19 julho 2011

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A presidente Dilma Roussef no-meou o procurador de Justiça de Mi-nas, Jarbas Soares Júnior, para com-por o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A publicação foi di-vulgada no “Diário Oficial da União” (DOU) de ontem. A posse no CNMP, para o biênio de 2011 a 2013, está pre-vista para o dia 10 de agosto.

Jarbas Soares Júnior é o primei-ro integrante do Ministério Público de Minas Gerais a compor o CNMP. Ele foi eleito no dia 18 de abril, em sessão extraordinária do Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG). An-tes, foi escolhido pela classe e indicado pelo procurador geral de Justiça de Mi-nas, Alceu Torres Marques, para com-por uma lista dos candidatos dos Mi-nistérios Públicos Estaduais ao CNMP. Seu nome foi aprovado por 96,7% dos votantes de Minas. Seu nome foi apro-vado pelo plenário do Senado em 28 de junho.

“É preciso olhar as dificuldades, ouvir, saber entender e achar as solu-ções, porque o Ministério Público ain-da é uma instituição em construção, e

tem muita coisa para acontecer até se chegar a um status mais adequado de excelência, de organização e estru-tura”, afirmou Jarbas Soares Júnior.

O tempO-p.7 19/07/2011 pioneirismo

Dilma nomeia Jarbas para Conselho do MP

FOTO: OMAR FREIRE/IMPRENSA MG

A posse de Jarbas Soares no CNMP está prevista para 10 de agosto

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A PARTE

eStADO De mINAS-p.2 19/07/2011

PINGA FOGO

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A PARTE

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SAIBA MAISLRF

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fOlhA De Sp-p.A9 16/07/2011

O glObO-p.13 15/07/2011

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DE SÃO PAULO - A 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o shopping Coli-nas, em São José dos Campos (97 km de São Paulo), a pagar uma indenização por danos materiais e morais a um cliente que sofreu sequestro-relâmpago quando estacionava o carro no estacionamento do local.

Os desembargadores reformaram a sentença de primeira instância, que deu ganho de causa ao shopping. Ainda cabe

recurso.Segundo informações do tribunal, o cliente, cujo nome

não foi divulgado, afirmou à polícia que foi abordado em julho de 2002 por dois assaltantes armados enquanto esta-cionava o carro no estacionamento do shopping.

Procurado, o shopping Colinas informou que não se manifestará porque ainda não foi notificado pela Justiça.

fOlhA De Sp-p.c5 19/07/2011SÃO JOSÉ DOS cAmpOS

Shopping é condenado a indenizar vítima de sequestro-relâmpago

Articulista condenado a 2 anos de prisão

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O tempO-1ªp. e p. 22 19/07/2011 VAcIlO

Fuga de Roni Peixoto só foi alertada 8 dias depois

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Além da corrupção, o atrasoBrasil ainda tem 87% das estradas sem pavimentação

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Lucas chegou ao abrigo ainda bebê, abandonado pelos pais. Aos 5 anos, foi adotado. Antes de completar 6, foi devolvido por “incompatibilidade de gênio” com o filho biológico da família.

Depois disso, nunca mais saiu dali. Nem quer. Mas agora ele não tem mais escolha. Fez 18 anos em feve-reiro e continua abrigado por “bondade” da coordena-ção do local.

“Como vou colocar ele pra fora? Eu não tenho co-ragem. Ele não tem ninguém no mundo. Aqui é a casa dele”, diz Helena Zgierski, psicóloga da associação na zona sul paulistana onde o garoto passou a vida toda.

O drama de Lucas não é único. A história se repete em outros 120 abrigos espalhados pela cidade. Pela le-gislação, todo adolescente, ao completar 18 anos, pre-cisa sair e dar conta da própria vida. Um desafio além da maturidade de muitos deles.

Para ajudar nessa transição, a Prefeitura de São Paulo mantém cinco repúblicas que, juntas, disponi-bilizam 30 vagas. Mas o número não dá conta da de-manda e grande parte dos adolescentes não cumpre os requisitos de inserção: ter trabalho e estar matriculado na escola (mais informações nesta página).

“Isso me tira o sono todos os dias”, afirma o juiz Iasin Issa Ahmed, da 1.ª Vara da Infância do Fórum Re-gional de Santo Amaro. Só na região, 24 adolescentes abrigados vão completar 18 anos dentro de um ano. “Não é possível preparar o candidato para a república. Precisa ter um projeto para o A, o B e o C. Quem con-segue ter?”

Ahmed conta que, numa audiência recente, um me-nino prestes a completar 18 anos o procurou, desespe-rado. Sem emprego, seu medo era parar na rua, como aconteceu com um colega. “Ele dizia que tudo o que o amigo tinha era um cobertor”, relata Ahmed.

Chegar aos 18 anos abrigado é mais comum do que se imagina. Há casos de adolescentes cujas famí-lias biológicas nunca perderam a guarda e, por isso, nunca estiveram disponíveis para adoção; crianças que foram devolvidas dentro do estágio probatório pelos potenciais pais adotivos; e, não raro, grupos de irmãos. Como a prioridade é que sejam adotados juntos, muitos acabam crescendo sem conseguir uma família.

Foi o que aconteceu com Eduardo. Ele chegou bebê, com dois irmãos um pouco mais velhos. Os três nunca foram adotados. Ao completar 18 anos, seus ir-mãos saíram e disseram que voltariam para buscá-lo.

Não cumpriram a promessa e Eduardo, sem trabalho e fora da escola, não sabe o que fará da vida a partir de setembro, quando chega à maioridade.

Desafios. “Quem olha, acha que o menino é fol-gado, mas não é assim. Muitos têm traumas complica-díssimos. Não dá para exigir que tenham performances parecidas com quem mora com pai e mãe”, observa o juiz Ahmed. “Aliás, no mínimo ele deveria ter os mes-mos direitos. O jovem de classe média fica em casa até os 30 anos. Por que o menino de abrigo, que cresceu sem pai nem mãe, precisa estar apto para a vida aos 18?”

Ahmed propõe a criação de um “auxílio-maturida-de”. “Ele poderia receber uma ajuda financeira por um ano, pelo menos, para poder se estabilizar.”

Para Mateus Kalinovski, gerente de serviços da Associação Cível Gaudium et Spes (Ages), vinculada à Pastoral do Menor, que é parceira da Prefeitura em duas repúblicas (uma masculina e outra feminina), é preciso estimular a independências desses adolescentes. “Para ser recebido na república, é preciso ter o desejo de crescer. Mas, para isso, o abrigo precisa trabalhar a autonomia como projeto pedagógico. Não dá para ser superprotetor.”

O defensor público Flávio Frasseto acredita que deve haver uma maior flexibilidade da Justiça nos casos em que a família ainda tem a guarda. “Muitas vezes, os juízes não autorizam a volta porque os pais não têm estrutura. Nisso, ele cresce longe da família e, quando completa 18 anos, vai ter de voltar de qualquer forma.”

‘’Para quem vou dar satisfação?’’DEPOIMENTOJoana (nome fictício), moradora de abrigo da Pre-

feitura de São Paulo“Cheguei ao abrigo com 8 anos e nunca mais saí.

No começo, achava que todo dia seria o último. Meu maior sonho sempre foi ser adotada. Inocente, imagina-va que não era porque meus pais não me queriam que outros também não iam querer. Tinha muita vontade de chamar alguém de pai e mãe.

Mas meu processo ficou emperrado: minha família nunca assinou o papel que me liberaria para adoção. Mas, se não me querem, por que não me liberaram? Nem visita nunca recebi.

Lembro como se fosse hoje do dia em que minha mãe me abandonou. Eu tinha 7 anos e minha irmãzi-

eStADO De Sp-p.A26 17/07/2011

Aos 18 anos, jovens em abrigos perdem larJustiça dita que, a partir dessa idade, quem não foi adotado deve se tornar independente

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cONt...eStADO De Sp-p.A26 17/07/2011

nha tinha 2. Vi um monte de malas na sala, mas, na minha cabeça de criança, achei que ela ia ao super-mercado. Foi a última vez que a vi.

Mas não posso reclamar da vida no abrigo. Minha primeira cuidadora parecia uma mãe de verdade. Acho que fui pegando um pouquinho da personalidade de cada cuidadora e montei a minha. Dou satisfação como qualquer filho: se vou chegar mais tarde, preciso ligar e avisar. Quando sair da-qui, para quem vou dar satisfação?

Saio dia 5 de dezembro. Tenho medo da vida fora do abrigo. Já estou planejando tudo. Comecei a trabalhar em uma loja de shopping e estou combi-nando de dividir um apartamento com dois amigos de lá.

Foi engraçado quando descobriram que eu morava em um orfanato. Pensaram que é mentira, porque acham que criança de abrigo é rebelde, tra-ficante, drogada. Na escola é a mesma coisa. Tem hora que dá raiva do preconceito.

Quando sair daqui, vou deixar a Isa, minha ir-mãzinha, que agora está com 12 anos. Mas quero me estabilizar para poder levá-la. Se eu tiver um filho um dia, posso ter a maior dificuldade, mas não vou abrir mão dele. Meu sonho é poder fazer aque-le almoço de domingo, com marido e filhos. É uma coisa que eu nunca tive, mas sempre vejo na TV e acho que deve ser tão gostoso...

Mas minha mãe eu não quero ver mais. Se eu fosse procurá-la, seria para mostrar que eu não de-pendi dela para viver e ainda criei uma filha dela.”

Passagem por república serve como período de transiçãoAté completar 21 anos, jovens saídos de abri-

gos moram sem pagar aluguel e recebem cesta bá-sica

Ocimara Balmant - O Estado de S.PauloA regra é clara: nem bebidas nem mulheres

nem sujeira. Para viver na república que fica na Vila Leopoldina, é preciso andar na linha.

No sobrado de dois quartos, sala, cozinha e dois banheiros moram cinco meninos. Eles não pagam aluguel e recebem cesta básica.

Todo o resto fica por conta deles e a divisão respeita a habilidade de cada um. O melhor café da casa é feito por Antônio Marcos, de 20 anos, que, após dois anos ali, se prepara para sair. Ele sai um ano antes da idade-limite para morar na república: 21 anos.

“Ainda no abrigo, eu fiz um curso de zelado-ria do patrimônio histórico. Quando saí, consegui emprego na área, guardei um dinheiro e agora, pela primeira vez na vida, vou andar sozinho.”

Antônio foi abrigado aos 13 anos, junto com oito irmãos. Chegou defasado à escola, ainda no 3.º ano do ensino fundamental. Frequentou o supletivo e hoje cursa o último ano do ensino médio em um colégio particular, onde fez uma prova de aptidão e conseguiu bolsa de 100%.

“Essa autonomia é o que a gente quer, mas nem todos conseguem”, diz Mateus Kalinovski, o gestor que acompanha os garotos. Ele conta que, vez ou outra, há quem saia dali sem nenhuma perspectiva.

No ano passado, ao completar 21 anos, depois de perder o emprego e parar de estudar, um jovem foi parar em um albergue público. “Nesse caso, não há o que se possa fazer. Ele chegou institucionali-zado e não conseguiu desenvolver sua autonomia. Há outros que a gente nem sabe se estão vivos ou mortos.”

Alerta. As histórias de fracasso deixam os me-ninos em alerta. Com dois anos de prazo, Tiago Medeiros, de 19, quer sair dali empregado no que gosta.

“Quando deixei o abrigo foi um horror, nem dormia direito, com medo da vida aqui fora. Ago-ra, meu receio é não conseguir um trabalho como desenhista.” Por enquanto, seus mangás decoram a parede da sala da república da Vila Leopoldina.

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Afastamentos do trabalho por uso de drogas sobem 22%

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Wilson Tosta / RIO - O Estado de S.Paulo

O IBGE constatou que, na última década, cidades médias, localizadas basicamente ao longo de rodovias, ga-nharam mais habitantes do que as ca-pitais das nove regiões metropolitanas, que anteriormente puxavam o avanço populacional.

Turbinados por “atividades eco-nômicas complexas, que articulam atividades agrícola e industrial diver-sificadas”, esses eixos de crescimento populacional se destacam na pesquisa Reflexões sobre os Deslocamentos Po-pulacionais no Brasil, divulgada on-tem. Um ponto de forte concentração é denominado no trabalho “megaespa-ço de São Paulo”, com a aglomeração principal em torno da capital e de ou-tras cinco cidades menores - Campinas, Jundiaí, Sorocaba, Santos e São José dos Campos.

São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades brasileiras, for-mam, ao longo da BR 116, uma impor-tante linha de expansão da população, onde também têm destaque as aglome-rações formadas em torno de São José dos Campos e de Volta Redonda/Barra

Mansa (sul fluminense). “Ainda em São Paulo, verifica-se

um eixo de crescimento ao longo da BR-101, onde municípios formam a aglomeração Santista, alcançam a Cos-ta Verde no Rio de Janeiro, englobam a metrópole carioca e os municípios da Região dos Lagos até Macaé (RJ)”, diz o texto.

O IBGE identificou ainda outros eixos - e também núcleos - de forte crescimento populacional. Foi o caso de municípios das aglomerações ur-banas em torno de capitais e cidades grandes e médias ao longo da BR-101, do Espírito Santo ao Maranhão.

No Sul, a BR-116 organizou um eixo a partir da aglomeração urbana de Porto Alegre, com destaque para Novo Hamburgo, São Leopoldo e Caxias do Sul.

Atração. Para um dos organizado-res do trabalho do IBGE, Antônio Ta-deu de Oliveira, as capitais perderam atratividade. “O custo de vida nelas é mais alto, tem violência”, disse.

A comparação dos números de crescimento populacional dos municí-pios com os de variação da renda do-miciliar per capita, feita pelo Estado,

mostra uma correlação relevante entre o aumento dos rendimentos e o núme-ro de habitantes nos últimos dez anos. Com exceções, prefeituras com mais ganhos médios reais (acima da inflação medida pelo INPC) receberam mais moradores de 2000 a 2010.

Em 58 de 62 cidades dos principais eixos e núcleos de crescimento houve aumento de população, e em apenas uma houve queda de renda de 2000 a 2010. Em 62,29% dos municípios (38 em 62) a populacional subiu acima da expansão nacional (12,48% de 2000 a 2010). Um volume idêntico de muni-cípios (38 em 62) registrou aumento de renda domiciliar per capita acima da nacional (de 14,27%) no decênio, embora os municípios não sejam sem-pre os mesmos. Em Macaé (RJ), por exemplo, onde se concentram ativida-des de exploração de petróleo da Bacia de Campos, o aumento real de rendi-mentos domiciliares per capita foi de 21,56% e a população subiu 57,14% . Em Caruaru (PE), a população cresceu 24,31% e a renda 19%.

eStADO De Sp-p.A9 16/07/2011

Cidades médias aumentaram o poder de atraçãoDe acordo com o IBGE, alto custo de vida e violência

têm afastado pessoas das regiões metropolitanas do Brasil

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Um dispositivo desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para auxiliar deficientes visu-ais a identificarem linhas de ônibus será implantado em Ribeirão Preto (SP). A ideia já é realidade em Jaú (SP) desde 2010 e passa por testes também no Rio de Janeiro e Niterói (RJ).

“Em Belo Horizonte, ainda não conseguimos fazer os contatos”, disse o professor Julio César David Melo, do Laboratório de Sistemas Inteligentes da Escola de Engenharia da UFMG.

Segundo ele, as demandas estão sendo atendidas à medida que surgem.

O equipamento - DPS2000 - fun-ciona com um transmissor, que fica com o deficiente visual, e um receptor no veículo. O cego programa o trans-missor com as linhas de ônibus de que precisa, ouvindo os números.

No ponto, ele seleciona o ônibus que deseja e o aparelho transmite um código para os veículos com o receptor. Além de os motoristas identificarem o local onde o deficiente visual espera,

quando o veículo para, o alto-falante perto da porta da entrada informa o nú-mero da linha.

O aparelho foi criado pelo apo-sentado Dácio Pedro Simões, que pre-senciou um cego com dificuldades. Simões levou o dispositivo com radio-frequência à UFMG, em 2001, e a ideia foi desenvolvida por Melo.

“Na próxima licitação das empre-sas de ônibus em Ribeirão Preto, os veículos vão ter que oferecer esse sis-tema”, diz o professor.

O tempO-p.17 19/07/2011Inclusão.Equipamento criado na UFMG é implantado na segunda cidade paulista

Aparelho ajuda cegos a identificarem ônibus

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AE - Agência EstadoO consumidor que desejar descar-

tar suas lâmpadas fluorescentes usa-das, de forma ambientalmente correta, pode levá-las até o supermercado. A rede Pão de Açúcar, em parceria com a concessionária de energia AES Eletro-paulo, fará o recolhimento de lâmpadas em sete lojas entre os dias 19 a 31 de julho.

As lâmpadas serão recolhidas pela empresa especializada Tramppo, que realiza descontaminação de lâmpadas fluorescentes. Os resíduos gerados no

processo - mercúrio, pó fosfórico, vi-dro, alumínio - são destinados à indús-tria, para serem reaproveitados como matéria-prima.

Segundo Lígia Korkes, gerente de sustentabilidade da rede Pão de Açúcar, a iniciativa de recolher as lâmpadas atende a uma demanda do consumidor, mas esbarra no alto custo da destinação correta desse material, que varia de R$ 1 a R$ 2 por lâmpada.

“Estamos conversando com os fabricantes de lâmpadas para ter co-letores em todas as lojas, de forma

permanente”, diz Lígia. A relação de lojas que terão postos de recolhimento das lâmpadas pode ser consultada em www.paodeacucarverde.com.br. No período que durar a ação, as lâmpadas econômicas serão vendidas nas lojas da rede com até 40% de desconto.

As lâmpadas fluorescentes são um dos tipos de resíduos que devem ganhar um sistema de recolhimento em todo o País, de acordo com a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em de-zembro do ano passado.

eStADO De Sp-p.A13 18/07/2011

Supermercado recolherá lâmpadas fluorescentes

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AE - Agência EstadoCom o singelo rótulo de “sais de

banho”, uma droga devastadora, que entrou nos Estados Unidos há cerca de um ano, disseminou-se e agora alarma médicos por causa de seus efeitos psi-cóticos e paranoicos. Trata-se de uma mistura de substâncias jamais testada em humanos, cuja fórmula foi banida em 28 dos 51 Estados americanos, mas ainda não tem veto do governo fede-ral.

Em 2010, a Associação Americana de Centros de Controle de Envenena-mento (AAPCC, na sigla em inglês) registrou 303 pessoas atendidas em hospitais por contaminação pela droga. Esse total subiu para 3.470 no primeiro semestre deste ano. “Se você misturar todos os piores efeitos da cocaína, do LSD, do PCP e do ecstasy terá um re-sultado comparável ao dos sais de ba-nho”, descreveu Mark Ryan, PhD em

Farmácia e diretor do Centro de Enve-nenamento de Louisiana.

Em geral, a droga é fabricada com base em duas substâncias: a metile-nodioxipirovalerona (MDPV) e a me-fedrona. A primeira é uma substituta química da catinona, composto esti-mulante do khat, uma planta do norte da África cuja venda é ilegal nos EUA, mas usada em vários países como base de defensivos agrícolas ou repelente de insetos.

Apesar das proibições nos 28 Es-tados, o acesso à droga é fácil no país. Pode ser encontrada na internet, em lo-jas de conveniência e até entre os ver-dadeiros sais de banho, com sugestivos nomes: Pomba Vermelha, Seda Azul, Zoom, Nuvem Nove, Neve Oceânica, Onda Lunar, Céu de Baunilha e Fura-cão Charlie.

Usuários têm sido levados aos prontos-socorros por comportamento

violento, pressão sanguínea elevada, alucinações e crises paranoicas. Geral-mente, são internados no setor psiqui-átrico.Brasil

Por aqui, a mefedrona é conhecida como miau-miau e, segundo Reinaldo Correa, delegado da divisão de Preven-ção e Educação do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (De-narc), é utilizada em clubes noturnos. “Só não podemos apreender, porque a droga não consta como substância proibida pela Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa)”, afirma.

Segundo Correa, o defensivo agrí-cola recomendado para o uso em jar-dinagem doméstica costuma ser consu-mido em cápsulas ou injetado na veia. O efeito é parecido com o do ecstasy. Dentre os efeitos colaterais estão palpi-tações, náusea, insônia e sangramento que pode levar à morte.

eStADO De Sp-p.A16 19/07/2011

Droga de efeito devastador alarma médicos nos EUA

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José Pastore - O Estado de S.Paulo

Cerca de 30 mil pessoas são li-beradas anualmente dos presídios brasileiros. Trata-se de ex-infrato-res que cumpriram suas penas e que voltam ao nosso convívio. O que a sociedade pretende fazer com eles? Quem está disposto a lhes oferecer uma segunda chance?

Os problemas de reinserção de ex-detentos no mundo do trabalho são colossais. As empresas, de modo geral, resistem à ideia de empregá-los. Os cidadãos igualmente evitam o contato com quem tem passado cri-minal: há o medo de que os infratores voltem a delinquir.

Todavia, se ninguém lhes abrir uma porta de oportunidade, eles voltarão ao mundo do crime. É isso o que está ocorrendo. De cada 10 pessoas que saem dos presídios, 7 voltam ao crime. É uma reincidência absurda: 70%.

Para reduzir essa taxa, o primei-ro passo é entender a importância de integrar essas pessoas no mundo do trabalho. O segundo é dispor de pro-gramas que atendam às necessidades de quem emprega e de quem precisa se empregar.

Do lado dos ex-presidiários, há muitos problemas a serem supe-rados. Afinal, os presídios mais es-tragam do que recuperam. Poucos são os que têm a chance de estudar na prisão. Dos 500 mil presos exis-tentes no Brasil, menos de 60 mil fazem cursos, sabendo-se que 25% são analfabetos e 50% frequentaram apenas as primeiras séries do ensino fundamental. O nível de qualificação

é baixo. Poucos são, também, os que trabalham em empresas instaladas no interior dos presídios.

Para voltar ao mundo do tra-balho, o “clique” da desistência do crime é fundamental. Nem todos chegam a ele. Há os casos dos delin-quentes que fizeram do crime o seu meio de vida e que não estão conven-cidos de que o trabalho compensa. Para eles, trabalhar rende menos do que delinquir. Felizmente, eles são a minoria.

Mas não há como negar, o pro-blema é complexo. A inserção de pessoas com envolvimento no crime no mercado de trabalho exige ações coordenadas com as empresas, os presídios, as entidades de ajuda aos presos, as famílias e os próprios in-fratores.

Apesar disso, há dados animado-res. O Conselho Nacional de Justiça iniciou, em 2009, um belo trabalho com os tribunais e a sociedade. De lá para cá, já foram empregados cerca de 1.500 egressos.

Aos poucos, empresas e órgãos públicos começam a se abrir. As es-tatísticas não são precisas, mas há importantes resultados a comentar. Com a ajuda do Sesi, do Senai e da Federação das Indústrias de Minas Gerais, fala-se em mais de mil ex-in-fratores empregados por ano naquele Estado. Relatos do Espírito Santo e do Distrito Federal dão conta de ser crescente o número de empresas que empregam ex-presidiários. Em São Paulo, a Secretaria de Assuntos Pe-nitenciários e a Secretaria de Rela-ções do Trabalho estão acumulando números crescentes. Outros Estados

já têm registros positivos.Não há nada retumbante nos re-

sultados alcançados. A jornada está só iniciando e não pode ser interrom-pida. A sociedade precisa começar a debater o assunto, por mais comple-xo que seja.

O emprego de ex-infratores exige cautela, é claro. O ajuste do trabalho à capacidade dos ex-deten-tos é crucial. A preparação das suas atitudes e condutas para o mundo do trabalho é tão importante quanto a capacitação profissional. O apoio da família e da religião tem-se mostra-do como de superior relevância para os indivíduos desistirem do crime. A preparação dos chefes e dos futuros colegas de trabalho é indispensável.

Em suma, a sociedade, em ge-ral, e as empresas, em particular, têm pela frente um grande desafio - bem maior do que a dificuldade de empregar portadores de deficiência. Nos dois casos, porém, o trabalho é o caminho mais adequado para garan-tir a sobrevivência e a reconstrução da dignidade das pessoas. Para mais sugestões, ver José Pastore, Trabalho para Ex-infratores, Editora Saraiva, São Paulo, 2011.

PROFESSOR DA FEA-USP, MEMBRO DA ACADEMIA PAU-LISTA DE LETRAS E PRESIDEN-TE DO CONSELHO DE EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO DA FECOMÉRCIO DE SÃO PAU-LO. SITE: WWW.JOSEPASTORE.COM.BR

eStADO De Sp-p.b2 19/07/2011

Trabalho para ex-infratores

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