1ª edição da revista pirituba acontece

AGO/SET 2013 | www.clickumolhar.com | PIRITUBA ACONTECE | 1

SORRIRA Pirituba Acontece

entrevistou Ivo Mozart

PRA TE VER

FORA DE CASACinco atividades culturais para curtir o melhor do bairro

MARCHETTIEncontro de grafite e show de talentos na escola

AGO/SET 2013 | Nº1 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

2 | PIRITUBA ACONTECE | www.clickumolhar.com | AGO/SET 2013

FALA, CLICK!

UM NOVOCOMECOSe quisermos mudança, não adianta arranjar des-culpas: temos correr atrás dela. Não vai ser sen-tado no sofá que vamos transformar o mundo. Recentemente, fomos às ruas e reivindicamos di-retos, mas o gigante não pode voltar a dormir.

Nós, jovens, temos de ter a consciência do quão grande é o poder que temos em mão. Não exis-te hora melhor para lutarmos por uma socieda-de mais justa. E o lado mais legal? A gente nem precisa lotar a Av. Paulista para fazer isso. Com pequenos gestos também podemos promover a mudança.

Neste mês, a Pirituba Acontece – fruto do pro-jeto “Click, um olhar curioso sobre o mundo”, que reúne jovens cheios de energia e engajados pela região – é lançada pela primeira vez como uma revista bimestral. Desde agosto de 2011, a publi-cação se tratava de um jornal.

Este foi o jeito que um grupo de jovens encon-trou para por em prática sua vontade de propor mudança, de criar um espaço de diálogo, que tivesse nossa cara e que conversasse com você, leitor e morador de Pirituba.

Quem sabe juntos conseguiremos transformar o mundo para melhor – ou, pelo menos, nosso próprio bairro?

EquipeClick

COPIE E DISTRIBUA, MAS DÊ CRÉDITOS À PIRITUBA ACONTECE.

CLICKERS: ADRIANE TOSCANO, ANA LAURA FERRARI, BEATRIZ XAVIER, BRUNNA SEIXAS, CAROLINA TEIXEIRA, CRIS BIBIANO, DANIEL CARABOLANTE, EDSON CALDAS, EVELYN KAZAN, GABRIELA LUCENA, IGOR DOS SANTOS, JULIA REIS, KARINE FERREIRA, LEONARDO LIBEIRO, LILIAN FERRARI, LOLLA RODRIGUEZ, LUCAS SENA, MARINA NAGAMINI, MIRELLA NICOLAU, ROBERTA CAROLINE, SA-MUEL PARMEGIANI, THALITA XAVIER, THAMIRES CASTANHA, VANESSA COS-CIA, VICTHOR FABIANO E YAGO RUDÁ. DIAGRAMAÇÃO: EDSON CALDAS, EVELYN KAZAN, JULIA REIS, IGOR DOS SANTOS E VICTHOR FABIANO. RESPONSÁVEIS: EDSON CALDAS E EVELYN KAZAN.ANÚNCIO: 11 994964503 / 38347585


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a sua opinião aqui

FOTO

IVO MOZART

CULTURA

TECNOLOGIA

sumario

Paisagem do bairro, não tem como não en-cantar os moradores pág 5

E.E. Ermano Marchetti estimula alunos com diversas atividades pág 12

Entrevistamos com ex-clusividade o cantor do

hit “Vagalumes” | pág 10

Quatro aplicativos que prometem te salvar em

São Paulo | pág 14

DE TUDO UM POUCOSeção dá sugestões culturais para você sair de casa e apresenta rede social gay | pág 4

PIRITUBANDOConheça a dupla The Chaz e sai-ba como andam as obras do novo shopping | pág 6

LIÇÃO DE CASATextos opinativos refletem so-bre política e Copa do Mundo no Brasil | pág 12

NA MINHA OPINIÃOQual é o papel do jornalismo praticado por veículo de bairro? | pág 14

NOVO OLHARConto apresenta história emo-cionante entre pai e pequena garota | pág 15

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Gostaria de parabenizá-los pelo lindo projeto que vem sendo desenvolvido! Tive a oportuni-dade de ver a primeira edição, quando foi feita uma foto com os prédios novos da Raimundo e as favelas ao lado, demonstrando as contradições que existem em nosso bairro e, por que não, em nosso país e até no nosso mundo?Fabio Maldonado

Parabéns, a linha do tempo ficou muito boa!Hermínio Bernardo, sobre edição especial do Pirituba Acontece “

“Que equipe linda! Parabéns pela iniciativa e pelas excelen-tes reportagens!Silvia Ferrari


variedades

DICA: 5 ATIVIDADES CULTURAIS PARA SE DIVERTIR

SESC POMPEIA. A exposição “Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira”, reúne des-de jogos expostos há 30 anos no local até peças de coleções particulares, artesanais e ele-trônicas. A mostra conta ainda com espaços para brincar com instalações lúdicas e oficinas educativas.R. Clélia, 93 | Terça a sábado, das 9h às 22h, e domingos e feriados, das 9h às 20h

BIBLIOTECA BRITO BROCA. Disponibiliza obras infantis, en-

ciclopédias, além de contar com CDs, DVDs e VHS.Av. Mutinga, 1.425 | (11) 3904-2476

CEU VILA ATLÂNTICA. Possui atividades culturais, como dan-ça de rua. Inscrições abertas. R. Coronel José Venâncio Dias, 840(11)3901-8746

BOSQUE DA LEITURA. Fun-ciona aos domingos, das 10h às 16h, em diversos parques da cidade, entre eles, o Parque Toronto e o Parque Rodrigo de

Gásperi, aqui em Pirituba.Pq. Toronto: Av. Cardeal Mota, 84 | (11) 3834-2176Pq. Rodrigo de Gasperi: Av. Miguel de Castro, 321 | (11) 3974-8600

CENTRO CULTURAL DA JU-VENTUDE RUTH CARDOSO. Criado em março de 2006, pos-sui anfiteatro, teatro de arena e a biblioteca Jayme Cortes com livros, mangás, quadrinhos, ma-terial audiovisual e acesso livre a internet.Av. Deputado Emílio Carlos, 3641 - Vila Nova Cachoeirinha | (11) 3984-2466

Exposição no Sesc Pompeia, em cartaz até fevereiro de 2014, transporta visitantes de volta à infância | Foto: Carolina Teixeira

DE TUDO UM POUCO


CLICK DA VEZ

Pôr-do-sol refletido no lago do Parque Toronto cria cenário perfeito para encontro com amigos | Foto: Lucas Sena

ALTOS E BAIXOS

EXPOSICAOQuem curte arte não pode perder “Mestres do Renascimento: Obras-primas italianas”, em cartaz até 23 de setembro no CCBB. Rafael, Mi-chelangelo e Leonardo da Vinci fazem parte da mostra. Entrada gratuita.

Os criadores da fanpage de humor Pirituba da Depressão mostraram que a página também se trata de apoio à comunidade. Durante o inver-no, eles promove-ram uma iniciativa para arrecadar roupas para pes-soas carentes

Foto: Cris B

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ção

No início do ano, o Pirituba

Acontece noticiou a queda do muro

da E. E. Profes-sor Mariano

de Oliveira em razão de chuvas. O problema, no entanto, não foi completamente resolvido. A pa-rede permanece

provisória

PARA GABARITARO Cursinho Popular vai promover entre agos-to e outubro uma série de palestras gratuitas sobre os livros da Fuvest. Os eventos ocorrem aos domingos, a partir das 14h. As inscrições pelo (11) 3258-1436.

PIRITUBA GAYVocê já conheçe essa ferra-menta online?Destinado ao público LGBT, conseguindo o seu espaço e derrubando preconceitos com o passar o tempo, o site Pirituba Gay funciona como uma rede social. Ele tem como maior objetivo facilitar a comunicação en-tre pessoas da região com interesses em comum.É possível fazer novos ami-gos, além de poder conver-sar sobre diversos assuntos em outros tópicos que o site possui.Gostou? Para se inscrever, basta acessar http://piritu-bagay.webs.com/ e seguir as instruções.

DICA: 5 ATIVIDADES CULTURAIS PARA SE DIVERTIR

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PIRITUBANDOpor dentro da região

No dia 23 de julho, o projeto “Click, um olhar curioso sobre o mundo” completou dois anos. A iniciativa, que além de produzir a revista Pirituba Acontece, também mantém a Rádio Marchetti, está em sua terceira turma de participantes e suas atividades não param de se expandir.

No último sábado de agosto, os integrantes do Click vão promover um encontro de grafiteiros na E.E. Ermano Marchetti, o “Chega de Cinza”. No dia, os grafiteiros vão colorir todo o muro da escola.

O evento, que acontecerá durante todo o dia 31, ainda vai contar com atrações musicais de

Rap e Reggae, atividades para crianças e oficina de grafite e dança.

Já no dia 21 de setembro, o projeto organiza um show de talentosos no mesmo local. A esco-la será aberta para receber moradores da região que queiram mostrar suas habilidades ou sim-plesmente assistir às apresentações.

Nos bastidores do evento, os jovens que fazem parte da PA, além dos integrantes da Rádio Mar-chetti, trabalham para que tudo seja um sucesso.

Para fazer parte da turma ou saber mais sobre os eventos promovidos pelo Click, acesse: www.clickumolhar.com.

PROJETO CLICK AMPLIA ATIVIDADES E PROMOVE EVENTOS

Integrantes do projeto Click se reunem aos sábados e discutem ações para o bairro | Foto: Lucas Sena


ELE E PAI, MAS MAE TAMBEM“Sempre quis ser pai! Essa experiência transforma vidas, atitudes e caráter. Tem o poder de deixar tudo mais bonito e alegre.” É o que diz José Pe-reira de Lucena. Ele e Ilza casaram depois de seis meses de namoro, com um grande sonho: ter um filho. Foram três tentativas, porém em todas as gestações, quando se aproximava o sétimo mês, a criança não resistia. Todos os bebês tinham uma doença rara chamada epidermólise bolhosa. Mais tentativas poderiam colocar em risco a vida da mãe. Após oito anos de recuperação, adotaram um menino que devolveu a felicidade à família.

Depois de 23 anos de casamento, Ilza faleceu. O filho, Anderson, tinha 15 anos. A partir deste mo-mento, José passou a ser pai e mãe. Hoje Ander-son está com 23 anos e é grato por tudo que o pai proporcionou. O orgulho de José pelo filho é nítido. “O Anderson é meu maior orgulho, pena que é preguiçoso!”, brinca. José lava, passa, cozi-nha, arruma, limpa e dá um show como pai.

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E VOCÊ? TAMBÉM TEM HISTÓRIAS DEPAIS INCRÍVEIS?

Gabriela Lucena e Indrid Alves

Envie [email protected]

PROJETO CLICK AMPLIA ATIVIDADES E PROMOVE EVENTOS


Como surgiu a ideia de fazer uma dupla de rap?Fabrício: Foi em dezembro de 2011, a gente sempre ficava ri-mando na sala e surgiu a ideia de gravar a música. Os caras fa-laram “ah, grava uma música lá”. A gente fez uma música caseira, deu visualização no Youtube e todo mundo ficou agitando pra gente gravar e resultou nisso.

Como vocês se conheceram?Cadu: Foi na quinta série, nós éramos da mesma sala. E ele era amigo de um amigo meu des-de a primeira série. Aí, como já éramos todos do mesmo grupo, desde o primeiro dia, a gente é melhor amigo, até agora!

A dupla de vocês chama “The Chaz MC’s”. Por que esse nome? Cadu: É porque nosso ídolo era o Chester Bennington, cantor do Linkin Park. Então, ficamos pensando. “Ah, pensa em algu-

ma coisa que eu penso em uma também”, dissemos. Aí, pensa-mos: Linkin Park. Então vai, sei lá, “The Chaz”.

Em um trecho da música “LMZO”, vocês usam Pirituba como inspiração. Qual a liga-ção de vocês com o bairro?Fabrício: É uma fonte de inspi-ração mesmo, é onde nos co-nhecemos.Cadu: É um lugar bom, sei lá, não tem violência. E aqui a gen-te tem nossos amigos.

Como vocês lidariam com a fama?Cadu: Acho que seria de boa. Se alguém vir e pedir autógrafo eu vou falar: ah, dá um abraço e tira uma foto também! (Risos)

Alguém já os reconheceu pela música?Cadu: Sim, é mais no Facebook do que pessoalmente. A pessoa me vê e fica olhando, mas vem

falar só pelo Facebook.

Vocês têm alguma inspiração de banda nacional, de rap?Fabrício: Tem desde as antigas até as atuais. RZO e Sabotage. Até Pollo chega a inspirar.

Têm apoio da família?Cadu: Muito! Meu pai é o que mais apoia a gente! A gente é o que é por causa dele!

E qual o público que vocês pretendem atingir?Cadu: Primeiro o de Pirituba, é o principal. Depois disso, o Bra-sil inteiro!

CONHECAA DUPLATHE CHAZEm uma entrevista superdescontraída, os meni-nos do “The Chaz Mc’s” — Fabricio Pires (o Fbr), e Carlos Eduardo (o Cad Chaz) — falam sobre a dupla de rap, nascida aqui em Pirituba, e revelam o que esperam para o futuro

Adriane Toscano, Marina Nagamini e Vanessa Coscia

@TheChazMCs

youtube.com/user/TheChazMcs

fb.com/TheChazMcsOficial

PARA

ACOMPANHAR


CONGESTIONAMENTOSUSTENTAVEL

Para moradores, construção em frente ao mercado Pastorinho aumenta trânsito na região | Foto: Evelyn Kazan

Localizado no trecho entre as pontes Atí-lio Fontana e do Piqueri e ao lado de uma das alças de acesso à rodovia dos Bandei-rantes, o futuro shopping Tiete Plaza, com

inauguração prevista para outubro de 2013, es-tima receber 20 mil visitantes por dia. A primeira fase do projeto prevê 214 lojas, sete salas de ci-nema, além de 2.400 vagas para carros.

A construtora ainda defende a sustentabilidade do projeto citando as 212 vagas para bicicletas previstas no estacionamento do shopping. Obras como expansão da Av. Raimundo Pereira de Ma-galhães, nova sinalização, instalação de câmeras de monitoramento, painéis de mensagens e 515 mudas de espécies nativas, foram requeridas para liberação inaugural do shopping. Cyrela Com-mercial Properties (CCP), afirmou em nota oficial, que as obras viárias do Tietê Plaza estão sendo

executadas nos termos da legislação vigente, vi-sando minimizar os impactos no trânsito. Em con-trapartida, reuniões entre a comunidade de Piri-tuba e Representantes do movimento pela ponte de Pirituba, estão sendo realizadas para discutir uma resposta ao documento enviado pelo minis-tério público sobre o acordo entre o Ministério e Construtora, após reivindicações feitas por parte dos moradores.

O acordo contempla a necessidade de um es-tudo de obras de impacto de vizinhança, como também busca conseguir que, ao menos, 3% do valor total da obra seja revertida para melhorias no entorno da construção e um cronograma de obras a serem realizadas. A data máxima para a entrega do estudo é de 90 dias após a inaugu-ração do shopping, que esta prevista para o dia 30 de outubro.

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Lilian Ferrari e Thamires Castanha


COLORINDOO CEU DEOUTRA COR

PIRITUBANDO

o mocinho do cinema está de volta ao Piritu-ba Acontece. Depois de um ano, Ivo Mozart

conversa com a gente sobre as mudanças que ocorreram em sua vida neste período. Fala também sobre os planos para o futuro, e nos mostra que “Ivo Mozart” representa mais do que música, e sim um ideal.

Além disso tudo, ele co-menta sobre a infância e os problemas aqui no bairro.

Ana Laura Ferrari, Beatriz Xavier, Evelyn Kazan,Julia Reis, Lolla Rodrigues, Vichtor Fabiano

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Agosto do ano passado o en-trevistamos. O que mudou neste um ano? Mudou bastante. Sempre fui cantor, trabalho com isso há anos, só que agora tem uma proporção diferente, minha música chegou na casa de um pouco mais pessoas, não só na casa dos amigos e família. Ano passado, quando gravamos a entrevista lá em casa, lembro que falei “vou lançar um som novo, que chama Vagalumes, e eu chamei uma dupla pra fazer participação, de Pirituba tam-bém” e eu mostrei pra galera (do PA).

Como morador do bairro, nos conte um pouco sobre sua infância aqui em Pirituba. Desde os 4 anos saía na rua todo dia. Jogava bola, taco, mãe-da-mula, esconde-escon-de, tive a melhor infância de todas. Porque aqui é um bairro residencial, agora nem tanto. Mas na época que era molequi-nho, era totalmente residen-cial. Não tinha esse monte de prédio, faculdade, supermerca-do. E era bem seguro também.

Como você disse, muitos pre-dios estão sendo construidos na região. O que você acha disso?O ponto mais crítico é o trân-sito. Eu sempre trabalhei de carro; pra chegar na Marginal, que fica a três quilômetros da minha casa, que de carro é um trajeto de um minuto, às vezes eu faço em meia hora, quarenta minutos. Aí eu tenho que sair duas horas antes pra chegar no trabalho e isso é um stress fenomenal.

Quais foram as dificuldades

no início da carreira? Você recebeu muito “não”?Dificuldade sempre vai ter. Para lançar “Vagalumes” foi uma das maiores dificuldades, porque eu fiquei “preso” um ano e meio com a gravadora sem poder lançar nada. E mi-nha carreira tava começando, minha música “Mocinho do Cinema” já tinha mais de um milhão de views na internet, isso sem divulgação nenhuma. E eu não podia fazer nada; não podia lançar outra música, não podia lançar um cd. E aí veio minha ideia de conseguir lan-çar sem quebrar o contrato com a gravadora e aí eu cha-mei o Pollo pra fazer a partici-pação na música e acabou que virou. Para conseguir lançar, eu tive que dar a música pra eles e entrar como participação, jus-tamente pra não afetar a gra-vadora na época. Mas isso foi ótimo porque a música virou e estourou e eu consegui sair numa boa da gravadora e hoje sou artista solo, independente, com uma produtora cuidando da minha carreira.

Quais são os seus planos? Este ano ainda vou lançar uma música nova chamada “Anjos de Plantão”, que tem a partici-pação de um rapper, chamado Doncesão. A música, ah, não dá pra falar muito, vocês têm que ouvir. Mas eu vou ter que mos-trar para vocês (Equipe do PA) porque deu sorte mostrar pra vocês o ano passado. (risos)

E você já participou de algum projeto social? Sim, vários na verdade. Quan-do eu tinha 19 anos e larguei faculdade, larguei trabalho, fui

montar uma banda de forró lá no norte. Fui pro Amazonas, fui pra Rondônia e lá eu descobri que queria ser cantor. Mas eu queria ter histórias pra contar, não queria que fosse uma ideia rasa. Não queria simplemente chegar e falar “pô, escuta mi-nha música”. Não, é mais em-basado. Demorei muito pra começar a me lançar como cantor, justamente para poder viajar o mundo, para ter histó-ria para contar. E hoje “Ivo Mozart” não é só o músico, cantor; é o ideal. Então, no futuro eu quero, eu preten-do ter uma ONG. Mas, antes de ter uma ONG, que é algo muito concreto, eu tenho vários pro-jetos. Vários projetos que não são sociais, mas é o tipo que leva os jovens a entrar numa causa. Então, eu fiz a “Corrente do Sorriso”, que é um projeto que só convida as pessoas a sorrirem mais e, depois dele, a evolução foi o clipe “A Festa”, que tem a participação do Nx Zero, que foi no GRAAC, que é um hospital do câncer infan-til que eu apoio há 12 anos. Então eu tenho um engaja-mento bem forte nesse meio social e eu tento engajar tam-bém a galera que curte o meu som pra esses movimentos.Hoje meu trabalho não é só musical. É um ideal pra passar uma mensagem positiva para as pessoas.

Veja entrevista completa no no site do projeto (www.cli-ckumolhar.com), com per-guntas selecionadas dos fãs clubes do cantor de diversos locais do país e além de vídeo da entrevista na integra.


LICAO DE CASAvocê já fez a sua?

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ESCOLA APOSTA EM ARTE E COMUNICACAO

Apesar de possuir muitos movimentos artísticos, Pi-rituba vive diante de um sério problema: a falta de

espaços culturais. A dificuldade ao acesso do jovem a cultura impossibilita um circuito cultu-ral local — promovendo e valo-rizando linguagens artísticas na comunidade, para potencializar a produção e apreciação da arte no próprio bairro.

Diante deste cenário, a Esco-la Estadual Ermano Marchetti é considerada pela comunidade um ponto de cultura na região, pois ela propõe diversas ativida-des, como: oficina de produção de vídeos; rádio-escola; aulas de teatro; projeto leitura; gincana

de raciocínio e eventos culturais. Essas práticas objetivam “pro-mover mudanças no desenvolvi-mento cultural, social e intelec-tual dos jovens que residem no entorno”, segundo a coordena-dora da escola Neide Medeiros.

Essas atividades são propostas não só pelo corpo docente da es-cola. O teatro foi implementado como ferramenta pedagógica a partir da necessidade da esco-la em proporcionar aos alunos um trabalho com a linguagem cênica. Para o diretor do Teatro Silva, Baal Demetri, responsável pelas aulas na escola, o Mar-chetti torna-se “um espaço de produção de arte, e começa a ser um espaço de circulação de

arte também. É como se tivesse comprado um e levado dois”.

As oficinas que capacitam os jovens a criar e manter a rádio na escola são desenvolvidas pelo projeto Click (que produz a revista Pirituba Acontece), que tem como objetivo fazer deste instrumento um meio de comu-nicação dos estudantes, desen-volver o trabalho em equipe e o senso crítico, de maneira des-contraída e colaborativa.

Augusto Alves, participante da iniciativa, ressalta: “A gente consegue mudar a expectati-va das pessoas. Por isso, acho que todas as escolas deveriam ter não só rádio, mas qualquer outra oficina”.

Estudantes praticam atividades extracurriculares dentro da própria escola; Teatro Silva (à esq.) e Rádio Marchetti | Foto: Edson Caldas e Neide Medeiros

E. E. Ermano Marchetti busca estimular alunos com atividades fora da sala de aula;iniciativa vem transformando a instituição em um ponto de cultura no bairro

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Brunna Seixas, Evelyn Kazan e Mirella Nicolau


o aspecto da corrupção é, segundo o senso comum, aparente a um vírus maligno que costuma tomar as células de um corpo so-cial: a política. Exatamente o corpo social

que mais determina o ser sociedade! É o corpo social de conexão entre a cidadania e o ativismo político.

A coincidência de uma área, como a política, ser alvo de (mais) um senso comum dessa espécie é tão fácil de explicar quanto à gripe no resfria-mento do inverno: são causas que geram uma consequência. Aliás: qual bom cidadão engajado em causas coletivas se meterá num corpo infec-tado pelo vírus da corrupção? Simples resposta: nenhum! Da mesma forma que podemos respon-der: o vírus corrupção é existente, sim, mas é uma doença existente no meio “socioeconômico”, e

não apenas no “sociopolítico”. A venda do ideal “corrupção” como prática in-

trínseca da política e dos políticos é um reflexo armado de uma democracia elitizada – que per-tence a um grupo restrito – e que está organi-zada estruturalmente na ideia do crescimento do interesse privado, de empresários, latifun-diários: gente financeiramente grande de um país desigual.

Essa venda rende à corrupção aspecto de “pos-se política” e afasta qualquer membro cidadão – que deseja exercer sua cidadania – da concreti-zação do ser político: a mudança não ocorre. Até porque, o grande agente político que atende às entranhas sociais perde uma eleição. Os empre-sários donos do dinheiro financiarão os que lhe acatarão como mestres de mandato.

DIÁRIO DA EDUCACAOCORRUPCAO ALEM DO SENSO COMUM

porVicthor Fabiano

Falta pouco para o início do segundo maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo. O torneio acontecerá ano que vem, entre os dias 12 de junho e 13 de ju-

lho. Esta será a vigésima edição da Copa e, pela segunda vez na história, sediaremos os jogos.

No ano de 1950, sediamos a 4° edição do even-to, pois a Alemanha — país escolhido anterior-mente —, estava destruída devido as perdas so-ciais e financeiras ocasionadas pela Guerra.

Para aquela competição, foi construído, o maior estádio de futebol do mundo, o Maracanã, com capacidade para 155.250 pessoas. Durante o torneio, a seleção brasileira vinha jogando bem, vencendo e convencendo. O Brasil chegou à final da Copa com a missão de derrotar o Uruguai, um time tecnicamente inferior.

No dia 16 de julho de 1950, as duas seleções en-traram no gramado do Maracanã para disputar o título de campeão mundial, com o maior público da história deste esporte, 173.850 espectadores. E, foi nesta data, que aconteceu a maior tragédia do nosso futebol, o Maracanaço. Precisando ape-nas empatar para ser campeã do mundo, a sele-ção brasileira perdeu de virada por 2 a 1.

Passados 63 anos daquela partida, a cicatriz con-tinua aberta. É fato que somos o país do futebol. Possuímos cinco conquistas de Copas do Mundo (58, 62, 70, 94 e 02), e somos referência no esporte.

No entanto, mesmo nos vangloriando das nos-sas conquistas, nunca fomos campeões mundiais jogando em território nacional, e teremos a chan-ce de acabar com esse fantasma no ano que vem. Boa sorte, Brasil!

PRA FRENTE BRASIL, SALVE A SELECAO!

BRASIL EM CAMPO porYago Rudá

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SP EM PIRITUBAo que rola na cidade

NA MINHA OPINIAOtextos que passam longe do imparcial

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imagine a seguinte situação: um acidente absolutamen-te fora do comum atinge o bairro. Carros de reporta-

gem, jornalistas e curiosos to-mam as ruas para conferir o que acabou de acontecer. Pirituba, que certamente não tem lugar reservado diariamente no noti-ciário nacional, passa a ser pau-ta frequente na imprensa.

Alguns dias se passam e, com eles, a agitação em torno do tal acontecimento. Qual foi o papel dos grandes veículos de comuni-cação na história? Possivelmen-

te, informar os impactos eco-nômicos e razões da tragédia.

No caso dos jornais de bair-ro? Refletir os efeitos daquilo na vida dos moradores. Afinal, muito mais do que leitores, são vizinhos. Amigos.

Veja bem, não tento aqui atacar a chamada “grande mí-dia”. Pelo contrário, acredito que cada um – veículos locais e grandes meios – desempenha um papel completamente dife-rente. Em razão disso, é funda-mental que não só debatamos, como também cobremos, um

jornalismo de bairro cada vez mais próximo, mais participa-tivo e ligado à comunidade, já que este é representante dela.

Na minha opinião, a mídia de bairro têm o papel de servir. Educar. Preencher o vazio.

A SERVICO DA COMUNIDADE

EDSONCALDAS

[email protected]

Este texto não expressa, necessariamente, a ideologia do veículo. São artigos opinativos escritos por clickers diferentes a cada mês.

4 APLICATIVOS PARA MUDAR SUA VIDA EM SP

PEDALA SÃO PAULO Android, gratuitoMostra as rotas de ci-clovia da capital. Ele também deixa você fa-zer rotas para passeios e treinos.

MOOVITAndroid e iOS, gratuitoO aplicativo dá rotas do transporte público por informações cedi-das por outros usuários do app.

BUSÃO SPAndroid, gratuitoInforma os pontos mais próximos, a distância e os ônibus que passam por ele, tudo isso por geolocalização.

ESTACIONEAndroid e iOS, gratuitoO app te ajuda a en-contrar as vagas livres mais próximas, usan-do a geolocalização do seu celular.

Ferramentas para ajudar sua locomoção na capital paulistaAna Laura Ferrari

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NOVO OLHARcrônicas, desenhos e afins

não estou muito longe agora. Mais uns cinco minutos e chego no hospi-tal. Meus joelhos, cansados, conseguem continuar indo em frente, não sei como. Não é fácil chegar aos 50 anos, e é ainda mais difícil lembrar da minha juventude. Infelizmente, quem me acompanha até o hospital é tão jovem

que deixa a visão de nós dois andando juntos muito contrastada. Mas esse cachor-ro peludo vai me acompanhando até a porta do hospital, porque vai ser o presente de uma garotinha linda. Uma garotinha que vai receber alta do hospital após um bom tempo se tratando de uma doença. Por algum motivo que eu desconheço, ela não quis me dizer o nome da doença e também impediu que os médicos me con-tem. Ela deve estar preocupada com meus problemas do coração. É, deve ser isso.

Fico esperando do lado de fora do hospital durante algum tempo até que ela aparece. Quando me vê, ela abre um lindo sorriso de orelha a orelha e vem descen-do as escadas correndo enquanto seus cabelos balançam ao vento. Ela me abraça forte e diz: “Estava com saudades de você, pai”. “Eu também, querida. Mas eu te trouxe esse presente”, respondo e indico o cachorro com a cabeça para que ela veja. Ela abre novamente aquele belo sorriso e o abraça forte. “Como vamos cha-má-la?”, ela pergunta.“Que tal... Vitória?”

PRESENTETexto: Igor dos SantosIlustração: Lucas Sena

1ª edição da revista pirituba acontece

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