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UM PASSO À FRENTE RELATÓRIO DE GESTÃO 20 16

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Brasília, 2017

UM PASSO À FRENTERELATÓRIO DE GESTÃO 2016

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Presidente Márcio Lopes de Freitas

Superintendente Renato Nobile

Gerente Geral da OCBTânia Zanella

Gerente Geral do Sescoop Karla Oliveira

Endereço Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco “I” 70.070-936 – Brasília-DF Tel.: (61) 3217-2119 – Fax.: (61) 3217-2121 www.brasilcooperativo.coop.br E-mail: [email protected]

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2016

Realização Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

CoordenaçãoTânia Zanella, Gerente Geral

Equipe Técnica Daniela Lemke – Gerente de Comunicação

Aline Machado, Aline Oliveira, Aurélio Prado, Clara Maffia, Cristiano Carvalho, Fabíola Nader Motta, Fernanda Belisário, Gabriela Prado, Gisele James, Iago Carvalho e Tatiany Fonseca

PROJETO EDITORIAL

Projeto Gráfico Chica Magalhães

EdiçãoGuaíra Flor

Textos Lilian VeigaNaiara LeãoPaula AndradeThais Cieglinski

Revisão Luciana Pereira

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SEÇÃO

1QUEM SOMOS

.8

Mensagem do Presidente ................................... 10Mensagem da Diretoria .......................................12

SEÇÃO

2 OBJETIVOS FINALÍSTICOS

.18

Apoiar as cooperativas na sua inserção em mercados ............................................................ 20

Contribuir para o aperfeiçoamento do marco regulatório do cooperativismo e induzir a implementação de políticas públicas .................. 34

Fortalecer a representação política e institucional do cooperativismo .............................................. 60

Fortalecer a imagem do Sistema OCB e divulgar os benefícios do cooperativismo ........................ 72

Fomentar, produzir e disseminar conhecimentos para o cooperativismo brasileiro ......................... 80

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SEÇÃO

3INVESTIMENTO EM PESSOAS

.90

Desenvolver continuamente as competências dos colaboradores ....................... 92

SEÇÃO

4RESULTADOS FINANCEIROS

.102

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SEÇÃO

1

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QUEM SOMOS

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Relatório de Gestão OCB 201610

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Márcio Lopes de FreitasPresidente do Sistema OCB

Nós inspiramos confiançaO que falar de 2016? Foi um ano difícil para todos, é inegável. Sem entrar em mérito partidário – porque isso não faz diferença para a OCB, por sermos uma instituição suprapartidária –, foi um ano de tensões e instabilidades na política, na economia e na socieda-de. E eu não estaria sendo transparente com vocês, se fingisse que isso não nos impactou de alguma maneira. Como qualquer outra pessoa ou empresa, tivemos dificuldades ao longo do período. Mas com

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uma diferença muito importante: conseguimos na-vegar relativamente bem nessas águas turbulentas, comprovando novamente que as cooperativas ficam mais fortes em tempos de crise.

Ao fazer um balanço, considero que nossa maior con-quista foi consolidar nossas cooperativas como um porto seguro para a população brasileira. Em meio a um ambiente de denúncias e debates acirrados so-bre a importância da ética, nos sobressaímos por ter-mos mantido a nossa integridade e os nossos valores intactos. Somos uma sociedade de gente, não de capital. E por isso, nós inspiramos confiança. Quem conhece nosso movimento sabe: o mundo pode es-tar caindo, mas dentro de uma cooperativa estarão sempre vigorando o espírito de colaboração, a ética,

a busca pelo crescimento conjunto e o respeito pelo próximo. Com isso, apesar de o ano ter sido atípico, registramos crescimento em diversos ramos, como Crédito, Transporte e Agropecuário.

Sobre 2017, ninguém sabe ainda o que está por vir. É certo que não estamos isentos ou blindados de pro-blemas, mas eu acredito que as cooperativas se man-terão fiéis aos seus princípios. E, ao fazermos isso, teremos condições de continuar crescendo. Por isso, eu convido todos vocês a serem cada vez mais coo-perativistas no seu dia a dia, e também na condução dos nossos negócios. Somos diferentes, sim. E essa talvez seja a nossa maior riqueza.

Que venham os próximos desafios!

Relatório de Gestão OCB 2016 11

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Relatório de Gestão OCB 201612

“ASSUMIMOS ESSA TAREFA COM A MISSÃO DE REPRESENTAR A VOZ DOS 13,2 MILHÕES DE COOPERADOS QUE ESTÃO NA PONTA”

Firmes, na mesma direçãoAs cinco regiões do país estão representadas na Casa do Cooperativismo por meio da nossa Diretoria. Desde 2012 adotamos um modelo de governança participativo e democrático, retratando as realidades e as demandas específicas dos diferentes estados brasileiros, exata-mente como propõe o modelo cooperativista.

A primeira Diretoria eleita nesse novo modelo atuou com assertividade e eficiência para aproximar, cada

MENSAGEM DA DIRETORIA

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Relatório de Gestão OCB 2016 13

vez mais, o Sistema OCB da base cooperativista. Em cada reunião, trazia a Brasília as demandas e os anseios das cooperativas de cada região do Brasil. Com isso, conseguimos ser mais estraté-gicos em nossos projetos, mais claros em nossa comunicação e mais proativos em relação às co-operativas brasileiras. Os resultados foram positi-vos, e o colegiado encerrou seus dois mandatos com a certeza do dever cumprido.

Em 2016, uma nova Diretoria foi eleita, com o firme propósito de dar continuidade às diretrizes estratégicas estabelecidas pelo grupo que a pre-cedeu. Assumimos essa tarefa com a missão de representar a voz dos 13,2 milhões de cooperados que estão na ponta. E fazemos tudo o que está ao

nosso alcance para amplificar essa voz, levantar as bandeiras cooperativistas e concretizar pleitos fun-damentais para o crescimento sustentável do setor.

Com um diretor de cada região do país, represen-tamos os pleitos dos diferentes estados e temos a importante missão de assegurar a convergência de in-teresses da entidade nacional e das unidades estadu-ais. Também cabe à Diretoria definir as diretrizes e as metas do cooperativismo brasileiro para cada exercí-cio, sempre de forma transparente, equânime e ética. Um plano de trabalho que colocamos em prática com o comprometimento de uma equipe de profissionais especializados na temática cooperativista.

A Diretoria

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NOSSO DESAFIOAté 2025, queremos que o cooperativismo seja reconhecido pela sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados.

QUEM NOS REPRESENTAO cooperativismo no Brasil é representado institucionalmente pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), criada em 1969 para ser a voz do movimento cooperativista.

Instituição de direito privado, sem fins lucrativos, a OCB tem por missão “promover um ambiente favorável para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras, por meio da representação político-institucional.”

Vale destacar: a OCB faz parte de um Sistema composto por outras duas instituições de fomento ao cooperativismo: o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).

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SISTEMA OCB

REDES DE RELACIONAMENTO

Cooperativas

CooperadosPoder Legisl

ativo

Sindicatos Patro

naisOrganismos Internacionais

Mercado InternacionalM

ercado NacionalTerceiro SetorSistem

a S

Poder Executivo

Colaboradores

Embaixadas

Empregados

Fornecedores

“O SUCESSO ECONÔMICO E A GOVERNANÇA DEMOCRÁTICA DAS COOPERATIVAS

GARANTEM QUE NINGUÉM FIQUE PARA TRÁS E, PORTANTO, CONTRIBUI PARA A

ERRADICAÇÃO DA POBREZA.”Monique Leroux,

Presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI)

Poder Judiciário

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SEÇÃO

2

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OBJETIVOS FINALÍSTICOS

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS20

1APOIAR AS COOPERATIVAS NA SUA INSERÇÃO EM MERCADOSOBJE

TIVO

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Relatório de Gestão OCB 2016 21

ABRINDO PORTAS

Tem uma coisa que todo cooperativista aprende na prática: cooperar é sempre muito melhor do que competir. Especialmente em tempos de crise. Essa ideia é inerente ao nosso modelo de negócios, que estimula a intercooperação e

o cuidado com a comunidade. Nós entendemos que o cooperativismo é feito por pessoas e, como tal, precisa trazer felicidade para todos. Justamente por isso nós fi-camos mais fortes em tempos de crise. E 2016, inques-tionavelmente, foi um ano difícil para todos.

Em um ano marcado pela oscilação de indicadores eco-nômicos e pela instabilidade política, as sociedades co-operativas mostraram – no Brasil e no mundo – que sabem transformar dificuldades em oportunidades.

Os dados da edição de 2016 do Monitor Global de Co-operativas confirmaram a força e a resiliência do mode-lo cooperativo: as 300 maiores cooperativas do mundo cresceram 7%, somando um faturamento de US$ 2,53 bilhões. Esses resultados foram apresentados durante o Congresso Internacional de Cooperativas, realizado em Quebec, no Canadá.

As cooperativas de pequeno e médio porte também encontraram sua própria estratégia para ultrapassar a tormenta econômica. Nesse período, muitas delas se uniram para dividir custos e multiplicar a renda.

✪ Prospecção e suporte

Em busca de novos mercados, em 2016 realizamos uma rodada de negócios com foco no Ramo Transporte – um evento que apresentou 15 novos clientes em potencial a 37 cooperativas do ramo. Em apenas um dia, foram reali-zadas 350 reuniões, que já culminaram em novos contra-tos de prestação de serviços, nos estados do Paraná, de Minas Gerais e São Paulo.

Outro ramo que conta com suporte constante da OCB para ampliação de sua participação de mercado é o Cré-dito. Abraçamos – com o Banco Central do Brasil e o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) – o

TRABALHAMOS DE FORMA ESTRATÉGICA E PLANEJADA PARA AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NOS MERCADOS INTERNO E EXTERNO

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desafio de ajudar as cooperativas de cré-dito a ultrapassarem os dois dígitos de participação de mercado. Atualmente, o setor administra 5% do total de depósitos no Brasil, mas sua pre-sença na sociedade vem crescendo a olhos vistos. De acordo com dados do Banco Central, em todo o Brasil cerca de 8,9 milhões de pessoas e empresas já são as-sociadas a cooperativas de crédito, e esse número tem aumentado a cada dia. Enquanto os grandes ban-cos têm registrado crescimento de 16% ao ano e bancos médios crescem cerca de 11% no período, as cooperativas de crédito têm média de crescimento anual de 20%. Além disso, juntas, elas contam com 5.681 pontos de atendimen-to, representando a maior rede do Brasil.

Assim como apoia as cooperativas de Crédito e Transporte em sua inserção no mercado, a equipe da OCB tem atuado com firmeza e proatividade para abrir novas oportunidades de negó-cios para todos os ramos do cooperativismo. É nesse foco que

trabalhamos em 2016 e no qual trabalharemos em 2017. Há ainda muito espaço para crescer e o melhor momen-

to é agora. Confira:

Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS22

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 2322

48% de toda a produção

agrícola brasileira passa, de alguma maneira, por uma cooperativa agropecuária.

(Fonte: Censo Agropecuário-IBGE)

38% dos beneficiários de operadoras médico-

hospitalares são vinculados a cooperativas médicas.

São cerca de 19 milhões de beneficiários.

(Fonte: ANS)

cooperativas brasileiras estão na lista das 300 maiores do mundo. São elas: Coopersucar, Coamo, Sicredi, C. Vale e Unimed do Brasil.

(Fonte: World Cooperative Monitor, ACI, 2016)

5MERCADO INTERNODe olho nas oportunidades de negócios que a crise pode trazer para os nossos associados, as principais perguntas que buscamos responder em 2016 foram “como” e “para onde” crescer? Reforçamos, então, o trabalho de produção de estudos e pesquisas que possam ser usados para ampliar a inserção das nos-sas cooperativas no mercado interno. Além disso, re-alizamos eventos e trabalhos focados na prospecção de novos negócios.

Relatório de Gestão OCB 2016 23

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 2524

R$/L de leite pago ao produtor, média CEPEA – Brasil 2016

1,80

1,60

1,40

1,20

1,00

0,80

0,50

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

R$ 1,06

R$ 1,33

R$ 1,69

R$ 1,30

Em R$

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 2524

✪ LEITE MONITORADO

O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo. Dados da Embrapa estimam que existam no Brasil 22 milhões de vacas ordenhadas, 1,3 milhão de produtores e 2 mil laticínios com inspe-ção. Há registro da atividade leiteira em 99% dos municípios brasileiros e as cooperativas respon-dem por cerca de 40% desse mercado.

Disposta a fortalecer o setor, a OCB divulga o Sis-tema de Monitoramento do Mercado de Lácteos (SimLeite). O principal objetivo do trabalho é reduzir as assimetrias de informação entre as cooperativas, apresentando relatórios com os preços dos princi-pais produtos lácteos, o valor pago ao produtor nas principais bacias de produção brasileiras e a projeção dos preços aos produtores para 30, 60 e 90 dias.

Durante os vários encontros de trabalho que acon-teceram ao longo do ano foram destacados os principais pontos de ajustes e melhorias de indica-dores e elaborado um plano de ação, com crono-grama para realização das adequações. Foi envia-do um novo modelo de solicitação de informações às cooperativas e a expectativa é de que os novos relatórios possam ser enviados em 2017.

Em toda a cadeia do leite estão envolvidos cerca de 4 milhões de trabalhadores, sendo 11 mil só no transporte do leite da fazenda para a indústria e dos processados nas indústrias para o mercado. Mas, apesar de ser um grande produtor, o país ain-da importa para abastecer o mercado interno. Em 2016, importamos 279.615 mil toneladas de produ-tos, volume que equivale a 5 milhões de litros de leite por dia. Para melhorar a fiscalização do leite que entra no Brasil, a OCB e demais membros da Câmara Setorial do Leite aprovaram uma moção para que fosse encaminhado ao governo federal um pedido de revisão da regulamentação vigente sobre a importação de lácteos.

✪ MELHORES PRÁTICAS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO

O ano de 2016 marcou o fechamento de um proje-to ousado e bem-sucedido, realizado pelo Sistema OCB em parceria com o Banco Central do Brasil. Durante três anos, entre 2012 e 2015, realizamos viagens de prospecção das melhores práticas do cooperativismo de crédito em cinco países: Bra-sil, Alemanha, França, Holanda e Canadá. O ma-peamento desse intercâmbio resultou no livro “Cooperativismo de Crédito: melhores práticas no Brasil e no mundo”, lançado em setembro, no 11º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédi-to, organizado pela Confederação Brasileira de Co-operativas de Crédito (Confebras).

As histórias relatadas na publicação permitem ao leitor conhecer particularidades, desafios e soluções inovadoras de diferentes cooperativas de crédito. Em destaque, temas como inclusão financeira, educação, organização sistêmica, sus-tentabilidade, eficiência, governança, práticas re-gulatórias e planejamento para o futuro. É um ver-dadeiro manual de como se inserir no mercado de forma duradoura e sustentável.

Participaram do projeto 25 representantes das se-guintes entidades: Banco Central, Secretaria de Po-lítica Econômica do Ministério da Fazenda, Sebrae, CNAC, Sicoob, Sicredi, Unicred, Confesol, Cecred, Credicoamo, Sescoop, OCB e FGCoop.

• A publicação está disponível para download no site do Sistema OCB. Acesse em: http://www.somoscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/livro_Credito.pdf

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✪ ÍNDICE DE CONFIANÇA DO AGRONEGÓCIO

O agronegócio brasileiro retomou o otimismo no segundo trimestre de 2016. É isso o que revela o Índice de Confiança do Agronegócio – estudo criado pela OCB, em parceria com a Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo (Fiesp), para avaliar as expectativas da cadeia produtiva do agronegócio sobre a economia do Brasil e as reais possibilidades de crescimento do setor.

O indicador alcançou no quarto trimestre de 2016 104,4 pontos, o mesmo patamar observado em 2013: o melhor da série histórica para o período. A melhora na percepção sobre as condições gerais da economia brasileira foi o principal fator a contribuir para aumentar a confiança da cadeia produtiva.

Vale destacar: o Índice de Confiança do Agrone-gócio (ICAgro) não apenas ajuda o mercado a en-tender as expectativas dos produtores agrícolas so-bre o ambiente de negócios, como ajuda a OCB a traçar ações que atendam aos anseios dos nossos associados. Com isso, aumentamos as chances de inserção de nossas cooperativas no mercado nacio-nal e no internacional.

ESTUDOS COMPLEMENTARES

Para ampliar ainda mais o entendimento das pessoas sobre as demandas e as expectativas do agronegócio brasileiro, criamos dois estudos complementares ao ICAgro. São eles:

✓ SONDAGEM DE MERCADO – painel que aborda, por meio de entrevistas com produtores, a percepção de temas relevantes para o agronegócio brasileiro, tais como: insumos, mix de financiamento, adoção de tecnologia, veículos de comercialização, entre outros.

✓ INTENÇÃO DE INVESTIMENTOS – monitoramento da disposição do produtor em realizar investimentos adicionais ao que faz normalmente, nas seguintes áreas: custeio, máquinas e implementos agrícolas, infraestrutura e gestão de pessoas.

Essas duas análises fornecem informações primá-rias qualificadas, utilizadas por nossas cooperativas para melhor compreender as variáveis que condi-cionam o comportamento dos produtores rurais associados.

Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS26

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 2726

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO AGRONEGÓCIO, NA OPINIÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS

53% 18% 11% 19% 9%

Clima Aumento do custo de produção

Alta incidência de pragas e

doenças

Falta de trabalhador qualificado

Falta de infraestrutura

adequada

Relatório de Gestão OCB 2016 27

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 2928 Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS28

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 2928

COOPERATIVISMO DE TRANSPORTE

1.205 cooperativas

33 mil veículos de cargas

428 milhões

de toneladas de carga

46 mil veículos, totalizando um volume de passageiros transportados de aproximadamente 2 bilhões ao ano.

w RODADA DE NEGÓCIOS

Com 1.205 cooperativas distribuídas nos quatro can-tos do Brasil, o Ramo Transporte é o segundo maior do país em quantidade de cooperativas. Disposta a colaborar com o fortalecimento do setor, a OCB rea-lizou, em agosto de 2016, a Rodada de Negócios das Cooperativas de Transporte.

Idealizada como um grande evento de prospecção, a rodada mobilizou 15 grandes clientes em potencial (embarcadores) e 37 cooperativas de transporte de cargas. Uma oportunidade ímpar para a divulgação dos diferentes serviços oferecidos para empresas co-merciais ou outras cooperativas que buscam parcei-ros logísticos para a movimentação de suas cargas.

Durante o evento, foram realizadas cerca de 350 reuniões de negócios. Os clientes em potencial fi-caram “fixos” nas mesas e receberam, alternada-mente, as cooperativas de transporte. Estas tinham cerca de 10 minutos para apresentar seus serviços e diferenciais. “Foi excelente”, elogiou Márcia Rodri-gues, gerente comercial da Coopercab. “Se a gente fosse marcar entrevista com todas essas coopera-tivas, demoraríamos uns dois anos para conseguir falar com cada uma e, somente hoje, fizemos con-tato com muitos fornecedores. Foi objetivo, prático e com certeza sairemos com várias perspectivas de fechamento de negócios”.

A Rodada de Negócios das Cooperativas de Trans-porte foi realizada durante a 39ª edição da Expointer, uma das maiores feiras agropecuárias do país, que ocorre anualmente no Rio Grande do Sul. O evento contou com o apoio do Sistema Ocergs.

Relatório de Gestão OCB 2016 29

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MERCADO EXTERNONesse ano, a corrente de comércio internacional das cooperativas – que inclui os produtos impor-tados e exportados pelo setor – chegou a qua-se US$ 5,5 bilhões no acumulado do ano, com um saldo positivo de US$ 4,6 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Miúdos de frangos (US$ 926 milhões, 18,9% da pauta), açúcares (US$ 721 milhões, 14,4%) e cafés em grãos (US$ 681 milhões, 13,26%) foram os destaques nas exportações de 2016, que atingiram o montante de US$ 5,137 bilhões. Os estados do Paraná, de São Paulo e de Minas Gerais foram os líderes nas vendas para o exte-rior; a China, a Alemanha e os Estados Unidos os principais compradores entre 147 países al-cançados pelas cooperativas brasileiras.

Um total de 240 unidades cooperativas realiza-ram exportações diretas: 8 exportaram valores acima de US$ 100 milhões, 11 com vendas en-tre US$ 50 e 100 milhões; 29 entre US$ 10 e 50 milhões; 15 entre US$ 5 e 10 milhões; 53 entre 1 e 5 milhões; e 124 cooperativas com vendas até US$ 1 milhão.

Para diversificar ainda mais a gama de produtos exportados,

a OCB mantém constante-mente atualizado o Catálogo Brasileiro de Cooperati-vas Exportadoras. A pu-blicação é traduzida para

sete línguas e divulgada em embaixadas, con-

sulados, organismos internacionais, go-vernos e agências de comércio global, além de estar dis-ponível on-line.

Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS30

BALANÇA COMERCIAL COOPERATIVA

240cooperativas exportaram em 2016

US$ 5,137 bilhões

Exportações diretas de cooperativas em 2016

* Os principais mercados consumidores dos produtos de cooperativas brasileiras são: China, Alemanha e Estados Unidos.

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O catálogo lista 20 categorias com os diversos pro-dutos exportados pelas cooperativas brasileiras. A pauta é majoritariamente agropecuária, mas inclui também exportações de manufaturados, como calçados, vestuário e artigos artesanais, além de produtos minerais.

O trabalho de promoção comercial envolve ainda o desenvolvimento de estratégias de posiciona-mento dos produtos de cooperativas brasileiras no mercado internacional. Para isso, fazemos a prospecção de oportunidades comerciais, rotei-ros técnicos e contatos com agentes de governo, nacionais e estrangeiros, e organizações interna-cionais. O objetivo maior do nosso trabalho é criar conexões entre as nossas cooperativas e seus po-tenciais clientes internacionais.

Relatório de Gestão OCB 2016 31

✪ CONEXÃO BRASIL-ARGENTINA

É da Argentina que entra o maior volume de importações feitas pelas cooperativas brasileiras. No entanto, os argentinos apa-recem em 41º lugar na lista dos principais compradores de produtos das cooperativas brasileiras, ou seja, ainda há muito espaço para crescer. Para intensificar o comércio bi-lateral, o Sistema OCB organizou, em julho de 2016, uma Missão de Estudos e Pros-pecção do Ramo Transporte na Argentina. A ideia foi mitigar os entraves burocráticos para exportação de serviços, aproximação institucional e conhecimento de boas práti-cas em gestão e contou com a parceria da Embaixada do Brasil em Buenos Aires.

Durante o encontro, a comitiva da OCB, que contou com 29 dirigentes e técnicos, teve a oportunidade de conhecer o sistema de representação, estrutura jurídica e modelo operacional do cooperativismo de transporte argentino, além dos órgãos responsáveis pela fiscalização e regulação do segmento no país.

Foram vários encontros e reuniões com diver-sos órgãos como o Instituto Nacional de As-sociativismo e Economia Social (INAES), com a Comissão Nacional de Regulação do Trans-porte, com a Federação Argentina de Empre-sas de Transporte Automotivo de Cargas, com a Confederação Nacional das Cooperativas Agropecuárias e com a Câmara de Comércio Argentino Brasileira. No fim,, uma troca de ex-periências com as cooperativas de Sunchales, capital nacional do cooperativismo argentino.

Além do intercâmbio, a OCB recebeu a visita do embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio França Danese, que se dispôs a ajudar as co-operativas brasileiras ganharem mais espaço no mercado argentino, assim como a incen-tivar oportunidades de intercooperação entre os dois movimentos cooperativistas. Ele co-locou a Embaixada do Brasil no país vizinho à disposição da OCB para a organização de eventos técnicos e comerciais.

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✪ CONEXÃO TOCANTINS – EUA

Em agosto de 2016, a OCB apoiou a realização de uma missão de estudos e prospecção de negócios de co-operativas do estado do Tocantins ao Centro-Oeste americano. A comitiva, formada por dirigentes de co-operativas agropecuárias e de crédito, visitou os esta-dos de Wisconsin e Illinois, grandes produtores agríco-las da América do Norte.

Em Madison, capital do estado do Wisconsin, a dele-gação participou de um curso na renomada Universi-dade de Wisconsin, onde funciona o principal centro de pesquisa em cooperativismo dos Estados Unidos. O grupo teve a oportunidade de aprofundar o conheci-mento sobre as práticas desenvolvidas por cooperati-vas agropecuárias norte-americanas e visitar a coope-rativa Landmark, uma das maiores do estado.

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✪ CONEXÃO INTERAMERICANA

Unir e potencializar as cooperativas agropecu-árias das Américas por meio de um banco de dados de oportunidades comerciais na região. Esse foi o principal objetivo dos dois encon-tros da Rede Interamericana de Cooperativas Agropecuárias realizados em 2016.

A próxima reunião já está agendada para aconte-cer em Brasília, na primeira semana de abril de 2017. O grupo é formado por organizações coo-perativistas de Argentina, Brasil, Canadá, Méxi-co, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Uruguai.

A Rede foi criada em 2013, no âmbito da Alian-ça Cooperativa Internacional. Seu objetivo é promover o comércio entre as cooperativas dos mais diversos ramos entre países desen-volvidos e em desenvolvimento do Continen-te Americano.

Sua principal função é o fomento à interco-operação, a partir do mapeamento das coo-perativas demandantes e das cooperativas fornecedoras do ramo. Um exemplo prático desse trabalho foi a identificação das coope-rativas de consumo da América do Norte, que demandam produtos alimentícios das coope-rativas da América do Sul. O desafio da Rede – que conta com a participação ativa da OCB desde sua criação, auxiliando assim na inter-nacionalização das cooperativas brasileiras – é facilitar esse contato entre cooperativas com perfis complementares.

Ainda no roteiro, estavam a sede da Associação Nacional das Cooperativas de Crédito e o Conse-lho Mundial das Cooperativas de Crédito. Assim, o grupo pôde ter uma ampla visão sobre o seg-mento nos Estados Unidos, bem como dos prin-cipais desafios do setor em âmbito internacional.

Já no estado do Illinois, os dirigentes brasileiros estiveram na sede da cooperativa Growmark, uma das maiores do país. Uma oportunidade de conhecer as boas práticas de gestão aplicadas para o crescimento da cooperativa. E, para fina-lizar a programação, foi realizado um curso sobre negociação de commodities na Bolsa de Valores de Chicago.

✪ CONEXÃO BRASIL-PARIS

A França é um dos maiores mercados compra-dores de produtos das cooperativas brasileiras e, dessa forma, constitui nossa porta de entrada para o mercado europeu. Por isso, a OCB não poderia ficar de fora do Pavilhão do Brasil na SIAL Paris 2016 – maior feira de alimentos e be-bidas do mundo.

O evento contou com visitantes de mais de 100 países, que participaram de reuniões de negó-cios, palestras e seminários técnicos sobre ten-dências de mercado, procedimentos de compra e exigências dos compradores locais em termos de embalagens, prazos, qualidade e entrega de produtos, oportunidades e desafios.

A OCB participou da delegação organizada pela Rede CNI, do Sistema Indústria, e acompanhou as visitas técnicas realizadas no país. Com isso, ganhou ainda mais experiência para realizar mis-sões de cooperativas a outras feiras internacio-nais de comércio, bem como organizar roteiros técnicos paralelos.

De acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção à Exportação (APEX-Brasil), na última edição da SIAL, em 2014, cerca de 85 empresas brasileiras fizeram 8.700 reuniões com comprado-res de diversos países, que resultaram em uma estimativa de US$ 1,1 bilhão em negócios.

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2OBJETIVO CONTRIBUIR PARA O APERFEIÇOAMENTO DO MARCO REGULATÓRIO DO COOPERATIVISMO E INDUZIR A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

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ALICERCES SÓLIDOS PARA CRESCER

Participar ativamente da democracia é direito e dever de todos os cidadãos e entidades brasileiras. Nesse contexto, o Sistema OCB atua de forma proativa e busca apresentar aos Três Poderes seus interesses na constru-

ção de um país mais justo, alicerçado em leis e políti-cas públicas capazes de fortalecer o cooperativismo.

Em 2016, nossa equipe manteve-se atenta às movi-mentações do Legislativo, Executivo e Judiciário. O ambiente de dificuldade conjuntural instalado no país pela crise política e econômica exigiu um trabalho ain-da mais árduo de articulação, contando com a partici-pação das unidades estaduais e das próprias coopera-tivas. O esforço, no entanto, rendeu frutos.

Ao fornecer de forma clara e precisa informações atu-alizadas e confiáveis a respeito dos 13 ramos de ati-vidades econômicas em que atuam as cooperativas, a OCB se consolidou como a legítima voz do coope-rativismo junto a parlamentares, magistrados, gover-nantes e demais representantes dos Três Poderes. E sempre que o nosso modelo de negócios é pauta nessas instituições, o Sistema OCB é procurado para apresentar aos tomadores de decisão o pensamento dos mais de 13 milhões de cooperados brasileiros.

Atenta à intensa movimentação política e econômi-ca de 2016, nossa equipe acompanhou com atenção redobrada todas as proposições em tramitação que impactassem – positiva ou negativamente – o desen-volvimento das nossas cooperativas no curto, médio e longo prazo. E graças à credibilidade e à legitimi-dade conquistada ao longo dos anos, conseguimos aprovar propostas que ajudaram a fortalecer o setor. Destaque para a aprovação, na Comissão de Consti-tuição e Justiça da Câmara dos Deputados, do PLP nº 100/2011, que autoriza os municípios com disponibili-dade de caixa a depositarem seus recursos também nas cooperativas de crédito.

Confira, a seguir, um resumo das principais conquistas da OCB relacionadas à aprovação de projetos, jurispru-dências e políticas públicas favoráveis ao cooperativismo.

AS BANDEIRAS DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS SÃO TRABALHADAS JUNTO AOS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA. NOSSA EQUIPE DE CIENTISTAS POLÍTICOS, ADVOGADOS E ESPECIALISTAS ATUA NAS PRINCIPAIS VOTAÇÕES, NOS JULGAMENTOS E NOS DEBATES PARA A CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS FAVORÁVEIS AO COOPERATIVISMO

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✪ AGENDA INSTITUCIONAL DO COOPERATIVISMO

É por meio desta publicação que o Sistema OCB apresenta a senadores, deputados, autoridades do Poder Executivo e integrantes do Judiciário seus prin-cipais posicionamentos político-institucionais. Abran-gente e completo, o documento traz em detalhes as principais demandas dos ramos do movimento.

A décima edição da Agenda Institucional trouxe a posição oficial das cooperativas brasileiras sobre 40 proposições legislativas em tramitação no Congres-so Nacional, 17 temas prioritários junto ao Poder Exe-cutivo e cinco assuntos de interesse no Judiciário.

Além disso, o material apresenta alguns dos principais papéis desempenhados atualmente pelo cooperativis-mo brasileiro: protagonista na produção agropecuária, expoente no acesso ao crédito e inclusão financeira, alternativa para Parcerias Público-Privadas, ferramenta para a prestação de serviços e instrumento para as políticas de desenvolvimento regional do país.

✓ O conteúdo da publicação pode ser acessado on-line no endereço: http://www.somoscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/Agenda_2016.pdf

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PODER LEGISLATIVONosso desafio, aqui, é garantir que as leis brasilei-ras sejam as mais favoráveis possíveis ao desen-volvimento sustentável do nosso modelo de ne-gócios. Para tanto, realizamos um intenso trabalho de acompanhamento de tudo o que acontece na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Hoje, a OCB conta um time de cientistas políticos que conhece a realidade das cooperativas brasileiras e os trâmites do Congresso Nacional. Acostumados ao jogo político, eles estão sempre em campo para defender os interesses cooperativistas.

Ao longo dos anos, esses profissionais conquis-taram a confiança de deputados, senadores e formadores de opinião. Sempre que precisam de informações confiáveis sobre o cooperativismo, congressistas, jornalistas e técnicos de mercado acionam a OCB – convidada constantemente a par-ticipar de reuniões e debates com autores e relato-res de projetos relevantes em tramitação nas duas casas legislativas.

O Sistema OCB elabora, ainda, estudos técnicos e pareceres com o posicionamento do cooperativismo em relação aos diversos temas em tramitação no Congresso Nacional. Esse material é enviado à base cooperativista e aos parlamentares, com a pauta dos projetos que serão votados na semana.

Em números

Monitoramento

805 proposições em tramitação no Congresso Nacional com potencial impacto no desenvolvimento da atividade cooperativista no país foram acompanhadas em 2016. Dessas, 40 integraram a Agenda Institucional do Cooperativismo.

Defesa

Em 50 oportunidades, nossa equipe conseguiu impedir a votação de propostas que impactariam negativamente no setor em comissões ou no plenário da Câmara ou do Senado.

Protagonismo

Pautamos 277 itens de interesse do cooperativismo para votação em plenário ou comissões no Congresso Nacional.

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✪ DIÁLOGO COM O PARLAMENTO

Ao longo de 2016, Câmara e Senado promoveram 140 audiências públicas em que debateram temas de interesse das cooperativas. Representantes do Sistema OCB participaram de 13 delas e puderam apresentar o posicionamento político-institucional da entidade. Destaque para: audiências em que foi discutido o fim dos descontos concedidos às coo-perativas de eletrificação na compra de energia; a lei que alterou a taxa de fiscalização anual paga pela prestadora do serviço de transporte; e as mudan-ças na regulamentação da profissão de taxista.

Semanalmente, enviamos a parlamentares, parcei-ros, representantes dos ramos e unidades esta-duais o “Cooperativismo em Pauta no Congresso Nacional” – informativo que elenca os projetos que serão votados por cada comissão, no plenário das duas Casas e do Congresso.

O boletim traz, ainda, o posicionamento do Sistema OCB sobre cada proposição legislativa e orientações de como o parlamentar deverá proceder durante a votação, caso tenha intenção de apoiar o movimen-to cooperativista. O documento lista, igualmente, outras reuniões e debates de interesse do coopera-tivismo, assim como audiências públicas, reuniões de frentes parlamentares, seminários e instalações de comissões especiais. No fim da semana, é envia-

do novo documento com o resultado de todas as votações. Ao longo de 2016, foram

encaminhadas 41 pautas semanais e, posteriormente, seus resultados, com o

acompanhamento de 365 reuniões e 277 itens pautados para votação.

✪ VOZ ATIVA NO CONGRESSO

Inserir e defender os temas de interesse do cooperativismo na complexa agenda do Con-gresso Nacional é parte do trabalho da OCB no Legislativo. Para tanto, é preciso estreitar os laços de comunicação com os parlamenta-res e isso se dá a partir do constante forneci-mento de informações capazes de subsidiar posicionamentos diante de propostas legisla-tivas e até mesmo discursos nas tribunas do Senado e da Câmara dos Deputados.

Mensalmente, a equipe do Sistema OCB que atua no Congresso reúne todos os discursos feitos em ambas as casas legislativas e enca-minha o material às unidades estaduais e às cooperativas. Destacamos a seguir alguns tre-chos de discursos proferidos em 2016 por par-lamentares ressaltando a importância do coo-perativismo para o desenvolvimento do Brasil:

“A cooperativa representa hoje o grande armazém de confiança e a esperança que move as pessoas na busca por mais dignidade.”Deputado Celso Maldaner (SC)

“O cooperativismo é a sociedade organizada, com distribuição de renda e oportunidades, na ampla aplicação da participação democrática. Onde há cooperativa, há um Brasil que dá certo.”Deputado Evair de Melo (ES)

“Parabenizo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a todos que fazem parte e colaboram de forma direta e indireta com o sistema de cooperativismo, um dos mais importantes para o crescimento do nosso país.”Deputado Edinho Bez (SC)

Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS38

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Conheça as principais proposições votadas sobre o cooperativismo em 2016

LEIS SANCIONADAS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

PLN 2/2016 LDO 2017

O Plenário do Congresso Nacional aprovou a retirada dos dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2017) que vinculavam o orçamento das entidades do Sistema S ao orçamento fiscal da União, seguindo o entendimento do Sistema OCB e das demais confederações patronais vinculadas ao Sistema S.

Sistema S

PLS 330/2011 Produção integrada

A proposta foi sancionada como Lei nº 13.288/2016. Durante a tramitação do projeto, o Sistema OCB defendeu que a integração vertical entre cooperativas e seus associados ou entre cooperativas constitui ato cooperativo, regulado por legislação específica aplicável às sociedades cooperativas.

Agropecuário

SCD 24/2015 Eficiência energética

O projeto em questão deu origem à Lei nº 13.280/2016, que disciplina a aplicação de recursos das empresas de energia elétrica para programas de eficiência energética (P&D). Seguindo as diretrizes da Agenda Institucional do Cooperativismo, a matéria foi aprovada com um dispositivo – por emenda do deputado Silas Brasileiro (MG), integrante da Diretoria da Frencoop – resguardando tratamento diferenciado às cooperativas permissionárias de eletrificação rural em relação à obrigação de investir recursos em P&D e eficiência energética.

Infraestrutura

MEDIDAS PROVISÓRIAS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

MPV 701/2015 Fundo de Garantia à Exportação

O Plenário do Senado Federal aprovou a matéria, transformada na Lei nº 12.292/2016, que permite o uso de recursos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para a concessão de seguro nas exportações de produtos agrícolas sujeitos às cotas de importação fora do Brasil. Anteriormente, apenas empresas do setor de defesa utilizavam esse benefício.

Agropecuário

MPV 706/2015 Energia elétrica

Transformada na Lei nº 13.299/2016, a matéria amplia o prazo para assinatura de contratos de concessão ou termos aditivos por parte das distribuidoras de energia elétrica, passando de 30 para 210 dias, contados da convocação pelo poder concedente.

Infraestrutura

MPV 707/2015Procaminhoneiro e dívidas de agricultores

A Lei nº 13.295/2016 é proveniente da matéria que trata da renegociação das dívidas dos caminhoneiros e do crédito rural. O texto permite aos associados de cooperativas que fizeram o financiamento do Procaminhoneiro como autônomos refinanciar seus débitos dentro das normas estabelecidas. Além disso, inclui as cooperativas agropecuárias nos artigos que tratam da repactuação das dívidas rurais.

Transporte/Agropecuário

MPV 724/2016 CAR e PRA

Deu origem à Lei nº 13.335/2016, que amplia para 31 de dezembro de 2017 o prazo para os produtores rurais aderirem ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) vinculando-o à mesma data-limite de adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Agropecuário

Relatório de Gestão OCB 2016 39

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MEDIDAS PROVISÓRIAS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

MPV 725/2016 Títulos agrícolas

O projeto resultou na Lei nº 13.331/2016, que fortalece o papel dos bancos cooperativos e das cooperativas financeiras como emissores de títulos agrícolas – Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), em especial. A nova legislação potencializa e pulveriza operações antes muito restritas a grandes empresas e multinacionais do setor produtivo, fortalecendo as cooperativas de crédito.

Crédito

MPV 729/2016 Educação infantil

A matéria, que dispõe sobre o apoio financeiro da União aos municípios e ao Distrito Federal para a ampliação da oferta de educação infantil, foi sancionada como Lei nº 13.348/2016. A legislação permite que as cooperativas educacionais interessadas em se conveniar com o Poder Público recebam recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Educacional

MPV 733/2016Renegociação de dívidas de crédito rural

A matéria, sancionada como Lei nº 13.340/2016, dá descontos e facilita a renegociação de dívidas de produtores rurais do Norte e do Nordeste prejudicados pela seca. O Poder Executivo optou por vetar três dispositivos do texto, entre eles o artigo que autorizava o governo federal a repactuar as dívidas de cooperativas agropecuárias com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) adquiridas até 31 de dezembro de 2010. Os vetos foram posteriormente rejeitados pelo Congresso Nacional.

Agropecuário

MPV 735/2016 Prorrogação de descontos tarifários

A Lei nº 13.360/2016 é resultante da sanção da matéria, cujo texto beneficia diretamente as cooperativas permissionárias e concessionárias de distribuição de energia elétrica. Fruto de um longo e intenso trabalho conjunto do Sistema OCB, Frencoop, Infracoop e federações de cooperativas de energia elétrica, a lei permite e viabiliza que as cooperativas continuem a prestar o importante trabalho de distribuir energia elétrica a mais de 4 milhões de brasileiros, com qualidade e preço compatível com seu mercado.

Infraestrutura

MPV 746/2016 Reforma do Ensino Médio

A Comissão Mista e o Plenário da Câmara dos Deputados aprovaram a matéria que trata da Reforma do Ensino Médio. No texto aprovado, Artes e Educação Física ficam como disciplinas obrigatórias, diferentemente do texto enviado pelo Poder Executivo. A proposição foi aprovada pelo Congresso Nacional em fevereiro de 2017.

Educacional

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VETOS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

Veto 55/2015 Seguro Rural

O Plenário do Congresso Nacional derrubou o veto da Presidência da República ao texto que proíbe a venda casada nas contratações de apólices de seguro rural. Com a derrubada do veto, volta-se a exigir que as instituições financeiras apresentem ao cliente pelo menos duas propostas de diferentes seguradoras na contratação de apólice de seguro rural como garantia para empréstimos rurais. O texto mantido pelo Congresso é uma vitória cooperativista e será reintegrado à Lei nº 13.195/2015.

Agropecuário

Veto 38/2016Liquidação e renegociação de dívidas rurais

O Plenário do Congresso Nacional derrubou o Veto 38/2016, aplicado à parte da Medida Provisória 733/2016, que autoriza o governo federal a repactuar as dívidas de cooperativas agropecuárias com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) adquiridas até 31 de dezembro de 2010. O texto será reintegrado à Lei nº 13.340/2016.

Agropecuário

SENADO FEDERAL

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

OFS 25/2015Contribuição Previdenciária do Tomador de Serviços

A Resolução do Senado Federal 10/2016 suspendeu definitivamente a cobrança da contribuição previdenciária a ser paga pelo tomador de serviço de cooperativas de trabalho. A alíquota derrubada era de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura da prestação de serviços. O Sistema OCB trabalhou pelo fim da cobrança da citada contribuição previdenciária durante anos, tendo inclusive preparado estudos sobre os impactos econômicos negativos dessa tributação para o cooperativismo.

Todos os ramos

PLS 107/2014Autorização para criação de cooperativas

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) rejeitou, de acordo com posicionamento defendido pelo Sistema OCB, matéria que autorizava a criação das cooperativas de trabalho dos catadores de materiais recicláveis solidárias e das cooperativas de crédito comunitárias solidárias. A OCB é contrária à proposição porque, de acordo com a Constituição Federal, a criação de cooperativas é de livre iniciativa e independe de autorização estatal.

Todos os ramos

PLS 181/2011 Acordo coletivo

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o projeto que altera a CLT para permitir a prorrogação de acordo ou convenção coletiva negociada pelos trabalhadores e por seu sindicato, enquanto não for celebrado novo instrumento normativo.

Todos os ramos

PLS 640/2015 Cadastro Ambiental Rural

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou o Projeto de Lei do Senado 640/2015, que autoriza a apresentação, pelo produtor rural, do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em substituição ao Ato Declaratório Ambiental (ADA), para fins de apuração da área tributável pelo Imposto Territorial Rural (ITR).

Agropecuário

Relatório de Gestão OCB 2016 41

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SENADO FEDERAL

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

PLS 104/2015Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem no Campo

A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN) aprovou substitutivo que institui a Política Nacional de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo. A matéria propõe o estímulo à formação cooperativista e associativa, privilegiando as ações apoiadas ou promovidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). O PLS seguiu para a apreciação da Câmara dos Deputados.

Agropecuário e Sescoop

PLS 559/2013Modernização da Lei de Licitações e Contratos

A participação das cooperativas de trabalho em processos de licitações e contratos com a administração pública está garantida com a aprovação do parecer do senador Fernando Bezerra Coelho (PE) pela Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN) e, também, pelo Plenário do Senado Federal, em dois turnos.Resultante de um trabalho entre o Sistema OCB e a senadora Ana Amélia (RS), integrante da Diretoria da Frencoop, o relator retirou do projeto a restrição da participação de cooperativas em licitação quando houver “trabalho subordinado”. Também ficou proibido qualquer afastamento à participação de cooperativas que estejam de acordo com as Leis nº 5.764/1971 e nº 12.690/2012. O relator atendeu, ainda, ao pleito para manter a dispensa de licitação para as cooperativas de coleta de resíduos sólidos. O projeto agora segue para apreciação da Câmara dos Deputados.

Trabalho

PLS 356/2012 Criação de fundos próprios

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou projeto que permite às cooperativas de transporte de cargas e/ou pessoas criar fundos próprios para prevenção e reparação de danos ocasionados aos seus veículos por furto, acidente, incêndio, entre outros. O projeto original concedia essa permissão apenas às associações, mas após trabalho conjunto entre o Sistema OCB e os senadores da Frencoop, as cooperativas foram incluídas no texto. O PLS em questão também anistia multas relacionadas à criação de fundos, que vinham sendo aplicadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Transporte

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

PL 5.975/2016 Financiamento da atividade sindical

O Sistema OCB trabalhou pela retirada de inúmeros dispositivos do texto que prejudicavam a atividade dos sindicatos patronais e os trabalhadores. O relatório final está alinhado aos interesses cooperativistas e foi aprovado pela Comissão Especial do Financiamento da Atividade Sindical.

Sindical

PL 3.748/2015Substituição processual por cooperativa

Seguindo o posicionamento do Sistema OCB, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) aprovou matéria que modifica a Lei nº 5.765/1971. A mudança permite às cooperativas agirem como substitutas processuais de seus associados. O projeto segue para deliberação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Todos os ramos

Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS42

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

PLP 32/2007 Simples Nacional

A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou o PLP 32/2007 e seus apensados, que propunham enquadrar as cooperativas no Simples Nacional. Na visão do Sistema OCB, que defendia a rejeição do PLP, os projetos em questão distorciam o conceito de cooperativismo e ato cooperativo, pois baseavam-se no conceito de receita bruta. Como as cooperativas não faturam nem auferem receita para si, o seu enquadramento no regime tributário do Simples é inadequado, pois fere o devido tratamento tributário ao ato cooperativo.

Todos os ramos

PL 2.478/2011 Política agrícola

O projeto dispõe sobre o planejamento de ações de política agrícola pelo Poder Executivo, incluindo iniciativas de apoio às cooperativas. A matéria foi aprovada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) e aguarda apreciação pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Agropecuário

PL 2.857/2015 Dívidas de cooperativas rurais

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) rejeitou o projeto, que autorizava as cooperativas rurais que tinham dívidas vencidas ou vincendas com a União a renegociar essas dívidas utilizando-se de créditos de qualquer tipo a receber. A recusa do projeto está alinhada à visão do Sistema OCB, que prefere adotar uma posição cautelosa em relação à matéria, visto que ela altera as atuais regras de recebimento de crédito tributário, já definidas por um título do Tesouro.

Agropecuário

PL 3.764/2015 Tecnologia para agricultura familiar

Foi aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) o projeto que altera as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. O novo texto inclui dispositivos que tratam do planejamento e da execução de ações públicas voltadas à modernização e inovação tecnológica, e para o desenvolvimento e transferência tecnológica. O projeto segue para deliberação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Agropecuário

PL 2.353/2015 Conceito de pescador artesanal

Com apoio do Sistema OCB, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) aprovou substitutivo que uniformiza o conceito de pescador artesanal.

Agropecuário

PL 7.083/2014 Produção de polpa e suco de frutas artesanais

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou a redação final do projeto que trata da produção de polpa e suco de frutas artesanais em estabelecimento familiar e rural. Durante a tramitação na Câmara, foi inserida ao texto emenda que estimula a formação de cooperativas pelos produtores familiares. A matéria seguiu para análise do Senado Federal.

Agropecuário

Relatório de Gestão OCB 2016 43

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

PL 5.262/2016 Reserva Legal

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) rejeitou projeto que ajusta as formas de compensação da Reserva Legal para assegurar a preservação dos recursos ambientais. O Sistema OCB entende que o texto limitava a compensação da Reserva Legal à micro bacia. O projeto segue para deliberação da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).

Agropecuário

PL 2.325/2007 Cultivares

O projeto que exigia a autorização do titular para a comercialização do produto da colheita, incluindo-se aí plantas inteiras ou suas partes, foi rejeitado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), conforme posicionamento do Sistema OCB.

Agropecuário

PL 4.550/2016 CAR

Com o apoio do Sistema OCB, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) aprovou projeto que altera a redação do § 3º do art. 29 da Lei nº 12.651/2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, para prorrogar o prazo de inscrição do imóvel rural no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O texto segue para deliberação da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).

Agropecuário

PLP 100/2011 Operações financeiras

Essa proposta consiste em uma das mais democráticas, inovadoras e eficazes ações para potencializar o crescimento do cooperativismo de crédito brasileiro, gerando desenvolvimento e fomentando as economias locais de muitos dos municípios do país. A matéria, aprovada recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), permite que as cooperativas de crédito cuidem da gestão das disponibilidades de caixa dos entes públicos municipais. Hoje apenas bancos oficiais podem fazer isso, uma reserva de mercado desnecessária e que prejudica as comunidades, visto que em 564 municípios brasileiros as cooperativas de crédito são a única instituição financeira presente. O PLP em questão, que faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo desde 2011, segue para análise do Plenário.

Crédito

PL 4.238/2012 Estatuto da Segurança Privada

O substitutivo do projeto que institui o Estatuto da Segurança Privada para as instituições financeiras foi aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados sem contemplar os pleitos do cooperativismo, apesar dos esforços conjuntos do Sistema OCB e da Frencoop. A matéria foi enviada ao Senado Federal. Lá, continuaremos a trabalhar para reduzir o impacto do projeto para as cooperativas.

Crédito e Trabalho

PL 1.962/2015 Pequenas centrais

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) aprovou projeto que dispõe sobre incentivos à implantação de pequenas centrais hidrelétricas e de centrais de geração de energia elétrica a partir da fonte solar e da biomassa. A matéria segue para deliberação da Comissão de Minas e Energia (CME).

Infraestrutura

Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS44

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Seção 2 // OBJETIVOS FINALÍSTICOS Relatório de Gestão OCB 2016 4544

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Matéria Resumo DescriçãoRamo/setor beneficiado

PL 3.247/2015 PIS e Cofins das cooperativas de trabalho

Permite às cooperativas do Ramo Trabalho excluírem da base de cálculo do PIS e da Cofins os valores repassados aos seus cooperados em decorrência da prestação de serviços em nome da cooperativa. Com o apoio do Sistema OCB, a matéria foi aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS).

Trabalho

PL 4.844/2012 Criação de fundos por transportadores

O projeto autoriza os transportadores de cargas e as cooperativas do ramo a criarem fundo próprio para prevenção de danos ocasionados aos seus veículos por furto, acidente e outros. O projeto já foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e agora aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Transporte

PL 5.587/2016 Aplicativos digitais

O projeto trata do transporte individual remunerado, do transporte motorizado privado e da regulamentação dos aplicativos digitais de transporte de pessoas. Como as cooperativas são partes interessada no assunto, o Sistema OCB e a Frencoop participaram das reuniões do Grupo de Trabalho sobre o assunto.

Transporte

PL 3.660/2015 Turismo rural

Com o apoio do Sistema OCB, o projeto aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) inclui expressamente a menção ao fomento de atividades econômicas no campo vinculadas à cultura e ao turismo, além da promoção à formação e à profissionalização de técnicos culturais no campo. A matéria segue para deliberação da Comissão de Turismo (CTUR).

Turismo e Lazer

Relatório de Gestão OCB 2016 45

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PODER EXECUTIVOInstituição suprapartidária e sem fins lucrati-vos, a OCB se orgulha de manter um ótimo relacionamento com o Poder Executivo, inde-pendentemente da sigla que esteja ocupan-do a Presidência da República, os ministérios, as autarquias e demais instituições públicas. Nossa única bandeira é o cooperativismo. E é por isso que sempre encontramos as portas abertas para discutir as políticas públicas que afetam nosso setor.

Legítima representante do cooperativis-mo brasileiro, a OCB mantém uma agenda permanente de reuniões com ministros de estado, secretários de governo, diretores de agências reguladoras e demais gestores públicos. Com isso, conseguimos levar a pauta cooperativista para a esfera executiva, colaborando para a construção de projetos e políticas públicas alinhadas aos ideais e aos anseios dos nossos cooperados.

LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Diário Oficial da União – para melhor acompanhar a atuação do Poder Executivo, todos os dias a equipe de analistas políticos da OCB lê atentamente o Diário Oficial (DOU), veículo de comunicação encarregado de dar publicidade a todos os atos oficiais do governo federal. O objetivo é identificar iniciativas capazes de impactar o dia a dia das nossas cooperativas. E sempre que algum normativo relevante é identificado, essa informação é repassada imediatamente aos conselhos consultivos dos ramos e às unidades estaduais. Em 2016, foram mapeados 3.208 normativos de interesse do cooperativismo no DOU, aprovados por 182 órgãos da administração pública.

Atenção ao fisco – outra leitura obrigatória na Casa do Cooperativismo são as decisões publicadas pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Incluímos esse material em nossa rotina para acompanhar os julgamentos em segunda instância dos litígios em matéria tributária e aduaneira. Desde 2016, estão sendo mapeados todos os processos administrativos em curso no CARF que tenham como parte sociedades cooperativas com atuação nos casos que envolvam temas de alta relevância, previamente definidos.

Defesa Econômica – 2016 marcou o início do acompanhamento sistemático dos processos que tramitam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável por investigar e decidir, em última instância, processos da área concorrencial. O objetivo é, inicialmente, acompanhar todas as ações que tenham como parte cooperativas de saúde, disponibilizando auxílio técnico e jurídico aos nossos associados.

Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado que visam assegurar o direito à educação, à saúde, à moradia e aos demais aspectos da cidadania, de forma ampla (para todos) ou segmentada (focada em um determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico).

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Em números

✓ Em 2016, foram realizadas mais de 27 reuniões com ministros de Estado e diretores de Agências Reguladoras.

✓ Além disso, ocorreram 201 reuniões com grupos de trabalho e outros fóruns no âmbito do Poder Executivo

✓ Número total de normativos mapeados no DOU: 3.208

✓ Órgãos com normativos mapeados: 182

E o que isso representa para as cooperativas?

Significa que o nosso time atua como foro consultivo do Poder Executivo na identificação de oportunidades para o desenvolvimento do cooperativismo.

Principais conquistas de 20161. Prorrogação do ICPC 14

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) prorro-gou, por mais um ano, a adoção obrigatória das nor-mas que alteram a classificação contábil das quotas dos associados nas sociedades cooperativas brasi-leiras (ICPC 14). Se as novas regras entrassem em vigor, as quotas de capital social deixariam de ser registradas como patrimônio da cooperativa até que ocorresse uma das formas de desligamento do coo-perado, para serem classificadas como passivo.

O adiamento deu-se após intenso trabalho de articu-lação do Sistema OCB. O entendimento é de que as novas regras de classificação impactarão negativamente as sociedades coope-rativas, que terão seus índices de endividamento alterados para pior – o que pode dificultar o acesso ao crédito, bem como prejudicar a imagem do setor. Além disso,

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o Sistema OCB defende a aplicação do § 4º do artigo 24 da Lei nº 5.764/1971, alterado pela Lei nº 13.097/2015, com o apoio da Frencoop, a fim de garantir a correta classificação do capital das sociedades cooperativas.

As negociações continuarão em 2017 por meio do Grupo de Trabalho instituído no CFC, com a participação da OCB e da comunidade acadêmica.

2. Plano Agrícola e Pecuário 2016-2017

Todos os anos, o governo federal divulga o Pla-no Agrícola e Pecuário, principal instrumento direcionador das políticas públicas do agrone-gócio brasileiro. O projeto é aguardado com expectativa pelas cooperativas brasileiras, já que define as diretrizes centrais das linhas de crédito e financiamento do campo.

Entre as vitórias alcançadas no âmbito do Plano, merece destaque a ampliação de 12,9% no volume de crédito rural para cus-teio e comercialização (agricultura empresa-rial), saltando de R$ 149,5 bilhões para R$ 168,8 bilhões nesta safra. Além disso, houve incremento no montante para investimento em 5,5%, passando de R$ 18,9 bilhões para R$ 19,9 bilhões.

Confira outros avanços e melhorias:

✓ Garantia da continuidade dos programas Prodecoop, Procap e PCA para as cooperativas agropecuárias, que juntos somam uma dotação orçamentária para safra 2016/17 de R$ 6,1 bilhões;

✓ Ampliação dos volumes de recursos do Procap-Agro (giro e integralização de quotas-partes) em 13,5%, passando de R$ 2 bilhões para R$ 2,27 bilhões nesta safra. Além disso, houve a ampliação de R$ 5 milhões no limite de financiamento por cooperativa;

✓ Garantia da continuidade dos recursos

do PCA para aplicação na construção de novos armazéns na região Sul do Brasil;

✓ Nos empréstimos destinados a cooperativas dos setores de avicultura e suinocultura houve aumento dos limites de financiamento para R$ 100 milhões;

✓ Possibilidade de contratação de financiamentos do Pronaf Agroindústria, concomitantemente ao financiamento do Procap-Agro giro, o que anteriormente não era permitido;

✓ Ampliação do volume de recursos do Prodecoop em 51,9%, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,43 bilhões nesta safra. Além disso, houve aumento de R$ 10 milhões no limite para financiamento por cooperativa;

✓ Garantia da continuidade do item financiável “ativos operacionais pré-existentes” enquadráveis.

3. Seguro Rural

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa) liberou R$ 100 milhões de subvenção ao seguro rural às seguradoras, como parte dos R$ 400 milhões previstos no orçamento para o fim de 2016. Houve o forta-lecimento do projeto de negociação coletiva do Programa de Subvenção ao Prêmio do Se-guro Rural para a cultura da soja, com orça-mento de R$ 32 milhões previstos para 2016. Grande parte desses recursos foi aplicada por cooperativas agropecuárias.

Como legítima representante do cooperativis-mo brasileiro, a OCB participa de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Agricultura para desenvolver propostas de ajustes ao atu-al modelo de seguro rural. Vale destacar que o seguro rural representa um importante me-canismo de proteção para que os produtores possam investir com segurança no campo, dando continuidade às suas atividades, mes-mo com eventual ocorrência de eventos cli-máticos desfavoráveis.

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O tema é tão relevante que, em 2016, foi editada a Cartilha “Guia de Seguros Rurais e Proagro”, projeto coordenado pela Confederação Nacional da Agricul-tura (CNA) e pela Federação da Agricultura do Estado do Parana (Faep), que contou com a participação do Sistema OCB, Ocepar e FenSeg. O objetivo do ma-terial é aumentar o conhecimento dos nossos coo-perados sobre as apólices disponíveis no mercado, as coberturas oferecidas, os critérios de apuração dos prejuízos e o valor das indenizações em caso de eventos climáticos adversos. A publicação está dis-ponível para download no endereço: http://www.so-moscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/Cartilha_seguro_rural.pdf

4. Manual de Crédito Rural

O Sistema OCB participou de forma ativa e intensa da reformulação do Manual de Crédito Rural – publicação que codifica as normas aprovadas pelo Conselho Mo-netário Nacional (CMN) relativ as ao crédito rural.

Um dos pontos trabalhados durante o período foi negociar a melhor condição às cooperativas no estabelecimento de limites para financiamentos.

O trabalho rendeu frutos e garantiu a manuten-ção de algumas rubricas, com o aumento dos li-mites, especialmente no tocante aos seguintes pontos: ao adiantamento (valor que passou a R$ 400 mil por cooperado); à aquisição de insumos para fornecimento (R$ 400 mil por cooperado); e ao crédito de custeio para beneficiamento e in-dustrialização. Além disso, foi eliminada a possi-bilidade de determinação dos limites globais das duas primeiras rubricas.

Pra que serve o crédito rural

✓ Estimular os investimentos rurais para produção, extrativismo não predatório, armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários, quando efetuado pelo produtor na sua propriedade rural, por suas cooperativas ou por pessoa física ou jurídica equiparada aos produtores.

✓ Favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de produtos agropecuários.

✓ Fortalecer o setor rural.

✓ Incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, visando ao aumento da produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada defesa do solo.

✓ Propiciar, através de crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais.

✓ Desenvolver atividades florestais e pesqueiras;

✓ Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos termos da Lei 11.326/2006, estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra familiar, por meio do financiamento de atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural ou áreas comunitárias próximas, inclusive o turismo rural, a produção de artesanato e assemelhados.

Fonte: Manual do Crédito Rural

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5. Cooperativas permissionárias de distribuição de energia elétrica: nova metodologia de revisão tarifária

Em maio de 2016, foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a nova metodologia de revi-são tarifária aplicada às cooperativas, que já considera as especificidades do cooperativismo ao simplificar e aumentar a autonomia para estabelecer os seus cus-tos operacionais.

A conquista resultou de um intenso e longo tra-balho desenvolvido pelo Sistema OCB que incluiu dezenas de reuniões com as equipes técnicas da agência, além da participação e contribuição nas audiências públicas sobre o tema promovidas pela Aneel. Com isso, a Casa do Cooperativismo intensificou o canal de comunicação com a au-tarquia federal – trazendo um espaço importante para fortalecer a imagem do cooperativismo de infraestrutura, o que certamente contribuirá para a concretização de outras demandas fundamen-tais para o crescimento do setor.

6. Geração distribuída de energia

Desde 2012, quando entrou em vigor a Resolu-ção 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renová-veis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua

localidade. Em abril do ano passado, quando en-trou em vigor a Resolução 687/2015, a agência autorizou a constituição de cooperativas de gera-ção distribuída, ou seja, os consumidores foram autorizados a formar cooperativas para geração de energia.

A inovação deve-se à participação efetiva do Sistema OCB na consulta pública promovida pela Aneel que tratou do tema. Em março, foi constituída a primeira cooperativa de geração distribuída do Sistema OCB, a Cooperativa Brasileira de Energias Renováveis (Coober), instalada no município de Paragominas (PA), congregando 23 cooperados que produzem sua própria energia por meio de painéis fotovoltaicos.

7. Propriedade ou posse de veículo de carga

Para integrar a frota de uma Cooperativa de Trans-porte de Carga (CTC), um caminhão precisa estar registrado em nome do dono ou da cooperativa? Pois desde a publicação da Resolução 4.799/2015 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – que trata dos procedimentos para ins-crição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) – pairava uma dúvida no ar. Muitas cooperativas se valiam da resolução anterior (3.056/2009) e da falta de obrigatoriedade de comprovação de 20 veículos para realizarem o transporte remunera-do de cargas enquadradas na categoria CTC. Mas isso poderia gerar problemas para elas no futuro.

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Atentos a essa mudança e ao impacto no coope-rativismo, nos reunimos por diversas ocasiões com a ANTT para encontrar uma solução capaz de minimizar o impacto em tais operações. Sen-sibilizada com o pleito cooperativista, a agência publicou a Resolução ANTT 5.081/16 que revoga dispositivos do artigo 6º da Resolução 4.799/2015 e define que a CTC poderá comprovar a proprie-dade ou a posse de veículo automotor de carga e de implementos rodoviários em seu nome ou no de seus cooperados.

8. Fim da exigência do contrato de arrendamento no MT

O Sistema OCB trabalhou em conjunto com a uni-dade estadual do Mato Grosso para eliminar um importante obstáculo ao fortalecimento das coope-rativas de todo o país que realizam transporte no estado. Até o ano passado, os embarcadores e pos-tos fiscais do estado exigiam a apresentação de um contrato de arrendamento entre as cooperativas e seus cooperados. Um tipo de contrato completa-mente inadequado ao modelo cooperativista.

Em busca de uma solução para esse impasse, re-alizou-se uma reunião entre representantes do cooperativismo brasileiro, da Secretaria Estadual de Fazenda (SEFAZ/MT) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Após o encontro, o escritório regional da ANTT e a SEFAZ/MT chega-ram a um acordo para que não houvesse mais a exigência de contrato de arrendamento entre coo-perativa e cooperado. Essa decisão beneficiou não

apenas as cooperativas de transporte do estado, mas todas as que transportam cargas para Mato Grosso, bem como os embarcadores locais.

9. Programa BNDES de financiamento a caminhoneiros

As cooperativas de transporte de cargas receberam uma excelente notícia em 2016: o Banco de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) incluiu seus associados como beneficiários da linha de fi-nanciamento do Procaminhoneiro.

Desde então, os cooperados passaram a poder pleite-ar os recursos desta linha diretamente com o agente financeiro de seu relacionamento e a comprovação ocorrerá por meio do Registro Nacional de Transporta-dores Rodoviários de Cargas (RNTRC) da cooperativa.

O objetivo é o financiamento para aquisição de caminhões, chassis, caminhões-tratores, carretas, cavalos-mecânicos, reboques, semirreboques e carrocerias para caminhões, novos ou usados, de fabricação nacional.

10. Adequação à Resolução ANTT 4.777/2015 – Fretamento

Uma mudança na Resolução 4.777/2015 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) trouxe um grande ganho para o cooperativismo nacional. O normativo dispõe sobre a regulamentação da pres-

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tação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros realiza-do em regime de fretamento.

Até então, a ANTT, para cadastro dos transportado-res, exigia o vínculo dos veículos declarados com a pessoa jurídica, ou seja, com a cooperativa – ou estes deveriam estar em nome da cooperativa ou, ainda, o arrendamento deveria constar no campo de observações do Certificado de Licenciamento do Veículo (CLRV).

A atuação do Sistema OCB, mais uma vez, foi de-terminante para mudar o cenário. Considerando as particularidades do modelo societário das coopera-tivas de transporte, a agência viu como desneces-sária a obrigatoriedade do contrato de arrendamen-to entre o cooperado e a cooperativa, permitindo, assim, que os veículos cadastrados continuassem em nome dos associados.

11. Projeto Conhecer para Cooperar

Ao longo de 2016, foi realizado um dos mais impor-tantes projetos do Ramo Agropecuário: o Conhecer para Cooperar – iniciativa que permitiu a visita in loco dos formuladores de políticas públicas e agen-tes financeiros a cooperativas dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Criado pelo Sistema OCB, o projeto promoveu a imer-são desses representantes no universo cooperativis-ta. Durante as visitas, foi apresentada a organização do Sistema Cooperativista Brasileiro, além das parti-cularidades da gestão e da governança corporativa.

A ideia foi mostrar, de perto, a realidade do coope-rativismo agropecuário com uma programação que incluiu tanto um roteiro teórico, em Brasília, quanto exposições práticas do trabalho das cooperativas, pensando, claro, em fomentar políticas públicas e normativos que somem para o desenvolvimento sustentável do ramo.

O “Conhecer para Cooperar”, em sua primeira edição, contou com a participação de integrantes dos minis-térios da Fazenda e da Agricultura, Banco Central, BN-DES, Caixa, Banco do Brasil, Bancoob e Sicredi.

E virão mais conquistas por aí....Além de todas as vitórias em 2016, atuamos de per-to em alguns outros temas que, apesar de grandes avanços, ainda não foram finalizados. Continuare-mos de olho nestas pautas que tanto interessam e podem beneficiar nossos cooperados. Confira:

✓ Participação de cooperativas no Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO)

Voltado ao investimento em empreendimentos pro-dutivos com grande capacidade de gerar novos negó-cios e atividades produtivas, o FDCO não contempla as cooperativas da região. Dispostos a reverter essa situação, o Sistema OCB e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) realizaram diversas reuni-ões com a Casa Civil, o Tesouro Nacional e Ministério da Integração. Em conjunto, elaboramos uma revisão ao decreto que instituiu o Fundo. Após a mudança, que aguarda os últimos trâmites para sua publicação, as cooperativas serão incluídas na lista de entidades aptas a receberem investimento do FDCO.

✓ Tratamento de cooperativas de pequeno porte em processos de exportação

Em 2016, o governo federal realizou Consulta Pú-blica sobre a edição de Instrução Normativa acerca da simplificação de procedimentos de exportação destinados a determinados tipos societários (RFB 09/2016). O Sistema OCB enviou proposta para in-cluir nos objetivos do normativo: “sociedades co-operativas que tenham auferido, no ano-calendário anterior, receita bruta até o limite definido na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006”. A sugestão aguarda validação.

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✓ Participação efetiva das cooperativas de crédito como operadoras dos Fundos Constitucionais

Em 2016, o Sistema OCB e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) estiveram mobilizados em diversas reuniões e contatos com a Casa Civil, o Ministério da Integração e o Banco Central do Brasil, entre outros, na tentativa de potencializar o alcance dos Fundos Constitucionais do Centro-Oeste (FCO), do Fundo Constitucional de Financiamento do Nor-deste (FNE) e do Fundo Constitucional de Financia-mento do Norte (FNO) por meio do cooperativismo de crédito. Como resultado dessas ações, o Ministé-rio da Integração se propôs a revisar a Portaria 616, de 26 de maio de 2003, para dar maior transparência e previsibilidade dos repasses dos fundos constitu-cionais aos bancos cooperativos e confederações de cooperativas de crédito. O normativo aguarda os últi-mos trâmites para a sua publicação em 2017.

✓ Contratações de cooperativas de trabalho pelo Poder Público

Tendo em vista a abertura de consulta pública do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG) sobre contratações públicas de serviços terceirizados, o Sistema OCB esteve mo-bilizado – junto às unidades estaduais e represen-tantes do Ramo Trabalho – para prestar diversas contribuições à minuta de reformulação da Instru-ção Normativa 2, de 30 de abril de 2008. O texto vetava a possibilidade das sociedades cooperativas serem contratadas pelos órgãos públicos quando o objeto da prestação de serviço demandar execução em estado de subordinação. Para tanto, foram en-caminhadas 68 contribuições do movimento coope-rativista com o intuito de adequar o novo normativo.

✓ Tratamento adequado de cooperativas de pequeno porte em contratações públicas

Na avaliação do Sistema OCB, as cooperativas de pequeno porte não estão mencionadas de forma adequada no Decreto nº 8.538/2015, que dispôs sobre tratamento favorecido, diferenciado e sim-plificado em contratações públicas de bens, ser-viços e obras no âmbito da administração pública federal. Com o objetivo de corrigir o equívoco, di-versas reuniões e contatos foram realizados com a Casa Civil, a Secretaria de Governo, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e a Secre-taria Especial da Micro e Pequena Empresa, sem ainda, fechamento das discussões.

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PODER JUDICIÁRIOO ano de 2016 destacou-se pela intensificação das ações e iniciativas do Sistema OCB perante o Poder Judiciário. O papel – enquanto legítimos representantes do cooperativismo brasileiro – de apresentar aos juízes, desembargadores e minis-tros o entendimento cooperativista sobre a legis-lação vigente, a jurisprudência relacionada ao se-tor e a Constituição Federal continuou em ritmo intenso. Afinal, o Direito não é uma ciência exata e as particularidades do universo cooperativista precisam ser consideradas quando se toma uma decisão capaz de afetar as vidas de milhões de cooperados brasileiros.

Mas a atuação não se limitou a essa atividade, iniciando-se um trabalho importante de monito-ramento de decisões judiciais e divulgação de posicionamentos a todo o movimento coopera-tivista nacional. Os advogados e consultores jurí-dicos da OCB estão sempre a postos para apre-sentar o entendimento legal do Sistema sobre as principais pautas cooperativistas, especialmente na seara societária e nos temas relacionados ao ato cooperativo – todo e qualquer ato praticado entre a cooperativa e seus associados, entre es-tes e aquela, e também pelas cooperativas entre si, para a consecução de seus objetivos sociais.

Confira, a seguir, os principais destaques da nossa atuação perante ao Poder Judiciário:

ATUAÇÃO DIRETA NOS TRIBUNAIS SUPERIORES

Novo Código Florestal

A OCB seguiu sua atuação na condição de ami-cus curiae nas quatro Ações Diretas de Inconsti-tucionalidade (ADI) abertas contra dispositivos da Lei nº 12.651/012, que alteraram o marco regula-tório da proteção da flora e da vegetação nativa

no Brasil. As três primeiras foram ajuizadas pela Procuradoria Geral da República (PGR), e a última pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

As ações (ADIs 4901, 4902, 4903 e 4937) estão sendo julgadas pelo Supremo Tribunal Federal e tiveram uma importante movimentação em 2016: a realização de audiência pública em mar-ço, requisitada pelo relator das ações, ministro Luiz Fux. Na oportunidade, foram debatidos as-pectos técnicos e econômicos do novo Código Florestal.

A defesa das teses do Sistema OCB foi levada à audiência por meio de um dos oradores admi-tidos pelo STF, o ex-presidente da OCB e ex-mi-nistro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O líder cooperativista ressaltou que eventuais mudan-ças no novo Código Florestal irão impactar dire-tamente a vida de milhares de cooperados e as atividades de praticamente 2 mil cooperativas.

MONITORAMENTO – o novo Código Florestal ainda é tema de muitos debates e polêmicas no Judiciário. Por isso, além da atuação como amicus curiae no STF, o Sistema OCB monitora toda a movimentação judicial e legal realizada em torno da matéria. O objetivo é levantar pon-tos que representam avanços legislativos para o setor produtivo e outros que se encontram sob risco de perderem vigência na interpretação do Poder Judiciário.

Ao longo do ano, acompanhamos 375 julgados sobre o tema, especialmente nos tribunais dos estados de São Paulo e de Minas Gerais, que apreciaram casos envolvendo a aplicação de re-gras do novo Código Florestal relativas aos di-versos aspectos jurídicos de Áreas de Preserva-ção Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL).

Amicus curiae: trata-se de interessado no julgamento da questão que, por sua reconhecida condição de representatividade, tem a prerrogativa de fornecer subsídios ao tribunal, com vistas a contribuir com o julgamento da causa, por meio de memoriais, participação em audiências públicas e sustentação oral. O amicus curiae não é parte direta do processo.

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Em números

TRIBUNAIS SUPERIORES

10.006 decisões mapeadas

4.691 decisões analisadas

Ramos com maior número de julgados: Saúde ............................. 2.544 Agropecuário .................... 704Crédito .............................. 578 Habitacional ...................... 426 Transporte ........................... 85

TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

817 decisões monitoradas

432 decisões disponibilizadas

Ramos com maior número de julgados: Saúde ............................... 168Crédito ............................. 148 Agropecuário ..................... 78Habitacional ...................... 33Transporte.......................... 26

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✪ ATO COOPERATIVO

O Sistema OCB solicitou a admissão como amicus curiae em quatro recursos em andamento no Su-premo Tribunal Federal (STF) e em dois processos em andamento junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) relacionados ao ato cooperativo. O objetivo é propiciar o melhor debate em favor das cooperati-vas e de seus cooperados junto ao Poder Judiciário.

Os pedidos foram aceitos e, desde então, temos in-tensificado os trabalhos perante as Cortes Superiores. Em 2016, dois importantes julgamentos ocorreram sobre o tema, um em cada corte:

STJ – Em abril, sessão da 1ª Seção de Direito Público do Superior Tribunal de Justiça entendeu pela não in-cidência do PIS e da COFINS sobre os atos coopera-tivos típicos das sociedades cooperativas, na leitura do art. 79, parágrafo único da Lei nº 5.764/1971. O Sistema OCB esteve presente no julgamento, des-pachando previamente memoriais com os ministros e realizando sustentação oral durante o julgamento.

O entendimento foi adotado nos autos dos Recur-sos Especiais Repetitivos 1.164.716/MG e 1.141.667/RS, cujos acórdãos acabaram publicados em 4 de maio, tendo como partes, respectivamente, uma cooperativa de trabalho (Cooperativa dos Instruto-res de Formação Profissional e Promoção Social Ru-ral Ltda.) e uma cooperativa do Ramo Agropecuário (Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caé Ltda.). A tese central fixada na referida decisão foi a seguinte: “não incide a contribuição destinada ao PIS/Cofins sobre os atos cooperativos típicos re-alizados pelas cooperativas”.

O que está sendo questionado pelas ADIs?

ADI 4901 – o artigo 12 da Constituição Federal (parágrafos 4º, 5º, 6º, 7º e 8º), que trata da redução da Reserva Legal – área de vegetação natural que deve ser prote-gida, mas pode ser explorada de forma sustentável.

ADI 4902 – temas relacionados à recu-peração de áreas desmatadas e medidas que desestimulariam a recomposição da vegetação original, como a anistia conce-dida a quem desmatou áreas de preserva-ção ambiental antes da aprovação do novo código. Os instrumentos de compensação ambiental previstos pelo novo código de-terminam, entre outros, que áreas desma-tadas podem ser compensadas através da compra ou arrendamento de áreas com mata no mesmo bioma.

ADI 4903 – matéria relativa às hipóteses de intervenção em Áreas de Preservação Permanente (APP) e questiona o enqua-dramento de novas situações nas hipóte-ses de utilidade pública e interesse social como autorizadoras dessa intervenção (tais como as atividades recreativas, gestão de resíduos – aterros -, aquicultura, mangue-zais e restingas, comprometidos em suas funções ecossistêmicas, para implantação de projetos habitacionais).

ADI 4937 – a instituição das Cotas de Re-serva Ambiental (CRA) e a servidão flores-tal, por considerá-las instrumentos de es-peculação. A CRA consiste em um título normativo representativo de área com ve-getação nativa, existente ou em processo de recuperação. No entendimento da ADI, agricultores que não têm Reserva Legal poderão compensá-la adquirindo esse tí-tulo na bolsa de valores.

Fonte: STF

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STF – o ministro Dias Toffoli julgou os embargos de de-claração no Recurso Extraordinário (RE) 599.362, para fixar a tese da repercussão geral no tema nº 323, assim redigida: “A receita auferida pelas cooperativas de tra-balho decorrente dos atos (negócios jurídicos) firmados com terceiros se insere na materialidade da contribuição ao PIS/Pasep.” O julgado, que até então vinha afetando vários ramos do cooperativismo, agora fica restrito às cooperativas de trabalho.

Em 2017, a OCB seguirá atuando nos REs 672.215 e 597.315, ambos sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, nos quais também figura na condição de amicus curiae. O objetivo é buscar a correta compreensão dos julgadores quanto às especificidades da relação societá-ria estabelecida entre a cooperativa e seus cooperados e de sua atuação no mercado, para consecução de seus fins sociais, bem como dos reflexos na seara tributária dessas particularidades.

Proibição do bloqueio das quotas-partes dos associados das cooperativas de crédito

Em 2016, a equipe da OCB realizou intenso trabalho de sensibilização do Poder Judiciário – mais precisa-mente do Conselho Nacional de Justiça – e do Ban-co Central do Brasil sobre a importância de resguardar as quotas-partes dos associados de cooperativas de crédito de eventuais ordens de bloqueio via sistema BacenJud. Esse tipo de sequestro afetaria os limites prudenciais das cooperativas de crédito – definidos pelo Banco Central para garantir a adequação do capi-tal das instituições financeiras em relação aos riscos mensurados.

Após longa negociação, ficou definido que os magis-trados brasileiros não poderiam ordenar o bloqueio das quotas-parte dos associados, para não afetar a solidez da cooperativa, fato que prejudicaria não somente um, mas todos os cooperados vinculados à instituição.

As quotas-partes são a quantia em dinheiro que os associados depositam no momento em que ingressam em uma cooperativa ou momentos posteriores de integralização definidos em assembleias gerais. Esse dinheiro contribui para o suporte das atividades financeiras da instituição. Para funcionarem, as cooperativas precisam de recursos, pois necessitam de capacidade própria de capitalização, o que as viabiliza operacional e negocialmente. O incremento do capital ocorre pela adesão de novos associados.

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as cooperativas de crédito, a cada novo julgamen-to em que a aplicação da OJ 379 TST está em dis-cussão, é realizada uma atuação específica junto ao ministro relator do recurso e demais integrantes da turma julgadora, focado na garantia de manutenção do entendimento de não equiparação.

✪ MONITORAMENTO DOS TRIBUNAIS

Com o objetivo de ampliar a nossa atuação junto ao Poder Judiciário, iniciamos em 2016 um trabalho de monitoramento de decisões junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) em recursos envolvendo as cooperativas.

Desse trabalho, desdobram-se duas ações, com fo-cos distintos:

✓ Divulgação das decisões favoráveis às cooperativas por meio de um informativo intitulado Cooperativismo nos Tribunais. A publicação tem servido de apoio aos advogados que atuam nas cooperativas tanto na elaboração de pareceres quanto na atuação em processos judiciais.

✓ Identificação dos principais temas e decisões desfavoráveis no STJ e STF às cooperativas, por desconhecimento do modelo cooperativista,

Não equiparação de empregados de cooperativas de crédito a bancários

Após um intenso trabalho de sensibilização e con-vencimento junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em 2010, o cooperativismo de crédito obteve importante conquista. A Orientação Jurisprudencial SDI1-379 TST pacificou o entendimento de que os empregados de cooperativas de crédito não se equi-param a bancários, para fins do art. 224 da CLT – que estabelece a jornada de trabalho de seis horas para os empregados de bancos, casas bancárias e Caixa Eco-nômica Federal.

Desde então, re-alizamos um tra-balho constante de monitoramento das decisões envolvendo a discussão de jorna-da de trabalho de empregados de cooperativas de crédito que che-gam ao TST. Em conjunto com

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para definição de uma atuação estratégica junto aos tribunais e aos ministros que os compõem.

✓ Este trabalho, iniciado em junho de 2016, já resultou no mapeamento de mais de 10.000 processos judiciais de cooperativas e análise de 4.691 movimentações processuais em recursos de cooperativas perante os Tribunais Superiores.

✓ Entre os principais temas monitorados no STJ e STF, destacam-se:

✓ Possibilidade de rescisão de contrato coletivo de plano de saúde;

✓ Alteração do valor do plano de saúde por mudança de faixa etária;

✓ Legalidade da incidência de capitalização de juros em contratos de empréstimo/financiamento;

✓ Inconstitucionalidade do FUNRURAL: acompanhamento das decisões que tratam da inconstitucionalidade da cobrança de contribuição previdenciária do produtor rural, em suas diversas modalidades.

Já nos Tribunais de Justiça, o mesmo trabalho de monitora-mento vem resultando na identificação de importantes jul-gados para subsidiar a atuação dos departamentos jurídicos das cooperativas, destacando-se:

✓ Não aplicação do Código de Defesa do Consumidor às relações entre cooperado e cooperativa. Considerando as frequentes interpretações equivocadas acerca da incidência das regras consumeristas nas operações

entre cooperativas e cooperados, foram disponibilizados julgados dos Tribunais de Justiça de SP, RJ, MG, RS, PR e DF que deram a correta interpretação sobre a questão.

✓ Aplicação das regras do Novo Código Florestal, em especial no tocante aos temas de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).

✪ COOPERATIVISMO NOS TRIBUNAIS

O informativo, que traz as mais diversas decisões judiciais proferidas em recursos de cooperativas de todos os segmentos, é fruto dessa atividade de monitoramen-to dos Tribunais e tem funcionado como uma importante ferramenta de divulgação e de trabalho para todo o sistema coope-rativista nacional.

Composto por três sessões, o boletim sempre traz a análise jurídica de uma de-cisão de destaque, ocorrida na semana anterior à sua divulgação, comentada por um especialista no tema. Além disso, as principais decisões no STJ, STF e nos Tribunais de Justiça são disponibilizadas, identificando-se os ramos a que se refe-rem. Por fim, são divulgadas as pautas de julgamento de recursos de coopera-tivas que ocorrerão ao longo da semana.

Ao todo, em 2016, foram veiculados 28 informativos, com a disponibilização de mais de 500 julgados de destaque em temas de interesse das cooperativas pe-rante o Judiciário.

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3OBJETIVO

FORTALECER A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E INSTITUCIONAL DO COOPERATIVISMO

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SOMOS A VOZ DO COOPERATIVISMO

Para ser ouvido, é preciso – an-tes de qualquer outra coisa – ter legitimidade para falar. Em uma sociedade democrática como a nossa, muitas vozes

reivindicam mudanças e querem se fazer escutar. Nessas horas, a voz ou-vida não é a mais alta e muito menos a mais emotiva. A voz que se sobressai é a de quem inspira respeito por seu exemplo. É a de quem se faz presente nos bons e nos maus momentos, com constância, persistência, perseverança, diplomacia e credibilidade.

Desde 1969, as cooperativas brasileiras têm voz. Uma voz firme e determinada proveniente da Organização das Coo-perativas Brasileiras (OCB) – legítima representante dessas organizações, dentro e fora do Brasil. A entidade con-grega lideranças cooperativistas de to-dos os estados brasileiros. Gente que vive a cooperação na prática, tendo fundado, presidido ou dirigido grandes cooperativas. Na bagagem, eles trazem um profundo conhecimento da realida-de da base e o compromisso de jamais deixarem os princípios básicos do coo-perativismo morrerem.

E, para aumentar sua representativida-de junto aos Três Poderes e ao mundo dos negócios, essas lideranças da base se uniram a profissionais de mercado que compreendem, defendem e acre-ditam no poder transformador da coo-peração. Juntos, formam um time de cooperativistas apaixonados pelo nos-so modelo de negócios e dispostos a suar a camisa para fortalecer a repre-sentação política e institucional do co-operativismo.

A OCB REPRESENTA AS COOPERATIVAS BRASILEIRAS DENTRO E FORA DO BRASIL. A INSTITUIÇÃO TRABALHA DIARIAMENTE PARA ESTREITAR LAÇOS COM OS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA E OS DEMAIS SETORES DA SOCIEDADE.

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REPRESENTAÇÃO NACIONAL Nossa voz nos Três Poderes

O Sistema OCB tem assento permanente em:

65 fóruns e conselhos do Poder Executivo e Judiciário

Destes, 23 são câmaras temáticas e setoriais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

Em um cenário de desafios econômi-cos como o que se apresentou em 2016, mais do que nunca fez-se neces-sário agir de maneira proativa e estrei-tar os laços com os Três Poderes para mostrar a força do cooperativismo.

Na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, mantivemos o nosso trabalho de atuação nas propostas com potencial para impactar o dia a dia das cooperati-vas. Ao longo do ano, contamos sempre com o auxílio dos integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Fren-coop) e da Frente Parlamentar da Agro-pecuária (FPA) .

47% dos deputados e senadores desta legislatura pertencem à Frente Nacional do Cooperativismo (Frencoop), articulada pela OCB. Essa frente conta com:

243 deputados

36 senadores

6 advogados do Sistema OCB integram o Grupo de Estudos de Direito do Trabalho do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP)

VÁRIAS FRENTES COM UMA MESMA VOZ

A Frencoop é uma das bancadas suprapartidárias mais atuantes e influentes do Congresso Nacional, e está em atividade desde 1986. Presidida, em 2016, pelo deputado Osmar Serraglio (PR) desde o início da 55ª Legislatura (2015-2018), a Frente conta hoje com a adesão de 47% dos parlamentares. São 279 mem-bros: 243 deputados e 36 senadores, independente-mente da bandeira partidária do estado de origem.

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Outra aliada importante do cooperativismo em momentos-chave do processo legislativo é a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que desde 1994 atua no Congresso Nacional com o objetivo de estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio nacional.

Para completar, em junho de 2016, com o apoio do Sistema OCB e demais confede-rações patronais, houve o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Sistema S, presidida pelo deputado Major Rocha (AC). O evento foi realizado na Câmara dos Deputados, com a presença de represen-tantes do Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Cooperativismo (Sescoop) – o “S” das cooperativas brasileiras –, evidencian-do a importante contribuição das ações de estímulo à melhoria contínua de processos que envolvem a gestão e a governança das cooperativas brasileiras.

✪ PRESENÇA GARANTIDA NO EXECUTIVO

Não é apenas no Poder Legislativo que o co-operativismo se faz presente. Por intermédio de representantes das unidades nacional e estaduais do Sistema OCB, as cooperativas brasileiras têm assento permanente em 65 conselhos, câmaras temáticas e outros fó-runs do Poder Executivo.

Essa atuação compreende o papel exercido pela OCB como órgão técnico-consultivo do governo federal, de acordo com o art. 105 da Lei 5.764/1971. A intenção é contribuir efeti-vamente com a construção de políticas públi-cas voltadas à geração de renda, à inclusão produtiva e financeira, ao acesso a merca-dos, ao empreendedorismo e ao desenvolvi-mento das cooperativas brasileiras.

ENCONTRO NACIONAL DE REPRESENTANTES DO COOPERATIVISMO

Pela primeira vez na história, a Casa do Cooperativismo reuniu 107 homens e mulheres que pertencem ao grupo de representantes do cooperativismo brasileiro nos fóruns do Poder Executivo e também nos conselhos consultivos dos ramos. Eles estiveram em Brasília, no fim de 2016, para participar do I Encontro Nacional de Representantes do Cooperativismo.

O evento foi criado para alinhar as expectativas quanto ao papel e as responsabilidades de cada um desses representantes. Ao longo de dois dias, o grupo recebeu as informações necessárias ao pleno exercício dessa representação. A programação contou com palestras voltadas à sensibilização do público sobre a atuação do Sistema OCB, liderança transformadora, inovação e conhecimento, além da apresentação do cenário político para 2017.

Também houve espaço para a construção participativa, com atuação de moderadores internos, momento em que os representantes tiveram a oportunidade de discutir, sob diversos prismas, formas de tornar mais efetiva a representação do cooperativismo.

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✪ REPRESENTATIVIDADE JURÍDICA

Em 2016, o Sistema OCB estreitou ainda mais a parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tanto no âmbito federal quando no estadual. Foram constituídas nove comissões de cooperati-vismo, de Direito Cooperativo ou de assuntos co-operativos nas capitais das seguintes unidades da federação: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goi-ás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia.

Entre as atividades dessas comissões, destacam-se a realização de eventos de estudo e difusão da

doutrina cooperativista, além da construção de ações coordenadas junto ao Poder Ju-

diciário e Ministério Público na defesa da correta interpretação da legislação coo-perativista nas decisões judiciais.

Na quase totalidade dessas comis-sões, os presidentes ou, ao menos, alguns membros, são advogados li-gados diretamente ao Sistema OCB ou a cooperativas associadas à insti-tuição. Além disso, já está em fase adiantada de entendimento o projeto de criação de uma comissão junto ao Conselho Federal da OAB.

Vale destacar: alguns estados, como São Paulo, já possuem comissões de

cooperativismo também em subse-ções, em cidades do interior. 

EM NÚMEROS

As cooperativas brasileiras estão muito bem representadas dentro da Casa do Cooperativismo. Elas participam ativamente dos fóruns internos de representação, ampliando a visão do Sistema OCB sobre a realidade cooperativista. Confira alguns números dessa participação:

66 reuniões realizadas com a presença de representantes de cooperativas e técnicos de unidades estaduais em 2016.

11 Conselhos Consultivos, com assento cativo para as cooperativas

7 Grupos de Trabalho com membros da base cooperativista

2 Câmaras Temáticas

2 Grupos Técnicos

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✪ DIÁLOGO COM A BASE

Outro importante trabalho de representação da OCB ocorre junto às próprias cooperativas brasi-leiras. Para melhor entender a realidade e os an-seios do setor – legitimando-se como fiel repre-sentante dessas instituições – o Sistema OCB organiza fóruns de debates e trocas de ideias que reúnem lideranças cooperativistas, técnicos de unidades estaduais, colaboradores do Siste-ma OCB e consultorias especializadas. São eles:

1. Conselhos Consultivos

São peças fundamentais do Sistema OCB, constituindo nosso principal canal de interlocu-ção com os ramos. Neles, reúnem-se represen-tantes de todo o Sistema, ou seja, cooperados, dirigentes de cooperativas, além de profissio-nais das unidades estaduais.

Atualmente, existem 11 conselhos* que reú-nem representantes das cooperativas, indicados pelas unidades estaduais para atuarem como porta-vozes das demandas. Juntos, os conse-lheiros dos ramos nos ajudam a atuar de forma mais assertiva e estratégica. Eles indicam temas e prioridades, considerando a opinião da base, para que possamos ter um plano de ação anual, e também projetos de médio e longo prazos.

Os encontros dos conselhos consultivos ocor-rem regularmente, preferencialmente em Bra-sília, na Casa do Cooperativismo. Em 2016, fo-ram realizadas 30 reuniões, que somaram um total de 366 participações, entre conselheiros e convidados. Os planos elencaram 91 temas, que compuseram o foco de atuação da OCB ao longo do ano.

*A OCB conta com conselhos consultivos dos seguintes ramos: Agropecuário, Consumo, Crédito, Educacional, Habitacional, Infraestru-tura, Mineral, Saúde, Trabalho, Transporte e Turismo e Lazer.

Mudança no Conselho Consultivo do Ramo Saúde

As cooperativas de saúde reúnem médicos, dentistas, enfermeiros e diversos outros profissionais de saúde. Por isso, o Conselho Consultivo aprovou alteração de sua estrutura, para que esses diferentes públicos estivessem representados na coordenação do ramo. Assim, desde agosto de 2016, esse conselho passou a contar com uma coordenação colegiada, que reúne representantes das confederações de operadoras odontológicas, operadoras médicas e prestadoras de trabalho, além de especialidades médicas.

Com a mudança, espera-se implementar, de maneira mais eficaz, ações para o fortalecimento do setor. Entre as propostas que já estão em pauta destacam-se: a busca pela renovação do acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, a organização do Seminário da Frencoop (com foco nas cooperativas médicas e odontológicas) e a apresentação, ao BNDES, de uma linha de crédito voltada ao cooperativismo de saúde.

2. Grupos de Trabalho (GTs)

Fóruns consultivos que reúnem técnicos de diversas áreas das unidades nacional e estadu-ais, além das cooperativas. Esses grupos, que possuem conhecimento mais aprofundado so-bre um tema específico, auxiliam na definição de conceitos e expedição de orientações no sentido de solucionar questões pontuais das cooperativas. Os grupos mais atuantes em 2016 foram os seguintes:

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*GT Estabilidade de dirigentes de cooperativas

Grupo que se reuniu para discutir um tema que preocupa as cooperativas brasileiras. Existem re-latos de que funcionários de bancos ou empresas estão constituindo cooperativas com a finalidade exclusiva de garantir estabilidade de emprego desses profissionais. Para evitar que essa prática prejudicasse a reputação do nosso movimento, a OCB criou um grupo de trabalho para tratar do assunto. A ideia foi analisar a situação e elaborar material com recomendações e cautelas a serem adotadas nas análises de registro de cooperativas, bem como no acompanhamento técnico do moni-toramento. O material foi compartilhado com as unidades estaduais, estabelecendo critérios a se-rem observados para auxiliar nas ações preventi-vas ou identificar situações que caracterizam a uti-lização inadequada da prerrogativa de estabilidade do dirigente de cooperativa.

*GT Registro, filiação e contribuições

O grupo ficou responsável pela elaboração da Re-solução OCB 049/2016, que padronizou os procedi-mentos de registro para todas as unidades estadu-ais. A partir desse trabalho, também foi criada uma cartilha com as definições conceituais relacionadas ao registro e à contribuição cooperativista, além da padronização de formulários para esses processos.

*GT Ato Cooperativo

Os integrantes desse grupo elaboraram um texto que será trabalhado no Executivo e no Legislativo a respeito da regulamentação do adequado tratamen-to tributário ao ato cooperativo. Além de áreas inter-nas da OCB, o GT contou com a participação de as-sessores jurídicos especialistas das cooperativas de crédito, saúde, consumo, trabalho e agropecuárias.

*GT Participação de cooperativas em licitações

As constantes dificuldades en-frentadas pelas cooperativas na participação em processos licita-tórios – especialmente no Ramo Trabalho – motivou a criação de grupo permanente sobre o tema. Constituído no âmbito do Comitê Jurídico do Sistema OCB, esse GT tem focado em dois assuntos principais: a revogação da Súmula 281 do TCU, que restringe o aces-so das cooperativas às licitações, e a revogação dos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados com o Ministério Público do Trabalho anteriormente à vigência da Lei nº 12.690/2012.

*GT Crédito Rural

Constituído para debater os principais pleitos do cooperativismo agropecuário em relação ao crédito rural, o Grupo de Trabalho reuniu representantes de 10 cooperativas que contribuíram na elaboração das propostas ao gover-no federal e na negociação junto aos formuladores de políticas públicas. Em 2016, foram três reuniões.

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*GT Qualidade do Leite

No momento em que muitas mudanças es-tão previstas em termos de legislação para o setor, buscamos a base para nos fortalecer tecnicamente, trabalhando os temas de qualidade do leite e sanidade. Os tra-balhos foram iniciados em 2015, com visitas técnicas e levantamentos junto às cooperativas. Em 2016, o foco esteve nos impactos das mudanças propostas para o novo Regulamento

de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). O grupo deba-teu tecnicamente as principais alterações e apresentou ao Ministério da Agricultura o pla-no de trabalho das cooperativas do setor.

*GT Táxi

Criado em 2015 para debater os principais te-mas de interesse das cooperativas de táxi do Brasil, o GT conta com integrantes de nove uni-dades da federação. Em 2016, além de buscar igualdade de condições por meio da atuação po-lítico-institucional, o grupo focou seus esforços no desenvolvimento de um projeto que garanta maior competitividade do modelo cooperativo por meio da integração de cooperativas de táxi de todo o país. Como resultado, surgiu a plata-forma de negócios Bandeira Única.

✪ ACORDOS DE COOPERAÇÃO

O acordo de cooperação é um instru-mento formal utilizado por entes pú-blicos e privados interessados em es-tabelecer um vínculo cooperativo ou de parceria entre si. Normalmente, as duas partes fornecem, cada uma, a sua parcela de conhecimento, equipamen-to, ou até mesmo uma equipe, para que seja alcançado o objetivo acorda-do, não havendo, contudo, nenhum tipo de repasse financeiro. Em 2016, o acordo da OCB com o BNDES resul-tou na reedição da cartilha “Linhas de financiamento para cooperativas agro-pecuárias”. O material foi distribuído às 1.555 cooperativas do ramo, e está disponível para download no endereço eletrônico: http://www.somoscoopera-tivismo.coop.br/publicacoes.

Câmaras temáticas

O Conselho Consultivo do Ramo Transpor-te conta com o apoio das câmaras temáti-cas, que são acionadas sempre que surgem questões de interesse do setor. Em 2016, representantes e técnicos das unidades de oito estados – representando quatro das cin-co regiões do Brasil – participaram das Câ-maras Temáticas de Passageiros e Cargas do Ramo Transporte. Foram quatro reuniões ao longo do ano. O objetivo do grupo era anali-sar, propor e desenvolver estudos que subsi-diaram o Conselho Consultivo do setor.

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Trabalhar juntos em torno de um bem comum. O princípio básico do cooperativismo ultrapassa bar-reiras e fronteiras e une atualmente mais de 1 bi-lhão de pessoas em mais de 100 países, segundo a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Temos consciência do nosso papel e da nossa responsa-bilidade em representar no Brasil o modelo empre-sarial com maior potencial no planeta e que mais oferece oportunidades de crescimento.

Diante disso, representamos o cooperativismo brasi-leiro nos quatro cantos do mundo, fechando acordos, representando o país em eventos, compartilhando conhecimento e assessorando nossos associados. Além disso, a OCB atua sempre para identificar boas práticas, com o objetivo de replicá-las no Brasil.

A troca de experiências e tecnologias é constan-te, seja com as nações que ainda não atingiram os mesmos níveis que o Brasil, seja com aquelas que já ultrapassaram os nossos patamares em alguma área específica, em uma clara de-monstração de irmandade que guia os princípios cooperativistas. Confira:

REPRESENTAÇÃO INTERNACIONALEm números

A OCB representa o Brasil em

11 organizações internacionais, entre estas:

1. Aliança Cooperativa Internacional – ACI

2. Reunião Especializada de Cooperativas de Mercosul – RECM

3. Fórum Consultivo Econômico e Social do Mercosul – FCES

4. Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa – OCPLP

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✪ COOPERAÇÃO

✓ Cooperação trilateral: Brasil-Alemanha-Moçambique

Em 2016, realizamos projeto-piloto de intercâmbio entre Moçambique e Brasil, apoiado pela Confede-ração Alemã de Cooperativas (DGRV). O objetivo era transferir a experiência brasileira para fortalecer o movimento cooperativista do país africano. A pri-meira turma, com cinco intercambistas, chegou ao Brasil em outubro e realizou sua capacitação na Co-operativa Agrícola Gandu, na Bahia. O projeto tam-bém contou com a parceria do Sistema Oceb e da a Embaixada de Moçambique.

✓ Cooperação bilateral com a Alemanha para o cooperativismo agropecuário

O Sistema OCB assinou um pro-jeto de cooperação com a Con-federação Alemã de Cooperati-vas (DGRV), com o objetivo de capacitar cooperativas do Ramo Agropecuário em todo o país. O

foco da ação, desenvolvida em parceria com as uni-dades estaduais do Rio Grande do Sul, do Paraná, de São Paulo e do Espírito Santo, é colaborar com o apri-moramento da gestão, além de fomentar o comércio entre as cooperativas dos dois países. Delegações da Alemanha estiveram no Brasil em junho e em novem-bro para realização de diagnóstico e definição de gru-pos de trabalho e do plano de ação para 2017.

✓ Projetos de cooperação internacional

A expertise do cooperativismo brasileiro tem sido cada vez mais reconhecida ao redor do mundo e, em 2016, mais uma vez, esse conhecimento foi le-vado a dois países africanos para capacitar peque-nos produtores.

A OCB é executora de um projeto de cooperação entre a Agência Brasileira de Cooperação e o gover-no de Botsuana. Há três anos, são desenvolvidas ações de capacitação de produtores botsuaneses em gestão de cooperativas e produção de hortali-ças. Durante o ano de 2016, uma missão coorde-nada pela OCB acompanhou mais um passo impor-

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tante da iniciativa, a fundação de uma cooperativa formada por esses produtores e o início das suas atividades, em Kweneng. As trocas de experiência entre os dois países começaram ainda em 2011, com uma missão de estudos avaliativa.

Já em Cabo Verde, o compartilhamento de boas práticas do cooperativismo brasileiro ocorreu a par-tir de uma parceria com a Organização Coopera-tivista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP). Durante o 1º Simpósio da Economia Social e Soli-dária, na cidade de Praia, capital do país, o superin-tendente do Sistema OCB, Renato Nobile, apresen-tou cases de cooperativas brasileiras. O encontro contou com a participação de representantes dos movimentos cooperativistas de diversos países vi-zinhos, além de organizações internacionais como a FAO e a União Europeia.

✪ REPRESENTAÇÃO

✓ Reuniões do Conselho de Administração da ACI e do Conselho da ACI-Américas

A OCB participou, ao longo do ano de 2016, de cinco reuniões dos conselhos de administração da Alian-ça Cooperativa Internacional (ACI) e ACI-Américas. O objetivo da nossa participação é tanto dar suporte ao representante brasileiro em ambos os colegiados, quanto fortalecer a representação internacional e os processos de cooperação desenvolvidos pela OCB com parceiros estratégicos.

Em 2016, os colegiados trabalharam na implemen-tação de projetos de cooperação com organizações parceiras, tais como a Organização das Nações Uni-das (ONU), a União Europeia e a FAO. Junto à ONU, foi feito um forte trabalho para inserir o cooperati-vismo na agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além disso, a ACI assinou um projeto de cooperação com no valor de 10 milhões de euros o objetivo de estimular o cooperativismo em países em desenvolvimento.

✓ IV Cúpula de Cooperativas das Américas

De 15 a 18 de novembro, aconteceu em Monte-vidéu, no Uruguai, a IV Cúpula de Cooperativas das Américas. O evento reuniu 1.200 lideranças cooperativistas de diversos países das Américas,

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✓ III Congresso Continental de Direito Cooperativo

Por ocasião da IV Cúpula de Cooperativas das Amé-ricas, o III Encontro de Direito Cooperativo também ocorreu na cidade de Montevidéu, em novembro. O evento reuniu pesquisadores e profissionais do direito cooperativo de todo o continente, assim como expo-entes da Ásia e da Europa. A OCB participou da pro-gramação do evento mostrando um pouco da experi-ência brasileira no campo. Na pauta, estiveram temas como ato cooperativo, legislação e princípios coopera-tivos, regulação, cooperativas de crédito, supervisão estatal, direito cooperativo e economia, integração vertical e horizontal, cooperativas e as constituições, tributação cooperativa, capital e financiamento coope-rativo e cooperativas de trabalho.

✓ III Cúpula Internacional de Cooperativas

Entre 11 e 14 de outubro, a Cidade de Quebec, no Canadá, sediou pela terceira vez a Cúpula Interna-cional de Cooperativas. Principal evento internacio-nal do setor, contou com a participação de 2 mil delegados de mais de 100 países. O Sistema OCB esteve representado por sua Diretoria, tendo parti-cipado também da Conferência de Pesquisadores em Cooperativismo e da Assembleia Geral da Alian-ça Cooperativa Internacional, ocorridos em paralelo. Ao todo, 96 brasileiros estiveram no evento, cinco como expositores.

✓ Assembleia Geral da OCPLP

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, esteve presente na Assembleia Geral da Or-ganização Cooperativista dos Países de Língua Por-tuguesa (OCPLP), evento que aconteceu na cidade de Maputo, capital de Moçambique, em 13 de ju-nho. O encontro contou com a participação de repre-sentantes cooperativistas dos oito países de língua portuguesa e foi prestigiado pelo primeiro-ministro moçambicano, tendo a comitiva sido recebida pelo presidente da Assembleia Legislativa do país afri-cano. O grupo discutiu a implementação de cursos de capacitação em gestão de cooperativas, além da implementação de projetos de cooperação técnica.

da Europa e da Ásia e contou com uma delegação de aproximadamente 30 brasileiros. Na oportuni-dade, foi realizada também a Assembleia Geral da Aliança Cooperativa para as Américas. O Sistema OCB participou das discussões dos comitês es-pecializados de cooperativas de trabalho e agro-pecuários e de grupos de jovens.

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4OBJETIVO

FORTALECER A IMAGEM DO SISTEMA OCB E DIVULGAR OS BENEFÍCIOS DO COOPERATIVISMO

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O cooperativismo tem uma men-sagem poderosa para passar ao mundo. Podemos falar, com conhecimento de causa, sobre economia colaborativa, sustenta-

bilidade, horizontalidade e justiça social – con-ceitos com os quais trabalhamos há mais de um século, mas que somente agora começam a ganhar destaque na pauta política e social.

As cooperativas surgiram em 1844 já com o objetivo de mudar para melhor as vidas das pessoas, aumentando o seu poder de consu-mo e tornando-as cada vez mais felizes. De lá pra cá, transformamos milhares de vidas, mostrando uma nova forma de empreender, mais moderna, mais justa e mais compro-missada com o social. A divulgação desses resultados e princípios é fundamental para fortalecer a imagem do cooperativismo e, consequentemente, do Sistema OCB.

Em 2016, mostramos à sociedade o trabalho desenvolvido pelas cooperativas por meio de projetos como o Dia C e o Prêmio SOMOS-COOP – Melhores do Ano. Em sua 10a edi-ção, o prêmio ganhou um novo nome, uma nova marca e uma nova categoria: intercoo-peração, reforçando a ideia de que, juntas, as cooperativas conseguem ir muito mais longe.

Também foi um ano de prestar atenção ao nosso público interno, fortalecendo redes de troca de experiências e canais informativos. Fomos até os estados e trouxemos a base até nós, convidando cooperados de todo o país para conhecerem o trabalho do Siste-ma OCB em Brasília por meio do programa Portas Abertas. Aprendemos e discutimos estratégias de design thinking, um processo de pensamento crítico que nos permite orga-nizar informações e ideias de maneira inteli-gente e criativa.

LEVANDO A MENSAGEM MAIS LONGE

O COOPERATIVISMO É CAPAZ DE TRANSFORMAR O MUNDO EM UM LUGAR MAIS JUSTO, MAIS ÉTICO E MAIS SUSTENTÁVEL. NÓS SABEMOS DISSO E QUEREMOS TRANSMITIR AS BOAS-NOVAS A TODOS OS BRASILEIROS.

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Temos grandes histórias e ótimos resultados para serem compartilhados. Nosso objetivo é trabalhar de forma cada vez mais alinhada e próxima, man-tendo a coerência mesmo que em realidades regio-nais distintas.

Juntos, podemos levar a mensagem do cooperati-vismo aonde ela ainda não chegou, e aprofundá-la onde ela não é totalmente compreendida. Com o apoio de todas as cooperativas e de nossas comu-nidades, somos mais fortes para mostrar ao mundo porque o cooperativismo é um movimento neces-sário à realidade brasileira.

✪ PRÊMIO SOMOSCOOP – MELHORES DO ANO

Em 2016, o prêmio Cooperativa do Ano chegou à sua 10ª edição com recorde de inscritos e um novo nome, ainda mais alinhado aos ideais cooperativistas. Tor-nou-se o Prêmio SOMOSCOOP – Melhores do Ano.

Nesta edição, 221 cooperativas brasileiras inscreve-ram 349 projetos, distribuídos em 22 estados e repre-sentando 11 ramos do cooperativismo. Apenas pelo perfil de inscritos, já é possível notar: a cultura coope-rativista está espalhada e diversificada pelo país.

As categorias da premiação foram: Comunicação e Difusão do Cooperativismo, Cooperativa Cidadã, Desenvolvimento Sustentável, Fidelização, Inovação e Tecnologia e Intercooperação. Esta última é uma novidade que trouxemos neste ano, englobando projetos que estimularam a união entre cooperativas em ações regionais, nacionais e até internacionais. Acreditamos que essa seja uma forma inteligente de fortalecer nosso setor. Afinal, se a cooperação en-tre pessoas é poderosa, imagine o potencial da cooperação entre cooperativas.

No total, 18 cooperativas levaram o prêmio entre-gue em cerimônia realizada em Brasília, em no-vembro. As iniciativas premiadas nos apresentam projetos realizados com excelência e que são como sementes, capazes de fortalecer e propagar a força e o poder transformador do cooperativismo.

Veja a lista dos vencedores:

Comunicação e Difusão• Coocafé• Aurora Alimentos• C. Vale

Cooperativa Cidadã • Unimed Nordeste RS• Copacol• Sicredi Celeiro MT

Desenvolvimento Sustentável • Coogavepe• Unimed Cuiabá• Sicoob Aracoop

Fidelização• Coopertransc• Cooper Cred Pif Paf• Cooperativa Agropecuária de Macuco

Inovação e Tecnologia• Coplana• Coopama• Coodapis

Intercooperação

• Copacol, Coagru, Coperflora e Unitá

• Fecoagro SC, Cooper A1, Cooperauriverde, Cooperja, Copérdia, Cooperitaipu, Cravil, Aurora Alimentos, Coocam, Cooperalfa, Coopervil e Coolacer

• Lar, Copacol, Coopavel e C. Vale

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18cooperativas foram premiadas na 10a edição do Prêmio SOMOSCOOP, que contou com a participação de 221 cooperativas de 22 estados brasileiros

6.381matérias foram publicadas sobre o cooperativismo na imprensa nacional ao longo de 2016. Destas, 97,4% foram positivas para o setor

R$19,3 milhõesem mídia espontânea, valor que o conjunto das matérias publicadas na imprensa teria se tivessem sido veiculadas como anúncio publicitário.

Revista Melhores do Ano 2016

Lançamos em dezembro a Revista Melhores do Ano 2016, detalhando cada um dos projetos vencedores. Com a publicação, esperamos que as iniciativas premiadas possam ser divulgadas para inspirar e motivar outras melhorias e transformações.

Acesse em: www.premiosomoscoop.coop.br/ wp-content/uploads/revista_somoscoop_2016.pdf

Vídeos para as campeãs

Além dos troféus e do reconhecimento de todo o cooperativismo brasileiro, as vencedoras de cada categoria do Prêmio SOMOSCOOP – Melhores do Ano ainda tiveram seus projetos transformados em vídeo. Vale a pena conferir! Acesse: http://premiosomoscoop.coop.br/videos/

✪ PORTAS ABERTAS

O Programa Portas Abertas continua recebendo cooperativistas de todo o país em Brasília para co-nhecer o Sistema OCB. No último ano, recebemos 12 turmas, com um total de 263 participantes. Na programação, constavam palestras sobre a atuação da OCB, visitas a cooperativas locais, instituições

parceiras e, também, ao Congresso Nacional. O grau de satisfação atestado pelos participantes foi de 9,5, comprovando o sucesso da iniciativa.

Desde 2013, quando foi lançado o projeto, a Casa do Cooperativismo já recebeu 857 cooperados. Com o programa, buscamos aproximar lideranças cooperativistas de todo o país da realidade do tra-balho sistêmico desenvolvido pelas entidades na-cionais de defesa do cooperativismo.

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✪ APOIOS E PATROCÍNIOS

Ampliar o número de pessoas impactadas pela mensagem cooperativista; fortalecer a imagem po-sitiva do cooperativismo para diferentes públicos; e apoiar eventos que beneficiem o cooperativismo e a economia brasileira. Com esses objetivos, em 2016, investimos em ações de comunicação e re-lacionamento, que trazem frutos para todo o setor.

Com aporte de R$ 672 mil, estimamos que pelo menos 750 mil pessoas tenham sido alcançadas pela marca OCB nas 36 ações patrocinadas ao longo do último exercício. Estivemos em eventos de grande porte e de referência em todo o país, como Agrishow, Tecnoshow Comigo, Tecnoleite, Fórum das Cooperativas Agropecuárias, Seminário Felicidade e Bem-estar nas Organizações, Concred (Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédi-to), Abag (Congresso Brasileiro do Agronegócio), 3º Pense Sicoob, entre outros.

A OCB se destacou também no Fórum de Cidadania Financeira, realizado pelo Banco Central do Brasil e Sebrae, em Brasília, em no-vembro. O presidente do Sistema OCB, Márcio

Lopes de Freitas, participou da abertura do even-to, quando pôde discursar sobre a capilaridade do sistema cooperativista, que atende localidades do interior do Brasil, onde outros bancos não operam, e sobre a importância das cooperativas para a edu-cação financeira dos brasileiros.

✪ RELATÓRIO MENSAL DE ATIVIDADES

Todos os meses, a OCB envia a diretores, representantes dos ramos e dirigentes estaduais um relatório mensal com as ações que vem sendo realizadas para o crescimento do cooperativismo no Bra-sil, o qual é replicado pelas unidades estaduais para as cooperativas.

FALA / PARTICIPANTE DO PORTAS ABERTAS

“O Portas Abertas é um projeto que tem mudado de verdade a vida dos cooperados, tanto pessoal quanto profissional. Ele reforça que podemos fazer cada vez mais e diferente em nossas cooperativas. Além disso, mostra um olhar atento do Sistema OCB para a qualificação e capacitação dos cooperados. Parabéns à OCB!”

(AS AVALIAÇÕES DO PROGRAMA NÃO TÊM IDENTIFICAÇÃO)

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Em 2016, realizamos 974 ações em prol dos 13 ra-mos do cooperativismo. Trabalhamos bastante para realizar projetos prioritários à sustentabilidade do setor, analisamos e propusemos novas estratégias e metas. Acreditamos que essa prestação de con-tas estreita os laços com a base cooperativista e cria um canal de avaliação conjunta entre cooperati-vas e entidades sistêmicas.

✪ DIA C – DIA DE COOPERAR

Milhares de ações voluntárias que geram uma cor-rente do bem. Com esse mote, o Dia C, que englo-ba projetos de responsabilidade social encabeçados por cooperativas, mobilizou 87 mil voluntários liga-dos a 1.300 sociedades cooperativas em todo o país. Uma corrente que beneficiou mais de um milhão de pessoas em sua última edição – especificamente, 1.185.846 brasileiros em 777 cidades –, e tem como agente promotor o Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Cooperativismo (Sescoop), instituição inte-grante do Sistema OCB.

O Dia C abrange ações contínuas, realizadas ao lon-go de todo o ano, mas é celebrado com o Dia Inter-nacional do Cooperativismo – sempre ao primeiro sábado do mês de julho – instituído pela Aliança Co-operativa Internacional (ACI).

Aqui no Brasil, a celebração do Dia C começou em 2009, em Minas Gerais, mas recebeu a adesão do Sistema OCB em seguida, sendo impulsionado pro-gressivamente para outras regiões até atingir todos os estados em 2015.

Os projetos do Dia C, que podem ser de Educação, Cultura, Saúde, Esporte e Lazer, Responsabilidade Socioambiental, entre tantos outros, tiveram como tema, em 2016, “Ações que constroem e transfor-mam vidas” e a hashtag #vemcooperar. Transformar o mundo aumentando oportunidades e a equidade é um sonho que o Sistema OCB abraça.

Cooperativismo na ONU

A presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Monique Leroux, discursou na tribuna da ONU (Organização das Nações Unidas) por ocasião do Dia Internacional do Cooperativismo.

Em sua fala, ela citou o Brasil como exemplo da importância do sistema cooperativista para a economia mundial. “No Brasil, as cooperativas agrícolas estão envolvidas em cerca de 50% de todo o comércio de produtos agrícolas e exportam 5,3 bilhões de dólares em produtos para 143 países. Além disso, 35% dos brasileiros com assistência médica são atendidos por cooperativas de saúde”, disse.

Segundo Leroux, o cooperativismo tem contribuído para a evolução de pautas de interesse global, inclusive auxiliando no alcance das metas da Agenda 2030 da ONU. “O sucesso econômico e a governança democrática das cooperativas garantem que ninguém fique para trás e, portanto, contribui para a erradicação da pobreza. As cooperativas ajudam a garantir a segurança alimentar e acabar com a fome, permitindo que os fazendeiros produzam mais alimentos e de melhor qualidade por meio do poder do coletivo”, afirmou.

Leroux encerrou sua fala aos líderes globais chamando atenção para o fato de que atualmente, “mais do que nunca, o mundo precisa de cooperação”.

(Discurso proferido em 2016, com dados do ano anterior)

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✪ ENCONTROS COM OS ESTADOS

A diversidade do público cooperativista – tanto in-terno quanto externo – faz com que o alinhamento das estratégias adotadas por todo o Sistema OCB, unidades nacional e estaduais, e posteriormente as cooperativas, seja essencial. Para formar discursos sólidos e garantir uma comunicação efetiva, a equi-pe de Comunicação da OCB esteve, só em 2016, em nove encontros estaduais.

Os locais visitados foram Bahia, Minas Gerais, San-ta Catarina, Mato Grosso, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Nos encontros, nos aproximamos da realidade de cada um deles, e tivemos a chance de conviver com o público de cada localidade.

✪ TEM SITE NOVO NO AR

Em outubro de 2016, lançamos uma nova platafor-ma, cujo objetivo é tornar-se referência na pesqui-sa sobre cooperativismo no Brasil. O site www.somoscooperativismo.coop.br já nasceu alinhado ao novo discurso institucional que a OCB adotou em 2016 para falar tanto com o público cooperati-vista quanto com a sociedade em geral.

A nova plataforma faz parte de uma série de estra-tégias que traçamos para que a nossa comunicação seja cada dia mais eficiente, com todos os públi-cos com os quais nos relacionamos. Preparamos um site moderno, prático e usual, com ambientes personalizados, que foram desenhados de acordo com o perfil dos internautas, os que já fazem parte do sistema e aqueles que ainda não são cooperati-vistas por não conhecerem a proposta de trabalho desse modelo de negócio. É possível descobrir fa-cilmente, por meio de uma navegação intuitiva, o que é e como funciona uma cooperativa.

Já os cooperados e unidades estaduais, encontram informações essenciais para suas atividades do dia a dia, como os serviços disponibilizados pelo Sistema OCB a partir de programas, publicações ou outros tipos de ação. E eles ainda podem acompanhar de perto como o Sistema vem atuando para defender seus interesses junto às instâncias governamentais e sindicais e aos poderes Legislativo e Judiciário.

✪ COMUNICADORES COOPERATIVISTAS

Realizamos, em outubro, a 8ª edição do Encontro de Comunicação Cooperativista do Sistema OCB. Tivemos uma participação expressiva com 60 ins-critos, entre profissionais de comunicação das uni-dades nacional e estaduais e convidados dos sis-temas confederativos Unimed, Uniodonto, Sicredi, Sicoob, Unicred, Confebrás e servidores do Banco Central do Brasil.

A ideia era, a partir de conceitos do design thinking, discutir estratégias para uma comunicação ainda mais assertiva com cada um dos nossos públicos. Isso, pensando nas oportunidades que traz o mun-do digital, considerando, é claro, uma atuação no meio offline. A temática foi debatida em palestra e oficinas sobre comunicação digital.

Falamos também, dentro desse processo, sobre como inovar em um cenário dinâmico, de multi-plicidades, a partir de uma apresentação feita por Martha Gabriel, escritora e consultora nas áreas de marketing digital, inovação e educação.

O design thinking é uma abordagem mental e prática para acelerar a inovação. Promove a solução de problemas por meio de um olhar humano e oferece espaço para as ideias emergirem sem pré-julgamentos, fazendo com que o nosso cérebro seja forçado a sair da sua zona de conforto e, a partir daí, enxergar futuros desejáveis.

Fonte: Echos Laboratório de Inovação

✪ RELACIONAMENTO COM A MÍDIA

A relação com a imprensa tem um papel fundamen-tal no fortalecimento de imagem do Sistema OCB e na divulgação dos benefícios do cooperativismo. Pensando nisso, intensificamos esse relacionamen-to com formadores de opinião da grande mídia a partir de um trabalho de assessoria de imprensa mensal, desde julho de 2016.

Focamos na divulgação de alguns temas de rele-vância, como o Prêmio SOMOSCOOP e seus cases de sucesso. Articulamos a presença e cobertura de

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jornalistas de destaque na cerimônia de entrega da premiação. Trabalhamos também pautas sobre as vantagens do cooperativismo e sua inserção na so-ciedade e economia nacional.

Como resultado, tivemos 83 matérias publicadas em veículos de circulação nacional, como Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Rede Globo, além de

veículos regionais e especializados, como o portal Envolverde, e a Gazeta do Mato Grosso, entre outros.

✪ CONSELHO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO

Em 2016, o Conselho Nacional de Comunicação se reuniu por seis

vezes. Com pelo menos um representante de cada região brasileira, o órgão consultivo tem se consolidado como um

fórum de discussão de temas importantes para o aprimora-mento da política de comunica-

ção do Sistema OCB.

É nesta instância que discutimos estratégias e

produtos que possam levar ao cumpri-mento de metas e diretrizes definidas no Plano de Comu-nicação do Sistema

OCB, atendendo ao Planejamento Estratégico Sistêmico para o período 2015 – 2020. Isso, valorizando, é claro, as caracte-rísticas de cada uma das três instituições que com-põem o Sistema – OCB, Sescoop e CNCoop, assim como a diversidade e as particularidades do movi-mento cooperativista. Buscamos, por exemplo, a consolidação da imagem do cooperativismo como um bom negócio e o alinhamento da comunicação e do discurso institucional do Sistema OCB.

Colocamos em prática respostas às questões le-vantadas por um estudo de branding feito em 2015

no âmbito do Conselho. Temos buscado coerência entre as linhas de divulgação regionais e também aprimorar a divulgação a diferentes públicos, inclu-sive com pessoas que já fazem parte do coopera-tivismo. Desejamos despertar nelas o orgulho em fazer parte do movimento para que possam ser multiplicadoras da mensagem cooperativista.

Em paralelo, estamos realizando um projeto de res-significação do cooperativismo, apresentando-o à sociedade de forma mais moderna e com ênfase na mídia digital. E o coroamento desse esforço se deu no fim do ano passado, com o lançamento do novo site do Sistema OCB. Com visual limpo, boa nave-gabilidade e conteúdo de qualidade, nosso novo endereço eletrônico está nos ajudando a falar dire-tamente com milhares de pessoas, que aos poucos descobrem porque vale muito a pena ser cooperati-vista. Confira: www.somoscooperativismo.coop.br.

✪ UM NOVO OLHAR

O manual de aplicação de marcas do Sistema OCB, desenvolvido em 2012, passou por uma atualização em 2016. A ideia é ordenar e padro-nizar toda a manifestação visual que distingue e diferencia a instituição no mercado.

Entre essas mudanças, está o uso de tons mais vibrantes e fortes das cores já adotadas, além de padrões para usos de fotografia e grafismos. Essas orientações auxiliam, especialmente, na padronização das publicações lançadas pelo Sistema OCB, como relatórios e revistas.

Por sua importância para a construção da ima-gem institucional e para a proteção das marcas, esse manual deve ser bem conhecido por todos os envolvidos nos processos de criação, produ-ção e controle de qualidade das mensagens vi-suais do Sistema OCB.

Acesse em: www.somoscooperativismo. coop.br/#/central-da-marca

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5OBJETIVO

FOMENTAR, PRODUZIR E DISSEMINAR CONHECIMENTOS PARA O COOPERATIVISMO BRASILEIRO

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COMPARTILHANDO SABERES

POR CONHECER A FUNDO O COOPERATIVISMO, A OCB ESTÁ SE CONSOLIDANDO TAMBÉM COMO REFERÊNCIA NA PRODUÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE CONTEÚDOS ESTRATÉGICOS SOBRE O NOSSO SETOR. UMA ATIVIDADE FEITA EM CONJUNTO COM O SESCOOP

Como cooperativistas, falamos para diferentes públicos. Falamos com quem nunca ouviu falar de cooperativismo e também com quem carrega no sangue o DNA

das nossas cooperativas.

Aos que ainda não nos conhecem, temos que falar do poder transformador da coo-peração. Em como o cooperativismo é um modelo de negócio competitivo, íntegro e capaz de trazer felicidade às pessoas.

Aos que já fazem parte de uma cooperativa, o enfoque é outro: levar informações atuali-zadas e aprofundadas sobre o nosso setor, no Brasil e no mundo.

Um terceiro público muito especial são os gestores das cooperativas. Para eles, que-remos fornecer análises estratégicas, ma-nuais de boas práticas, cartilhas com infor-mações cruciais para ajudá-los a alavancar a performance das nossas cooperativas, em seus diversos ramos. Entregamos também mapeamentos do cenário político e econô-mico que podem afetar os negócios do co-operativismo.

“Gerar conhecimento sobre o cooperativis-mo é um dos desafios estratégicos do Sis-tema OCB. E a gente faz isso com muito empenho e carinho. Afinal, sabemos melhor do que ninguém que quanto mais a gente conhece o cooperativismo, mais a gente se apaixona por ele”. Essa afirmação, do site www.somoscooperativismo.coop.br, traduz perfeitamente o compromisso da Casa do Cooperativismo com a produção de conteú-do de qualidade sobre o nosso modelo de negócios. E 2016 foi marcado pelo lançamen-to de várias obras que apresentam novos olhares sobre o cooperativismo.

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1. LIVROS, MANUAIS E CARTILHAS

BOAS PRÁTICAS DO CRÉDITO

O livro “Cooperativismo de Crédito: boas práticas no Brasil e no mundo” faz o registro de um projeto ambicioso – realizado entre os anos de 2012 e 2015 – para identificar as melhores práticas desse seg-mento em cinco países: Brasil, Alemanha, França, Holanda e Canadá.

Para realizar esse mapeamento, o Sistema OCB enviou um grupo de executivos do Banco Central do Brasil, Sebrae e Ministério da Fazenda, além de líderes cooperativistas, para conhecerem de per-to a realidade das cooperativas desses países. As histórias relatadas na publicação permitem ao leitor conhecer as particularidades, desafios e soluções inovadoras de diferentes cooperativas de crédito relacionados à inclusão financeira, educação, orga-nização sistêmica, sustentabilidade e eficiência, go-vernança, práticas regulatórias e planejamento para o futuro.

✓ http://www.somoscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/livro_Credito.pdf

MANUAIS TÉCNICOS DAS COOPERATIVAS DE TRANSPORTE DE CARGAS E DE PASSAGEIROS

Faz parte de uma série de publicações desenvol-vidas pelo Sistema OCB, com o objetivo de pa-dronizar as demonstrações contábeis, financeiras

e operacionais das cooperativas brasileiras, considerando as especificidades de cada ramo do cooperativismo. Um trabalho conjunto, desenvolvi-do pela OCB e pelo Sescoop.

A série do Ramo Transporte conta com três manuais:

❍ Manual de Contabilidade – apresenta o passo a passo para produção de relatórios contábeis alinhados às Normas Brasileiras de Contabilidade e ao padrão internacional utilizado pelo setor. A obra tem orientado, com sucesso, o trabalho de contadores e de prestadores de serviços a cooperativas.

✓ http://manuais.brasilcooperativo.coop.br/manual/1/manual-contabil-ramo-transporte

❍ Manual Operacional – organiza as informações de natureza operacional das cooperativas de transporte de carga e de passageiros, tendo em vista o grande número de pareceres, resoluções, portarias e outros instrumentos regulatórios que afetam o setor. O material aponta, ainda, caminhos para a melhoria na gestão e na organização dos processos produtivos, gerando segurança administrativa e operacional para todos os agentes e instituições.

✓ http://manuais.brasilcooperativo.coop.br/manual/2/manual-operacional-ramo-transporte

❍ Manual Tributário – traz a interpretação e a aplicabilidade objetiva da complexa legislação tributária brasileira relacionada às cooperativas de transporte de carga e de passageiros. A publicação apresenta orientações para

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o cumprimento de obrigações acessórias, inclusive aquelas abrangidas pelo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), alertando, sempre que possível, sobre o cruzamento de dados entre os projetos já em vigor ou publicados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

✓ http://manuais.brasilcooperativo.coop.br/manual/3/manual-tributario-ramo-transporte

GUIA DE SEGUROS RURAIS E PROAGRO

Ao longo dos últimos anos, o agronegócio tem sido o único setor da economia brasileira a manter um ritmo constante de crescimento – fruto de investi-mentos em máquinas, equipamentos, tecnologia e inovação. Mas tudo isso poderia se perder de uma hora para outra, no caso de uma seca prolongada, de uma enchente ou de outros eventos climáticos extremos, não fosse pelo Seguro Rural.

Hoje, o Seguro Rural é a melhor maneira de dar tran-quilidade ao homem do campo. Com ele, tem-se a certeza de que o tempo e o dinheiro investido nas terras não se perderão na primeira crise climática. Justamente por isso é tão importante que os produ-tores conheçam as opções disponíveis no mercado.

Pensando nisso, diversas entidades relacionadas ao agronegócio – incluindo a OCB e a Organização

das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) – se uniram para criar uma cartilha que apresentasse as coberturas oferecidas atualmente no mercado. O Guia de Seguros Rurais não somente explica os critérios de apuração dos prejuízos e da indenização previstas em caso de eventos climáticos adversos, como aponta quais riscos não são cobertos pela apólice, e quais procedimentos devem ser tomados em caso de sinistro.

Essa publicação é uma iniciativa da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da Federação Nacio-nal das Empresas de Seguros Privados e de Capi-talização (Fenaseg), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e do Sistema OCB.

✓ http://www.somoscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/Cartilha_seguro_rural.pdf

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO ÀS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS

O Sistema OCB elaborou, com o Banco do Brasil, cartilha de orientação às cooperativas agropecu-árias, com objetivo de fornecer informações que facilitem à cooperativa se habilitar e pleitear, junto ao agente, a substituição ou reavaliação de garan-tias vinculadas aos programas Pesa e Securitização, bem como os procedimentos, legislações e docu-mentações exigidas. O objetivo é, mais uma vez, fornecer instrumentos para auxiliar o fortalecimento das cooperativas agropecuárias.

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CARTILHA – CRÉDITO PARA UM COOPERATIVISMO MAIS FORTE

O Sistema OCB elaborou, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a cartilha “Crédito para um cooperativismo mais for-te”, com objetivo de ampliar o conhecimento sobre os programas do BNDES voltados ao atendimento das cooperativas agropecuárias, dentre eles o Pro-grama de desenvolvimento Cooperativo (Prodeco-op) e o Programa de capitalização de cooperativas agropecuárias (Procap-Agro).

DIAGNÓSTICO DO RAMO MINERAL

Conhecer as cooperativas do setor mineral, suas dificuldades para o crescimento e as oportunida-des para fortalecimento são os principais objetivos do Diagnóstico do Ramo Mineral, publicação que mapeou ao longo de 2016 o perfil das cerca de 80 cooperativas brasileiras que vivem da extração das riquezas do solo e das águas.

A publicação identificou, entre outros resultados, que as cooperativas desse ramo atuam prioritariamente com extração de ouro e 64% utilizam lavra a céu aber-to. Os dados levantados pelo Sistema OCB ajudarão a embasar o fomento de políticas públicas específicas ao setor, além de contribuir para uma melhor compre-ensão da realidade dessas cooperativas.

✓ http://www.somoscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/Diagnostico_mineral.pdf

SÉRIE: INFORMAÇÃO MINERAL

Para sensibilizar as cooperativas de mineração para uma atuação sustentável e legal, a OCB desenvol-veu duas cartilhas voltadas para o garimpo de ouro. Essa série abrange dois temas distintos:

1) Acordo de Minamata – carta de intenções assinada pelo Brasil e mais 140 países, em 2009, que define: prazos para a redução, controle e eliminação do mercúrio em processos industriais e artesanais em todo o mundo. A medida não banirá o uso do metal, mas estabelecerá rigorosos protocolos internacionais de segurança, com o objetivo de reduzir os riscos na utilização de um dos elementos mais tóxicos para a natureza. Ele é capaz de poluir o ar, a água e a terra, além de causar danos irreversíveis à saúde humana, podendo levar à morte por contaminação. A validade do acordo no país depende, ainda, de aprovação pelo Congresso Nacional. Com essa cartilha, o Sistema OCB espera conscientizar cada vez mais as cooperativas do Ramo Mineral sobre a importância da utilização do mercúrio de forma consciente.

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2) Transporte do Ouro – traz uma explicação detalhada das exigências e dos documentos necessários para o transporte do ouro no Brasil, conforme Lei nº 12.844/2013. Uma informação importante para manter as cooperativas operando dentro de uma lógica sustentável e legal.

A série Informação Mineral foi enviada às Unida-des Estaduais, cooperativas de ouro e coopera-dos em 2017.

2. ESTUDOS TÉCNICOS

QUADRO GOVERNAMENTAL

É uma análise de quem é quem na Esplanada dos Ministérios, apresentando uma visão geral de cada uma das pastas ministeriais, acompanhada de um perfil detalhado de cada ministro de Estado. O estudo também traz uma linha do tempo atualizada das trocas no comando de cada pasta ao longo do mandato presidencial. O Quadro Governamental infor-ma a base sobre mudanças dessa natureza no cenário político e tem ajudado o Sistema OCB a tomar decisões estratégicas, facili-tando o planejamento de ações e projetos capazes de inserir o cooperativismo de uma forma positiva na pauta do Executivo.

RADAR DO COOPERATIVISMO NO PODER EXECUTIVO

Publicação semanal que divulga as decisões do governo federal capazes de impactar (po-sitiva ou negativamente) o cooperativismo brasileiro. Ela é produzida a partir dos nor-mativos publicados diariamente no Diário Oficial da União. O informativo é enviado por e-mail as principais lideranças coopera-tivistas do país e também está disponível na página “Relações Institucionais da OCB”, no Facebook. Em 2016, foram mapeados 3.208 normativos.

WORLD COOPERATIVE MONITOR (WCM)

A OCB é patrocinadora do World Cooperative Monitor, publicação anual da Aliança Coopera-tiva Internacional que traz os principais núme-ros do cooperativismo mundial, além da lista das maiores cooperativas do mundo e sua participação na economia global. Segundo o material, o faturamento total somado das 300 maiores cooperativas do mundo chega a 2,5 trilhões de dólares, equivalentes a nona maior economia do mundo. Na lista de 2016, cinco cooperativas brasileiras estão contempladas.

✓ www.monitor.coop

CARTILHA COOPERATIVISMO E ELEIÇÕES – ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2016

O Sistema OCB divulgou e distribuiu para as 6,6 mil cooperativas a versão 2016 da cartilha Cooperativis-mo e Eleições, com foco nas eleições municipais para prefeito, vice-prefeito e vereadores. A intenção é contribuir para que cooperativas e cooperados do Brasil reflitam sobre a importância do momento.

De caráter didático, o material informativo escla-rece dúvidas sobre como as cooperativas podem participar do pleito eleitoral, apresenta dicas para os eleitores, estimula o voto consciente e atualiza as regras estabelecidas pela legislação eleitoral.

✓ http://www.somoscooperativismo.coop.br/arquivos/Publicacoes/Eleicoes_2016_final.pdf

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COMISSÃO DE ESTUDOS CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIOS (CECONT)

Formado por contadores e tributaristas especialis-tas em cooperativismo das cinco regiões do país, o grupo garante respaldo técnico para o Sistema OCB, analisando o impacto de normativos e propo-sições legislativas para as cooperativas brasileiras.

Em 2016, os principais assuntos debatidos pela Co-missão foram a proposta do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para reclassificação das quo-tas-partes das cooperativas e a elaboração de um manual contábil tributário para o Ramo Trabalho. O grupo também esteve presente no 20° Congresso Brasileiro de Contabilidade, promovido pelo CFC.

PARECERES JURÍDICOS, CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIOS

A equipe de advogados, contadores e tributaristas do Sistema OCB trabalha unida, reunindo profissio-nais das organizações nacional e estaduais em comi-tês de caráter consultivos, que ajudam centenas de cooperativas a operarem em conformidade. Confira os principais resultados, em 2016:

167 posicionamentos jurídicos para áreas internas: análise de proposições legislativas, consultas de conselhos consultivos, avaliação de questões trabalhistas, pareceres sobre le-gislação cooperativista e questões estatutárias.

111 respostas a consultas jurídicas de Uni-dades Estaduais: interpretação da legislação cooperativista societária e tributária e análises estatutárias.

145 instrumentos jurídicos e normativos elaborados e/ou analisados: contratos de prestação de serviços, acordos de cooperação, convênios, instrumentos de renegociação, pa-trocínios, termos de parceria, termos de coo-peração, termos aditivos, além de resoluções, regimentos internos e portarias.

259 atos administrativos de defesa das mar-cas do Sistema OCB perante o INPI: pedidos de registro de marcas, oposições, colidências, recursos, desistência, dentre outros.

84 pareceres tributários emitidos: análise sobre impactos para o cooperativismo de normativos publicados, projetos de leis e me-didas provisórias.

3. EVENTOS E CURSOS DE CAPACITAÇÃO

I SEMINÁRIO DE DIREITO COOPERATIVO DA OCB

Com um público de 107 participantes, que incluiu advogados, contadores, pesquisadores acadêmicos e profissionais de entidades parceiras de todas as regiões do país, o Seminário de Direito Cooperativo da OCB, realizado em setembro, trouxe à discussão alguns dos principais desafios atuais do Direito Coo-perativo, no âmbito administrativo e judicial.

O evento foi realizado em quatro painéis e reuniu especialistas do Brasil e do exterior em torno dos seguintes temas:

• Contabilidade – com foco na análise do fu-turo da classificação contábil do capital so-cial das cooperativas, a partir do estudo de caso da Argentina. O assunto foi exposto por Dante Cracogna, professor-doutor da Univer-sidade de Buenos Aires e membro do Gru-po Assessor Jurídico da ACI, e Oscar Alpa,

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contador e decano na Faculdade de Ciências Econômicas e Jurídica da Universidad Nacio-nal de La Pampa. A mediação ficou a cargo do assessor jurídico do Sistema Ocergs e, tam-bém professor-doutor, Mário de Conto.

• Relação societária X direito do consumidor – painel que abordou um tema polêmico: a não incidência das regras consumeristas na relação com os cooperados. O debate ficou a cargo de Lineu Peinado, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, e de Tiago Se-vero, professor da FGV Management. O painel foi mediado por Paulo Braga, advogado militan-te na defesa de cooperativas e autor de artigos sobre o tema.

• Recuperação judicial de cooperativas – a análise legal e jurisprudencial da matéria foi re-alizada pelos professores de Direito Comercial da USP e pesquisadores do Direito Coopera-tivo, Gustavo Saad Diniz e Emanuelle Urbano Mafiolletti, propondo alternativas para que as cooperativas tenham acesso a este instituto. A mediação ficou por conta de Fabrício Klein, consultor da OCB.

• Ato cooperativo – este ano, apresentamos um painel sobre a visão dos Tribunais Superiores so-bre a tributação dos atos praticados pelas coope-rativas. O tema foi apresentado por Betina Treiger Grupenmacher, professora da Universidade Fe-deral do Paraná, e pelo tributarista João Caetano Muzzi Filho, consultor da OCB, sob a mediação do gerente jurídico do Sicredi, Evandro Kotz.

II REUNIÃO DO COMITÊ JURÍDICO DO SISTEMA OCB

Foi realizada, em fevereiro, a reunião anual do Co-mitê Jurídico do Sistema OCB, com a participação de 50 profissionais, dentre analistas e assessores jurídicos de 19 unidades estaduais. Os participan-tes puderam assistir a uma palestra sobre o novo Código Florestal e a atuação quanto ao tema junto ao Poder Judiciário. Além disso, foram definidos os temas prioritários para discussão ao longo de 2016, destacando-se a participação de cooperativas em processos de licitação e normas regulatórias.

O objetivo do Comitê Jurídico, instalado em 2013, é ser um fórum de promoção de debates e de dissemi-nação de conteúdos técnicos-jurídicos, a fim de pro-piciar a transferência de informações, experiências e práticas bem-sucedidas entre seus integrantes.

WORKSHOP – TÍTULOS DO AGRONEGÓCIO: ALTERNATIVA DE FINANCIAMENTO ÀS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS

Desde 2004, as cooperativas podem emitir títulos de agronegócios disponíveis no mercado, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), o Certifica-do de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

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O assunto foi tema de um workshop promovido pelo Sistema OCB em parceria com o Sistema Oce-par, no Paraná.

Apesar de estarem disponíveis no mercado há qua-se duas décadas, a complexidade operacional e os custos financeiros das operações praticamente in-viabilizam a sua operação. Disposto a debater o as-sunto, o Sistema OCB trouxe para o evento o pro-fessor Renato Buranello, integrante da Câmara de Crédito e Comercialização do Ministério da Agricul-tura; Renato Barros, diretor de operações da Gaia Agro; Rogério Haddad, diretor executivo do CCAB; o gerente executivo da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, Gunther Knalc; e o superinten-dente Comercial no Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Luciano Ribeiro Machado.

Para encerrar os debates – que reuniram participan-tes de cooperativas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo –, foi realizada discussão sobre os desafios regulatórios e de mercado.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS DO SISTEMA COOPERATIVISTA NA CADEIA PRODUTIVA DE CEREAIS DE INVERNO

Esse evento é fruto da parceria do Sistema OCB com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá-ria (Embrapa). Em sua segunda edição, ele reuniu 31 técnicos de 20 cooperativas da Região Sul em um projeto de qualificação profissional da cadeia produtiva de cereais de inverno – classificação que engloba o trigo, a cevada, o centeio, a aveia e, trans-

versalmente, a canola, a soja, o milho e o feijão.

A principal proposta dessa parceria é a criação de uma rede de profissionais de

ciências agrárias capazes de atuar como multiplica-dores junto aos cooperados do setor agropecuário. Será deles a função de dar acesso à base à aplicação de novas tecnologias que levem ao desenvolvimen-to das atividades individuais desses beneficiários e, consequentemente, das suas cooperativas.

CAPACITAÇÃO DO RAMO INFRAESTRUTURA (CAP-INFRA)

Em 2016, o Sistema OCB ajudou a aumentar a efici-ência e a eficácia de 24 cooperativas de distribuição de energia elétrica dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essas distribuidoras – que representam 65% do universo das cooperativas permissionárias do Brasil – participaram de curso de capacitação voltado ao fortalecimento da gestão operacional do Ramo Infraestrutura.

O curso surgiu de uma demanda real do setor: a revisão da metodologia tarifária da Agência Na-cional de Energia Elétrica (ANEEL), realizada em 2015, que impactou negativamente os resultados de nossas cooperativas. Fez-se necessário, então, melhorar e uniformizar as informações regulatórias do setor para obter maior eficiência no uso desses dados em um novo ambiente regulado.

O CAP-Infra contou, ainda, com um treinamento aplicado no uso das seguintes ferramentas de ges-tão: simulação de redes, retorno de ativos, projeção economicamente eficiente de tarifas e estrutura ta-rifária e padrões de análise de dados para fins re-gulatórios.

PROGRAMA QUALIFICA UNIMED

Qualificar cada vez mais os servi-ços prestados por cooperados e cooperativas de saúde mé-dica. Com esse objetivo a

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Unimed do Brasil, a Fundação Unimed, a OCB e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativis-mo (Sescoop) lançaram um programa inovador: o Qualifica Unimed.

Voltado para gestores e colaboradores do Sistema Unimed, o programa tem por objetivo uniformizar, integrar e qualificar essas cooperativas nas funções administrativas e assistencial.

O trabalho é realizado em duas etapas. Na primeira, que dura cerca de 18 meses, capacitamos as equi-pes gerenciais e administrativas sobre a metodolo-gia do programa, que nesta etapa é ministrado em uma plataforma de Educação a Distância. Ao aces-sá-la, os alunos encontram os conteúdos das aulas e o apoio de tutores para esclarecer suas dúvidas.

A segunda fase é uma consultoria de mais de 400 horas realizada presencialmente nas cooperativas que aderirem ao programa. Nessa fase, identifi-cam-se as boas práticas adotadas nas cooperativas e as mudanças necessárias para que elas possam receber as qualificações e as acreditações exigidas para o setor.

Atualmente, existem 36 cooperativas e 11 recur-sos próprios hospitalares participando do Qualifica Unimed, em todas as regiões brasileiras. E os re-sultados já começam a aparecer: duas das partici-pantes já conseguiram a acreditação junto à ANS, de acordo com a RN 277/11. Além destas, outras já estão se preparando e adequando-se para posterior acreditação.

Vale destacar: o Qualifica Unimed foi apresentado à Aliança Cooperativa Internacional (ACI) como um programa de referência para o fortalecimento do co-operativismo brasileiro.

Conheça os principais objetivos do Qualifica Unimed

❍ Profissionalização e qualificação da gestão, com redução dos riscos gerenciais das cooperativas e recursos próprios (médicos, enfermeiros e demais colaboradores);

❍ Padronização e qualificação dos processos e indicadores, a partir da adoção de plataforma única de tecnologia da informação;

❍ Melhoria na gestão de riscos e da sustentabilidade do “Sistema Reconfiguração Geopolítica do Sistema Unimed”;

❍ Melhoria na eficiência administrativa com redução da sinistralidade, das despesas e dos custos das operações do sistema;

❍ Melhoria na qualidade e segurança na prestação de serviços;

❍ Adoção de modelo único de gestão com sistematização da operação do Sistema Unimed.

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SEÇÃO

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INVESTIMENTO EM PESSOAS

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OBJETIVO DE GESTÃODESENVOLVER CONTINUAMENTE AS COMPETÊNCIAS DOS COLABORADORES

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MAIS DE 2,8 MIL PARTICIPAÇÕES EM TODO O PAÍS EM 271 AÇÕES PROMOVIDAS PELO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DO SISTEMA OCB EM 2016

O cooperativismo é um movimen-to feito por pessoas e para pes-soas. Por isso, o Sistema OCB faz questão de cuidar bem dos nossos colaboradores. Sabemos

que se nossa equipe estiver feliz, ela cuidará melhor dos nossos cooperados – razão prin-cipal da nossa existência. Dessa forma, esta-mos sempre investindo em capacitação e na qualidade do ambiente de trabalho, agregan-do valor à nossa prestação de serviços.

Se o nosso maior objetivo é unir pessoas em cooperativas para alcançarmos juntos um futu-ro melhor, nada mais óbvio do que fazer esse trabalho de dentro para fora. É dentro do Sis-tema OCB que acontece o verdadeiro trabalho em cooperação. Pessoas de diversas gera-ções e formações acadêmicas, juntas, em prol de um objetivo maior: ser o exemplo de que a união faz a força e nos leva muito mais longe.

O ano de 2016 foi marcado pela ampliação da capacidade de ensino e aprendizagem da OCB. Fortalecemos o Programa de Desenvol-vimento de Competências com ações funda-mentais para uma atuação sistêmica cada vez mais consolidada de nossos colaboradores, sem deixar de investir em projetos e proces-sos que revisam e aperfeiçoam os sistemas de trabalho. Buscamos consolidar a qualidade de vida das equipes, sustentando o propósito de busca contínua pela excelência em gestão de pessoas.

Hoje somos 72 colaboradores – 54 do quadro efetivo e 18 outros colaboradores, entre ter-ceirizados, menores aprendizes e prestadores de serviços – dedicados a manter a excelência no atendimento aos nossos cooperados. Des-tacamos que 80% dos nossos colaboradores têm entre três e dez anos de Casa. O segre-do? Acreditamos e valorizamos a competência da nossa equipe e investimos nela.

INVESTINDO EM CAPACITAÇÃO

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R$ 5 milhõesinvestidos na capacitação de conselheiros, executivos, gestores, analistas e técnicos das unidades nacional e estaduais do Sistema OCB

54%dos colaboradores da OCB estão há mais de seis anos dedicados ao cooperativismo

55%deles têm nível superior completo, sendo 28% destes com pós-graduação

Perfil dos nossos talentos (quadro efetivo)

1. Formação superior

55% dos nossos colaboradores têm ensino superior, o que demonstra a capacidade técnica da nossa equipe. Destes, 28% já concluíram alguma pós-graduação.

2. Equidade de gênero

Na OCB, homens e mulheres são tratados como iguais e ocupam quase o mesmo número de postos de trabalho. No quadro gerencial, especificamente, temos 65% da composição de mulheres e 35% de homens.

3. Jovens talentos

Metade dos colaboradores da OCB pertencem à chamada Geração Y, nascidos nas décadas de 80 e 90, e têm entre 26 e 35 anos de idade. Eles são seguidos por profissionais da Geração X, nascidos nas décadas de 60 e 70 (35%), e pelos Baby Boomers (15%), nascidos entre 1943 e 1960.

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4. Tempo de casa

A maior prova do bom ambiente profissional na OCB é o longo tempo de permanência dos colaboradores na instituição. Grande parte (32%) integra nossa equipe há cerca de 6 a 10 anos. Mais de 26% dos nossos profissionais está entre 3 e até 6 anos na OCB. E 22% têm mais de dez anos de casa.

5. Faixa etária

Predomina a faixa etária de nossos colaboradores entre 31 e 40 anos, com cerca de 43%, o que demonstra que temos uma equipe madura e experiente, mas com o vigor jovial de quem ainda tem muito a conquistar.

Potencializando talentosO maior bem de uma empresa é, sem dúvida, o seu corpo funcional. Por isso fazemos ques-tão de investir na capacitação dos nossos colaboradores. Em 2016, não foi diferente. Investimos quase R$ 5 milhões em 271 ações

de capacitação dentro do Programa de De-senvolvimento de Competências do

Sistema OCB, que contam mais de 2,8 mil participações em todo o país, tanto da unidade nacional como das unidades estaduais. Isso porque acreditamos que a capacitação deve ser holística e para todos. Só assim podemos de-senvolver um trabalho completo e

em uníssono.

O Programa de Desenvolvimento de Compe-tências busca organizar as competências em eixos de modo a estruturar melhor a oferta de cursos e ações de desenvolvimento e de capa-citação. Ele é uma importante fonte de iden-tificação de necessidades do ponto de vista organizacional e de promoção do desenvolvi-mento sistêmico.

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Mantivemos os eixos temáticos para cada tipo de público:

Eixo do cooperativismo

Eixo central dos nossos trabalhos. Aqui, desenvol-vemos ações para ampliar o conhecimento de as-pectos estruturais e funcionais do Sistema OCB, bem como a disseminação da cultura da coopera-ção, da doutrina, dos princípios e dos valores do co-operativismo, melhorando o desempenho de todos os colaboradores. Em 2016, o grande destaque des-te eixo foi a celebração do Acordo de Cooperação Técnica e Financeira, entre a Fundação Unimed, a OCB e o Sescoop. Por meio deste convênio, pode-remos ampliar a capacidade de oferta de cursos na modalidade a distância a todo o Sistema OCB.

Essa parceria proporciona, ainda, a extensão do cur-so Introdução ao Cooperativismo, de propriedade da OCB, também às nossas cooperativas. Além desse, também será possível utilizar a plataforma on-line da Fundação Unimed para hospedar cursos a distância, bem como acessar os já desenvolvidos por ela que sejam de interesse das nossas cooperativas.

Eixo deliberativo

Pela primeira vez, desde o lançamento do Programa de Desenvolvimento de Competências, os mem-bros dos conselhos e diretorias do Sistema OCB puderam contar com ações específicas de capaci-tação. O objetivo foi auxiliar os participantes a exer-cerem assertivamente o papel de conselheiros, a partir do conhecimento sistematizado da estrutura e do funcionamento institucional, da estratégia, dos marcos legais e das responsabilidades perante os órgãos de controle.

Três ações foram destaques:

✓ O Encontro Nacional dos Representantes do Sistema OCB, que contou com mais de 107 participantes que debateram sobre diversos temas, entre eles liderança transformadora, inovação e conhecimento, e cenário político e econômico no Brasil;

✓ Capacitação para os Conselhos Estaduais do Sescoop, com a participação de 44 conselheiros;

✓ Capacitação para os Conselhos Fiscais do Sescoop, que contemplou 56 conselheiros.

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Eixo executivo

Contempla o Programa Nacional de Desenvolvi-mento de Líderes e Executivos do Sistema OCB, destinado aos superintendentes e presidentes das unidades nacional e estaduais. É composto por mó-dulos teórico-práticos, além de visitas técnicas na-cionais e/ou internacionais.

Um dos pontos altos desse programa foi o curso sobre inovação e liderança ministrado por Scott Taylor e Les Charm, professores da Babson Colle-ge – centro internacional de excelência em empre-endedorismo, considerado referência em educação executiva, governança e liderança empreendedora.

A dupla de especialistas abordou temáticas rele-vantes à atuação de uma liderança, tais como: a

importância da liderança ressonante; inteligência emocional e social; mudanças intencionais; gover-nança eficaz; sucessão e plano de desenvolvimento.

O curso foi realizado em Brasília e contou com a participação de 27 presidentes, inclusive das Con-federações Uniodonto, Unicred, Confemed e Cnac.

Para os superintendentes, foi dada a continuidade do programa, com etapas nacionais, que contaram com visitas técnicas à cooperativas e às unidades estaduais de Minas Gerais e Bahia, além de dois encontros presenciais em Brasília.

Ao longo do ano passado, também participamos do World Coop Management 2016 – Inspirando Pes-soas, realizado em Belo Horizonte/MG, que contou com a participação de 44 presidentes, superinten-dentes e gerentes das unidades nacional e estadual.

Eixo gerencial

O eixo gerencial tem como meta favorecer o desen-volvimento e o aprimoramento de competências técnicas e comportamentais necessárias ao exer-cício qualificado da função gerencial. A ideia é faci-litar a transformação da estratégia em ações pelos gestores por meio da coordenação de equipes e o monitoramento dos resultados atingidos.

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Em 2016, com esse foco, foi iniciado um curso de pós-graduação em Gestão Empresarial, realizado em parceria com a Fundação Instituto de Administração – FIA. Ao todo, 34 gestores das unidades estaduais e da unidade nacional participaram desse curso, em São Paulo, cujo objetivo foi desenvolver competên-cias necessárias ao fortalecimento da gestão susten-tável e ao exercício qualificado da função gerencial no Sistema OCB. As atividades presenciais foram concluídas em 2016 e a entrega e apresentação dos trabalhos de conclusão acontecerão em 2017.

Eixo técnico

Atualmente, é a maior e mais abrangente das linhas de atuação do Programa de Desenvolvimento de Competências. Aqui as ações estão voltadas para a potencialização do exercício profissional e para o protagonismo dos mais diversos colaboradores. Em âmbito nacional, foram desenvolvidas ações para apoiar as unidades estaduais na execução dos seus processos de trabalho, sejam finalísticos ou de apoio. São aqui destacados os Encontros: de Comu-nicação; de Profissionais de Tecnologia da Informa-ção; de Arrecadação; além de capacitações especí-ficas para a área finalística do Sescoop (critérios do PDGC, indicadores econômicos, entre outros).

Trilhas de AprendizagemAs Trilhas de Aprendizagem são uma solução edu-cacional que propõe o fortalecimento de uma edu-cação corporativa estratégica por meio da oferta de opções de aprendizagem de forma estruturada e convergente com os objetivos do Plano Estraté-gico do Sistema OCB.

O ano de 2016 foi o ano em que tiramos as Trilhas de Aprendizagem do papel e as colocamos em ação. Foram oferecidas 21 trilhas ao longo do ano, elabo-radas de forma participativa, disponibilizando inicialmente 1.188 opções de aprendizagem. As trilhas foram construídas de forma colabora-tiva com os gestores e educadores corporativos e podem ser visualizadas em um novo ambiente de aprendizagem on-line; a plataforma Wiki.

Esses números potencializam a capacidade de en-sino e aprendizagem da instituição e dão visibilida-de a uma solução educacional de desenvolvimento interno que assume estrategicamente prioridade no desenvolvimento das competências dos colabo-radores do Sistema OCB.

Para o alcance dos objetivos de apren-dizagem, cada uma das trilhas oferece opções como: livros, monografias, teses,

artigos, filmes, vídeos de treinamento; palestras, entrevistas, depoimen-

tos e documentários; mar-cos legais e regulatórios;

cursos presenciais e on-line; pós-gradu-

ação; além de

outras fontes de aprendizagem.Vale destacar: as trilhas de aprendizagem são o carro-chefe do Portfólio de Educação Corporativa, que con-templa outras soluções internas, de parceria e de mercado, ofertadas de forma organizada e estruturada para proporcionar o desenvolvimento de competências dos colaboradores.

Plano de Desenvolvimento de Competências IndividuaisDeixar que o próprio profissional escolha o me-lhor caminho para desenvolver as suas compe-tências, alinhando seus objetivos com os da OCB

foi a nossa melhor escolha em 2016, quando lançamos o Plano de Desenvolvimento de Competências Individuais (PDCI). Por meio dessa ferramenta, que é integrada à Ava-liação de Competências e Desempenho (ACD), os colaboradores fazem um sim-

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Com a análise das 1.613 op-ções de aprendizagem planeja-

das, destacaram-se o predomínio da solução educacional de desenvol-

vimento interno (877), seguida da solução de parceiros (373) e de mercado (362), sugerin-

do convergência com as estratégias da educação corporativa de: valorização das opções de apren-dizagem internas; exploração das opções oferta-das por parceiros (Fundação Unimed, ABTD, FNQ, ABRH); e utilização das opções de aprendizagem ofertadas gratuitamente pelo mercado por insti-tuições reconhecidas (FGV, ILB, Coursera, Prime Cursos, entre outras).

e desempenho e, ainda, plano de trabalho. A partir des-ses focos, os colaboradores selecionaram opções de aprendizagem mais convergentes com seus estilos e propósitos de aprendizagem, indicando a quais solu-ções educacionais fazem parte (desenvolvimento in-terno, de parceiros e de mercado) e qual a forma de validação, ou seja, como a execução de cada opção de aprendizagem será comprovada. O tempo de execução de cada opção é dimensionado, de forma que seja pos-sível identificar a carga horária total de desenvolvimen-to, o que também permite a identificação do alcance de uma meta mínima de 60 horas para cada colaborador.

ples preenchimento, que permite a seleção autô-noma de opções de aprendizagem, alinhada às orien-tações dos gestores; baseado na redução de gaps de competências e desempenhos, na superação de desempenhos atuais e no desenvolvimento de com-petências com o foco em necessidades identificadas em função de novos desafios e planos de trabalho.

A ferramenta inclui a definição de até seis focos de desenvolvimento, entre as dimensões competências

Bolsas de estudo

Todos os anos, o Programa de Educação Continuada concede bolsas de estudos para cursos de graduação, pós-graduação e idio-mas aos colaboradores da unidade nacional do Sistema OCB. Em 2016, 29 pessoas foram beneficiadas com percentuais de reembolsos que variam de 40% a 90%, em 11 áreas do conhecimento, além dos cursos de idiomas em duas línguas – inglês e espanhol.

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Qualidade de vidaManter um bom clima organizacional na Casa do Cooperativismo é fundamental para garantir um excelente atendimento às nossas cooperativas. Por isso, em 2016, continuamos investindo em projetos de qualidade de vida para os nossos colaborado-res, como estímulo à prática de ações voluntárias e cidadãs, incentivo à prática de atividades físicas e outras ações. E várias delas contaram com a par-ceria da nossa unidade estadual, a OCDF, e estão relacionadas a seguir.

Uma das ações destaques foi o Dia C, ou Dia de Cooperar, uma campanha de âmbito nacional, com celebração no primeiro sábado de julho. Em

Seção 3 // INVESTIMENTO EM PESSOAS100

várias cidades por todo o país foram realizadas atividades voltadas ao público, como as tendas de saúde, que proporcionaram à comunidade a aferição de pressão, glicemia e da pressão do glo-bo ocular; e a demonstração de primeiros socor-ros para situações de emergência. 

No Distrito Federal, especificamente, o Dia C também contou com a participação de institui-ções que ofereceram serviços diversos. A Secre-taria do Trabalho, por exemplo, realizou a emissão de carteiras de trabalho. Já a Confebras propor-cionou educação financeira para crianças, jovens e adultos. A cooperativa de idiomas Cooplem, por sua vez, realizou oficinas educativas, contação de histórias para o público infantil, espaço de apren-dizagem com leituras e pinturas. E a Uniodonto ofereceu kits odontológicos. O evento ainda con-

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tou com brinquedos infláveis, pipoca e algodão--doce, bem como pintura de rosto e apresenta-ção de shows culturais.

Promovemos também a Gincana Berço Solidário do Sistema OCB. A proposta era de conscientizar os colaboradores acerca da importância da solidarieda-de. A estratégia de arrecadação de itens de enxoval para crianças até seis meses de idade mobilizou

colaboradores que, em equipes, garantiram re-sultados que confirmam o sucesso da mo-bilização solidária. Foram arrecadados 29 kits compostos por itens de banho, higiene,

quarto e roupas; 5.616 unidades de fral-das descartáveis e 29 banheiras.

Falar de qualidade de vida sem associá-la à prática de esportes,

Relatório de Gestão OCB 2016 101

é muito difícil! E por acreditar nisto é que conti-nuamos investindo fortemente nos Jogos de Inte-gração Cooperativista. Em 2016, 67 colaboradores da unidade nacional participaram, na condição de atletas, do 16º Cooperjogos – Jogos de Integra-ção Cooperativista, realizado em comemoração ao 94º Dia Internacional do Cooperativismo. Entre as modalidades ofertadas estão: atletismo, natação, dama, futsal, futebol society, truco, sinuca, cabo de guerra, dominó, queimada, peteca, xadrez, tes-te cooperativismo e gincana solidária. Nesta últi-ma modalidade foram doadas 187 latas de leite em pó, arrecadadas na ocasião da Festa Junina e que foram destinadas à Creche Renascer, em Bra-sília, em mais uma ação voluntária da OCB. Novos convênios com academias e escolas de dança am-pliaram também as opções de prática de esportes para os colaboradores.

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SEÇÃO

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RESULTADOS FINANCEIROS

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ATIVO2016 2015

CIRCULANTE

Disponibilidades 467.733,77 404.633,51

Aplicações Financeiras 29.861.379,70 21.793.186,63

Outros Créditos 908.878,11 612.217,04

Almoxarifado 195.944,65 146.272,06

31.433.936,23 22.956.309,24

NÃO CIRCULANTE

Investimentos 304.757,78 79.807,53

Tangível 17.228.945,06 18.046.881,96

Intangível 323.416,91 366.582,56

17.857.119,75 18.493.272,05

TOTAL DO ATIVO 49.291.055,98 41.449.581,29

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO2016 2015

CIRCULANTE

Fornecedores 265.264,80 266.334,76

Convênio DGRV 998,02 -

Obrigações Tributárias e Contribuições 548.288,54 462.174,05

Provisões Férias e Encargos Sociais 1.315.789,68 1.099.439,86

Outras Obrigações 154.756,12 217.167,91

2.285.097,16 2.045.116,58

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Patrimônio Social 26.766.474,83 21.753.342,59

Superávit do Exercício Corrente 8.081.279,79 5.013.132,24

Ajuste de Avaliação Patrimonial 12.158.204,20 12.637.989,88

47.005.958,82 39.404.464,71

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 49.291.055,98 41.449.581,29

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DEMOSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO2016 2015

RECEITAS OPERACIONAIS

Contribuições Cooperativistas 26.921.740,23 24.228.479,88

Contribuições do Sescoop 6.386.775,69 5.834.407,67

Taxa de Credenciamento de Auditores 22.648,58 5.452,00

Recuperação de Despesas 167.154,60 140.859,93

Outras Receitas Operacionais 22.634,55 24.598,44

33.520.953,65 30.233.797,92

DESPESAS OPERACIONAIS

Pessoal (12.114.245,65) (10.899.273,30)

Administrativas (9.295.656,76) (8.876.820,41)

Tributárias (484.306,24) (431.693,09)

Contribuições/Doações Diversas (236.804,69) (341.484,22)

Apoio Institucional (5.392.606,69) (4.843.041,51)

Apoio e Patrocínio - Despesas (2.411.938,42) (2.798.091,92)

(29.935.558,45) (28.190.404,45)

RECEITA/DESPESAS FINANCEIRAS

Receitas Financeiras 4.500.281,61 3.066.409,41

Despesas Financeiras (4.397,02) (4.206,82)

4.495.884,59 3.062.202,59

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Custo na Baixa de Ativo Imobilizado - (167.463,82)

Receita na Alienação de Imobilizado - 75.000,00

- (92.463,82)

SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO 8.081.279,79 5.013.132,24

As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras

Relatório de Gestão OCB 2016 105

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DEMOSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DESCRIÇÃOPATRIMÔNIO

SOCIALRESULTADO DO

EXERCÍCIOTOTAL

Saldo em 31/12/2015 39.404.464,71 - 39.404.464,71

Ajuste de Avaliação Patrimonial no Exercício (479.785,68) - (479.785,68)

Resultado Apurado em 31/12/2016 - 8.081.279,79 8.081.279,79

Superávit do Exercício Corrente 8.081.279,79 (8.081.279,79) -

Saldo em 31/12/2016 47.005.958,82 - 47.005.958,82

As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO ATIVO: INVESTIMENTOS/IMOBILIZADO E INTANGÍVEL

Discriminação 2015Aquisição, Custo

Atribuído, Depreciação e Amortização

Baixas/Ajustes

2016

INVESTIMENTOS

Participação Societária 79.807,53 224.950,25 - 304.757,78

79.807,53 224.950,25 - 304.757,78

IMOBILIZADO

Terreno 842.700,00 - - 842.700,00

Terreno - Custo Atribuído 3.027.533,92 - - 3.027.533,92

Edificações 5.931.946,71 - - 5.931.946,71

Edificações - Custo Atribuído 11.969.890,11 - - 11.969.890,11

Máquinas e Equipamentos 215.062,35 20.225,44 - 235.287,79

Móveis e Utensílios 581.743,92 19.217,15 - 600.961,07

Veículos 143.000,00 - - 143.000,00

Sistema de Comunicação 51.560,22 - - 51.560,22

Provisão P/Perda c/Desval. S. Comunicação (5.495,02) - - (5.495,02)

Equipamentos de Informática 475.809,13 4.149,82 - 479.958,95

Pinacoteca 2.864,97 - - 2.864,97

23.236.616,31 43.592,41 - 23.280.208,72

Seção 4 // RESULTADOS FINANCEIROS106

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Discriminação 2015Aquisição, Custo

Atribuído, Depreciação e Amortização

Baixas/Ajustes

2016

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

Imóveis/Edificações 4.404.779,85 716.073,48 - 5.120.853,33

Máquinas e Equipamentos 72.077,81 20.972,23 - 93.050,04

Móveis e Utensílios 398.642,38 27.095,95 - 425.738,33

Veículos 15.014,98 28.599,96 - 43.614,94

Sistema de Comunicação 23.731,68 5.232,27 - 28.963,95

Equipamentos de Informática 275.487,65 63.555,42 - 339.043,07

5.189.734,35 861.529,31 - 6.051.263,66

TOTAL DO IMOBILIZADO LÍQUIDO

18.046.881,96 (817.936,90) - 17.228.945,06

INTANGÍVEL

Marcas e Patentes 178.234,20 - - 178.234,20

Sofwares/Sistemas 621.506,34 2.306,48 - 623.812,82

Softwares em Andamento - 25.000,00 - 25.000,00

Desenvolvimento de Marca 23.360,00 - - 23.360,00

823.100,54 27.306,48 - 850.407,02

AMORTIZAÇÃO

Amortização 456.517,98 70.472,13 - 526.990,11

456.517,98 70.472,13 - 526.990,11

Total do Intangível Líquido 366.582,56 (43.165,65) - 323.416,91

Total Geral Líquido 18.493.272,05 (636.152,30) - 17.857.119,75

As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras

Relatório de Gestão OCB 2016 107

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DEMOSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXADESCRIÇÃO 2016 2015

Resultado Líquido 8.081.279,79 5.013.132,24

Ajustes ao Resultado Líquido:

(+) Depreciação do Exercício 861.529,31 395.942,17

(+) Amortização 70.472,13 115.890,08

( +/- ) Ajuste ref. Baixas: Imobilizado, Investimento e Ajuste Patrimônio Social (479.785,68) (347.860,22)

Resultado Líquido Ajustado 8.533.495,55 5.177.104,27

Fluxo de Caixa do Ativo e Passivo Operacional (circulantes)

Contribuição Cooperativista a Receber (156.318,33) (15.432,29)

Credito Diversos (140.342,74) 145.604,78

Almoxarifado (49.672,59) 141.219,77

Fornecedores (1.069,96) (26.307,17)

Convênio DGRV 998,02 (5.331,19)

Convênio APEX - (290.962,84)

Obrigações Tributárias/Contribuições 86.114,49 (10.015,08)

Provisão Férias e Encargos Sociais 216.349,82 764.586,90

Credores Diversos (41.910,01) 41.910,01

Outras Obrigações (20.501,78) 40.045,81

Caixa Liquido das Atividades Operacionais (106.353,08) 785.318,70

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento

Variação de Participação Societária (224.950,25) (22.580,00)

Variação de Imobilizado (43.592,41) (624.225,64)

Variaçao de Intangível (27.306,48) (19.071,50)

Caixa Líquido nas Atividades de Investimento (295.849,14) (665.877,14)

Aumento Líquido ao Caixa e Equivalente de Caixa 8.131.293,33 5.296.545,83

Caixa e Equivalente de Caixa no Fim do Período 30.329.113,47 22.197.820,14

Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período 22.197.820,14 16.901.274,31

Variação das Contas Caixa/Bancos/Equivalente de Caixa 8.131.293,33 5.296.545,83

As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras

Seção 4 // RESULTADOS FINANCEIROS108

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS LEVANTADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1. Contexto Operacional

A Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, com sede na cidade de Brasília-DF, é o órgão de representação, controle, registro e cadastramento do Sistema Cooperativista Brasileiro.

2. Apresentação das Demonstrações Contábeis:

As Demonstrações Contábeis foram elaboradas com observância aos princípios de contabilidade adotados no Brasil e adaptadas às atividades da Organização.

3. Principais Práticas Contábeis

a) Ativo e Passivo Circulantes

O ativo e passivo circulantes estão compostos por valores vencíveis no prazo de 360 dias.

b) Depreciação e Amortização

As depreciações do imobilizado foram calculadas pelo método linear, observando-se as taxas estabelecidas em função do tempo de vida útil fixado por espécie de bens, perfazendo o montante de R$ 381.743,63, contabilizada como Despesa Operacional do Exercício. A Amortização do Intangível foi de R$ 70.472,13.

c) Valor Recuperável (Impairment Test) dos Ativos Imobilizados

Em consonância com as Normas, Interpretações e Comunicados Técnicos de forma convergente com as Normas Internacionais de Contabilidade e a promoção de uso dessas normas nas demonstrações contábeis para fins gerais no Brasil, e adaptando-as à OCB no que lhe diz respeito, à luz do que determina a NBC T 19.41 Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, Seção 27 Redução do Valor Recuperável para Ativo em seu item 27.7 Indicadores de desvalorização que diz: “Se não existir indicação de desvalorização, não é necessário estimar o valor recuperável” e com base nas informações geradas pela Gerência de Logística - Gelog, de não haver indicação de que os ativos fixos (imobilizado e intangível) apresentassem perda de representatividade econômica, esta contabilidade manterá os mesmos parâmetros para os valores dos bens do grupo do imobilizado e intangível e respectivos métodos para depreciação e amortização destes, contudo recomenda-se para o final do ano seguinte o procedimento de se testar e avaliar a redução do valor recuperável do ativo fixo, salvo se não houver necessidade.

d) Apuração do Resultado

É adotado o regime de competência para registro das receitas e despesas.

Relatório de Gestão OCB 2016 109

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4. Créditos

Destaca-se no Ativo Circulante a conta Outros Créditos no montante de R$ 908.878,11 nesta abarca-se o crédito sob o título de:

✓ Contribuição Cooperativista a Receber, com saldo final de R$ 332.217,41, corresponde a 36,55%, re-presenta os valores arrecadados de Contribuição Cooperativista que serão repassados a OCB a partir de janeiro de 2017.

✓ Créditos Diversos no montante de R$ 576.660,70, corresponde a 63,45%, deste as parcelas relevantes são representadas pelo contrato de mútuo concedido à OCEMA e OCB-AL no montante remanescente de R$ 225.220,37, valores a recuperar das singulares intervenientes conforme contrato de serviços jurídicos com a Demarest e Almeida Advogados Associados na ordem de R$ 68.893,16.

5. Informação de Obrigações

Do montante final do Passivo Circulante na ordem de R$ 2.285.097,16, destacam-se as seguintes contas relevantes:

✓ Fornecedores na ordem de R$ 265.264,80, corresponde a 11,61% com vencimento em 2017.

✓ Obrigações Tributárias/Contribuições no montante de R$ 548.288,54, corresponde a 23,99%, e compõem-se das seguintes rubricas a vencer em 2017:

CONTA VALORES EM R$

Encargos e Impostos sobre terceiros 19.391,30

Encargos, Consignações e Impostos sobre folha de pagamento 528.897,24

✓ Provisão de férias e encargos sociais no montante de R$ 1.315.789,68, corresponde a 57,58%.

✓ Obrigações por convênios OCB-OCEs na ordem de R$ 150.000,00, correspondente a 6,56% referente fomento às OCEs, pela manutenção da regularidade da contribuição cooperativista por parte das cooperativas já registradas.

6. Patrimônio Social

a) Foi procedida a baixa na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial Edificações no montante de R$ 479.785,68 referente ao exercício de 2016, pela realização através da depreciação do bem avaliado.

b) Resultado do ExercícioO resultado do exercício foi apropriado na conta Superávit do Exercício Corrente à disposição da Assembleia.

Márcio Lopes de FreitasPresidente

CPF: 046.067.008-58

Renato NobileSuperintendente

CPF: 057.178.698-78

Jonny Sousa BritoContador

CRC/MG 053494/O-1 T-DFCPF: 385.309.701-44

Seção 4 // RESULTADOS FINANCEIROS110

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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Ilmos. Srs.Membros da Diretoria e Conselho Fiscal daORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS - OCBBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS - OCB, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações de sobras ou perdas, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS – OCB em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para Opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Organização de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas Profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropiada para fundamentar nossa opinião.

Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração das demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade da Organização continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Organização ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Organização são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Relatório de Gestão OCB 2016 111

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Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um nível de segurança, mas não uma garantia de que uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectarão as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

✓ Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente de causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

✓ Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Organização.

✓ Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

✓ Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional, e com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza significativa em relação a eventos ou circunstâncias que possa causar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Organização. Se concluirmos que existe uma incerteza significativa, deveríamos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificações em nossa opinião, se as divulgações fossem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório.

✓ Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Curitiba, 03 de março de 2017.

MAURO DE SOUZAAuditor Responsável

Contador CRC – PR Nº. 010.899/O-6

CSERV & AUDITORES ASSOCIADOSCRC-PR Nº. 00.5377/O-8

Seção 4 // RESULTADOS FINANCEIROS112

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PARECER DO CONSELHO FISCAL DA OCBREFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2016

O Conselho Fiscal, em suas reuniões, analisou os atos de gestão, as demonstrações financeiras e a documentação contábil mensal, considerando-as regulares.

Considerando que, nesta data, amparado na análise do Relatório da Auditoria e respectivo Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis relativas ao Balanço Patrimonial de 2016, realizada pela C Serv & Auditores Associados, que analisou e considerou regulares as contas do exercício de 2016, apresentadas por meio do Balanço Patrimonial, da Demonstração do Resultado, da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, da Demonstração do Fluxo de Caixa, da Demonstração da Mutação do Ativo Investimento Imobilizado/Intangível e das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis e, com base no Inciso II, Artigo 21 do Estatuto Social da Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, recomenda à Assembleia Geral Ordinária a aprovação das contas do exercício de 2016.

Por fim, o Conselho Fiscal ressalta as boas práticas de gestão e governança observadas pela OCB, durante o exercício de 2016, sob a responsabilidade deste Conselho.

Brasília-DF, 21 de março de 2017.

MARCOS DIAZCoordenador e Conselheiro Fiscal Titular

ERNANDES RAIOL DA SILVASecretário e Conselheiro Fiscal Titular

JOSÉ FRANCISCO DO NASCIMENTOConselheiro Fiscal Titular

Relatório de Gestão OCB 2016 113

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