1ª edição do jornal universitário "contemporâneo"

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1ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

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Porque vivemos num presente a querer sem-pre ser futuro, O Contemporâneo apresenta-se hoje aos seus leitores como um jornal aberto, clarividen-te e sério, que promete ser uma janela aberta para o futuro.

Crescendo sob os alicerces da verdade e da vontade O Contemporâneo nasceu sob a égide de um mundo em constante mutação, que de minuto para minuto se altera e se recria. Daí, a ideia que todos nós sejamos contemporâneos que deambulam pelo universo fora em busca do melhor caminho, daquele que nos conduza mais além.

E porque este jornal não se limita ao seu espaço físico, O Contemporâneo proporciona aos seus leitores a oportunidade de informação não ape-nas no âmbito regional e nacional, mas também ao nível internacional.

Orientado por uma equipa jovem e ambicio-sa, este jornal online representa todas as “sementinhas” de curiosidade que procuram diaria-mente fazer da informação instrumento fundamental para despertar consciências e abrir horizontes.

Aos nossos leitores pede-se apenas que olhem para o mundo lá fora, que o observem e que o ques-tionem, que o leiam nas nossas palavras e que o sin-tam com os próprios espíritos.

Sentemo-nos então à janela dos nossos pró-prios mundos e sejamos os contemporâneos que caminham firmemente ao largo do século XXI.

Que foram ontem, que são hoje, que serão amanhã. Que serão sempre…contemporâneos.

Investidora: Profª Doutora Aurízia Anica Directora: Isa Mestre Sub-Directora: Sofia Trindade Redactor Principal: Adriano Narciso Direcção de Arte: Fábio Lima e Grethel Ceballos Secretariado: Sofia Trindade Fotografia: Catarina Andrêz Daniel Candeias Mariana Soares Tânia Marques Política: Fábio Rocha Manuela Vaz Marta Neves Martin Mendes Mónica Gaião Sociedade: Marta Miranda Ana Filipa Pereira Carla Martins Raquel Rodrigues Rita Caeiro Economia: David Marques Paula Bicho Grethel Ceballos Cultura: Joana Gonçalves João Marujo Marta Baguinho Inês Samina Vanessa Costa Daniel Pereira Desporto: Fábio Lima Susana Apolónio Tânia Branquinho Pedro Carrega David Marques Fábio Moreira

Editorial

Por Isa Mestre

Ficha Técnica

Índice

• Sociedade ……..... 4 • Cultura …………... 6 • Economia…...…...10 • Desporto………....12 • Política……….…..14 • Crónicas………….15

Vive o presente, sê o futuro. Sê ... Contemporâneo.

Tribunais mais perto dos cidadãos

O Ministro da Justiça Alberto Costa anunciou que, no próximo ano, vai ser lançado um plano apelidado “Tribunal XXI” que visará o esclarecimen-to de dúvidas dos cidadãos relativamente a algum processo de que estes façam parte e vai facultar aos utentes a entrega de documentos de índole pro-cessual. O plano ir-se-á realizar através da criação de balcões em 19 tribunais, onde o Gover-no estima gastar até ao final do ano 200 mil euros.

Este projecto comporta uma viragem das condições logísticas e físicas das salas de tribunal, possibilitando a con-centração de tribunais e servi-

ços de justiça num só local. O Secretário de Estado Adjunto da Justiça, José Conde Rodri-gues, avançou que só este ano estão integradas neste plano 730 salas que já dispõem de gravações digitais das audiên-cias.

O Governo pretende aprovar a elaboração de uma carta de risco dos tribunais e a ligação destes a um sistema de controlo nacional e às polícias, assim como a instalação de um botão de emergência em salas de audiência. Um dos objecti-vos do Ministério da Justiça, em conjunto com o Ministério da Administração Interna, será ter os diferentes tribunais do país ligados entre si a um sistema de controlo de segurança assegu-rando, segundo José Rodri-gues, um “conjunto de medidas

que possam vir a reforçar a segurança dos tribunais”. O Secretário assumiu ainda

que já existem tribunais com ligação às forças de segurança, mas enfatiza a necessária actualização das mesmas no sentido de alcançar as melho-res condições para salvaguar-dar a segurança.

“Tribunal XXI” entra em vigor em 2009

por Carla Martins

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Combate ao desemprego

Foto: diplomaciaenegocios.com

.br

O índice do desemprego é alarmante

por Rita Caeiro

Foto: O

bservatório do Algarve

Realizou-se na passada semana a feira de emprego da Associação Académica de Coimbra (AAC) onde se procu-rou fazer, através de sessões, um recrutamento efectivo com o intuito de combater a elevada taxa de desemprego em que Portugal se encontra.

Este evento envolveu várias áreas como a das novas Tecnologias, Direito e Farmácia. O Coordenador Geral das Saídas Profissio-nais da Direcção-Geral da AAC declarou que este ano só faltaram saídas na área da Medicina e do Desporto, registando-se uma maior ofer-ta de trabalho por parte das empresas. Actualmente existem 8000

licenciados no desemprego segundo o Instituto de Empre-go e Formação Profissional (IEFP) da região centro.

Nunes da Silva, o delegado regional do IEFP considera o número alarmante, dando gran-de relevo a iniciativas deste género que mostram a realida-de presente no mercado de tra-balho. André Oliveira, presidente da

DG/AAC destaca o facto de os estudantes não se iludirem com a obtenção do diploma pois carecem de ferramentas para enfrentar o actual ambiente socio-económico.

“Actualmente existem 8000 licenciados no desemprego”

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Alteração Climática Vs. Doenças

A alteração climática é um assunto em voga nos nos-sos dias. Invernos calorosos seguidos de grandes cheias, ou verões pouco quentes com grandes elevações de tempe-raturas são alguns dos cená-rios que podemos vivenciar hoje em dia. Até quando con-seguiremos manter o nosso Planeta a “salvo”?

Ver crianças a atirar lixo para o chão, cigarros a voa-rem pelas janelas dos carros ou mesmo a utilização exces-siva dos transportes particula-res são alguns dos caprichos que, por muito que se avise, não são alterados pelos cida-dãos. Com o passar dos anos estas pequenas acções tor-nam-se em grandes danos irreversíveis para o planeta.

Com este problema sur-gem outros com maior inci-dência na nossa saúde. A Tuberculose, Doença do sono, Gripe das aves, Cólera, Febre-amarela, e a Peste, considerada a mais malévola, são doenças que podem sur-gir como consequência de todas estas reviravoltas cli-matéricas.

Existem actualmente organizações internacionais que actuam directamente nas áreas mais fragilizadas, evi-tando desta forma a propaga-ção de epidemias, por exem-plo. No entanto, com as alte-rações previstas na tempera-tura estas doenças tendem a espalhar-se do seu território de origem para várias zonas do mundo, afectando toda a população.

Faro dá as Boas Vindas ao Mundo

O Welcome Day celebrou-se no passado dia 9 de Outubro para aco-lher os estudantes dos programas de mobilidade e contou com a presença de cerca de 200 alunos provenientes de vários países que vão estudar na Universidade do Algarve nas mais variadas áreas.

Logo pela manhã, junto à fonte do Largo de S. Francisco, estavam representantes de mais de 50 países divididos em pequenos grupos, falando as suas línguas com o inglês a criar o consenso possível entre todas elas. Após uma breve recepção, os estudan-tes rumaram em direcção às muralhas e à parte velha da cidade, visitando os monumentos e locais mais marcantes de Faro.

No período da tarde, os alunos voltaram a reunir-se em Gambelas para a cerimónia oficial de recepção aos estudantes internacionais, que não con-tou com a presença do reitor João Guerreiro. O dia em que a Universidade do Algarve acolheu o mundo terminou em grande festa com um pequeno botellón organizado pelos alunos espa-nhóis, porque a diversão também faz parte dos programas de mobilidade.

Estudantes de Erasmus na baixa de Faro

por Marta Miranda

Clima instável provoca doenças

Foto: Mariana S

oares

Foto: Público

Gramáticas ‘desactualizadas’ continuam à venda

por Carla Martins

por Raquel Rodrigues

Depois de ser severamente criticada, a Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário – TLEBS – e a sua posterior aplicação ao ensino de Língua Portuguesa foi suspensa no dia 18 de Abril do ano transacto até 2010, estando também suspensos os processos de adopção de manuais dessa disciplina do 5º ao 9º ano. Se até esse dia muito se discu-tiu sobre esta matéria, passado mais de um ano a polémica em torno da TLEBS mantém-se acesa.

No âmago desta questão encontram-se as Editoras, o Governo e as famílias dos alunos. O Governo, aquando da suspensão, não se pro-nunciou acerca dos efeitos que esta acção teria junto das editoras, optando por não ordenar a retirada dos manuais e gramáticas do mercado e defende-se na voz do Secretário de Estado Adjunto da Educação Jorge Pedreira segundo o qual "nenhum manual tem efeito legislativo. Os pro-

fessores terão a capacidade de ultra-passar a situação e seguir o que está no programa.". Também de referir que a portaria que validou a TLEBS possibili-tava a sua alteração nos três anos seguintes (que serviriam de experiên-cia).

Do outro lado da barricada estão as editoras que advogam que a omissão legislativa não as proíbe de colocar à venda manuais adaptados ao regime pendente. Facto sabido é que no meio desta guerra os mais lesados são os familiares dos alunos que fre-quentam os anos abrangidos por esta ‘amálgama’ de reformas que, depois de comprarem os manuais constatam que eles, de facto, não são proveitosos.

Gramáticas põem em causa Educação

Foto: P

úblico

Veganismo na música Veganismo une-se à música para se fazer ouvir.

Reportagem de JOANA GONÇALVES

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Com o apoio da organização Algarvia I CAN C U, no passado dia 9 de Outubro pelas 22 h 30 m o projecto xTRUE NATUREx aliou a ideo-logia Vegan aos suaves acordes da guitarra acústica. A popularidade do Arcádia Rock Bar, situado na Rua do Crime em Faro, foi a principal razão para a escolha deste local, uma vez que o objectivo primordial da banda de cartaz era sen-sibilizar o maior número de pessoas para esta ideologia.

Uma das personalidades que muito contri-

buiu para a ideologia Vegan foi a britânica Anna Bonus Kingsford (1846-1888) que ao longo da sua vida lutou contra a utilização dos animais nas expe-riências científicas e a favor do vegetarianismo. Consequentemente, surge pela primeira vez, em 1944, a palavra de origem inglesa Vegan que uniu

estas duas ideologias que com tanta garra foram defendidos por activistas entre eles a já nomeada Anna Bonus Kingsford. Mais tarde, ao celebrar o seu 50º Aniversário a Vegan Society, decretou dia 1 de Novembro como o Dia Mundial do Veganismo.

Sendo este um conceito pouco divulgado na cultura Portuguesa, o veganismo é muitas das vezes confundido e até mesmo substituído pelo vegetarianismo.

Contrariamente ao Vegetarianismo, ser Vegan não consiste somente em usufruir de uma dieta onde a carne e o peixe não constam da ementa, mas também numa filosofia de vida onde os Direitos dos Animais são tão importantes e valo-rizados como os Direitos Humanos.

Foi, neste contexto, onde as ideologias Vegan predominavam que o concerto, repleto de mensagens que aspiravam tocar o lado mais Humano do público, ocorreu.

Relativamente ao espectáculo, as expecta-tivas eram elevadas, como afirmou Andreia Silva,

‘Keegan, the Vegan’ foi uma das coqueluches do evento realizado no Arcádia Rock Bar

Foto: Myspace

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membro da organização responsável, «As expecta-tivas são positivas, uma vez que o Arcádia Rock Bar é bem conhecido», e concretizaram-se. Movi-das pela curiosidade e pela solidariedade, foram diversas as pessoas que se deslocaram até ao local do evento.

O espectáculo, não só contou com a pre-sença de xTRUE NATUREx, mas também com o projecto acústico de origem Algarvia My Last Try, composto por Ricardo Costa e Rafael Rodrigues, e com o projecto musical “Diogo”, composto pelo solista Diogo Carvalhais.

Antes da principal actuação da noite e seguindo a linha do estilo musical, a escolha do projecto regional My Last Try foi uma opção lógica bem sucedida, como declarou Rafael Rodrigues, «Fazia todo o sentido a nossa presença aqui». Já Diogo Carvalhais, tendo sido convidado a actuar inesperadamente, aproveitou para dar a conhecer o seu recente projecto musical, baseado na política Straigh Edge (hardcore/punk livre de drogas).

Emocionado pela oportunidade com que foi presenteado, o solista não hesitou em dedicar a “Keegan the Vegan”, membro da banda de cartaz, uma música de sua autoria, “Heroes without faces”, com intuito de lhe agradecer e homenagear todos aqueles que ao lutarem com garra pela libertação dos animais em cativeiro se apresentam anónimos para prevenir futuras represálias.

Concluídas as primeiras actuações seguiu-se a actuação que o público tanto ansiava. Forma-do há um ano e composto por três membros, dos Estados Unidos da América, o projecto xTRUE

NATUREx, realizou neste verão de 2008, uma tour-née pela Europa cujo objectivo foi apresentar o seu ponto de vista sobre a filosofia Vegan, sensibilizar o público para este tema, bem como expor as con-trapartidas ecológicas que os interesses políticos e capitalistas desmedidos podem levar-nos enquanto sociedade. Contudo, só um elemento da banda, Keegan, a conseguiu representar na sua primeira vinda a Portugal, uma vez que devido a impedi-mentos monetários os outros membros não o con-seguiram.

Tendo sido criado no seio de uma família vegetariana, Keegan tomou, desde cedo, gosto por este modo de vida, no entanto afirmou que o moti-vo pelo qual se tornou vegan foi a influência da banda Earth Crisis, «Quando tinha 12 anos ouvi a banda Earth Crisis que me afectou, verdadeiramen-te, e foi aí que decidi tornar-me vegan».

Além do reportório musical composto por originais cuja mensagem remete para esta filosofia de vida, Keegan acrescentou uma pequena reflexão entre as músicas, característica presente em todos os seus concertos, com o intuito de interagir e cati-var o público para esta causa. Para tal deu a conhe-cer episódios pelos quais passou, contou histórias de amigos e chegou mesmo a afirmar que «os veganos são considerados terroristas».

A última música tocada, “Total liberation”, alertou para o massacre em massa dos animais criados em fábricas e para a preocupação capitalis-ta na obtenção de lucros.

Terminado o concerto as atenções dirigi-ram-se para a exposição que “Keegan the Vegan” organizou, nesta encontravam-se jornais, folhetos informativos e t-shirts cujo dinheiro reverteria a favor da sua causa.

Apesar de o espectáculo ter sido finalizado por volta das 01 h 00 m a conversa continuou noite dentro numa troca de ideais dos participantes e numa partilha de ideias de como acabar com o sofrimento dos animais que nos servem de alimen-tação.

«Seja qual for a causa pela qual se está a lutar há sempre alguém que

acaba preso!» Keegan, the Vegan

‘My Last Try’ em plena actuação no Arcádia Rock Bar

«Não devemos desistir dos nossos ideais (…) Há que lutar pelo que acreditamos»

Rafael Rodrigues

Foto: Joana Gonçalves

Francês ganha Nobel da Literatura

. Aos sessenta e oito anos, o escritor de nacionalidade france-sa Jean-Marie Gustave Le Clézio foi distinguido com o Prémio Nobel Da Literatura de 2008. Nascido em 1940, Le Clézio já

tinha sido apontado como sendo um potencial candidato ao prémio máximo da literatura, acabando por ser laureado pela Academia Sueca no presente ano. A justificação dada pela Aca-

demia para a atribuição do pré-mio ao autor de livros como “O Caçador de Tesouros” e “Diego e Frida” que se assume como “o investigador de uma humanidade

rara debaixo da civilização rei-nante” residiu no facto de se tra-tar de um escritor com uma nar-rativa de “aventura poética e sen-sualidade extasiada”. Considerado, em 1994, “o

maior escritor vivo da língua fran-cesa”, Le Clézio conta já com uma carreira de quarenta e cinco

anos e mais de cinquenta obras literárias no seu currículo, evocando na sua maioria temas como as viagens, a natureza e a nostalgia. O escritor francês receberá o

prémio e respectivo cheque num valor que ronda um milhão de euros no próximo dia 10 de Dezembro.

Última lição de Horta Correia na UALG

por Vanessa Costa

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Jubilação do Professor Horta Correia

No passado dia 1 de Outubro de 2008, pelas 15 horas, no Anfiteatro Teresa Júdice Gamito, situado no Campus de Gambelas da Universida-de do Algarve, o Professor Doutor José Eduardo Capa Horta Correia proclamou a sua “Última Lição”.

Contando com a presença do Excelentíssimo Reitor João Guerreiro e dos Membros da Academia, o anfi-teatro ficou repleto, demonstrando assim uma enorme adesão e interesse pelo evento.

No decorrer do seu discurso o Professor louvou o trabalho da Uni-versidade do Algarve, e reconheceu-lhe a importância no Património Cul-tural desta região, referenciou a urgência da abertura dos cursos de Arquitectura e Direito e mencionou a vitória do “semi-conseguido” curso de Medicina e anunciou ficar disponí-vel para contribuições pontuais na coordenação de dissertações.

Após uma calorosa ovação ao homenageado, o Exmo. Reitor João Guerreiro ofereceu-lhe, como símbolo de gratidão e admiração uma medalha da UAlg, e felicitou-o não só pelos seus 50 anos académicos, mas também pelos seus 70 anos de vida.

por Marta Baguinho

«Os alunos da província não são menos dotados que os da capital»

Horta Correia

Foto: Mariana S

oares

O cenário da entrega dos prémios Nobel em Estocolmo

Foto: Fundação Nobel

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TERPSÍCORE, DANÇA? A Companhia de Dança do Algarve comemora o

seu quarto aniversário no dia 4 de Novembro, pelas 21h30, no Teatro das Figuras, apresentando a Gala Internacional de Dança Terpsícore. Este espectáculo de “dança delicada”, originada

em torno da Musa grega da Música e da Dança, Terpsícore, contará com a presença das companhias do Ballet Teatro Stanilavski, Dutch National Ballet, Staastsballet Berlin e a anfitriã Companhia de Dança do Algarve. A Gala irá ser acompanhada de música de Tchai-

kovski e Bach. O espectáculo é familiar, e o preço dos bilhetes é

de 15 euros. Inês Samina

MÚSICA DO MUNDO

A Guineense Eneida Marta irá actuar no palco do Teatro Lethes, Sábado, dia 1 de Novembro, pelas 21h30, num concerto a contar para a VI Semana das Artes de Palco.

A artista africana agrega vários estilos no seu repertório musical, entre os quais o Jazz, o Gospel, o Flamenco e o Singa.

Eneida Marta conta já com três discos editados, dois deles por editoras portuguesas (Nô Storia e Amari), e o último, Lôpe Kai, por uma editora france-sa.

O preço dos bilhetes deste con-certo, considerado adequado a todas as faixas etárias, é de cinco euros.

João Marujo

Exposição Por Uma Boa Causa

Até dia 18 de Outubro, estiveram expostas diversas obras serigráficas de artistas de renome da Arte Contemporânea, na Galeria Municipal da cidade de Albufeira.

Esta exposição, que teve o seu início no passado dia 15 de Setembro e deu pelo nome de “Por Uma Obra Para Todos”, foi p r o m o v i d a p e l a A P CC (Associação para a Promoção Cultural da Criança) e exibiu tra-balhos de artistas como Siza Viei-ra, Paula Rêgo, Eduardo Nery, Graça Morais, Manuel Baptista, Cabrita Reis, Malangatana, entre muitos outros.

Não se tratou de uma mera exposição, esta iniciativa

O Contemporâneo sugere…

teve um carácter solidário pois o público teve a oportunidade de adquirir qualquer uma das obras, e assim contribuir para a edifica-ção do novo Centro de Juventude para a Educação Artística.

Este Centro da APCC será construído perto de Chelas, no Parque da Belavista, em Lis-boa e pretende oferecer aos

por Vanessa Costa

Galeria Municipal de Albufeira

jovens espaços onde estes pode-rão desenvolver os seus conheci-mentos acerca das mais variadas artes, workshops, exposições e espectáculos. Prevê-se também que o centro tenha um espaço de alojamento para albergar jovens.

Foto: Câm

ara Municipal de A

lbufeira

Foto: Observatório do Algarve

Bailiado Terpsícore no Algarve Eneida Marta no Teatro Lethes

Foto: cbc.ca

Crise financeira agrava-se Governos obrigados a tomar medidas drásticas. Colapso da economia é iminente

Quase 70 anos após a mais grave recessão económica da história o mundo corre um sério perigo de voltar a ter um colapso financeiro de alta intensidade sís-mica. Os já pequenos e frágeis tijolos que constituíam empresas de renome estão a transformar-se em pequenos grãos de areia que ameaçam resvalar-se a qual-quer instante. De um lado surgem os mais

cépticos que asseveram que as consequências vão ser dramáti-cas para pessoas e empresas, porém – do outro – outros afir-mam que “antes mal do que mor-to”. A verdade é que as Bolsas internacionais têm entrado em queda desde que a turbulência se iniciou nos Estados Unidos, pelo que George W Bush e o seu Exe-cutivo viram-se forçados a avan-çar com uma proposta de um pla-

no de salvamento que após algu-ma renitência da Câmara dos Representantes acabou por ser aceite – mais de 700 mil milhões de dólares foram injectados na banca norte-americana - pois parece ser a única forma de evi-tar que mais bancos e segurado-ras importantes abram falência ou entrem em fortes recessões depois do fim da Lehman Bro-thers e do enorme susto da AIG. Por seu turno, o BCE (Banco Central Europeu) também dispo-nibilizou uma considerável quanti-dade de dinheiro, depois do desastre bolsista de dia 6 de Outubro, a fim de evitar que a economia comunitária congestio-ne por completo. Apesar de esta luz ao fundo

do túnel, as grandes empresas internacionais temem que as medidas postas em prática pelo autoproclamado país defensor do Mundo e agora pela Comunidade Europeia não sejam suficientes,

pois a descrença é tão grande que preferem esperar por uma altura mais viável para voltarem à actividade, ou investirem em áreas de lucro garantido. São condutas que podem comprome-ter o Plano posto em prática pela Administração Bush e companhia visto que, para haver sucesso e estabilidade económica é neces-sário haver fluxo de dinheiro. E sem dinheiro…

A crise financeira afecta todo o mundo

por David Marques

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Governo obriga gasolineiras a divulgar preços

O Governo aprovou no passado 9 de Outubro, em Concelho de Ministros, um decreto que obriga todos os postos de abaste-cimento de combustíveis rodoviários a publicarem os preços praticados na Inter-net. A medida apresentada pelo secretário de Estado Adjunto e da Indústria, Cas-tro Guerra, insere-se no programa de simplificação administrativa Simplex.

Citado pela Lusa, o membro do Governo definiu tal medida como «um passo para que os automobilistas

tenham maiores opções de escolha quando abastecem as suas viaturas». Acrescentando que «esta informação ajudará a aumentar a concorrência, através de um processo sim-ples, com custos reduzidos" e garantiu que a informação estaria disponível no início de 2009.

Para além dos preços dos combustíveis, é, também, disponibilizada informação sobre a localização, horário de funcionamento, e serviços existentes em cada posto. Os titulares dos postos de abaste-cimento dever-se-ão inscrever na página electrónica da Direcção-Geral de Energia e

Foto: expivots.com.br

Geologia em www.dgge.pt, atra-vés da qual fornecerão as infor-mações.

por Grethel Ceballos

A crise financeira afecta todo o mundo

Foto: O G

lobo

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Breves

GOVERNO APOIA EMPRESAS

Governo português dispo-nibiliza à banca fundo de 20 mil milhões de euros para estimular o mercado financei-ro.

BOLSA RECUPERA DA SEMANA NEGRA

Depois de uma semana negra em que perdeu 18% do seu valor, o PSI 20 terminou a sessão de dia 13 de Outubro com um ganho recorde de mais de 10%, acompanhando a tendência das principais praças mun-diais.

NOBEL DA ECONOMIA 2008

O professor univer-sitário e economista norte-americano Paul Krugman foi distinguido recentemente com o Prémio Nobel da eco-nomia. Para isso em muito contribuiu o seu trabalho no âmbito da “análise dos padrões de comércio e da localização da actividade económica”.

Dias difíceis na economia mundial

Apreensão na maioria das bolsas mundiais

CRISE NA ISLÂNDIA

O Primeiro-ministro Islandês aconselhou a popula-ção a dedicar-se à exploração de recursos naturais que a ilha possui em abundância. Geir Haarde assume que o sector da pesca é um dos mais viáveis para fazer face à crise. Esta sugestão ganhou mais credibilidade após a bolsa ter reaberto esta terça-feira – dia 14 – com uma desvalorização de quase 80%.

A crise chegou. Apare-

ceu sob a forma de falência de

um grande banco britânico e

rapidamente se alastrou ao

gigante da economia mundial,

os Estados Unidos da América.

por Paula Bicho

Qual o impacto imediato desta crise nas nossas vidas? Está o cidadão português consciente do clima que se vive na economia mundial? Pelo que se observa no nosso país, a população apa-renta um distanciamento próprio de quem assiste a um filme. Será a melhor forma de se viver? Talvez!

«...Insólita notícia de que um país, a Islândia, está á

venda por um euro.»

Sucedem-se planos de emergên-cia, fala-se de injecção de somas astronó-micas para salvar bancos, regressa-se ao mais puro conceito comunista com a nacionalização de bancos, as bolsas sofrem quedas inimagináveis, a ameaça de fecho de empresas lança o espectro de maior desemprego. Nos “saudáveis” ban-cos suíços assiste-se ao levantamento de depósitos, a venda de cofres a particulares multiplicou e até surge a insólita notícia de que um país, a Islândia, está á venda por um euro.

O desfecho desta escalada é imprevisível e os esforços dos governan-tes para sossegar os cidadãos indiciam que a situação está longe de tranquilizar.

Presidente francês é um dos rostos mais visíveis da luta contra a crise

Foto: Le M

onde Foto: Financial T

imes

Dois empates para empatar apuramento Selecção sem alma perde quatro pontos que podem fazer muita falta.

Jogaram-se no espaço de cin-co dias, dois jogos de apuramen-to para o Mundial de 2010, a rea-lizar na África do Sul. O primeiro dos jogos foi em Estocolmo e o segundo em Braga, sendo que o resultado foi o mesmo nas duas partidas – um empate sem golos. Com estes dois resultados, o apuramento da equipa portugue-sa fica comprometido bem cedo. Relativamente à partida de

Estocolmo, o nulo registado dei-xou tudo na mesma nas contas do grupo. A primeira nota de real-ce desta partida vai para o eleva-do número de ausência importan-tes de parte a parte, com varias adaptações forçadas para colma-tar essas ausências. O jogo em si mostrou duas equipas fechadas, a jogar com medo do golo do adversário. No primeiro tempo, uma equipa portuguesa retraída na defesa e sempre com o receio do jogo aéreo da equipa da casa. Com maior ou menor dificuldade, a defensiva lusa conseguia limpar os lances da sua zona de perigo, não se livrando de alguns cala-frios que acabavam por ser resol-vidos. No segundo tempo desta partida, os comandados de Car-los Queirós “acordaram” e fize-

ram uma segunda parte de melhor tendência atacante, porém na altura de rematar falta-va o discernimento necessário para chegar ao golo. Um empate justo, num jogo onde nenhuma das equipas fez o suficiente para marcar. Quatro dias depois, a equipa

orientada por Carlos Queirós recebeu a sua congénere albane-sa no Estádio Municipal de Bra-ga. Queirós para esta partida fez três alterações, sendo que ape-nas uma delas foi forçada – Miguel por Bosingwa. A jogar perante a 83ª colocada no Ran-

king FIFA, a selecção lusa fez um jogo sem chama, sem alma; por seu turno a equipa dos Balcãs fez um jogo fechado em copas, tendo sempre imensos jogadores atrás da linha da bola para conter o – fraco – ímpeto luso. Do lado nacional, as raras iniciativas eram constantemente feitas por Cristia-no Ronaldo que mesmo debilita-do procurou levar a equipa ao golo, mas sem sucesso. O públi-co bracarense chegou a ponto de lançar assobios para o relvado visto estar indignado com a falta de empenho dos jogadores. Antes do intervalo, o defesa-central Teli é expulso aos 42 minutos (esteve 24 minutos em campo), dando à selecção portu-guesa uma vantagem numérica, à qual Carlos Queirós respondeu apenas aos 75 minutos quando tirou Miguel para colocar Nuno Gomes. Apesar da avalanche ofensiva que foi todo o jogo, na altura do remate não havia calma ou vontade para fazer golo. Um empate mau demais para uma selecção que pretende ser a melhor do mundo. Ao cabo de quatro jornadas, a

selecção portuguesa está em 3º lugar com 5 pontos, estando a dois pontos o 1º classificado - Dinamarca - porém os escandina-vos têm menos uma partida. Há razões para deitar a mão à cabeça

Reportagem de FÁBIO LIMA

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Favoritos crónicos mantém-se na corrida

OUTROS JOGOS

Ao contrário de Portu-gal que não conseguiu fazer jus ao seu favoritismo na dupla jornada de qualificação para o Mundial da África do Sul, a Espanha continua ima-culada na liderança do seu grupo, contabilizando já 4 vitórias em outros tantos jogos. Depois de terem batido no fim-de-semana a Estónia

por 3-0, os campeões europeus trouxeram mais 3 pontos da Bél-gica, pese embora o equilíbrio registado no encontro – 2-1 foi o resultado final. Outra Selecção em destaque tem sido a Inglater-ra que parece estar determinada em apagar o mau passado recen-te e com 12 pontos já se distan-ciou da equipa que deixou a equi-pa na altura treinada por Eriksson fora do Europeu, a Croácia que tem menos 5. Por seu turno, no

Grupo 8 a Itália, mesmo apresen-tando um futebol soluçante é primeira. Depois de empatarem a 0 na Bulgária, o segundo jogo foi mais feliz para os transalpinos que bateram por 2 a 1 o Monte-negro de Vukcevic. O mesmo se passa com a Alemanha e a Holanda que não vão encontran-do grande oposição e encon-tram-se na vanguarda dos gru-pos 4 e 9 respectivamente.

por David Marques

Foto: Lusa

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Breves

E VÃO DUAS PARA FERNANDO ALONSO

O piloto espanhol da equipa Williams Renault ven-ceu no passado Domingo, o grande prémio do Japão em Formula 1. A completar o pódio ficaram Robert Kubica e Kimi Raikkonen, respecti-vamente. Na classificação de pilotos, Lewis Hamilton detém uma vantagem de cin-co pontos sobre Felipe Mas-sa, quando faltam disputar dois Grandes Prémios.

LANCE ARMSTRONG GARANTIDO NO GIRO

O norte-americano Lance Armstrong, que recen-temente anunciou o regresso à competição, assumiu publi-camente que poderá falhar a presença na Volta a França, prova que venceu por sete vezes consecutivas. Confir-mada está a sua participação na Volta a Itália, na qual Armstrong afirma tratar-se de «colmatar uma lacuna na carreira», sendo que nunca participou na prova transalpi-na. Quanto ao «doping», o a t le ta nor te -amer icano demonstrou-se disposto a submeter-se a exames diários de modo a esclarecer quais-quer dúvidas.

HÁ CAMPEÕES NO TRIATLO

Vanessa Fernandes e Bruno Pais revalidaram os títulos de campeões nacionais de triatlo ao vencerem as respectivas corridas realiza-das no Estoril no passado domingo. Vice-campeã olím-pica, a atleta do Benfica ter-minou a prova em 2:07.50 horas, a frente de Anais Moniz e Maria Areosa. Bruno Pais, tal como Vanessa atleta do Benfica, terminou a prova em 2:09.22 horas.

Selecções portuguesas conhecem adversários

As selecções portuguesas de sub-21 masculina e sub-17 e sub-19 femininas ficaram a conhecer, através dos sorteios realizados na sede da EHF em Viena, os adversários nas respectivas competições internacionais que vão decorrer em 2009. A selecção sub-21 masculina, que vai disputar a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo no Egipto, ficou no Grupo 2, tendo como adversários a Turquia, Bielo-Rússia e Geórgia. A fase de qualificação decor-re de 10 a 12 de Abril e a fase final realizar-se-á de 10 a 23 de Agosto. As sub-19 femininas vão ter a Croácia e a Suécia como adversarias no Grupo 8 de qualificação para o Campeonato da Europa, que ira decorrer na Hungria de 13 a 23 de Agosto.

Por fim, para o Campeonato da Europa sub-17 feminino, a decorrer na Macedónia entre 25 de Junho e 5 de Julho, Portugal joga contra a Republica Checa, Bulgária e Hungria de 6 a 8 de Maio de 2009.

Os sub-21 irão ao Egipto disputar o Grupo 2

AUTOMOBILISMO

ANDEBOL

FIA aprova novo autódromo do Algarve

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) aprovou a pista do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), depois da vistoria efectuada pelo seu delegado de segurança para os circuitos, o belga Roland Bruynseraede. Durante uma manhã, Bruynse-raede (director entre os anos de 1988 e 1995 dos GP do Mundial de F.1 e que, actualmente, desempenha essa função nas corridas do DTM) percorreu a pé, acompanhado de uma comitiva que incluía elementos do AIA e ainda o pre-sidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, o traçado (cinco quilómetros) de Portimão, para se inteirar de todos os pormenores da estrutura. O padock, a sala de impren-sa, as boxes, o centro médico e a torre de controle, onde ficará sedeada a direcção de corrida, também foram vis-toriados, como é normal nestas circuns-tâncias. Haverá pequenos ajustes a fazer, em termos de pormenor, os quais ficarão concluídos nas próximas sema-nas, e no final Roland Bruynseraede deu, como se esperava, "luz verde" à

pista algarvia, que ficou com homologa-ção FIA em Grau 2. Ou seja, está apta a receber todo o tipo de competições de automóveis, excepto de Fórmula 1, embora possa ser palco para testes destes monolugares, como vai suceder já no próximo mês de Dezembro. A título de curiosidade, importa referir que apenas os circuitos que rece-bem os GP do Mundial de F.1 têm homologação Grau 1, com uma única excepção para o de Paul Ricard, que tem aquele "galardão" embora esteja há muito afastado do campeonato. Só que essa pista francesa é propriedade de... Bernie Ecclestone, o "patrão" da F.1.

O traçado do novo Autódromo algarvio

por Susana Apolónio

por Tânia Branquinho

Foto: FPA

Foto: FIA

por Fábio Rocha

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Santana para Lisboa em 2009

Santana Lopes irá ser o candidato social-democrata para Lisboa

Santana Lopes, ex-primeiro ministro e ex-líder do partido laranja (PSD), é o nome avançado como o mais provável às autárqui-cas para a Câmara Municipal de Lisboa, em 2009.

«Candidatura de Santana Lopes criticada por nomes

sonantes do partido»

Esta decisão foi já criticada por nomes sonantes do partido, como José Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa, que se opõem a esta candidatura e conside-ram o anúncio da mesma inoportuno.

O ex-autarca já se mostrou disponí-vel e de acordo para representar o PSD em Lisboa nas próximas eleições de 2009, já conta também com o apoio da líder do parti-

do, Manuela Ferreira Leite, como também da Juventude Social Democrata(JSD) , por isso, o nome de Santana deve ser aprovado sem dificuldade pela Comissão Politica Nacional do Partido Social Democrata.

Este poderá ser o anúncio de um pos-sível regresso de Santana Lopes à presidência da Câmara da capital, após este já ter coman-dado os destinos de Lisboa entre 2001/ 2004 e 2005.

Por Marta Neves

Síria e Líbano restabelecem relações diplomáticas

O presidente Sírio, Bachar al-Assad, anunciou o estabelecimento de relações diplomáticas com o Líbano. Simultaneamente revelou tam-bém a abertura de uma embai-xada na capital Libanesa.

Esta é a primeira vez que as duas cidades, Damasco e Beirute, capitas da Síria e do Líbano respectivamente, proce-derão à abertura de embaixa-das desde a sua independência que já conta com aproximada-mente 60 anos.

Nicolas Sarkozy, o pre-sidente da república francesa, foi o revelador da decisão no decurso da cimeira de lança-mento da União para o Mediter-

râneo, em Paris no mês de Julho, após um encontro a três com os homólogos sírio e libanês.

Após ter exercido uma tutória de 30 anos no Líbano, a Síria retirou as suas tropas devi-do aos protestos contra o assas-sínio ocorrido em Fevereiro do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, suspeitando-se um envol-vimento dos responsáveis do governo sírio.

Desde 1991 que a Síria e o Líbano estão ligados por um “tratado de amizade” que estabe-lece uma “estreita ligação” a nível político, económico e em matéria de segurança.

Contudo, membros da maioria parlamentar Libanesa anti-sírica, contestam o estabele-cimento de relações diplomáticas por considerarem que privilegia os interesses Sírios.

Presidente sírio anuncia abertura à Síria

Foto: PSD

Foto: english.people.com

O que é que não queres ser quando fores grande?

Ninguém o confessa, mas cá em Portugal não

há progenitor que não acalente secretamente a esperan-ça de que o filho, quando for grande, venha a ser doutor ou engenheiro. Mas isso só não chega. Por muito sensí-veis e abertos que sejam às contingências das socieda-des contemporâneas, conhecedores do mundo e dos seus vícios, todos os papás ou mamãs prefeririam ver o seu rebento vingar nos mais altos cargos da função pública—juiz desembargador, chefe de pediatria, direc-tor disto, presidente daquilo—a vê-lo andar a arrumar iogurtes nas prateleiras dos supermercados. Sim. Lá porque toda a gente se abalança a dizer mal da função pública, isso não quer dizer que a mesma não seja cobi-çada. A sabedoria popular já há muito que ditou que quem desdenha, quer comprar. Mas se à criancinha que ainda não sabe distinguir entre o patinho branco que faz gluglu e o piu-piu amarelo que faz pipi lhe dirigirmos aquela pergunta fatídica que se faz sempre a seguir ao nome e à idade—ouve lá, o que é que tu queres ser…?—a resposta é invariavelmente a mesma e mostra que, no tocante ao funcionalismo público, as expectati-vas são bem mais sensatas do que a dos papás e provam que os meninos e meninas deste país andam com os pés bem assentes no chão: polícia ou bombeiro, se for macho; enfermeira ou professora, se for fêmea.

Vistas bem as coisas, as diferenças entre o

binómio doutor e engenheiro, por um lado, e polícia e bombeiro, por outro, não são muito significativas. Se o senhor doutor trata dos males do corpo humano, o senhor polícia trata dos males do corpo social. E quanto ao senhor engenheiro, quem melhor para acudir aos defeitos estruturais das suas construções (quem se lem-braria de pôr as instalações sanitárias junto das áreas recreativas?) do que um bombeiro investido de um heróico espírito de sacrifício e de uma linguagem não recomendável a menores de 16? Quanto muito, as dife-renças de fundo não residem tanto na função social do cargo, como no índice remuneratório. Se a folha de vencimentos do bombeiro Bonifácio fizesse sombra à do engenheiro Aristóteles, com uns valentes zeros à direita, certamente os papás e as mamãs já pensariam de outra forma. E a instituição académica trataria logo de dificultar o acesso à carreira de soldado da paz. Ima-gino já o corporativismo dos bombeiros municipais e voluntários deste país a estrangularem a entrada de aspirantes a essa nobre profissão nas faculdades portu-guesas. Imagino também os nomes soantes das respec-tivas licenciaturas (todas adequadas ao processo de Bolonha, claro está) que fariam as delícias dos candida-tos: Formação de Bombeiros de Primeiro Ciclo; Enge-nharia em Extinção de Fogos e Fogachos; Tecnologias Aplicadas ao Socorro e Multimédia; Design Industrial de Ambulâncias e Cisternas. Quanto às classificações

nacionais de acesso ao ensino superior, nada abaixo de um 19,5… À falta de melhor assunto jornalístico, os media entrevistariam alunos e pais stressados na época dos exames de 12º ano a protestarem pelo facto de a questão 5.b da prova escrita à disciplina (obrigatoríssima!) de Prevenção de Incêndios ser insolú-vel sem recurso a calculadora científica e tabela periódi-ca. Já estou a ver o êxodo de jovens portugueses em direcção ao país vizinho ou à república checa, esperan-çosos de aí obterem o salvífico canudo que as universi-dades portuguesas lhes andariam a sonegar. E no final, depois de perigos e guerras esforçados, estágios, interna-tos, especializações, exames, mais do que prometia a força humana, é ver o sorriso embevecido do papá que, não se contendo de orgulho, diz em tom de desafio ao vizinho do lado (aquele do BMW preto metalizado e jantes de liga leve) ‘o meu filho já acabou o internato e já é Bombeiro! E o seu?’

Se pensássemos bem no assunto, se abrísse-

mos as páginas dos classificados ou olhássemos com um pouco mais de atenção para as montras dos restaurantes de fast foot e do prêt-à-porter, veríamos que já nem uma coisa nem outra têm muita procura a nível do mercado de emprego. Não, lamento muito, mas já não são os dou-tores nem os engenheiros que nos vão salvar da crise. E muito menos os polícias, bombeiros, enfermeiras ou professoras. E digo isto porque aquilo que vinga hoje por aí, de norte a sul do país, é algo mais refinado e inte-lectualmente mais desafiante do que essas profissões ‘óbvias’ e de imagem já ‘encarquilhada’ e sem credibili-dade. Falo dessa nova geração de profissionais que o recibo verde instituiu: o de ‘colaborador(a)’. Procura-se. Colaborador(a). Num ramo de actividade ‘em cresci-mento’. Vencimento ‘proporcional’. Com ‘boas’ pers-pectivas de ‘progressão’ numa ‘carreira de futuro’. Exactamente que ramo, vencimento ou carreira, não se chega a saber e provavelmente (mesmo ao fim de dez anos de trabalho lá na loja) nunca se virá a descobrir. Com tanto colaborador e colaboradora, ainda acabaría-mos num país de ‘colaboracionismo’ crónico, não fosse o facto de contra essa profissão concorrer uma outra de carácter igualmente indefinido e nebuloso, mas com um nome firmado a nível da estrutura organizacional das empresas nacionais de peso: o de operador(a). Tem um ‘tlim’ qualquer que lhe cai bem. Procura-se. Operador(a). Num ramo de actividade ‘em crescimento’. Venci-mento ‘proporcional’. Com ‘boas’ perspectivas de ‘progressão’ numa ‘carreira de futuro’. E o que faz um operador? Pois bem, opera. Mas suspeita-se que não irá exercer essa função num bloco operatório. Há um outro igualmente ambíguo, inefável: o de ‘auxiliar’. E a meni-na o que faz? Sou auxiliar. E era isto que queria fazer quando fosse grande? Ai não. Eu cá queria era ser opera-dora.

Talvez um campo a explorar pelas universida-des a nível da formação inicial?

Fernão A. Dias

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FINANCIAR O CONTEMPORÂNEO

Agora que o governo de Portugal, à seme-lhança do que aconteceu em outros países, resolveu financiar a banca, eu decidi financiar o... jornal Con-temporâneo. Se apliquei os meus capitais neste projec-to, devo agora explicitar os motivos que justificam o risco que resolvi assumir.

Vejamos: o risco não é pequeno, logo, os motivos só podem ser muito fortes! O primeiro motivo que me ocorre apresentar é o da credibilidade da equipa de jornalistas que respondeu ao desafio de desenvolver um projecto de jornalismo de qualidade, um jornalismo que dê uma perspectiva crítica e aprofundada do mundo contemporâneo, distinta dessas visões acéfalas e super-ficiais que tantas vezes assomam nos media, mesmo nos media de grande divulgação.

Tenho que confessar que o entusiasmo, pro-fissionalismo e energia dos jovens jornalistas do Con-

temporâneo é irresistível, sendo as qualidades da equipa que se propõe concretizar este projecto de comunicação o segundo motivo que, sem dúvida, me levou a nele acreditar.

O terceiro motivo que fundamenta a decisão que tomei é a minha convicção nas potencialidades for-mativas que um trabalho de projecto desta natureza encerra. Analisar, interpretar e apreciar o nosso mundo e o mundo dos outros fazem parte do nosso processo de desenvolvimento, como cidadãos e como profissionais da comunicação. Ora, num país em que 40% dos jovens com menos de 30 anos reconhece que não lê jornais diá-rios, é verdadeiramente extraordinário encontrar um grupo como o que se propõe fazer o Contemporâneo.

Os moldes nos quais o Contemporâneo vai prosseguir, como quinzenário e jornal on-line, afiguram-se, por outro lado, adequados às características dos seus produtores, à disponibilidade do público que almeja con-quistar e às condições da sua produção.

Investir nesse projecto é, por todos estes moti-vos, verdadeiramente irrecusável.

por Aurízia Anica

« Por um jornalismo que dê uma perspectiva crítica e aprofundada

do mundo contemporâneo» Aurízia Anica

Próxima Edição: 12 de Novembro de 2008 Agradecimentos: Fernão A. Dias Keegan the Vegan Diogo Carvalhais Ricardo Costa Rafael Rodrigues Andreia Silva

http://www.contemporaneocc.blogspot.com/

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