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Relatório de AtividAdes

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45 InIcIatIvas

www.fundovale.org

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Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 3

1 | MEnsagEM Da DIrEtOra

2 | QuEM sOMOs

3 | vIsãO gEral DE 2015

4 | tErrItórIOs DE atuaçãO E ParcErIas

Escudo das Guianas PA/AP

Bacia do Rio Negro

Sul do Amazonas

Acre, Rondônia e Mato Grosso

Corredor Xingu

Corredor Tapajós

Costa Amazônica AP/PA/MA

Bioma Amazônia

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Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

Os resultados concretos alcançados pelo Fundo Vale nos encorajam a, mesmo diante de um

cenário austero, continuar investindo e buscando soluções conjuntas que

contribuam efetivamente para a construção de um legado

socioambiental para o Brasil.

Não há como falar sobre o ano de 2015 sem considerarmos a desaceleração do crescimento

da economia mundial, que afetou diversos setores da sociedade.

No nosso caso, a retração dos preços das principais com-modities, em especial o minério de ferro, refletiu diretamente na diminuição de investimentos no Fundo Vale por parte de sua mantenedora.

Pautados pela transpa-rência e diálogo, contamos com a colaboração e com-preensão de nossos valiosos parceiros e nos adequamos à peculiar realidade. Abrimos nossas portas e fomos em busca de novos caminhos, prospectando outros recur-sos para dar continuidade às ações de transformação sus-tentável para a sociedade, o mercado e o meio ambiente dos territórios onde atuamos.

Resultados concretos, compartilhados neste relatório, e o reconhecimento da importância do Fundo Vale para a acele-ração do desenvolvimento sustentável da Amazônia nos en-corajam a, mesmo diante de um cenário austero, continuar investindo e buscando soluções conjuntas que contribuam efetivamente para a construção de um legado socioambiental para o Brasil.

Boa leitura!

gleuza JesuéDiretora executiva do Fundo Vale

Gerente executiva de meio ambiente da Vale

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Quem soMos

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SUMÁRIO

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 6

O Fundo Vale é uma associação sem fins lucrativos, reconhecida como Organização da

Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que busca conectar instituições e iniciativas em prol

do desenvolvimento sustentável.

Criado em 2009 pela empresa Vale S.A. para incentivar so-luções globais de sustentabilidade e com o intuito de atuar em biomas críticos, o Fundo Vale apoia e financia ações na Amazônia que unem a conservação dos recursos naturais à melhoria da qualidade de vida e ao fortalecimento dos territó-rios. Seus mantenedores atuais são a Vale S.A. e a Companhia Portuária da Baía de Sepetiba (CPBS).

Nesses seis anos de atividades, acumulou experiência em sete estados brasileiros – Pará, Amazonas, Mato Grosso, Ron-dônia, Acre, Amapá e Maranhão –, tendo apoiado mais de 45 projetos e estabelecido parceria direta com 26 organizações socioambientais reconhecidas por sua atuação em campo e ampla trajetória.

As ações concentram-se em temas como ordenamento territorial, nova economia, fortalecimento da sociedade civil, mecanismos de governança, políticas públicas e geração e disseminação de conhecimento.

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

Valores

Cuidar: a vida em primeiro lugar.

Colaborar: atuação em rede para o bem comum.

Estar Presente: estar em campo é o melhor aprendizado.

Inovar: boas ideias fazem a diferença.

Ser Transparente: diálogo e comunicação como elo das relações.

Transformar: valorizando compromissos duradouros.

Realizar: fazer acontecer.

Missão

Promover o desenvolvimento sustentável

ao induzir, conectar ou multiplicar soluções

transformadoras para as sociedades, mercados e

meio ambiente.

Visão

Ser reconhecido por construir colaborativamente

meios para a aceleração do desenvolvimento

sustentável nos territórios onde atua.

Fundo vale | Relatório de Atividades 2015 6

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 7

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

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ProgrAMAs

Municípios Verdes

Apoia uma nova agenda de desenvolvimento sustentável dos muni-cípios, com engajamento dos atores locais, conciliando gestão ambiental efetiva e economia local de base sustentável.

Áreas protegidas e BiodiVersidade

Visa promover a gestão integrada das áreas protegidas, em conexão e sinergia com as estratégias de desenvolvimento local, regional e nacional, de forma a demonstrar sua contribuição para os territórios e garantir a sus-tentabilidade destas áreas e de seus povos.

MonitoraMento estratégico

Busca potencializar iniciativas de monitoramento e políticas de inter-venção, com base na geração e no uso de informação estratégica para a conservação dos recursos naturais, a redução da sua degradação e o desen-volvimento sustentável das populações locais.

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visão gerAl 2015

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Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

O ano de 2015 no Brasil foi marcado por um quadro recessivo, com grande instabilidade na economia e no cenário político, cujos reflexos atingiram diversos setores em diferentes áreas.

O panorama no mercado da mineração não foi diferente, afetando diretamente o desempenho financeiro da mante-nedora do Fundo, a Vale.

O Fundo Vale não saiu impune das consequências e 2015 se caracterizou como um ano ímpar para a instituição, que se valeu de dinamismo e criatividade para dar continuida-de ao trabalho já reconhecido em prol do desenvolvimento sustentável.

O corte orçamentário necessário foi da ordem de 50%, o que exigiu uma renegociação dos contratos em andamento com parceiros e o replanejamento de toda a carteira para o ano. Do total de 22 projetos em execução no início de 2015, seis já estavam em fase final de implementação e foram en-cerrados até o mês de dezembro, e os demais tiveram conti-nuidade até 2016.

Além disso, a organização passou por mudanças na equi-pe e em sua estrutura operacional, o que incluiu a transfe-rência de seu escritório da cidade do Rio de Janeiro para Belo Horizonte.

Para diversificar a fonte de financiamento e garantir a continuidade de importantes projetos e iniciativas, o Fundo Vale iniciou algumas frentes de prospecção de novos recursos, visando complementar os valores apor-tados pela Vale.

Apesar das dificuldades, o ano contabilizou resulta-dos institucionais expressivos, dentre os quais destaca-se a conclusão do Sistema de Indicadores Fundo Vale, com aplicação-piloto e primeiras análises. Trata-se de uma ferramenta de suporte à gestão que permitirá men-surar a atuação do Fundo Vale com mais precisão, por meio do monitoramento e da avaliação de indicadores de desempenho e de impacto em três níveis: institucio-nal, projetos e local.

Com foco na conservação da Amazônia, o Fundo Vale marcou presença em fóruns e redes relevantes, como o Programa de Municípios Verdes do Estado do Pará, o Programa Mato-Grossense de Municípios Sustentáveis e a Rede de Capacitação da Amazônia, mantendo sua in-terlocução com as principais ONGs e órgãos ambientais que atuam no bioma.

O Fundo teve um papel importante na criação dessas políticas públicas e prioriza sua participação em espaços que estimulem a colaboração e a troca de conhecimentos.

Diagnóstico Mata Atlântica

Outra conquista de relevância para a instituição em 2015 foi a conclusão do Diagnóstico Mata

atlântica, que teve por objetivo servir de base para o desenho de uma estratégia de atuação do Fundo vale no bioma. realizado com o apoio da empresa MOB, o levantamento usou conceitos e metodologias de inteligência de redes, por meio

de um grande mapeamento na web e entrevistas com 165 representantes de 139 organizações

reconhecidas que atuam na Mata atlântica, de diferentes segmentos da sociedade.

O estudo buscou identificar a lógica dos territórios no bioma, visualizar características

da ação de pessoas e organizações e identificar políticas públicas que afetam a área, além de estratificar a dinâmica de influência entre os

principais atores. Os resultados desse diagnóstico foram disponibilizados publicamente em

www.diagnosticodamataatlantica.org e servirão de referência para um futuro planejamento

estratégico do Fundo vale na Mata atlântica.

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territórios de atuação e

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SUMÁRIO

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Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

Em 2015, o Fundo Vale apoiou e desenvolveu atividades em sete

estados amazônicos, distribuídos em oito territórios: Escudo das Guianas;

Bacia do Rio Negro; Sul do Amazonas; Acre, Rondônia e Mato Grosso;

Corredor Xingu; Corredor Tapajós; Costa Amazônica e Bioma Amazônia

MAPA dos territÓrios

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 1212

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | Perspectivas

Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Escudo das Guianas PA/AP

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Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | Perspectivas

Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Maior bloco contínuo de florestas tropicais do planeta

E ste território contempla o maior corredor de flores-ta tropical do planeta, distribuído em seis países. No

Brasil, ele abrange os estados do Amapá e do Pará, com 33 milhões de hectares de extensão concentrados em 35 áreas protegidas, entre unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas. Trata-se de uma região de alta sociobiodi-versidade com comunidades indígenas de diversas etnias, castanheiros, ribeirinhos, colonos e imigrantes de outras regiões do país. Concentra 15% de toda a água potável do planeta e apresenta grande potencial para o manejo flores-tal e o desenvolvimento de produtos não madeireiros e da agricultura familiar.

Para atuar nesse território, o Fundo Vale firmou parcerias com o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazô-nia (Imazon), o Instituto Floresta Tropical (IFT) e o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).

Em 2015, foi concluído um ciclo de apoio à região da Ca-lha Norte paraense, iniciado em 2010 junto com o Imazon, com foco na melhoria da gestão ambiental dos municípios, implementação das áreas protegidas locais, conscientização e engajamento da população local em ações relacionadas à

A parceria com o Fundo Vale tem possibilitado ao

IEB o desenvolvimento de atividades voltadas ao fortalecimento de

pessoas e organizações que se dispõem a construir

e influenciar processos sustentáveis em territórios estratégicos da Amazônia.

Manuel Amaral / IEB

Calha Norte Paraense

É na porção paraense do Escudo das guianas que o Imazon vem implementando desde 2006

ações de valorização das comunidades, proteção do território e educação ambiental. com a

parceria do Fundo vale e de outras instituições, desenvolveu programas que contemplam as áreas

de regularização fundiária, apoio à fiscalização nas unidades de conservação e a consolidação de conselhos consultivos, além de promover a

educação ambiental. na região, foram trabalhados os marcos legais e técnicos para que comunidades

e grupos possam utilizar as florestas estaduais legalmente, com um documento que respalde a

coleta de produtos não madeireiros e, em alguns casos, a moradia de comunidades. O Imazon

também contribuiu com a delimitação física dessas áreas, o cadastro dos moradores usuários, as regras

de uso e os instrumentos legais junto à secretaria Estadual de Meio ambiente e a elaboração de

planos de manejo.

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Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 14

sustentabilidade. Entre os resultados estão o reconhecimen-to do município de Óbidos no Programa Municípios Verdes e o cumprimento de compromissos de combate ao desma-tamento, além da elaboração e implementação de planos de manejo das reservas extrativistas da região.

Já a aliança do Fundo Vale com o IFT foi estabelecida em 2014 para a execução do Projeto de Apoio ao Desen-volvimento do Manejo Florestal Comunitário e Familiar em Florestas Públicas da Amazônia Brasileira. Nesse território, a ação concentrou-se na Reserva Extrativista (Resex) Verde para Sempre, no Pará, e buscou o fortalecimento do tecido social e das organizações comunitárias. Foram estabelecidas diretrizes e premissas para que os envolvidos no manejo flo-restal estivessem alinhados em um único objetivo: manejar a floresta de forma sustentável, gerando renda e permitindo o desenvolvimento local.

Entre outras ações de relevância no território, em 2015, o IEB retomou a articulação para uma agenda de governança florestal, por meio do fortalecimento da sociedade civil, com ênfase no estado do Amapá. Houve avanços na formação de lideranças comunitárias e no engajamento de organizações, esforços importantes para qualificar o debate entre o poder público e a sociedade civil, visando a diminuição da ação predatória nesse território.

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | Perspectivas

Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Destaques Do território

ordenamento territorial

• Mapeamento e atualização do estado atual do uso e ocupação do solo na Calha Norte.

• Conclusão do microzoneamento nas Florestas Estaduais (Flotas) de Faro e Paru.• Revisão dos marcos regulatórios sobre a regularização fundiária em flores-

tas públicas do Pará.• Apoio na construção de proposta para regularização fundiária em florestas

públicas do Pará.

Nova economia

• Cadastramento e microzoneamento dos castanhais utilizados pela Coope-rativa Mista Agroextrativista dos Produtores do Vale do Jari (Cooperflora).

• Elaboração do diagnóstico participativo da situação atual da comercializa-ção da castanha-do-brasil e dos parâmetros para coleta de produtos não madeireiros (açaí, castanha, andiroba, cumaru e cacau nativo).

• Aprovação de cinco planos de manejo florestal sustentável, na Resex Verde Para Sempre, garantindo que 40 mil hectares de floresta pública sejam manejados de forma responsável e sustentável.

• Criação do Projeto Jutaí, na comunidade Itapeua, na Resex Verde Para Sem-pre. Fruto dos esforços da Associação de Desenvolvimento Sustentável dos Produtores Agroextrativistas da Comunidade Itapeua, tem por missão realizar o manejo florestal comunitário legalizado, agregar valor à produção florestal, contribuir com a conservação da floresta e dar continuidade às tradições locais.

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Fortalecimento da sociedade civil

• Elaboração do Programa de Educação Ambiental e Comunicação para as unidades de conservação (UCs) estaduais da Calha Norte (Peduc).

• Lançamento de Editais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) dire-cionados para o manejo florestal comunitário (MFC) – capacitação, forta-lecimento institucional e comercialização.

• Lançamento de edital dentro de projeto apoiado pelo Fundo Amazônia, com foco para o MFC.

• Fortalecimento da educação no campo por meio das Escolas Familiares Rurais e da Rede das Associações das Escolas Família do Amapá (Raefap), espaços educativos para alavancar o desenvolvimento local e a conserva-ção ambiental.

• Identificação de organizações sociais, iniciativas e articulações existentes no território para apurar a interlocução entre elas e conhecer suas estratégias, a fim de implementar uma agenda socioambiental no estado do Amapá.

Políticas públicas

• Apoio aos municípios de Monte Alegre e Óbidos nos pactos pela redução do desmatamento, sendo Óbidos o primeiro da Calha Norte a receber o certificado de ‘Município Verde’ pelo engajamento na agenda da susten-tabilidade do Pará.

• Capacitação de técnicos das secretarias municipais de meio ambiente de Ori-ximiná, Almeirim, Faro, Monte Alegre e Óbidos em Introdução a Geotecno-logias e Gestão Ambiental com ênfase em Cadastro Ambiental Rural (CAR).

• Retomada do Grupo de Trabalho de Manejo Florestal Comunitário e Fami-liar, no âmbito do governo federal.

• Aprovação de 20% de todos os planos de manejo florestais comunitários e familiares (PMFC) já protocolados nas autarquias governamentais.

• Rearticulação de debate no Pará em torno da consolidação de uma política estadual para o manejo florestal comunitário e familiar, com a participação do Ministério Público Estadual (MPE) e outras organizações da sociedade civil.

Mecanismos de governança

• Estabelecimento do Regimento Interno do grupo de manejadores, além do Marco Estratégico do Projeto Jutaí, por meio dos quais os comunitários estabeleceram diretrizes internas de organização para o manejo florestal.

• Envolvimento de mulheres e jovens nas atividades, integrantes do grupo de manejadores do Projeto Jutaí.

• Ação de fiscalização nas áreas de manejo florestal comunitário onde havia ameaça a lideranças comunitárias.

• Formação de jovens e adultos que moram e/ou atuam em territórios que sofrem pressão por exploração ilegal de madeira, no Pará.

• Fortalecimento de lideranças, gestores e assessores na incidência em polí-ticas públicas voltadas à sustentabilidade.

• Formulação da Plataforma Socioambiental do Amapá.

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS REALIzADOS EM 2015

Imazon Apoio estratégico para a Calha Norte paraense (finalizado)

IFT Apoio ao desenvolvimento do manejo florestal comunitário e familiar em florestas públicas da Amazônia brasileira

IEB Fortalecimento da governança socioambiental do Pará e do Amapá

conheça mais:

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Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Unidades de Conservação Estaduais do Pará na Região da Calha Norte do Rio Amazonas

Programa de Educação Ambiental e Comunicação para as UCs Estaduais da Calha Norte – Peduc

Calha Norte sustentável: situação atual e perspectivas

A Floresta Habitada: História da ocupação humana na Amazônia

Programa de Manejo Florestal Comunitário e Familiar

Boletim Informativo do Observatório Florestal (Ano II nº 01, Janeiro de 2015)

Formar Florestal: Lições e Aprendizados

Reflexões sobre a execução do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento do Manejo Florestal Comunitário

e Familiar em Florestas Públicas da Amazônia Brasileira

Florestas Comunitárias

A Porteira do Rio Trombetas

Florestas Comunitárias

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 1616

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Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

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Bacia do Rio Negro (AM)

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Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Articulação e economia de base sustentável contra a expansão do desmatamento ilegal

C om extensão superior a 70 milhões de hectares e po-pulação acima de 2,5 milhões de habitantes, a bacia

do rio Negro (maior rio do planeta em volume de água) situa-se no noroeste da Amazônia, cobrindo parte de quatro países: Co-lômbia, Venezuela, extremo oeste da Guiana e Brasil. A região, que compreende mais de 700 rios, 8.000 igarapés e 500 lagos, é detentora dos dois maiores arquipélagos fluviais do mundo – Anavilhanas e Mariuá –, que abarcam, juntos, mais de mil ilhas.

Esse território sofre com pressões econômicas e socioam-bientais, relacionadas principalmente às queimadas e à explo-ração ilegal de madeira e outros bens naturais. Além disso, a expansão da malha urbana e dos grandes investimentos em infraestrutura na região afeta diretamente as comunidades e os munícipios próximos à capital do estado do Amazonas, Ma-naus, aumentando as ameaças sobre a floresta e os recursos da biodiversidade.

Para diversificar as atividades econômicas já desenvolvidas na bacia do rio Negro e fortalecer a gestão e a governança am-biental das cidades vizinhas à capital amazonense, o Fundo Vale estabeleceu parcerias com o Instituto de Pesquisas Ecoló-gicas (Ipê) e a Fundação Vitória Amazônica (FVA).

Através do apoio do Fundo Vale a FVA estruturou uma nova linha de ação voltada à adequação da

Região Metropolitana de Manaus às características socioambientais

do território, ressaltando, inclusive, o papel fundamental

das áreas protegidas e populações tradicionais neste processo.

Fabiano Silva / FVA

Como foco de atuação na margem esquerda do rio Negro, onde o acesso só é possível por barco, o Ipê implementou por três anos – de 2013 a 2015 –, o projeto ‘Eco-Polos Amazônia XXI’, possibilitando várias ações para a conservação da região e a melhoria de renda da população local. O trabalho foi de-senvolvido em seis unidades de conservação, com o envolvi-mento de 29 comunidades e a participação de 800 famílias, o que contribuiu para revigorar as cadeias produtivas do artesa-nato, da agrobiodiversidade e do turismo.

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Destaques Do território

Nova economia

• Catalogação de 270 produtos artesanais e 62 produtos da agrobiodiversida-de e desenvolvimento de estratégias para comercialização dos produtos e serviços de cadeias produtivas.

• Articulação com instituições públicas para emissão de documentação para agricultores familiares (mais de 200 carteiras de produtor e 100 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – DAPs) e artesãos (144 conseguiram obter carteiras profissionais de artesão).

O projeto ‘Gente para a Conservação e Conservação para Gente’, desenvolvido pela Fundação Vitória Amazônica desde 2013 em aliança com o Fundo Vale, também registrou avan-ços importantes. Entre eles, destaca-se a construção do Espa-ço FVA, na cidade de Novo Airão (AM), que consolida esforços institucionais ao longo de 25 anos de história da Fundação para promover a conservação e a formação de lideranças no rio Negro. O fortalecimento da cadeia de valor da castanha-

Engajar atores, influenciar e conectar é a proposta do

Observatório da Região Metropolitana de Manaus, criado pela FVA.

do-brasil, liderado pela Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Unini (Coomaru) na Resex do Rio Unini e apoiado pelo pro-jeto, também representa um passo relevante na mudança de paradigma sobre os negócios comunitários baseados no uso sustentável dos recursos da floresta.

Além disso, a criação do Observatório da Região Metropo-litana de Manaus (ObsRMM), outro fruto da parceria, surgiu como proposta de discussão e divulgação de políticas públi-cas e promoção do desenvolvimento sustentável do território. Por meio dessa estratégia, a FVA tem conseguido influenciar novos processos, conectar e engajar atores e ampliar a área de atuação em uma região onde se concentram os maiores vetores de degradação ambiental.

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Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

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FVA

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 19

conheça mais:• Capacitação e assessoria às associações e empreendimentos e implementa-ção de infraestrutura para a realização das atividades produtivas e de turis-mo de base comunitária.

• Construção do restaurante da comunidade Nova Esperança e da sede da as-sociação de agricultores Rede Tucumã do Rio Negro, apostando no turismo de base comunitária como fonte de recursos e de desenvolvimento local.

• Consolidação da Coomaru e da Central Agroextrativista União dos Moradores do Rio Unini (Caumoru) como referência na bacia do rio Negro para a cadeia de valor da castanha-do-brasil como alternativa ao modelo convencional de comércio por atravessadores.

• Estruturação da estratégia de facilitação comercial, para que as organizações extrativistas criem sinergias entre si, por meio de redes de cooperação.

• Apoio aos ciclos operacionais da Caumoru: planejamento, aprovação, execu-ção, pagamento do financiamento de capital de giro e acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sendo o primeiro desse tipo na bacia do rio Negro.

Fortalecimento da sociedade civil

• Investimento em um centro cultural na comunidade do Aruaú, onde o traba-lho com jovens possibilitou o desenvolvimento de ações mais sustentáveis, em contraponto à atividade madeireira local.

• Promoção de intercâmbio e trocas de experiência entre comunidades da Ama-zônia para fortalecimento das cadeias produtivas e dos empreendimentos.

• Realização de curso modular e oficinas de capacitação em gestão, associati-vismo e empreendedorismo, boas práticas, culinária e produção sustentável, aprimoramento e diversificação de produtos e serviços, e comercialização.

• Apoio na criação da Associação de Agricultores da Rede Tucumã do Rio Ne-

gro, criada para organizar e fortalecer a produção agroecológica e facilitar a comercialização, ampliando a renda das famílias.

• Consolidação da Central Agroextrativista da União dos Moradores do Rio Unini (Caumoru) e da Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Unini (Coo-maru), com o fortalecimento das redes de colaboração com outras bacias: rios Jauaperi, Jufaris, Xeruini e Demeni.

Mecanismos de governança

• Criação e implementação do Observatório da Região Metropolitana de Ma-naus (ObsRMM) para realização de pesquisas, monitoramento e avaliação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável do território.

Políticas públicas

• Maior aproximação entre os gestores dos municípios amazonenses de Iran-duba, Manacapuru e Novo Airão, com a disseminação dos resultados dos le-vantamentos, estudos e pesquisas, mapas relacionados à cobertura vegetal e aos processos de degradação.

• Aumento da compreensão da evolução do desmatamento na região do baixo rio Negro, com ênfase na região metropolitana de Manaus (RMM), nos muni-cípios de Iranduba e Novo Airão, bem como melhoria do conhecimento sobre as características socioambientais de Iranduba e Manacapuru.

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS REALIzADOS EM 2015

IPÊ Eco-Polos Amazônia XXI (finalizado)FVA Gente para Conservação e Conservação para Gente

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | Perspectivas

Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Blog do Eco-Polos Amazônia XXI

Iranduba – Características socioambientais de um município em transformação

Mais Cidade, Menos Floresta – Um breve histórico do crescimento de Manaus

FVA 25 Anos: Conservação para Gente – Geração de Renda com Sustentabilidade no Rio Unini

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 2020

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | Perspectivas

Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

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Fortalecimento social e nova economia como instrumentos para o desenvolvimento ambiental

D ivisa com os Estados do Acre, Rondônia e Mato Gros-so, o sul do Amazonas sofreu, no decorrer dos anos,

processos de grilagem de terra, conversão da floresta em pas-tagem e exploração ilegal de madeira. A pavimentação de es-tradas, como a BR-317, a BR-364 e BR-230 (Transamazônica), acelerou o processo de desmatamento regional.

A região é vista como a grande fronteira para o avanço de atividades econômicas tradicionais (como pecuária e agricultu-ra) e exploração ilegal da madeira sobre a floresta amazônica. A baixa regularização fundiária do território agrava esse contexto e deixa a sociedade local, especialmente pequenos produtores, em um quadro de fragilidade sobre a posse de suas terras e o acesso às políticas públicas ambientais e econômicas.

Para criar uma linha de resistência, o Fundo Vale e seus par-ceiros – Instituto Floresta Tropical (IFT), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Instituto de Conservação e De-senvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) – decidiram apoiar a conquista dos direitos fundiários das comunidades lo-cais, fortalecer os processos coletivos de tomada de decisão e, em paralelo, tornar o território um laboratório de práticas inova-

A parceria com o Fundo Vale tornou possível a

implantação do manejo florestal comunitário em unidades de conservação da Amazônia, um desafio

assumido pelo IFT no escopo de suas atividades

de disseminação de práticas sustentáveis.

Ana Luiza Violato / IFT

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doras na agricultura, na pecuária e no manejo florestal, colocan-do a conservação e o uso sustentável da floresta como instru-mento para aumento de renda dos produtores e extrativistas.

Por meio de um projeto do Idesam, concluído em 2015, o Fundo Vale contribuiu para o desenvolvimento do primei-ro café produzido de forma sustentável na Amazônia e o se-gundo no Brasil 100% da variedade conilon. No município de Apuí, agricultores familiares utilizam sistemas agroflorestais com árvores nativas e sem agroquímicos. Essa ação represen-ta uma alternativa de geração de renda para os produtores e para o desenvolvimento sustentável da região.

Ainda em Apuí, por meio dos resultados obtidos com o pro-jeto de implantação da pecuária leiteira sustentável com manejo integral, o Idesam demonstrou para os produtores locais – em geral assentados da reforma agrária – e técnicos que esta prática é até seis vezes mais produtiva que a pecuária convencional.

Com foco no manejo florestal de base comunitária, mo-radores da Reserva Extrativista Ituxi conseguiram, em 2015, com apoio do IFT, a Autorização de Exploração Florestal (Au-tex), que permite a exploração da madeira dentro da Resex. Esse processo demorou quase dez anos e agora possibilita aos manejadores comercializar a madeira de maneira legal, justa e transparente. Os comunitários já realizaram a primeira explo-ração de madeira, de forma sustentável, seguindo o plano de manejo florestal autorizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

No âmbito da parceria com o Fundo Vale, entre ou-tras ações de relevância, o IEB criou o Observatório Ambien-tal e Territorial do Sul do Ama-zonas, uma base de dados georreferenciada contendo informações fundiárias, terri-toriais, ambientais e sociais. A ferramenta passou a ser fon-te de consultas para diversas instituições da sociedade civil e dos governos, constituindo uma ação das mais estratégi-cas para a instituição e para as agendas socioambientais do Amazonas.

Ações de educação

ambiental com crianças de Apuí (AM) fortalecem o engajamento

local.

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conheça mais:Destaques Do território

ordenamento territorial

• Encaminhamento do processo de regularização fundiária por meio da emissão do Termo de Autorização de Uso (TAUS) para famílias ribeirinhas, em quatro muni-cípios do sul do Amazonas: Boca do Acre, Canutama, Manicoré e Novo Aripuanã.

• Entrega de 420 títulos definitivos para agricultores familiares do território, em Boca do Acre e Canutama, o que representa um avanço sem precedentes em uma região em que a maioria das ocupações é irregular.

Nova economia

• Aprovação do plano de manejo florestal sustentável (PMFS) e liberação da Autex pela Associação dos Produtores Agroextrativistas da Assembleia de Deus do Rio Ituxi (Apadrit).

• Manejo de 140 hectares de floresta pública e início do processo de comercia-lização de 400m³ de madeira serrada em pranchão e tábua.

• Melhoria da qualidade do café em Apuí, a partir de capacitação e visitas téc-nicas focadas no manejo.

• Lançamento da marca Café Apuí Agroflorestal produzido por agricultores de Apuí, já à venda em vários mercados locais e de Manaus e em alguns pontos do Rio de Janeiro e de São Paulo, com boas perspectivas de ampliação para outros estados.

• Avanço no enriquecimento do componente arbóreo dos cafezais, o que re-presenta uma oportunidade para a multiplicação das práticas de manejo ao longo do tempo.

• Implantação de quatro unidades demonstrativas de sistemas silvipastoris, com manejo rotacionado, conciliando alta produtividade e conservação ambiental.

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• Acordo com fornecedores de sementes para adubação verde, totalizando uma área de 12 hectares plantados.

Fortalecimento da sociedade civil

• Contribuição do IFT na proposta apresentada à seleção pública n° 2014/020 – Ecoforte Extrativismo da Fundação Banco do Brasil e BNDES, no valor de R$ 450 mil destinados para a estruturação da cadeia produtiva sustentável da madeira na Resex Ituxi.

Mecanismos de governança

• Criação da Cooperativa Agroextrativista do Rio Ituxi (Coopagri), ampliando a governança local pelos comunitários, gerando mais autonomia para a co-mercialização dos produtos da sociobiodiversidade da Resex Ituxi e melho-rando a tomada de decisão sobre questões produtivas e econômicas.

• Engajamento de mulheres e jovens nos debates sobre manejo florestal co-munitário da Resex Ituxi, ocupando, inclusive, cargos estratégicos na gestão comunitária da atividade.

Políticas públicas

• Consolidação do fórum Diálogo Amazonas como espaço de negociação das políticas e ações de regularização fundiária das UCs do território.

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS REALIzADOS EM 2015

Idesam Café em agrofloresta (finalizado)Semeando a Sustentabilidade em Apuí II

IEB Ordenamento territorial no sul do Amazonas

IFTApoio ao desenvolvimento do manejo florestal comunitário e familiar em florestas públicas da Amazônia brasileira.

Guia para produção de café sustentável na Amazônia

A cadeia produtiva da carne bovina no Amazonas

Fórum Diálogo Amazonas: regularização fundiária urgente! - Mobilização social e inovação processual

para a garantia de direitos territoriais de comunidades tradicionais do Amazonas

Conflitos agrários e ordenamento territorial em Boca do Acre-AM

Boletim Observatório Ambiental e Territorial do Sul do Amazonas

Reflexões sobre a execução do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento do Manejo Florestal Comunitário e Familiar em Florestas Públicas da Amazônia Brasileira

Florestas Comunitárias

Registros das atividades do Idesam em Apuí

Diálogo Amazonas

Nossa Terra, Nosso Jeito

Florestas Comunitárias

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Acre (AC), Rondônia (RO) e Mato Grosso (MT)

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diálogo, parceria e articulação como fatores de transformação

E m busca de oferecer um legado positivo para esse território, o Fundo Vale firmou parcerias com institui-

ções de reconhecida atuação nos estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso: o Instituto Centro de Vida (ICV), a Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), a Forest Trends e o Insti-tuto Socioambiental (ISA). Dessa forma, impulsiona a articu-lação da sociedade para promover mudanças e gerar benefí-cios socioambientais tanto aos povos indígenas, quanto aos produtores, às comunidades e aos governos locais.

Estado que criou a primeira reserva extrativista do país, a do Alto Juruá (1990), o Acre sempre inovou e manteve um olhar pautado no desenvolvimento socioambiental. Hoje, conta com o Sistema Estadual de Incentivo a Serviços Am-bientais (Sisa), política pública criada para fomentar e reco-nhecer práticas sustentáveis em setores da sociedade civil.

Por meio de sua aliança com a Forest Trends, o Fundo Vale contribuiu com a criação e a implementação do com-ponente do Sisa que reconhece, de forma pioneira, os ser-viços ambientais providos pelas Terras Indígenas. A política legitima o papel dos povos indígenas locais e valoriza o pro-tagonismo comunitário. Ainda com este propósito, centrada no cuidado com as próximas gerações, a parceria apoiou o

As ações da Ecam em Rondônia para estruturar

e implementar a Estratégia de Gestão Socioambiental

Municipal foi uma inovação e a partir de sua construção

conjunta e do apoio do Fundo Vale a instituição pode

atuar mais integrada com a sociedade local e avançar mais

efetivamente com sua missão institucional.

Wesley Pacheco / Ecam

desenvolvimento do Protocolo de Serviços Ambientais dos Ashaninka do Rio Amônea e a publicação do Plano de Vida Yawanawa, no Acre.

As ações da Forest Trends com povos indígenas englo-bam também os estados de Rondônia e Mato Grosso, e já acumulam mais de 15 anos de experiência. Nesses Estados, embora a realidade das políticas públicas difira muito das implementadas no Acre, elas se assemelham quanto à di-versidade de populações tradicionais, com destaque para os povos indígenas distribuídos em 107 territórios e a rica biodiversidade.

Em 2015, a Forest Trends contou com a colaboração da Ecam no projeto Alternativas Econômicas para a Amazônia, que busca contribuir para a construção de políticas de in-centivos econômicos para a conservação das florestas na Amazônia brasileira e seus respectivos serviços ambientais. A iniciativa objetiva também testar e fortalecer mecanismos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) que valorizem a floresta em pé. Os esforços foram desenvolvidos, priorita-riamente, junto aos povos indígenas Ashaninka, Yawanawa (Acre) e Suruí (Rondônia). Outras ações se estenderam ao Corredor Etnoambiental Tupi-Mondé, entre elas a elabora-ção do Manual de Serviços Ambientais, que vem sendo utili-zado como instrumento de formação de professores indíge-nas como mediadores culturais.

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Pecuária de Baixo Carbono

um exemplo bem-sucedido no território, com foco na produção sustentável, é o projeto Pecuária de

Baixo carbono, do Icv, que testou um novo modelo de desenvolvimento de pecuária na amazônia com

desmatamento zero e recuperação de pastagens degradadas, redução de emissões de carbono,

adequação ambiental e proteção da floresta.

O resultado foi a criação do programa novo campo, que tem por objetivo promover práticas sustentáveis em fazendas de pecuária no bioma, melhorando seu

desempenho econômico, social e ambiental. sua governança reúne diferentes elos da cadeia produtiva

da atividade – desde Ongs, financiadores e instituições de pesquisa, a produtores, sindicatos rurais, empresa

de assistência técnica, frigoríficos e compradores finais.

Para dar continuidade e expandir o trabalho iniciado pelo Icv junto aos pecuaristas, foi criada a

empresa Pecuária sustentável da amazônia (Pecsa). Em 2015, a Pecsa captou r$ 45 milhões de um fundo

internacional de investimento de impacto para implementar, ao longo de dois anos, o modelo de

intensificação sustentável em 10 mil hectares de pastagens degradadas. a empresa e o programa novo campo têm meta de ampliar as áreas trabalhadas para 100 mil hectares até 2020 e há a sinalização de aportes

de r$ 600 milhões, o que dará escala à experiência.

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FortaleciMento da goVernança local

Numa outra frente de atuação, como parte do escopo de trabalho da iniciativa Municípios Verdes do Fundo Vale, a Ecam oficializou o programa Porto Velho + Sustentável, jun-to à Secretaria Municipal de Meio ambiente, com o objetivo de ampliar as articulações com o setor privado de Rondônia, em busca do desenvolvimento sustentável do estado.

Alinhado com essa temática, o ICV consolidou em Cotriguaçu (MT) uma ação de fortalecimento da gestão ambiental municipal, com destaque para o desempenho do Conselho Municipal de Meio Ambiente, que hoje está ativo, mobilizado e com representação de diferentes seg-mentos. Com o suporte do ICV, conseguiram aprovar um projeto no Fundo Amazônia (BNDES) que aportou recur-sos para a construção da sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a implementação de unidades demons-trativas de manejo de pastagens e de recuperação de Áreas de Preservação Permanentes.

Em nível estadual, o Fundo Vale continuou colaborando com o Programa Mato-grossense de Municípios Sustentá-veis (PMS) e apoiando a participação de seus parceiros ICV e ISA. O PMS tem por objetivo promover o desenvolvimento sustentável dos municípios da Amazônia mato-grossense, fortalecendo a economia local, melhorando a governança pública municipal, incentivando a segurança jurídica e re-duzindo o desmatamento e a degradação ambiental. Esse

esforço culminou, em 2015, com avanços na construção de planos e metas dos municípios participantes.

Atuando na região Araguaia/Xingu (MT), especialmen-te nos municípios de Querência e Canarana, o Instituto So-

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conheça mais:

Destaques Do território

Nova economia

• Apoio na execução do projeto Semeando Novos Rumos (Fundo Amazônia/BNDES), em Cotriguaçu, com o mapeamento das áreas onde serão implanta-das as unidades demonstrativas de manejo de pastagem e as de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP).

• Elaboração e encaminhamento de pequenos projetos comunitários voltados à agricultura familiar para as organizações e grupos de assentados consegui-rem implementar suas ações de forma mais autônoma, em Cotriguaçu (MT).

• Planejamento e desenvolvimento de ações, em Rondônia, para o desenvol-vimento da economia dos Suruí, em uma fase posterior à do Projeto Carbono Suruí, consolidando legados e novas perspectivas de impactos positivos, di-versificação da economia local e resguardo de direitos do povo Paiter Suruí.

• Adesão da Natura ao Programa Porto Velho + Sustentável, com boas pers-pectivas de parcerias com a empresa Cargill e o Grupo Amaggi.

• Programa Novo Campo com 40 fazendas cadastradas, rebanho aproximado de 45 mil cabeças, em 35 mil hectares de pastagens implementando um novo modelo de pecuária, e com uma plataforma de gestão da informação elaborada para o monitoramento do desmatamento e dos resultados.

Fortalecimento da sociedade civil

• Apoio no processo de construção de autonomia das organizações de produ-tores, grupos de mulheres e de jovens, em Cotriguaçu, por meio de forma-ções, articulações e momentos de socialização.

• Preparo das lideranças indígenas do Corredor Tupi Mondé, uma área de mais de 4 milhões de hectares de florestas em várias Terras Indígenas, sobre a contribuição desses povos para a conservação das florestas e seus serviços ambientais.

Mecanismos de governança

• Apoio na estruturação do Programa Mato-Grossense de Municípios Susten-táveis (PMS), do governo do estado do Mato Grosso, permitindo o diálogo entre diferentes instituições e secretarias de governo para o alinhamento de projetos e ações ligadas à sustentabilidade municipal.

• Capacitação de secretários de 13 municípios da região Araguaia/Xingu sobre o Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis, promovida pelo ISA e parceiros.

• Capacitação dos conselheiros municipais de meio ambiente de Cacoal, com apresentação do Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Velho.

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS REALIzADOS EM 2015

Forest Trends Alternativas econômicas para a AmazôniaEcam Fortalecimento da gestão socioambiental em Rondônia

ICV Noroeste do Mato Grosso: território florestal sustentávelPecuária integrada de baixo carbono (finalizado)

ISA Diálogo intercultural e gestão territorial no Xingu

cioambiental colabora com o PMS ao fortalecer a governan-ça socioambiental, ajudando estes municípios a elaborar seu plano de metas, ferramenta que contribui para o planeja-mento de sua gestão.

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Municípios Sustentáveis: construindo caminhos para uma gestão compartilhada do território –

Sistematização participativa do projeto Cotriguaçu Sempre Verde

Programa Novo Campo – Estratégia de Pecuária Sustentável na Amazônia

Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis: Caminhos e Experiências

Protocolo de Serviços Ambientais dos Ashaninka

Plano de Vida Yawanawa

Manual de Serviços Ambientais Tupi-Mondé

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valorização da floresta e da diversidade cultural

A bacia do rio Xingu se caracteriza pelo encontro dos biomas Cerrado e Amazônia, com a junção de suas

diversidades ambientais, riquezas sociais e culturais. A popu-lação é formada principalmente por extrativistas, ribeirinhos, agricultores familiares e 26 povos indígenas. Com 21,6% de território desmatado, a bacia tem mais de 28 de milhões de hectares de extensão, que abrangem 40 municípios nos es-tados do Pará e do Mato Grosso. São 20 Terras Indígenas e 10 unidades de conservação em um dos mais importantes mosaicos de áreas protegidas do mundo.

A complexidade de seu ecossistema requer tanto a con-servação da rica biodiversidade quanto a conexão e a in-tegração de seus mais diversos habitantes. O Fundo Vale e seus parceiros – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Instituto Socioambiental (ISA) e Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) – investem seus es-forços no fortalecimento das cadeias produtivas e na forma-ção de mercados sustentáveis; na abertura de caminhos para a gestão integrada em unidades de conservação; no diálogo intercultural e na governança socioambiental para o desen-volvimento sustentável do território.

O Imaflora liderou a iniciativa do Selo Origens Brasil®, que vem transformando a realidade das comunidades extrativis-

O Fundo Vale investiu e apostou no Imaflora e

parceiros na inovação de criar o Origens Brasil®. Os recursos

permitiram prototipar e testar a iniciativa lançada no Xingu, que está pronta

para ser replicada em outros territórios, ampliando seu

impacto em escala.

Patrícia Cota / Imaflora

tas da Terra do Meio paraense. Desenhada para se expandir e ser replicada em outros territórios, visa impulsionar o uso de tecnologia a serviço dos elos da cadeia produtiva, rastrear a origem da produção, valorizar o extrativismo e estimular novos negócios na Amazônia, de forma a gerar impactos po-sitivos para as populações tradicionais, os povos indígenas e seus territórios.

Resultado de ações coordenadas com o ISA, em torno dos produtos da floresta no corredor Xingu, foi fechado um contrato de comercialização de castanha-do-brasil com a empresa Wickbold, que utilizará a castanha do Xingu com garantia de origem, em seus pães. O acordo é o primeiro en-volvendo o uso do Selo Origens Brasil®, o que permitiu um acréscimo de 40% sobre o montante praticado pelo mercado local, e prevê, para 2015, um total de 50 toneladas de casta-nha. Para a copaíba, houve uma nova negociação de valores tendo como base a estruturação de um processo de certifi-cação orgânica e de comércio justo apoiado pela empresa Firmenich. Os principais beneficiados com as iniciativas são as populações tradicionais que vivem nas três reservas extra-tivistas da região: Iriri, Riozinho do Anfrísio e Xingu, na Terra do Meio, no Pará. Esse arranjo produtivo da sociobiodiversi-dade da região está organizado em uma rede de instituições, cantinas e unidades de beneficiamento que viabilizam o pro-cesso de produção e comercialização, garantem qualidade ao produto e gerenciam o capital de giro.

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Ao longo de 2015, o ISA também deu continuidade ao trabalho realizado no Parque Indígena do Xingu – PIX (MT/PA) –, buscando revigorar a identidade e a proteção do ter-ritório, que cobre quase 3 milhões de hectares de florestas. Lideranças tradicionais, professores, presidentes de associa-

ções, jovens, mulheres e outros moradores do PIX consoli-daram suas ideias em um planejamento territorial, que trata de sete grandes temas, envolvendo os polos do alto, médio, baixo e leste Xingu.

A Rede de Sementes do Xingu, que tem o suporte do ISA, atingiu resultados expressivos se tornando uma referência no setor de sementes florestais no Brasil. Seu objetivo é for-mar bancos comunitários de sementes e promover o culti-vo de mudas locais ou crioulas por agricultores familiares, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais. No total, são 421 coletores de 21 municípios dos estados do Mato Grosso e do Pará, distribuídos em 14 assentamentos ru-rais, 13 aldeias indígenas e uma reserva extrativista na bacia do rio Xingu.

Complementando esforços para o fortalecimento de áreas protegidas, com ênfase na melhoria da gestão e da go-vernança territorial e no combate ao desmatamento ilegal na Terra do Meio, o Fundo Vale apoiou o IEB nesse território, resultando numa parceria com o Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ide-flor-bio). Essa aliança ajudou o órgão estadual responsável pela gestão de áreas protegidas no Pará a elaborar a carac-terização preliminar do componente ‘meio socioeconômico’ do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, com a participação do conselho gestor da unidade de conservação.

ordenamento territorial

• Realização do diagnóstico sobre roubo de madeira, grilagem e ameaças aos povos indígenas e comunidades tradicionais que vivem na região da Terra do Meio paraense, disponibilizado pelo ISA na publicação ‘Rotas do Saque’. O estudo tem servido de subsídio para articulação de ações conjuntas com Ibama, Ministério Público Federal e outras instâncias.

Nova economia

• Aproximação de diversos moradores do Corredor Xingu para organização da cadeia de produção de sementes e acesso a programas públicos governa-mentais, através da Rede de Sementes Xingu.

• Fortalecimento de uma rede de cantinas com governança descentralizada, unidades de beneficiamento e parceiros comerciais de diferentes cadeias de valor da sociobiodiversidade, envolvendo ribeirinhos, indígenas e agriculto-res familiares.

• Fechamento de cinco contratos comerciais com diferentes produtos que sus-tentam a estruturação das cadeias de valor na região.

• Consolidação da comercialização de produtos da sociobiodiversidade com valor agregado das mini usinas no mercado local e no Mercado de Pinheiros, em São Paulo.

• Desenvolvimento da Plataforma Tecnológica do Origens Brasil®, por meio da qual as comunidades e as instituições de apoio acessam e alimentam infor-mações sobre produção, comercialização e indicadores de impacto, usando dispositivos móveis.

Destaques Do território

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• Mapeamento de produtos potenciais do Xingu que levarão o selo Origens Brasil®: mel, copaíba e castanhas.

• Lançamento do edital de apoio a projetos na APA Triunfo do Xingu, dentro da “Ação Xingu Terra Verde”, fruto de uma parceria entre o IEB e a The Nature Conservancy (TNC), para colaborar com práticas produtivas de base agroe-cológica e agropecuária. De 56 inscritos, 12 projetos foram selecionados e receberam suporte financeiro entre R$ 7 mil e R$ 60 mil, totalizando um aporte de R$ 197 mil.

Fortalecimento da sociedade civil

• Promoção de discussão coletiva para ampliar a integração entre as diversas etnias que vivem no Parque Indígena do Xingu (PIX), fortalecendo as rela-ções entre indígenas e não indígenas.

• Apropriação dos jovens indígenas sobre seu território através dos processos de formação territorial do PIX.

• Realização de um estudo acerca dos resultados dos projetos coletivos apoia-dos pelo Fundo Xingu Ambiente Sustentável nos anos de 2013 e 2014, evi-denciando a capacidade da agricultura familiar na atuação como agente socioambiental no município e, portanto, como sujeito estratégico para o desenvolvimento local e a proposição de políticas públicas.

• Fortalecimento da organização social para retomada da agenda da agricul-tura familiar no território.

• Formação de mais de 40 lideranças ribeirinhas da Terra do Meio em gestão territorial durante dois anos.

Mecanismos de governança

• Participação das lideranças indígenas do Parque Indígena Xingu na imple-mentação do plano de gestão do território e nos processos de governança

local com vistas a contribuírem na fiscalização, monitoramento e na melho-ria da gestão do território.

• Fortalecimento das Associações das Resex da Terra do Meio, com a melhoria da gestão e realização de assembleias e reuniões comunitárias.

• Fortalecimento da gestão compartilhada do Mosaico de Áreas Protegidas da Terra do Meio com participação de lideranças ribeirinhas e indígenas e de instituições governamentais e não governamentais vinculadas ao território.

• Criação da Rede de Cantinas da Terra do Meio envolvendo 16 cantinas de Terras Indígenas e Reservas Extrativistas.

• Promoção da elaboração e execução de estratégia comum entre ribeiri-nhos, indígenas, instituições e parceiros comerciais no que se refere às principais cadeias de valor da sociobiodiversidade da Terra do Meio na Semana do Extrativismo.

Políticas públicas

• Garantia de infraestrutura necessária para melhoria do padrão de atendi-mento público de saúde em áreas remotas, beneficiando centenas de famí-lias, através do programa Saúde de Famílias Ribeirinhas e Fluviais.

• Melhoria da articulação das associações da Terra do Meio com a prefeitura de Altamira, resultando no funcionamento de 24 escolas e 3 postos de saúde distribuídos ao longo dos rios Xingu, Iriri e Riozinho do Anfrísio.

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS EM ANDAMENTO

ISA Caminhos para gestão integrada Diálogo intercultural e gestão territorial no Xingu

Imaflora Fortalecimento de cadeias produtivas e mercados sustentáveis do Corredor Xingu

IEB Fortalecimento da governança socioambiental do Pará e do Amapá

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conheça mais:

Origens Brasil®

Rede de Sementes do Xingu

Origens Brasil®

Semana do Extrativismo

Copaíba Resex Riozinho do Anfrísio da Firmenich

Água e Vida: Fundo Xingu Sustentável

Rotas do Saque

Governança socioambiental na Amazônia: Agricultura familiar e os desafios para a

sustentabilidade em São Félix do Xingu – Pará, editora Mil Folhas do IEB

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Escudo das Guianas PA/AP | Bacia do Rio Negro | Sul do Amazonas | Acre, Rondônia e Mato Grosso | Corredor Xingu | Corredor Tapajós | Costa Amazônica AP/PA/MA | Bioma Amazônia

SUMÁRIO

Uma nova economia estimulada pelo manejo florestal familiar nas comunidades

C om 25% do potencial hidrelétrico da Amazônia, a bacia do Tapajós responde por 70% do potencial

nacional remanescente e é fronteira para a construção de hi-drelétricas no bioma. A região resguarda um bloco de áreas protegidas que fazem frente à pressão econômica exercida pela pecuária, ao sul, e pela exploração madeireira ilegal, ao norte. Vale destacar também que o Corredor Tapajós é um dos territórios com maior número de assentamentos no estado do Pará, muitos deles instalados ao longo da BR-163.

Junto com seus parceiros IEB e Saúde e Alegria, o Fundo Vale vem colaborando com ações que favoreçam uma nova perspectiva de desenvolvimento sustentável na região. A aposta teve como foco duas atividades econômicas – a agri-cultura familiar e o manejo florestal comunitário e familiar –, aliadas a processos de fortalecimento comunitário, dissemina-ção de conhecimento e melhorias das condições básicas de vida. A ideia é fortalecer a governança local e os meios de pro-dução sustentável, como forma de conter a crescente pressão de degradação e desmatamento ilegal no território.

Em 2015, o Saúde e Alegria avançou na consolidação de cadeias produtivas florestais, na recuperação ambiental e no

A melhor defesa de um território é apoiar os povos

que ali vivem. Sem o social não se resolve o ambiental. Por aí caminha nosso projeto, nessa

região tão determinante e necessitada como a do Tapajós.

E já com boas práticas para replicar em outras áreas.

Caetano Scannavino / Projeto Saúde & Alegria

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Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 34

atendimento a necessidades básicas (como acesso à água) dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará. As iniciativas voltadas para o desenvolvimento de alternativas econômicas mais sustentáveis (como o turismo de base co-munitária e o artesanato), com inovação social, têm trazido resultados consistentes, mostrando se tratar de um caminho acertado. Para isso, foi criada a Cooperativa de Turismo e Arte-sanato da Floresta (Turiarte), que começou a atuar como ope-radora de viagens, realizando roteiros pelos rios da região do Tapajós, entre comunidades e florestas, e gerenciando pousa-das comunitárias. Outro destaque foi a inauguração do Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa) como referência educativa e polo difusor de boas práticas para a Resex e região.

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SUMÁRIO

O IEB tem conseguido conquistas importantes para a go-vernança florestal nessa região, voltadas para o fortalecimen-to de lideranças de organizações comunitárias em Manejo Florestal Comunitário e Familiar (MFCF). Iniciativas como o Formar Florestal e a Rede de Apoio ao MFCF, por exemplo, têm contribuído para o engajamento de comunidades cam-ponesas e ribeirinhas do oeste paraense no debate acerca da implementação de planos de manejo florestal. As atividades realizadas vão além do aspecto técnico do manejo e incluem a qualificação para a organização social e o fortalecimento da população local. E, a partir dessa experiência em campo,

Ações com foco no manejo sustentável da floresta tem

fortalecido as populações locais no Corredor Tapajós.

o IEB desenvolve articulações em nível federal para o avanço da agenda de políticas públicas relacionadas ao MFCF.

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• Construção de soluções limpas e demonstrativas para eletrificação, água e saneamento.

• Apoio na transferência das tecnologias socioambientais da Cooperativa Mis-ta da Floresta Nacional (Flona) do Tapajós (Coomflona) para a Resex Tapajós-Arapiuns, em um processo de multiplicação horizontal da experiência, de comunitários para comunitários.

• Assessorias técnicas voltadas para o fortalecimento organizacional da Coom-flona (Flona do Tapajós) e Cooperativa Mista Agroextrativista Nossa Senhora do Perpetuo Socorro do Rio Arimum - Coomnspra (Resex Verde para Sempre).

Mecanismos de governança

• Promoção da inclusão social e do desenvolvimento comunitário por meio do uso comum das tecnologias de informação comunitária (TICs): celulares, acesso 3G e telecentros.

• Estímulo ao empreendedorismo juvenil, a partir do curso modular de 12 meses de duração.

• Fortalecimento social de 50 lideranças e 20 organizações locais a partir da formação inicial e continuada em MFCF (Formar Florestal).

Políticas públicas

• Consolidação de uma agenda mínima e de uma rede de parceiros para re-fletir e pautar a construção de políticas públicas para o fortalecimento do MFCF na Amazônia.

Nova economia

• Assistência técnica à produção agroextrativista, por meio de investimentos na Rede de Viveiros Agroflorestais; no Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa) e nas malhas viárias da Resex.

• Promoção de capacitação em agroecologia, produção de mudas e sementes, sistemas agroflorestais sustentáveis, boas práticas e acesso a mercados.

• Inauguração do Centro Experimental Floresta Ativa (Cefa) como referência educativa e polo difusor de boas práticas para a Resex e região.

• Implementação do Centro de Formação e Desenvolvimento de Tecnologias Socioambientais (CFTS).

• Apoio à usina de beneficiamento de óleos vegetais e essenciais.• Suporte a artesãos e artesãs na confecção e comercialização de artesanato

como alternativa econômica sustentável, valorizando a cultura dos povos tradicionais da Amazônia.

• Finalização da Pousada Comunitária de Anã, na Resex Tapajós-Arapiuns.• Fortalecimento das cadeias produtivas em forma de negócios sustentáveis.

Fortalecimento da sociedade civil

• Implementação de processos formativos e de articulação interinstitucional junto a lideranças comunitárias de unidades de conservação, assentamentos e escolas família agrícola (EFAs), visando a sustentabilidade.

• Apoio ao fortalecimento organizacional: Tapajoara e associações locais, na Resex Tapajós-Arapiuns.

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS EM ANDAMENTO

Saúde & Alegria Floresta AtivaIEB Fortalecimento da governança socioambiental do Pará e do Amapá

Destaques Do território

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SUMÁRIO

conheça mais:

Copa Floresta Ativa

Sistemas de Água

Encontros Formativos – 2015, do Programa de Formação de Lideranças em Manejo Florestal

Comunitário

Guia Pedagógico feito com os professores, trazendo elementos da cultura local para o ensino público

Almanaque da Resex Tapajós-Arapiuns

Formar Florestal: Lições e Aprendizados

Relatório do seminário de Repactuação da Agenda do Manejo Florestal Comunitário e

Familiar na Amazônia: 2015-2018

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SUMÁRIO

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Costa Amazônica (AP/PA/MA)

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SUMÁRIO

diálogo e empoderamento para construir legado

C om 9 mil km2 de extensão, compreendendo os esta-dos do Amapá, Pará e Maranhão, o território Costa

Amazônica concentra 70% dos manguezais do Brasil, forman-do o maior cinturão contínuo de manguezais do planeta. É nele também que se encontra o Marajó, maior arquipélago flúvio-marítimo mundial, banhado pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins.

Refúgio de diversas espécies de crustáceos, peixes, molus-cos e aves marinhas, a costa amazônica se destaca pela sin-gularidade de sua biodiversidade e consequente importância ecológica. Entretanto, toda essa riqueza se confronta com a realidade das comunidades locais, principais agentes de con-servação local, mas que dependem diretamente dos recursos naturais para sobrevivência.

Em busca do desenvolvimento de uma economia local mais sustentável, em 2015 o Fundo Vale apoiou ações do Ins-tituto Floresta Tropical (IFT), do Grupo de Trabalho Amazôni-co (GTA) e da Unesco centradas na promoção do diálogo e na construção de sinergias com diversos atores sociais e gover-namentais. Entre os vários resultados de sucesso ao longo do ano nesse território, merecem destaque a finalização da meto-dologia e a elaboração do Protocolo Comunitário do Bailique, liderado pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA). Trata-se da

O Fundo Vale é o grande parceiro da Unesco no Brasil

nesse projeto e se faz presente dentro das atividades,

atuando e colaborando com a construção participativa

para o desenvolvimento sustentável de cadeias

produtivas da pesca artesanal na Costa Amazônica.

Ary Mergulhão / Unesco

primeira iniciativa brasileira para formalizar a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da biodiversidade, fortalecendo a gestão dos recursos naturais, e que vem sen-do acompanhada de perto pelo Ministério do Meio Ambiente. Construído de forma participativa a partir das demandas e in-teresses de 36 comunidades e duas localidades, o protocolo foi fruto de intensa mobilização social.

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As ações do projeto alavancaram de forma colaborativa o desenvolvimento local levando novas tecnologias e inovação para os produtos da biodiversidade, atraindo apoiadores para a região, até então desassistida. As comunidades elegeram qua-tro cadeias produtivas – açaí, óleos, pescado e plantas medici-nais –, foram treinadas em boas práticas de manejo dos açaizais e conheceram a meliponicultura, uma nova atividade como possibilidade de renda. A iniciativa contribuiu ainda com a ar-ticulação para a regularização fundiária: mais de 120 famílias já receberam o Termo de Autorização de Uso Sustentável (Taus).

Nesse território, o IFT concentrou esforços na primeira uni-dade de conservação estabelecida na Ilha do Marajó, no Pará, a Resex Mapuá. O foco é o desenvolvimento de modelos que possam garantir a sustentabilidade da produção florestal em longo prazo. Com a mobilização de mais de 500 comunitários para a criação do Grupo de Trabalho do Manejo Florestal Co-munitário do Marajó (GT MFC do Marajó), o tema ganhou vi-sibilidade e importância nas agendas locais e regionais. Isso possibilitou o envolvimento de outras reservas extrativistas, como a Terra Grande-Pracuúba e a Arióca-Pruanã, e de diver-sas instituições governamentais e não governamentais, forta-lecendo a governança socioambiental do território e abrindo novas perspectivas de uso sustentável dos recursos naturais e de geração de renda.

A Unesco, por meio de seu setor de Ciências Naturais, de-senvolve em parceria com o Fundo Vale o Projeto Pesca Sus-

tentável na Costa Amazônica, que apoia cadeias produtivas sustentáveis da pesca do camarão regional e do caranguejo, no Pará e no Amapá, e dos camarões piticaia e branco, no Ma-ranhão. Em 2015, o projeto foi apresentado para comunidades de pescadores artesanais e parceiros atuantes nesse território, tendo sido iniciado o diagnóstico sociocultural, econômico e ambiental e concluída a elaboração dos planos de comunica-ção e de capacitações e formações técnicas.

A iniciativa ainda contou com a colaboração do Conservation Strategy Fund (CSF) para realização de um mapeamento que bus-ca entender o estado atual das cadeias de valor da pesca artesa-nal na costa amazônica. Com isso, espera-se aportar informações que poderão ajudar comunidades, comerciantes, beneficiadores, organizações públicas e da sociedade civil a elaborar políticas e

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SUMÁRIO

A parceria com o Fundo Vale foi fundamental para os povos e as

comunidades tradicionais, possibilitando a construção de um instrumento de referência

para proteção, gestão dos territórios e dos recursos naturais de forma sustentável,

garantindo alguns dos direitos obtidos na Convenção sobre Diversidade Biológica e

no Protocolo de Nagoya

Rubens Gomes / GTA

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ordenamento territorial

• Avanços na articulação com o Ministério Público Federal, o Instituto Nacio-nal de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Secretaria do Patrimônio da União e o Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Estado do Amapá para resolver a questão fundiária do arquipélago do Bailique (AP).

Nova economia

• Início da organização das cadeias produtivas no arquipélago do Bailique (AP).• Apoio na contratação de projetos do Programa Nacional de Fortalecimento

da Agricultura Familiar (Pronaf) Florestal, no valor aproximado de R$ 350 mil, por cerca de 30 famílias da Resex Mapuá, para o fortalecimento da agri-cultura familiar e do extrativismo florestal.

• Pacto entre o Grupo de Trabalho (GT) do Manejo Florestal Comunitário (MFC) do Marajó e comunitários da Resex Mapuá para a regularização das serrarias e da exploração madeireira.

• Realização das caravanas de sensibilização do manejo florestal comunitário para a regularização da exploração madeireira e das serrarias, na Resex Mapuá.

Fortalecimento da sociedade civil

• Fortalecimento institucional e organização local, no Bailique (AP).

• Formação de alianças locais no Pará, no Amapá e no Maranhão, para desen-volvimento do projeto Pesca Sustentável na Costa Amazônica.

• Levantamento das serrarias existentes na Resex Mapuá com informações geo-gráficas, de produção, custos, trabalhadores envolvidos, principais atividades produtivas dos entrevistados e outras. O levantamento subsidiou todo o Plano de Ação Institucional e Comunitário que norteia as ações do GT MFC do Marajó.

Mecanismos de governança

• Finalização da metodologia para construção de protocolos comunitários.• Elaboração do protocolo comunitário do Bailique.• Criação do GT MFC do Marajó, envolvendo mais de 500 comunitários, além

do poder público e organizações da sociedade civil. Com isso, o manejo florestal comunitário ganhou mais visibilidade e importância nas agendas locais e regionais.

• Início de dois diagnósticos dentro do Projeto Pesca Sustentável na Costa Amazônica: cadeias produtivas (CSF) e sociocultural, econômico e ambien-tal (Unesco).

Políticas públicas

• Articulação com o poder público para a implementação de políticas públicas no Bailique, como o Centro de Vocação Tecnológica e outras voltadas para povos e comunidades tradicionais.

conheça mais:

Destaques Do território

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS REALIzADOS EM 2015

IFT Apoio ao desenvolvimento do manejo florestal comunitário e fa-miliar em florestas públicas da Amazônia brasileira.

GTA Protocolo comunitário do Bailique (AP)Unesco e CSF Pesca sustentável na Costa Amazônica

ações que visam fortalecer a pesca como uma fonte de renda sustentável. O objetivo é melhorar a receita e a qualidade de vida nas comunidades de pescadores artesanais.

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SUMÁRIO

Metodologia e Protocolos Comunitários

Metodologia dos Protocolos Comunitários

Florestas Comunitárias

Metodologia para Construção de Protocolos Comunitários

Programa de Manejo Florestal Comunitário e Familiar

Manejo florestal comunitário em florestas públicas da Amazônia

Boletim Informativo do Observatório Florestal (Ano II nº 01, Janeiro de 2015)

Reflexões sobre a execução do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento do Manejo Florestal Comunitário

e Familiar em Florestas Públicas da Amazônia Brasileira

Florestas Comunitárias

Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 40

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SUMÁRIO

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Bioma Amazônia

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SUMÁRIO

Articulação em redes para fortalecimento da governança e políticas públicas que valorizam a floresta

P ara além dos projetos localizados em territórios es-pecíficos da Amazônia, o Fundo Vale apoia algumas

iniciativas mais abrangentes, voltadas para o bioma como um todo, centradas na articulação de redes e produção e disseminação do conhecimento. Até 2015, apostou nas par-cerias com a Articulação Regional Amazônica (ARA), o Insti-tuto do Homem e Meio Ambiente na Amazônia (Imazon) e a Forest Trends, aportando frutos expressivos e informações valiosas que contribuem para o desenvolvimento de ações sustentáveis na região, e ajudam a diminuir a pressão sobre os recursos naturais.

A ARA, rede que reúne mais de 40 organizações atuantes na Amazônia, desenvolveu estudos regionais com foco na 21ª Conferência do Clima (COP 21) para mostrar o papel da flores-ta nas mudanças climáticas e o contexto de sua proteção em cada país, como contribuição às reuniões e discussões prepa-ratórias da COP 21, realizada em Paris. Esta ação marcou um ciclo de três anos de apoio do Fundo Vale, que originou, entre outros resultados, um estudo sobre a importância da floresta amazônica para as mudanças climáticas, elaborado pelo pes-quisador Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas

O Fundo Vale tem sido um parceiro fundamental na

consolidação de alguns temas estruturantes, como os serviços

ambientais, e na garantia de direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.

Ele investiu no que efetivamente faria a diferença no território,

conciliando o legado deixado e a transição para uma nova fase de

desenvolvimento local

Beto Borges / Forest Trends

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conheça mais:

Geração e disseminação de conhecimento

• Realização de estudos para entender como a cadeia produtiva da pecuária pode ser mais sustentável e ter viabilidade econômica na Amazônia, contri-buindo para a redução dos impactos nas mudanças climáticas.

• Conclusão do estudo O Futuro Climático da Amazônia, produzido pelo pes-quisador do Inpe Antonio Donato Nobre, por encomenda da ARA, sobre o papel da floresta amazônica no sistema climático, na regulação das chuvas e na exportação de serviços ambientais para áreas produtivas, vizinhas e dis-tantes do bioma.

• Conclusão do mapeamento e da disseminação pública da matriz brasileira de serviços ecossistêmicos, que mostra o contexto atual das iniciativas nacionais que promovem incentivos econômicos para a recuperação e a conservação dos serviços ambientais, principalmente por meio de pagamentos por serviços am-bientais e ecossistêmicos (PSA/E).

Mecanismos de governança

• Fortalecimento das ações da ARA e demais organizações envolvidas, aumen-tando sua incidência sobre o bioma, com ênfase na valorização da floresta.

Destaques Do território

PARCEIROS NO TERRITóRIO PROjETOS REALIzADOS EM 2015

ARA Articulação amazônica no contexto da crise climáticaForest Trends Matriz Brasileira de Serviços Ecossistêmicos (finalizado)Imazon Fundamentos econômicos para a pecuária no Pará (finalizado)

da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Es-paciais (Inpe).

Em 2015, o projeto da Forest Trends concluiu uma série de recomendações e tendências para o desenvolvimento dos incentivos econômicos para serviços ambientais no Brasil. Elaboradas a partir de um mapeamento de mais de 2.400 ex-periências nacionais de pagamento por serviços ambientais, essas análises foram reunidas em uma publicação que retrata o estado atual desta questão no país.

O objetivo foi mapear e entender o contexto atual das iniciativas brasileiras que promovem incentivos econômicos para a recuperação e a conservação dos serviços ambientais, principalmente por meio de pagamentos por serviços am-bientais e ecossistêmicos (PSA/E), servindo de subsídio para o planejamento de políticas públicas.

Buscando minimizar os impactos de um dos importantes vetores de pressão sobre a floresta amazônica, a pecuária, o Imazon realizou estudos para entender como a atividade pode ser mais sustentável e ter viabilidade econômica. Os resultados foram publicados no livro Como Reduzir a Contri-buição da Pecuária Brasileira para as Mudanças Climáticas?, que indica alguns caminhos, entre eles, que governos e em-presas deveriam corrigir as falhas que favorecem a comer-cialização de gado de origem ilegal e que seja intensificada a concessão de crédito rural aos produtores em dia com a regularização ambiental.

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SUMÁRIO

Articulação Regional Amazônica - ARA

Matriz Brasileira de Serviços Ecossistêmicos

O Futuro Climático da Amazônia

Incentivos Econômicos para Serviços Ecossistêmicos no Brasil

Como reduzir a contribuição da pecuária brasileira para as mudanças climáticas?

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5Auditoria FinAnceirA

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Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 44

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

Anualmente, o Fundo Vale passa por uma auditoria financeira externa, de forma a garantir

transparência sob os recursos utilizados.

As demonstrações contábeis são analisadas de acordo com normas brasileiras e é emitido um relatório dos auditores independentes. Em 2015, o processo de auditoria foi realizado pela empresa Premiumbravo Auditores Associados, que em seu relatório final não apresentou nenhuma ressalva em rela-ção ao desempenho de operações e fluxos de caixa do Fundo Vale. clIQuE aQuI para acessar a íntegra dos resultados da auditoria financeira.

Até dezembro de 2015, o Fundo Vale comprometeu acu-muladamente valores da ordem de R$ 115 milhões em ini-ciativas de desenvolvimento sustentável, abrangendo sete estados da Amazônia e com a parceria de 26 organizações de grande experiência e reputação na área socioambiental.

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEzEMBRO DE 2015 E DE 2014(Valores expressos em milhares de reais)    atiVo 2015 2014

   CirCuLaNte:    Caixa e equivalentes de caixa 2.052 15.263 Recursos repassados 5.285 5.980 Total 7.337 21.243

     NÃo CirCuLaNte - intangível (softwares)

89 139

     totaL Do atiVo 7.426 21.382

     PassiVo e PatriMÔNio LÍquiDo    CirCuLaNte:    Recursos de projetos 2.404 16.020 Parceiros   512 Outros 1 17 Total 2.405 16.549

     PatriMÔNio LÍquiDo:    Superávit acumulado 5.021 4.833 Total 5.021 4.833

     totaL Do PassiVo e PatriMÔNio LÍquiDo

7.426 21.382

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEzEMBRO DE 2015 E DE 2014(Valores expressos em milhares de reais)

2015 2014oPeraÇÕes CoNtiNuaDas

reCeitas oPeraCioNais

Receitas de doações para projetos 19.001 23.444

Recursos aplicados em projetos (19.001) (24.211)

suPerÁVit Bruto - (767)

reCeitas (DesPesas)

Doações para custeio do administrativo 519 2.551

Gerais e administrativas (1.196) (2.826)

Outras receitas 1 2.840

Total (676) 2.565

suPerÁVit (DÉFiCit) aNtes Do resuL-taDo FiNaNCeiro

(676) 1.798

Receita financeira 866 1.775

Despesa financeira (2) (6)

864 1.769

suPerÁVit Do eXerCÍCio 188 3.567

Até 2015, o Fundo Vale comprometeu valores da ordem de R$ 115 milhões

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6Perspectivas

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Fundo Vale | Relatório de Atividades 2015 46

Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

A experiência acumulada nesses seis anos de trabalho em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia e os importantes resultados obtidos nos projetos apoiados forta-lecem o Fundo Vale para enfrentar a nova realidade com cria-tividade e inovação.

Em 2016, diante de seu amadurecimento institucional e consequente credibilidade, o Fundo se dispõe a diversificar sua carteira de mantenedores e apostar em novas parcerias voltadas aos negócios sustentáveis, com foco no fortaleci-mento de cadeias produtivas que valorizem a floresta em pé e seu uso sustentável, aliado à melhoria da qualidade de vida das populações locais.

Em 2016, a partir de seu amadurecimento institucional, o Fundo Vale foca sua

estratégia no fortalecimento de cadeias produtivas que valorizem a floresta em pé.

Vamos investir nossas forças e conhecimento para transpor, junto com os par-ceiros, todos os gargalos e obstáculos e, assim, trans-formar em realidade os mo-delos econômicos sustentá-veis já identificados. Nosso intuito é torná-los negócios efetivos, fortalecendo as ações estruturantes para o desenvol-vimento sustentável do país.

Patricia DarosDiretora de operações do Fundo Vale

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Mensagem da Diretora | Quem somos | Visão geral de 2015 | Territórios de atuação e parcerias | Auditoria Financeira | PerspectivasSUMÁRIO

expediente

goVernança

conselho gestor titulares: Luiz Eduardo Lopes (presidente), Regina Bronstein (vice-presidente), Rodrigo Dutra Amaral, Luiz Gustavo Gouvêa e Paulo Henrique Soares.suplentes: Salma Ferrari (presidente), Vitor Cabral, Rodrigo Lauria e Mirka Scherck.

conselho Fiscal titulares: Dioni Brasil, Ênio Stein e Ana Demillecamps.suplentes: Bruno Moraes, Benjamim Moro e Luiz Carlos dos Santos.

comitê consultivo Adriana Moreira, Jorge Madeira Nogueira, Ludovino Lopes, Manoel Serrão, Mary Alegretti, Miguel Milano e Rita Mesquita.

comitê de ParceirosAndré Villas-Boas (ISA), Beto Veríssimo (Imazon), Carlos Koury (Idesam), Cecília Barja (Avina), Claudio Pádua (IPÊ), Laurent Micol (ICV), Luiz Lima (Unesco), Maria José Gontijo (IEB), Maurício Voivodic (Imaflora), Michael Jenkins (Forest Trends), Natalino Macedo Silva (IFT), Sérgio Guimarães (ARA) e Vasco Roosmalen (Ecam).

Diretoria em 2015Diretora-presidente: Vania SomavillaDiretora executiva: Gleuza JesuéDiretora de operações: Patrícia Daros

Equipe em 2015Andreia Barbosa, Carina Pimenta, Cintia Andrade, Erika Queiroz, Fernanda Jaquet, Gabriela Ataíde, Gisele Valença, Helio Laubenheimer, Márcia Soares, Mayra Abreu, Michelini Lima, Mirtes Cavalcanti e Uedson Verli.

Produção do relatório 2015Edição: Márcia Soarestexto: Ana Cíntia Guazzellicopidesque: Isabela de Lima SantosProjeto gráfico e diagramação: igmais comunicação integradaFoto de capa: © Rafael Araújo

Av. de Ligação, 3.580 - Complexo Administrativo Águas Claras (MAC)

Prédio 4, Térreo 34.000-000 - Nova Lima / MG

Tel.: (31) 3916-3356

E-mail: [email protected]

www.fundovale.org

SUMÁRIO