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2 manual de boas práticas 3para a eFiciÊncia enerGÉtica

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4 manual de boas práticas 5para a eFiciÊncia enerGÉtica

Índice

i introdução 11

ii selecção dos sectores a estudar 15

II.I CaracterizaçãodaactividadeeconómicadaregiãoNorte 15II.II SelecçãodosSubsectoresdaIndústriaTransformadora naRegiãoNorte 16II.III CaracterizaçãodaactividadeeconómicadaRegiãoCentro 19II.IV SelecçãodosSubsectoresdaIndústriaTransformadora naRegiãoCentro 20II.V CaracterizaçãodosConsumosdeEnergia 22II.VI SubsectoresSeleccionados 29

iii estudo de campo 33

III.I GuiaTécnicodeOrientaçãodasVisitas 33III.II CaracterizaçãodasEmpresasVisitadas 33III.III PráticasdeGestãodeEnergia –OcasodasEmpresasVisitadas 37III.III.I OSectordasIndustriasAlimentares,BebidaseTabaco 37III.III.II OSectordasIndústriasMetalúrgicasdeBaseede ProdutosMetálicos 39III.III.III OsectordaIndústriadoCouroedosProdutosdeCouro 40III.III.IV SectordaFabricaçãodeoutrosProdutosMinerais nãoMetálicos 41III.III.V PrincipaisConsiderações 42

Ficha tÉcnica

títuloManualdeBoasPráticasparaaEficiênciaEnergéticacoordenação e ediçãoAIMinho–AssociaçãoEmpresarialAv.Dr.FranciscoPiresGonçalves,45–Ap.99|4711-954BragaTel.:+351253202500|Fax.:+351253276601www.aiminho.pt

elaboração e execução de conteúdos SOLUCIONA–SistemasIntegradosdeGestão,Lda.

local de ediçãoBraga

data de ediçãoMaiode2010

design Gráfico e produçãolkcomunicação

tiragem?????????????????????????exemplares

depósito legal ????????????????????????

isbn

978-972-99502-9-2

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6 manual de boas práticas 7para a eFiciÊncia enerGÉticaiV promoção da eFiciÊncia enerGÉtica 49

IV.I Factoresorganizativos 49IV.II Factorestécnicos 50IV.II.I Instalaçõeseléctricas 50IV.II.II Isolamentotérmico 55IV.II.III Caldeirasdevapor 57IV.II.IV Sistemasdedistribuiçãodevaporeretornodecondensado 65IV.II.V Arcomprimido 71IV.II.VI Motoreseléctricos 76IV.II.VII Sistemadeiluminação 81

V a aplicação das enerGias renoVáVeis 87

Vi conclusões 91

Vii anexo - Guia tÉcnico de orientação das Visitas 93

Viii biblioGraFia 117

Índice de FiGuras

Figura 1 - DistribuiçãodasempresasporsubsectordaindústriatransformadoradaregiãoNorte. 17

Figura 2 - Distribuição,percentual,donºdecolaboradoresporsubsectordaindústriadaregiãoNorte. 17

Figura 3 - Distribuição,percentual,doVABporsubsectordaindústriatransformadoradaregiãoNorte. 17

Figura 4 - DistribuiçãodasempresasporsubsectordaindústriatransformadoradaregiãoCentro. 20

Figura 5 - Distribuição,percentual,donºdecolaboradoresporsubsectordaindústriatransformadoradaregiãoCentro. 21

Figura 6 - Distribuição,percentual,doVABporsubsectordaindústriatransformadoradaregiãoCentro. 21

Figura 7 - Variaçãodoconsumototaldeenergiade2000a2007emPortugal. 24

Figura 8 - Variaçãopercentualdoconsumodeenergianosváriossectoresde2000a2007emPortugal. 25

Figura 9 - Variação,noperíodoconsiderado,daquotadeconsumodosectorIndustrialexpressoem

percentagememPortugal. 25

Figura 10 - Variação,noperíodoconsiderado,doconsumodeenergia,nosectorindustrialemPortugal. 26

Figura 11 - Variaçãodosconsumosdeenergiaparaosváriossectoresentre2000a2007emPortugal. 28

Figura 12 - Peso,expressoempercentagem,doconsumodeenergiadecadasubsectorenglobadonosector

industrialemPortugal. 28

Índice de Quadros

Quadro 1 - DescriçãodasSubsecçõesdoCódigodasActividadesEconómicas 18

Quadro 2 - Consumodeenergia,expressoemtep’s,verificadosde2000a2007paraosváriossectoresde

actividadeeconómicaemPortugal. 18

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8 9

IINTRODUÇÃO

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10 11

IntroduçãoI.

O presente documento constitui-se como um Manual de Boas Práticas

para a Eficiência Energética nas empresas, tendo por base umestudo de

camposobreaspráticasdegestãodaenergiadedeterminadossectoresde

actividade económica, das regiões Norte e Centro do país, seleccionados

emfunçãodasuarepresentatividadenostecidoseconómicosdestasduas

regiões,dosrespectivosconsumosdeenergiaedopoderdedisseminação

paraasrestantesactividades.

Assim,esteManualdeBoasPráticasparaaEficiênciaEnergéticatemcomo

grandeobjectivoapromoçãoedifusãodemedidasconducentesàeficiência

energéticanasempresas,assumindo,desta forma,uma fortecomponente

pedagógicaeinformativa.

Enquadra-se no âmbito do Projecto Programa Sustentar – Eficiência

Energética,AmbienteeResponsabilidadeSocialnasEmpresas,apoiadopelo

SistemadeApoioaAcçõesColectivasdoCompete–ProgramaOperacional

FactoresdeCompetitividadedoQRENedaUniãoEuropeia(FundoEuropeu

deDesenvolvimentoRegional),quevisapotenciarasustentabilidadesocial

atravésdaapostanestestrêsfactorescríticosdesucesso.Aintervençãodo

projectoestáassimestruturadanumaabordagemintegradadastrêsáreas

de intervenção chave para a sustentabilidade: a eficiência energética, o

ambienteearesponsabilidadesocial.

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12 13

IISelecÇÃO DOS SecTOReS a eSTUDaR

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14 manual de boas práticas 15para a eFiciÊncia enerGÉtica

SelecçãodoSSectoreSaeStudarII.

Paraaselecçãodossectoresesubsectoresdeactividadeaestudar,noâmbito

destetrabalho,foiefectuadoumlevantamentopréviodacaracterizaçãoda

actividadeeconómicadasregiõesNorteeCentro,assimcomorealizadauma

análiseaoconsumodeenergiarespectivo.Aselecçãodosquatrosubsectores

alvodopresenteManualteveemcontaaimportânciaeconómicaeoconsumo

energético dos diversos sectores e subsectores, assim como o poder de

disseminaçãonasrestantesáreasdeactividadeemfunçãodacaracterização

doseuníveldeeficiênciaedaspráticasdegestãodeenergia.

caracterIzaçãodaactIvIdadeeconómIcaII.I

daregIãonorte

A caracterização da actividade económica da região Norte teve por base

vários indicadoresestatísticoscomo,porexemplo,onúmerodeempresas

criadaseexistentes,ovolumedenegócioseonúmerodepessoasaoserviço,

nasdiversasáreasdeactividade.

OsresultadosobtidosevidenciamaimportânciaqueossectoresdoComércio

edaIndústriaTransformadoraassumemnotecidoeconómicodestaregião,

dividindo a liderança nos principais indicadores. Assim, se em termos do

númerodeempresas,existentesourecémcriadas,éosectordoComércio

quelidera,noquerespeitaàdimensãodasempresaseaovolumedeemprego

gerado,aIndústriaTransformadoraassumeopapelprincipal.

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16 manual de boas práticas 17para a eFiciÊncia enerGÉticaDestemodo,tendoemconsideraçãooobjectivodesteestudoeconsiderando-

se,ainda,omaiorimpactoque,emgeral,osfactoresassociadosàeficiência

energéticaapresentamnaindústriatransformadora,optou-seporseleccionar

estesectordeactividadeeconómica.

SelecçãodoSSubSectoreSdaIndúStrIaII.II

tranSformadoranaregIãonorte

De forma a seleccionar os subsectores de actividade para o Estudo de

Campo,noâmbitoda indústria transformadora, foi efectuadaumaanálise

comparativa,combasenosseguintescritérios:

nºdeempresasexistentes;o

nºdefuncionários;o

ValorAcrescentadoBruto(VAB).o

Nasfigurasseguintes,apresenta-se,porSubsecçãodoCódigodasActividades

Económicas(Rev.2.1),ocontributo,emtermospercentuais,decadauma

paraoindicadordocritériodeavaliaçãocorrespondente.

No Quadro 1 é efectuada a identificação e descrição das subsecções ou

subsectoresemfunçãodassiglasutilizadasnosgráficos.

figura1Distribuição das empresas por subsector da indústria

transformadora da região Norte.(Fonte – Anuário estatístico da Região Norte, 2007)

figura2Distribuição, percentual, do nº de colaboradores por

subsector da indústria transformadora da região Norte.(Fonte – Anuário estatístico da Região Norte, 2007)

figura3Distribuição, percentual, do VAB por subsector da

indústria transformadora da região Norte.(Fonte – Anuário estatístico da Região Norte, 2007)

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18 manual de boas práticas 19para a eFiciÊncia enerGÉtica

Quadro1Descrição das Subsecções do Código das Actividades Económicas

código descrição

DA Indústriasalimentares,dasbebidasedotabaco

DB Industriatêxtil

DC Indústriadocouroedosprodutosdocouro

DD Indústriasdamadeiraedacortiçaesuasobras

DE Indústriasdepasta,depapelecartãoeseusartigos;ediçãoeimpressão

DF Fabricaçãodecoque,produtospetrolíferosrefinadosecombustívelnuclear

DG Fabricaçãodeprodutosquímicosedefibrassintéticasouartificiais

DH Fabricaçãodeartigosdeborrachaedematériasplásticas

DI Fabricaçãodeoutrosprodutosmineraisnãometálicos

DJ Indústriasmetalúrgicasdebaseedeprodutosmetálicos

DK Fabricaçãodemáquinasedeequipamentos,n.e.

DL Fabricaçãodeequipamentoeléctricoedeóptica

DM Fabricaçãodematerialdetransporte

DN Indústriastransformadoras,n.e.

Resumidamente,aanálisedasfigurasanteriorespermiteconcluir:

o subsector da Indústria Têxtil é o que apresentamaior peso noo

númerodeempresasexistentes, representando29%do total das

empresasexistentesnaIndústriaTransformadoradaregião;

as empresas da Indústria Metalúrgica de Base e de Produtoso

Metálicos representam 14% do total das empresas da Indústria

Transformadora da região, correspondendo ao subsector que, a

seguiraoTêxtil,apresentaummaiornúmerodeempresas;

aoníveldonºdecolaboradores,oprincipaldestaquevaiigualmenteo

para a Indústria Têxtil, cujo pessoal ao serviço representa uma

parcelade39%do totaldopessoalaoserviçodasempresasda

indústriadestaregião;

asIndústriasdoCouroedosProdutosdeCouroeasMetalúrgicaso

deBaseedeProdutosMetálicosrepresentamossubsectoresque,

depoisdaIndustriaTêxtil,maiscontribuemparaonºdepessoalao

serviçocom,respectivamente,11%e10%dototal;

emrelaçãoaoValorAcrescentadoBruto(VAB),verifica-se,talcomoo

non.ºdecolaboradores,queaIndústriaTêxtillidera,com27%do

total do VAB da Indústria Transformadora da região, seguida das

IndústriasMetalúrgicasdeBaseedeProdutosMetálicos,com14%

dessetotal.

caracterIzaçãodaactIvIdadeeconómIcadaregIãoII.III

centro

TalcomoparaaregiãoNorte,tambémparaaregiãoCentrofoirealizadauma

caracterizaçãodaactividadeeconómica,tendosidoadoptadososmesmos

indicadoresestatísticos.

Dosresultadosobtidos,salienta-seaimportânciaqueosectordoComércio

porGrossoeaRetalho,ReparaçãodeVeículosAutomóveis,Motociclosede

BensdeUsoPessoaleDomésticoassume,sejaemtermosdonúmerode

empresas, seja no que respeita ao contributo para o volume de negócios

daregião.Poroutrolado,noquerespeitaaopessoalaoserviço,osdados

permitem identificar quea Indústria Transformadoraassumeopapelmais

preponderante,talcomoverificadonaregiãoNorte.

Destemodo,foipossívelconcluirque,apesardeemmenornúmeroedenão

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20 manual de boas práticas 21para a eFiciÊncia enerGÉticaatingiremovolumedenegóciosgeradopeloComércioporGrossoeaRetalho,

ReparaçãodeVeículosAutomóveis,MotociclosedeBensdeUsoPessoale

Doméstico,aindaqueporumadiferençareduzida,asempresasdaIndústria

Transformadora apresentammaior dimensão e são responsáveis por uma

partesignificativadoempregogeradonaregião.

Por estesmotivos, e tendo igualmenteemcontaosobjectivosdaanálise,

tornou-senecessário identificarassubsecçõesousubsectoresda Indústria

TransformadoramaisrepresentativosaoníveldaregiãoCentrodopaís.

SelecçãodoSSubSectoreSdaIndúStrIaII.Iv

tranSformadoranaregIãocentro

TalcomoefectuadoparaaregiãoNorteecombasenosmesmoscritérios,

foirealizadoumestudocomparativoentreosváriossubsectoresdaIndústria

TransformadoradoCentro.

Nasfiguras4,5e6apresenta-se,porSubsecçãodoCódigodasActividades

Económicas (Rev. 2.1), o respectivopeso (em termospercentuais) para o

indicadordocritériodeavaliaçãocorrespondente.

figura4Distribuição das empresas por subsector da indústria transformadora da região Centro.(Fonte – Anuário estatístico da Região Centro, 2007)

figura5Distribuição, percentual, do nº de colaboradores por

subsector da indústria transformadora da região Centro.(Fonte – Anuário estatístico da Região Centro, 2007)

figura6Distribuição, percentual, do VAB por subsector da

indústria transformadora da região Centro.(Fonte – Anuário estatístico da Região Centro, 2007)

Da análise destes indicadores e figuras, é possível retirar as seguintes

consideraçõesprincipais:

o subsector das Indústrias Metalúrgicas de Base e de Produtoso

Metálicos é o que apresenta maior dimensão na região Centro,

representando 25% do número total de empresas existentes na

IndústriaTranformadora;

as empresas da Indústria Alimentar, das Bebidas e do Tabacoo

representam,namesma região,15%dasempresasexistentesna

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22 manual de boas práticas 23para a eFiciÊncia enerGÉticaIndústria Tranformadora. Por sua vez, o subsector da Madeira e da

Cortiçae suasObras temumpesode9%,enquantoos subsectores

dasIndústriasTransformadorasnãoEspecificadasedaFabricaçãode

OutrosProdutosMineraisnãoMetálicosrepresentam,cadaum,10%das

empresasexistentesnaIndústriaTranformadoranaregiãoemcausa;

considerando o pessoal ao serviço por subsector da Indústriao

Tranformadora verifica-se, na região Centro, que as empresas da

Fabricação de Outros ProdutosMinerais nãoMetálicos representam

16%dototal,sendoosubsectorcommaior representatividadeneste

critério;

aindaemrelaçãoaoindicadorpessoalaoserviço,aseguiraosubsectoro

daFabricaçãodeOutrosProdutosMineraisnãoMetálicos,ossubsectores

das Indústrias Metalúrgicas de Base e de Produtos Metálicos e das

Indústrias Alimentares, das Bebidas e do Tabaco, assumem maior

relevância,representando14%dototalcadauma.Compoucamargem

dediferençasurge,ainda,aIndústriaTêxtil(13%).

em relação ao Valor Acrescentado Bruto das empresas da Indústriao

Transformadora da região Centro, apresenta-se, tal como o pessoal

aoserviço,repartidoempercentagensbastantespróximas,porvários

subsectores,comligeirodestaqueparaaFabricaçãodeOutrosProdutos

MineraisnãoMetálicos(16%dototal)eparaasIndústriasMetalúrgicas

deBaseedeProdutosMetálicos(13%dototal).

caracterIzaçãodoSconSumoSdeenergIaII.v

Como se referiu anteriormente, a selecção dos subsectores de actividade

industriale,posteriormente,dasempresasavisitarteveporbaseacaracterização

económicadasactividadeseconómicasnoNorteeCentrodoPaís, regiões

de intervenção do projecto, assim como o peso dessas actividades nos

consumosdeenergiatotais.

Talcomonacaracterizaçãodasactividadeseconómicas,nocasodoconsumo

de energia, procurou-se identificar os subsectores de actividade industrial

commaiorrelevoaestenívelemPortugal.

Assim,combasenosdadosrecolhidos,foipossívelefectuarumaanálisedo

consumodeenergia,entreosanos2000e2007,paraosváriossectores

de actividade económica. Salienta-se que, neste caso, o sector industrial

correspondeaosectorextractivoeaosectortransformador.

No Quadro 2 apresentam-se os consumos de energia totais em Portugal

para cada sector de actividade económica, durante o período de 8 anos

considerado.Paraesteperíodo,nosgráficosdasFigura7e8,apresentam-se

avariaçãodoconsumototaldeenergiaeavariaçãodaquotadeconsumo

decadasectornoconsumototaldopaís,respectivamente.Jánasfiguras9e

10sãoapresentadasasvariaçõesdasquotasdeconsumoedoconsumode

energianosectorindustrialportuguês.

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24 manual de boas práticas 25para a eFiciÊncia enerGÉticaQuadro2Consumo de energia, expresso em tep’s, verificados de 2000 a 2007 para os vários sectores de actividade económica em Portugal. Fonte INE, 2009.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

AgriculturaePescas 476631 509780 502876 425522 418488 378968 366769 327894

IndústriasExtractoras

95340 136619 106641 104949 125831 118403 105351 151 869

IndústriasTransformadoras

5455777 5351972 5408170 5426445 5508228 5405141 5466202 5294796

SectorIndustrial 5551117 5488591 5514811 5531394 5634059 5523544 5571553 5446665

ConstruçãoeObrasPúblicas

731662 999107 903567 760700 849221 918228 712923 630273

Transportes 6673540 6745548 6894341 6933884 6911988 6894315 6984139 6796308

Doméstico 2926374 2925959 3017047 3068464 3145982 3219566 3199085 3195734

Serviços 1824038 2071549 2165207 2345748 2513232 2542849 2264050 2297927

Total 18183362 18740534 12997848 19065712 19472952 19477471 19098519 18994801

figura7Variação do consumo total de energia de 2000 a 2007 em Portugal (Fonte INE, 2009).

figura8Variação percentual do consumo de energia nos

vários sectores de 2000 a 2007 em Portugal (Fonte INE, 2009).

figura9Variação, no período considerado, da quota de con-sumo do sector Industrial expresso em percentagem

em Portugal (Fonte INE, 2009).

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26 manual de boas práticas 27para a eFiciÊncia enerGÉtica

figura10Variação, no período considerado, do consumo de energia, no sector industrial em Portugal (Fonte INE, 2009).

Aanálisedoquadroedasfigurasanteriorespermiteconcluirque:

oconsumoenergético totaldoPaísaumentoudesdeoano2000o

até2005, sendoneste últimode19477471 tep’s. Após2005,

verificou-seumaligeiradiminuiçãodesteconsumo;

nomesmoperíodo,osectordostransportesapresentousempreoo

maiorconsumo,representando,emmédia,37%doconsumototal

deenergiadopaís;

os sectores doméstico e dos serviços, embora com uma ligeirao

diminuiçãonosdoisúltimosanosdoperíodoemanálise,têmvindo

aaumentaroseuconsumoenergético;

emtermostotais,oconsumodeenergianosectorindustrialvariou,o

noperíodoconsiderado,entreos5440eos5630 tep’s (Figura

9);

o consumo de energia no sector industrial (indústria extractiva eo

transformadora) não se alterou significativamente, ocupando a

segundaposiçãoerepresentandocercade28%a30%doconsumo

total(Figura10).

NográficodaFigura11apresenta-seavariaçãoanualdoconsumodeenergia,

expressoemtermospercentuais,decadasectordeactividade,noperíodo

entre2000a2007. A suaanálise permite verificar, em relaçãoao sector

industrial,que:

amaior diminuição do consumo de energia neste sector ocorreuo

entreosanosde2000e2001(1,24%), tendo-severificadonova

descidaentreosanosde2001e2002;

operíodoentreosanosde2004e2002caracterizou-seporumao

constânciadosconsumosenergéticosdaindústria;

verificou-senovadiminuiçãodoconsumodeenergia,nestesector,o

entreosanos2005e2004;

invertendo esta tendência, entre 2005 e 2006, verificou-se umo

aumentodoconsumodeenergia,quesemantevepraticamenteao

mesmonívelem2007.

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28 manual de boas práticas 29para a eFiciÊncia enerGÉtica

figura11Variação dos consumos de energia para os vários sectores entre 2000 a 2007 em Portugal (Fonte INE, 2009).

figura12Peso, expresso em percentagem, do consumo de energia de cada subsec-tor englobado no sector industrial em Portugal (Fonte INE, 2009)

No gráfico da figura anterior (Figura 12) apresenta-se o valor, em termos

percentuais,doconsumodeenergiadosváriossubsectores,emrelaçãoao

consumototaldaindústria,entreosanosde2000a2007.

Aanálisedorespectivográficopermiteconcluirque:

ossubsectoresdoPapeleArtigosdePapel,FabricaçãodeCimentoo

eIndústriaQuímicaedosPlásticossãoosqueapresentammaiores

consumosdeenergia;

os subsectores da Fabricação do Vidro e Artigos de Vidro e dao

Cerâmicasãoosqueassumemvaloresmaiselevados,aseguiraos

referidosanteriormente;

ossubsectoresAlimentareBebidaseTêxtilapresentamumaquotao

médiade9%e8%,respectivamente;

as empresas de Metalo-electro-mecânica apresentam um pesoo

médiode4%,enquantoqueasempresasdosubsectordoVestuário,

CalçadoeCurtumesficam-sepelos1,3%.

SubSectoreSSeleccIonadoSII.vI

Combasenoscritériosadoptados (n.ºdeempresas,pessoalaoserviçoe

ValorAcrescentadoBruto)verificou-seque,naregiãoNorte,ossubsectoresde

actividadedaIndústriaTêxtil,dasIndústriasMetalúrgicasdeBaseeProdutos

Metálicosedas IndústriasdoCouroedosProdutosdeCourosãoosmais

representativos.

Já em relação à região Centro e com base nos mesmo critérios, análise

idêntica revelou que são os subsectores das Indústrias Metalúrgicas de

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30 manual de boas práticas 31para a eFiciÊncia enerGÉticaBaseedeProdutosMetálicos,IndústriasAlimentares,BebidaseTabaco,das

IndústriasdaMadeiraedaCortiçaeseusProdutose,ainda,dasIndústriasda

FabricaçãodeOutrosProdutosMineraisnãoMetálicosqueassumempapel

demaiorrelevo.

No que respeita aos consumos de energia, verificou-se que os vários

subsectores referidos, apesar de não corresponderem ao grupo dosmais

consumidores(casodasIndústriasdoPapeleArtigosdePapel,Fabricaçãode

Cimento,IndústriaQuímicaedosPlásticos)apresentamquotassignificativas

noconsumoglobaldaactividadeindustrial,variandoentreos16%associados

àsIndústriasdasCerâmicas(subsectordaFabricaçãodeProdutosMinerais

nãoMetálicos)eos8%daIndústriaTêxtil.

NocasodosubsectordaIndústriaTêxtil,apesardasuaimportânciaeconómica

eenergética,optou-sepornãoseconsiderarnestetrabalho,umavezquejá

temsidoalvodediversosestudosnoâmbitodaeficiênciaenergética.

Nestecontexto,ossubsectoresseleccionadosparaestetrabalhoforam,na

regiãoNorte,asIndústriasMetalúrgicasdeBaseedeProdutosMetálicoseas

IndústriasdoCouroedosProdutosdeCouro.

Na região Centro, os subsectores seleccionados foram a Fabricação de

OutrosProdutosMineraisnãoMetálicoseasIndústriasAlimentares,Bebidas

eTabaco.

IIIeSTUDO De campO

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32 33

eStudodecampoIII.

guIatécnIcodeorIentaçãodaSvISItaSIII.I

Paraarealizaçãodasvisitastécnicasàsempresasseleccionadas(Estudode

Campo),elaborou-seum“Guia Técnico”,deformaaassegurarumarecolha

dedadossistemáticae,destemodo,maiorfiabilidadenosdadosobtidos.

A elaboração deste guia teve por base uma metodologia matricial que

contemplafactoresdecaráctertécnicoeorganizativos,associadosàgestão

deenergianumaempresaouorganização(veranexo).

Nestecontexto,foramconsideradascincoáreasdeanálise:

políticaenergéticaeestabelecimentodeobjectivosenergéticos;o

conhecimentodascaracterísticasenergéticasdasempresas;o

planeamentoefactoresorganizativos;o

implementaçãodemedidas;o

controloemonitorização,querdasmedidas implementadas,quero

dascaracterísticasenergéticasdasempresas.

caracterIzaçãodaSempreSaSvISItadaSIII.II

ParaarealizaçãodoEstudodeCampo,foramidentificadastrêsempresasde

cadasubsectorseleccionadoapresentando-se,emseguida,umadescrição

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34 manual de boas práticas 35para a eFiciÊncia enerGÉticasucinta de cada empresa com enfoque nos processos de fabrico, nas

formasdeenergiaconsumidaenosprocessosdetransformaçãoenergética

existentes,emcadauma.

Indústriasalimentares,dasbebidasedotabaco•

Dasempresasdo subsector das IndústriasAlimentares, Bebidas e Tabaco

visitadas, duas dedicam-se à fabricação de fumeiro e enchidos e uma à

preparaçãoetransformaçãodeprodutosalimentarescongelados.

Oprocessodefabricodefumeiroeenchidoséconstituídopelasseguintes

fases:preparaçãodacarne,maturação(comdiferentesestágios),fumagem,

embalagem e expedição. A operação de maturação, dependendo do tipo

deproduto e carnes envolvidas, pode ser efectuadadediferentes formas.

Atítulodeexemplo,pode-sereferirque,nocasodopresunto,amaturação

éefectuadacomsalemcondiçõesdehumidadee temperaturadiferentes

aolongodeumperíodonuncainferiora4meses.Noentanto,naprodução

deenchidos,amaturaçãoconsistenoenvolvimentodascarnescomsale

especiariasnumperíodomaiscurto.

No caso da empresa de preparação e transformação de produtos

alimentares congelados, o processo de fabrico pode ser dividido nas

seguintes fases: recepção dos alimentos congelados, corte, laminagem,

vidragem e ensacamento. Ao longo de todo o processo, as condições de

temperaturasão importantes,designadamentenaatmosferade trabalhoe

noarmazenamento.

Emrelaçãoàenergiaverifica-seque,nastrêsempresas,aenergiaeléctrica

éaformamaisconsumida,sendomesmoaúnicanocasodaempresade

alimentoscongelados.Ogasóleoebiomassasão,também,fontesdeenergia

consumidasnasempresasdefabricaçãodefumeiroeenchidos.Emambos

oscasos,asuautilizaçãotemcomoobjectivoaobtençãodeenergiatérmica

emcondiçõesespecíficasassociadasàfumagem.

fabricaçãodeoutrosprodutosmineraisnãometálicos•

AsempresasdosubsectordaFabricaçãodeoutrosProdutosMineraisnão

Metálicoscontempladasnestetrabalhosãocerâmicas.Estaopçãodeve-seà

importânciaqueestasassumemnaregiãoCentromas,também,aofactode

serem,emgeral,grandesconsumidorasdeenergia.

Apesar dos produtos finais serem diferentes (telhas, tijolos e loiça

decorativa), os processos de fabrico das primeiras (telhas e tijolos) são

muitosemelhantes.Nocasodasloiçasdecorativas,asdiferençasexistentes

situam-senosprocessosdesecagemedeacabamento.Aqui,ascondições

detemperaturanãosãotãoexigentescomonafabricaçãodetelhasetijolos,

tendoestasituaçãoimpactonoconsumodeenergia.Noentanto,aoperação

decozeduraque,nostrêscasos,representaomaiorconsumodaempresa

possui,também,maioresexigênciasoperatórias.

Nas três empresas, o gás natural e a energia eléctrica são as formas de

energia consumidas, sendo estas consumidoras intensivas de energia, de

acordocomalegislaçãoactualmenteemvigoretendoempráticaorespectivo

planoderacionalizaçãoenergética.

Indústriasmetalúrgicasdebaseedeprodutosmetálicos•

NosubsectordasIndústriasMetalúrgicasdeBaseedeProdutosMetálicos

foramvisitadasduasempresasquesededicamàfabricaçãodecutelariae

umaoutraàproduçãodeartefactosdeligadealumínio.Nocasodasduas

primeiras,oprocessodefabricoéidêntico,sendoconstituído,genericamente,

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36 manual de boas práticas 37para a eFiciÊncia enerGÉticapor operações de prensagem, laminagem, corte e polimento. A principal

formadeenergia consumidaéaenergiaeléctrica, representandomaisde

95% do consumo energético total. No caso da empresa de produção de

artefactos de alumínio, além das operações referidas, efectua a fusão de

lingotesdealumínioparaposteriormoldagem.Estaoperação,efectuadaem

fornos adequados, émuito consumidora de energia.No casoda empresa

emquestão,aformadeenergiaconsumidanestaoperaçãoéogásnatural.

É tambémdevidoaestaoperaçãoqueos seusconsumosdeenergia são

significativamentesuperioresemrelaçãoàsrestantes.Ogásnaturalconstitui

aformadeenergiamaisconsumida.

Indústriadocouroedosprodutosdecouro•

Porúltimo,nocasodosubsectordasIndústriasdoCouroedosProdutosde

Couroforamvisitadastrêsempresasdefabricaçãodesapatos.Osprocessos

defabricosãosemelhantesverificando-se,tambémemtodas,queaenergia

eléctricaéaprincipalformadeenergiaconsumida.

prátIcaSdegeStãodeenergIa–ocaSodaSIII.III

empreSaSvISItadaS

oSubSectordaSIndúStrIaSalImentareS,III.III.I

bebIdaSetabaco

Noquerespeitaaoenquadramentolegal(ponto2.1doguia),verifica-seque,

nastrêsempresasdestesubsector,existeumdesconhecimentodalegislação

emvigor.Consequentemente,o factodeestaspoderemserconsumidoras

intensivasdeenergiaeteremorespectivoplanoderacionalizaçãoenergética,

não foi verificado pelos responsáveis da empresa. Considera-se também

relevantesalientarofactodenãoexistir,emnenhumadelas,umadefiniçãode

responsabilidadesnoqueconcerneàgestãodeenergia,ocorrendo,apenas,

uma verificação do custo da factura energética. Ainda neste contexto, em

nenhumadasempresaseraconhecidaasuaintensidadeenergética,oseu

consumoespecíficoe intensidade carbónica, nãoexistindo, também,uma

práticadecontabilidadeenergética, istoé,umconjuntodeprocedimentos

deanálisedoconsumoefectivodeenergiaemfunçãodasváriasetapasdo

processoquepossamfundamentareventuaistomadasdedecisão.

A formadeenergiamais consumidaéa energia eléctrica, uma vezquea

grandegeneralidadedosequipamentosutilizadosnasváriasfasesdefabrico

consomemestaformadeenergia.Aexcepçãoérepresentadapelautilização

debiomassanasoperaçõesdefumagem,nocasodasempresasdefumeiro

eenchidos.

Noquerespeitaaosistemadedistribuiçãodeenergiaeléctrica,constatou-

se,nastrêsempresas,queseencontraembomestadodeconservação.No

entanto,nãofoipossívelidentificarrotinasouprocedimentoscomoobjectivo

deavaliarasuaeficiênciaenergética,nomeadamente,ofactordepotência

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38 manual de boas práticas 39para a eFiciÊncia enerGÉticaemváriospontosdainstalação.

Em relação aos principais equipamentos produtivos (ponto 3.3. do guia),

verifica-seque,nasuageneralidade,consomemenergiaeléctrica.Emnenhuma

das empresas existe um registo comas características dos equipamentos

(fabricante,marca,modelo,etc.),ousobreoseufuncionamentoemanutenção.

Amanutençãoéefectuadaporequipasexternas,nãoexistindopráticasde

avaliaçãodaeficiênciaenergéticadosequipamentos.

Esta é também a situação verificada com os outros equipamentos,

designadamente os que constituemas designadas utilidades (ponto 4 do

guia)comparticulardestaque,umavezquesãoosmaiscomuns,paraas

caldeiras,sistemasdegeraçãodevapor,unidadesderefrigeração(chillers)

edearcomprimido.

Em relação à iluminação, constatou-se que não existem preocupações de

maior no que respeita à adaptação da solução de iluminação ao tipo de

utilizaçãoouà instalaçãodemecanismosdecontrolo,comosãooscasos

dostemporizadoresoudosprogramadores.Aslâmpadasfluorescentessão

asusadas,nãosendoevidenciadosprocedimentosadequadosdelimpezae

manutenção.

Nas três empresas visitadas, os sistemas de ar condicionado existentes

(ponto4.5doguia)sãoreduzidosemnúmeroeestãolimitadosaosespaços

administrativos. A sua manutenção é da responsabilidade de empresas

externas.

Considera-se ainda importante salientar que não foram identificadas

práticasdeadaptaçãodo regimede funcionamentodos equipamentosàs

condiçõesefectivasdeutilização,nomeadamentechillerseunidadesdear

comprimido.

oSubSectordaSIndúStrIaSmetalúrgIcaSdeIII.III.II

baSeedeprodutoSmetálIcoS

Tal como verificado nas empresas do sector das indústrias alimentares,

bebidasetabaco,asempresasdestesubsectortambémdesconheciamoseu

enquadramentofaceaoRegulamentodeGestãodosConsumosIntensivosde

Energia(SGCIE).Deigualmodo,nãoeradoseuconhecimentoosvaloresdos

indicadoresenergéticospreconizadosnoregulamento:intensidadeenergética,

consumoespecíficoeintensidadecarbónica(ponto2.1doguia).

Noentanto,numadasempresasvisitadas,oconsumomensalencontrava-

se a ser monitorizado, através de uma aplicação informática cedida pelo

fornecedor de energia eléctrica. Considera-se de interesse salientar que

essaprática induziaa implementaçãodemedidasdeajustedo regimede

funcionamentodealgunsequipamentosedohoráriodefuncionamentodas

respectivassecções.

Emrelaçãoaosprincipaisequipamentosprodutivos(ponto3.3doguia),na

quasesuatotalidadesãoconsumidoresdeenergiaeléctrica.Aexcepçãoé

representadapelos fornosde fusão,nocasodaempresadeartefactosde

alumínio, e no forno de têmpera, no caso das empresas de cutelaria. Em

nenhumdoscasosaavaliaçãodaeficiênciaenergéticadosequipamentos

é efectuada, mesmo dos queimadores de gás, não existindo um registo

actualizadodascaracterísticasdosequipamentos.

No que respeita às utilidades, em todas as empresas, a unidade de ar

comprimidoéademaiorrelevo(ponto4.3doguia).Averificaçãodefugas

nainstalaçãoéumapráticacorrentenumadasempresasdecutelarias,não

ocorrendoomesmonasoutrasduasempresasdosector.Poroutrolado,apesar

das alterações do número demáquinas consumidoras de ar comprimido,

emnenhumadasempresasaadequabilidadedotipodecompressoresfor

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40 manual de boas práticas 41para a eFiciÊncia enerGÉticaverificadorecentemente.

Em relaçãoaos sistemasde iluminação (ponto4.4doguia), apenasuma

dasempresasevidencioupreocupaçõesnaimplementaçãodesistemasde

iluminaçãomaiseficientes,evitando,porexemplo,aduplicaçãodailuminação

detectocomailuminaçãodedicada.

Porúltimo,nenhumadasempresasapresentoupreocupações,numcontexto

de eficiência energética, ao nível do sistema de distribuição de energia

eléctrica.Emboraapreocupaçãocomacorrecçãodofactordepotênciaeo

bomfuncionamentodabateriadecondensadores,aopçãopelacorrecção

destefactordeformadescentralizadanuncafoiequacionada.

oSubSectordaIndúStrIadocouroedoSIII.III.III

produtoSdecouro

Talcomonassituaçõesanteriores,asempresasdestesubsectordaindústria

visitadas desconheciam o seu enquadramento legal, assim como os

respectivosvaloresparaosindicadoresenergéticosadoptadosnoregulamento

emvigor.

Nas três empresas, a principal forma de energia consumida é a energia

eléctrica. No entanto, não se identificaram práticas de manutenção ou

verificaçãodaeficiênciadossistemasdedistribuiçãodeenergiaeléctrica,

designadamenteaoníveldofactordepotência.

Em relação aos principais equipamentos produtivos, tal como verificado

nasempresasanteriores,nãoexisteumapráticadeavaliaçãodaeficiência

energética,sendoamanutençãoefectuadaporequipasexterioresàempresa

(ponto3.3doguia).

Asunidadesdearcomprimidoedeventilaçãosãoasutilidadescommaior

relevonasempresasvisitadas(pontos4.3e4.5).Noentanto,averificação

defugasdearcomprimidoedascondiçõesdefuncionamentodosmotores

dosventiladoresnãoconstituemumapráticadasempresas.

Éaindadesalientarque,nastrêsempresas,existemalgunsequipamentos

onde,poracçãodeenergiatérmica,éefectuadaacolagemdeváriaspeças

dosartigos,sendogeralaausênciadepreocupaçõescomascondiçõesde

admissãoeextracçãodearnosequipamentose,dessemodo,comasua

eficiênciaenergética,comconsequênciassignificativasaoníveldoconsumo

deenergiaeléctrica.

Édesalientarqueailuminaçãoearespectivaeficiênciasãoalvodealgumas

atenções (ponto 4.4 do guia). De forma geral, as soluções de iluminação

encontradasestãoadequadasao seufim,existindopráticasde limpezae

manutenção.

oSubSectordafabrIcaçãodeoutroSprodutoSIII.III.Iv

mIneraISnãometálIcoS

Contrariamenteaoverificadonosoutrossubsectores,as trêsempresasde

cerâmicavisitadasevidenciaramumapráticaendogeneizadadecontabilidade

energéticaedeespecificaçãodascondiçõesdefuncionamentodosprincipais

consumidores,emfunçãodasnecessidadesdefabrico.Tambémseconstatou

a existênciadeum técnico responsável pelamonitorizaçãodos consumos

deenergia,bemcomooconhecimentoplenodoenquadramento legaldas

empresas,nestecontexto.

Salienta-seaprática,deumadasempresas,deintroduçãonoseuManual

daQualidade (elaborado no âmbito do Sistema deGestão daQualidade)

de factores associados à gestão de energia e à verificação da eficiência

energéticadealgunsdosequipamentos.

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42 manual de boas práticas 43para a eFiciÊncia enerGÉticaOutrapráticapositiva,evidenciadapelasempresasdestesector, residena

definiçãodeindicadoresenergéticos,quepermitemumamelhoraferiçãodo

custoenergéticodoprodutofinal.

Noentanto,noquerespeitaaosequipamentosnãodirectamenteassociados

ao processo como, por exemplo, redes de distribuição de ar comprimido,

vaporearquente,verificou-seainexistênciadeprocedimentosdeavaliação

da sua eficiência energética, apesar da existência de procedimentos de

manutenção.

Neste caso,merece destaque a ausência de procedimentos associados à

verificaçãodascondiçõesdeisolamentodeváriosequipamentos.

Apesardaexistênciadeum responsávelpelaelaboraçãodacontabilidade

energéticaepelamonitorizaçãodosconsumos,verificou-sequeemnenhuma

das empresas existia um documento que agrupasse todos os factores

relacionados, não sendo possível, tal como nas empresas dos restantes

sectores,obterrespostaatodasasquestõesdoguiaadoptado.

prIncIpaISconSIderaçõeSIII.III.v

Comasvisitastécnicasefectuadas,numtotaldedoze(trêsporcadasubsector

deactividade), pretendeu-se caracterizar aspráticasdegestãodeenergia

deseissectoresousubsectoresdeactividade,bemcomoidentificaroutros

factorescominfluêncianocontextodasuaeficiênciaenergética.

Assim,emboraonúmerodeempresasvisitadasnãopermitaumacaracterização

globaldaspráticasdegestãodeenergianossubsectoresseleccionados,com

basenosresultadosobtidosnasvisitas,foipossívelconstataraexistênciade

umconjuntodefactorescomunse,portanto,nãoespecíficosdeumsector,

quesãodeterminantesnaeficiênciaenergéticadasempresas.

Comoobjectivodesistematizarasinformaçõesrecolhidas,apresenta-seum

breveresumodosprincipaisfactoresidentificados.

principaispráticasInadequadasdegestãodeenergia•

Considerando-secomo“práticas inadequadas de gestão de energia”aquelas

queconduzemasituaçõesdeineficiênciaenergética,combasenosresultados

obtidosnoestudodecampo,pode-sedividirestaspráticasemdoisgrupos,

denaturezadiferente.UmdesignadoporPráticas Organizacionaiseooutro

porPráticas de Gestão Técnicas.

As situações que se enquadram no grupo das “Práticas Organizacionais”

sãoaquelasqueresultamdaausênciadeprocedimentosededefiniçãode

responsabilidades,conduzindoàinexistênciaoudeficiênciademonitorização

dosváriosaspectosrelacionadoscomoconsumodeenergia.

Das situações verificadasnasempresas visitadas, apontam-se comomais

relevantes:

ausênciademonitorizaçãodosconsumosdeenergia;o

desconhecimento do enquadramento legal da empresa face ào

legislaçãoemvigor;

ausência de práticas de benchmarking e desconhecimento doso

valoresdeconsumoespecíficopadrãodorespectivosector;

ausênciadepráticasdecontabilidadeenergética.o

OgrupoPráticas de Gestão Técnicasenglobaassituaçõesreferentes,deforma

directa,aosequipamentos,àformacomoaenergiaéconsumidaporestes,

à forma como são utilizados emantidos, bem comoaos aproveitamentos

energéticosdentrodoprocessooudaempresa.

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44 manual de boas práticas 45para a eFiciÊncia enerGÉticaAlgumasdassituaçõesdeineficiênciaverificadasdevidoafactorestécnicos

foram:

deficienteisolamentodesuperfíciesouespaçosemquesepretendeo

manterumdeterminadovalordetemperaturaehumidade;

ausência de práticas de validação da eficiência energética doso

equipamentos;

inadequação do funcionamento dos equipamentos às condiçõeso

operatórias.

principaispráticasadequadasdegestãodeenergia•

Um dos resultados importantes das visitas efectuadas foi o de verificar

que as empresas consumidoras intensivas de energia, como o caso das

cerâmicas,têmjáendogeneizadasboaspráticasdecontabilidadeenergética,

permitindo-lhesconhecer,comalgumrigor,aincorporaçãoefectivadeenergia

nosprodutos,emfunçãodoprocessodefabricoedasuanatureza.Assim,

mereceespecialrelevoopapelqueaaplicaçãodoregulamentodegestãodos

consumosintensivosdeenergiaassumeenquantoinstrumentosensibilizador

esistematizadornaabordagemdosváriosfactoresrelacionadoscomagestão

deenergianumaorganização.

Ainda no quadro da contabilidade energética, é de salientar a prática

encontrada(aindaqueemapenasumadasempresas)deassociaraqualidade

doprodutofinalàformacomoaenergiaéconsumidaduranteomesmo.

Autilizaçãodabiomassanossistemasdeaquecimentodeáguassanitárias

e nas operações de fumagem, verificada em duas empresas do sector

alimentar,constituitambémumaboaprática,querdegestãodeenergia,quer

deimplementaçãodeenergiasrenováveisnumcontextoindústrial.

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46 47

IVpROmOÇÃO Da efIcIêNcIa eNeRgéTIca

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48 manual de boas práticas 49para a eFiciÊncia enerGÉtica

promoçãodaefIcIêncIaenergétIcaIv.

factoreSorganIzatIvoSIv.I

Écadavezmaisconsensualqueaeficiênciaenergéticanumaempresanão

dependeapenasdaeficiênciadosequipamentosmas, também,da forma

comoestessãoutilizadoseéefectuadaasuamanutenção.

Neste contexto, a implementação de um conjunto de procedimentos

que assegurem o bom desempenho energético dos equipamentos e a

minimização dos consumos de energia assume importância idêntica aos

factorestécnicos.

Como o verificado noutros domínios, como por exemplo a qualidade e o

ambiente,aexistênciadeumresponsávelpelagestãodetodososaspectos

relacionadoscomoconsumodeenergianaempresa–o gestor de energia

-éfundamentalparaassegurarsustentabilidadenaeficiênciaenergéticade

umaempresa.

Ogestordeenergiatemumpapelfundamentalnosesforçosnecessários,por

partedaorganização,paraassegurararacionalizaçãodeconsumosegestão

eficiente de energia e, ainda, encontrar de soluções que conduzam a um

melhorcomportamentoenergéticoporpartedesta.

Noentanto,paraqueoGestordeEnergiatenhacondiçõesparaarealização

doseutrabalhoéimportanteoapoioexplícitoporpartedaGestãodetopo

daempresa.

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50 manual de boas práticas 51para a eFiciÊncia enerGÉticaAGestãode Topo tem,pois, umpapel determinantenaadequadagestão

de energia numaempresa, devendopublicitar o seu posicionamento e os

objectivosemrelaçãoàenergia,assimcomoestabelecerobjectivosemetas

concretasemensuráveisaserematingidos.

Ogestordeenergiadeverátercomoobjectivoimplementarumsistemade

procedimentosedefluxodeinformação(sistemadegestãodeenergia)que

permitasaber,comrigor,asrazõesdosconsumosdeenergianaempresa,onde

ecomoéconsumidaeosrespectivoscustos.Combasenessainformação,

deveráelaborarumplanocomadefiniçãodeobjectivosemetasaatingire

dosmeiosnecessários.Nestecontexto,oGestordeEnergiadeverápossuir

bonsconhecimentos,querdaáreatécnica,querdaactividadedaempresae

respectivasfunçõesinstituídas.

factoreStécnIcoSIv.II

InStalaçõeSeléctrIcaSIv.II.I

Aenergiaeléctricaéumadasformasdeenergiamaisutilizadanaindústria.

Por esse motivo, assegurar uma adequada distribuição e utilização nas

instalaçõesindustriaiséfundamentalparaassegurarumaboaeficiência.

Deformagenérica,podem-seindicarasseguintesáreascomogeradorasde

oportunidadesparaumamelhoriadaeficiênciaenergética:

reduziredesviaroconsumodeponta;o

melhorarofactordepotênciadainstalação;o

assegurar,aolongodosistemadedistribuição,umaenergiaeléctricao

comaqualidadedesejada.

oportunidadesdegestãodeenergia•

Um dos primeiros cuidados deverá consistir na instalação de dispositivos

eficientesparareduziroucontrolaroconsumodeponta,consubstanciadosnuma

rededemediçãoeléctricaon-linequepermitarecolherdadosdosmedidoresem

temporealeumsistemainformatizadodegestãodeenergiaqueconsigaprever

econtrolaroconsumodeenergiaeléctrica.Quandooconsumoseaproximade

valorespré-definidos,emfunçãodascondiçõesdecontrato,asoperaçõesnão

essenciaissãoparadas,nosentidodeevitarqueseultrapasseessesvalores.

reduziroconsumodeenergia•

Nosentidodereduziroconsumodeenergiaeléctricadeumaempresa,deveser

implementadoumconjuntodeprocedimentosqueassegureamonitorizaçãodo

seuconsumo,identificando,assim,desviosfaceaoconsumonormal.

Épossívelidentificarumconjuntodemedidasquecontribuemparaumaredução

ouminimizaçãodoconsumodeenergiaeléctrica,designadamente:

implementarsistemasdeiluminaçãoadequados;o

adoptarsistemasdevelocidadevariável(VSD)earrancadoressuaveso

(“soft-start”)nosmotorescompotênciasmaiores;

controlar o regimede funcionamento de todos os consumidores deo

energiaeléctricadeformaaassegurarqueestãoligados,apenas,os

necessários;

procederàverificaçãotermográficadaredededistribuiçãoedetodoso

ospontosdeligação;

melhorar o factor de potência ao longo da rede de distribuição deo

energia.

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52 manual de boas práticas 53para a eFiciÊncia enerGÉticamelhorarofactordepotência•

Um factor depotênciabaixo é normalmente causadopor cargas indutivas

como os transformadores, reactores de iluminação emotores de indução,

particularmente por motores sobrecarregados. As empresas de energia

eléctrica penalizamos clientes cujo factor de potência é inferior a 90por

cento.

Nestesentido,é importantemanterum factordepotênciaomaiselevado

possível, assegurando-se, assim, que a maior parte da energia eléctrica

consumida“realiza”trabalhoútil.Aformamaiscomumdemelhorarofactorde

potênciaéinstalandobateriasdecondensadores,podendoessainstalação

terasseguintesconfigurações:

geral,pertodoquadroprincipaldedistribuiçãocentral;o

porgruposdemenordimensão,espalhadosaolongodalinhadeo

distribuição;

individualmente, no caso de grandes consumidores de energiao

eléctrica.

Geralmente,asinstalaçõescomvárioscondensadoresincluemumcontrolador

quemonitorizaofactordepotênciadainstalaçãoeaccionaoscondensadores

àmedidaquevaisendonecessáriaacorrecçãodofactordepotêncianalinha

dedistribuição.

folhadeavaliaçãodossistemaseléctricos

consumo

Estabelecer um perfil de carga da instalação. Analisar esses perfis para

determinaremquemedidao funcionamentodosequipamentosda fábrica

alteramoperfilnormal.

Existe algum equipamento cujo funcionamento possa ser reprogramado?

SIM.REAGENDAROPERAçõES.ā

NãO.ā

Existe algum equipamento que possa ser desligado durante os períodos de

pico de carga?

SIM.SEOEQUIPAMENTOÉOPERADOMANUALMENTE,OOPERADORTEMQUEOā

DESLIGARDEACORDOCOMOHORáRIODEPICODECARGA.

SEOEQUIPAMENTOÉAUTOMáTICO,AJUSTAROSCONTROLOSDECONFORMIDADEOU

INSTALARUMTEMPORIzADORPROGRAMADO.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

Algum dos equipamentos pode ser reduzido para utilizar menos energia

eléctrica?

SIM.FAzERUMUPGRADENAPRIMEIRAOPORTUNIDADE,OQUEREDUzIRáTAMBÉMā

OCONSUMODEENERGIAELÉCTRICA.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

consumo

Examinartodosossistemaseléctricos,incluindoailuminação,tendoemvista

modificações ou modernizações operacionais que irão reduzir o consumo

eléctrico.

Page 28: 2 manual de boas práticas para a eFiciÊncia enerGÉtica Boas Praticas Eficiencia... · Manual de Boas Práticas para a Eficiência Energética coordenação e edição AIMinho –

54 manual de boas práticas 55para a eFiciÊncia enerGÉticaO equipamento pode ser desligado quando não estiver em uso, sem perturbar o

processo?

SIM.INFORMAROSCOLABORADORESQUEOEQUIPAMENTODEVESERDESLIGADOQUAN-ā

DONãOESTIVEREMUSO.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

O equipamento pode ser equipado com motores de energia economicamente

eficientes?

SIM.SUBSTITUIROSMOTORESPORUNIDADESDEENERGIAEFICIENTENAPRIMEIRAOPOR-ā

TUNIDADE.

NãO.ExAMINARAPOSSIBILIDADEDESUBSTITUIçãODEMOTORESDESGASTADOSPORā

MOTORESENERGETICAMENTEEFICIENTES.

A iluminação existente pode ser economicamente substituída por iluminação mais

eficiente?

SIM.SUBSTITUIRAILUMINAçãOExISTENTEPORSISTEMASDEENERGIA,LUMINáRIASEā

LâMPADASEFICIENTES,NAPRIMEIRAOPORTUNIDADE.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

As unidades de baixa eficiência e o equipamento mecânico podem ser adaptados?

SIM.SUBSTITUIROSITENSQUESãOVIáVEISPARAAADAPTAçãONAPRIMEIRAOPORTUNI-ā

DADE.

NãO.ExAMINARAPOSSIBILIDADEDESUBSTITUIçãODEUNIDADESANTIGASEEQUIPAMEN-ā

TOSMECâNICOS.

factordepotência

O valor do factor de potência é igual ou superior a 90 por cento (0,9)?

SIM.VERIFICARPERIODICAMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.CONSIDERARAINSTALAçãODECAPACITADORESPARAAUMENTAROFACTORDEā

POTêNCIA,OQUEGERALMENTEExIGEUMESTUDOEDESIGN,AREALIzARPORUMENGENHEIRO

ELÉCTRICO.

ISolamentotérmIcoIv.II.II

Oisolamentotérmicoemequipamentosdeprocessoetubagenstemvárias

funções:

prevenirperdaseganhosdecalor;o

manterastemperaturasdoprocessoconstantes;o

impedir a formação de condensação nas superfícies frias doso

equipamentos;

manter confortável o ambiente de trabalho em torno doso

equipamentosdeprocessoquentesoufrios.

Oisolamentotérmicodeteriora-secomotempo,peloqueumareavaliação

dossistemasestabelecidosdelongoprazopoderámostrarqueoisolamento

éinadequadoouestádanificado.

dica

No caso de 6 tubos de aço que

transportamnoseuinteriorumfluído

a121ºCecondiçõesdeambiente

de 21,1 º C., um mau isolamento

significaperder700Whpormetrode

comprimentoeporhora.

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56 manual de boas práticas 57para a eFiciÊncia enerGÉticafolhadeavaliaçãodoprocessodeisolamento

Localizarerepararascondiçõesdoisolamentoemtubagens,equipamentos

erecipientes.

As tubagens e equipamentos estão isolados?

SIM.VERIFICARASCONDIçõESDEISOLAMENTOPERIODICAMENTE.ā

NãO.PROCEDERAOISOLAMENTOADEQUADO.ā

O isolamento está seco?

SIM.VERIFICARASCONDIçõESDEISOLAMENTOPERIODICAMENTE.ā

NãO.LOCALIzARAFONTEDEHUMIDADE,EMESPECIAL,VERIFICARSEOTUBOOUOā

EQUIPAMENTOESTáAVAzAR.SUBSTITUIRISOLAMENTOHúMIDO.

A espessura do isolamento é suficiente?

SIM.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

NãO.CONSIDERARAADIçãODEMAISISOLAMENTO,SOLICITANDOAOFABRICANTEā

OUUMEMPREITEIROAINFORMAçãOACERCADASUARENTABILIDADE.

O isolamento é protegido contra danos mecânicos por revestimento adequado

de cobre?

SIM.VERIFICARASCONDIçõESDEISOLAMENTO/REVESTIMENTOPERIODICAMENTE.ā

NãO.REPARAR/INSTALARREVESTIMENTOADEQUADO/COBRIROMAISRAPIDAMENTEā

POSSíVEL.VERIFICAROEQUIPAMENTODEBASEEMRELAçãOADANOSDEHUMIDADE.

SUBSTITUIROISOLAMENTODANIFICADO.

A força de compressão do material de isolamento foi considerada na avaliação

da protecção mecânica?

SIM.VERIFICARASCONDIçõESDEISOLAMENTOPERIODICAMENTE.ā

NãO.ESCOLHEROTIPODEREVESTIMENTOMAISADEQUADO.ā

Emlocaissujeitosadanosmecânicos,considerarousodeisolamentomais

resistente.Considerarcolocarforaaprotecçãomecânica(barreiras,baluartes,

escudos,pontes,etc.)paraminimizarashipótesesdedanos.

Nos isolamentos da tubagem exterior, equipamentos e utensílios, a barreira

de vapor e o revestimento permanecem intactos?

SIM.VERIFICARASCONDIçõESDEISOLAMENTOPERIODICAMENTE.ā

NãO.REPARAROMAISRAPIDAMENTEPOSSíVEL.VERIFICAROEQUIPAMENTODEā

BASEEMRELAçãOAOSDANOSDEHUMIDADE.SUBSTITUIROISOLAMENTOMOLHADOE

DANIFICADO.

Os acessórios do isolamento que lhe conferem firmeza, dureza ou calafetam o

isolamento e a sua cobertura de protecção ou de acabamento, são compatíveis

entre si e com o meio ambiente?

SIM.VERIFICARASCONDIçõESDEISOLAMENTOPERIODICAMENTE.ā

NãO.SUBSTITUIRPORPEçASCOMPATíVEISPARAGARANTIRAINTEGRIDADEDOā

SISTEMA,IMPEDIRACORROSãO,FISSURAS,ETC.USARAINSTALAçãOADEQUADAE

MÉTODOSDEISOLAMENTODEGANCHOSOUSUPORTESPARAMINIMIzARASPERDAS

DEENERGIA.PRESTARATENçãOESPECIALAOISOLAMENTOADEQUADODASVáLVULAS,

COTOVELOS,ETC.

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58 manual de boas práticas 59para a eFiciÊncia enerGÉtica

caldeIraSdevaporIv.II.III

Nasinstalaçõesindustriais,ogeradordevapor–vulgocaldeira–é,geralmente,

um dos principais consumidores. Deste modo, assegurar a sua eficiência

energéticadeveserumaprioridadedosresponsáveisdaempresa.

Deste modo, deverá ser implementado um procedimento de avaliação

periódicadaeficiênciaenergéticadestetipodeconsumidor.Amaneiramais

simplesparacalcularaeficiênciadocombustível-vaporéométododirectode

cálculo,usandoageraçãodevaporeosdadosdeconsumodecombustível.

métododirectoparaocálculodaeficiênciadacaldeira•

medirofluxodevapor(emkg)duranteumdeterminadoperíodo(poro

exemplo,umahora).Usarasleiturasdointegradordevapor,caso

estejamdisponíveis;

medirofluxodecombustívelduranteomesmoperíodo,utilizandooo

gásouointegradordepetróleo;

converterovaporeofluxodecombustívelparaamesmaunidadedeo

energia(porexemplo,MJoukJ);

calcular a eficiência através da seguinte equação: Eficiência =o

[energiadovapor/energiadocombustível]x100.

Asperdasdecalornumgeradordecalorocorremdeváriasformas,sendode

destacarasseguintes:

gasesdecombustão;o

superfíciesdepermutasujas;o

purgasdecondensados;o

perdadecondensados.o

excessodear•

Oardecombustãoéaquantidadeteoricamentenecessáriaparaalcançara

combustãocompletadeumdeterminadocombustível.Éfixadopeloteorde

oxigénionecessárioparaconvertertodoocarbonoehidrogénioemdióxido

de carbono e água. O ar que é fornecido à caldeira, que ultrapasse este

montanteteóricoéchamadodeexcessodear.Naprática,umpoucodear

emexcessoésemprenecessárioparagarantiracombustãocompleta,mas

amaioriadosqueimadoresoperacomumaquantidadedearsuperioràque

narealidadeprecisa,oquejustificaoseucontrolo.

O excesso de ar reduz a eficiência da caldeira, absorvendo o calor que

seria,casocontrário,transferidoparaaáguadacaldeiraetransportadoem

quantidade.Oexcessodearpodesermedidocomumanalisadordegasesde

combustão.Seosgasesdecombustãotiveremaremexcesso,comaajuda

deumtécnicoqualificado,deveráajustar-seoqueimadoreosamortecedores

doar de combustão, no sentidode reduzir osníveisdeexcessoao longo

dagamadefuncionamentodacaldeira.Acaldeiradeveoperarna“zonade

máximaeficiênciadecombustão”.

Simultaneamenteaocontrolodoexcessodeardecombustãonoqueimador,

éimportanteprevenirainfiltração(entrada)dearindesejávelnacavidadede

combustãodacaldeiraounosistemadecombustão,atravésdedescargas

decobertura,portasdeobservação,juntasdefeituosaseoutrasaberturas.

calorperdidonosgases

decombustão

dica

Aquantidadedecalorrejeitadapelos

gases de combustão pode ser cal-

culadaapartirdemediçõesdatem-

peraturadosgasesdecombustãoe

oxigéniooudovolumededióxidode

carbono.

esteéoparâmetromaisimportan-

te de controlo das operações de

caldeira.

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60 manual de boas práticas 61para a eFiciÊncia enerGÉticamétodosderecuperaçãodecalor•

Aperdadecalornosgasesdecombustãopodesersubstancialmentereduzida

atravésdaimplementaçãodepermutadoresdecalorespecífico,apelidados

normalmentedeeconomizadores,queefectuamatransferênciadocalordos

gasesdecombustãoparaaáguadealimentaçãodacaldeira.

Noutros casos, são instalados queimadores de pré-aquecimento do ar

de combustão. Os queimadores contêm camas compactas de ciclos de

armazenamento de calor que rapidamente permitem armazenamentos e

recuperaçãodecaloracurtoprazo.Oardecombustãoépré-aquecidoentre

os85a95porcentodatemperaturadosgasesdecombustão.

limpezadassuperfíciesdepermuta•

Atransferênciadecalorparaaáguadacaldeiraéinibidapelaacumulação

defuligemnasuperfíciedepermutadecalor.Aexistênciadesujidadenestas

superfíciespodeelevaratemperaturadosgasesdecombustãoeaumentara

perdadecalor.Paramanterassuperfíciesdetrocadecalorlimpasdefuligem

deve-segarantirque:

ambasassuperfíciessãoinspeccionadascuidadosamentesempreo

queacaldeiraédesligada;

a água de alimentação da caldeira é tratada para reduzir oso

depósitos.

purgas•

Comcerta periodicidade, deve ser efectuada a purga da águado gerador

devapor. Estapurga temcomoobjectivo impediraacumulaçãodesaise

Umareduçãode20°Cnatempera-

turadogásdecombustãorepresen-

ta1%demelhorianaeficiênciada

caldeira.

consequentes problemas de corrosão. No entanto, deve ser efectuada de

forma cuidada, evitando perdas significativas de energia, uma vez que a

purga per si é já umaperda de energia. Esta periodicidade é definida de

acordocomotipodecaldeira,oregimedefuncionamentoeanaturezada

águautilizada.

Ocalordestaspurgaspodeserrecuperadoatravésdasseguintestécnicas:

usandoumtanquedeflashparaproduzirvapordebaixapressãoo

dadescarga (o vapordeflashpodeserusadoemaplicaçõesde

aquecimento,taiscomoodesarejador);

usando o restante da água num permutador de calor para pré-o

aqueceracomposiçãodaágua.

perdasdecalornoscondensados•

Semprequeforpossível,ocondensadoresultantedovaporquente,deveser

devolvidoàcaldeira.Aperdadevaporcondensadodosistemaaumentao

consumodeágua,dequímicosparaoseutratamentoedeenergiatérmica

necessáriaparaaquecerasuacomposição.

A maneira mais eficiente consiste na utilização de um sistema de vapor

condensado fechado, que permita aos condensados retornar num circuito

fechadosobpressão.Estesistemautilizamenosmaterialparaoprocessode

vaporenãosofrequaisquerperdas.

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62 manual de boas práticas 63para a eFiciÊncia enerGÉticaoportunidadesdegestãodeenergia•

Paraumagestãomaiseficientedascaldeiras,dopontodevistaenergético,

apontam-seasseguintesacções:

utilizaramenorpressãodevapor(ouatemperaturadaáguaquente)o

quesejaaceitávelparaasexigênciasdaprocura;

verificaraeficiênciadacaldeiraregularmente;o

monitorizaroaremexcessodacaldeiracomregularidade;o

manterosqueimadoresajustados;o

substituirourepararqualquerisolamentoemfaltaoudanificado;o

calibrar periodicamente os equipamentosdemedição e ajustar oo

sistemadecontrolodecombustão;

instalarumequipamentodemonitorizaçãododesempenho;o

reduziroexcessodeardacaldeira;o

instalarumeconomizador;o

instalarumcondensadordegasesdecombustão;o

instalarumaquecedordeardecombustão.o

folhadeavaliaçãodossistemasdascaldeiras

excessodear

Medir oxigénio dos gases de combustão com um analisador de gases de

combustão.

Teordeoxigénio:_____%;_____%excessodear

O teor de gás do excesso de ar é inferior a 10 por cento? O teor de óleo do

excesso de ar é inferior a 20 por cento?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.CONSULTARUMTÉCNICODEQUEIMADORESPARADETERMINARSEOQUEIMA-ā

DORPODESERAJUSTADOPARAREDUzIROExCESSODEAR.

O gás de combustão está livre de combustíveis?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.ASSEGURARQUEUMTÉCNICODOQUEIMADORAJUSTAOQUEIMADORDEā

MODOAELIMINAROSCOMBUSTíVEIS.

recuperaçãodecalordosgasesdecombustão

Mediratemperaturadosgasesdecombustãonacaldeiradecargamédia.

Temperatura:_____ºC;carga:_____kg/h

O sistema é equipado com um economizador ou aquecedor de ar?

SIM.QUANDOOSISTEMAPARAR,DEVER-SE-á:ā

Garantirqueaunidadeestáemfuncionamento;o

Calcularocalorrecuperadoecompararcomdesign;o

Verificarseexistemdanosnasaletasounostubos;o

Removerafuligemacumulada.o

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64 manual de boas práticas 65para a eFiciÊncia enerGÉticaNãO.CONTACTAROFORNECEDORPARAAVALIAROPOTENCIALDEINSTALARUMECONO-ā

MIzADOR.

recuperaçãodocalordedescarga

O fornecedor do tratamento químico de água tem conhecimento do teor de sólidos

dissolvidos na água da caldeira e da frequência de descarga?

Purgataxa:_____kg/h

Temperatura:_____ºC

Frequência:acadahora_____

Existe potencial para recuperar calor da água de descarga restante e usá-lo para

outros fins?

SIM.CONSULTARUMENGENHEIRO.ā

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

A taxa de descarga foi modificada?

SIM.AJUSTARATAxADEDESCARGAEAFREQUêNCIA.ā

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

retornodecondensadosparaacaldeira

Calcular a percentagem de condensado que retorna às caldeiras usando

equipamentodevapor.

A percentagem de condensado que retorna para as caldeiras é inferior a 80 por

cento?

SIM.DETERMINARSE:ā

o condensado é limpo (isto é, não vai contaminar a instalação dao

caldeira);

oretornodocondensadoparaacaldeiraseriarentável;o

existemopçõesparaoregressodemaiscondensadoparaacaldeira.o

NãO.VERIFICARPERIODICAMENTEPARAVERSEMELHORAASITUAçãO.ā

SIStemaSdedIStrIbuIçãodevaporeIv.II.Iv

retornodecondenSado

Adistribuiçãodevaporeoretornodoscondensadosdevemasseguraruma

elevadaeficiêncianadistribuiçãodevapor.Defacto,aeficiênciaglobalna

produçãodevapordepende,nãosódaeficiênciadogeradordevapor,mas

tambémdosistemadedistribuição,umavezqueesteinfluencia,deforma

significativa,oregimedeconsumodevapor.

Assim,alémdasquestõesdedimensionamentodas tubagens,os factores

associados ao seu isolamento, à existência do número correcto de filtros

e purgadores, são também importantes para assegurar bons níveis de

eficiência.

• redundânciadatubagem

Ostubosredundantesdevapornãoservemnenhumpropósito,propriamente

dito, contudo, estando àmesma temperatura que o resto do sistema, as

perdasdecalorporunidadedecomprimentodatubulaçãosãoasmesmas.

Assim,preconiza-sequeacanalizaçãoredundantesejaeliminada.Estima-se

que,em instalaçõesmaisantigas, sejapossível reduziro comprimentode

tubulaçãoentre10a15porcento.Acanalizaçãoredundanteédesperdício

deenergia.

descargasdevapor•

Aolongodosistemadedistribuiçãodevaporocorremdescargasdevapor.A

estasdescargasdevaporcorrespondeenergiaperdida,devendo,porisso,ser

evitadas.Nocasodefugas,estasdeverãoserreparadas,devendo-setambém

dica

tubagemsobredimensionada

Aumento do capital necessárioo

ecustosdeisolamento;

Maiores perdas de calor dao

superfície.

tubagemsubdimensionada

Exigênciademaiorpressão;o

Resultaemmaioresperdasporo

fugas;

Necessidade de energia extrao

debombeamento.

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66 manual de boas práticas 67para a eFiciÊncia enerGÉticapromoveraimplementaçãodeequipamentosqueasseguremoaproveitamentodo

vaporsemperdadeste,comoporexemploatravésdepermutadoresdevapor.

perdasdevapornospurgadores•

Ospurgadoresdevaporsãocomponentesessenciaisdossistemasdevapore

condensados.Noentanto,osdefeitossãodifíceisdedetectar,factoqueestáentre

asprincipaiscausasdasperdasdeenergia.Asperdasdeenergianospurgadores

devaporocorremporváriosmotivos:

opurgadorfalhanaposiçãodeaberturaepermiteafugadevapor;o

otipoouotamanhodepurgadorqueestáinstaladonãoéoadequado;o

opurgadorestáinstaladonumlugarerrado;o

ométodoutilizadoparainstalaropurgadornãoéomelhor.o

Assim,deveseradoptadoumprocedimentoqueassegureacorrectamanutenção

destesdispositivos,deformaaasseguraraminimizaçãodasperdasdeenergia

nestesequipamentos.

perdadecaloratravésdetuboseacessóriossemisolamento•

Ostubosdevapordesprotegidosouinadequadamenteisoladossãoumafonte

deconstantedesperdíciodeenergiaporqueirradiamcalorparaoambiente,em

vezdeotransportarparaoequipamentodevapor.Asperdasdecalorreduzem

apressãodovapornoequipamentoterminal.Estasituaçãoaumentaacarga

dacaldeira,poisénecessáriovaporextraparacompensarasperdas.

Assim, todosos tubosde vapor devemser inspeccionados com frequência.

Tubosdevaporsemisolamentodevemserisoladoseoisolamentodeveser

inspeccionadoesubstituídoquandodanificado.O isolamentodefibras (por

exemplo,minerais,fibrasdevidroecelulose)perdeeficáciaquandomolhado

eatubagemexteriorficaparticularmentevulnerávelàhumidade.Portanto,as

inspecçõesàtubulaçãodevemabrangerasbarreirasdevaporeoisolamento

àprovadeágua.

A espessura económica do isolamento das tubagens de vapor (ou seja, o

melhorcompromissoentreocustodoisolamentoeopotencialdepoupança

deenergia)ébaseadanotamanhodotuboenatemperaturaambiente.

Contudo, as perdas de energia não se restringem somente ao sistema de

tubulação. Os equipamentos de processo e aquecimento terminal também

podemrepresentarumafonteimportantedeperdasdeenergia.

oportunidadesdegestãodeenergia•

Para uma gestão energéticamais eficiente dos sistemas de distribuição de

vaporeretornodocondensado,deve-se:

implementarumprocedimentoparaamanutençãodepurgadoresdeo

vapor;

Um tubo de vapor que não esteja

isolado em 10 cm vai desperdiçar

duasvezesmaisdinheironoscustos

emvaporporanodoquese tivesse

sidoisoladocomumafibramineralde

alumínio.

Umpurgadorquedeixeescapar100-

psig vapor através de um orifício de

apenas 0,16 cm de diâmetro, irá

perder cerca de 48 toneladas de

vaporporano.Istoé,cercade3,4t/

ano(ou830galõesimperiais)deóleo

combustível.Quantocustaria?

Dez pares de NPS 6 causarão uma

perdadecaloranualdeUS$1.000.

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68 manual de boas práticas 69para a eFiciÊncia enerGÉticaverificarecorrigirdescargasdevaporecondensado;o

verificarasconfiguraçõesdecontrolo;o

repararoisolamentodanificado;o

desligaroequipamentoquandoestenãofornecessário;o

desligar os sistemas de vapor e condensados quando nãoo

necessários;

melhorararecuperaçãodocondensado;o

fazerumarevisãogeraldasestaçõesdereduçãodepressão;o

isolartubosnãoisolados,acessórioseequipamentos;o

removeratubulaçãoredundantedevaporcondensado;o

reduzirapressãodovapor,semprequepossível;o

mudar a tubagem ou deslocar o equipamento para reduzir oo

comprimentodatubulação;

adicionarequipamentosdemediçãoemonitorização;o

fazerumupgradeaoisolamento;o

eliminarousodevapor,semprequepossível;o

Instituirumprogramadesubstituiçãodospurgadoresdevapor;o

optimizarostamanhosdostubos;o

recuperarocalordocondensado;o

medirosfluxosdevaporecondensados.o

folhadeavaliaçãodesistemasdevaporecondensado

tubagemredundante

Examinarosdesenhosactualizadosdosistemadedistribuição,casoexistam,

oucaminharapéatravésdainstalaçãoeprocuraroportunidadesdeagilizara

rededevaporedecondensado.

Existe alguma tubagem redundante que não esteja a ser utilizada?

SIM.EMPRIMEIROLUGAR,GARANTIRQUEATUBULAçãOPODESERISOLADADOā

RESTODOSISTEMA.ENTãO,PENSAREMRETIRARASPEçASQUENãOSãONECESSá-

RIAS.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

fugasdevapor

Caminhar através da instalação acompanhado de um equipamento de

detecção apropriado (por exemplo, detector de ultra-som, pirómetro,

estetoscópio)eprocurardescargasdevapor.

Existe alguma fuga?

SIM.PROVIDENCIARAREPARAçãODETODOSASFUGAS.ā

NãO.VERIFICARMENSALMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

É possível indicar alguma fuga que esteja a ocorrer entre as válvulas ou entre

os purgadores?

SIM.PROVIDENCIARAREPARAçãODETODOSASFUGAS.ā

NãO.VERIFICARSEOFUNCIONAMENTOESTáADECORRERNORMALMENTE,CHA-ā

MANDOOTÉCNICOESPECIALISTADOFORNECEDOR.VERIFICAROSISTEMACOMUMDE-

TECTORDEFUGASDEULTRA-SOM.VERIFICARMENSALMENTEPARAMANTEROPADRãO.

Page 36: 2 manual de boas práticas para a eFiciÊncia enerGÉtica Boas Praticas Eficiencia... · Manual de Boas Práticas para a Eficiência Energética coordenação e edição AIMinho –

70 manual de boas práticas 71para a eFiciÊncia enerGÉticaIsolamento

Caminhar através da instalação para verificar as condições de isolamento

existentes.

Os tubos de vapor estão isolados?

SIM.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

NãO.INSTALAR,NAPRIMEIRAOPORTUNIDADE,UMAESPESSURAECONóMICADEā

ISOLAMENTO.

O isolamento está seco?

SIM.VERIFICARMENSALMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.LOCALIzARAFONTEDEHUMIDADEECORRIGIROPROBLEMA.SE,PORExEM-ā

PLO,OTUBOESTáCOMDESCARGA,REPARá-LO.SUBSTITUIROISOLAMENTO.

O isolamento encontra-se intacto?

SIM.VERIFICARMENSALMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.SUBSTITUIROISOLAMENTODANIFICADO.ā

Existe algum material de isolamento mais eficaz?

SIM.AVALIAROSASPECTOSECONóMICOSDASUBSTITUIçãODOISOLAMENTOPRE-ā

SENTEPARAOUTRO.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

A espessura do isolamento é suficiente? (deve ser fria ao toque.)

SIM.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

NãO.CONSIDERARAADIçãODEMAISISOLAMENTO.ā

arcomprImIdoIv.II.v

Oscompressoresdearparaageraçãodearcomprimidosãoamplamente

utilizadosemambientesindustriais,umavezque,oarcomprimidofunciona

comoenergiamotrizparaosequipamentoseferramentas,ecomofontede

arparaatransmissãodesinaisesistemasdeválvulaseoutrosdispositivos.

Talcomoovapor,aáguaeaelectricidade,oarcomprimidoéumutilitárioda

instalaçãoqueéfacilmentedesperdiçado,casocertasprecauçõesbásicas,

comoasdescritasemseguida,nãoforemtomadas:

usaromínimodearcomprimidopossível;o

usaroarcomprimidoàmenorpressãofuncional;o

mantercompressoresnaeficiênciamáxima.o

Outroaspectoimportanteateremcontaéassegurarqueotipodecompressor

dearsejaadequadoaoregimedeconsumodainstalação.

Emgeral,aperdadearcomprimidonosistemadedistribuiçãorepresentaum

consumodeenergiaexcessivosignificativo.

consumodearcomprimido•

Reduzindo-seoconsumodearcomprimido,éreduzidaaquantidadedeenergia

necessáriaparaofuncionamentodocompressor.Istoéconseguidoatravés

demedidasdemanutenção,comoreparaçõesrápidasdefugasnosistema

dedistribuição,eassegurando-sequeoscompressoreseequipamentosde

arcomprimidosãodesligadosquandonãoestãoaserutilizados.

pressãonosistemadearcomprimido•

Page 37: 2 manual de boas práticas para a eFiciÊncia enerGÉtica Boas Praticas Eficiencia... · Manual de Boas Práticas para a Eficiência Energética coordenação e edição AIMinho –

72 manual de boas práticas 73para a eFiciÊncia enerGÉticaDesde que a potência requerida pelo compressor seja directamente

proporcional à pressão de funcionamento, operar com a menor pressão

necessáriaparasatisfazerosrequisitosdosistema,podereduziroscustos

deenergia.

oportunidadesdegestãodeenergia•

Os seguintes itens operacionais e de manutenção devem ser revistos

regularmente para garantir que os compressores estão a operar com a

eficiênciamáxima:

inspeccionar e limpar filtros de entrada de ar do compressoro

regularmenteparamanteramenorresistência(quedadepressão)

possívelereduzirousodocompressordeenergia;

garantirqueocompressorfuncionacomoardeadmissãolimpo;o

verificar o funcionamento do sistema de refrigeração de aro

comprimido, mantendo limpas as superfícies de transferência de

calordeareágua;

monitorizar o coeficiente de desempenho (COP) da instalação doo

compressorregularmenteecorrigirosdesviosdanormalidade;

manter os ajustes mecânicos, assegurando que as correias deo

transmissão são mantidas na tensão correcta, que as roldanas

e acoplamentos estão alinhados (vibrações correctas) e que os

componentessãodevidamentemantidoselubrificados;

modificarouredefinirasentradasdearparalocaismaisfrescos;o

rever e actualizar os controlos do compressor (especialmente oso

sistemasdedescarga)parasituaçõesemquesuaproduçãototal

dica

Implementar um programa de

inspecçõesregularesedemanutenção

preventivaparaminimizar falhasdos

componentesdocompressor.

nãoénecessária;

emgrandesinstalaçõescomenormesnecessidadesdearcomprimidoo

egrandesinstalaçõesdecompressores,considerarooutsourcingda

produçãodearcomprimido,comoalgumasgrandesempresastêm

feitodeformarentável,compoupançadeenergia.

Page 38: 2 manual de boas práticas para a eFiciÊncia enerGÉtica Boas Praticas Eficiencia... · Manual de Boas Práticas para a Eficiência Energética coordenação e edição AIMinho –

74 manual de boas práticas 75para a eFiciÊncia enerGÉticafolhadeavaliaçãodoscompressores

Existe algum sinal sonoro de fugas de ar comprimido?

SIM.REPARARLOGOQUEPOSSíVEL.ā

NãO.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

O equipamento que não é utilizado está desligado?

SIM.VERIFICARREGULARMENTE.ā

NãO.DESLIGAROSEQUIPAMENTOSDESNECESSáRIOS.ā

Existe algum compressor a trabalhar, ainda que não seja necessário?

SIM.DESLIGAROSCOMPRESSORESDEARDESNECESSáRIOSā

NãO.VERIFICARREGULARMENTE.ā

A pressão do sistema é superior à necessária?

SIM.VERIFICARAPRESSãODEARMáxIMAExIGIDAPELAINSTALAçãOEREDUzIRAPRES-ā

SãODOSISTEMA,SEPOSSíVEL.

NãO.VERIFICARREGULARMENTE.ā

eficiênciadoscompressores

O ar de entrada é o mais fresco possível?

SIM.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

NãO.CONSIDERARCONDUTASDEARFRESCOPARAFORADAENTRADADOCOMPRESSOR.ā

As correias de transmissão estão em boas condições e correctamente alinhadas

com a tensão correcta?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.SUBSTITUIRASCORREIASDESGASTADAS.ā

As superfícies de transferência de calor do sistema de transferência de

refrigeração são limpas?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.LIMPARASSUPERFíCIESDETRANSFERêNCIAOMAISRAPIDAMENTEPOSSíVEL.ā

ADICIONARALIMPEzANOESQUEMADEMANUTENçãOEMVIGOR.

Os filtros de entrada de ar são limpos?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.LIMPAROUSUBSTITUIROSFILTROSDEARDEADMISSãO.ā

Será que alguns equipamentos necessitam apenas de baixa pressão de ar, ou

seja, 10 psig ou menos?

SIM.CONSIDERARSUBSTITUIROCOMPRESSORPORUMAVENTOINHADEPRESSãO.ā

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

O consumo de ar comprimido varia muito ao longo do dia?

SIM.CONSIDERARAINSTALAçãODECONTROLOSDEVELOCIDADEVARIáVELNAā

UNIDADEDOCOMPRESSOR.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

Existem variações de curto prazo na demanda?

SIM.INSTALARUMRESERVATóRIODEARPARAAJUDAROCOMPRESSORAOPERARā

COMEFICIêNCIAMáxIMASOBCARGASFLUTUANTES.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

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76 manual de boas práticas 77para a eFiciÊncia enerGÉtica

motoreSeléctrIcoSIv.II.vI

Osventiladoressãousadosparamovimentaroareasbombas.Asbombas

desempenham uma função idêntica quando efectuam o transporte de

líquidosaolongodeumatubagem,vencendoarespectivaperdadecarga.Os

ventiladoreseasbombasutilizamumelementocomum-omotoreléctrico.

Aeficiênciaenergéticadeumsistema–sejadeventiladores,bombasoude

compressores– sópodeseralcançadaquandooaccionamentodomotor

edacargaéconsideradocomoumaunidadeeosseuscomponentessão

optimizados.

Uma parte significativa do potencial de energia de um motor pode ser

alcançada através de melhorias na instalação, incluindo a correcta

selecçãoedimensionamentodomotor,eliminando/minimizandoascargas

desnecessáriaseminimizandoostemposdemarchalenta.

Nestecontexto,deveráseranalisadaasubstituiçãodemotoreseléctricosmais

velhos, por outros de alta eficiência. Esta substituição apresenta períodos

derecuperaçãodoinvestimentomaisatractivosquantomaiorforovalorde

potênciaemcausa.

Osmotoreseléctricosdeelevadaeficiênciaoferecemmuitasvantagens,entre

asquaissedestacam:

gerammenoscalor;o

têmumtempodevidaútilmaior;o

sãomuitofiáveis;o

apresentammenoresnecessidadesdemanutenção (porexemplo,o

rolamentosdesubstituição).

Emboraaeficiênciadeenergiadeum

motor eléctrico possa estar na faixa

de 80 a 90 por cento, no caso dos

motores de alta eficiência eléctrica,

essaeficiênciapodechegara97por

cento.

Quando se tem em conta o tempo

de vida útil dos equipamentos, a

manutenção reduzida e o pouco

tempo de inactividade, tornam o

retorno do investimento no variador

muitomaior.

Os variadores de velocidade variável (VSDs) são dispositivos electrónicos

que trabalham como inversores de frequência, podendo regular, com grande

flexibilidade,avelocidadedeummotorparadiminuiroconsumodeenergia.

ventiladores

Osventiladorescentrífugossãomaisutilizadosparaotratamentodearindustrial

eparaaplicaçõesdeclimatização.Oseuconsumodeenergiaéinfluenciadopor

diversasvariáveis,algumasdelasrelacionadascomaoperaçãoemanutenção.

Aenergiaconsumidapelomotorcorrespondeaototaldaenergiarequeridapelo

ventilador para movimentar o ar mais a energia perdida entre ventilador e o

motor.Destemodo,paraassegurarumaboaeficiênciaenergéticaénecessário

assegurarocorrectofuncionamentodosdois.

oportunidadesdegestãodeenergia•

Comooportunidadesdegestãodeenergiaaestenível,apontam-se:

implementarumprogramadeinspecçãoemanutençãopreventivaparao

minimizarfalhasdoscomponentes;

verificareajustarascorreiascomregularidade;o

limparelubrificaroscomponentesdoventilador;o

limparousubstituirosfiltrosdearregularmente;o

desligarosventiladores,quandojánãosãonecessários;o

optimizarou reduziravelocidadedaventoinha,adequando-aaofluxoo

dearideal,comosamortecedoresnaposiçãodeaberturamáximapara

umadistribuiçãodearequilibrada;

Com variadores de velocidade é

possívelobterpoupançasdeenergia

de40a60porcento.

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78 manual de boas práticas 79para a eFiciÊncia enerGÉticaadicionar um motor de velocidade variável para aumentar ao

flexibilidade do desempenho do ventilador de acordo com as

necessidades;

substituir as unidades desactualizadas por equipamentos maiso

eficientes,adequadamentedimensionados;

substituir os motores sobredimensionados por motores de altao

eficiência,adequadamentedimensionados;

sempre que um sistema central seja obrigado a satisfazer aso

exigênciasdosub-sistemamaisexigente, considera-se importante

descentralizarosistemaemsub-sistemaslocais,cadaqualservindo

osseusprópriosrequisitos;

controlarosistemadeventilaçãolocalcomsensoresdeultra-som.o

bombas

As bombas podem ser de dois tipos, dependendo do seu princípio de

funcionamento:

bombascentrífugasoudinâmicas,quemovemlíquidospelaadiçãoo

deenergiacinéticaaolíquido;

volumétricas,queproporcionamumfluxovolumétricocontrastanteo

paraumadeterminadavelocidadedabombaretendoolíquidonas

cavidadesdabombaedeslocando-oparaasaídadamesma.

As bombas devem ser cuidadosamente dimensionadas para atender às

exigências de fluxo. Se uma revisão mostra que uma bomba é capaz de

produzirmaisfluxodoqueoprocessorequer,deverãoserconsideradasas

seguintesmedidas:

emaplicaçõesondeofluxoéconstante,reduzirotamanhodorotoro

dabombacentrífuga,sepossível.Istogeralmentepermiteusarum

motormenor;

instalar um variador de velocidade nas bombas, quando a cargao

varia;

optimizar os impulsores da bomba (change-out) para asseguraro

queospontosdefuncionamentoestãonazonaóptimadacurvada

mesma;

fazeramanutençãodasbombasatravésdeacçõesde inspecçãoo

e manutenção regulares para monitorizar o desempenho e uma

possívelindicaçãodefracasso.

oportunidadesdegestãodeenergia•

Paraumamelhorgestãoenergéticadasbombas,aconselha-se:

implementarumprogramadeinspecçãoperiódicaedemanutençãoo

preventivaparaminimizarafalhasdoscomponentesdabomba;

verificareajustarocontroladordemotorpararegularatensãodao

correiaeoalinhamentodoacoplamento;

limparosimpulsoresdabombaerepararousubstituirsedeterioradoso

oupicados;

instalar um variador de velocidade para melhor adequar oo

funcionamentodomotoràsvariaçõesdoconsumo;

considerarainstalaçãodeumsistemainformatizadodecontrolodao

gestãodeenergia.

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80 manual de boas práticas 81para a eFiciÊncia enerGÉticafolhadeavaliaçãodeventiladoresebombas

operaçãoemanutenção

Inspeccionarapropulsãomecânicadetodososventiladoresebombas.

As correias de transmissão estão em bom estado e ajustadas para a tensão

correcta?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.SUBSTITUIRCORREIASDESGASTADAS,USANDOCONJUNTOSCOMBINADOSDEā

VáRIASUNIDADESDECINTODESEGURANçA,EAJUSTARATENSãOCORRECTAMENTE.

Os ventiladores ou bombas produzem vibrações ou ruídos excessivos?

SIM.LOCALIzARECORRIGIROPROBLEMAOMAISRAPIDAMENTEPOSSíVEL.ā

NãO.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTERANORMALIDADE.ā

Os filtros de ar são limpos?

SIM.VERIFICARREGULARMENTEPARAMANTEROPADRãO.ā

NãO.LIMPAROUSUBSTITUIRFILTROSENTUPIDOS,OMAISRAPIDAMENTEPOSSíVEL.ā

Há alguma falha de projecto, como restrições ao fluxo?

SIM.CONSIDERARCHAMARUMCONSULTORPARAAVALIAROSISTEMA.ā

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

Os fluxos variam?

SIM.SEASTAxASDEFLUxOVARIAMCONSTANTEMENTE,CONSIDERAROUSODEVARIA-ā

DORESDEVELOCIDADEOUDEDOISMOTORESDEVELOCIDADE.

NãO.SEASTAxASDEFLUxOSãOSISTEMATICAMENTEINFERIORESàCAPACIDADENOMI-ā

NALDOEQUIPAMENTO,CONSIDERAROUSODEEQUIPAMENTOSDEMENORCAPACIDADE.

SIStemadeIlumInaçãoIv.II.vII

Astecnologiasdeiluminaçãotêmsidoalvodegrandeevoluçãonostempos

recentes,assegurandoelevadosníveisdeeficiêncialuminosaeenergética.

Noentanto,devidoaosperíodosderetornomenosatractivos,umaboagestão

dossistemasexistentesnumadadainstalaçãoéfundamental.

Oprimeiropassonareduçãodoscustosdeelectricidaderelacionadoscom

ailuminaçãoéassegurarqueasoluçãoinstaladaéapropriadaparaolocal,

tendoemconsideraçãoastarefasarealizare,destemodo,asnecessidades

deiluminação.

Arealizaçãodeumaauditoriaespecíficaaosistemadeiluminaçãoéamelhor

formadeassegurarqueestãoreunidasascondiçõesparaaminimizaçãodos

consumosdeenergianesteconsumidor.Estetipodeestudo,alémdeincidir

sobre a qualidade da iluminação e a sua adaptação às necessidades do

local,permiteidentificarsituaçõesdemáutilização,taiscomo:

lâmpadas acesas em áreas desocupadas: mesmo as lâmpadaso

maiseficientesdesperdiçamenergiaquandosãodeixadasacesas

desnecessariamente. Neste caso, deverá ser equacionada a

possibilidadedeimplementaçãodeumsistemadetemporizadores

ououtrosdispositivoscomobjectivoidêntico.

lâmpadas,lentesesuperfíciesreflectorassujas:póedepósitosdeo

gorduranailuminaçãopodemreduziraluzqueatingeazonaalvo

emcercade30porcento.Assim,aslâmpadas,lentesesuperfícies

reflectoras devem ser limpas, pelomenos, uma vez a cada dois

anos e, mais frequentemente, quando são instaladas em locais

gordurosos, empoeirados ou com fumo e ainda quando fazem

partedeumsistemadeaquecimento,ventilaçãoearcondicionado

(AVAC);

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82 manual de boas práticas 83para a eFiciÊncia enerGÉticazonassobreiluminadas:nasáreascommaisiluminaçãodoqueaso

actividades requerem, deve-se remover algumas luzes ou instalar

sistemasdeescurecimento.Quandoasáreassãoiluminadascom

lumináriasfluorescentesedealta intensidadededescarga,deve-

segarantirqueosbalastrossãodesligados,poisestesconsomem

energia mesmo quando a lâmpada é removida. Os sistemas de

dimerizaçãosãoúteisparaasáreasondeváriostiposdeactividades

têmlugar.Porexemplo,áreasdeproduçãopodemsercompletamente

iluminadasduranteosperíodosdeproduçãoediminuirquandoa

limpezaeopessoaldasegurançaestãonolocal;

equipamentos de iluminação obsoletos: actualizando o sistemao

de iluminação com equipamentos energeticamente eficientes,

geralmente,tem-seumareduçãoefectivadoscustos.Amodernização

deveserconsideradaparamelhoraraeficiênciaenergéticaglobal

dainstalação,bemcomoparatrazerosistemadeiluminaçãoem

conformidadecomosregulamentosdeEficiênciaEnergética.

dica

Desligar:

Aslâmpadasincandescentesquan-o

donãosãonecessárias;

Lâmpadas fluorescentes quandoo

vão permanecer desligadas mais

doque15minutos;

Lâmpadasdealtadescargaquandoo

vão permanecer desligadas mais

doqueumahora.

folhadeavaliaçãodossistemasdeiluminação

operação

Caminharatravésdainstalação,verificandoseasluzesestãoapagadasem

áreasdesocupadas.

As luzes encontram-se apagadas em áreas desocupadas?

SIM.VERIFICARPERIODICAMENTE.ā

NãO.SENSIBILIzAROSCOLABORADORESPARADESLIGARLUzESQUANDOSAEM.ā

PERGUNTARAOSCOLABORADORESDASEGURANçAOUDALIMPEzAPARAGARANTIR

QUEASLUzESSãODESLIGADAS.CONSIDERARAINSTALAçãODETEMPORIzADORESOU

SENSORESDEOCUPAçãOPARAQUEASLUzESSEAPAGUEMAUTOMATICAMENTE.

Considerar a instalação de um sistema de gestão da iluminação para a

instalação. Considerar a instalação de um detector demovimento para o

pátioexterioreumailuminaçãodoperímetrodoedifício.

As luminárias estão limpas?

SIM.VERIFICARPERIODICAMENTE.ā

NãO.LAVARASLâMPADAS,LENTESESUPERFíCIESREFLECTORASPARAREMOVERAā

SUJIDADEACUMULADA.

Os níveis de luz estão adequados ao trabalho realizado em cada área?

SIM.VERIFICARPERIODICAMENTE.ā

NãO.SEOSNíVEISDELUzSãOMUITOALTOS,CONSIDERARAREMOçãOOUACO-ā

LOCAçãODENOVASLâMPADASCOMALTAEFICIêNCIAOUDEBAIxAVOLTAGEM.

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84 manual de boas práticas 85para a eFiciÊncia enerGÉticaaplicaçãodetiposdeiluminação

As áreas são iluminadas com lâmpadas incandescentes?

SIM.CONSIDERARASUBSTITUIçãOPORLâMPADASCOMMELHORCONSUMODEā

ENERGIAE/OUMAISEFICIENTES.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

Os espaços interiores maiores são iluminados com lâmpadas fluorescentes

ineficientes?

SIM.CONSIDERARASUBSTITUIçãOPORLâMPADASFLUORESCENTESMAISEFICIEN-ā

TES.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

Existem grandes áreas iluminadas com lâmpadas de vapor de mercúrio?

SIM.SEAQUALIDADEDARETRIBUIçãODECORDASLâMPADASDEVAPORDEā

MERCúRIONãOSãONECESSáRIAS,CONSIDERARINSTALARHALOGÉNEASDEMETAL

COMPATíVELOULâMPADASDESóDIODEALTAPRESSãO,QUESãOMAISEFICIENTESEM

TERMOSENERGÉTICOS.

NãO.NENHUMAACçãOÉNECESSáRIA.ā

Va aplIcaÇÃO DaS eNeRgIaS ReNOváveIS

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86 87

aaplIcaçãodaSenergIaSrenováveISv.

No que respeita à aplicação das energias renováveis, durante as visitas

realizadas,foipossívelconstatarquenosubsectordasIndústriasAlimentares,

BebidaseTabacoéjáumapráticacomum.Senumdoscasos–utilização

dabiomassa–correspondeàcontinuaçãodeumadeterminadamaneirade

“comofazer”,noutro–painéissolares–asuautilizaçãoobedeceuacritérios

deviabilidadeeconómica.

Defactoenoquerespeitaàsprincipaistecnologiasdeenergiasrenováveis,

oseudesenvolvimentotecnológicoactualpermiteumaintegraçãomaisfácil,

doqueseobservavaháunsanosatrás.Destemodo,asuaimplementação

obedeceráacritérioseconómicoseambientais.

No momento actual, entre as várias tecnologias de energias renováveis,

merecem destaque os painéis térmicos solares no aquecimento, quer de

águasdeprocesso,querdearquente,geradordevaporeáguaquentede

biomassae,ainda,asbombasdecalorgeotérmicas,umavezquesãoas

tecnologiasqueasseguramummelhorequilíbriotécnico-económico.

Noentanto,amicro-produçãodeenergiaeléctrica,nãosóatravésdospainéis

fotovoltaicos,mastambémpelacrescenteofertadesoluçõesdemicro-eólica,

representaumatecnologiacomelevadopotencialdeintegração,apesarde

custosmaissignificativos.

Adiminuiçãodoseucustodeaquisiçãoeomaiorincentivoàsuautilização

porpartedoestado,poderãocontribuirparaumamaior facilidadenasua

integraçãonumcontextoindustrial.

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88 89

VIcONclUSõeS

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90 manual de boas práticas 91para a eFiciÊncia enerGÉtica

concluSõeSvI.

Comosereferiu,pretendia-sequeestedocumentoassumisseocarácterdeum

ManualdeBoasPráticasparaaEficiênciaEnergética,emborafundamentado

em visitas técnicas efectuadas a empresas de determinados sectores ou

subsectores de actividade económica das regiõesNorte e Centro do País,

seleccionadosem funçãodasua importânciaparaos tecidoseconómicos

destasduasregiõesedosconsumosdeenergiadecadaum.

Assim, a primeira parte do trabalho correspondeu à caracterização da

actividadeeconómicadasregiõesalvodestetrabalho(NorteeCentro),com

oobjectivodeidentificarossubsectorescommaiorimpacto,combaseem

critériospreviamentedefinidos.

Emseguida,foiefectuadaumaavaliaçãodosconsumosdeenergiaaolongo

doperíodode2000a2007,comvistaàidentificaçãodossubsectorescom

maiorquota,emtermospercentuais,noconsumodeenergia.Combasenesta

metodologia,ossectoresseleccionadosforam:

Indústrias Metalúrgicas de Base e de Produtoso

Metálicos;

IndústriasAlimentares,Bebidasetabaco;o

Fabricação de Outros Produtos Minerais nãoo

Metálicos;

IndústriasdoCouroedosProdutosdeCouro.o

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92 manual de boas práticas 93para a eFiciÊncia enerGÉticaArealizaçãodasvisitastécnicaspermitiucaracterizaraspráticasdegestão

deenergianasempresasvisitadas.

Neste contexto, considerou-se de interesse salientar que as empresas

pertencentesaosubsectordaFabricaçãodeOutrosProdutosMineraisnão

Metálicose,portanto,abrangidaspeloRegulamentodeGestãodosConsumos

IntensivosdeEnergia,evidenciarampráticasdegestãodeenergiaadequadas,

designadamenteaoníveldamonitorizaçãodosconsumosedaavaliaçãodos

principaisconsumidores,bemcomodadefiniçãoderesponsabilidades.

Jánocasodasempresasdosrestantessubsectoresanalisadas,constatou-

sequenãoédoseuconhecimentoaexistênciadoreferidoregulamentopelo

que, apesar das preocupações com os custos energéticos, não possuem

sistemasdemonitorizaçãoede responsabilidadesdefinidos.Destemodo,

as questões associadas à gestão de energia têm por base históricos de

consumoseanálisescasuísticas.

Éaindadesalientarquenãofoipossívelassociarnenhumadaspráticasmenos

adequadasverificadasaumsectordeactividadeespecífico,dependendoestas

maisdo tipodeconsumidorouequipamentoemquestão.Nestecontexto,

nestedocumentooptou-seporefectuarumabrevecaracterizaçãodosfactores

mais relevantes para a eficiência dos principais tipos de consumidores

encontradosnasempresasvisitadas.Foramtambémelaboradasvárias“Folhas

deVerificação”dasacçõesadesenvolver,comdeterminadaperiodicidade,

tendoemvistaassegurarascondiçõesadequadasdefuncionamentodesses

equipamentose,assim,obomdesempenhoenergético.

VIIaNexO

gUIa TécNIcO De ORIeNTaÇÃO DaS vISITaS

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94

1

Data___/___/___

1. Identificação e caracterização da actividade da empresa

Nome

Localização

Telefone –

Fax -

e-mail

Actividade

CAE (Rev.3)

Pessoa de

contacto

Telefone -

Fax-

Função e-mail -

Nº de

empregados

Regime de

laboração

Produtos

principais

Mercados

Outras observações:

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2

2. Dados Globais

2.1. Enquadramento legal

a) A empresa é abrangida pelo SGCIE?

Sim

Não

Regime voluntário

Não sabe

a1) Em caso afirmativo, qual o nível de consumo?

500 (tep/ano) e <1000 (tep/ano)

1000 (tep/ano)

Outro ______________________________

b)Indicadores do Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREn)

Indicador Valor Melhoria (%)

Intensidade

energética

Consumo total de

energia*/valor

acrescentado bruto

Consumo total de

energia*/volume de

produção **

Intensidade

Carbónica

Valor das emissões de

gases de efeito de

estufa/consumo total

de energia

*Considerando apenas 50% da energia resultante de resíduos endógenos e de outros combustíveis renováveis. **Sempre que aplicável.

3

c) A pessoa que esta a responder ao questionário, é o profissional certificado pela

ADENE e responsável pelas instalações?

Sim

Não

No caso de não ser, indique o motivo:______________________________________

2.2. Formas de energia

Designação Uso

2.3. Produção

Nome/tipo Quantidade/base temporal

2.4. Matérias-primas

Nome/tipo Quantidade/base temporal

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4

3. Características do processo

3.1. Esquema genérico do processo produtivo

3.2. Descrição das secções existentes nas instalações

Designação Descrição Equipamentos

5

3.3. Principais equipamentos produtivos

Designação Nº:

Função

Marca/Modelo

Fabricante

Regime de

funcionamento

Energia

Tipo

Valor

Avaliação do consumo

Efectuado

Não efectuado

Método:

Responsável:

Manutenção Equipa interna

Equipa externa

Observações

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6

3.4. Outros equipamentos produtivos

Designação Nº:

Função

Marca/Modelo

Fabricante

Regime de

funcionamento

Energia

Energias

Consumidas

Consumo

Avaliação do consumo

Efectuado

Não efectuado

Método:

Responsável:

Manutenção Equipa interna

Equipa externa

Observações

7

4. Utilidades

4.1. Caldeira

4.1.1. Características gerais

Tipo

Fabricante

Timbre

Pressão de funcionamento

Categoria

Superfície de aquecimento

Capacidade

Vaporização normal

Vaporização máxima

Outro

Funcionamento:

4.1.2. Funcionamento e usos

a) Existe isolamento ao nível do sistema de vapor e/ou água quente? Sim Tubos

Válvulas

Curvas

Outros

Não

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8

4.1.3. Estrutura

b) A caldeira possui sistema de controlo automatizado?

Sim

Não

c) Existe sistema de recuperação de condensados ou capacidade de existir?

Sim

Não

d) Quais dos elementos do sistema de geração de vapor que se encontram isolados?

Caldeiras

Tubagens

Válvulas

Outras

4.1.4. Manutenção

e) São realizadas inspecções periódicas de manutenção á caldeira de acordo com as

instruções do fabricante?

Sim

Não

f) Com que frequência é feita a manutenção da caldeira?

Uma vez por semana

Uma vez por mês

Nunca

Outra

9

4.2. Chillers

4.2.1. Funcionamento e uso

a) Tipo de chiller

Tipo Número

Compressão

Absorção

Outro

b) Algum dos chillers possui mais de dez anos?

Sim

Não

c) O compressor associado ao chiller está a operar com pressões de sucção baixas de

modo a manter a temperatura e a gama de pressão desejadas?

Sim

Não

d) O chiller possui um sistema de bypass que permite que este seja desligado quando

as temperaturas exteriores podem ser usadas?

Sim

Não

e) Existe sistema de recuperação de calor?

Sim Qual?____________________________________________________

Não

f) O sistema de evaporação e condensação possui duas velocidades?

Sim

Não

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10

4.2.2. Estrutura

g) As tubagens referentes ao chiller são extensas demais?

Sim

Não

h) Quais dos seguintes componentes são isolados?

Tubos

Válvulas

Zona de refrigeração

Outra

4.2.3 Manutenção

i) Os componentes são revistos regularmente segundo as normas emitidas pelo

fabricante?

Sim

Não

j) Com que frequência é feita a manutenção do chiller?

Uma vez por semana

Uma vez por mês

Nunca

Outra

11

4.3. Ar comprimido

4.3.1. Funcionamento e uso

a) Tipo de compressores

Compressor alternado (pistão)

Parafuso duplo

Centrifugo

Outro

b) As pressões do ar estão ajustadas para um valor mínimo indispensável de

laboração?

Sim

Não

c) Quais das operações seguintes estão ligadas ao sistema de ar comprimido?

Secadores

Filtros

Aquecedores

Separadores de óleo

Outro

d) Os compressores operam a capacidade zero por longos períodos de tempo?

Sim Quando?

Não

e) A temperatura de entrada do ar é controlada de alguma maneira?

Sim

Não

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12

4.3.2. Estrutura

f) São utilizados compressores sequenciais ou multi faseados?

Sim

Não

4.3.3. Manutenção

g) São realizadas inspecções regulares ao sistema para detectar falhas e perdas de

pressão?

Sim

Não

h) Os componentes são revistos regularmente segundo as normas emitidas pelo

fabricante?

Sim

Não

13

4.4. Iluminação

4.4.1. Características gerais

Equipamento utilizado

Estado do tempo

Horas

Coordenadas do edifício

4.4.2. Controlo dos níveis de iluminação

Tipo de controlo Secção Compartimento

Temporizadores horários

Interruptores

Programadores horários

Sensores de iluminação

Sensores de ocupação

Reguladores de

luminosidade

Um interruptor para várias

lâmpadas?

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14

4.4.3. Características do espaço

Secção Compartimento Comprimento Largura Cor do tecto Cor das

paredes Cor do soalho

14

4.4.3. Características do espaço

Secção Compartimento Comprimento Largura Cor do tecto Cor das

paredes Cor do soalho

15

4.4.4. Características do sistema de iluminação

Secção Compartimento Tipo de

lâmpada

Nº de

lâmpadasPotência

Tipo de

luminária

Nº de

luminárias

Tipo de

balastro

15

4.4.4. Características do sistema de iluminação

Secção Compartimento Tipo de

lâmpada

Nº de

lâmpadasPotência

Tipo de

luminária

Nº de

luminárias

Tipo de

balastro

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16

4.4.5. Frequência de limpeza dos meios de iluminação

Diáriamente

Semanalmente

Mensalmente

Nunca

Outro

4.4.6. Outros aspectos

a) Existem avisos para lembrar os colaboradores para apagar as luzes quando não são

necessárias?

Sim

Não

b) Existem sinalização a indicar em cada interruptor para que sistema se destina?

Sim

Não

c) Existiu algures alguma troca de lâmpadas fluorescentes velhas por componentes

novos mais eficientes?

Sim

Não

17

4.5. Sistema de ar condicionado:

4.5.1. Funcionamento e uso

a) Tipo de ar condicionado

Ciclo inverso

Unidade de refrigeração das paredes

Sistema de refrigeração central

Chiller

Sistema de evaporação

Nenhum

Outro

b) O sistema possui mais de 10 anos?

Sim

Não

c) Descrição breve do modo de funcionamento

d) Como é feito o controlo do sistema?

Automático

Interruptores manuais

Outro

e) Os controladores encontram-se acessíveis?

Sim

Não

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f) Qual é a temperatura do termóstato quando se aquece e quando se arrefece o

edifício?

g) Quando é desligado o ar condicionado?

No fim do dia

No fim-de-semana

Feriados

Quando o compartimento não esta a ser utilizado

Nunca

Outro

h) É frequente abrirem janelas quando o ar condicionado esta ligado?

Sim

Não

i) Existem objectos a bloquear os equipamentos de ar condicionado?

Sim

Não

4.5.2. Estrutura

j) O edifício encontra-se adequadamente isolado?

Sim

Não

19

4.5.3. Manutenção

k) O sistema recebe manutenção de acordo com as instruções do fabricante?

Sim

Não

l) Com que frequência é feita a manutenção do sistema de ventilação?

Uma vez por semana

Uma vez por mês

Nunca

Outra

4.6. Ventilação:

4.6.1. Funcionamento e usos

a) O edifício possui sistema de ventilação mecânica?

Sim

Não

b) Breve descrição do funcionamento

c) É possível regular o sistema de ventilação?

Sim

Não

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20

d) Quais das componentes podem ser manualmente ou automaticamente fechadas

quando necessário?

e) Existem sistemas de movimentação de ar, nomeadamente, ventoinhas nos tectos?

Sim

Não

4.6.2. Manutenção

f) São realizadas inspecções periódicas de manutenção aos equipamentos de acordo

com as instruções do fabricante?

Sim

Não

g) Com que frequência é feita a manutenção do sistema de ventilação?

Uma vez por semana

Uma vez por mês

Nunca

Outra

Equipamento Número total Número de unidades com sistema de fecho

Ventoinhas de exaustão

Ventoinhas de ventilação

Dutos e grelhas

Outros

BIBlIOgRafIa

VIII

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biblioGraFia

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