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2 Prova Semestral de História Turma: 2.6 Cotil/Unicamp Prof. Kelly Carvalho

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2 Prova Semestral de HistóriaTurma: 2.6

Cotil/Unicamp

Prof. Kelly Carvalho

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1. (Puccamp 2005) Observe a figura a seguir:

No início do século XIX, o movimento de embarcações estrangeiras no Rio de Janeiroaumentou consideravelmente, em função da Abertura dos Portos. Essa medida significou,principalmente, para o Estado portuguêsa) o apoio político dos grandes proprietários rurais brasileiros, principal alvo dessa medida.b) o aumento dos lucros dos comerciantes portugueses, que ampliaram suas exportações.c) a consolidação da independência em relação à Inglaterra, estabelecidos laços comerciais comoutras nações.d) a solução para a sobrevivência econômica do Estado, tendo em vista a conturbada situaçãoeuropeia.e) a reação antinapoleônica, uma vez que essa medida derrotou o Bloqueio Continental.

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2. (Puccamp 2005) “(...) era o Leonardo Pataca. Chamavam assim a umarotunda e gordíssima personagem de cabelos brancos e carão avermelhado, queera o decano da corporação, o mais antigo dos meirinhos(*) que viviam nessetempo. (...) Fora Leonardo algibebe(**) em Lisboa, sua pátria; aborreceu-se porémdo negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem,alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos,desde tempos remotos.”

( *) meirinho = funcionário da justiça.(**) algibebe = vendedor de roupas baratas; mascate.(Manuel Antonio de Almeida. "Memórias de um sargento de milícias. Rio de

Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978, p. 6)

Leonardo Pataca é uma personagem que viveu "nos tempos do rei" e obteveemprego por meio da proteção de alguém, prática que integra a política exercidapor D. João VI após 1808. São medidas tomadas durante a administração joanina:a) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarve e a decretação deGuerra ao Paraguai.b) a Abertura dos Portos e o Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.c) a extinção do tráfico negreiro, imposta pela Inglaterra em 1810, e a criação doBanco do Brasil.d) a modernização da capital e o Golpe da Maioridade, que garantiu a sucessão deD. Pedro I ao trono.e) o saneamento dos gastos da Corte e o crescimento das exportações e do setorindustrial.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

" 'A 3 de setembro de 1825, partimos do Rio deJaneiro. Um vento fresco ajudou-nos a vencer, em 24 horas, atravessia de 70 léguas, até Santos, e isto significou duplavantagem, porque a embarcação conduzia, também, 65 negrosnovos, infeccionados por sarna da cabeça aos pés'. Assim começa omais vivo, completo e bem documentado relato da famosaExpedição de Langsdorff, que na sua derradeira e longa etapa, entre1825 e 1829, percorreu o vasto e ainda bravio interior do Brasil, porvia terrestre e fluvial - do Tietê ao Amazonas. Seu autor é um jovemfrancês de 21 anos, Hercules Florence, no cargo de desenhistatopográfico. Encantado com as maravilhas das terras brasileiras ecom seu povo hospitaleiro, Hercules Florence permaneceu aqui, aotérmino da expedição, escolhendo a então Vila de São Carlos, comoCampinas foi conhecida até 1842, para viver o resto de sua vida.Florence morreu em 27 de março de 1879 (...)." (Revista: ScientificAmerican Brasil, n. 7, São Paulo: Ediouro, 2002. p. 60)

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3. (Puccamp 2004) Muitos franceses, principalmenteprofessores, cientistas, arquitetos, escultores e pintores vieram ao Brasil no séculoXIX a partir da instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro. Pode-se explicar apresença desses franceses no país com o argumento de quea) a maioria deles chegou ao Brasil com o intuito de colonizar as regiõesdesabitadas do interior do país, constituindo núcleos de exploração de produtostropicais, que seriam comercializados na Europa.b) eles tinham como missão convencer o rei D. João VI a romper relaçõesdiplomáticas com a Inglaterra, uma vez que este país tinha estabelecido oBloqueio Continental, impedindo as relações comerciais entre França e Brasil.c) grande parte deles desembarcou no Rio de Janeiro estimulados por D. JoãoVI, que tinha como um dos seus grandes projetos trazer uma missão artísticafrancesa, com o objetivo de constituir no Brasil uma base de desenvolvimentocultural.d) todos esses franceses chegaram ao Brasil como refugiados políticos, uma vezque os mesmos discordavam da política cultural do imperador NapoleãoBonaparte, que perseguia os artistas contrários às suas determinações políticas.e) parte significativa da população francesa emigrou para o Brasil em razão dosintensos combates ocorridos durante a Comuna de Paris, instalando-seprincipalmente nos Estados do Maranhão e do Pará e trabalhando na extração daborracha.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

“As ordens já são mandadas,já se apressam os meirinhos.Entram por salas e alcovas,

relatam roupas e livros:(...)

Compêndios e dicionários,e tratados eruditos

sobre povos, sobre reinos,sobre invenções e Concílios...

E as sugestões perigosasda França e Estados Unidos,

Mably, Voltaire e outros tantos,que são todos libertinos...”

(Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos sequestros. Romanceiro da Inconfidência)

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4. (Puccamp 2004) A respeito da caracterização dosinconfidentes, tema presente em todo o Romanceiro, considere o texto adiante. Aanálise da extração social dos revolucionários indica, claramente, que em Minas ainquietação está lastreada pela prosperidade (de lavras, terras de lavoura, de gadoe de escravos): a revolução é intentada por homens de posse. (Carlos GuilhermeMota. "A ideia da revolução no Brasil (1789-1801)". São Paulo: Cortez, 1989, p.115)A medida da Coroa que incidiu sobre essas posses e acirrou os desejos derompimento com a metrópole foi aa) resolução da rainha, D. Maria I, de proibir a agricultura de subsistência na regiãode Minas Gerais.b) ameaça da Derrama, cobrança de 100 arrobas de ouro anuais a todos oshabitantes, de forma indiscriminada.c) nomeação de Contratadores, encarregados de cobrar todos os tributosdestinados à metrópole.d) oficialização do Quinto, imposto que incidia sobre a produção mineradora, daqual 20% destinava-se a Portugal.e) instituição da Devassa, apuração dos proprietários suspeitos de conspiraremcontra a Coroa.

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5. (Fuvest 2003) "... quando o príncipe regente português, D. João,chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço nacidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aquidesembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logoem frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis". (Lilia Schwarcz."As Barbas do Imperador".)

O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode serresumido comoa) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor nocontexto político europeu.b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitosbritânicos e de Napoleão Bonaparte.c) inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política doimpério passava do centro para a periferia.d) alteração da relação política entre monarcas e vice-reis, pois estes passaram acontrolar o mando a partir das colônias.e) imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixopolítico para conseguir isenções alfandegárias.

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6. (Puccamp 2002) Movimento Comercial - 1796-1811 - Portugal - Colônias:Importação e Exportação

A queda abrupta do movimento comercial das importações eexportações entre Portugal e suas colônias, em 1808, foi decorrênciaa) dos altos índices de inflação da economia portuguesa, que dificultavam as transações comerciaiscom as colônias.b) da ocupação do território português pelos ingleses, provocando a interrupção total das relaçõescomerciais daquele país.c) da União das Coroas Ibéricas, quando a Espanha assume diretamente o monopólio do comérciodas colônias portuguesas.d) da guerra entre ingleses e franceses que impediam a saída dos navios comerciais do continenteeuropeu.e) dos desdobramentos econômicos, em razão da transferência da Corte portuguesa para o Brasil.

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7. (Fuvest 2012) “Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitascasas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos naInglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os inglesesaqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) Asruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavrasSuperfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça debarro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um poucomais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.” (Maria Graham. Diário deuma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmenteem 1824). Adaptado.)

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à suaestada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano.Essas anotações mostram alguns efeitos:a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar ecomercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colôniasultramarinas do sul.b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtosportugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam tambémdistribuídas nas colônias.c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em1808, após a chegada da família real portuguesa à América.d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação deprodutos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada aoImpério Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

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8. (Fgv 2012) Leia o fragmento.

“Na segunda metade do século XVIII, a preocupação com o “bem governar” eraum imperativo tanto para a manutenção do monarca, de modo a que não se fortalecessem outraspretensões de legitimidade, quanto para a conservação do próprio regime, da monarquiaabsolutista, pois tratava-se de evitar que certas ideias correntes, como governos elegíveis eparlamentos poderosos, tomassem corpo. (...)(...) o despotismo esclarecido varia de país para país, dependendo de cada processo histórico e de suaabertura ao movimento de ideias da ilustração (...)” (Antonio Mendes Junior et al. Brasil História:texto e consulta, volume 1, Colônia.)

Sobre o fenômeno histórico em referência, no caso de Portugal, é corretoconsiderar que:a) o atraso econômico português gerava dependência política e militar, colocando em perigoinclusive o império colonial português, e nesse processo ocorreram as reformas pombalinas, querepresentaram um maior controle português sobre o Brasil.b) as autoridades monárquicas portuguesas se anteciparam às ondas revolucionárias do mundoatlântico e criaram metas de aumento da participação das diversas classes sociais nas instâncias depoder, o que gerou o primeiro parlamento na Europa moderna.c) coube ao Marquês de Pombal o apontamento de um acordo estratégico com a Inglaterra,concretizado com o Tratado de Methuen, que permitiu a independência econômica de Portugal eregalias para a mais importante colônia lusa, o Brasil.d) as ideias iluministas foram abominadas pelas autoridades portuguesas, assim como pelas elitescoloniais e metropolitanas, pois representavam um forte retrocesso nas concepções de liberdade demercado, defendidas pelo mercantilismo.e) o contundente crescimento da economia de Angola, por causa do tráfico de escravos e daprodução de manufaturados, e da economia açucareira no Brasil, foram decisivos para a opçãoportuguesa em transferir a sede da Coroa portuguesa para a América.

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Texto para a próxima questão

9. (Fgv 2012) Leia a entrevista.

“FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relaçãoao período imperial?

MAXWELL – (...) o movimento de independência da década de 1820 nãoaconteceu no Brasil, mas em Portugal. Foram os portugueses que não quiseramser dominados por uma monarquia baseada na América.

Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemasde fragmentação, guerras civis e descontinuidade que são parecidos com aquelesque estavam acontecendo na América espanhola.

É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela nãose encaixa em interpretações convencionais. É sempre necessário pensar umpouco de forma contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesmatrajetória de outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberalestava lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá.

Acho que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, noséculo 19.” (Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leiturasconvencionais. Folha de S.Paulo, 25-11-2007.)

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9. (Fgv 2012)“A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias dasAméricas”, pois:

a) em 1824 foi promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada peladivisão e autonomia dos três poderes e por uma legislação social avançada para ospadrões da época, pois garantia o direito de voto a todos os brasileiros.b) com a grave crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa noinício do século XIX, restou ao Brasil um papel relevante no processo derecuperação das bases econômicas industriais, com o fornecimento dealgodão, tabaco e açúcar.c) os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavamcom o conservadorismo das elites coloniais do centro-sul, defensoras de restriçõesmercantilistas com o intuito de conter a ganância britânica pela riqueza brasileira.d) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre ametrópole espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa daverificada em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.e) a elite colonial nordestina – voltada para o mercado interno, defensora docentralismo político-administrativo e da abolição da escravatura – apostava naliderança e na continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação desseprojeto histórico.

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Mapa do Brasil em 1808