor no entrar efetivamente.
Deve-se, por isso, fazer a diminuio do valor.
Assim, ficamos com:
Conciliao: 198.000-1.500+15.000-9.000 = 202.500,00 (Gabarito: Letra D)
34. (FCC/Assessor MP RS/2008) A Cia Estelar registra em seu permanente uma
participao de 10% das aes preferenciais de uma determinada empresa, sobre a
qual no detm influncia significativa. Os dividendos, quando distribudos pela
investida ao final do exerccio de 2008, sero registrados pela investidora a
(A) crdito da conta participaes em sociedades controladas e coligadas.
(B) dbito de resultados no operacionais em investimentos avaliados pelo mtodo
de custo.
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(C) crdito de participao nos resultados de coligadas avaliadas por equivalncia
patrimonial.
(D) dbito de participaes societrias em sociedades coligadas.
(E) crdito de uma conta de receita operacional.
Comentrios
Conforme j explicado, os investimentos permanentes podem ser avaliados pelo
mtodo da equivalncia patrimonial ou pelo mtodo do custo de aquisio.
Portanto, devemos inicialmente analisar qual a espcie de avaliao a se fazer no
caso em tela.
Primeiro passo, olhar quem se a relao se d entre coligadas, controladas ou
sociedades do mesmo grupo. Sim ou no? No h meno expressa na questo.
Note-se, contudo, que ela trouxe um percentual, 10% das aes preferenciais, sem
influncia significativa. Podemos de pronto dizer que no se trata de controlada,
uma vez que no h maioria do capital nas mos do controlador.
Vejamos se haver enquadramento como coligada. A LSA dispe que so coligadas
as sociedades nas quais a investidora tenha influncia significativa (LSA, art. 243,
1). presumida influncia significativa quando a investidora for titular de 20%
(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem control-la. Assim,
no se trata tambm de coligada, vez que no h influncia significativa.
Como tambm no h meno ao fato de serem sociedades de um mesmo grupo,
o investimento dever ser avaliado pelo mtodo de custo, haja vista que no
atendeu aos requisitos necessrios para a avaliao por MEP.
Os lanamentos para os investimentos pelo mtodo de custo so:
1) Na aquisio:
D Participaes Permanentes Mtodo de Custo (ANC Investimentos)
C Caixa (AC)
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2) Na distribuio dos lucros:
D Dividendos a receber (AC)
C Receita de Dividendos (Resultado)
Lembre-se de que se o dividendo for recebido antes de 6 meses da aquisio os
resultados obtidos so tratados como reduo do valor das aes.
O gabarito da questo a letra E.
35. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008) O lucro de uma entidade
no exerccio social encerrado em 2007 correspondeu a 40% de seu patrimnio
lquido em 31/12/2007. Sabe-se que o total de ativos da entidade, na mesma data,
foi R$ 500.000,00 e que as receitas e as despesas totais do exerccio equivaleram a
R$ 250.000,00 e R$ 170.000,00, respectivamente. Logo, abstraindo-se a existncia
de Passivo No-Circulante Receitas Diferidas e Passivo No-Circulante Exigvel a
Longo Prazo, o valor do Passivo Circulante da entidade foi equivalente, em R$, a
(A) 300.000,00
(B) 250.000,00
(C) 200.000,00
(D) 170.000,00
(E) 150.000,00
Comentrios
Lucro = 40% PL
Ativo Total = 500.000
Receitas = 250.000
Despesas = 170.000
Logo, o lucro foi de 80.000
Retomando, Lucro = 40% PL PL = 80.000/0,4 = 200.000
Como A = P + PL, temos que 500.000 = P + 200.000
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P = 300.000 (Passivo Circulante, uma vez que no h PNC) Gabarito: Letra A
Enunciado para as questes de n. 36 a 38.
Balancete de verificao em 31.12.2009.
Contas
Disponvel 10.000,00
Estoques 20.000,00
Duplicatas a Receber 15.000,00
Duplicatas Descontadas 10.000,00
Proviso p/ Crditos de Liquidao Duvidosa 1.000,00
Despesas do Exerccio Seguinte 3.000,00
Despesas Antecipadas de Longo Prazo 4.000,00
Emprstimos a sociedades controladas 12.000,00
Investimentos 9.000,00
Imobilizado 40.000,00
Depreciao Acumulada 9.000,00
Despesas Pr-operacionais 7.000,00
Amortizao Acumulada 6.000,00
Fornecedores 11.000,00
Salrios a Pagar 12.000,00
Contas a Pagar 3.000,00
Proviso para IR 4.500,00
Proviso para CSLL 3.500,00
Emprstimos de Longo Prazo 20.000,00
Capital 40.000,00
Capital a Integralizar 5.000,00
Reserva Legal 4.000,00
Reserva Estatutria 2.500,00
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Demais Reservas de Lucros 1.500,00
Aes em Tesouraria 3.000,00
36. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008/Adaptada) O total do Ativo
Circulante no Balano Patrimonial da companhia em 31/12/2009 foi equivalente,
em R$, a
(A) 37.000,00
(B) 40.000,00
(C) 41.000,00
(D) 45.000,00
(E) 48.000,00
37. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008/Adaptada) O total do Ativo
No-Circulante, exceto o Realizvel a Longo Prazo, no Balano Patrimonial da
companhia em 31/12/2009 correspondeu, em R$, a
(A) 56.000,00
(B) 50.000,00
(C) 41.000,00
(D) 40.000,00
(E) 34.000,00
38. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2009/Adaptada) O total do
Patrimnio Lquido no Balano Patrimonial da companhia em 31/12/2009 montou,
em R$, a
(A) 39.000,00
(B) 40.000,00
(C) 41.000,00
(D) 43.000,00
(E) 48.000,00
Comentrios
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Ativo Circulante
Disponvel 10.000,00
Estoques 20.000,00
Duplicatas a Receber 15.000,00
Duplicatas Descontadas (10.000,00)
Proviso p/ Crditos de Liquidao Duvidosa (1.000,00)
Despesas do Exerccio Seguinte 3.000,00
TOTAL ......................................... 37.000,00 (Gabarito questo 36 Letra A)
Ativo No-Circulante, Exceto o Realizvel a Longo Prazo
Investimentos 9.000,00
Imobilizado 40.000,00 + 7.000 (Despesas Pr-operacionais)
Depreciao Acumulada (9.000,00)
Amortizao Acumulada (6.000,00)
TOTAL ......................................... 41.000,00 (Gabarito questo 36 Letra C)
Os valores que eram anteriormente admitidos como despesas pr-operacionais
precisam agora ser reanalisados: se vinculados ao processo de preparao de
mquinas e equipamentos para estarem em condies de funcionamento, por
exemplo, esses gastos so agregados ao custo do prprio imobilizado, que deve
incorporar todos os custos vinculados sua aquisio ou construo e todos os
demais necessrios a coloc-los em condies de funcionamento (transporte,
seguro, tributos no recuperveis, montagem, testes, etc.). Os gastos relativos a
atividades de administrao e vendas, mesmo que vinculados a treinamento,
aprendizado, etc., so considerados diretamente como despesas do exerccio. Os
relativos s atividades at que a planta atinja nveis normais de operao tambm
so considerados como despesa do exerccio.
Patrimnio Lquido
Capital 40.000,00
Capital a Integralizar (5.000,00)
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Reserva Legal 4.000,00
Reserva Estatutria 2.500,00
Demais Reservas de Lucros 1.500,00
Aes em Tesouraria (3.000,00)
TOTAL ......................................... 40.000,00 (Gabarito questo 38 Letra B)
Para responder s questes de nmeros 39 a 42, considere as informaes abaixo,
em R$, relativas Cia. Comercial Vale Seco, no exerccio de incio de suas
atividades.
Total das notas fiscais de compras de mercadorias no perodo 300.000,00
Total das notas fiscais de vendas de mercadorias no perodo 500.000,00
Estoque final de mercadorias 87.300,00
A companhia est sujeita ao ICMS, PIS e COFINS na modalidade de incidncia no-
cumulativa, s alquotas, respectivamente, de 18%, 1,65% e 7,6%.
39. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008) A receita lquida de vendas
da companhia, no perodo, correspondeu, em R$, a
(A) 363.750,00
(B) 372.000,00
(C) 401.750,00
(D) 410.000,00
(E) 500.000,00
40. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008) O custo das mercadorias
vendidas pela companhia, no perodo, montou, em R$, a
(A) 125.950,00
(B) 130.950,00
(C) 180.975,00
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(D) 218.250,00
(E) 232.800,00
41. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008) O lucro bruto da
companhia, no perodo, foi equivalente, em R$, a
(A) 232.800,00
(B) 218.250,00
(C) 180.975,00
(D) 150.365,00
(E) 130.950,00
42. (FCC/Assistente de Suporte Tcnico Prefeitura SP/2008) A companhia recolheu
Unio, aps a compensao com o valor a recuperar decorrente da compra, um
montante de COFINS, em R$, de
(A) 38.000,00
(B) 26.600,00
(C) 22.800,00
(D) 19.000,00
(E) 15.200,00
Comentrios
CMV = EI + CO EF
CMV = (300.000 18%.300.000 1,65%.300.000 7,6%.300.000) 87.300
CMV = (300.000 54.000 4.950 22.800) 87.300
CMV = 130.950 (Gabarito questo 40 Letra B)
Receita de Vendas R$ 500.000,00
(-) ICMS 18% (R$90.000,00)
(-) PIS s/vendas = 1,65% x R$ 500.000,00 = (R$ 8.250,00)
(-) COFINS S/ vendas = 7,6% x R$ 500.00,00 = (R$ 38.000,00)
(=) Receita Lquida de Vendas R$ 363.750,00
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(-) Custo da Mercadoria Vendida (R$ 130.950,00)
(=) Lucro Bruto R$ 232.800,00
Quando da compra de mercadorias, desconsiderando os outros dbitos e crditos,
lana-se:
D COFINS a recuperar 7,6%.300.000 22.800
C Caixa 22.800
Na venda, tem-se o seguinte lanamento:
D COFINS sobre vendas 7,6% x R$ 500.00 38.000
C COFINS a recolher 7,6% x R$ 500.00 38.000
Por tratar-se de tributo no-cumulativo, como dito no enunciado, na apurao,
poderemos compensar o que foi pago na compra com o que deve ser recolhido na
venda. Deste modo, 38.000 22.800 = 15.200 (Gabarito questo 42 Letra E).
43. (FCC/Auditor TCE AL/2008) Uma companhia adquiriu em janeiro de 2007 um
imvel para utilizao em suas atividades operacionais pelo valor total de R$
1.000.000,00, sendo 20% vista e o restante a ser quitado em 80 parcelas mensais
e consecutivas a partir de fevereiro de 2007. Em conseqncia de todos os
lanamentos contbeis relativos aquisio desse imvel ao longo do ano-
calendrio de 2007, correto afirmar, considerando-se apenas esses lanamentos,
que o total do Ativo da companhia em 2007 aumentou (em R$)
(A) 1.000.000,00.
(B) 800.000,00.
(C) 760.000,00.
(D) 690.000,00.
(E) 680.000,00.
Comentrios
Na compra, devemos registrar:
D Imveis (ANC Imobilizado) 1.000.000
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C Caixa (AC) 200.000
C Financiamento a pagar (PC e PNC) 800.000
Durante o ano de 2007, foram quitadas 11 parcelas no valor de 10.000, totalizando
o valor de R$ 110.000. O lanamento o seguinte:
D Financiamento a pagar (PC e PNC) 110.000
C Caixa 110.000
Portanto, inicialmente, o ativo aumenta no valor de 800.000, uma vez que
aumenta no valor de R$ 1 milho com o dbito em imveis e diminui em R$ 200
mil com a sada de caixa. Logo aps, diminui ainda em 110.000, com os
pagamentos parcelados das prestaes. Destarte, o aumento final no exerccio de
2007 no valor de R$ 690.000. O gabarito da questo a letra D.
44. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade /TRE AL/2010) So caractersticas de um
ativo imobilizado ser
(A) Tangvel, ter vida til inferior a um ano e poder ou no gerar benefcios
econmicos futuros.
(B) Intangvel, ter vida til superior a um ano e ter substncia econmica.
(C) Tangvel, ter substncia econmica e poder gerar benefcios futuros.
(D) Destinado ao negcio da empresa, ter vida til superior a um ano e no gerar
benefcios econmicos futuros.
(E) De propriedade da empresa, no ter substncia econmica e poder gerar
benefcios econmicos futuros.
Comentrios
O Ativo Imobilizado formado pelo conjunto de bens e direitos necessrios
manuteno das atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma
TANGVEL (edifcios, mquinas, etc.). O imobilizado abrange, tambm, os custos
das benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados.
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So classificados ainda, no imobilizado, os recursos aplicados ou j destinados
aquisio de bens de natureza tangvel, mesmo que ainda no em operao, tais
como construes em andamento, importaes em andamento, etc.
Por ser tangvel, exclumos da resposta a letra B.
O Ativo imobilizado compreende os ativos tangveis que:
a) so mantidos por uma entidade para uso na produo ou na comercializao de
mercadorias ou servios, para locao, ou para finalidades administrativas;
b) tm a expectativa de serem utilizados por mais de doze meses;
c) haja a expectativa de auferir benefcios econmicos em decorrncia da sua
utilizao; e
d) possa o custo do ativo ser mensurado com segurana.
Assim, a resposta da questo a letra C.
45. (FCC/Analista Judicirio/Contabilidade /TRE AL/2010) Em relao s modificaes
introduzidas nas demonstraes contbeis a partir de 2008 e 2009, NO se pode
afirmar que
(A) O Patrimnio Lquido passa a evidenciar a conta de Aes em Tesouraria.
(B) O Ativo Diferido fica suprimido, podendo constar dos balanos somente com os
saldo anteriores.
(C) As doaes podem ser registradas em conta de Reserva de Lucros Doaes e
Subvenes.
(D) A conta de outras receitas ou despesas registra venda de ativo imobilizado.
(E) A conta de ativo intangvel deve ser evidenciada no Ativo.
Comentrios
A letra A est correta. O PL, com a redao dada pela Lei 11.941/09 passa a ser
composto pelos seguintes grupos: capital social, reservas de capital, ajustes de
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avaliao patrimonial, reservas de lucros, aes em tesouraria e prejuzos
ac