1.º campeonato de matraquilhos do centro histórico do porto

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PALÁCIO DAS ARTES LARGO S. DOMINGOS CASA DA COMPANHIA RUA DAS FLORES

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PALÁCIO DAS ARTESLARGO S. DOMINGOS

CASA DA COMPANHIARUA DAS FLORES

CAMPEONATO

DE

MATRAQUILHOSMATRAQUILHOSDO CENTRO HISTÓRICO DO PORTO

CASA DA COMPANHIARUA DAS FLORES

LARGO S. DOMINGOS

PALÁCIO DAS ARTES

20JUNHO20

14h30

MATRECOS PARA TODOS NO PORTO EM JUNHO

É um jogo que apaixona fãs do futebol de todas as idades, que sobrevive aos tempos e se mantém como garrida diversão, mesmo numa época tão marcada pelo entretenimento tecnológico. Falamos dos matraquilhos, dos famosos matrecos, o jogo que assenta na paixão e na perícia de pulso que o Porto vai consagrar, num grande campeonato, no dia 20 de Junho, no belíssimo Palácio das Artes, no coração do centro histórico e na Casa da Companhia, na Rua das Flores.

Numa das salas do edifício onde já funcionou o Banco de Portugal, cheia de luz e solenidade, o Campeonato de Matraquilhos do Centro Histórico do Porto vai proporcionar um invulgar convívio entre uma arquitectura gloriosa e rica e o ambiente popular e franco de uma competição de matrecos. A organização do evento é uma parceria entre a Busílis da Comunicação, uma empresa do centro histórico, a Associação de Matraquilhos do Porto e a Fundação da Juventude com o apoio da Federação Portuguesa de Matraquilhos e Futebol de Mesa, da Porto Lazer, da Rádio Nova e da Unicer. A equipa vencedora ficará apurada para o Campeonato Nacional de Matraquilhos.

Professor Hernâni GonçalvesFoto

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O evento vai desenrolar-se num formato destinado a cativar o interesse não só de quem joga, mas também de quem vai assistir. A acompanhar a competição, haverá uma equipa de comentadores e, nas mesas de jogo, estarão jogadores federados a dar “show de bola”, contribuindo para aumentar a emoção e a espectacularidade. Este Campeonato vai contar com a particípação especial de Álvaro Costa, Sérgio Sousa e João Nuno Coelho, da Liga dos Últimos.

Vai ainda ser atribuído o Prémio Bitaites, criado em honra do Professor Hernâni Gonçalves, figura do Porto e do futebol da qual temos tantas saudades.

Raquel Gomes, da Busílis, conseguiu que a sua ideia fosse abraçada pelos outros parceiros da organização do Campeonato de Matraquilhos do Porto. “A ideia é conhecermos as pessoas que trabalham e vivem no centro histórico, e ainda todas as outras que por aqui circulam e passeiam, juntando-as para se divertirem em redor de uma mesa de matraquilhos. Todos sabemos jogar matrecos, um jogo que nos faz lembrar as festas populares e o convívio espontâneo entre as pessoas. Há muitas emoções boas em redor do jogo, como a ansiedade pela espera de jogar, a alegria de um bom remate, aqueles momentos de glória em que os jogadores de madeira parecem ganhar vida”, declara a responsável pela boutique gráfica que, nos últimos tempos, tem procurado dinamizar o centro histórico com várias iniciativas de valorização de cultura popular.

Professor Hernâni Gonçalves

A HISTORIA COMOVENTE DE UM JOGO

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O inventor dos matrecos foi um galego, Alexandre Campos Ramirez, mais conhecido por Alexandre de Finisterra, o nome da localidade onde nasceu, na Corunha, em 1919. Alexandre era filho de um sapateiro e tinha nove irmãos, e viveu uma infância difícil. À pobreza da família juntou-se a tragédia da Guerra Civil espanhola – Alexandre ficou soterrado num dos bombardeamentos de Madrid, a cidade para onde foi estudar, aos 15 anos, e sofreu ferimentos graves.Ficou internado num hospital, onde estavam muitos outros jovens feridos na guerra, como ele, que não podiam fazer aquilo que os rapazes mais gostavam – jogar à bola. Foi então que o jovem Alexandre se lembrou de criar um jogo de futebol a uma escala menor, onde as pernas e a força para correr fossem dispensáveis, inspirando-se no ténis de mesa. Foi um seu amigo carpinteiro, Francisco Xavier Altuna, quem fabricou a primeira mesa de matraquilhos.

Alexandre de Fisterra

Na altura, Alexandre de Fisterra não conseguiu que as fábricas de jogos, ocupadas com a indústria de guerra, fabricassem mesas de matrecos em massa, embora tenha registado a patente do jogo em 1937, em Barcelona. O galego acabou por ter de exilar-se em França, fugindo a pé pelos Pirinéus e a sua vida foi passada entre vários países – Equador, Guatemala, Panamá e México. Quando voltou a Espanha, aos 40 anos, os matrecos já se tinham expandido pelo país.Alexandre de Finisterra regressou a Espanha, depois da morte de Franco, onde viveu em Burgos. Morreu há sete anos, em Zamora, com 87 anos, e as suas cinzas foram lançadas ao rio Douro. Deixa-nos uma herança de pura alegria: a possibilidade de ser estrela da bola em qualquer momento, com um feliz movimento de pulso e pontaria certeira.

Alexandre de Fisterra mais informações em: facebook/busilis