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CURSO REGULAR DE DIREITO ELEITORAL – NÍVEL MÉDIO (TEORIA E EXERCÍCIOS) AULA DEMONSTRATIVA PROFESSORES: WESLEI MACHADO & MARCOS CARVALHEDO www.foconosconcursos.com.br 1 Weslei Machado é Analista Judiciário do TSE, especialista em Direito Constitucional, professor de vários cursos preparatórios para concursos públicos e autor de diversos livros jurídicos. Marcos Carvalhedo é Analista Judiciário do TSE, especialista em Direito Processual Civil e Direito do Trabalho, professor e autor de diversos livros jurídicos. Apresentamos a vocês a 2ª aula do Curso de Direito Eleitoral por Analistas do TSE – Teoria e Exercício. Este curso é inteiramente GRATUITO, e contará com tutoria dinâmica na Fan Page (facebook) da CONSTITUIÇÃO E CÓDIGOS ANOTADOS. Aproveitem o curso! CURSO REGULAR DE DIREITO ELEITORAL -NÍVEL MÉDIO (TEORIA E EXERCÍCIOS) 2ª AULA 1. Organização e composição (continuação) 1.1 Tribunal Regional Eleitoral 1.1.1. Jurisdição e Sede 1.1.2. Composição do TRE 1.1.3. Processo de Escolha de Membros do TRE 1.1.3.1 Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador/TJ e Juiz de Direito/JE 1.1.3.2 Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/JF

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CURSO REGULAR DE DIREITO ELEITORAL – NÍVEL MÉDIO (TEORIA E EXERCÍCIOS) AULA DEMONSTRATIVA

PROFESSORES: WESLEI MACHADO & MARCOS CARVALHEDO

www.foconosconcursos.com.br 1

Weslei Machado é Analista Judiciário do TSE, especialista em Direito

Constitucional, professor de vários cursos preparatórios para concursos

públicos e autor de diversos livros jurídicos.

Marcos Carvalhedo é Analista Judiciário do TSE, especialista em Direito

Processual Civil e Direito do Trabalho, professor e autor de diversos livros

jurídicos.

Apresentamos a vocês a 2ª aula do Curso de Direito Eleitoral por

Analistas do TSE – Teoria e Exercício.

Este curso é inteiramente GRATUITO, e contará com tutoria dinâmica

na Fan Page (facebook) da CONSTITUIÇÃO E CÓDIGOS ANOTADOS.

Aproveitem o curso!

CURSO REGULAR DE DIREITO ELEITORAL -NÍVEL MÉDIO

(TEORIA E EXERCÍCIOS)

2ª AULA

1. Organização e composição (continuação)

1.1 Tribunal Regional Eleitoral

1.1.1. Jurisdição e Sede

1.1.2. Composição do TRE

1.1.3. Processo de Escolha de Membros do TRE

1.1.3.1 Escolha de Membros do TRE das Classes de

Desembargador/TJ e Juiz de Direito/JE

1.1.3.2 Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/JF

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1.1.3.3 Escolha de Membros do TRE da Classe dos

Advogados

1.1.4 Vedações a Escolha dos Membros do TRE

1.1.5 Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Regional Eleitoral

1.1.6 Temporalidade no Cargo de Membro do TRE

1.2 Juiz Eleitoral

1.2.1 Processo de Escolha do Juiz Eleitoral

1.2.2 Jurisdição do Juiz Eleitoral

1.2.3 Temporalidade no Cargo de Juiz Eleitoral

1.3 Junta Eleitoral

1.3.1 Composição das Juntas Eleitorais

1.3.2 Processo de Escolha dos Membros da Junta Eleitoral

1.3.3 Vedações a Escolha de Membros da Junta Eleitoral

2. Resumo da aula

3. Texto Legal

4. Exercícios Propostos

5. Gabarito “Seco”

6. Gabarito Comentado

7. Referências Bibliográficas

1. COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL

Caro amigo! Nas duas primeiras aulas deste curso (demonstrativa e

1ª aula) estudamos a organização e o funcionamento da Justiça Eleitoral.

Agora, nesta aula, vamos estudar um assunto muito cobrado em

concursos públicos: a competência da Justiça Eleitoral.

Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências

dos seus órgãos: TSE, TRE’s, Juizes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Partindo

desse pressuposto, um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria

ser exaustivo e enfadonho, haja vista que, em geral, os cursos se limitam a

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transcrever as competências de cada órgão contidas no Código Eleitoral,

com um ou outro comentário que, infelizmente, não acrescentam muito ao

texto legal.

Neste curso vamos fazer diferente! Ao invés de estudar uma a uma

as competências de cada órgão, vamos, na 1ª parte desta aula, estudá-las

por assunto e comparativamente. Com efeito, ao analisar, por exemplo, a

competência para o registro de candidatura, vamos fazê-la, de uma só vez,

sob o enfoque do TSE, do TRE e do Juiz Eleitoral. Somente algumas

competências que não possam ser estudadas com ou uso dessa

metodologia e que, obviamente, mereçam destaque serão tratadas

isoladamente na 2ª e última parte da aula.

Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-lo que a

Justiça Eleitoral é uma Justiça peculiar, que apresenta algumas funções

específicas e próprias, não encontradas nas demais. Por isso vamos

relembrar rapidamente essas funções:

• Função Administrativa – trata-se da função de organização do

eleitoral, administração e fiscalização das eleições;

• Função Consultiva – função de responder, sobre matéria

eleitoral, as perguntas que lhe forem feitas sobre a interpretação

e aplicação das leis em tese;

• Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve com caráter

de definitividade litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito

eleitoral ao caso concreto.

• Função Regulamentar – o TSE pode expedir normas

regulamentares para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para

tanto, poderá expedir instruções. Esse poder foi atribuído ao TSE

pelo art. 1º, parágrafo único, do CE e pelo art. 105 da Lei n.

9.504/97.

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Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a

cargo de lei complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça

Eleitoral.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e

competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas

eleitorais.

Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça

Eleitoral não houve a edição de nenhuma lei complementar, e sim a

recepção da Lei Ordinária nº 4.737/65 - Código Eleitoral – com status de lei

complementar, especificamente na parte que trata da definição de

competência dos órgãos da Justiça Eleitoral.

Portanto o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral

revela-se no estudo do Código Eleitoral, mais precisamente Nos quatro

títulos da sua “PARTE SEGUNDA”.

Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser

utilizada, vamos começar efetivamente nosso estudo. O registro de

candidatura é o nosso primeiro assunto.

1 1ª PARTE – ESTUDO COMPARATIVO DAS COMPETÊNCIAS DA

JUSTIÇA ELEITORAL

1.1 DATAS DAS ELEIÇÕES

Segundo o art. 23, VI, do CE, compete privativamente ao TSE fixar as

datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República,

senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei.

De modo similar, compete privativamente ao TRE, nos termos do art.

30, IV, do CE, fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador,

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deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz,

quando não determinada por disposição constitucional ou legal.

Da análise desses dispositivos legais, conclui-se, de imediato, que a

competência dos órgãos da Justiça Eleitoral – TSE e TRE - para fixar datas

de eleições para cargos eletivos é residual. Isso significa que se tais datas

já houverem sido objeto de fixação em lei, ficam sem aplicação os

dispositivos legais que conferem aos órgãos da Justiça Eleitoral esta tarefa.

Atualmente, em face da existência dos arts. 28 e 29, II, da CF, e arts.

1º e 2º da Lei nº 9.504/97, que fixam as datas dos referidos cargos

eletivos, não se faz necessária a atuação dos órgãos da Justiça Eleitoral.

Note-se, entretanto, que os dispositivos do CE que conferem a

competência em análise aos órgãos da Justiça Eleitoral não estão

revogados, mas apenas momentaneamente sem aplicação. Caso os

dispositivos legais que hoje regem a matéria sejam revogados, podem sim

os órgãos da Justiça Eleitoral atuar no vazio legislativo.

Para facilitar seu estudo, vamos a um quadro esquemático.

FIXAÇÃO DE DATAS DE CARGOS ELETIVOS

(competência residual)

CARGOS ELETIVOS ÓRGÃO COMPETENTE

Presidente e Vice-Presidente da República

Senadores

Deputados federais

TSE

Governador e Vice-Governador

Deputados estaduais

Prefeitos e vice-prefeitos

Vereadores

Juízes de paz

TRE

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1.2 REGISTRO DE CANDIDATURA

O registro de candidatura é uma competência da Justiça Eleitoral

comum a três de seus órgãos: TSE, TRE e Juiz Eleitoral.

A definição da competência de cada órgão da Justiça Eleitoral quanto

ao registro de candidatura é definida em função da circunscrição da eleição.

Assim temos:

COMPETÊNCIA: REGISTRO DE CANDIDATO

CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL

Presidente

Vice-Presidente

País

TSE

Art. 22, I, a, CE

Governador

Vice-Governador

Deputado Federal

Senador

Deputado Estadual

Estado

TRE

Art. 29, I, a, CE

Prefeito

Vice-Prefeito

Vereador

Município

Juiz Eleitoral

Art. 35, XII, CE

1.3 EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS

Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus

diplomas assinados pelo órgão competente da Justiça Eleitoral.

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EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS

CARGOS ELETIVOS COMPETENTE

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

TSE

GOVERNADOR

VICE-GOVERNADOR

DEPUTADO FEDERAL

SENADOR

DEPUTADO ESTADUAL

TRE

PREFEITO

VEREADOR

JUNTA ELEITORAL

É muito comum pensar que cabe aos juízes eleitorais a expedição de

diplomas de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos. No entanto, observe

que compete às Juntas Eleitorais e não aos juízes eleitorais a

expedição dos diplomas dos eleitos para os cargos municipais.

Assim, podemos afirmar que, dentre os órgãos componentes da Justiça

Eleitoral, os juízes eleitorais são os únicos que não possuem competência

para expedição de diplomas.

Direto do Concurso

FCC. 2010. TÉCNICO JUDICIÁRIO. ÁREA ADMINISTRATIVA. TRE/MA

– Compete à Junta Eleitoral, dentre outras atribuições, expedir diploma aos

eleitos para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito Municipal.

RESPOSTA – Assertiva correta. A competência para expedição de diploma

para os cargos municipais – Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador – é da Junta

Eleitoral.

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1.4 REGISTRO E CANCELAMENTO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO

POLÍTICO

A competência para registro e cancelamento de diretório de partido

político é restrita aos tribunais eleitorais. Assim, seja qual for o diretório,

seu cancelamento ou registro não pode ser feito por juiz eleitoral, muito

menos ainda por junta eleitoral.

O TSE cuida do cancelamento e registro dos diretórios nacionais,

enquanto o TRE, dos diretórios regionais, estaduais e municipais.

COMPETÊNCIA: CANCELAMENTO E REGISTRO DE DIRETÓRIO

DE PARTIDO POLÍTICO

DIRETÓRIO

ÓRGÃO

COMPETENTE

BASE LEGAL

NACIONAL

TSE

Art. 22, I, a, CE

REGIONAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

TRE

Art. 29, I, a, CE

1.5 CONFLITO DE JURISDIÇÃO

O conflito de jurisdição é matéria muito cobrada em concursos

públicos, pedimos-lhe especial atenção no seu estudo.

Conflito de jurisdição ou de competência é o choque entre autoridades

jurisdicionais que se supõem competentes (conflito positivo) ou

incompetentes (conflito negativo) para funcionar num mesmo processo, em

relação aos mesmos atos.

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Veja a seguir um quadro resumo, no qual estão dispostos os possíveis

conflitos de jurisdição envolvendo órgãos da Justiça Eleitoral, bem assim o

órgão competente para solucioná-los.

COMPETÊNCIA: CONFLITOS DE JURISDIÇÃO

ENVOLVENDO TRIBUNAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL

CONFLITO DE JURISDIÇÃO

ÓRGÃO COMPETENTE

TRE X

TSE

A relação funcional entre o TSE e os TRE’s não admite o conflito de jurisdição

TRE DO ESTADO A X

TRE DO ESTADO B

TSE

(art. 22, I, b, do CE) TRE DO ESTADO A

X JUIZ ELEITORAL DO ESTADO B

TSE

(art. 22, I, b, do CE) TRE

X TRIBUNAL SUPERIOR

(COM EXCEÇÃO DO TSE)

STF

(art. 102, I, o, da CF)

TRE X

OUTRO TRIBUNAL QUE NÃO SEJA UM TRIBUNAL SUPERIOR

(POR EXEMPLO: TJ)

STJ (art. 105, I, d, da CF/88)

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ENVOLVENDO JUÍZES ELEITORAIS

CONFLITO DE JURISDIÇÃO

ÓRGÃO COMPETENTE

TRE DO ESTADO A

X JUIZ ELEITORAL DO ESTADO A

Não há conflito de jurisdição. A relação do juiz eleitoral é de subordinação funcional ao TRE

TRE DO ESTADO A X

JUIZ ELEITORAL DO ESTADO B

TSE

(art. 22, I, b, do CE) JUIZ ELEITORAL DO ESTADO A

X JUIZ ELEITORAL DO ESTADO B

TSE (art. 22, I, b, do CE)

JUIZ ELEITORAL DO ESTADO A X

JUIZ ELEITORAL DO ESTADO A

TRE DO ESTADO A (art. 29, I, b, do CE)

JUIZ ELEITORAL X

JUIZ DE OUTRO TRIBUNAL NÃO ELEITORAL

(POR EXEMPLO: JUIZ FEDERAL)

STJ

(art. 105, I, d, da CF/88)

Direto do Concurso

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO -

Compete ao TSE julgar, originariamente, os conflitos de jurisdição entre

juízes eleitorais do respectivo Estado.

RESPOSTA – A assertiva está incorreta. Sendo juízes eleitorais do mesmo

Estado, a competência é do TRE do respectivo Estado (art. 29, I, b, CE).

1.6 SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO

Em síntese, as exceções instrumentais de suspeição e impedimento

são formas estabelecidas em lei com o propósito de afastar aquele que não

possui capacidade subjetiva ou compatibilidade com a causa.

Na Justiça Eleitoral, a competência para julgar as exceções e

impedimentos fica restrita aos tribunais – TRE e TSE.

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EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO

(COMPETÊNCIA DO TSE)

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO

(COMPETÊNCIA DO TRE)

1.7 AFASTAMENTO DE EXERCÍCIO DOS CARGOS EFETIVOS DE JUÍZES

Os membros que compõem os órgãos da Justiça Eleitoral, com

exceção dos componentes das juntas eleitorais – servem, salvo motivo

justificado, por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios

consecutivos.

TSE

MEMBROS DO TSE PROCURADOR GERAL ELEITORAL

SERVIDORES DA SECRETARIA DO TSE

TRE

MEMBROS DO TRE

PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL

SERVIDORES DA SECRETARIA DO TRE

JUÍZES ELEITORAIS

ESCRIVÃES ELEITORAIS

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A regra geral então é o exercício por no mínimo dois anos. Entretanto,

a expressão “salvo motivo justificado” permite, como exceção à regra, que

mesmo antes de completar dois anos de efetiva prestação jurisdicional na

seara eleitoral venham os membros da Justiça Eleitoral a se afastar do

cargo. Nesse processo de pedido de afastamento dos seus membros a

atuação dos tribunais eleitorais se dá da seguinte forma:

AFASTAMENTO DE MEMBROS DA JUSTIÇA ELEITORAL

BENEFICIADO QUEM CONCEDE QUEM APROVA

JUIZ ELEITORAL TRE TRE

JUIZ DO TRE TRE TSE

MINISTRO DO TSE TSE TSE

Aqui, gostaríamos que você notasse, em especial, que o pedido de

afastamento dos membros de TRE’s é concedido pelo próprio tribunal

regional (art. 30, III, CE), mas somente após aprovação do TSE.

Nos demais casos é intuitivo o processo: o TRE concede e aprova o

afastamento dos juízes eleitorais a ele vinculados; e o TSE, como órgão de

cúpula da Justiça Eleitoral, concede, após deliberação própria, o

afastamento de seus membros (art. 23, III, CE).

1.8 CRIMES COMETIDOS POR MEMBROS DA JUSTIÇA ELEITORAL

Inicialmente, é importante esclarecer que, para fins de definição da

competência do STJ e STF (e somente para fins de competência),

crime eleitoral é uma espécie do gênero crime comum. Segundo o STF, a

expressão crime comum abrange todo e qualquer delito, entre outros os

crimes eleitorais, sendo utilizada em contraposição aos impropriamente

denominados crimes de responsabilidade, cuja sanção se situa na esfera

política (STF, CJ nº 6.971/92).

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Direto do STF

Jurisprudência do STF - "A expressão crime comum, na linguagem

constitucional, é usada em contraposição aos impropriamente chamados

crimes de responsabilidade, cuja sanção é política, e abrange, por

conseguinte, todo e qualquer delito, entre outros, os crimes eleitorais.

Jurisprudência antiga e harmônica do STF [...]." (CJ nº 6.971, Rel. Min.

Paulo Brossard. DJ de 21.2.92).

Feito esse esclarecimento inicial, cumpre informar que o art. 22, I, d,

CE, que afirma a competência do TSE para julgar os crimes eleitorais e os

comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e

pelos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais, está revogado pelos arts

102, I, “c”, e 105, I, “a”, ambos da CF/88.

No que se refere aos membros do TSE, a competência para

julgá-los nos crimes penais comuns, incluindo ai os crimes

eleitorais, é do STF.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

Quanto aos crimes comuns, incluindo também os eleitorais,

cometidos pelos membros do TRE’s, a competência é do STJ.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente:

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a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

No que se refere aos crimes cometidos pelos juízes eleitorais mantém-

se a distinção entre crimes eleitorais e comuns, mesmo para fins de

competência. Os Juízes Eleitorais, nos crimes eleitorais e conexos,

são julgados pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, como

estabelece o art. 29, I, "d" do referido código, enquanto nos crimes

comuns a competência é do Tribunal de Justiça – TJ.

Aqui, amigos, um quadro resumo para não deixar nenhuma dúvida

sobre o assunto.

CRIMES COMETIDOS POR MEMBROS DA JUSTIÇA ELEITORAL

(crimes comuns e eleitorais)

MEMBRO

CRIME

COMPETÊNCIA

MEMBRO DO TSE

COMUM (INCLUINDO O ELEITORAL)

STF

MEMBRO DO TRE

COMUM (INCLUINDO O ELEITORAL)

STJ

JUIZ ELEITORAL

ELEITORAL TRE

JUIZ ELEITORAL

COMUM

TJ

1.9 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA E

HABEAS CORPUS

Vamos estudar esse assunto usando uma metodologia um pouco

diferente da que usualmente vínhamos usando.

Primeiro vamos tratá-lo no âmbito dos tribunais eleitorais – TSE e TRE -,

depois, ao final, no Juiz Eleitoral.

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Inicialmente tenha em mente que para que o mandado de segurança

seja impetrado na justiça eleitoral deverá ele guardar afinidade com questões

eleitorais, ou seja, deverá atacar ato de autoridades eleitorais ou afetas a elas

no âmbito do processo eleitoral.

Além disso, saiba que a competência para julgar o mandado de

segurança é determinada pela órbita a que pertence a autoridade coatora e

pela sua localização territorial, a exceção dos casos expressamente

estabelecidos na Constituição e nas leis infraconstitucionais.

NOS TRIBUNAIS ELEITORAIS – TSE E TRE

Em sede de mandado de segurança, em matéria eleitoral, o TSE

deixou de ser o órgão competente para apreciá-lo quando impetrado contra

atos do presidente da República e de Ministros de Estado. Assim, restou

revogado o art. 22, I, e, do CE.

Para esses casos, as novas competências acerca do mandado de

segurança em matéria eleitoral, passaram a ser do STF, contra atos do

presidente da República (art. 102, I, d, da CF), e do STJ, contra atos de

Ministros de Estado (art. 105, I, b, da CF).

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: (...) b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

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A competência para julgar mandado de segurança contra atos dos

membros dos tribunais regionais eleitorais é do respectivo TRE. Essa

afirmação é válida tanto para atos de natureza eleitoral, quanto para atos

administrativos relacionados ao funcionamento do respectivo tribunal. Nesse

sentido a jurisprudência do TSE.

Direto do TSE

Jurisprudência do TSE - A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de

que compete ao TRE o julgamento de mandado de segurança contra atos de

seus membros (Precedentes: AgR-MS nº 4.139/PR, Rel. Min. Marcelo Ribeiro,

DJE de 17.3.2009; AgR-MS nº 3.370/BA, Rel. Min. Eros Grau, DJ de

24.6.2008). (MS 4279, DJe 14.4.2010)

Quando o ato impugnado via mandado de segurança for do colegiado

do TRE (e não apenas de um de seus membros) há que se fazer uma

distinção: para atos de natureza administrativa – atos pertinentes ao

funcionamento do próprio tribunal - o competente é o próprio TRE; para atos

de natureza eleitoral a competência é do TSE.

Direto do TSE

Jurisprudência do TSE - A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de

que os TRE’s são competentes para julgar mandado de segurança contra seus

atos de natureza administrativa. (MS 3370, DJ 24.6.2008).

No que se refere aos mandados de segurança contra atos de juízes

eleitorais a competência para julgá-los é do TRE ao qual está vinculado o juiz

eleitoral cujo ato tenha sido impugnado.

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QUADRO DE COMPETÊNCIAS

(mandado de segurança)

ÓRGÃO/AUTORIDADE COATORA COMPETÊNCIA ATO DE MINISTRO DE ESTADO STJ ATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA STF ATO DE MEMBRO DO TRE (ELEITORAL E ADM.) TRE ATO DE TRE (membro ou colegiado ) (ADM) TRE ATO DE TRE (membro) (ELEITORAL) TRE ATO DE TRE (colegiado) (ELEITORAL) TSE ATO DE JUIZ ELEITORAL TRE

No que concerne à ação de habeas corpus, em matéria eleitoral,

houve também substancial alteração no órgão competente para sua

apreciação. A partir da Constituição de 1988, transferiu-se do TSE para o STF

a competência em matéria eleitoral para processar e julgar o habeas corpus,

sendo paciente, dentre outros, o presidente da República e os Ministros de

Estados (art. 102, I, d, CF). Lembre-se que para fins de competência no STF

e STJ o crime eleitoral é uma espécie de crime comum.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

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QUADRO DE COMPETÊNCIAS

(Habeas corpus em matéria eleitoral)

PACIENTE EM HABEAS CORPUS COMPETÊNCIA PRESIDENTE DA REPÚBLICA STF

MINISTRO DE ESTADO STF

NO JUIZ ELEITORAL

A competência do juiz eleitoral para decidir habeas corpus e

mandado de segurança, em matéria eleitoral, é residual, ou seja, cabe a

ele julgar tais ações quando a competência não estiver atribuída

privativamente à instância superior.

Hipótese Didática

Imagine, por hipótese, que o Secretário de Saúde de um município do Estado

de São Paulo emita, ex-ofício, dentro do período de três meses que antecedem

a eleição, um ato transferindo professores para uma unidade de ensino de

difícil acesso, em razão de tais professores não manifestarem apoio a

candidatura de determinado candidato. Esse ato ilegal pela sua correlação com

o processo eleitoral é passível de mandado de segurança pelos prejudicados

perante a Justiça Eleitoral, sendo competente para julgá-lo o juiz eleitoral da

respectiva circunscrição. Essa competência é definida, primeiro em razão da

órbita de atuação da autoridade coatora ser municipal; e segundo pelo fato de

não haver determinação legal dispondo de forma taxativa a autoridade

competente para apreciar a matéria.

1.10 PEDIDO DE DESAFORAMENTO

Em síntese, o pedido de desaforamento é utilizado na Justiça Eleitoral

para requerer que o processo seja submetido a julgamento pelo um órgão

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diverso daquele inicialmente competente, em razão da demora deste no seu

julgamento. Especificamente na Justiça Eleitoral, ultrapassado trinta dias da

conclusão do feito ao relator/juiz é possível a realização do pedido de

desaforamento.

É óbvio que se trata de um instrumento processual pouco utilizado,

pois é fato que o excesso de demanda no Poder Judiciário tornou regra é

não exceção a demora no julgamento de feitos judiciais.

Permanece, no entanto, válida as disposições legais que viabilizam a

utilização do pedido de desaforamento no âmbito da Justiça Eleitoral, sendo

legitimados os partidos políticos, candidatos, Ministério Público ou parte

legitimamente interessada.

Feitos esses esclarecimentos iniciais, a competência para julgá-los

pode ser assim explicitada.

PEDIDOS DE DESAFORAMENTO

MATÉRIA COMPETENTE PARA

JULGAMENTO

FEITOS NÃO DECIDIDOS PELOS TRIBUNAIS

REGIONAIS EM 30 DIAS DA CONCLUSÃO PARA

JULGAMENTO

TSE

FEITOS NÃO DECIDIDOS PELOS JUÍZES

ELEITORAIS EM 30 DIAS DA CONCLUSÃO PARA

JULGAMENTO

TRE

Diferentemente dos processos de competência originária dos TRE’s e

juízes eleitorais em que, preenchidos os requisitos legais, é possível o

pedido de desaforamento, o atraso no julgamento de processos originários

do TSE por mais de 30 dias da conclusão ao relator é passível de

reclamação, e não de desaforamento, sendo competente para julgamento

a própria Corte Suprema Eleitoral (Art. 22, I, i, CE).

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1.11 DIVISÃO OU CRIAÇÃO DE ZONAS ELEITORAIS

O processo de divisão ou criação de zonas eleitorais nos Estados pode

ser divido em duas etapas: na primeira os TRE’s elaboram e encaminham a

proposta de criação ou alteração ao TSE (art. 30, IX, CE); na segunda, a

Corte Suprema Eleitoral aprova a proposta das cortes regionais (art. 23,

VIII, CE).

Esquematicamente esse processo pode ser assim representado.

Esse assunto já foi, inclusive, cobrado em concurso público.

Direto do Concurso

CESPE. 2005. TÉCNICO JUDICIÁRIO. ÁREA ADMINISTRATIVA.

TRE/PA – Compete privativamente aos TRE’s aprovar a divisão do

respectivo Estado em zonas eleitorais, bem como a criação de novas zonas.

RESPOSTA – Assertiva incorreta. A competência dos TRE’s se restringe à

elaboração e encaminhamento da proposta de criação ou divisão de zonas

eleitorais ao TSE, cabendo a este órgão aprovar o pedido.

Uma vez criada a zona eleitoral, é possível ainda que esta seja objeto

de divisão em seções eleitorais. A competência para proceder a essa divisão

TRE TSE

Elabora e encaminha ao TSE proposta de criação ou alteração de zonas eleitorais

Aprova a proposta encaminhada pelos TRE’s

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é do juiz eleitoral, e não do TRE a que ele esteja vinculado (art. 35, X, CE).

Esse assunto já foi objeto de prova de concurso público.

Direto do Concurso

FCC. 2007. TÉCNICO JUDICIÁRIO. ÁREA ADMINISTRATIVA. TRE/PB

– Compete aos Tribunais Regionais Eleitorais dividir a Zona Eleitoral em

Seções Eleitorais.

RESPOSTA – Assertiva incorreta. A competência dos TRE’s se restringe à

elaboração e encaminhamento da proposta de criação ou divisão de zonas

eleitorais ao TSE. Uma vez criada a zona, sua divisão é matéria de

competência do juiz eleitoral.

Por último, vale ressaltar ainda que, criadas as seções, cabe ainda ao

juiz eleitoral designar, até 60 dias antes das eleições, os locais onde elas

serão efetivamente instaladas para funcionar no dia das eleições (art. 35,

XIII, CE).

1.12 REQUISIÇÃO DE FORÇA FEDERAL

A requisição de força federal é ato dirigido ao Poder Executivo para

garantir o cumprimento da lei, de decisão judiciária ou para garantir a lisura

do pleito eleitoral.

Trata-se de uma prerrogativa privativa do TSE no âmbito da Justiça

Eleitoral. Assim, mesmo quando um tribunal regional dela pretende fazer

uso, essa requisição deve necessariamente ser dirigida ao TSE para que

este então encaminhe o pedido ao Poder Executivo.

Vamos a um esquema didático para facilitar o estudo.

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1.13 CONSULTAS ELEITORAIS

A função consultiva é uma das funções peculiares da Justiça Eleitoral.

Tem como finalidade esclarecer dúvidas sobre a matéria eleitoral a partir de

questionamentos elaborados, em tese, aos tribunais eleitorais.

O Código Eleitoral atribui somente aos tribunais eleitorais – TSE (art.

23, XIII) e TRE (art. 30, VIII) – a competência para responder consultas.

Assim, os juízes eleitorais e as juntas eleitorais não podem, em hipótese,

alguma se pronunciar por meio delas.

Professores, se o TSE e o TRE podem responder consultas, o que

determina a competência de um de outro?

Nesse caso, a competência não é definida a partir do objeto da

discussão, mas sim em face da pessoa/órgão do consulente (aquele que faz

a consulta).

Ao TSE somente podem formular consultas autoridade pública com

jurisdição federal (presidente e vice-presidente da República, deputado

federal, senador, ministro de Estado, etc), ou partido político, por meio de

seu órgão de direção nacional.

De outro modo, ao TRE podem se dirigir quaisquer autoridades

públicas, independentemente do âmbito de sua jurisdição ser federal,

estadual ou municipal (presidente da República, deputado federal, deputado

estadual, prefeito, vereador, secretário de governo estadual ou municipal,

TRE TSE

Solicita de forma fundamentada ao TSE o pedido de requisição de força federal

Aprova o pedido dos TRE’s e o encaminha ao Poder Executivo

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promotor eleitoral, etc) e o órgão de direção estadual/regional de partido

político.

Veja o esquema didático esclarecedor.

CONSULTAS ELEITORAIS

LEGITIMADOS COMPETENTE PARA

RESPONDER

ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL DE PARTIDO POLÍTICO

AUTORIDADE PÚBLICA COM JURISDIÇÃO NACIONAL

TSE

ÓRGÃO DE DIREÇÃO ESTADUAL/REGIONAL DE PARTIDO POLÍTICO

AUTORIDADE PÚBLICA TRE

1.14 RECURSOS NA JUSTIÇA ELEITORAL

A estrutura básica de recorribilidade de decisões na Justiça Eleitoral

obedece à seguinte sistemática:

I) Os recursos dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas

eleitorais são julgados pelos tribunais regionais eleitorais. Aqui

cabe um esclarecimento. Os recursos das decisões das

juntas eleitorais são dirigidos ao juiz eleitoral para que este

faça o seu processamento (art. 266, CE). Assim que

instruído, o juiz eleitoral, então, o encaminha ao TRE

competente para que este proceda ao seu julgamento.

II) Os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais

Eleitorais são julgados pelo TSE.

Esquematicamente podemos representar esta estrutura da seguinte

forma:

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ESTRUTURA DE RECORRIBILIDADE

NO ÂMBITO DA JUSTIÇA ELEITORAL

Quanto às decisões do TSE, temos quem em regra tais decisões são

irrecorríveis. No entanto, como exceção, é possível impugná-las quando

contrariarem a Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou

mandado de segurança, sendo o STF o órgão competente para julgamento

dos recursos (Art. 121, § 3º, CF).

É claro que essa matéria está intimamente relacionada com as

espécies de recurso no âmbito da Justiça Eleitoral, mas não vamos nos

esquecer que a aula aqui é de competência, então vamos nos ater a este

assunto e, no momento oportuno, ou seja, numa aula específica de recursos

tratarmos com mais detalhes de cada um dos possíveis meios de

impugnação previstos no âmbito da Justiça Eleitoral.

Meu amigo! Encerramos aqui a 1ª parte desta aula. Nesta primeira

metade, trouxemos a você o estudo das principais competências dos órgãos

da Justiça Eleitoral sempre de modo comparativo, de modo a facilitar o seu

estudo.

Entretanto, existem outras competências que achamos melhor

estudá-las de forma isolada. É o que vamos fazer agora na 2ª parte desta

aula.

JUIZES ELEITORAIS/JUNTAS ELEITORAIS

TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

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2ª PARTE – ESTUDO ISOLADO DAS COMPETÊNCIAS DA

JUSTIÇA ELEITORAL

Nesta 2ª parte, que vamos iniciar agora, existem algumas delas que

são próprias de um ou outro órgão, tornando necessário seu estudo de

forma isolada. Mas não se preocupe, vamos sistematizar este estudo

trazendo primeiro as principais competências do TSE, para em seguida

tratar das do TRE, juízes eleitorais e, finalmente as das juntas eleitorais.

2. 1 COMPETÊNCIAS DO TSE

A maior parte das competências do TSE, que estudaremos a seguir, se

relaciona com a sua organização administrativa. Essa relação facilita o

estudo dessas competências, pois torna quase intuitivo o seu aprendizado.

Vamos às principais delas fazendo, quando necessário, algum

esclarecimento.

• Elaborar seu regimento interno;

• Organizar sua Secretária e a Corregedoria Geral;

• Organizar a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação

dos respectivos vencimentos;

• Enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos TJs – A

lista tríplice aqui mencionada é a que serve de base para a escolha de

membros dos TRE’s. Lembre-se que a lista tríplice para a escolha de

membros do TSE é elaborada e encaminhada ao Poder Executivo pelo

STF, e não pelo TSE.

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LISTA TRÍPLICE

QUEM ELABORA TRIBUNAL

BENEFICIADO

QUEM ENVIA AO

PODER EXECUTIVO

TJ TRE’s TSE

STF TSE STF

• Fixar a diária do Corregedor-Geral, dos Corregedores Regionais e

auxiliares em diligência fora da sede – Observe que a competência para

fixação de diária por parte do TSE alcança até mesmo as dos

Corregedores Regionais.

• Processar e julgar o registro e a cassação de registro de partidos políticos

- O processo de registro de partido político possui duas fases. A primeira

é realizada junto ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas

Jurídicas, da Capital Federal, enquanto a segunda se consubstancia no

pedido de registro do partido perante o TSE. Essa segunda fase é de

competência do TSE (art. 22, I, CE). Nenhum outro órgão da Justiça

Eleitoral está autorizado a registrar um novo partido. Do mesmo modo, o

processo de cassação de registro também é de competência do TSE,

sendo que os demais órgãos da Justiça Eleitoral não estão legalmente

autorizados a apreciar pedidos de extinção de partidos políticos.

• Expedir as instruções que julgar conveniente à execução do Código

Eleitoral – Já sabemos que a Justiça Eleitoral apresenta funções

múltiplas, não se restringindo a atividade-fim de prestar a jurisdição. Eis

aqui uma dessas funções peculiares, a chamada função normativa da

Justiça Eleitoral.

2.2 COMPETÊNCIAS DO TRE

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Continuando nosso estudo, temos ainda algumas competências dos

TRE’s, que merecem uma especial atenção. Vamos a elas, fazendo algum

esclarecimento quando necessário.

• Elaborar seu regimento interno;

• Organizar sua Secretária e a Corregedoria Regional;

• Propor ao Congresso Nacional, por intermédio do TSE a criação ou

supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos – Nota-se

que o TRE não pode enviar diretamente ao Congresso Nacional o projeto

de lei de criação ou supressão de seus cargos. O TRE interessado

encaminha sua proposta ao TSE, que a remete, então, ao Poder

Legislativo.

• Constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição -

É sabido por nós que as juntas eleitorais são órgãos colegiados de 1ª

instância da Justiça Eleitoral, cuja existência se restringe ao período

eleitoral. É comum os concursando acharem erroneamente que compete

ao juiz eleitoral a sua constituição, quando, na verdade, tal competência

é do TRE.

• Designar, onde houver mais de uma vara, aquela ou aquelas, a que

incumbe o serviço eleitoral;

• Aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30

(trinta) dias aos juízes eleitorais;

• Indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a

contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora.

2.3 COMPETÊNCIAS DO JUIZ ELEITORAL

Amigos! Agora veremos algumas competências do juiz eleitoral, as

quais não devem ser esquecidas.

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• Processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe

forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal

Superior e dos Tribunais Regionais;

• Indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de

justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;

• Dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a

exclusão de eleitores;

• Expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;

• Mandar organizar em ordem alfabética, relação dos eleitores de

cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a

folha individual de votação (art. 35, XI, CE).

• Nomear, 60 dias antes da eleição, em audiência pública

anunciada com pelo menos 5 dias de antecedência, os membros

das mesas receptoras – Em cada seção eleitoral temos uma

mesa receptora de votos composta por um presidente, um

primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um

suplente, sendo que todos são nomeados pelo juiz eleitoral

competente.

• Fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não

alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os

isente das sanções legais.

2.4 COMPETÊNCIAS DA JUNTA ELEITORAL

Para finalizar esta aula, vamos tratar aqui das competências das

juntas eleitorais.

As juntas eleitorais possuem apenas, e tão somente, 4 competências.

Vamos a elas:

• Expedir diploma aos eleitos para cargos municipais – Nós já

tratamos dessa competência no início desta aula, mas não custa

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nada reiterar que os a expedição dos diplomas dos eleitos para

os cargos municipais – Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador – são

de competência da junta eleitoral. Não se esqueça! Não cabe

ao juiz eleitoral a expedição de diplomas, nem mesmo dos

diplomas relativos aos cargos municipais.

• Apurar no prazo de 10 dias, as eleições realizadas nas zonas

eleitorais sob a sua jurisdição;

• Resolver as impugnações e demais incidentes verificados

durante os trabalhos de contagem e da apuração – É isso

mesmo! Os incidentes verificados durante os trabalhos de

contagem e apuração dos votos são resolvidos pelas juntas

eleitorais e não pelos juízes eleitorais.

• Expedir os boletins de apuração.

Bem amigos! Aqui encerramos a parte teórica da aula.

Dar aula sobre esse assunto é um tanto desafiante. Ao longo de

alguns anos na estrada, já sabemos que 99,9% dos livros de Direito

Eleitoral simplesmente aplicam “Crtl C” e “Crtl V” nas disposições do Código

Eleitoral acerca do assunto. Preferimos ir por outro caminho. Um caminho

mais trabalhoso, mas que faça cada centavo seu gasto neste curso valer a

pena!

Além do estudo comparativo das competências, entendemos que os

quadros, esquemas, hipóteses didáticas e a vinculação imediata com as

questões de concursos facilitam o seu aprendizado, por isso usamos e

“abusamos” desses dispositivos ao longo da explanação.

Esperamos ter obtido sucesso nessa árdua jornada.

Agora, vamos a um resumo da matéria para que você fixe os seus

principais pontos.

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3 RESUMO DA AULA

• O registro de candidatura a cargos eletivos é de competência de

três órgãos da Justiça Eleitoral – TSE, TRE e Juiz Eleitoral -, a

depender da circunscrição nacional, estadual ou municipal,

respectivamente.

• Junta eleitoral não tem competência para o registro de

candidatura.

• A expedição de diploma é de competência de três órgãos da

Justiça Eleitoral – TSE, TRE e junta eleitoral - a depender da

circunscrição nacional, estadual ou municipal, respectivamente.

• Juiz eleitoral não possui competência para expedição de

diploma.

• A competência para registro de diretório de partido político é

somente de tribunais eleitorais. O TSE cuida dos órgãos

nacionais; e o TRE dos órgãos regionais, estaduais e municipais;

• O juiz eleitoral não possui competência para o cancelamento ou

registro de diretório de partido político.

• Compete ao TSE resolver conflitos de jurisdição entre TRE’s,

entre TRE e juízes eleitorais a ele não vinculado e entre juízes

eleitorais vinculados a diferentes TRE’s.

• Compete ao TRE resolver conflitos entre juízes eleitorais a ele

vinculados.

• Compete ao TSE apreciar exceções de suspeição e impedimento

de seus membros, procurador geral eleitoral e servidores da

secretaria do TSE.

• Compete aos TRE’s apreciar as exceções de suspeição e

impedimento dos seus membros, procuradores regionais

eleitorais, juízes eleitorais, escrivães eleitorais e servidores de

suas secretarias.

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• O pedido de afastamento do cargo efetivo dos juízes dos TRE’s

deve ser apreciado pelo TSE.

• Compete ao STF julgar os crimes penais comuns, incluindo os

eleitorais, cometidos por membros do TSE.

• Compete ao STJ julgar os crimes penais comuns, incluindo os

eleitorais, cometidos por membros dos TRE’s

• Compete ao TRE julgar os crimes eleitorais cometidos por juízes

eleitorais vinculados a sua jurisdição.

• Compete ao TJ julgar os crimes comuns cometidos por juízes

eleitorais.

• Compete ao STF julgar, em matéria eleitoral, mandados de

segurança contra atos do presidente da República.

• Compete ao STJ julgar, em matéria eleitoral, mandados de

segurança contra atos de ministros de Estado.

• Compete ao próprio TRE julgar mandados de segurança contra

seus atos de natureza administrativa, independente de tais atos

serem de membros ou do plenário do TRE.

• Compete ao TSE julgar os mandados de segurança contra atos

do plenário dos TRE’s em matéria eleitoral. Caso o ato

impugnado seja de um de seus membros, o competente para

julgamento será o próprio TRE.

• Compete ao TRE julgar os mandados de segurança contra atos

dos juízes eleitorais a ele vinculados.

• Ao TRE compete elaborar e encaminhar proposta de criação ou

alteração de zonas eleitorais ao TSE, enquanto a este órgão

cabe aprovar o pedido.

• Compete ao Juiz eleitoral proceder à divisão da zona eleitoral

em seções eleitorais.

• O TRE não tem competência para enviar ao Poder Executivo

pedido de força federal. As cortes eleitorais regionais devem,

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necessariamente, realizar o pedido via TSE, que é o competente

para encaminhar o pedido ao Poder Executivo.

• Tanto o TRE quanto os TRE’s podem responder a consultas

eleitorais.

• Compete ao TSE encaminhar ao Poder Executivo a lista tríplice,

elaborada pelo TJ, para a escolha de juízes do TRE.

• Compete ao TSE fixar as diárias dos Corregedores regionais

eleitorais.

• Compete ao TRE constituir as juntas eleitorais e designar a

respectiva sede e jurisdição.

• Compete aos juízes eleitorais fornecer aos que não votaram por

motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do

alistamento, um certificado que os isente das sanções legais.

• Compete às juntas eleitorais resolver os incidentes verificados

durante os trabalhos de contagem e apuração de votos.

Apresentado o resumo da matéria, vamos trazer a você o texto

normativo aplicável a nossa aula.

4 TEXTO LEGAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

CÓDIGO ELEITORAL

TÍTULO I

DO TRIBUNAL SUPERIOR

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar originariamente:

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a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-presidência da República;

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juizes eleitorais de Estados diferentes;

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juizes e pelos juizes dos Tribunais Regionais;

f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;

g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República;

h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

i) as reclamações contra os seus próprios juizes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. (Incluído pela LCP nº 86, de 14.5.1996)

II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

I - elaborar o seu regimento interno;

II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;

III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais;

V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;

VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei:

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VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;

X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;

XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do ar. 25;

XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;

XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;

XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;

XVII - publicar um boletim eleitoral;

XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.

TÍTULO II

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS

Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:

I - processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas;

b) os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do respectivo Estado;

c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos juizes e escrivães eleitorais;

d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais;

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juizes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;

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f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;

g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juizes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formulados por partido candidato Ministério Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

II - julgar os recursos interpostos:

a) dos atos e das decisões proferidas pelos juizes e juntas eleitorais.

b) das decisões dos juizes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.

Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 276.

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:

I - elaborar o seu regimento interno;

II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos;

III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;

IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos , vereadores e juizes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal;

V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição;

VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;

VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos;

VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;

IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;

X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio;

XI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 14.4.1994)

XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;

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XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juizes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;

XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias;

XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juizes eleitorais;

XVI - comprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior;

XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição;

XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.

XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis meses antes da data da eleição; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

TÍTULO III

DOS JUIZES ELEITORAIS

Art. 35. Compete aos juizes:

I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional;

II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;

III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente a instância superior.

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IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do serviço eleitoral;

V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir;

VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;

VI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 14.4.1994)

VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores;

IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;

X - dividir a zona em seções eleitorais;

XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;

XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional;

XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das seções;

XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;

XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções;

XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras;

XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições;

XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;

XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.

TÍTULO IV

DAS JUNTAS ELEITORAIS

Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;

I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.

II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração;

III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;

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IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição.

5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Agora é hora de você testar seus conhecimentos com questões de

concursos públicos extraídos do cargo de técnico judiciário, área

administrativa.

1.( )CESPE. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/ES -

Compete, privativamente, aos TREs indicar ao TSE as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora.

2.( )FCC. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/TO - Os recursos das decisões das Juntas Eleitorais serão interpostos por petição devidamente fundamentada dirigida ao Juiz Eleitoral.

3.( )FCC. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/AC - Compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar originariamente a suspeição ao Procurador Regional, bem como aos Juízes e Escrivães Eleitorais.

4.( )CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT – É atribuição do juiz eleitoral expedir o diploma dos eleitos no pleito municipal.

5.( )FCC. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/PB – Paulo foi eleito Senador; Pedro foi eleito Deputado Federal; e Plínio ficou na condição de suplente de Deputado Estadual. Nesse caso, os diplomas de Paulo, Pedro e Plínio serão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado.

6.( )CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT – Compete ao juiz eleitoral fornecer ao eleitor que não votou, mas justificou a ausência, certificado que o isente das sanções. (V)

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7.( )CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Compete ao TSE julgar, originariamente, os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo estado.

8.( )CESPE. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/ES - Compete ao juiz eleitoral resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos de contagem e apuração dos votos.

9.( )CESPE. 2006. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TSE – Todos os mandados de segurança em matéria eleitoral devem ser processados e julgados pelos juízes eleitorais de primeira instância.

10.( )FCC. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/PB – Cassação de registro de partidos políticos compete ao Tribunal Superior Eleitoral.

11.( )FCC. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/AC - Compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar originariamente o registro de candidatos a Governador, Vice-Governador, membros do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas.

12.( )CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Compete aos TRE’s processar o registro e o cancelamento do registro de candidatos a governador, vice-governador e deputado estadual, cabendo ao TSE o registro e o cancelamento do registro de candidatos a senador, deputado federal, presidente e vice-presidente da República.

13.( )CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT – É da competência do juiz eleitoral designar a sede da junta eleitoral.

14.( )FCC. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/AC - Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente da República e Vice-Presidente da República.

15.( )CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - As atribuições das juntas eleitorais incluem a resolução de impugnações e incidentes verificados durante os trabalhos de apuração e a expedição dos boletins de apuração, uma vez concluída a contagem dos votos.

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16.( )CESPE. 2011. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/ES - Compete aos TREs remeter ao TSE cópias das atas dos trabalhos relativos às apurações e diplomações a seu cargo, desde que requisitadas pela corte superior. (F)

17.( )CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Cabe ao TRE de cada estado da Federação enviar ao presidente da República a lista organizada pelos tribunais de justiça, entre cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, para, em número de dois, compor os TREs.

18.( )FCC. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/PB – Compete aos TRE’S a divisão da Zona em Seções Eleitorais.

19.( )CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT – Incumbe ao juiz eleitoral designar e nomear os integrantes das juntas eleitorais.

20.( )CESPE. 2005. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/PA – Compete privativamente aos TRE’s fixar a data das eleições para governador, deputados estaduais, prefeitos, vereadores e juízes de paz. (F)

6 GABARITO “SECO”

1-V 2-V 3-F 4-F 5-V 6-V 7-F 8-F 9-F 10-F 11-V 12-F 13-F 14-F 15-V 16-V 17-F 18-F 19-F 20-V 21-F 22-F 23-F 24-V 25-F

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7 GABARITO COMENTADO

1.(V) A competência para indicar ao TSE quais as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora é do TRE (art. 30, VI, CE).

2. (V) Essa questão trouxe um “peguinha” que muita gente caiu. Quem

julga os recursos das decisões das juntas eleitorais é o TRE (art. 29, II, a, CE). No entanto, o recurso deve ser dirigido ao juiz eleitoral, o qual deve instruir o processo, ou seja, deve intimar a parte contrária para apresentar contrarrazões. Apresentadas ou não as contrarrazões o juiz eleitoral então faz subir o recurso ao TRE para julgamento (art. 266, CE).

3.(F) A competência para julgar originariamente a suspeição ao Procurador Regional, bem como aos Juízes e Escrivães eleitorais é do TRE e não TSE (art. 29, c, CE).

4.(F) Não é competência de juiz eleitoral a expedição de diploma. A expedição dos diplomas para os eleitos no pleito municipal é de competência da junta eleitoral (art. 40, IV, CE).

5.(V) A expedição dos diplomas de todos os cargos referidos na questão – Senador, Deputado Federal, suplente de Deputado Federal – são de competência do TRE (art. 30, VII, CE).

6.(V) A competência para fornecer o certificado que isenta das sanções aqueles que não votaram, mas justificaram a ausência, é do juiz eleitoral (art. 35, XVI, CE).

7.(F) Resolver os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do mesmo Estado é de competência do respectivo TRE (art. 29, I, b, CE).

8.(F) Resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos de contagem e apuração dos votos é de competência da junta eleitoral (art. 40, II, CE).

9.(F) O juiz eleitoral somente tem competência para julgar mandados de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não seja atribuída ao TRE ou TSE (art. 35, III, do CE).

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10.(V) Tanto o registro quanto a cassação de registro de partido político são de competência do TSE (art. 22, I, a, CE).

11.(F) A competência para processar e julgar o registro de candidatos a Governador, Vice-Governador, membros do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas é de competência do TRE (art. 29, I, a, CE).

12.(F) A primeira parte da questão está correta, haja vista ser o TRE o órgão competente para processar e julgar o registro de candidatos a Governador, Vice-Governador e deputado estadual. Entretanto, a parte final da questão não encontra amparo na legislação, pois ao TSE cabe processar e julgar apenas o registro de candidatura dos candidatos a Presidente e Vice-Presidente. Para os cargos de senador e deputado federal, o processamento do registro de candidatura é de competência do TRE (art. 29, I, a, CE).

13.(F) A competência para designar a sede da junta eleitoral é de competência do TRE (art. 30, V, CE).

14.(V) É de competência do TSE as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República (art. 22, I, g, CE).

15.(V) Compete à Junta Eleitoral resolver impugnações e incidentes verificados durante os trabalhos de contagem e da apuração, bem como expedir os boletins de apuração após a conclusão da contagem dos votos. (art. 40, inc. II e III, do CE)

16.(F) O envio das atas de trabalho dos TRE’s relativos às apurações e diplomações a seu cargo devem ser enviadas ao TSE independentemente de requisição desta Corte Superior.

17.(F) A lista contendo os nomes dos advogados de notório saber jurídico e idoneidade moral é organizada pelos Tribunais de Justiça e encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (art. 25, § 1º, CE). Recebidas as indicações e não havendo impugnações, o TSE encaminha a lista ao Poder Executivo para que este proceda à nomeação (art. 25, § 5º, CE) dos dois advogados que serão membros do TRE.

18. (F) Compete ao juiz eleitoral da Zona a sua divisão em Seções Eleitorais (art. 35, X, CE).

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19. (F) A competência para designar e nomear os integrantes das juntas eleitorais é do presidente do TRE, depois de aprovação do próprio Tribunal (art. 36, § 1º, CC).

20. (F) A competência dos TRE’s para fixar a data das eleições para governador, deputados estaduais, prefeitos, vereadores e juízes de paz é residual, ou seja, só é exercida no silêncio da Lei. Considerando que atualmente as referidas datas estão definidas no ordenamento jurídico, a atuação do TRE não se faz necessária.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Roberto Moreira. Direito Eleitoral. 2. ed. rev. atual. e ampl. Salvador: JusPodivm, 2009.

BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência e mais de 1000 questões comentadas. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CÂNDIDO, Joel J. Direito Eleitoral Brasileiro. 12. ed. rev., atual. e ampl. Bauru: Edipro, 2006.

CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral. São Paulo: Premier Máxima, 2008.

COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral – Direito Penal Eleitoral e Direito Político. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

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GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 3. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.

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RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 8. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.

VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito Eleitoral. São Paulo: Saraiva, 2009.

ZILIO, Rodrigo López. Direito Eleitoral: noções preliminares, elegibilidade e inelegibilidade, processo eleitoral (da convenção à prestação de contas), ações eleitorais. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2008.