2. a economia de macau...de alimentos e do petróleo, provocou a descida da taxa de inflação para...
TRANSCRIPT
2
66
4,0% em 2009, em contraste com 7,6% no ano
precedente.
Apesar dos estímulos fiscais generosos, a
queda significativa no investimento estrangeiro
e as actividades de construção e comércio
assoc iadas restr ing i ram o cresc imento
económico de São Tomé e Príncipe, que se
estima ter abrandado de 5,8% no ano passado
para 4,0%, em 2009. O crescimento no turismo
continuou forte, uma indicação clara da
significativa melhoria a que a infra-estrutura
do sector ass ist iu em anos recentes. A
compressão das políticas fiscais e monetárias,
juntamente com a queda nos preços mundiais
de alimentos e do petróleo, provocou a descida
da taxa de inflação para 17,1%, cerca de nove
pontos percentuais mais baixos do que no ano
anterior. A fixação da taxa de câmbio da dobra
para o euro entrou em vigor em 2010. O Banco
Central de São Tomé e Príncipe acumulou
reservas internacionais substanciais enquanto
as autoridades assinaram um acordo com
Portugal para suportar o novo esquema de taxa
de câmbio.
2. A ECONOMIA DE MACAU
2.1 Conjuntura macro-económica e sectorial
2.1.1 Evolução global
Durante o turbulento ano de 2009, a economia
local deu provas da sua resiliência, emergindo
como uma das primeiras economias que
recuperaram da recessão global. À luz deste
ambiente externo sombrio e da correcção
verificada nas actividades internas, o PIB real
contraiu-se em 13,4% na primeira metade de
2009, comparado com o ano anterior. Graças
ao crescimento excepcionalmente forte das
exportações dos serviços do jogo, a economia
local alcançou um crescimento concreto de
Apesar do ambiente externo difícil e de
um contexto político complicado, a Guiné-
-Bissau alcançou um progresso significativo
na estabilização da economia em 2009. O
crescimento económico alcançou 3,0%, graças
a uma boa colheita de caju e à recuperação
na actividade da construção. A taxa de
inflação caiu significativamente para 0,4%,
em comparação com 10,4% no ano anterior,
devido aos baixos preços dos alimentos e
do combustível. No entanto, a descida dos
preços no bem de exportação predominante, o
caju, e a descida nas remessas levaram a um
significativo abrandamento nos rendimentos,
exacerbando a pressão fiscal e a Balança
de Pagamentos. O FMI, em Junho de 2009,
aprovou um empréstimo de USD2,7 milhões,
no âmbito do programa “Assistência de
Emergência Pós-Conflitos” (EPCA) com vista a
apoiar o programa económico das autoridades
para 2009.
Timor-Leste continuou fortemente dependente
dos rendimentos do petróleo, enquanto o
investimento privado no sector sem relação
com o petróleo se manteve a um nível muito
baixo. Os principais canais pelos quais a
crise global se espalhou pelo globo – como
o comércio, o investimento e as finanças –
desempenharam um papel pequeno em Timor-
-Leste. Assim, a recessão global teve um
impacto imediato limitado na economia, uma
vez que o investimento estrangeiro directo fora
do sector do petróleo e as exportações não
relacionadas com petróleo continuaram a ser
muito baixos. Como outros países exportadores
de petróleo, o principal impacto adverso foi
canalizado através da redução dos preços
do petróleo. Em resultado, estima-se que a
economia tenha crescido 7,2% em 2009, um
valor muito inferior aos 12,8% registados no
ano anterior. Em harmonia com a queda nos
preços internacionais dos alimentos, a taxa
de inflação caiu para um valor estimado de
67
0
5
10
15
20
25
30
2005 2006 2007 2008 2009
GRÁFICO II.1 TAXA DE CRESCIMENTO REAL DO PIB, 2005-2009(%)
2006 2007a 2008a 2009b
Taxa de Peso Taxa de Peso Taxa de Peso Taxa de Peso crescimento no crescimento no crescimento no crescimento no
PIB PIB PIB PIBDespesa de consumo privado 8,2 26,6 11,7 23,6 8,5 22,7 2,7 23,0Despesa de consumo final do governo 3,8 8,2 12,9 7,3 0,1 6,5 10,4 7,1Formação bruta de capital fixo 44,5 26,9 24,8 26,7 -16,8 19,6 -35,6 12,5Variação de existências 47,4 0,9 -16,0 0,6 32,2 0,7 -20,5 0,5Procura interna 21,0 62,6 17,1 58,2 -3,9 49,5 -11,8 43,1Exportação de bens e serviços 15,0 99,4 28,0 101,0 15,8 103,5 -0,8 101,3 Mercadorias 2,8 20,6 0,5 16,4 -25,4 10,8 -52,0 5,1 Serviços 18,7 78,8 35,2 84,6 23,7 92,7 5,2 96,2Importação de bens e serviços 18,5 62,0 20,3 59,2 1,2 53,0 -15,1 44,4 Mercadorias 18,3 46,1 14,0 41,8 -9,4 33,5 -17,8 27,2 Serviços 19,2 15,9 38,6 17,4 26,4 19,5 -10,5 17,2Procura externa líquida 9,6 37,4 40,9 41,8 36,4 50,5 14,2 56,9Produto interno bruto 16,5 100,0 26,0 100,0 12,9 100,0 1,3 100,0Memorando:Taxa de crescimento anual do PIB deflator
5,9 4,9 2,3 -3,7
QUADRO II.5 TAXAS DE CRESCIMENTO REAL DOS AGREGADOS ECONÓMICOS (A PREÇOS CONSTANTES-2002), 2006-2009
Notas: a Revisto.b Estimativas preliminares.
8,8% no terceiro trimestre e 27,4% no quarto
trimestre. O crescimento do PIB real para o
ano no seu todo foi de 1,3%, enquanto que se
estima que o PIB nominal e o PIB per capita
tenham sido de MOP169,3 mil milhões e
MOP311.131, respectivamente.
Nesta estrutura económica relativamente
concentrada, o sector do turismo, uma das
principais forças motrizes da economia local,
espelhou, em grande medida, a tendência
macroeconómica durante o período em revista.
Reflectindo os efeitos da turbulência financeira
global, bem como as restrições na política
do “Esquema de Visto Individual” praticado
pelo Interior da China para os residentes da
Província de Cantão, o número de visitantes
da RAEM diminuiu de modo geral nos primeiros
2
68
sete meses de 2009. Ainda assim, verificou-se
uma recuperação gradual ao longo do resto do
ano. Correspondentemente, as exportações dos
serviços do jogo diminuíram 13,0% na primeira
metade de 2009, mas aumentaram 36,4% nos
últimos seis meses. Entretanto, as despesas não
relacionadas com o jogo desceram 14,7% nos
primeiros três trimestres, aumentando 0,8%
no quarto trimestre. Assim, as exportações de
serviços, dominadas pelas despesas efectuadas
por viajantes, registaram um crescimento
moderado de 5,2% para 2009 no seu todo, em
contraste com o aumento significativo de 23,7%
registado em 2008.
Devido em parte à lentidão do processo
de recuperação económica nos principais
mercados de expor tação da RAEM, a s
exportações de mercadorias registaram
declínios continuadamente ao longo do ano,
tendo decrescido em mais de 50,0% em
relação ao ano anterior. Logo, o crescimento
das exportações totais diminuiu 16,6 pontos
percentuais em relação ao ano anterior para
-0,8%, o primeiro crescimento negativo em
dez anos. Atendendo que as importações de
mercadorias e as de serviços diminuíram 17,8%
e 10,5% respectivamente, o valor total das
importações registou um decréscimo de 15,1%.
Esse revés ajudou a contrabalançar o impacto
do decréscimo nas exportações na balança
comercial. Consequentemente, a procura
externa líquida aumentou 14,2% em 2009,
comparada com o acréscimo considerável de
36,4% verificado no ano anterior.
Houve uma dicotomia entre os sectores público
e privado, no que se refere à formação bruta
de capital fixo. Assim, teve-se uma contracção
de 39,7% na formação bruta de capital fixo
no sector privado e um aumento de 33,0%
no sector público, resultando, ainda assim,
num decréscimo geral de 35,6% para o ano
no seu todo. Correspondentemente, o peso
da formação bruta de capital fixo no PIB real
diminuiu, de 19,6%, em 2008, para 12,5%, em
2009. Por sua vez, o consumo privado subiu
modestamente 2,7%, após uma subida de
8,5% no ano anterior. A fraca procura interna,
conjuntamente com as medidas de auxílio do
governo, eliminou efectivamente a pressão
sobre os preços. O deflator implícito do PIB, um
índice amplo da pressão inflacionaria, diminuiu
3,7%, em 2009, em comparação com o aumento
de 2,3%, em 2008.
2.1.2 Procura interna
A procura interna, após o decréscimo de 3,9%
no ano anterior, voltou a diminuir 11,8%, em
2009. Houve, simultaneamente um decréscimo
evidente na formação bruta de capital fixo,
o qual contrabalançou, por completo, os
aumentos na despesa do consumo privado e do
consumo final do governo.
O agregado das despesas de consumo final
das famílias no mercado local registou um
crescimento moderado de 1,9% no ano
em análise, após a subida de 7,7% no ano
anterior. O ritmo crescente das despesas de
consumo final das famílias no exterior também
abrandou de 7,6% para 2,4%. Entretanto, as
despesas de consumo final das instituições
com fins não lucrativos que prestam serviços
domésticos registaram um acréscimo de 13,8%.
Consequentemente, verificou-se um aumento
ligeiro de 2,7% nas despesas de consumo
privado, o que representa um decréscimo de 5,8
pontos percentuais comparado com o aumento
no ano precedente.
As despesas de consumo final do governo
69
2005 2006 2007 2008 2009Exportações - f.o.b. Valor -12,1 3,2 -0,2 -21,6 -52,1 Volume1 -11,6 2,9 0,5 -25,4 -52,0 Preços1 -0,6 0,3 -0,7 5,1 -0,3Importações - c.i.f. Valor2 12,3 16,6 18,0 -0,2 -14,2 Volume1 8,4 12,9 14,2 -7,6 -13,8 Preços1 3,5 3,3 3,3 8,1 -0,5
Termos de troca3 103,0 100,0 96,2 93,5 93,7
QUADRO II.6 EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERNO, 2005-2009
Notas: 1As variações homólogas de preços e de volume são calculadas pelos índice Paasche e Laspeyres, respectivamente. A importação não inclui dados referentes a aviões, helicópteros e outros veículos aéreos.
2Incluindo importação de aviões, helicópteros e outros veículos aéreos.3Rácio entre os índices dos valores unitários médios das exportações e importações x 100 (2006=100).
(Variação em percentagem, excepto termos de troca)
aumentaram em dois dígitos, 10,4%, em 2009,
após um aumento marginal de 0,1%, em 2008.
Apesar de a remuneração dos funcionários
ter representado a maior parte, quase 70,0%
das despesas globais, o aumento de 5,4%
não contribuiu proporcionalmente para o
crescimento total. Por outro lado, as aquisições
líquidas de bens e serviços do governo, que
representaram a parte restante da despesa
total, subiram acentuadamente em 23,7%,
e acrescentaram 6,4 pontos percentuais ao
aumento total das despesas de consumo final
do governo.
A formação bruta de capital fixo decresceu
novamente, 35,6%, em 2009, após ter caído
16,8%, em 2008, principalmente devido à
contracção do investimento no sector privado.
Registaram-se decréscimos significativos de
45,0% e 21,3% no investimento privado no
sector da construção e no sector da maquinaria
e equipamento, respectivamente. No entanto,
o investimento do sector público reverteu esta
tendência de crescimento negativo e aumentou
notavelmente para 33,0%, tendo o investimento
no sector da construção subido 43,2%.
2.1.3 Comércio de mercadorias
A recessão global desencadeada pela crise
financeira acelerou o declínio do sector de
têxteis e vestuário local. A produção deste
sector constituía habitualmente a maior parte
das exportações de mercadorias da RAEM,
mas o seu desenvolvimento tem sido há muito
seriamente afectado pela globalização. Em
2009, pela primeira vez, as exportações de
têxteis e vestuário excederam as exportações
de produtos não-têxteis. As exportações de
têxteis e vestuário, em particular, caíram
acentuadamente 73,0% para MOP2,5 mil
milhões, ocupando uma quota de mercado de
apenas 32,2%, 24,9 pontos percentuais abaixo
do valor correspondente no ano anterior.
Entretanto, as exportações não-têxteis
registaram uma contracção menos drástica de
24,4%, correspondendo a 67,8% do total das
exportações de mercadorias.
Durante todo o ano de 2009, as exportações
de mercadorias caíram 52,1% para MOP7,7
mil milhões enquanto que as importações de
mercadorias diminuíram 14,2% para MOP36,9
2
70
mil milhões. Atendendo que as importações
de mercadorias excederam as exportações, a
RAEM registou o seu nono ano consecutivo de
um visível défice na balança comercial, que foi
ampliado em 8,2% para MOP29,2 mil milhões. O
rácio exportações/importações diminuiu 16,4
pontos percentuais para 20,8%.
A estrutura do mercado também sofreu
mudanças notáveis. Mas com o valor das
exportações para a RAEHK a cair 4,7%, esta
substituiu os EUA como o maior mercado para
as exportações da RAEM, sendo o destino
de 39,3% das exportações de mercadorias.
As exportações para os EUA diminuíram
substancialmente, em 79,6%, ocupando apenas
17,1% do total, 22,8 pontos percentuais abaixo
do valor correspondente no ano anterior. Os
EUA são agora o segundo maior mercado das
exportações da RAEM. Ao mesmo tempo, as
exportações para o Interior da China, o terceiro
maior destino (14,6%), diminuíram 43,2%
enquanto as exportações para o quarto maior
destino (8,2%), a União Europeia, diminuíram
significativamente, em 60,3%, após uma queda
de 57,3% no ano anterior.
A redução dos preços de petróleo e a fraca
procura de matérias-primas e bens de capital
levaram à segunda contracção consecutiva,
no que se refere à importação de mercadorias
em 2009. Embora a absorção de bens de
consumo tenha subido apenas 0,1%, esta
rubrica correspondeu a 53,6% do total das
importações de mercadorias, 7,7 pontos
percentuais acima do valor correspondente no
ano anterior. Atendendo que a recessão global
limitou consideravelmente a actividade da
indústria transformadora da RAEM, registou-
-se uma queda significativa nas importações
de matérias-primas e produtos semi-acabados
e de bens de capital, de 38,0% e 19,9%,
respectivamente. Estas duas categorias de
importações ocuparam, respectivamente,
quotas de 15,6% e 18,0% do total. Entretanto,
as importações de combustíveis e lubrificantes
diminuiriam 17,0% após terem registado níveis
de crescimento significativos nos últimos
três anos. A quota desta rubrica no total das
importações de mercadorias foi reduzida para
12,8%, em comparação com os 13,2% no ano
anterior.
O Interior da China manteve-se como a principal
fonte de mercadorias da RAEM, representando
31,4% das importações de mercadorias. Em
termos de valor, as importações do Interior da
China caíram consideravelmente, 31,6% em
2009. As importações provenientes da RAEHK e
do Japão também decresceram 7,5% e 16,5%,
respectivamente. As importações da RAEHK
representaram 10,9% do total, enquanto as
importações do Japão corresponderam a 8,2%.
Por outro lado, as importações da UE, a segunda
maior fonte de importações, aumentaram 10,1%
e representaram 21,2% do total.
Em 2009, o índice do valor unitário das
importações caiu a um ritmo mais rápido do
que o da sua contrapartida nas exportações.
Consequentemente, o índice dos termos de
troca, definido como o rácio entre o índice
do valor unitário das exportações e o das
importações, subiu para 93,7, de 93,5 do
ano anterior, após um declínio de cinco anos
consecutivos.
2.1.4 Turismo e jogo
Devido a actuações políticas decisivas e
ao vigor económico sustentado registado
na maior parte das regiões donde provêm
visitantes de Macau, a actividade turística
71
da RAEM recuperou gradualmente, tendo
como fundo a recessão global e o surto do
vírus Gripe A (H1N1). Entretanto, o sector do
jogo tem mantido a sua vitalidade, com as
receitas brutas do jogo a subir mais uma vez
para níveis recordes.
Em 2009, o número de visitantes da RAEM
ca i u mode s tamente , 5 , 1% , pa ra 21 , 8
milhões. Os excursionistas representaram
52,2% do total, com 11,4 milhões, enquanto
que a chegada de visitantes em excursões
aumentou 5,2% para 4,6 milhões. O Interior
da China continuou a ser a maior fonte de
turistas da RAEM, apesar da chegada de
visitantes provenientes do Interior da China
ter diminuído 5,4% para 11,0 milhões. Deste
total, 43,8% dos turistas visitaram Macau ao
GRÁFICO II.2 VARIAÇÃO ANUAL DAS RECEITAS BRUTAS DO JOGO, 2005-2009
(109 Patacas) (%)
47,1
83,8
120,4
0.0
20.0
40.0
60.0
80.0
100.0
120.0
140.0
2005 2006 2007 2008 20090
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Receitas brutas do jogo Taxa de crescimento
57,5 22,0%
8,3%
31,0%
9,6%
45,8%
109,8
2008 2009
Variação (%) (No103) Ponderação (%) (No103) Ponderação (%)
Interior da China 11.613,2 50,6 10.989,5 50,5 -5,4
RAE de Hong Kong 7.016,5 30,6 6.727,8 30,9 -4,1
Taipé, China 1.315,9 5,7 1.292,6 5,9 -1,8
Outros 2.987,7 13,0 2.742,8 12,6 -8,2
Total 22.933,2 100,0 21.752,8 100,0 -5,1
2008 2009
Variação (%)(No103) Ponderação (%) (No103) Ponderação (%)
Terrestre 12.094,8 52,7 11.448,8 52,6 -5,3
Marítimo 9.173,2 40,0 8.684,8 39,9 -5,3
Aéreo 1.665,2 7,3 1.619,1 7,4 -2,8
Total 22.933,2 100,0 21.752,8 100,0 -5,1
QUADRO II.7 DISTRIBUIÇÃO DE VISITANTES SEGUNDO LOCAL DE RESIDÊNCIA, 2008-2009
QUADRO II.8 DISTRIBUIÇÃO DE VISITANTES POR MEIO DE TRANSPORTE, 2008-2009
2
72
abrigo do “Esquema de Visto Individual”,
um decréscimo comparado com os 56,7% de
2008, que reflecte, em parte, o controlo
mais rígido exercido sobre a concessão
destes vistos aos visitantes provenientes da
província de Cantão.
Verificou-se a mesma situação na chegada de
visitantes de outros mercados importantes. O
número de visitantes de Hong Kong caiu 4,1%
para 6,7 milhões, enquanto as chegadas de
Taipé, China, caíram 1,8% para 1,3 milhões.
O decréscimo no número de visitantes em
2009 pareceu ter um alcance bastante
alargado. Os visitantes de outras regiões,
excepto do Sul da Ásia, também decaíram,
todavia a níveis diferentes. Da mesma forma
que a estrutura da origem dos visitantes,
o número de visitantes que chegou por via
terrestre e marítima (-5,3%) caiu em maior
proporção que os chegados por via aérea
(-2,8%).
A maior oferta de quartos de hotel resultou
num decréscimo da taxa de ocupação média
dos estabelecimentos hoteleiros, em 2,9
pontos percentuais para 71,6%, apesar do
número de hóspedes ter subido 2,7%. Os
hotéis de quatro estrelas continuaram a
registar a maior taxa de ocupação, de 77,5%,
seguido pelos de três estrelas (75,9%) e pelos
de cinco estrelas (70,8%). Paralelamente, a
estadia média subiu marginalmente para 1,5
noites, em comparação com 1,4 noites em
2008.
Durante o ano, o sector do jogo registou
um desempenho super ior ao prev i s to,
apesar da recessão mundial, permanecendo
como a maior fonte de receitas f iscais
do Governo da RAEM. As receitas brutas
do jogo aumentaram 9,6% para MOP120,4
mi l mi lhões , u l t rapassando o recorde
anter ior de MOP109,8 mi l mi lhões em
2008. Paralelamente, os impostos directos
sobre as receitas brutas do sector do jogo
subiram 5,8% para MOP41,9 mil milhões,
representando 89,7% do agregado das
receitas fiscais do Governo da RAEM.
2.1.5 Preços
Durante 2009, a pressão inflacionária local
foi contida de modo satisfatório. O IPC amplo
aumentou em apenas 1,2%, visivelmente
abaixo dos 7,4 pontos percentuais registados
no ano transacto. Como se verifica no Quadro
II.3, o IPC desceu para 1,8% em Fevereiro,
comparado com os 5,8% registados no mês
prévio. Após subidas moderadas em Março e
Abril, a taxa de inflação do IPC continuou a
cair, tendo atingido valores negativos durante
o período compreendido entre Setembro
e Novembro, antes se elevou para 0,8% no
último mês de 2009.
Por outro lado, o índice de preços dos
“p rodutos a l imenta re s e beb idas não
alcoólicas”, a maior componente do cabaz do
IPC, aumentou 5,5% em 2009, um decréscimo
de 11,7 pontos percentuais em relação ao ano
transacto. Esta componente contribuiu 102,1%
para a inflação geral dos preços no consumidor.
Durante o mesmo período de tempo, os preços
das “bebidas alcoólicas e tabaco”, “vestuário
e calçado” e “produtos e serviços diversos”
registaram subidas de 9,8%, 9,5% e 4,5%,
respectivamente, em comparação com o ano
prévio. Por outro lado, o índice de preços da
“habitação e combustíveis” sofreu uma queda,
passando de uma subida de 8,2% em 2008 para
um decréscimo de 1,3% em 2009. Entretanto,
os preços da “educação” e “transporte”
73
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
Jan Mar Maio Jul Set Nov Jan Mar Maio Jul Set Nov Jan Mar Maio Jul Set Nov
(%)
2008 20092007
GRÁFICO II.3 VARIAÇÃO MENSAL DO ÍNDICE DE PREÇOS NO CONSUMIDOR, 2007-2009
Variação homóloga
Taxa média anual
GRÁFICO II.4 CONTRIBUIÇÕES PARA A TAXA DE INFLAÇÃO, 2008-2009
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
Produtosalimentares ebebidas nãoalcoólicas
Bebidasalcoólicas etabaco
Vestuário ecalçado
Habitação ecombustíveis
Equipamentodoméstico emateriais deutilização corrente
Saúde Transportes Comunicações Recreação ecultura
Educação Produtos e serviços diversos
2008 2009
(%)
registaram descidas respectivas de 10,5% e
5,8% para o ano, reflectindo, principalmente,
o efeito dos subsídios do governo nestas duas
rubricas de consumo.
Esta variação na inflação ocorreu tanto devido
a factores externos, como a factores internos.
No que se refere aos factores externos, o
índice de preços unitários das importações,
um indicador dos preços das importações, não
sofreu alterações em 2009 devido à recessão
global e à queda dos preços do petróleo de
cerca de USD100,0 em 2008 para um valor
inferior a USD 70,0. Na vertente interna, tanto
2
74
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T42006 2007
(%)
2008 2009
GRÁFICO II.5 TAXA DE DESEMPREGO, 2006-2009
a procura como os custos ajudaram a conter
a inflação. O PIB real desceu subitamente
13,4% na primeira metade de 2009. Apesar de
a economia ter retomado o crescimento na
segunda metade do ano, foi, todavia e tendo
em consideração o ano no seu todo, moderado.
O consumo privado aumentou moderadamente
2,7%, um valor substancialmente aquém do
aumento em 8,5% verificado no ano anterior. A
inflação provocada pelos custos foi igualmente
moderada. Os rendimentos mensais medianos
estabilizaram, especialmente nos primeiros
três trimestres do ano, enquanto que o
mercado imobiliário enfraqueceu.
Como consequência, os preços no consumidor
caíram significativamente na primeira metade
de 2009, tendo-se, no entanto, registado um
ligeiro aumento ao aproximar-se o final do
ano, em harmonia com a recuperação das
actividades económicas, seguiu a nível interno
ou a nível global.
2.1.6 Emprego
A situação de emprego reflectiu o desenvolvimento
económico menos favorável da economia local
durante o ano em análise. A taxa global de
desemprego aumentou 0,6 pontos percentuais
em comparação com o ano anterior, para
3,6%, enquanto que a taxa de desemprego dos
residentes locais (excluindo os trabalhadores
não residentes) foi 4,4%, um acréscimo de
0,8 pontos percentuais comparado com o ano
precedente. Ao mesmo tempo, a taxa global
de subemprego subiu 0,3 pontos percentuais
para 1,9%.
Em 2009, a taxa de participação da mão-de-
-obra contraiu-se 0,9 pontos percentuais para
72,0%. Estima-se que a mão-de-obra total em
Macau em 2009 foi de 329.200, um decréscimo
de 3.800 em comparação com o ano anterior.
Deste valor, 317.500 estavam empregados, um
decréscimo de 1,7% em comparação com o ano
75
precedente. Entretanto, o número de pessoas
desempregadas aumentou 15,8% para 11.700.
Seguindo a tendência ascendente no final de
2008, a taxa de desemprego subiu para 3,8%
no primeiro trimestre de 2009. O mercado
de trabalho conseguiu inverter a situação no
final do ano, devido à recuperação económica
na segunda metade de 2009. A situação do
emprego melhorou a um ritmo estável e a taxa
de desemprego decresceu para 3,1% no último
trimestre.
A população desempregada é constituída
predominantemente por pessoas idosas e
de meia-idade, bem como por pessoas de
menor formação. No que se refere ao nível
de educação, 34,9% dos desempregados
possuíam educação primária ou inferior, 30,4%
tinham concluído o ensino secundário inferior,
21,5% tinham concluído o ensino secundário
superior e 13,2% tinham formação de ensino
superior. Analisando o desemprego por idade,
41,0% da população desempregada tinha
idades equivalentes ou superiores a 45 anos.
Ao mesmo tempo, 12,1% dos desempregados
procuravam o pr imei ro emprego, uma
contracção de 1,6 pontos percentua i s
comparados com o ano anterior.
A n a l i s a n d o o e m p r e g o p o r s e c t o r e s
económicos, a indústria do jogo continuou a
ser o maior empregador na RAEM, contratando
19,7% dos t rabalhadores em 2009, um
decréscimo de 0,9 pontos percentuais em
relação ao ano anterior. A proporção de
trabalhadores empregados pelos “hotéis,
res taurantes e act i v idades s imi la res”
aumentou 1,0 pontos percentuais para 13,8%.
O sector do “comércio por grosso, a retalho
e reparação” e o sector da “construção”
contrataram 13,1% e 10,3% da população
trabalhadora, respectivamente. Entretanto, a
quota da “indústria transformadora” contraiu-
-se em 2,2 pontos percentuais em comparação
com o ano anterior, para 5,4%.
Ao abr i go de um mecan i smo de sa ída
regular, que resultou do desenvolvimento
económico, o número de trabalhadores
não residentes no final de 2009 decresceu
significativamente 18,7% em comparação
com o ano anterior, para 74.905. Deste total,
o número de trabalhadores não residentes
em “hotéis, restaurantes e actividades
similares” diminuiu 10,7% em relação ao ano
anterior, ocupando uma quota de 21,5%. O
número de trabalhadores não residentes no
sector da “construção”, “jogo” (incluindo
os trabalhadores de construção empregados
directamente pelas empresas da indústria
do jogo) e na “indústria transformadora”
subiu 50,5%, 43,9% e 37,2%, respectivamente,
comparado com o ano prévio. Por outro lado,
o número de trabalhadores importados nos
sectores da “saúde e previdência social”,
“educação” e “sector imobiliário e actividades
comerciais” aumentou 13,2%, 8,5% e 4,0%
respectivamente.
Apesar do enfraquecimento no mercado de
trabalho, os salários aumentaram durante o
ano em análise. A mediana total dos salários
mensa is estabi l i zou entre MOP8.500 e
MOP8.600 durante os primeiros três trimestres,
tendo, no entanto, aumentado para MOP9.000
no último trimestre. Para o ano de 2009 no seu
todo, a mediana dos salários aumentou 6,3%
para MOP8.500.
E s te aumento no s s a l á r i o s ve r i f i cou -
-se em diversos sectores. Os salários para
trabalhadores na “indústria transformadora”
registaram o aumento anual mais significativo,
2
76
200
2.200
4.200
6.200
8.200
10.200
12.200
14.200
2005 2006 2007 2008 2009
Number of autonomous units
11
16
21
26
31
(%)
Fracções autónomas concluídas Fracções autónomas (novas) transaccionadas
Valor total das transacções imobiliárias em percentagem do PIB (eixo da direita)
GRÁFICO II.6 EVOLUÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO, 2005-2009
Número de fracções autónomas
de 25,0% para MOP5.000. Os trabalhadores
do sector de construção tiveram um aumento
de dez por cento nos salários, enquanto que
os sectores de “intermediação financeira”,
“administração pública, defesa e segurança
social obrigatória” e da “educação” viram
aumentos salariais de 9,1%, 8,9% e 8,3%,
respectivamente.
2.1.7 Mercado imobiliário
Após a correcção súbita na segunda metade
de 2008 que ocorreu devido à crise financeira,
o mercado imobi l iá r io loca l melhorou
gradualmente ao longo de 2009, tendo
recuperado e registado um crescimento
positivo nos últimos dois trimestres do ano.
O mercado começou a ganhar ímpeto a partir
do terceiro trimestre de 2009, tendo as suas
actividades sido sustentadas pelas baixas
taxas de juro, bem como pelo “Regime de
Bonificação de Juros de Crédito Concedido
para Aquisição de Habitação Própria” e o
“Plano de Garantia de Créditos para Aquisição
de Habitação Própria” do Governo da RAEM,
implementados durante a segunda metade
de 2009. Comparado com o ano precedente,
o volume de transacções aumentou de forma
estável nos últimos dois trimestres. Ainda
assim, o volume de transacções acumuladas
decresceu 19,5% para o ano de 2009 no seu
todo e, comparado com o ano anterior, para
17.310.
O número de “ con s t r uçõe s mode rna s
vendidas”1 registou um decréscimo acentuado
de 44,8% para 5.211, enquanto que o valor
total envolvido nestas transacções caiu
claramente 43,3%, para MOP13,3 mil milhões.
O número de “construções antigas vendidas”
decresceu 0,2% para 12.099; todavia, o valor
correspondente destas transacções subiu 12,2%
para MOP13,0 mil milhões. Consequentemente,
o valor total envolvido nestas transacções caiu
1 Consideram-se de “Construção moderna”:- Na península de Macau, as fracções autónomas destinadas à habitação e/ou comércio construídas há quatro anos ou menos e as destinadas à
indústria construídas há cinco anos ou menos.- Nas ilhas da Taipa e de Coloane, as fracções autónomas destinadas à habitação e/ou comércio construídas há seis anos ou menos e as
destinadas à indústria construídas há 10 anos ou menos.- As restantes são consideradas de” construção antiga”.
77
24,9%, correspondendo a 15,5% do PIB nominal
em 2009.
Os preços e as t ransacções f lutuaram
paralelamente. De acordo com os registos
oficiais do imposto do selo, o preço médio
da s f r a c çõe s au tónomas r e s i denc i a i s
t r a n s a c c i o n a d a s a u m e n t o u 5 , 0 % , e m
comparação com o ano anter io r, para
MOP24.154 no terceiro trimestre, tendo,
subsequentemente, aumentado 41,9% para
MOP25.631 no trimestre seguinte. Mesmo
assim, para o ano de 2009 na totalidade,
o preço médio das fracções autónomas
residenciais transaccionadas diminuiu 0,3%
para MOP23.235 por metro quadrado de área
útil. O preço médio de transacção de edifícios
construídos entre 1990 a 1999 registou o maior
aumento, com os preços a subir 17,5% para
MOP19,805 por metro quadrado de área útil.
O preço médio para a transacção de edifícios
construídos até 1989 vieram a seguir, com um
aumento no preço médio de transacção de
15,9%, para MOP13.889 por metro quadrado
de área útil. No entanto, o preço médio de
transacção de edifícios construídos após
2000 decresceu ligeiramente, 0,7%, para
MOP34,615 por metro quadrado de área útil,
permanecendo, mesmo assim, como os imóveis
com os preços por área útil mais elevados.
No que diz respeito a construções não
residenciais, o preço médio das transacções
para f racções autónomas dest inadas a
escritórios subiu 1,6% para MOP21.650,
enquanto o das fracções industriais aumentou
4,9% para MOP6.079.
O interesse de estrangeiros no mercado
imobiliário local continuou a contrair-se em
2009. De acordo com os registos oficiais do
imposto do selo, o número total de compradores
não residentes caiu marcadamente 70,8%
para 2.046, representando 8,7% do número
total de compradores.2 O valor das unidades
transaccionadas por não residentes ficou
nos MOP4,1 mil milhões, equivalente a um
decréscimo notável de 70,0%.
A oferta no mercado imobiliário aumentou
de forma significativa comparado com a
contracção de 42,6% registada no ano anterior.
O número total de fracções concluídas subiu
marcadamente 176,2% para 3.251 unidades
em 2009, enquanto que a área bruta do solo
dessas fracções concluídas subiu 140,7% para
1.406.242m2. O número de fracções autónomas
nos edifícios residenciais subiu 181,7% e a
área bruta do solo destas aumentou 227,9%.
O número de fracções autónomas em edifícios
comerciais e de escritórios aumentou 163,3% e
a respectiva área bruta do solo aumentou 7,7%.
No entanto, o número de edifícios em início de
construção continuou a diminuir em 2009, com
uma descida de 24,4% para 1.547, tendo a área
bruta do solo decrescido consideravelmente,
57,1% para 228.874 m2.
No que se refere à tipologia das fracções
construídas, a categoria “T3”, que representou
a maior quota com 56,3%, subiu drasticamente
em 201,4% para 1.742 unidades. Entretanto,
as fracções designadas “T2”, a categoria com
a segunda maior quota, aumentou 58,6% para
777 unidades em 2009.
O crédito bancário no sector imobiliário
continuou a crescer apesar de um abrandamento
nas transacções do mercado. O crédito
bancár io concedido ao sector local de
“construção e obras públicas” subiu 19,3% num
ano para MOP15,4 mil milhões no final de 2009,
enquanto que o crédito hipotecário concedido
2 O número de compradores intervenientes nas transacções de fracções for superior a um.3 Tipos de unidades de habitação:- T0: unidades de habitação sem qualquer divisão, contendo uma cozinha e casa de banho. A área útil mínima por andar é 23m².- T1, T2, T3, T4 e superior: unidades de habitação contendo uma cozinha, casa(s) de banho e uma sala de estar, e 1,2,3,4 ou mais quartos
respectivamente.
2
78
a residentes para a aquisição de fracções
residenciais subiu 28,4% para MOP33,1 mil
milhões. O crédito hipotecário concedido
a residentes e a não-residentes para a
aquisição de fracções residenciais aumentou
31,3% para MOP37,1 mil milhões.
2.2 Finanças públicas
2.2.1 Evolução global
O saldo excedente primário para o ano
f i sca l de 2009 d iminuiu para MOP23,8
mil milhões (equivalente a 14,1% do PIB
nominal), em comparação com o valor
de MOP25,1 mil milhões (14,5% do PIB)
registado no ano anterior. O superávite no
saldo fiscal foi devido principalmente ao
aumento contínuo nas receitas do jogo,
ao forte crescimento dos rendimentos de
propriedade e à baixa taxa de execução de
planos de investimento público.
Beneficiando da forte recuperação no sector
do jogo durante a segunda metade de 2009, as
receitas brutas do mesmo, que subiram 9,6%
em comparação com os valores registados em
2008, atingiram um nível recorde de MOP120,4
mil milhões. Os impostos directos baseados
nas receitas brutas do jogo aumentaram de
forma estável em 5,8%, para MOP41,9 mil
milhões. Entretanto, a proporção dos impostos
directos relativos às receitas totais aumentou,
novamente, de 88,2% em 2008, para 89,7%.
As receitas correntes mantiveram-se nos
MOP54,1 mil milhões, enquanto as despesas
correntes totalizaram MOP29,6 mil milhões.
Consequentemente, o saldo corrente registou
um excedente de MOP24,5 mil milhões, o
que representa um decréscimo de 14,1%,
ou MOP4,0 mil milhões em relação ao ano
anterior. O rácio entre as receitas e as
despesas correntes ficou em 1,8, comparado
com o rácio de 2,3 registado em 2008.
Number of autonomous units
GRÁFICO II.7 EVOLUÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS 1 , 2005-2009
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
2005 2006 2007 2008 200920
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
Saldo �scal do ano (eixo da direita) Receitas totais Despesas totais
Notas: 1 Excluindo entidades autónomas. 2 Valores provisórios.
Revenues/Expenditures
Fiscal balance of the year
Receitas/Despesas(106 Patacas)
Saldo �scal do ano