1990 nome próprio francisco martins.pdf

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NOME PR6PRIO E IDENTIDADE HJe Est Un Autre H Ri.baud Francisco Martins Prdlo9D o nome prdprio intimamente relacionado com a questio da identidade. Identidade a ser entendida no sentido n50 somente da referência do sujeito em aos outros r mas tambtm da do verbo no corpo-prdprio. No meio das discuss5es que surgem acerca de um tema tio SUgEst ivo. que se optar por um mrnimo de 'falatdrio' (Das Geredete) como diria Heidegger. Dar a da de 99

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  • NOME PR6PRIO E IDENTIDADE

    HJe Est Un AutreH Ri.baud

    Francisco Martins

    Prdlo9D

    o nome prdprio est~ intimamente relacionado com a questio da identidade. Identidade a ser entendida no sentido n50 somente da referncia do sujeito em rela~io aos outros r mas tambtm da encarna~io do verbo no corpo-prdprio. No meio das discuss5es que surgem acerca de um tema tio SUgEst ivo. h~ que se optar por um mrnimo de 'falatdrio' (Das Geredete) como diria Heidegger. Dar a op~io da exposi~lo de

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  • algumas proposi~ES de ~orma a~orism~tica. Assim, a proposi~50 de Rimbaud (UEu um outro U ) por si s a~orismJtica. A associa~io do imagin~rio de cada leitor, faz-se, no entanto, necess~ria para tornar o presente texto vivo e i ma 9 i n .:\1" i ~~ad o

    o nome prprio mais que um ou um signi~icante: ele um texto.

    Este texto ~ recebido, sendo tambm a expr's~~;5c) (j(J (j~$e,j(J dE um (Jutl"(Ju

    Mesmo vindo de um Outro ele con!:;t i tu i o n I.i c 1 (~:o d ,':\ qui 1 o q UE'~ vi yt!d fL' , (~~ '1 (.,:I

    propriedade inal ienJvel do sujeito.

    S f:: (.:-:1 (':: .F.!J:". li F.?.t::..i.;)" ~; 'tJ'" (,f' 'rl'l:,i: '8 potencialidade

  • o prenome, sendo expressio do desejo de um Outro, inscreve-me em geral dentro da fantasia inconsciente dos meus pais.

    o prenome me classifica~ esp~cialmente com rela~lo a diferen~a dos sexos.

    Mas o prenome me singulariza Em rela~lo ao meu corpo prprio, unervo e cora~50u do verdade EU E nlo do umim mesmo u (Self, moi).

    Jd o sobrenome ~ mais imperat ivo, situando o sujeito em rela~o as diferentes 9Era~aEs.

    o prenome e o sobrenome, portanto, inscrevem o sujeito na lei simblica edrpica.

    o sujeito nio deixar~ de imaginarizar seu nome em rela~io ao ~dipo, posto que um nome pode SEr sintoma, arte, enfim um uErsatzbildung H (forma~lo subst itutiva) do sujeito em processo.

    o corpo que porta o nome ~ o lugar privilegiado das capta~aes imagin~njas do sujeito.

    A rela~io corpo-nome como suporte da identidade fundamental do sujeito, volta e meia ser~ colocada em quest50 pelas transforma~aes da vida: especialmete nos ritos de passagem que o sujeito atravessa.

    Esquecer a fun~io mais humana de todas, a nomina~5o percutira e repercutira em geral naqueles sujeitos que mais amamos narcisicamente.

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  • Se a nomEa~io n50 pode ser escamoteada, ela nem sempre seF~ vista como d~diva ou cast igo oU o, enfim a maioria das pessas nio v~o (querer) PEnsar nisto.

    BIBLIOGRAFIA SUJESTIVA

    Entendemos o pequeno ato falho acima ao desEjo de valorizar a quest50 do SUJEITO p n\\\o da SUGESTr.iO.

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    10~.~

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