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Competências ENEM

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  • ndice

    Competncia de rea 1 Compreender os elementos culturais que constituem asidentidades

    Habilidade 1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fon tes documentais acerca de aspectos da cultura ..3

    Habilidade 2 Analisar a produo da memria pelas sociedades humanas...............................................................6

    Habilidade 3 Associar as manifestaes culturais do presente aos seus processos histricos.....................................9

    Habilidade 4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura .....13

    Habilidade 5 Identificar as manifestaes ou representaes da diversidade do patrimnio cultural e artstico

    em diferentes sociedades..................................................................................................................17

    Competncia de rea 2 Compreender as transformaes dos espaos geogrficos comoproduto das relaes socioeconmicas e culturais de poder.

    Habilidade 6 Interpretar diferentes representaes grficas e cartogrficas dos espaos geogrficos .....................22

    Habilidade 7 Identificar os significados histrico-geogrficos das relaes de poder entre as naes .....................26

    Habilidade 8 Analisar a ao dos estados nacionais no que se refere dinmica dos fluxos populacionais e no

    enfrentamento de problemas de ordem econmico-social ................................................................29

    Habilidade 9 Comparar o significado histrico-geogrfico das organizaes polticas e socioeconmicas

    em escala local, regional ou mundial ................................................................................................33

    Habilidade 10 Reconhecer a dinmica da organizao dos movimentos sociais e a importncia da participao

    da coletividade na transformao da realidade histrico-geogrfica.................................................36

    Competncia de rea 3 Compreender a produo e o papel histrico das instituiessociais, polticas e econmicas, associando-as aos diferentesgrupos, conflitos e movimentos sociais.

    Habilidade 11 Identificar registros de prticas de grupos sociais no tempo e no espao...........................................42

    Habilidade 12 Analisar o papel da justia como instituio na organizao das sociedades......................................46

    Habilidade 13 Analisar a atuao dos movimentos sociais que contriburam para mudanas ou rupturas

    em processos de disputa pelo poder .................................................................................................49

    Habilidade 14 Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analticos e interpretativos,

    sobre situao ou fatos de natureza histrico-geogrfica acerca das instituies sociais,

    polticas e econmicas ......................................................................................................................53

    Habilidade 15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, polticos, econmicos ou ambientais

    ao longo da histria..........................................................................................................................57

    Cincias Humanas e suas Tecnologias

  • Competncia de rea 4 Entender as transformaes tcnicas e tecnolgicas e seuimpacto nos processos de produo, no desenvolvimento doconhecimento e na vida social.

    Habilidade 16 Identificar registros sobre o papel das tcnicas e tecnologias na organizao do trabalho

    e/ou da vida social ............................................................................................................................62

    Habilidade 17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de

    territorializao da produo ............................................................................................................64

    Habilidade 18 Analisar diferentes processos de produo ou circulao de riquezas e suas implicaes

    scio-espaciais..................................................................................................................................67

    Habilidade 19 Reconhecer as transformaes tcnicas e tecnolgicas que determinam as vrias formas de uso e

    apropriao dos espaos rural e urbano............................................................................................69

    Habilidade 20 Selecionar argumentos favorveis ou contrrios s modificaes impostas pelas novas tecnologias

    vida social e ao mundo do trabalho ...............................................................................................71

    Competncia de rea 5 Utilizar os conhecimentos histricos para compreender evalorizar os fundamentos da cidadania e da democracia,favorecendo uma atuao consciente do indivduo nasociedade.

    Habilidade 21 Identificar o papel dos meios de comunicao na construo da vida social ......................................75

    Habilidade 22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere s mudanas nas legislaes

    ou nas polticas pblicas ...................................................................................................................79

    Habilidade 23 Analisar a importncia dos valores ticos na estruturao poltica das sociedades .............................83

    Habilidade 24 Relacionar cidadania e democracia na organizao das sociedades ...................................................85

    Habilidade 25 Identificar estratgias que promovam formas de incluso social ........................................................88

    Competncia de rea 6 Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suasinteraes no espao em diferentes contextos histricos egeogrficos.

    Habilidade 26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupao dos meios fsicos e as relaes da

    vida humana com a paisagem ..........................................................................................................92

    Habilidade 27 Analisar de maneira crtica as interaes da sociedade com o meio fsico, levando em

    considerao aspectos histricos e(ou) geogrficos ...........................................................................95

    Habilidade 28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos scio-ambientais em diferentes contextos

    histrico-geogrficos ........................................................................................................................97

    Habilidade 29 Reconhecer a funo dos recursos naturais na produo do espao geogrfico, relacionando-os

    com as mudanas provocadas pelas aes humanas .......................................................................101

    Habilidade 30 Avaliar as relaes entre preservao e degradao da vida no planeta nas diferentes escalas.........104

  • 3Todos ns temos uma histria e uma memria individual, elas so compostas pelanossa trajetria e por momentos seletos que tiveram um significado especial ou queproduziram transformao em nossas vidas. Na composio da nossa histria individualpodemos levar em conta outras influncias: a atividade profissional que exercemos, asfestas, msicas e formas de lazer de que gostamos. Essas preferncias constituem anossa identidade pessoal e esto diretamente relacionadas com a histria da sociedadeem que vivemos, pela nossa histria coletiva, pela nossa cultura, ou seja, nossa formade ser,de vestir de agir tem relao com a cultura e com as regras sociais estabelecidas.

    Ao modo de vida de cada sociedade, denominamos de cultura nas cinciashumanas. Cada povo tem a sua peculiar maneira de ser, vestir-se, agir, de criar etransformar a sua cultura ao longo da sua histria. No h uma nica cultura, nem asuperioridade de uma sobre outra, mas sim uma grande diversidade cultural.

    A palavra cultura possui vrias definies, eis algumas:Em cincias socias: aspecto da vida social que se relaciona com a produo do

    saber, arte, folclore, mitologia, costumes, etc., bem como sua perpetuao pelatransmisso de uma gerao outra.

    Em Antropologia: so as formas de organi -zao de um povo, seus costumes e tradiestransmitidas de gerao para gerao que, apartir de uma vivncia e tradio comum, seapresentam como a identidade desse povo.

    ExemplosA Piet (ao lado) uma escultura em mrmorede Michelangelo (1475-1564), realizada no fimdo sculo XV, no contexto do Renascimento.Giorgio Vasari (1511-1574), um dos mais im -por tantes intrpretes da obra de Michelangelo,ao falar desta obra, destaca seu refinamentotcnico. O prprio Michelangelo reconheceu amaestria da Piet ao gravar, pela primeira vez,sua assinatura na faixa que atravessa o peito daVirgem. Ainda a propsito dessa escultura,Vasari comenta:

    Competncia de rea 1 Compreender os elementosculturais que constituem as identidades

    Exerccio Explicativo 1

    Interpretar historicamente e/ou geograficamente fon tes documentais acerca de aspectos da cultura.

    Cincias Humanas e suas Tecnologias

  • Como a mo do artista pde realizar, de maneira to divina, em to pouco tempouma obra to admirvel? Parece um milagre: que uma rocha informe tenha atingidouma perfeio tamanha que a prpria natureza s raramente a modela na carne.

    (Paolucci, Antonio. MICHELANGELO. Florena, ATS. 1993.)

    A partir do comentrio de Vasari, podemos entender que ele apresenta uma carac -terstica do Renascimento Cultural, ou seja, o (a):a) teocentrismo. b) antropocentrismo. c) espiritualidade.d) equilbrio. e) tridimensionalidade.

    As Ligas Camponesas agitam o Nordeste do Brasil

    O violeiro figura inseparvel das coisas tpicas que perfazem o Nordeste (...) Em todaa feira ou festa, no interior do Nordeste, o violeiro ou o cantador constitui a maioratrao (...) Em face disso, no hesitamos em convoc-los para o trabalho das LigasCamponesas. Violeiros, cantadores e folhetinistas passaram a colaborar com as Ligasde maneira eficiente. Com esse veculo no s era mais fcil o trabalho do proselitismojunto ao campesinato, como a penetrao da notcia sobre as Ligas nas fazendas ondeo agitador poltico no podia entrar, dada a vigilncia do latifundirio.

    (Francisco Julio, Que so as Ligas Camponesas. 1962.)

    As Ligas Camponesas atuaram em algumas regies do Brasil, nas dcadas de 1950 e1960. Pesquisando sobre as Ligas, descobre-se nesse textoa) a importncia dos veculos de difuso da cultura popular na organizao dos

    trabalhadores rurais.b) o papel fundamental dos violeiros e cantadores na defesa das ideias dos pro -

    prietrios de terra.c) a integrao que havia entre polticos de tendncia conservadora e os autores de

    literatura de cordel.d) a crtica dos cantores populares luta e s organi zaes sindicais dos camponeses

    nordestinos.e) a ao dos autores de literatura de cordel na luta contra os agitadores polticos das

    reas rurais.

    As Ligas Camponesas foram a primeira forma organizada de luta social porparte do campesinato brasileiro. Nesse contexto, os lderes radicais procuraraminstrumentalizar representantes da cultura popular (violeiros e cantadores) paradivulgar suas ideias revolucionrias.Resposta: A

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 2

    Era comum aos renascentistas compararem o homem a deus, como uma formade glorificao de suas potencialidades criadoras. Resposta: B

    Comentrio

    4

  • Nossa milcia, Senhor, diferente da regular que se observa em todo o mundo.Primeiramente nossas tropas com que vamos conquista do gentio bravo dessevastssimo serto no de gente matriculada no livro de Vossa Majestade, nemobrigada por soldo, nem por pagamento de munio.

    (Carta de Domingos Jorge Velho ao rei de Portugal, em 1694.)

    De acordo com o autor da Carta, pode-se afirmar quea) os bandeirantes possuam tropas de mercenrios, pagas pela metrpole, com o

    objetivo de extermi nar indgenas.b) havia proibio oficial de capturar ndios para a escravizao e os bandeirantes

    pretendiam evitar ser punidos pelos colonos e pelos espanhis.c) os exrcitos portugueses, organizados na colnia, tinham a particularidade de

    serem compostos por indgenas especializados em destruir quilombos. d) algumas tribos indgenas ameaavam a segurana dos colonos e as bandeiras

    eram tropas encarregadas de transportar os nativos para as redues religiosas.e) muitas das bandeiras paulistas eram constitudas por exrcitos particulares,

    especializados em exter minar e capturar indgenas para serem escravizados.

    (MACKENZIE) Em 1916, em meio guerra, Marcel Duchamp (1887-1968) produziaa obra Roda de bicicleta. Nem a roda servia para andar, nem o banco servia para sentar.Algo aparentemente irracional, ilgico, diriam muitos (...). Mais do que uma outraforma de produzir arte, Duchamp estava propondo uma outra forma de ver a arte, deolhar para o mundo.

    (...) Depois de sua Roda de bicicleta, o mundo das artes no seria mais o mesmo.Depois da Primeira Guerra Mundial, o mundo no seria mais o mesmo.

    (Flvio de Campos e Renan G. Miranda)

    De acordo com o texto acima, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)a) fortaleceu a crena dos homens da poca na capacidade de construo de uma

    sociedade melhor, por meio da racionalidade tecnolgica.b) consolidou a hegemonia cultural europeia perante o mundo ocidental, despre -

    zan do as demais manifestaes artsticas.c) possibilitou o surgimento de novas vanguardas artsticas, preocupadas em

    defender os modelos acadmicos clssicos europeus.

    Exerccio Explicativo 3

    As bandeiras caracterizaram-se como expedies organizadas pelos paulistas,com recursos particulares, para obter lucros ou prmios em trs camposdistintos: captura de ndios, busca de minerais preciosos e exter mnio deindgenas ou de quilombos (ciclo do serta nismo de contrato). Resposta: E

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 4

    5

    Marcel Duchamp (1887-1968) e sua Roda de Bicicleta

  • d) assinalou a crise da cultura europeia, baseada no racionalismo e no fascnio pelatecnologia e pelo progresso.

    e) manifestou a decadncia cultural em que se encontrava o mundo ocidental nasegunda metade do sculo XIX.

    A memria a capacidade de lembrar e conservar experinciasimportantes e mar cantes para um indivduo ou para umasociedade.

    Os astecas fundaram em 1325 a cidade de Tenochtitln. Estaantiga cidade corres pondeu ao centro do Imprio Azteca oumexica. Foi fundada por Tenoch, no sculo XIV, quando uma dasilhas do lago Texcoco foi ocupada por um grupo de antigosmexicas. A ilha estava ligada por trs caladas terra firme e eraprotegida por um sistema de diques. As caladas Iztalapa, poronde entraram os espanhis, Tlacopan, por onde FernandoCorts fugiu, e Guadalupe, eram atravessadas por canais e deco -radas por jardins flutuantes. A povoao possua estradas,estreitas e sinuosas, inter ceptadas por canais labirnticos, palciose templos. A disposio dos bairros resi- denciais refletia aestratificao social. O centro era Teocalli, templo dedicadoaos deuses guerreiro e da chuva.

    Foi o conquistador Corts que, a mando de Espanha,construiu a cidade do Mxico sobre as runas da antiga cidade.As casas tpicas desapareceram, secaram as ruas e na velha Praade Teocalli construiu-se a Praa Maior. Era de l que partiamtodas as incurses espanholas efetuadas no pas.

    Exerccio Explicativo 1

    O dadasmo foi um movimento artstico que surgiu durante a I Guerra Mundialem dois locais diferentes, em Zurique (Sua) encabeado pelo poeta hngaroTristan Tzara e nos Estados Unidos com Marcel Duchamp, que se revelou comoo seu maior representante das artes plsticas.O movimento reflete o desprezo por valores estabelecidos, o absurdo e airracionalidade da guerra.Resposta: D

    Comentrio

    Analisar a produo da memria pelas sociedadeshu manas.

    6

    Tristan Tzara

    Cidade do Mxico.

  • 7Com a leitura do texto, conclumos que seu tema central :a) o respeito aos padres culturais de regies e povos dominados como forma de

    preservao da memria social e da cultura dessas sociedades.b) o processo de sincretismo cultural entre povos dominados e seus dominadores,

    garantindo a preservao da memria dos dois grupos.c) o respeito e a preservao de padres culturais dos povos dominados como

    instrumento mais eficaz para a manuteno da paz na rea de conquista.d) a construo de uma memria social por meio da sobreposio de aspectos

    culturais aos padres preexistentes em sociedades e regies dominadas.e) a necessidade de povos mais avanados cultural e socialmente imporem seus

    padres a sociedades menos privilegiadas nesses aspectos.

    Em 7 de setembro comemora-se a independncia do Brasil,considerado um dos mais importantes marcos da histriabrasileira. comum a organizao de desfiles pararelembrar esse grande feito.

    Na charge ao lado, produzida por ngelo Agostini, nosculo XIX, para uma das comemoraes da Inde pen dnciado Brasil, o autora) fortalece o sentido de libertao dos brasileiros.b) comemora o fim da escravido dos ndios e afri canos.c) despreza os ndios e africanos na formao da nao.d) refere-se aos limites dessa libertao para escravos e

    ndios.e) demonstra o cuidado do Imprio com os negros e

    indgenas.

    O cartunista, quadrinista e chargista ngelo Agostini satiriza a viso idealista dosromnticos, propalada durante o II Reinado, pois apesar de ndios e negrosserem partes integrantes da formao social brasileira, eram desprovidos dedireitos comuns aos cidados do Imprio. Os primeiros porque eram conside -rados orfos e por isso deveriam viver sob a tutela do Estado; os segundos,porque eram tratados com coisa ou propriedade de algum.Resposta: D

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 2

    A construo da cidade do Mxico (onde antigamente era a cidade deTenchtitln) a demonstrao evidente do princpio expresso na alternativacorreta.Resposta: D

    Comentrio

    Carlos Eugnio Marcondes de Moura.A travessia da Calunga Grande.

    So Paulo: Edusp, 2000, p. 596.

  • A prefeitura de So Paulo est preocupada com a preservao de stios arqueolgicosda cidade. Stios arqueolgicos so lugares onde os arquelogos fazem escavaespara recuperar objetos que permitem saber como viviam povos em pocas passadas.A prefeitura de So Paulo, preocupada com a preservao desses lugares, pretendecriar uma lei que obriga as construtoras a contratarem arquelogos antes de iniciaruma obra na cidade. Os donos das construtoras dizem que a inteno da Prefeitura nobre, mas acham que a lei prejudicar o mercado da construo, afirmando que asescavaes arqueolgicas no so importantes para a cidade.

    Sobre esse debate entre a Prefeitura e os construtores, certoafirmar quea) a lei que a Prefeitura quer impor um absurdo porqueprejudicar a populao.b) as crticas dos construtores esto corretas porque asescavaes arqueolgicas no so importantes.c) a lei que a Prefeitura quer estabelecer importante e deveser discutida com a sociedade.d) a Prefeitura dever deixar os donos das construtorasdecidirem sobre esse assunto.e) o estudo de arqueologia impede a evoluo da tecnologiae do progresso.

    Em 18 de julho de 1949, um grupo de nove conhecidos cartgrafos, arquelogos,gegrafos e historiadores reuniu-se no gabinete do primeiro-ministro do recm criadoEstado de Israel. Eles receberam a misso de dar nomes hebreus s montanhas, aosvales, riachos, estradas e localidades situados nas regies do Negev e Arav. O grupoentendeu a importncia de sua misso: no se tratava de um trabalho tcnico, masde criar legitimidade histrica e cultural para o ato de anexao de um territrio aindahabitado por outro povo. No havia como sustentar o mito sionista de que a Palestinaera uma terra sem povo destinada a um povo sem terra. Com que por encanto,desapareceram os nomes rabes e brotaram, no lugar, os hebreus, abrindo caminhopara a destruio fsica dos vilarejos, das casas, das plantaes e da cultura rabepalestina.

    (MAGNOLI, Demtrio & ARAUJO, Regina. Projeto de ensino de geografia. So Paulo: Moderna, 2007)

    Com a leitura atenta do texto, conclumos que seu tema central :a) o respeito aos padres culturais de regies e povos dominados como forma de

    Exerccio Explicativo 4

    A histria e sua produo cultural constituem o patrimnio de um povo, cujadestino deve obedecer a interesse comunitrios, acima de interesses particulares,quer polticos ou econmicos somente.Resposta: C

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    8

  • preservao da memria social e da cultura dessas sociedades.b) o processo de sincretismo cultural entre povos dominados e seus dominadores,

    garantindo a preservao da memria dos dois grupos.c) o respeito e a preservao de padres culturais dos povos dominados como o

    instrumento mais eficaz para a manuteno da paz na atualidade.d) a necessidade de povos mais avanados cultural e socialmente imporem seus

    padres a sociedades menos privilegiadas nesses aspectos.e) a construo de uma memria social por meio da sobreposio de aspectos

    culturais aos padres preexistentes em sociedades e regies dominadas.

    O Enem deseja saber se o estudante capaz de identificar a origem de festas, msicase instituies criadas por um povo.

    ExemplosPresidente Bossa Nova

    Bossa nova mesmo ser presidenteDesta terra descoberta por CabralPara tanto basta ser to simplesmenteSimptico, risonho, original.

    Depois desfrutar da maravilhaDe ser o presidente do Brasil,Voar da Velhacap pra Braslia,Ver a alvorada e voar de volta ao Rio.

    Voar, voar, voar, voar,Voar, voar pra bem distante, aT Versalhes onde duas mineirinhas valsinhasDanam como debutante, interessante!

    Associar as manifestaes culturais do presente aosseus processos histricos.

    O texto expressa a sobreposio do dominador sobre o dominado no seu ltimopargrafo quando afirma: abrindo caminho para a destruio fsica dosvilarejos, das casas, das plantaes e da cultura rabe palestina.Resposta: E

    Comentrio

    9Juscelino Kubitschek.

  • Mandar parente a jato pro dentista,Almoar com tenista campeo,Tambm poder ser um bom artista exclusivistaTomando com Dilermando umas aulinhas de violo.

    Isto viver como se aprova, ser um presidente bossa nova.Bossa nova, muito nova,Nova mesmo, ultra nova!

    http://letras.terra.com.br/juca-chaves/370096/ acesso em 03 de setembro de 2009.

    A composio de Juca Chaves refere-se a um importantemomento da histria brasi leira, pois relaciona um novo estilomusical a um presidente.

    Identifique esse momento e o nome do presidente.a) Saneamento financeiro e Eurico Gaspar Dutra.b) Tudo pelo social e Jos Sarney.c) Desenvolvimentismo e Juscelino Kubitschek.d) Globalizao e Fernando Collor.e) Nacionalismo e Getlio Vargas.

    Leia o texto abaixo:Praticada em 150 pases por, como arriscam alguns, mais de 10 milhes de pessoas, aluta dos escravos brasileiros contra o Estado, segundo parte da historiografia sobre otema, vai, enfim, receber do mesmo estado uma reparao histrica, nos termos doMinistrio da Cultura. (...). O governo j iniciou as conversas para montar um projetode resgate, estudo e dimensionamento da capoeira, iniciativa que pode culminar em umpedido para que a luta seja considerada Patrimnio Cultural da Humanidade.

    (Revista Nossa Histria. Out/2004, n 12, p. 08)

    Exerccio Explicativo 2

    A msica do menestrel Juca Chaves fala do estilopeculiar do Presidente JK, responsvel pelaconstruo de Braslia, em cujo governo surgiu umnovo ritmo musical, a bossa nova. Bossa Nova o nome dado a um movimentomusical do final dos anos 50, no qual se procuroucombinar o samba com elementos jazzsticos. Elase relaciona com o perodo juscelinista porquereflete o otimismo da classe mdia, beneficiadapelo progresso da poca.Resposta: C

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 1

    10

  • A partir das informaes sobre a capoeira, podemos afirmar quea) uma manifestao cultural do passado que ganha reconhecimento no presente.b) est extinta como prtica, apesar do seu valor como patrimnio histrico.c) atualmente desprezada pelo governo, j foi uma forma de resistncia escrava.d) identificada atualmente como uma prtica que remete marginalidade.e) seus praticantes so todos brasileiros, espalhados em todo o planeta.

    A festa do Divino foi instituda em Portugal nos primeiros anos dosculo XIV pela rainha Isabel, mulher de D. Diniz, quando construiu a igrejado Esprito Santo em Alenquer.

    No Brasil, popularizou-se no sculo XVI e celebrada ainda no Rio deJaneiro, So Paulo, Minas Gerais, Paran, Santa Catarina, Maranho,Amazonas, Esprito Santo e Gois, com missa cantada, procisso, leilo deprendas e as manifestaes folclricas peculiares de cada regio. Napreparao da festa realiza-se uma folia, com a bandeira do Divino, paraarrecadar fundos e so armados coretos, palanques e um trono para oimperador do Divino. Trata-se de uma criana ou adulto que, durante afesta, exerce poderes majestticos, chegando at a libertar presos comunsem algumas regies de Portugal e do Brasil.

    Internet: .

    De acordo com o texto, sobre a festa do Divino, conclui-se quea) foi criada no Brasil em homenagem rainha Isabel de Portugal.b) herana da cultura europeia crist trazida pelos colonizadores.c) descaracterizou-se ao incorporar manifestaes folclricas.d) servia para arrecadar fundos ao imperador em Portugal.e) relembra a vitria portuguesa contra os mouros em Alccer Quibir.

    A festa do Divino [Esprito Santo] celebrada no Brasil representa um elementode transposio, ou seja, um elemento cultural vindo de Portugal, quemantendo a sua essncia ritualstica, sofreu pequenas adaptaes conforme olugar em que era celebrado.Resposta: B

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    A capoeira foi trazida da frica pelos escravos, tornando-se umaforma de re sistncia negra escravido pois, uma forma de lutacaracterizada por golpes e movimentos geis e complexos,utilizando os ps, as mos, a cabea, os joe lhos que podem matarum oponente. Preservada por afrodescendentes (por tanto,reconhecidamente, uma manifestao cultural), transformou-se aolongo do tempo numa dana e num esporte que atrai adeptos portodo o mundo.Resposta: A

    Comentrio

    11

  • Mosteiro do Caraa.

    O Parque Nacional do Caraa, localizado na Serra do Espinhao, no municpio deCatas Altas, que j foi colgio e seminrio (...), alm de manter todo seu entornonatural, transformado em Reserva Particular de Patrimnio Natural em 1990, foigarantido que esse santurio ecolgico no venha a sofrer futuros danos. A histriado mosteiro se originou em 1774, quando o jesuta Carlos Mendona Tvora fugiu dePortugal para o Brasil. Sendo Portugal, no sculo XVIII, um estado absolutista,Sebastio Jos de Carvalho e Melo, o Marqus de Pombal, acreditava que os jesutasrepresentavam uma sria ameaa nobreza dominante da poca, passando, ento,a persegui-los impiedosamente. No ano de 1758, quando o Rei D. Jos foi vtima de

    um atentado, a suspeita recaiu sobre osTvoras, levando o Marqus de Pombal acastigar a famlia, queimando onze de seusmembros em praa pblica. Um deles,queimado em efgie, seria o jovem CarlosMendona Tvora, que conseguiu fugir em umnavio para o Brasil, escondendo sua origemsob um hbito religioso franciscano eutilizando o nome de Irmo Loureno. Aochegar a Minas Gerais, encontrou uma regioisolada e protegida por montanhas. Numadessas montanhas era possvel enxergar oscontornos do rosto de um gigante, batizadode Serra do Caraa.

    Revista Museu. Intenet:www.revistamuseu.com.br/naestrada>.

    Acesso em 13/4/2006 ( com adaptaes)

    Exerccio Explicativo 4

    12

    Mosteiro do Caraa e, ao fundo, a Serra do Espinhao.

  • O Parque Nacional do Caraa pode ser considerado um patrimnio que a) guarda a memria das heresias catlicas no Brasil.b) tem o aspecto natural sobreposto ao cultural.c) possui valor arquitetnico, cultural e natural.d) perdeu sua funo social e mostra-se decadente.e) demonstra a riqueza da mata Atlntica.

    O estudante precisa perceber se entre os pontos de vista apresentados existem juizosde valores, divergncias entre grupos polticos e sociais, preconceito, racismo ou apretensa superioridade de uma cultura sobre outra.

    ExemplosCom meu chapu de lado, tamanco arrastandoLeno no pescoo, navalha no bolsoEu passo gingando, provoco e desafioEu tenho orgulho de ser vadio. (Wilson Batista, 1933)

    Quem trabalha quem tem razoEu digo e no tenho medo de erraro bonde de So Janurioleva mais um operriosou eu que vou trabalhar. (Wilson Batista/Ataulfo Alves, 1940)

    Da comparao entre as letras desses sambas, depreende-se que:a) as mudanas visveis nos contedos dos sambas sugerem adeso ideologia do

    Estado Novo.b) as mudanas significativas de contedo decorrem da valorizao do trabalho

    industrial no Rio de Janeiro.c) as datas das composies correspondem ao mesmo perodo do governo de

    Vargas, indicando que as mudanas so mera coincidncia.

    Exerccio Explicativo 1

    Comparar pontos de vista expressos em diferentesfontes sobre determinado aspecto da cultura.

    O Parque Nacional do Caraa est contido na Serra do Espinhao e possue umaexuberante biodiversidade, alm de rios, cascatas, matas, grutas e riachos,escondido entre as montanhas. Pelas imagens se observa uma construo(seminrio e colgio) de estilo barroco jesuta e pelo texto apresentado cons -tatamos o seu valor histrico.Resposta: C

    Comentrio

    13

    Wilson Batista

  • d) as mudanas das letras no so significativas, j que ambas as composies tratamde problemas de gente pobre e humilde.

    e) as letras das msicas esto distantes dos interesses polticos do Estado Novo, queno se preocupava em fazer propaganda.

    No incio do sculo XIX, o naturalista alemo Carl Von Martius esteve no Brasil emmisso cientfica para fazer observaes sobre a flora e a fauna nativa e sobre asociedade indgena. Referindo-se ao indgena, ele afirmou:

    Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infncia,a civilizao no o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para umnobre desenvolvimento progressivo (). Esse estranho e inexplicvel estado doindgena ame ricano, at o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas paraconcili-lo inteiramente com a Europa vencedora e torn-lo um cidado satisfeito efeliz.

    Carl Von Martius. O estado do direito entre os autctones do Brasil. Belo Horizonte/So Paulo: Itatiaia/EDUSP. 1982

    Com base nessa descrio, conclui-se que o naturalista Von Martiusa) apoiava a independncia do Novo Mundo, acreditan do que os ndios, dife -

    rentemente do que fazia a mis so europeia, respeitavam a flora e a fauna do pas.b) discriminava preconceituosamente as populaes origi nrias da Amrica e

    advogava o extermnio dos ndios.c) defendia uma posio progressista para o sculo XIX: a de tornar o indgena

    cidado satisfeito e feliz.d) procurava impedir o processo de aculturao, ao des cre ver cientificamente a

    cultura das populaes originrias da Amrica.e) desvalorizava os patrimnios tnicos e culturais das sociedades indgenas e

    reforava a misso civiliza dora europeia, tpica do sculo XIX.

    O texto do naturalista von Martius afirma que os ndios no conseguiramadaptar-se cultura dos dominadores europeus, apesar de todas as tentativasreali zadas. Com isso, ele ressalta a importncia cultural da Europa e des qualificaa cultura ndia.Resposta: E

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 2

    A letra do primeiro samba transcrito foi composta durante o Governo Provisriode Vargas (1930-34) e exalta a vadiagem (ou malandragem). J na segundacomposio, Wilson Batista, sob presso do Departamento de Imprensa ePropaganda, valoriza a figura do trabalhador, dentro da ideologia trabalhistado Estado Novo (1937-45).Resposta: A

    Comentrio

    14

    Carl Von Martius

  • Cano 1

    Suba ao trono o jovem Pedro,Exulte toda a Nao.Os heris, os pais da Ptria,Aprovaram com unio.

    Cano 2

    Por subir Pedrinho ao tronoNo fique o povo contente.No pode ser coisa boaServindo com a mesma gente.

    (Quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840)

    Comparando as duas canes popularesacima, possvel afirmar que:a) ambas concordam com os benefcios

    advindos com a maioridade de D.Pedro.

    b) a primeira expressa uma viso maispopular sobre o golpe da maioridade.

    c) a segunda apresenta uma viso elitistasobre o episdio da emancipao dojovem imperador.

    d) era unanimidade a opinio sobre osrumos da poltica brasileira.

    e) enquanto a primeira revela uma pos tu -ra ufanista, a segunda tem uma pos -tura mais crtica.

    A maioridade de D. Pedro II foi alardeada pelas elites como uma postura con -ciliatria e benfica para o pas ameaado por revoltas populares e separatistas.Contudo, para o povo, essa medida no traria benefcios prticos, pois a mesmaelite a fizera apenas para manter seu domnio sobre a nao.Resposta: E

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    15

  • Observe a figura e leia o texto.

    (Reproduo da tela Primeira Missa no Brasil. Vtor Meireles, 1861.)

    Chantada a Cruz, com as Armas e a divisa de Vossa Alteza, que primeiramente lhepregaram, armaram altar ao p dela. Ali disse missa o padre Frei Henrique (...). Aliestiveram conosco (...) cinquenta ou sessenta deles, assentados todos de joelhos, assimcomo ns.

    (...) [Na terra], at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisaalguma de metal (...) Porm, o melhor fruto que dela se pode tirar me pa rece que sersalvar esta gente. E esta deve ser a prin cipal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar.

    (Pero Vaz de Caminha. Carta do Achamento do Brasil, 10.05.1500.)

    A respeito da tela e do texto, correto afirmar quea) demonstram a submisso da monarquia portuguesa contra-reforma catlica.b) expressam o encantamento dos europeus com a exuberncia natural da terra.c) atestam, como documentos histricos, o carter conflituoso dos primeiros

    contatos entre brancos e ndios.d) representam o ndio sem idealizao, reservando-lhe lugar de destaque no quadro,

    o que era pouco comum.e) apresentam uma leitura do passado na qual os por tu gueses figuram como

    portadores da civili zao.

    Exerccio Explicativo 4

    16

  • Alexandre desembarca l onde foifundada a atual cidade de Alexandria.Pareceu-lhe que o lugar era muito bonitopara fundar uma cidade e que ela iriaprosperar. A vontade de colocar mos obra fez com que ele prprio traasse oplano da cidade, o local da gora, dossanturios da deusa egpcia sis, dosdeuses gregos e do muro externo.

    (Flvio Arriano. Anabasis Alexandri sculo I, d.C.)

    Desse trecho de Arriano, sobre a funda -o de Alexandria, possvel depreendera) o significado do helenismo, carac te -

    ri zado pela fuso da cultura gregacom a egpcia e as do Oriente Mdio.

    b) a incorporao do processo de urbanizao egpcio, para efetivar o domnio deAlexandre na regio.

    c) a implantao dos princpios fundamentais da democracia ateniense e dohelenismo no Egito.

    d) a permanncia da racionalidade urbana egpcia na organizao de cidades noImprio helnico.

    Exerccio Explicativo 1

    Identificar as manifestaes ou representaes dadiversidade do patrimnio cultural e artstico em di fe -rentes sociedades.

    `

    A viso eurocntrica da Histria tende a endossar a ideia da misso civilizadorae de converso religiosa praticadas pelos colonizadores da Amrica. Esse en fo -que, natural em algum da poca da colonizao (no caso, Pero Vaz deCaminha), sobreviveu aps a In de pen dncia porque a classe dominante no Brasil(representada por Vtor Meireles) descendia da elite dominante na fase colonial.Obvia men te, os reais interesses dos europeus na Amrica diziam res pei to aomercantilismo e acumulao primitiva de ca pitais em suas respectivasmetrpoles.Resposta: E

    Comentrio

    17

    Templo de sis.

  • e) o impacto da arquitetura e da religio dos egpcios, na Grcia, aps as conquistasde Alexandre.

    (UNESP) Observe e compare os monumentos a seguir. Oelemento comum s construes apresentadas constituia) um esforo de ostentao perdulria, de demonstrao

    de hegemonia e de poder de grandes imprios unifica -dos.

    b) uma expresso simblica das concepes religiosas daAntiguidade, que se estenderam at os dias atuais.

    c) um aspecto da arquitetura monumental que se ope concepo do homem como medida de todas as coisas.

    d) um princpio arquitetnico estrutural modificado aolongo da histria por concepes religiosas, polticas eartsticas.

    e) uma comprovao do predomnio dos valores estticossobre os religiosos, polticos e sociais.

    Exerccio Explicativo 2

    O texto transcrito refere-se ao plano urbano de Alexandria, traado pelo prprioAlexandre. Este seguiu os conceitos da plis, mas fazendo conces ses aelementos culturais egpcios, como o templo de sis. Esse sincretismo aprincipal caracterstica da cultu ra helenstica.Resposta: A

    Comentrio

    18

    Palcio do Planalto, construdo no sculo XX em Braslia.

    Templo de Luxor, construdo aproximadamente no sculo XIII a.C. no Egito.

    Partenon, templo da acrpole de Atenas, construdono sculo V a.C. na Grcia.

  • De acordo com a histria em quadrinhos prota go ni zada por Hagar e seu filho Hamlet,pode-se afirmar que a postura de Hagara) valoriza a existncia da diversidade social e de culturas, e as vrias representaes

    e explicaes desse universo.b) desvaloriza a existncia da diversidade social e as vrias culturas, e determina uma

    nica explicao para esse universo.c) valoriza a possibilidade de explicar as sociedades e as culturas a partir de vrias

    vises de mundo.d) valoriza a pluralidade cultural e social ao aproximar a viso de mundo de

    navegantes e no-navegantes.e) desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao consi derar o mundo habitado apenas

    pelos navegantes.

    O princpio arquitetnico das obras retratadas a monumentalidade, inerentea construes voltadas para a exaltao do poder, seja ele religioso ou poltico.Resposta: D

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    19

  • Em 1956, a chegada de Juscelino Kubitschek presi dncia assinalava uma nova era,de abertura para o internacional, tanto na eco nomia quanto na arte. Alm de servircomo smbolo maior do Programa de Metas, desenvolvimen tista dogoverno, a cons truo de Braslia tam bm gerou oportuni dades detrabalho para vrios projetistas brasi leiros, atravs de enco mendasinterme dia das pelos influentes arquitetos Lcio Costa e Oscar Niemeyer.

    (Rafael Cardoso)

    O governo JK marca um momento de grande importncia na formao doBrasil contemporneo, com o pas vivenciando uma verdadeira febrede modernizao.A inaugurao da nova capital federal, em 21 de abril de 1960, marco daarquitetura modernista brasileira, buscou transmitir, para toda a sociedadebrasileira,a) a crena de que nada era mais adequado para o nosso pas do que

    abandonar os velhos preceitos culturais e polticos mudando a capitaldo governo, do Rio de Janeiro, para a regio centro-oeste.

    b) que o projeto desenvolvimentista adotado por JK priorizava os setoressociais e contava com o apoioirrestrito de todos os setoresnacionais.c) uma imagem progressistae slida, simbolizada porBraslia, desviando a atenodos resultados problemticosobservados em outras reas,como o aumento das taxasinflacionrias.d) o progresso do pas, alcan -a do graas ao macio inves -timento do capital nacional eao empenho da classe traba -lhadora, simbolizado em obrascomo a construo de Brasliae da rodovia Belm-Braslia.

    Exerccio Explicativo 4

    A interpretao da tira (e no propriamente histria em quadrinhos) somentepode corresponder alternativa b, que revela uma viso de mundo dualista (eimplicitamente maniquesta), imposta de forma unila teral. Essa , alis, a visodas ideologias racistas, imperialistas ou mesmo de cunho religioso exclusi vista.Todavia, houve uma impro prie dade ao se con siderar que o personagem Hagardes va lo riza (no sentido de minimizar) a diversidade social, j que ocorreexatamente o con trrio: um reconhecimento (e enfatizao) dessa diver sidade,como forma de afirmar a superioridade do gru po dominante.Resposta: B

    Comentrio

    20Palcio do Planalto.

    Memorial JK.

  • e) que a fase desenvolvimentista ampliou as expectativas populares em relao me -lhoria das condies de vida, que foram devidamente atendidas e at superadas.

    O gabarito oficial indica a alternativa c, embora esta seja discutvel: com efeito,parece forado imaginar que JK tenha projetado Braslia para deixar na sombraaspectos menos bem-sucedidos de sua admi nistrao; tal interpretaoimplicaria admitir que Juscelino reconhecia, antecipadamente, a existn cia defalhas em seu Plano de Metas. Por outro lado, a alternativa a, tal como foiformulada, merece alguma ateno, pois Braslia produziu um impacto culturalmodernizador; ademais, segundo muitos analistas, a transferncia da sede dogoverno para o Planalto Central visava reduzir as presses, de origens variadas,que ela sofria no Rio de Janeiro.Resposta: C

    Comentrio

    21

  • 22

    Destacar a representao espacial: projees cartogrficas, leituras de mapastemticos, fsicos e polticos; tecnologias modernas aplicadas cartografia.

    O mapa ao lado destaca os pases do Mercosul.

    Da maneira como est disposto, o mapaa) distorce a fronteira entre os pases da Amrica do Sul.b) aumenta o tamanho dos pases do Mercosul.c) no serve para representar o Mercosul.d) no altera nem o tamanho dos pases nem as fron teiras entre eles.e) destaca a Argentina por ser um pas do Norte.

    (FGV) Os dois planisfrios, confeccionados segundo diferentes projees, trazem,ambos, mritos e desvantagens.A este respeito, correta a seguinte afirmativa:

    Competncia de rea 2 - Compreender as transfor -maes dos espaos geogrficos como produto dasrelaes socioeconmicas e culturais de poder.

    Exerccio Explicativo 2

    A tcnica cartogrfica de colocar um mapa de ponta cabea no apresentanenhuma distoroResposta: D

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 1

    Interpretar diferentes representaes grficas e carto -gr ficas dos espaos geogrficos.

  • a) O mapa I guarda fidelidade na forma dos continentes, com ex ceo da Antrtida.O mapa II, alm de deformar os conti nen tes, aumenta desproporcionalmente asreas localizadas em baixas la ti tudes.

    b) O mapa I aumenta desproporcio nal mente as reas de altas lati tu des. O mapa II, apesarde comprometer as formas dos con ti nentes, guarda proporcionalidade de suas reas.

    c) O mapa I representa as distncias entre dois quaisquer pontos da Terra pro -porcionalmente. O mapa II tem a desvantagem de diminuir desproporcionalmenteas reas dos continentes das altas latitudes.

    d) O mapa I mantm fidelidade na forma de todos os continen tes. O mapa II tem adesvantagem de diminuir despropor cio nal mente as reas dos continentes dasbaixas latitudes.

    e) No mapa I as distncias entre dois pontos s so proporcio nais nas reas de baixaslatitudes. No mapa II a proporciona lidade das reas s vlida para as reas dealtas latitudes.

    Observe, atentamente, o mapa-mndi abaixo e assinale a proposio falsa.

    (MAGNOLI, Demtrio e SCALZARETTO, Reinaldo.

    Geografia: Espao, Cultura e Cidadania, SP, Moderna, 1998. (adaptado).)

    Exerccio Explicativo 3

    No mapa I, a projeo de Mercator tem maiores distores nas altas latitudescomo na Groenlndia e na Antrtida. Enquanto na projeo de Peters, mapa IIocorre distoro no formato dos continentes, que ficam alongados no sentidolatitudinal

    Resposta: B

    Comentrio

    23

    Projeo Plana Azimutal Polar

  • a) Esta projeo cartogrfica preserva a forma e distorce a rea relativa dos conti -nentes.

    b) A Amrica do Norte, letra A, localiza-se totalmente no hemis frio setentrional.c) A frica, rea pontilhada, um continente de muitos conflitos tribais, tnicos e

    de fronteiras.d) A letra C indica a rea correspondente ao Oriente Mdio, re gio de importncia

    geopoltica e estratgica devido ao petr leo.e) A letra D assinala o Pacfico, oceano que fica situado entre a sia e a Amrica.

    A partir da anlise da ilustrao edos conhecimentos sobre pro -je es cartogrficas, pode-se concluir:a) I retrata a pro je -

    o cilndrica oude Mercator ereproduz cor re ta -mente o tamanhoe o formato dos pa -ses europeus, porque elesforam beros de grandes civilizaes.

    b) II retrata a projeo equivalente ou de Peters, cujo objetivo alongar o tamanhodos pases da Amrica do Sul e da frica, comparando as desigualdades sociais eeconmicas existen tes entre essas naes.

    c) III representa a projeo Cnica, que ideal para representar os conflitos militares,entre as grandes potncias, porque no existe distoro nas regies polares etemperadas.

    Exerccio Explicativo 4

    A alternativa a falsa, porque na projeo Peters preserva-se a rea doscontinentes, mas ocorre distoro no formato dos continentes.Resposta: A

    Comentrio

    24

  • d) Todos os sistemas de projees distorcem a forma, a rea, as distncias e osngulos da Terra.

    e) O objetivo das projees cartogrficas manipular as infor ma es geogrfica,fsica e socioeconmica das reas retrata das.

    (UNIRIO) Em 1569, o cartgrafo Gerhard Mercator props a projeo do globo quese tornou a mais difundida at hoje a pro je o de Mercator.

    Do ponto de vista ideolgico, a concepo desse planisfrio tra duz uma viso particularda realidade que se caracteriza pelaa) centralizao do mapa no continente europeu.b) inexatido no contorno das formas dos continentes.c) falta de proporo na representao do continente africano.d) deformidade das reas mais prximas aos plos.e) inverso na posio dos hemisfrios.

    Na projeo de Mercator, os meridianos e os paralelos so linhas retas que secortam em ngulos retos. Nela as regies polares aparecem muito exageradas.

    Resposta: D

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 5

    Na projeo cilndrica de Mercator ocorre valorizao do eurocentrismo,havendo distoro nos pases de altas latitudes. A maior crtica feita a essaprojeo cham-la de tendenciosa pois mostra os continentes do hemisfrionorte muito grandes, sugerindo uma viso de supremacia em relao aohemisfrio sul.Resposta: D

    Comentrio

    25

    Projeo Mollweide

  • Conflitos poltico-culturais ps Guerra Fria, reorganizao poltica internacional e osorganismos multilaterais nos sculos XX e XXI.

    Em janeiro de 2009, durante rigoroso inverno, o fornecimento degs para a Europa foi ameaado por uma desavena entre Rssia eUcrnia. Sobre o assunto, leia o trecho publicado pelo jornal NewYork Times e observe o mapa:

    A rixa entre a Rssia e a Ucrnia pelo preo do gs natural e as taxasde transporte deixaram muitas pessoas na Europa sem aque -cimento. Ainda assim, o que frustrante que a disputa semprepareceu ter mais questes tcnicas e ser facilmente solucionvel, sehouvesse a menor vontade de ambas as partes.

    New York Times, 14 jan. 2009.

    Considerando informaes do New York Times e do mapa ao lado, correto afirmar que:a) as mais importantes rotas atuais de gasodutos e oleodutos russos

    passam por territrios de antigas repblicas soviticas; portanto,antigas questes podem interferir em decises de carterpredominantemente tcnico.

    b) a Federao Russa a nica produtora de gs e petrleo da regio; portanto, asoutras repblicas tornaram-se refns de seu produto, no permitindo a passagemdos gasodutos atravs de seus territrios.

    c) a Rssia, grande herdeira da antiga Unio Sovitica, no admitiu a independncia damaioria dos pases do bloco sovitico e promove conflitos como forma de retaliao.

    d) como membros da Organizao do Tratado do Atlntico Norte (Otan), os pasesdo antigo bloco sovitico no admitem que seus territrios sejam utilizados paraescoar produtos da Rssia, pelo fato de o pas permanecer socialista.

    e) o trajeto dos gasodutos no interfere nos problemas entre Rssia e Ucrnia, poiso transporte de gs pode ser realizado de maneira muito mais econmica atravsdo territrio da Alemanha, antigo membro da URSS.

    Os oleodutos e os gasodutos que ligam as reas produtoras aos consumidoreseuropeus atravessam reas separatistas e estratgicas de antigas repblicassoviticas, que hoje divergem do poder da Rssia, como o caso da Gergia eda Ucrnia.Resposta: A

    Comentrio

    Identificar os significados histrico-geogrficos dasrelaes de poder entre as naes.

    Exerccio Explicativo 1

    26

  • 27

    Usamos um calendrio que tem como ponto inicial o nas cimento de Cristo. Assim, oano de 2002 marca o tempo transcorrido desde o nascimento de Jesus. O marco inicialdo calendrio muulmano a fuga do profeta Maom da cidade de Meca paraMedina.Pode-se afirmar que os calendrios muulmano e cristo esto organizados a partir deuma refernciaa) poltica. b) religiosa. c) econmica.d) militar. e) social.

    Aps a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos (EUA) emergiram como super po -tn cia. Acumularam reservas em dlar, que passou a ser a moeda mais usada nocomrcio internacional. Durante a guerra, suas cidades, indstrias e propriedades semantiveram intactas, enquanto pases vitoriosos, como o Reino Unido e a Frana,ficaram enfraquecidos por terem sido arrasados durante o conflito mundial. Os EUAempenharam-se, ento, na tarefa de reorganizar o mundo capitalista. Podemosapontar como fatores determinantes para essa liderana:a) a troca de conhecimentos cientficos com o Japo e os pases chamados Tigres

    Asiticos.b) a implantao e a expanso do capitalismo nas antigas repblicas socialistas da

    Europa oriental.c) o Plano Marshall, o desenvolvimento da indstria americana e os ganhos com a

    reconstruo dos pases europeus.d) as despesas com a corrida armamentista, que enfraqueceu a Unio Sovitica, sua

    rival na liderana mundial.e) o crescimento do poderio militar, liderado a chamada Guerra Fria, isolando o Japo

    e a Alemanha.

    Leia os textos abaixo.O conflito entre israelenses e palestinos volta a entrar em estado de crise com a sadade Arafat do cenrio. A dificuldade de conseguir a paz est na natureza binria doproblema: esse um conflito em que as duas partes esto certas e as duas, erradas.

    Exerccio Explicativo 4

    Exerccio Explicativo 2

    EUA apresentam no perodo ps 2.a Guerra o maior crescimento industrial,fortalecendo suas relaes com a Europa atravs da ajuda do Plano Marshall.Resposta: C

    Comentrio

    Os dois calendrios esto organizados a partir de um evento religioso.Resposta: B

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    A palestina e o estado de Israel (1920-1967)

  • 28

    Quem pode negar aos judeus perseguidos na Europa o direito de ter um pas prprioe viver nele em segurana? E quem pode negar aos palestinos o direito de se rebelarcontra o fato de que esse pas tenha sido erguido s expensas de sua prpria ptria?

    Revista Veja, 10 de novembro de 2004, n. 45, pg. 13 (texto adaptado).

    Ns queremos defender nossos locais sagrados, cristos e muulmanos, (queremos)defender Jerusalm e cada centmetro de nossa terra. Nossa determinao vaicontinuar e ns vamos sair vencedores.

    Yasser Arafat, 28/09/2002. (Site: Brasil BBC.com.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/020928_intifadag.shtml,

    28/09/2002. Consultado em 04/03/2003).

    Considerando os textos acima, podemos afirmar quea) a formao do Estado de Israel foi constituda de forma pacfica, dando

    oportunidade para a coexistncia entre judeus e palestinos.b) os conflitos vivenciados pelos judeus at a II Guerra Mundial foram compensados

    e solucionados com a criao do Estado de Israel.c) a sada de Arafat do cenrio ps fim ao conflito, uma vez que as terras em disputa

    tornaram-se definitivamente judaicas.d) as duas partes defrontam-se h vrias dcadas pela posse de terras e pelo controle

    da cidade sagrada Jerusalm.e) os palestinos reivindicam como ptria os territrios ocupados em 1967, por Israel,

    Cisjordnia e a Faixa de Gaza.

    Leia os textos abaixo.Bastaram menos de 15 dias de bombardeio [angloamericano] sobre Bagd para quefosse revogada a mais recente iluso de nosso tempo a de que seria possvel assistira uma guerra rpida, indolor e economicamente estimulante.

    Revista poca, n. 254, maro 2003, p. 18.

    A violncia prosseguiu ontem no Iraque, com ataques terroristas e choques comforas americanas fazendo ao menos 69 mortos e 114 feridos. Em Bagd, umcarrobomba explodiu em zona movimentada....

    Jornal Folha de So Paulo, 18/09/2004

    Com base nos textos, correto inferir quea) a superioridade tecnolgica utilizada nas guerras atuais promove uma vitria

    rpida e incontestvel.b) a guerra s pode chegar ao fim quando vantagens econmicas tiverem sido

    obtidas e tomado o poder.

    Exerccio Explicativo 5

    Desde a criao de Israel em 1947, no houve mais paz nessa regio, sendo quea cidade de Jerusulm considerada sagrada tanto pelos muulmanos comopelos judeus e, reivindicada como capital pelos dois Estados.Resposta: C

    Comentrio

  • c) o exrcito anglo-americano enfrentou ataques terroristas e reao de gruposlocais, prolongando indefinidamente a guerra.

    d) os baixos custos de guerra (materiais e humanos) so decorrncia da rapidez comque se encontrou uma soluo para o conflito.

    e) a ocupao do Iraque, pelo Reino Unido e aliados, prolonga-se at hoje, porqueos grupos xiitas e sunitas no reconhecem a supremacia norte-americana.

    Mas, na viso geopoltica desse pas, a frica funciona como uma nova fronteira derecursos. Na ltima dcada, o comrcio desse pas com a frica experimentoucrescimento assombroso, como pode-se ver no grfico a seguir. Angola, um grandeexpor ta dor de petrleo, passou a receber vultosos investi men tos e ajuda externa dessepas, a ponto de dispensar os emprstimos do FMI. O Sudo encora jado pelos inves -timentos desse pas em seus campos de petrleo, tende a ignorar as ameaas de saneseconmicas decor rentes das atrocidades cometidas pelas foras gover namentais noconflito de Darfur. O Congo, que possui imensas reservas minerais de cobre, diamantes,ouro, urnio, cobalto, recebeu do banco estatal da potncia asitica grandes investi -men tos para finan ciar obras de infra-estrutura e mo der nizao de minas.

    O texto e o grfico ao lado referem-se ao comrcio da frica com:a) a China b) a Venezuela c) os EUAd) a Frana e) a Arbia Saudita

    Atualmente os fluxos populacionais tem vrias causas como econmicas, conflitos,problemas ambientais e tem caracterizado importantes reas do planeta. Sodestacveis reas de emigrao a frica e a Amrica Latina. A Europa e os EUA tmapresentado graves problemas decorrentes da grande entrada de imigrantes.

    Analisar a ao dos estados nacionais no que se refere dinmica dos fluxos populacionais e no enfren -tamento de problemas de ordem econmico-social.

    China a maior investidora hoje na frica, seguida pela Coreia do Sul. At oBrasil investe na frica, enquanto os EUA reduziram seu interesse na frica.Resposta: A

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 6

    Os EUA encontraram resistncia no Iraque tanto de xiitas, como de sunitas ecurdos.Resposta: C

    Comentrio

    29

    Acordo de Paz Gaza Jeric 13/set/1993, pela formao da

    AP e do futuro Estado Palestino,sob controle rabe. Itzak Rabin,

    lder israelense, Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, e

    Yasser Arafat, lder

  • Os mapas ao lado representam as migraes internas no Brasil em dois diferentesperodos. O principal fator que mudou a direo das migraes no Brasil nas dcadas70 e 80 foi a expansoa) da explorao da borracha na Amaznia.b) da indstria na Regio Sudeste.c) das fronteiras agrcolas nas Regies Centro-Oeste e Norte.d) da produo de ouro no Norte e Sudeste.e) o desenvolvimento industrial do Nordeste.

    O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) um indica dor elaborado para medir aqualidade de vida das populaes. O IDH composto pela mdia entre outros trsindicadores: educao, rendimento e sade. O IDH de cada pas ou de cada estadoindica o quanto esse ndice tem que avanar para atingir pontos que so consideradosmetas ideais: expectativa mdia de vida de 85 anos, acesso generalizado educaoe um nvel de renda que proporcione dignidade. O IDH varia de 0 a 1. Quanto maisprximo de 1, melhor a qualidade de vida. Mais distante de 1, pior a qualidade de vida.

    Os mapas seguintes mostram o IDH do Brasil por estado em dois diferentes perodos:1970 e 1996.

    Adaptado do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil. IPEA/IBGE/PNUD/F. Joo Pinheiro.

    Exerccio Explicativo 1

    Exerccio Explicativo 2

    Nas dcadas de 70 e de 80, as migraes ocorrem do Sul e Sudeste para oCentro Oeste e Amaznia devido expanso das Fronteiras agrcola, doagronegcio da soja para essa regio.Resposta: C

    Comentrio

    30

    Fonte: Adaptado de SANTOS, Regina Bega.

    Migraes no Brasil. So Paulo: Scipione, 1994.

  • 31

    Nessas quase trs dcadas, o mapa do Brasil, desenhado de acordo com as classes deIDH,a) sofreu uma nica alterao, com a incorporao do estado do Paran entre os

    estados de IDH alto.b) mantm a maior parte dos estados do Norte com baixo ndice de qualidade de

    vida.c) mantm a Bahia como o nico estado do Nordeste com ndice mdio de qualidade

    de vida.d) apresenta melhoria na qualidade de vida em todos os estados brasileiros.e) apresenta sensvel aumento no IDH, aproximando-se dos pases com os melhores

    ndices de qualidade de vida.

    Depois de lutar contra a explorao capitalista, os traba lhadores tm agora que lutarcontra a falta dela. Do sistema de explorao passiva para uma situao de exclusoporque os grandes centros capitalistas precisam cada vez menos do trabalho...

    Adaptado de KURZ, R. O Colapso da Modernizao. So Paulo: Paz e Terra, 1992.

    Ao mencionar, no texto, a situao de excluso dos trabalhadores, o autor refere-sea) ao crescimento dos governos socialistas que, toman do para o Estado as empresas

    privadas, despedem os trabalhadores para empregar funcionrios pbli cos.b) ao crescimento de foras sindicais muito mais repre sentativas dos interesses das

    empresas do que dos direitos dos trabalhadores.c) reduo da participao da mo-de-obra nas inds trias como resultado da

    utilizao de tecnologias modernas de produo.d) ao contrato de aumento salarial para uma parte dos trabalhadores em troca da

    demisso dos operrios mais qualificados.e) reduo do emprego industrial devido s sucessivas crises econmicas dos pases

    capitalistas emer gen tes.

    Leia o relato do sertanista Chico Meirelles.

    Quando levei os Xavantes ao Rio de Janeiro pela primeira vez, eles quiseram saber deonde vinha nossa comida. Levei-os ao mercado, onde existe uma quantidade enor mede frutas e legumes, mas tambm existe uma mul tido de crianas e velhos catando

    Exerccio Explicativo 4

    A excluso dos trabalhadores est associada, entre vrios fatores, ao avanotecnlogo de produo.Resposta: C

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    O Brasil tem apresentado evoluo nos seus indicadores do IDH, principalmentecom a reduo da mortalidade infantil e a diminuio da taxa de analfabetos.Resposta: D

    Comentrio

  • 32

    comida no lixo. Eles me perguntaram como que ns, to ricos, permitamos aqueleespetculo.

    Revista Veja, 23/05/1973

    O espanto dos Xavantes diante da cena do mercado ocorre porque na nossa sociedadea) todos tm o acesso moradia e alimentao.b) a desigualdade social uma de suas caractersticas.c) s as pessoas que plantam tm direito alimentao.d) a caridade resolve o problema da fome.e) a excluso social o mais grave problema que atinge a populao urbana.

    Considerando as caractersticas do processo de globali zao, escolha a alternativa quemelhor complementa a frase que explica a figura ao lado.

    a) (...) aumenta o nmero de empregos.

    b) (...) alguns pases se fecham para os migrantes.

    c) (...) diminui a distncia entre ricos e pobres.

    d) (...) os pases que mais exportam so os mais pobres.

    e) (...) diminuem as empresas transnacionais.

    A fronteira entre os Estados Unidos e o Mxico um dos mais movimentados corredo -res de imigrao do mundo. Atualmente, quase 10% da populao americana constituda por imigrantes e os mexicanos representam 27% desse contingente. Afron teira entre os dois pases, em alguns pontos, chega a ser protegida por aramefarpado. O fluxo migratrio entre os dois pases citados no texto atribudo a muitosfatores, entre os quais podemos apontara) o descompasso ou desigualdade econmica e demogrfica entre os dois pases.b) as aes do governo americano de incentivo entrada de empregados para as

    fazendas agrcolas do sul do pas.

    Exerccio Explicativo 6

    A charge indica a bandeira que os pases ricos, como EUA e europeus,estabelecem impedindo a entrada de mi grantes, em geral, vindos de pases doSul.Resposta: B

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 5

    A populao brasileira apresenta graves problemas como desigualdade social,concentrao de renda, fome, alta taxa de analfabetismo, favelamento, altamortalidade infantil, gra ves problemas ambientais, congestionamento de trn -sito, falta de infraestrutura e saneamento bsico (es goto, gua encanada)Resposta: B

    Comentrio

    Enquanto o capital seinternacionaliza, (...)

    VERSSIMO, Luis Fernando. A parquiado mundo. O Estado de S. Paulo, 24 deabril de 2002.

  • c) a atrao exercida pelas terras abertas a novas reas de colonizao no oesteamericano.

    d) a poltica do governo americano de oferecer aos mexicanos o green card,conhecido documento para permanncia nos Estados Unidos.

    e) o grande desemprego no Mxico provoca a migrao para o Canad e os EUA.

    Destacar o papel da ONU, do Banco Mundial, da Otan, dos blocos econmicosregionais como Unio Europeia, Nafta, Alba e Unasul e comparar G7, G8 e G20.

    O texto refere-se s terras indgenas.A criao dessas reas tem como finalidade proteger e garantir a sobrevivncia dos

    grupos indgenas.Elas so controladas pela FUNAI.

    No entanto, parte dessas terras ainda no est de marcada, o que facilita a entradanessas reas e sua utilizao para outras atividades como a agropecuria, a minerao,a extrao de madeiras, a construo de hidreltricas e rodovias. Muitos grupos indgenasabando nam suas terras, encontrando srios problemas para sua sobrevivncia.

    Adaptado de www.ibge.gov.br

    Alm da FUNAI e dos ndios, esto envolvidos no proces so de demarcao de terrasindgenasa) grupos dos sem-terra e comerciantes.b) empresrios e governos.c) grileiros e ambulantes.d) embaixadas estrangeiras e comerciantes.e) o senado e a ONU.

    A demarcao de terras ndigenas envolve a FUNAI, os ndios, o governo eempresrios, como os proprietrios de terras.Resposta: B

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 1

    Comparar o significado histrico-geogrfico das orga -nizaes polticas e socioeconmicas em escala local,regional ou mundial.

    As crises econmicas do Mxico provocaram forte migrao para os EUA, devidoao seu poderio econmico.Resposta: A

    Comentrio

    33

  • Uma caracterstica do mundo atual a formao de blo cos com o objetivo deintegrao. Por exemplo, a EU (Unio Europeia), a Nafta (integrando Estados Unidos,Canad e Mxico), e o Mercosul (envolvendo Brasil, Ar gentina, Uruguai e Paraguai).A principal caracterstica da formao dos blocos citados no texto de natureza:a) religiosa. b) poltica. c) econmica.d) geogrfica. e) ambiental.

    As naes do mundo renem-se em organizaes com objetivos diferentes. Temospor exemplo:

    Unesco: Organizao das Naes Unidas para a Edu cao, a Cincia e a Cultura.

    ONU: Organizao das Naes Unidas

    OIT: Organizao Internacional do Trabalho

    FMI: Fundo Monetrio Internacional

    Alca: rea de Livre Comrcio das Amricas

    Se em uma determinada regio for constatado o abuso do trabalho infantil, proibidopor lei, e nada for feito pelas autoridades locais, a denncia do fato deve ser enca -minha da s organizaes:a) Alca e OIT b) FMI e ONU c) Unesco e OITd) ONU e Alca e) Banco mundial e OCDE

    A nova Rssia a partir de 2000, estabilizou a econo mia e, sob o influxo da escaladados preos do pe trleo, experimentou forte crescimento do PIB. A dependnciaeuropeia do gs russo tornou-se um elemento estratgico no jogo da poltica externade Moscou. Agora, o governo russo pretende barrar a expanso da OTAN definindoos limites da CEI (Comunidade dos Estados Independentes) como a sua fronteira de

    Exerccio Explicativo 4

    O trabalho infantil controlado por organizaes inter nacionais como UNESCOe OIT.Resposta: C

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 2

    Exerccio Explicativo 3

    Com o fim da Guerra Fria no incio da dcada de 1990, a nova ordem passoua ser multipolar, caracterizando pela criao de blocos econmicos como oNAFTA e o Mercosul.Resposta: C

    Comentrio

    34

    ONUOrganizao das Naes Unidas

  • segurana. Em agosto de 2008, Putin enviou uma mensagem ao Ocidente: a tentativade avanar alm dessa fronteira implicaria em confron tao militar.

    Na Cpula de Bucareste da OTAN, em abril de 2008, os EUA anunciaram seu desejode que se incorporasse organizao militar os seguintes pases:a) Ucrnia e Gergia. b) Litunia e Letnia.c) Bulgria e Romnia. d) Armnia e Hungria.e) Grcia e Turquia.

    As tenses passaram a se acumular desde 2004, quando ocorreu a revoluodas rosas na Gergia e em 2005, a revoluo laranja na Ucrnia. A Ucrniadepende do petrleo e gs natural da Rssia, bem como cortada pelos dutosrussos que abastecem a Europa.Resposta: A

    Comentrio

    35

  • 36

    Com a Nova Ordem Mundial, uma nova forma de atuao internacional tem sedestacado e expandido no espao mundial. Calcula-se que, hoje, existam cerca de 10milhes desse tipo de instituies denominadas ONG no apenas no Brasil como emtodo mundo, das quais 50 mil tm, pelo menos, uma ao internacional. O dinamismoe a atuao na sociedade dessas organizaes tm sido, em alguns casos, maiseficiente que o Estado.

    O sucesso das organizaes acima mencionadas, quando comparado atuao doEstado, deve-sea) a um grupo de pessoas com poder de deciso sobre as regras e leis de um ter -

    ritrio.b) a atuao sempre associada ao governo, que simpatiza com causas comunitrias.c) a sua organizao sem fins lucrativos, que conta com o trabalho voluntrio de

    seus militantes.d) aos altos investimentos em pesquisa cientfica para se evitarem catstrofes naturais

    e suas implicaes.e) terceirizao das atividades industriais, que conseguem superar a iniciativa estatal.

    Atualmente os movimentos sociais tem provocado grande transformao naorganizao espacial do planeta, especialmente na Europa, em pases do OrienteMdio (Ir), como na China, os tibetanos e os uigures.

    Em um confronto entre policiais e camels no centro de So Paulo, foram colhidos porum reprter de TV dois de poimentos: o do proprietrio de uma loja e o de um camel.Depoimento 1Esta situao est ficando insustentvel. No h lugar para os pedestres circularemlivremente pela calada e isso prejudica meus negcios. O preo dos produtos desses

    Exerccio Explicativo 1

    Reconhecer a dinmica da organizao dos movimen -tos sociais e a importncia da participao da coleti vi -da de na transformao da realidade histrico-geo-grfica.

    As Organizaes no governamentais ONGS formam o terceiro setor e secaracterizam por no terem fins lucrativos e contarem com trabalho voluntrio,como o Greenpeace, os Mdicos sem Fronteiras, Tudo pela Educao e muitasoutras.Resposta: C

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 5

  • camels uma afronta, porque, como no pagam impostos e s trabalham commercadorias contraban deadas ou roubadas, no h concorrncia que resista.

    Proprietrio de uma loja na regio central de So Paulo.

    Depoimento 2Eu era metalrgico, e fui demitido. O que antes eu fazia, hoje um monte de mquinasfaz no meu lugar. Eu no con sigo arrumar outro emprego, porque as outras fbri castambm esto demitindo. A crise est muito brava. Peguei meu Fundo de Garantia eapostei tudo nisso. Monto minha barraca onde tem mais gente pas sando pra poderfaturar um pouco e sustentar minha famlia.

    Vendedor ambulante do centro de So Paulo.

    Os depoimentos acima indicam quea) a crise econmica e o desemprego prejudicam pro prietrios e trabalhadores.b) os comerciantes so os nicos prejudicados pela crise do desemprego.c) a crise econmica pode ser resolvida pelo comrcio dos camels.d) donos das lojas e camels esto unidos contra a crise.e) a crise econmica j foi superada pelos proprietrios e camels.

    Em Nancy, manifestantes atiraram pedras na polcia e vandalizaram automveis. EmMarselha e Grenoble, outras grandes cidades do interior, as manifestaes ocorreramsem maiores incidentes. Toulouse foi palco de um conflito inslito para os padresfranceses. O reitor precisou fechar a universidade depois de confrontos entrepartidrios e adversrios de uma greve contra a nova lei do governo.

    Folha de S. Paulo, 18/3/2006.

    Em 2006, centenas de milhares de pessoas saram s ruas na Frana para protestarcontra a lei do governo que estimula a contratao de recm formados, mas, aomesmo tempo, reduz os direitos trabalhistas nos primeiros 24 meses de contrato. Aonda de protestos desgasta a imagem do primeiro-ministro francs, que poderconcorrer ao cargo de presidente nas eleies de 2007. No caso francs, a populaoa) mostrou-se capaz de se organizar e interferir nas decises polticas nacionais.b) cometeu atos de vandalismo que mostram a falncia dos movimentos sociais.c) pretendia criticar o primeiro-ministro, sendo a lei dos recm formados um pretexto.d) realizou atos isolados, representando os interesses de grupos minoritrios.e) demonstrou que a xenofobia continua crescendo na Frana.

    As manifestaes ocorridas na Frana mostraram-se capazes de se organizareme interferirem nas decises polticas.Resposta: A

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 2

    Os depoimentos indicam que tanto os proprietrios como os camelos soprejudicados pela crise econmicaResposta: A

    Comentrio

    37

  • Leia:Em Braslia, o MST promete ampliar aes em 2005.Mais de oito mil militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra

    (MST) cercaram na quinta-feira a sede do Banco Central e prometeram ampliar a suaatuao em 2005, se no receberem mais verbas para acelerar a reforma agrria noBrasil. O coordenador nacional do grupo, Joo Pedro Stdile, disse que os sem-terravo fazer a reforma agrria por conta prpria no ano que vem...

    O MST realizou em abril a sua maior onda de ocupaes de terras em cinco anos,e Stdile disse que no ano que vem as aes sero ainda mais frequentes. Em abril emaio, pode haver muita luta neste Pas, disse Stdile durante a passeata de doisquilmetros no Plano Piloto de Braslia.

    Stio Terra Notcias.

    http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0..O1429123-EI1774.00.htmal.

    25/11/2004.

    A partir da notcia, considere as seguintes afirmaes, em relao ao movimento socialem questo:I. a ocupao de terras no campo uma estratgia para acelerar a reforma agrria.II. as marchas e protestos so formas de chamar a ateno para as reivindicaes.III. a concesso de verbas para a reforma agrria elimina os conflitos no campo.Esto de acordo com as aes e perspectivas do MST o que est dito nas afirmaesa) I, II e III. b) I e II, somente. c) II e III, somente. d) I e III, somente. e) nenhuma das afirmaes

    A disputa em torno da demarcao do territrio ao norte do Estado vai muito alm de18 mil ndios e alguns produtores de arroz. Os que contestam a demar cao so umgrupo de arrozeiros, que che garam regio nos anos 1990 e permaneceram ilegal -mente nas terra, mesmo depois de terem sido indenizados pelo Governo Federal,conforme deter mina a legislao. Enquanto a produo de arroz representa menosde 2% do PIB estadual, os ndios de Raposa Serra do Sol tm o maior rebanho doestado e uma parcela signifi cativa do abastecimento de gneros alimen tares (milho,arroz, feijo e mandioca) das cidades prximas terra indgena.A manuteno da terra indgena Raposa Serra do Sol representa, neste momento emque completamos 20 anos da Constituio de 1988, a vitria do governoa) de Rondnia. b) do Acre. c) de Roraima. d) do Par. e) do Amazonas.

    O Estado de Roraima possui jurisdio sobre as terras in dgenas, devendo alimplementar polticas pblicas na rea de sade, educao e outras.Resposta: C

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 4

    Esto corretas as afirmaes I e II. As verbas destinadas ao MST no eliminamos conflitos no campo.Resposta: B

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 3

    38

  • O ESTADO E O DIREITOOs seres humanos nem sempre conviveram pacificamente.

    Contudo, devemos reconhecer que muitos progressos foramfeitos para conter a violncia e regular o convvio entre oshomens nos ltimos 5.000 anos. Nesse perodo, apareceramduas instituies fundamentais que subsistem at hoje,organizando todas as sociedades humanas: o Estado e oDireito. Estas solues inventadas pelo homem foram tofundamentais que, hoje, Estado e Direito s existem vinculadosum ao outro.

    ORIGENSO estudo do Direito tem sua origens e fundamentos na

    histria dos romanos. Os romanos procuraram, de fato,constituir uma nova cincia, chamada direito civil (ou direitoda cidade), cujo fim era o servio da igualdade (a igualdadepossvel, pelo menos) na repartio dos bens e nos litgios entreos cidados.

    A RELIGIO COMO LEIA religio colabora neste processo histrico de melhoria das

    formas de convvio entre os homens por conter um cdigo deproce dimentos que determina o que bom e o que mau,discriminando assim o que os homens podem fazer e o que lhes proibido, numa dimenso moral que regula o convvio entre oshomens.

    Muitas religies relacionaram-se frequentemente com asdiferentes formas adquiridas pelo Estado e pelo Direito ao longoda Histria. Isso acontece ainda hoje em alguns pases, comoIsrael, Ir ou o Vaticano. Nesses casos, o Estado chamadoconfessional.

    O ESTADO E O DIREITOO Estado e o Direito surgiram para regulamentar a convi -

    vncia entre os cidados, a sucesso no governo do Estado e apunio para os usurpadores.

    O CDIGO LEGALHouve um tempo no qual os homens no seguiam nenhum

    conjunto de leis organizadas, mas posteriormente, passaram a sergovernados de acordo com um cdigo legal. Essas leis visavam agarantir o bem comum (a paz, a liberdade, a segurana, a garan -tia das condies essenciais para a sobrevivncia e a reproduodo grupo), dando origem ao que chamamos de sociedade.

    Competncia de rea 3 - Compreender a produo eo papel histrico das instituies sociais, polticase econmicas, associando-as aos diferentes grupos,conflitos e movimentos sociais.

    39

  • 40

    A LIMITAO DOS ESPAOSExistindo vrias sociedades, a aplicao desse cdigo legal limitava-se ao espao

    onde habitavam os cidados, protegendo-os e punindo todo aquele que o deso -bedecesse, fosse este, cidado ou no (como era o caso dos estrangeiros e dosescravos).

    O DESPOTISMOEsse tipo de Estado tinha como caracterstica definidora, da sua constituio, um

    sistema de governo fundamentado no poder de dominao sem limites, em benefciodo prprio governante. Era militarmente forte e os instrumentos de governo eramaltamente concentrados nas mos do governante.

    A INFLUNCIA DA RELIGIOA partir do sculo XVI XVII, com a afirmao dos Estados nacionais modernos

    era necessrio se legitimar e garantir a sua permanncia diante da populao. Paratanto, eles assimilaram as formas de organizao poltica j existentes nessassociedades e, sobretudo, incorporaram a dimenso moral presente na cultura religiosapredominante em cada poca (o paganismo romano e o cristianismo, respectiva -mente). O Estado passou a se caracterizar ento:

    a) como uma forma de organizao baseada no exerccio exclusivo e legtimo dafora,

    b) mas tambm como uma forma de organizao que, ao se apresentar comolegtima diante dos cidados, exprime-se atravs de leis que determinam osdeveres dos cidados.

    O ORDENAMENTO DO ESTADOSegundo o cientista poltico italiano Norberto Bobbio, o Direito recorre, em ltima

    instncia, fora fsica para obter o respeito das normas. Isso fica claro nas formaslegais de punio dos contraventores das leis: multa, priso e, s vezes, mesmo acondenao morte. Por isso, o Estado, que deveria visar o bem comum, conforme

    vimos acima, pode tornar-se tambm um poderosoinstrumento de dominao e de explorao dos prprioscidados, na medida em que ele ocupado apenas pordeterminados setores ou classes sociais, excluindo osdemais. O Direito , portanto, um ordenamento (umaorganizao posta em prtica atravs de leis) que, aindaque seja estabe lecido a partir de um consenso social, sse realiza atravs da fora e em defesa de determinadosprincpios que podem:a) ser consensuais (quando o bem comum contem -

    plado),b) apenas aparentar ser consensuais, pois, nesse caso,

    traduziriam apenas os interesses particulares de quemgoverna, ou do grupo social para quem se governa.

    O ESTADO DE NATUREZA E O ESTADO CIVILO estado (condio) de natureza aquele em que o

    homem segue seus prprios impulsos, agindo como umanimal selvagem, em constante estado de tenso, ondeo mais forte tenta dominar sobre o mais fraco. J noestado civil, os indivduos buscam um consenso e passama adotar um conjunto de leis com o intuito de promover

  • o bem comum. O processo histrico possibilitou o aparecimento do Estado e do Direitoseparando duas idades do Homem: a poca em que vivia num estado de naturezae a poca em que passou a viver num estado civil.

    O ESTADO E O DIREITO CIVILThomas Hobbes utilizava, ainda, uma outra expresso para dizer que o estado de

    natureza (isto , o estado em que o homem vive antes da criao do Estado e doDireito) equivale a um estado de guerra de todos contra todos: ele dizia que, no estadode natureza, o homem como um lobo para o homem. O Estado e o Direito surgempara conter no s os impulsos mais egostas dos homens, mas tambm a ao debandos fortes e organizados que podiam prejudicar a sobrevivncia e a reproduo deoutros grupos de seres humanos.

    Ao integrar uma determinada sociedade, o homem adquire uma srie de direitos(que remetem, em ltima instncia, s condies necessrias para a sua sobrevivnciae reproduo), mas tambm uma srie de deveres (com relao ao Estado e com relaoaos demais cidados, para que o Estado e a prpria sociedade possam sobreviver).

    Ainda segundo Thomas Hobbes, a fora do Estado residia na fora que cadaindivduo lhe delegava no momento da sua criao: por isso dizemos que o Estado uma forma de organizao baseada no exerccio exclusivo e legtimo da fora; s elepode us-la (atravs da polcia ou do exrcito), e o exerccio dessa fora legtimo namedida em que ela usada para o bem comum e contra os indivduos ou grupos queagem contra os interesses do conjunto da sociedade.

    A IGREJA ROMANAPara a Igreja romana, como herdeira do Imprio Romano, o direito civil aparece

    como um instrumento privilegiado de organizao da vida dos homens em sociedade.

    A TRADIO JURDICAA perspectiva histrica leva-nos a reconhecer a tradio jurdica romana como uma

    matriz fundante do modelo ocidental, que foi generalizada em seguida e encontra-se,ainda hoje, na base da Constituio da maior parte dos pases, (mas existem outrossistemas, como o direito chins, o hindu etc.).

    OS ESTADOS E O DIREITO INTERNACIONALAssim como, dentro de um Estado o Direito

    fundamental para garantir o bem comum (a paz, aliberdade, a segu rana, a garantia das condiesessenciais para a sobrevivncia e a reproduo dogrupo), o direito internacional surge da necessida dede buscar os mesmos fins entre os vrios Estados.

    A ONUO direito internacional equivale ao direito civil,

    mas transposto para a esfera dos Estados. Isto ,cada Estado individual men te deve reconhecer umdireito inter nacional comum a todos eles para quese possam resolver de forma no beligerante osconflitos que possam surgir, sejam eles territoriais,comerciais, ou outros. Baseado, nesse pensa -mento surgiu a Organizao das Naes Unidas,logo aps a Segunda Guerra Mundial.

    41

    Sede da ONU, em Nova York.

  • (UNESP) Observe a figura.

    A respeito do contexto apresentado, correto afirmar:a) a imagem demonstra que os agricultores das margens frteis do rio Nilo

    desconheciam a escrita.b) ao contrrio da economia da caa de animais, que exigia o trabalho coletivo, a

    agricultura no originava sociedades humanas.c) a imagem revela uma apurada tcnica de composio, alm de se referir

    economia e cultura daquele perodo histrico.d) os antigos egpcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econmicas

    do artesanato e da criao de animais.e) a imagem comprova que as produes culturais dos homens esto desvinculadas

    de suas prticas econmicas e de subsistncia.

    Exerccio Explicativo 1

    Identificar registros de prticas de grupos sociais notempo e no espao.

    42

    (Egito. Sculo XIII a. C.)

  • 43

    Uma antiga profecia maia, datada do sculo XIII, afirmava: a terra queimare haver grandes crculos brancos no cu. A amargura surgir e a abundnciadesaparecer. A poca mergulhar em graves trabalhos. De qualquer modo,isso ser visto. Ser o tempo da dor, das lgrimas e da misria. o que estpor vir. Frei Bartolomeu de Las Casas, telogo e missionrio dominicanoespanhol (sculo XVI), retomou essa curiosa profecia para retratar um episdiomarcante para a histria da Amrica e do prprio Ocidente.

    Trata-se:a) do genocdio das populaes de iroqueses e outras etnias pelos colonos

    ingleses na Amrica do Norte, o que explica a predominncia depopulao de origem europeia, at recentemente, nos Estados Unidosda Amrica.

    b) das guerras de independncia que as colnias da Amrica Espanholaprecisaram travar contra sua Metrpole, no primeiro quartel do sculoXIX.

    c) da fundao da cidade-estado de Tenochtitln, no Vale do Mxico (1235 d.C.), edo imperialismo mexica (asteca), que subjugou as demais cidades-estado daregio.

    d) da conquista da Amrica pelos espanhis, que resultou num desastre demogrficodas populaes americanas e na imposio de formas compulsrias de trabalho,como a mita e a encomienda.

    e) da disputa interna, no Imprio Inca, entre Atahualpa e Huascar pela soberania emCuzco, que gerou destruio, misria e retrao da economia agrcola.

    A conquista de colnias na Amrica pelos espanhis processou-se em meio auma extraordinria brutalidade contra as populaes indgenas. Essa violncia(que poderia ser identificada na profecia maia citada no enunciado) foiamplamente denunciada por clrigos que a presenciaram, entre os quaisBartolom de las Casas, se tornou o mais conhecido. Alis, as denncias feitaspelos membros da Igreja sobre o assunto levaram a Coroa Espanhola, j nosculo XVI, a proibir a escravizao dos nativos. Para contornar esse empecilho empresa colonizadora, a mo-de-obra indgena foi submetida a duas formasde trabalho consideradas menos injustas: a mita (compensada com umapequena remunerao) e a encomienda (em troca de assistncia espiritual).Resposta: D

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 2

    A arte egpcia apresentou basicamente trs vertentes temticas: a mitologia, opoder do fara e a vida cotidiana. Esta ltima, com suas implicaes socioeco -nmicas (importncia da economia agrcola), foi escolhida pelo examinador parailustrar a questo.Quanto ao contexto cultural, possvel perceb-lo nas inscries (em demtico,em vez de hierglifos) que ocupam parte da composio.Resposta: C

    Comentrio

  • 44

    Leia os versos seguintes.

    Itlia bela, mostre-se gentile os filhos no a abandonaro,seno vamos todos para o Brasil,e no se lembraro de retornar.Aqui mesmo ter-se-ia no que trabalharSem ser preciso para a Amrica emigrar.

    O sculo presente j nos deixa,o mil e novecentos se aproxima.A fome est estampada em nossa carae para cur-la remdio no h.A todo momento se ouve dizer:eu vou l, onde existe a colheita do caf.

    (Cano Italia bella, mostrati gentile. Apud Zuleika M. F. Alvim. Brava gente!)

    Os versos fazem parte de um contexto no quala) os italianos emigravam para o Brasil em decorrncia

    de acordos entre os dois pases, envolvendo contratosde trabalhos sazonais para a colheita do caf.

    b) a imigrao italiana foi favorecida pela promulgaoda Lei de Terras brasileira de 1850 que forneciacrditos para compra de lotes para produo de caf.

    c) as condies econmicas da Itlia favoreciam aemigrao para as regies cafeeiras em expansoaps a abolio da escravido no Brasil.

    d) a industrializao na Itlia conduzia o pas a umapoltica internacional de acordos com o Brasil paraque os italianos se tornassem cafeicultores.

    e) a emigrao italiana para o Brasil tendia a crescerdevido s propagandas dos grupos pacifistasrealizadas durante as guerras de unificao da Itlia.

    Exerccio Explicativo 3

    O texto descreve o grande processo de imigrao italiana para o Brasil,caracterizando a situao dos dois pases no final do sculo XIX: a Itlia em crisee o Brasil vivendo a expanso cafeeira. A crise italiana acentuou-se aps aUnificao, atingindo principalmente os camponeses, que possuam comoalternativa a emigra o. A expanso da lavoura no Brasil necessitava de mo-de-obra, principalmente aps a abolio da escra vido (1888).Resposta: C

    Comentrio

  • 45

    (UFSCar) Analise a imagem a seguir.

    correto afirmar que a imagem representaa) uma cena do cotidiano dos hititas, na pesagem de mercadorias comercializadas

    com o povo egpcio.b) acontecimentos do sonho de Moiss, de libertao do povo hebreu, quando era

    prisioneiro do fara egpcio.c) o incio do mundo para os antigos egpcios, quando Nut, deusa do cu e das

    estrelas, anuncia sua vitria diante de Chu, deus do Ar.d) o livro dos mortos dos egpcios, com Osris direita e Anbis ao centro, pesando

    o corao de um morto para avaliar sua vida.e) deuses egpcios da poca da antiga dinastia ptolo maica: Amm-R direita, Thot

    acima e Set e Aton ao centro.

    Os egpcios acreditavam que as almas dos mortos eram julgadas e, conforme oseu comportamento em vida, seriam recompensadas com a volta ao corpo euma vida alm-tmulo ou se condenadas, seriam destrudas. O julgamentoera realizado pelo deus Osris, diante do qual Anbis (deus dos mortos) pesavaa alma do morto.Resposta: D

    Comentrio

    Exerccio Explicativo 4

  • Somos servos da lei para podermos ser livres.Ccero

    O que apraz ao prncipe tem fora de lei.Ulpiano

    As frases acima so de dois cidados da Roma Clssica que viverampraticamente no mesmo sculo, quando ocorreu a transio daRepblica (Ccero) para o Imprio (Ulpiano).

    Tendo como base as sentenas acima, considere as afirmaes:I. A diferena nos significados da lei apenas aparente, uma vez que

    os romanos no levavam em considerao as normas jurdicas.II. Tanto na Repblica como no Imprio, a lei era o resultado de

    discusses entre os representantes escolhidos pelo povo romano.III. A lei republicana definia que os direitos de um cidado acabavam

    quando comeavam os direitos de outro cidado.IV. Existia, na poca imperial, um poder acima da legislao romana.

    Esto corretas, apenas:a) I e III. b) I e II. c) II e III.d) II e IV. e) III e IV.

    A assero III corrobora o texto de Ccero, escrito quan do Roma ainda era umaRepblica e as instituies po l ticas, administrativas e judicirias se subordinavama uma legislao que visava proteger o cidado. J o tex to de Ulpiano serelaciona com a assero IV, pois de fen de o despotismo imperial como supremafonte de di reito.

    Obs.: Ccero (106-43 a.C.) e Ulpiano (170 - 228 d.C.) no viveram pratica -men te no mesmo s cu lo, j que entre a morte do primeiro e o nas ci men to dosegundo decorreram mais de 200 anos.Resposta: E

    Comentrio

    Analisar o papel da justia como instituio na orga -nizao das sociedades.

    Exerccio Explicativo 1

    46

    Ccero

    Ulpiano

  • Constituio de 1824:Art. 98. O Poder Moderador a chave de toda a organizao poltica, e delegadoprivativamente ao Imperador. (...) para que incessantemente vele sobre a manutenoda Independncia, equilbrio, e har monia dos demais poderes polticos (...) dissolvendoa Cmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvao do Estado.

    Frei Caneca:O Poder Moderador da nova inveno maquiavlica achave mestra da opresso da nao brasileira e o garrotemais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperadorpode dissolver a Cmara dos Deputados, que arepresentante do povo, ficando sempre no gozo de seusdireitos o Senado, que o representante dos apaniguadosdo imperador.

    (Voto sobre o juramento do projeto de Constituio)

    Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pelaConstituio outorgada pelo Imperador em 1824 eraa) adequado ao funcionamento de uma monarquia

    cons ti tu cional, pois os senadores eram escolhidospelo Impe rador.

    b) eficaz e responsvel pela liberdade dos povos, porquegarantia a representao da sociedade nas duasesferas do poder legislativo.

    c) arbitrrio, porque permitia ao Imperador dissolver aC ma ra dos Deputados, o poder representativo dasocie da de.

    d) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise,pois era incapaz de controlar os deputados represen -tan tes da Nao.

    e) capaz de responder s ex