[1895 - 19765]contabilidade_publica (1)

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    CrditosUniversidade do Sul de Santa Catarina |Campus UnisulVirtual | Educao Superior a Distncia

    ReitorAilton Nazareno Soares

    Vice-ReitorSebastio Salsio Heerdt

    Chefe de Gabinete da ReitoriaWillian Corra Mximo

    Pr-Reitor de Ensino ePr-Reitor de Pesquisa,Ps-Graduao e InovaoMauri Luiz Heerdt

    Pr-Reitora de AdministraoAcadmicaMiriam de Ftima Bora Rosa

    Pr-Reitor de Desenvolvimentoe Inovao InstitucionalValter Alves Schmitz Neto

    Diretora do CampusUniversitrio de TubaroMilene Pacheco Kindermann

    Diretor do Campus Universitrio

    da Grande FlorianpolisHrcules Nunes de Arajo

    Secretria-Geral de EnsinoSolange Antunes de Souza

    Diretora do CampusUniversitrio UnisulVirtualJucimara Roesler

    Equipe UnisulVirtual

    Diretor AdjuntoMoacir Heerdt

    Secretaria E xecutiva e Cerimon ialJackson Schuelter Wiggers (Coord.)Marcelo Fraiberg MachadoTenille Catarina

    Assessoria d e AssuntosInternacionaisMurilo Matos Mendona

    Assessoria d e Relao com Pode rPblico e Foras ArmadasAdenir Siqueira VianaWalter Flix Cardoso Junior

    Assessoria DAD - Disc iplinas aDistnciaPatrcia da Silva Meneghel (Coord.)Carlos Alberto AreiasCludia Berh V. da SilvaConceio Aparecida KindermannLuiz Fernando MeneghelRenata Souza de A. Subtil

    Assessoria d e Inovao eQualidade de EADDenia Falco de Bittencourt (Coord.)Andrea Ouriques BalbinotCarmen Maria Cipriani Pandini

    Assessoria d e TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior (Coord.)Felipe FernandesFelipe Jacson de FreitasJefferson Amorin OliveiraPhelipe Luiz Winter da SilvaPriscila da SilvaRodrigo Battistotti PimpoTamara Bruna Ferreira da Silva

    Coordenao Cursos

    Coordenadores de UNADiva Marlia FlemmingMarciel Evangelista Catneo

    Roberto Iunskovski

    Auxilia res de Coordena oAna Denise Goularte de SouzaCamile Martinelli SilveiraFabiana Lange PatricioTnia Regina Goularte Waltemann

    Coordenadores GraduaoAlosio Jos RodriguesAna Lusa MlbertAna Paula R.PachecoArtur Beck NetoBernardino Jos da SilvaCharles Odair Cesconetto da SilvaDilsa MondardoDiva Marlia FlemmingHorcio Dutra MelloItamar Pedro BevilaquaJairo Afonso HenkesJanana Baeta NevesJorge Alexandre Nogared CardosoJos Carlos da Silva JuniorJos Gabriel da SilvaJos Humberto Dias de ToledoJoseane Borges de MirandaLuiz G. Buchmann FigueiredoMarciel Evangelista CatneoMaria Cristina Schweitzer VeitMaria da Graa PoyerMauro Faccioni FilhoMoacir FogaaNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia Fontanella

    Roberto IunskovskiRose Clr Estivalete Beche

    Vice-Coordenadores GraduaoAdriana Santos RammBernardino Jos da SilvaCatia Melissa Silveira RodriguesHorcio Dutra MelloJardel Mendes VieiraJoel Irineu LohnJos Carlos Noronha de OliveiraJos Gabriel da SilvaJos Humberto Dias de ToledoLuciana ManfroiRogrio Santos da CostaRosa Beatriz Madruga PinheiroSergio SellTatiana Lee MarquesValnei Carlos Denardin

    Smia Mnica Fortunato (Adjunta)Coordenadores Ps-GraduaoAlosio Jos RodriguesAnelise Leal Vieira CubasBernardino Jos da SilvaCarmen Maria Cipriani PandiniDaniela Ernani Monteiro WillGiovani de PaulaKarla Leonora Dayse NunesLetcia Cristina Bizarro BarbosaLuiz Otvio Botelho LentoRoberto IunskovskiRodrigo Nunes LunardelliRogrio Santos da CostaThiago Coelho SoaresVera Rejane Niedersberg Schuhmacher

    Gerncia Administrao

    Acadmi caAngelita Maral Flores (Gerente)Fernanda Farias

    Secretaria de En sino a Dist nciaSamara Josten Flores (Secretria de Ensino)Giane dos Passos (Secretria Acadmica)Adenir Soares JniorAlessandro Alves da SilvaAndra Luci MandiraCristina Mara SchauffertDjeime Sammer BortolottiDouglas SilveiraEvilym Melo LivramentoFabiano Silva MichelsFabricio Botelho EspndolaFelipe Wronski HenriqueGisele Terezinha Cardoso FerreiraIndyanara Ramos

    Janaina ConceioJorge Luiz Vilhar MalaquiasJuliana Broering MartinsLuana Borges da SilvaLuana Tarsila HellmannLuza Koing ZumblickMaria Jos Rossetti

    Marilene de Ftima CapeletoPatricia A. Pereira de CarvalhoPaulo Lisboa CordeiroPaulo Mauricio Silveira BubaloRosngela Mara SiegelSimone Torres de OliveiraVanessa Pereira Santos MetzkerVanilda Liordina Heerdt

    Gesto DocumentalLamuni Souza (Coord.)Clair Maria CardosoDaniel Lucas de MedeirosJaliza Thizon de BonaGuilherme Henrique KoerichJosiane LealMarlia Locks Fernandes

    Gerncia Administrativa eFinanceiraRenato Andr Luz (Gerente)Ana Luise WehrleAnderson Zandr PrudncioDaniel Contessa LisboaNaiara Jeremias da RochaRafael Bourdot BackThais Helena BonettiValmir Vencio Incio

    Gerncia de Ensino, Pesquisa eExtensoJanana Baeta Neves (Gerente)Aracelli Araldi

    Elaborao de ProjetoCarolina Hoeller da Silva BoingVanderlei BrasilFrancielle Arruda Rampelotte

    Reconhecimento de CursoMaria de Ftima Martins

    ExtensoMaria Cristina Veit (Coord.)

    PesquisaDaniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)Mauro Faccioni Filho (Coord. Nuvem)

    Ps-GraduaoAnelise Leal Vieira Cubas(Coord.)

    BibliotecaSalete Ceclia e Souza (Coord.)Paula Sanhudo da SilvaMarlia Ignacio de EspndolaRenan Felipe Cascaes

    Gesto Docente e DiscenteEnzo de Oliveira Moreira (Coord.)

    Capacitao e Assessoria aoDocenteAlessandra de Oliveira(Assessoria)Adriana SilveiraAlexandre Wagner da RochaElaine Cristiane Surian (Capacitao)

    Elizete De MarcoFabiana PereiraIris de Souza BarrosJuliana Cardoso EsmeraldinoMaria Lina Moratelli PradoSimone Zigunovas

    Tutoria e SuporteAnderson da Silveira (Ncleo Comunicao)Claudia N. Nascimento (Ncleo Norte-Nordeste)Maria Eugnia F. Celeghin (Ncleo Plos)Andreza Talles CascaisDaniela Cassol PeresDbora Cristina SilveiraEdnia Araujo Alberto (Ncleo Sudeste)Francine Cardoso da SilvaJanaina Conceio (Ncleo Sul)Joice de Castro Peres

    Karla F. Wisniewski DesengriniKelin BussLiana FerreiraLuiz Antnio PiresMaria Aparecida TeixeiraMayara de Oliveira BastosMichael Mattar

    Patrcia de Souza AmorimPoliana SimaoSchenon Souza Preto

    Gerncia de Desenho eDesenvolvimento de MateriaisDidticosMrcia Loch (Gerente)

    Desenho EducacionalCristina Klipp de Oliveira(Coord. Grad./DAD)Roseli A. Rocha Moterle (Coord. Ps/Ext.)Aline Cassol DagaAline PimentelCarmelita SchulzeDaniela Siqueira de MenezesDelma Cristiane MorariEliete de Oliveira CostaElosa Machado SeemannFlavia Lumi MatuzawaGeovania Japiassu MartinsIsabel Zoldan da Veiga RamboJoo Marcos de Souza AlvesLeandro Roman BambergLygia PereiraLis Air FogolariLuiz Henrique Milani QueriquelliMarcelo Tavares de Souza CamposMariana Aparecida dos SantosMarina Melhado Gomes da SilvaMarina Cabeda Egger MoellwaldMirian Elizabet Hahmeyer Collares ElpoPmella Rocha Flores da SilvaRafael da Cunha LaraRoberta de Ftima MartinsRoseli Aparecida Rocha MoterleSabrina BleicherVernica Ribas Crcio

    Acessibil idadeVanessa de Andrade Manoel (Coord.)Letcia Regiane Da Silva TobalMariella Gloria RodriguesVanesa Montagna

    Avaliao d a aprend izagemClaudia Gabriela Dreher

    Jaqueline Cardozo PollaNgila Cristina HinckelSabrina Paula Soares ScarantoThayanny Aparecida B. da Conceio

    Gerncia de LogsticaJeferson Cassiano A. da Costa (Gerente)

    Logsitca de MateriaisCarlos Eduardo D. da Silva (Coord.)Abraao do Nascimento GermanoBruna MacielFernando Sardo da SilvaFylippy Margino dos SantosGuilherme LentzMarlon Eliseu PereiraPablo Varela da SilveiraRubens AmorimYslann David Melo Cordeiro

    Avaliae s Presenciai sGraciele M. Lindenmayr (Coord.)Ana Paula de AndradeAngelica Cristina GolloCristilaine MedeirosDaiana Cristina BortolottiDelano Pinheiro GomesEdson Martins Rosa JuniorFernando SteimbachFernando Oliveira SantosLisdeise Nunes FelipeMarcelo RamosMarcio VenturaOsni Jose Seidler JuniorThais Bortolotti

    Gerncia de MarketingEliza B. Dallanhol Locks (Gerente)

    Relacionamento com o MercadoAlvaro Jos Souto

    Relacionamento com PolosPresenciaisAlex Fabiano Wehrle (Coord.)Jeferson Pandolfo

    Karine Augusta ZanoniMarcia Luz de OliveiraMayara Pereira RosaLuciana Tomado Borguetti

    Assuntos Ju rdicosBruno Lucion RosoSheila Cristina Martins

    Marketing EstratgicoRafael Bavaresco Bongiolo

    Portal e ComunicaoCatia Melissa Silveira RodriguesAndreia DrewesLuiz Felipe Buchmann FigueiredoRafael Pessi

    Gerncia de ProduoArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francini Ferreira Dias

    Design VisualPedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)Alberto Regis EliasAlex Sandro XavierAnne Cristyne PereiraCristiano Neri Gonalves RibeiroDaiana Ferreira CassanegoDavi PieperDiogo Rafael da SilvaEdison Rodrigo ValimFernanda FernandesFrederico TrilhaJordana Paula SchulkaMarcelo Neri da SilvaNelson RosaNoemia Souza MesquitaOberdan Porto Leal Piantino

    Multimd iaSrgio Giron (Coord.)Dandara Lemos ReynaldoCleber MagriFernando Gustav Soares LimaJosu Lange

    Conferncia (e-OLA)

    Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)Bruno Augusto ZuninoGabriel Barbosa

    Produo IndustrialMarcelo Bittencourt (Coord.)

    Gerncia Servio de AtenoIntegral ao AcadmicoMaria Isabel Aragon (Gerente)Ana Paula Batista DetniAndr Luiz PortesCarolina Dias DamascenoCleide Incio Goulart SeemanDenise FernandesFrancielle FernandesHoldrin Milet BrandoJenniffer CamargoJessica da Silva Bruchado

    Jonatas Collao de SouzaJuliana Cardoso da SilvaJuliana Elen TizianKamilla RosaMariana SouzaMarilene Ftima CapeletoMaurcio dos Santos AugustoMaycon de Sousa CandidoMonique Napoli RibeiroPriscilla Geovana PaganiSabrina Mari Kawano GonalvesScheila Cristina MartinsTaize MullerTatiane Crestani Trentin

    Avenida dos Lagos, 41 Cidade Universitria Pedra Branca | Palhoa SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: [email protected] |Site: www.unisul.br/unisulvirtual

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    Palhoa

    UnisulVirtual

    2012

    Livro didtico

    Reviso e atualizao de contedo

    Bernardino Jos da Silva

    Design Instrucional

    Leandro Kingeski PachecoJoo Marcos de Souza Alves

    5 edio

    Contabilidade Pblica

    Bernardino Jos da Silva

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    Sumrio

    Apresentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

    Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

    Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    UNIDADE 1 - Conhecendo a Contabilidade Pblica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    UNIDADE 2 - Transferncia de recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    UNIDADE 3 - Patrimnio pblico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

    UNIDADE 4 - Plano de contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

    UNIDADE 5 - Escriturao contbil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

    UNIDADE 6 - Demonstraes Contbeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

    Para concluir o estudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8 3

    R e f e r n c i a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8 5

    Sobre o professor conteudista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289

    Respostas e comentrios das atividades de autoavaliao . . . . . . . . . . . . . 291Biblioteca Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295

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    Apresentao

    Este livro didtico corresponde disciplinaContabilidadePblica.

    O material foi elaborado visando a uma aprendizagemautnoma e aborda contedos especialmente selecionados erelacionados sua rea de formao. Ao adotar uma linguagem

    didtica e dialgica, objetivamos facilitar seu estudo adistncia, proporcionando condies favorveis s mltiplasinteraes e a um aprendizado contextualizado e eficaz.

    Lembre-se que sua caminhada, nesta disciplina, seracompanhada e monitorada constantemente pelo SistemaTutorial da UnisulVirtual, por isso a distncia ficacaracterizada somente na modalidade de ensino que vocoptou para sua formao, pois na relao de aprendizagem

    professores e instituio estaro sempre conectados com voc.

    Ento, sempre que sentir necessidade entre em contato; voc tem disposio diversas ferramentas e canais de acesso tais como:telefone, e-mail e o Espao Unisul Virtual de Aprendizagem,que o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado erecebido fica registrado para seu maior controle e comodidade.Nossa equipe tcnica e pedaggica ter o maior prazer em lheatender, pois sua aprendizagem o nosso principal objetivo.

    Bom estudo e sucesso!

    Equipe UnisulVirtual.

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    Palavras do professor

    Caro(a) estudante,

    Para que se possa falar em Contabilidade Pblica, precisoter noo clara de que no se pode focar a ateno apenasnas Normas e Regras editadas pelo Conselho Federalde Contabilidade. Impe observar que os atos e fatos da

    Administrao Pblica devem estar plenamente alinhadoscom os regramentos do Direito Administrativo Brasileiro.

    Ainda, preciso conhecer a premissa bsica que diferenciao exerccio da funo pblica daquele que se verifica nodesenvolvimento da funo na esfera privada, consoanteesclarece Mestre Meirelles (2004, p. 88):

    Na Administrao Pblica no h liberdade nemvontade pessoal. Enquanto na administraoparticular licito fazer tudo que a lei no probe,naAdministrao Pblica s permitido fazer o quea lei autoriza. A lei para o particular significa podefazer assim; para o administrador pblico significadeve fazer assim.

    Nossa Carta Constitucional determina que deve prestarcontas da correta e regular aplicao dos recursos pblicosqualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, queutilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro,bens e valores pblicos ou pelos quais o Poder Pblicoresponda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes denatureza pecuniria.

    A Lei Complementar n.101, de 04 de maio de 2000, alteradapela Lei Complementar n.131/2009, que estabelece normasde finanas pblicas voltadas para a responsabilidade nagesto fiscal, determina, em seu Artigo 50, as regras a seremobservadas na escriturao e consolidao das contas; e define,em seu Artigo 56, que, nas trs esferas de governo, ascontas

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    sero prestadas pelo chefe do Poder Executivo e incluiro,tambm, aquelas pertinentes aos rgos dos Poderes Legislativo,Judicirio e do Ministrio Pblico.

    Portanto, a Contabilidade Pblica, assim como aquela aplicadana esfera privada, reveste-se de amplos poderes para registrare controlar todos os eventos (atos e fatos contbeis) que sedesenvolvem no mbito da Administrao Pblica e podemprovocar modificao em seu patrimnio.

    Outro aspecto importante a ser observado, diz respeito ao fatode que, assim como ocorreu com a Contabilidade Aplicada esfera mercantil, a Contabilidade Pblica, face globalizaoda economia e abertura de mercado, tambm vem sendo alvo deaperfeioamentos constantes, visando alinhar seus procedimentoss Normas Internacional de Contabilidade do mesmo setor.,

    Neste pice, esta disciplina ser rica em detalhes acerca dafundamentao bsica, dos conceitos, dos aspectos pertinentess receitas e despesas pblicas, dos Regimes de Escriturao,do Plano de Contas, da estrutura, composio e contedo dosBalanos Pblicos, alm de outros atos e fatos contbeis a serem

    reconhecidos na Contabilidade Pblica.

    Bom estudo!

    Professor Bernardino Jos da Silva

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    Plano de estudo

    O plano de estudos visa a orient-lo no desenvolvimento dadisciplina. Ele possui elementos que o ajudaro a conhecer ocontexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos.

    O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual levaem conta instrumentos que se articulam e se complementam,

    portanto, a construo de competncias se d sobre aarticulao de metodologias e por meio das diversas formasdeao/mediao.

    So elementos desse processo:

    ! o livro didtico;

    ! o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);

    ! as atividades de avaliao (a distncia, presenciais edeautoavaliao);

    ! o Sistema Tutorial.

    Ementa

    Fundamentao bsica e conceitos introdutrios. ReceitaPblica. Despesa Pblica. Processos de Licitaes. Regimede Adiantamento. A Lei de Responsabilidade Fiscal e aContabilidade Pblica. Regimes Contbeis. PatrimnioPblico. Plano de Contas e prticas de escriturao daContabilidade Pblica. Prestao de Contas. Estrutura,composio e contedo dos Balanos Pblicos.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Objetivos da disciplina

    Geral

    Conhecer e compreender a responsabilidade da profisso contbil,o respectivo campo de aplicao, principais conceitos e regrasimpostas Contabilidade Pblica, indispensvel nas trs esferasde governo.

    Especficos

    ! Conhecer a origem e a evoluo da ContabilidadePblica no Brasil.

    ! Compreender as finanas pblicas e a ContabilidadePblica, aplicvel s trs esferas de governo (Unio,Estados e Municpios).

    ! Identificar e articular conceitos, princpios e normas

    que regem o Oramento como instrumento bsico daContabilidade Pblica, de forma a poder desenvolvertrabalhos e estudos posteriores.

    ! Aplicar, com segurana, as tcnicas de classificao, osestgios, o regime de escriturao e as variaes quese processam no Patrimnio Pblico com o registro dareceita e da despesa pblicas.

    ! Compreender a definio, a importncia e a finalidade doPlano de Contas aplicado na Contabilidade Pblica.

    ! Desenvolver habilidades voltadas s prticas deescriturao, de elaborao e anlise das DemonstraesContbeis editadas por essa esfera da Contabilidade.

    ! Desenvolver e aperfeioar a conduta profissionaladequada ao bom desempenho da profisso contbil.

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    Contabilidade Pblica

    Carga horria

    A carga horria total da disciplina 60 horas-aula.

    Contedo programtico/objetivos

    Veja, a seguir, as unidades que compem o livro didtico destadisciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aosresultados que voc dever alcanar ao final de uma etapa deestudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto deconhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimento

    de habilidades e competncias necessrias sua formao.

    Unidades de estudo: 6

    Unidade 1 Conhecendo a Contabilidade Pblica

    Nesta unidade, voc v uma breve contextualizao da disciplinae conhece fundamentos e conceitos introdutrios, a origem e

    evoluo da Contabilidade Pblica, objeto, objetivo, campo deaplicao e organizao da Administrao Pblica.

    Unidade 2 Transferncia de Recursos

    Nesta unidade, voc identifica a descentralizao de crditosoramentrios, as transferncias voluntrias e as despesas depronto pagamento.

    Unidade 3 Patrimnio Pblico

    Voc estuda, aqui, os aspectos qualitativos e quantitativos, aavaliao e a preservao do Patrimnio Pblico. Tambmidentifica as Variaes Patrimoniais Ativas e Passivas e oinventrio na Administrao Pblica.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Unidade 4 Plano de Contas

    Por meio desta unidade, voc estuda os aspectos pertinentes ao

    plano de contas, sua composio e funcionamento.

    Unidade 5 Escriturao Contbil

    Nesta unidade, voc estuda a Escriturao Contbil, aContabilidade Pblica e a Lei de Responsabilidade Fiscal, osRegimes e os Sistemas de Escriturao, assim como a prtica deescriturao nos diversos Sistemas.

    Unidade 6 Demonstraes Contbeis

    Nesta unidade, voc conhece os Balanos Pblicos, aelaborao e a interpretao dos Balanos Oramentrio,Financeiro e Patrimonial, assim como da Demonstrao dasVariaes Patrimoniais.

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    Contabilidade Pblica

    Agenda de atividades/Cronograma

    ! Verifique com ateno o EVA, organize-se para acessarperiodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seusestudos depende da priorizao do tempo para a leitura,da realizao de anlises e snteses do contedo e dainterao com os seus colegas e professor.

    ! No perca os prazos das atividades. Registre no espaoa seguir as datas com base no cronograma da disciplinadisponibilizado no EVA.

    ! Use o quadro para agendar e programar as atividadesrelativas ao desenvolvimento da disciplina.

    Atividades obrigatrias

    Demais atividades (registro pessoal)

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    1Objetivos de aprendizagem

    ! Conhecer a origem e a evoluo daContabilidadePblica no Brasil.

    ! Identificar os fundamentos bsicos e os conceitosintrodutrios, o objeto, o objetivo e o campode aplicao da Contabilidade Pblica.

    ! Conhecer a organizao bsica daAdministraoPblica.

    Sees de estudo

    Seo 1 Fundamentao bsica e conceitos introdutriosda Contabilidade Pblica

    Seo 2 Origem e evoluo da Contabilidade Pblica

    no

    BrasilSeo 3 Objeto, objetivo e campo de aplicao da

    Contabilidade Pblica

    Seo 4 Organizao da Administrao Pblica

    UNIDADE 1

    Conhecendo aContabilidade Pblica

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Antes de iniciar os estudos das tcnicas de registro e escrituraona Contabilidade Pblica, voc ver, nesta unidade introdutria,a contextualizao do tema em si e conhecer alguns aspectospertinentes sua origem e sua evoluo no Brasil, suafundamentao bsica e seus conceitos. Tambm ir conhecer aforma de organizao e funcionamento da AdministraoPblica.

    Bom estudo!

    Seo 1Fundamentao bsica e conceitosintrodutrios da Contabilidade Pblica

    Na viso de Heilio Kohama (1998, p. 23), ContabilidadePblica o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controlae demonstra a organizao e a execuo da Fazenda Pblica, opatrimnio e suas variaes.

    Diana Vaz Lima (2003, p. 14.) estabelece que a ContabilidadePblica [...] uma cincia que se presta a coletar, registrar econtrolar os atos e fatos de natureza oramentria que afetam opatrimnio pblico.

    Joo Anglico (1998, p. 31) destaca que Contabilidade Pblica[...] a disciplina que aplica na Administrao Pblica, astcnicas de registros e apuraes contbeis em harmonia com asnormas gerais do Direito Financeiro.

    Arajo e Arruda (2004, p. 31), ao traarem seus conceitos deContabilidade Pblica, destacam que ela consagra a

    [...] contabilidade aplicada s entidades pblicas, cujafinalidade determinar procedimentos normativos paraque os fatos decorrentes da gesto oramentria, financeira

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    Contabilidade Pblica

    Unidade 1

    e patrimonial das mesmas realizem-se em perfeita ordeme sejam registrados sistematicamente, de modo a mostrar,em pocas prefixadas, os respectivos resultados.

    Esses autores ressaltam, ainda, que a ContabilidadeGovernamental ou Pblica pode ser definida como (2004, p. 31)[...] o sistema de informaes capaz de captar, registrar, reunir,divulgar e interpretar os fenmenos avaliveis monetariamenteque afetam as situaes patrimoniais, financeiras e econmicasde qualquer ente pblico.

    Tomando por base as definies anteriores, observe que aContabilidade Pblica visa a estudar, orientar, registrar, controlar

    e promover as apuraes contbeis em harmonia com as normasgerais do Direito Financeiro; e est, tambm, interessadaem todos os atos praticados pelos Administradores Pblicos,sejam de natureza oramentria ou meramente administrativa,representativos de valores potenciais que podero afetar oPatrimnio no futuro.

    Veja alguns exemplos de atos e fatos oramentrios, assimcomoadministrativos.

    Dentre os atos e fatos oramentrios, destacam-sea previso de receita, fixao de despesa, empenho,liquidao, descentralizao de crditos etc.; e dentreos administrativos, os contratos, convnios, acordos,ajustes, avais, fianas, valores sob responsabilidade,comodatos de bens etc.

    Wanderlei Pereira das Neves (2000, p. 34) conceitua aContabilidade Pblica como

    [...] a cincia que estuda, orienta, controla e demonstraa programao oramentria e sua execuo, amovimentao financeira e patrimonial e a formaodo resultado que integram o contedo para a tomadade contas dos responsveis (gestores) por bens evalorespblicos.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Neves acrescenta que [...] como toda cincia, a ContabilidadePblica tem funes que explicam a razo de sua existncia edemonstram a sua correlao com a sociedade. (NEVES, 2000,

    p.

    34).Este autor define as funes da Contabilidade Pblica daseguinte maneira:

    Funo EconmicaTem como objetivo principal o fornecimento de informaes quecontribuam para a gerao de receitas para a entidade governamental,com consequente aumento do saldo patrimonial total.

    Funo Financeira desenvolvida por meio do controle dos pagamentos e quitaes dedespesas e dos recebimentos de receitas. Seus registros devem servir

    de base para o constante aperfeioamento da gesto fiscal.

    Funo TcnicaEst voltada ao controle das movimentaes oramentrias,financeiras e patrimoniais do setor pblico, possibilitando atransparncia da gesto fiscal.

    Funo Comercial Est relacionada com aquele grupo de servios ligados ao comrcio,como os pagamentos bancrios, despesas de pequeno vulto e outras.

    Funo Social

    Visa a produzir artifcios que facilitem o retorno por meio deinvestimentos voltados satisfao das necessidades humanas, emespecial mediante a elaborao de demonstrativos que deverocompor o Balano Social.

    Quadro 1.1Funes da Contabilidade PblicaFonte: Neves, 2000.

    Seo 2Origem e evoluo da Contabilidade Pblicano Brasil

    Segundo Cruz (1998, p. 9), a Contabilidade Pblica no Brasilteve origem a partir de sua denominao pelos portuguesescom o Conselho Ultramarino e da Fazenda, quando, por voltade1808, tivemos um Alvarque estabeleceu o controle definitivoda coisa pblica.

    Este alvar estabeleceu normas contbeis mais claras,determinando inclusive a adoo do Mtodo das PartidasDobradas, sob a alegao de que este permitiria uma maiortransparncia e menor chance de erros. Segundo Cruz (1998,

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    d) Em 1964, surge a Lei n 4.320 (em vigor), padronizando a contabilizao das operaes nastrs esferas de governo;

    e) Em 1967, surge o Decreto-Lei n 200, passando a Unio a intervir acentuadamente na economia

    ( enfatizada a descentralizao da administrao pblica

    Reforma Administrativa);

    f)Em 1967, deu-se a expedio do Decreto Federal n 71.353, de 09/11/1972, instituindo oSistema de Planejamento Federal, consolidando a adoo do Oramento-Programa, com oobjetivo de integrar o Planejamento com Oramento;

    g) Em 10 de maro de 1986, criada a Secretaria do Tesouro Nacional, por intermdio doDecreto n 95.452;

    h) Ainda em 1986, desenvolvido o Sistema Integrado de Administrao Financeira doGoverno Federal (SIAFI);

    i)

    Em decorrncia da implantao do SIAFI, foi publicado o Decreto n 93.872, de 23 dedezembro de 1986, que trata da unificao dos recursos de caixa do Tesouro Nacional.OSIAFI tem como suporte o seguinte trip:a) o Plano de Contas nico;b) a Conta nica; ec) a Tabela de Eventos.

    j) Em 1988, promulgada a Constituio Federal, trazendo uma srie de modificaes nosassuntos relacionados gesto fiscal;

    k)

    Em 04 de maio de 2000, mais uma norma importantssima entra em vigor, aLeiComplementar n 101, que passou a ser denominada Lei de Responsabilidade Fiscal(LRF). Esta lei impe a consolidao de balanos em nvel nacional e por esfera de governo,incluindo as empresas estatais dependentes;

    l)Em 04 de abril de 2001, a Secretaria do Tesouro Nacional, visando a oportunizar aConsolidao das Contas Pblicas, editou a Portaria Interministerial SOF/STN n 163/01,instituindo a classificao segundo a natureza da Receita e da Despesa Pblicas;

    m) Em 13 de setembro de 2002, atravs da Portaria STN n. 448/02, a Secretaria do TesouroNacional divulga o detalhamento das naturezas de despesas;

    n)Em 29 de abril de 2004, a Secretaria do Tesouro Nacional, atravs da PortariaSTSn219/04,editou o Manual de Procedimentos da Receita Pblica, em sua primeira verso, incluindo aclassificao da Destinao da Receita por fonte de Recursos;

    o) Em 28 de abril de 2005, atravs da Portaria n 303, foi aprovada a 2 Edio do Manual deProcedimentos da Receita Pblica;

    p)

    Em 27 de outubro de 2005, a Secretaria do Tesouro Nacional, atravs da Portaria n 564/05,

    aprovou a 1 Edio do Manual de Procedimentos da Dvida Pblica;

    q)Em 15 de dezembro de 2005, a Secretaria do Tesouro Nacional, atravs daPortariaSTNn.869/05, alterou o Anexo I da 2 Edio do Manual de Procedimentos daReceita Pblica, incluindo a natureza das Receitas com as respectivas Fontes de Recursos;

    r)Em 26 de abril de 2006, atravs da Portaria STN n 340/06, a Secretaria do TesouroNacional aprovou a 3 Edio do Manual de Procedimentos da Receita Pblica. Em 2007,a4 edio foi aprovada pela Portaria Conjunta STN/SOF n 2, de 08 de agosto de 2007.

    s)

    Em 14 de outubro de 2008, atravs da Portaria Conjunta n 3, a Secretaria do TesouroNacional, do Ministrio da Fazenda e a Secretaria do Oramento Federal do Ministriodo Planejamento, Oramento e Gesto, aprovaram os Manuais da Receita Nacional e daDespesa Nacional, tambm aplicadas nas trs esferas do Governo.

    Quadro 1.2Histria da Contabilidade Pblica no BrasilFonte: Elaborao do autor.

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    Contabilidade Pblica

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    Em 2009, por meio da Portaria Conjunta STN/SOF n 2/09e Portarias STN n 749 e 751/09, em substituio PortariaConjunta n 3/2008, foi aprovada a 2 edio do Manual de

    Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico.Por meio da Portaria STN n 109, de 21 de fevereiro de 2011,foram criados e definidos a composio e o funcionamentodo Grupo Tcnico de Padronizao dos ProcedimentosContbeisGTCON.

    Atualmente, encontra-se em vigor a Portaria Conjunta STN/SOFn 2, de 13 de julho de 2012 por meio da qual as Secretarias doTesouro Nacional e do Oramento Federal, aprovaram a PARTEIProcedimentos Contbeis Oramentrios, integrantes da 5edio do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico.

    Pela Portaria STN n 437, de 12 de julho de 2012, a Secretariado Tesouro Nacional aprovou as PARTES IIProcedimentosContbeis Patrimoniais, IIIProcedimentos ContbeisEspecficos, IVPlano de Contas Aplicado ao Setor Pblico,VDemonstraes Contbeis Aplicadas ao Setor Pblico,VIPerguntas e Respostas e VIIExerccio Prtico, todas

    vinculadas 5 edio do Manual de Contabilidade Aplicada aoSetor Pblico.

    As partes integrantes do Manual de Contabilidade Aplicada aoSetor Pblico, aprovadas pelas Portarias anteriormente destacadas,so de aplicao optativa, em 2012, e obrigatria a partir de 2013,para a Unio, Estados e Municpios. Esse Manual tem como focoprincipal o alinhamento das normas de Contabilidade Pblica sNormas Internacionais do mesmo setor, assim como ocorreu com

    a Contabilidade Aplicada esfera Mercantil.

    J a Portaria n. 828, de 14 de dezembro de 2012, altera a PortariaSTN n. 406, de 20 de junho de 2011, e determina que as normasinseridas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblicodevero ser aplicadas de forma gradativa a partir do exerccio de2012, ficando facultativa a aplicao das Partes IV e V. Porm,a Portaria STN n. 437, de 12 de julho de 2012, define que elasdevero ser aplicadas a partir do exerccio de 2013, inclusive

    as Partes IV e V, nas quais se encontram inseridas as regras eestruturas do Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico e sDemonstraes Contbeis Aplicadas ao mesmo setor.

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    Seo 3Objeto, objetivo e campo de aplicao daContabilidade Pblica

    Nesta seo, voc estuda o objeto, o objetivo e o campo deaplicao da Contabilidade Pblica.

    3.1 Objeto da Contabilidade Pblica

    Voc sabe qual o objeto da Contabilidade Pblica?

    Assim como nos demais ramos ou segmentos, o objetoda Contabilidade Pblica o Patrimnio.

    Apesar de ser o patrimnioo objeto da Contabilidade Pblica,essa, alm de registrar todos os fatos contbeis (modificativos,permutativos e mistos), est interessada tambm nos atos e fatosde natureza oramentriaisto , na previso e arrecadao

    de receita, na fixao e execuo da despesa e, ainda, nos atospotenciais praticados pelo administrador pblico, que poderoalterar qualitativa e quantitativamente o patrimnio.

    Assim, observe que o oramento o instrumento daContabilidade Pblica, pois so decorrentes da sua execuo osfatos que podem modificar o patrimnio das instituies.

    3.2 Objetivo da Contabilidade Pblica

    O objetivo da Contabilidade Pblica consiste em fornecer administrao informaes atualizadas e exatas aos rgos decontrole interno e externo para subsidiar no processo de tomadade deciso e no cumprimento da legislao e s instituiesgovernamentais e particulares informaes estatsticas e outrasde interesses dessas instituies.

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    Contabilidade Pblica

    Unidade 1

    3.3 Campo de aplicao

    A Contabilidade Pblica aplica-se a todos os rgos da

    administrao direta e s entidades da administrao indireta,inclusive s empresas estatais dependentes. Aplica-se, ainda, aosfundos especiais institudos pelos entes da federao.

    Ateno!Todos os rgos e entidades que administraremrecursos oramentrios devero elaborardemonstraes contbeis, quer sejam pertencentes Administrao Direta ou Indireta.

    Seo 4Organizao da Administrao Pblica

    A Administrao Pblica, em sentido formal, composta peloconjunto de rgos e entidades institudos para a consecuo dosobjetivos do governo e para a realizao de seus servios, visando satisfao das necessidades coletivas, sociais e dignas de mrito.Distingue-se, basicamente, como direta e indireta.

    4.1 Administrao Pblica Direta

    Voc conhece a Administrao Pblica Direta?

    A Administrao Direta o conjunto de serviosintegrados na estrutura da Chefia do Executivoe de seus rgos auxiliares, como Ministrios ouSecretarias, ou seja, so todas as categorias deservios executados diretamente pelos rgos

    estatais, isto , pelo conjunto de organismos quese acham sob a responsabilidade do Estado.

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    Conforme Sanches (1997, p. 14), Administrao Pblica Direta[...] o conjunto de unidades organizacionais que integrama estrutura administrativa de cada um dos Poderes da Unio,

    dos Estados e dos Municpios, abrangidas no s as unidadesconstitudas de autonomia, mas tambm os rgos autnomoseos fundos.

    Nas trs esferas de governo, o Poder Executivo exercido,unipessoalmente, pelo Presidente, governadores e prefeitos,auxiliado por ministros e secretrios de Estado e/ou de municpiose demais autoridades constitudas (ordenadores de despesas).

    Variam as estruturas administrativas (nome de ministrios esecretarias, atribuies etc.), mas todas elas constituem rgosdirigentes da administrao do ente da Federao, cabendoaos respectivos titulares as funes de superviso, atravs deorientao, coordenao e controle das atividades dos rgos eentidades subordinados.

    4.2 Administrao Pblica Indireta

    Voc conhece a Administrao Pblica Indireta?

    A Administrao Indireta um tipo de descentralizaodenominada de descentralizao institucional, sendouma organizao criada pelo Estado para, com ele,compor a administrao pblica e auxili-lo noexerccio da atividade administrativa.

    As atividades administrativas indiretas compreendem serviosdesenvolvidos pelas entidades a seguir relacionadas, todas dotadasde personalidade jurdica prpria:

    a) autarquias;

    b) fundaes pblicas;

    c) empresas pblicas;

    d) sociedades de economia mista.

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    Contabilidade Pblica

    Unidade 1

    a) Administrao Pblica Federal

    Direta

    " Ministrios

    " Ministrio Pblico" Gabinete da Presidncia da Repblica" Tribunais do Poder Judicirio" Casas do Poder Legislativo" Tribunal de Contas da Unio

    Indireta

    " Autarquias" Fundaes" Empresas Pblicas" Sociedades de Economia Mista

    b) Administrao Pblica Estadual

    Direta

    " Secretarias" Ministrio Pblico" Gabinete do Governador" Tribunal de Justia" Assembleia Legislativa" Tribunal de Contas do Estado

    Indireta

    " Autarquias

    " Fundaes" Empresas Pblicas" Sociedades de Economia Mista

    c) Administrao Pblica Municipal

    Direta

    " Secretarias" Ministrio Pblico" Gabinete do Prefeito

    " Cmara de Vereadores" Tribunal de Justia" Tribunal de Contas do Estado

    Indireta

    " Autarquias" Fundaes" Empresas Pblicas" Sociedades de Economia Mista

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    Ateno!Observe que o Tribunal de Contas do Estado figura

    como rgo da Administrao Direta dos Municpios.Entretanto, existem apenas trs ou quatro municpiosem nosso Pas que contam com Tribunal de ContasMunicipal. Nestes, o Tribunal de Contas do Municpioassume as funes, substituindo o Tribunal de Contasdo Estado.

    Veja, tambm, que empresa estataldependentee sociedade controladacontemplam as novasdenominaes inseridas pela Lei de ResponsabilidadeFiscal em substituio s antigas empresas pblicasesociedades de economia mista.

    Sntese

    Nesta unidade, voc teve a oportunidade de estudar que aContabilidade Pblica o ramo da Cincia Contbil o qual tempor fim coletar, registrar, divulgar e controlar os fenmenos (osatos e fatos) de natureza oramentria e extraoramentria queafetam o Patrimnio das instituies pblicas.

    Viu que o objeto da Contabilidade Pblica o patrimnio, que

    ela tem como instrumento bsico o Oramento Pblico e queela se aplica a todos os rgos e entidades da AdministraoDireta e Indireta, fundos e fundaes institudas e mantidaspelo Poder Pblico.

    As funes da Contabilidade Pblica assemelham-se quelasda Contabilidade aplicada esfera mercantil, haja vista, nestaltima, tambm ser funo sua coletar, registrar, divulgar econtrolar os fenmenos que afetam o patrimnio e oferecer

    subsdios tomada de deciso.

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    Contabilidade Pblica

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    Atualmente, encontram-se em vigor a Portaria Conjunta STN/SOF n 2, de 13 de julho de 2012 e a Portaria STNn437,de 12 de julho de 2012, por meio das quais foram aprovadas

    as PARTES I

    Procedimentos Contbeis Oramentrios,IIProcedimentos Contbeis Patrimoniais, IIIProcedimentosContbeis Especficos, IVPlano de Contas Aplicado ao SetorPblico, VDemonstraes Contbeis Aplicadas ao SetorPblico, VIPerguntas e Respostas e VIIExerccio Prtico,todas vinculadas 5 edio do Manual de ContabilidadeAplicada ao Setor Pblico.

    A Contabilidade Pblica teve origem nos idos de 1808,

    quando

    da aprovao por Dom Joo de Orleans e Bragana,por intermdio do Conselho Ultramarino e da Fazenda, de umalvar que estabeleceu controle mais definido da coisa pblica,adotando-se, naquele perodo, o mtodo das partidas dobradaspara os registros dos fatos contbeis.

    Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, LeiComplementar n 101, de 04 de maio de 2000, a Secretariado Tesouro Nacional foi elevada condio de rgo sistmicoe passou a editar normas de consolidao dos procedimentoscontbeis, culminando com a edio do Manual de ContabilidadeAplicada ao Setor Pblico, aprovado em sua 5 edio pelas aPortaria Conjunta STN/SOF n 2, de 13 de julho de 2012 e aPortaria STN n 437, de 12 de julho de 2012.

    A Administrao Pblica, dividida em Administrao Direta eIndireta, contempla o conjunto de rgos e entidades institudascom o fim de promover a concesso dos objetivos do governo eatender aos anseios da sociedade.

    A Administrao Direta contempla os rgos diretamentevinculados estrutura central dos Poderes Executivo, Legislativoe Judicirio e tem por fim o desenvolvimento de aes e serviosinerentes ao Estado, ou seja, aes e servios que, por suascaractersticas, so prprios do Estado.

    A Administrao Indireta contempla os rgos criados porlei com o objetivo de auxiliar o Estado no desenvolvimento

    das aes e servios do Estado, passando, assim, a compor aAdministrao Pblica. Dentre esses rgos, encontram-se

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    as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas eas sociedades de economia mista. De acordo com a Lei deResponsabilidade Fiscal, as empresas pblicas e as sociedades

    de economia mista foram elevadas condio de Empresa EstatalDependente e Sociedade Controlada, respectivamente.

    Atividades de autoavaliao

    Ao final de cada unidade, voc realizar atividades de autoavaliao.Ogabarito est disponvel no final do livro didtico, mas se esforce pararesolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, voc estarpromovendo (e estimulando) a sua aprendizagem.

    1) Utilizando-se dos ensinamentos dos autores destacados na Seo 1,elabore o seu prprio conceito de Contabilidade Pblica.

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    Contabilidade Pblica

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    2) possvel dizer que as funes da Contabilidade Pblica, definidas peloProfessor Wanderlei Pereira das Neves, mantm relao direta com asFunes ou com a Finalidade da Contabilidade Mercantil. Sim ou no?.Justifique sua resposta.

    3) Alm do patrimnio como objeto, a Contabilidade Pblica tambmest interessada em outros fatos contbeis que lhe permitiro registraras modificaes e permutaes que ocorrem no Patrimnio Pblico.Estamos falando de atos e fatos de:

    a) ( ) natureza oramentria;

    b) ( ) natureza financeira;

    c) ( ) natureza administrativa;

    d) ( ) natureza econmica;

    e) ( ) natureza judicial.

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    4) Tendo por base o contedo estudado nesta unidade, qual caractersticadiferencia os rgos da Administrao Direta daqueles que integram aAdministrao Indireta?

    5) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, so entes daFederao:

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    Contabilidade Pblica

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    Saiba mais

    A voc, que pretende ampliar seus conhecimentos, indicamosos livros a seguir destacados, pois, neles, os autores apresentamoutros aspectos relevantes em relao ao tema tratado nestaunidade, assim como utilizam linguagem simples e de fcilcompreenso.

    CRUZ, Flvio da. Comentrios lei complementar n 101,de04 de maio de 2000. So Paulo: Atlas. 2004.

    PIRES, Joo Batista Forte. Contabilidade pblica:teoria aprtica. 16. ed. Braslia: Franco e Fortes, 2010.

    BRASIL, Portaria Conjunta STN/SOF n 2, de 13 de julhode 2012. Disponvel em: www.stn.fazenda.gov.br. Acesso emoutubro de 2012.

    BRASIL, Portaria STN n 437, de 12 de julho de 2012.Disponvel em: www.stn.fazenda.gov.br. Acesso em outubro de2012.

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    2Objetivos de aprendizagem

    ! Identificar as caractersticas pertinentes transfernciade recursos.

    ! Conhecer as formas ou modalidades de transfernciaderecursos.

    ! Aplicar, com habilidade, os dispositivos legais referentesao regime de adiantamento.

    Sees de estudo

    Seo 1 No que consiste a transferncia de recursos

    Seo 2 Formas de transferncia de recursos

    Seo 3 Transferncias voluntrias

    Seo 4 Instrumentos para transferncia de recursos

    Seo 5 Regime de adiantamento

    Seo 6 Responsabilidade pela aplicao dos recursos

    UNIDADE 2

    Transferncia de recursos

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    Para incio de estudo

    Ao administrador pblico somente permitido fazer aquilo quea Leilhe autoriza, diferentemente daquele da AdministraoPrivada, quando ele pode fazer tudo, menos o que a Leiprobeou diz que crime.

    Voc ver que o Oramento Pblico formado por leis deiniciativa do Poder Executivo:

    !

    a Lei

    do Plano Plurianual (PPA);! a Leide Diretrizes Oramentrias (LDO); e

    ! a LeiOramentria Anual (LOA).

    Portanto, para que qualquer tipo de despesa ou repasse derecursos sejam realizados, faz-se necessria a autorizao, ouestabelecimento em lei, sob pena de tornar tais atos irregulares.

    Em face das caractersticas da Administrao Pblica, existemdespesas que podem e devem ser contratadas diretamente peloente arrecadador. Entretanto, existem situaes em que, pelaspeculiaridades e pela finalidade de cada rgo, as despesaspodem ser realizadas e pagas por agente diverso do arrecadador.Essas so situaes que exigem a utilizao de um regime deantecipao de recursos.

    Essa antecipao, porm, pode ocorrer de diversas formas,

    dependendo da relao ou da vinculao entre os rgos ouentidades que a ela der causa.

    Voc deve estar considerando o tema um tanto complexo,mas no se preocupe. Estude cuidadosamente o contedodisponibilizado nesta unidade e conseguir entender e eliminaras eventuais dvidas afloradas neste momento.

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    Analisando o texto dado, observamos ter o legislador definidocom preciso que entes da Federao so exatamente oselementos formadores da Repblica Federativa do Brasil, ou seja,

    a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; almdas empresas controladas, tambm conhecidas como sociedadesde economia mista, e as empresas estatais dependentes, isto ,organismos vinculados, direta ou indiretamente, ao setor pblico.

    Essa gama de organismos vinculados, direta ou indiretamente,ao setor pblico contemplao que o legislador definiu naalnea f do inciso I do artigo 4 da Leide ResponsabilidadeFiscaltodas as entidades pblicas, excluindo deste contexto as

    entidades vinculadas ao setor privado. Esses entes, portanto, soconsiderados e contemplados em regramento diverso, porm,inseridos no mesmo Diploma Legal.

    ! As transferncias voluntrias no decorrem dedeterminao constitucional ou legal

    Consagrando este aspecto no caputdo artigo 25, o legisladorassegurou distino plena entre as transferncias voluntrias eaquelas realizadas de forma obrigatria,em cumprimento

    repartio do produto da arrecadao dos tributos, determinadapelo artigo 160 da Constituio Federal de 1988.

    ! Transferncias voluntrias x Recursos destinados aoSistema nico de Sade

    Desconsiderando como transferncias voluntrias a entregade recursos correntes e de capital ao Sistema nico de Sade,o legislador impediu que fossem assim considerados como de

    interesse da Unio, dos Estados e dos Municpios, os repasses dolimite mnimo de 12% do produto da arrecadao dos impostosnas aes e servios de sadeconforme definido pela EmendaConstitucional n 29, de 13 de setembro de 2000.

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    O artigo 16 da Lein 4.320/64 define que[...] a concessode subvenes sociais visar prestao de servios essenciaisde assistncia social, mdica e educacional, sempre que a

    suplementao de recursos de origem privada, aplicados a essesobjetivos, revelar-se mais econmica.

    J o artigo 17 estabelece que somente sero concedidas subvenessociais a instituies cujas condies de funcionamento sejamjulgadas satisfatrias pelos rgos oficiais de fiscalizao.

    As subvenes econmicasconforme determinao do artigo18da Leiem destaque neste tpicodestinam-se coberturade dficits de manuteno das empresas pblicas, de naturezaautrquica, ou no, devendo tais subvenes estar devidamenteincludas nas despesas correntes do oramento da Unio, doEstado, do Municpio ou do Distrito Federal.

    A Leiconsidera, ainda, como subveno econmicaas dotaes destinadas a cobrir a diferena entreos preos de mercado e os preos de revenda, pelogoverno, de gneros alimentcios ou outros materiais,alm das dotaes destinadas ao pagamento debonificaes a produtos de determinados gnerosoumateriais.

    Ainda sobre as subvenes, o artigo 19 da Lein 4.320/64 jdeterminava a obrigatoriedade de autorizao em Leiespecial,para que se possa consignar na LeiOramentria Anual dotaodestinada a empresas de fins lucrativos.

    Diferentemente das subvenes que se destinam a cobrir gastoscom manuteno, isto , despesas correntes das entidadesrecebedoras, o auxlio financeiro destina-se a ajudar ofinanciamento de investimentos, incluindo obras, equipamentos ematerial permanente.

    Finalmente, a contribuio pode ser destinada tanto para despesascorrentes, como para despesas de capital, ficando, portanto,dependente do que sobre isto dispuser a Leique a autoriza.

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    Unidade 2

    No caso dos auxlios e subvenes, por decorrncia dosmandamentos da Leide Responsabilidade Fiscal, segundoToledo Jr. e Rossi (2002, p. 182), h que se considerar essa

    trplice exigncia:

    Sujeitar-se s condies pactuadas na Leide diretrizesoramentrias, que, a ttulo de exemplo, podemassentar-se na certificao da entidade junto ao respectivoConselho Municipal, na prestao de contas a cada seismeses e no atendimento de famlias com renda inferior adois salrios mnimos (art. 4, I,f);Estar autorizada em Leiespecfica, de iniciativa do Poder

    Executivo, na qual comparea o nome da instituio e ovalor do repasse;

    Dispor de genrica autorizao oramentria, querna Leide meios, quer nas que aprovam os crditosadicionais.

    Por conta dessas exigncias, pode-se assegurarque a entidade cujo nome no se faa presente naLeiOramentria Anual, no poder, no decorrerdaquele exerccio, ser contemplada com auxlios ousubvenes sociais.

    3.3 Destinao dos recursos

    H uma premissa bsica que diferencia o exerccio da funopblica daquele verificado no desempenho da funo na esferaprivada. De acordo com os ensinamentos do Mestre Ely LopesMeirelles, ao administrador pblico somente permitido fazeraquilo que a Leiautoriza.

    Esse deve ser, tambm, o postulado a ser seguido pela entidaderecebedora dos recursos decorrentes das transfernciasvoluntrias. Alis, sobre este assunto, o 2 da LeideResponsabilidade Fiscal claro ao estabelecer que [...] vedada autilizao de recursos em finalidade diversa da pactuada.

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    Unidade 2

    Seo 4Instrumentos para transferncia de recursos

    Voc j estudou que a transferncia voluntria consiste no

    deslocamento de recursos, a ttulo de cooperao ou auxliofinanceiro, para serem aplicados por outro ente da Federao.Ou seja, transferncia voluntria so auxlios concedidos pelaUnio a Estados e Municpios, no contemplando, nestecaso, as transferncias decorrentes da repartio dos tributos,estabelecidas pela Constituio.

    Aprendeu, tambm, que o legislador definiu, com preciso, queente da Federao so os rgos, entidades vinculadas direta ou

    indiretamente Administrao Pblica; assim como a destinaode recursos para cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficitsde pessoas jurdicasconforme determinao do artigo 26, daLeiComplementar n 101/2000 depende de autorizao deLeiespecfica.

    Nesta seo, ao estudar os instrumentos para a transfernciade recursos, voc conhece a descentralizao de crditosoramentrios, considerando a descentralizao interna e a

    descentralizao externa de crditos.

    4.1 Descentralizao de crditos oramentrios

    Segundo Pires (2006, p. 110-111), [...] transferncia decrditos, entre Unidades Gestoras do sistema, d-se o nome dedescentralizao de crditos, que pode ser Interna, chamada deProviso, e Externa, denominada Destaque.

    Giacomoni (2005, p. 286) destaca que [...] a descentralizao deCrditos caracteriza-se pela cesso de crdito oramentrio entreunidades oramentrias ou unidades gestoras.

    O autor acrescenta que,

    [...] na definio do Manual do SIAFI, descentralizaooramentria a Transferncia (interna ou externa)

    concedida por uma Unidade OramentriaUO ouUnidade AdministrativaUA, para outra Unidade, do

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    poder de utilizar crditos oramentrios ou adicionais queestejam sob a sua superviso ou lhe tenham sido dotadosou transferidos. (GIACOMONI, 2005, 286).

    ! Descentralizao interna de crditos

    Segundo Pires (2002), a descentralizao interna de crditos,tambm conhecida como proviso, a realizada entre unidadesgestoras de um mesmo rgo ou entidade integrante dooramento fiscal e da seguridade social, respeitada, fielmente, aclassificao funcional e por programas.

    Sobre tal conceito, Giacomoni (2005, p. 287) esclarece que:

    Descentralizao Interna ou proviso a denominaodada cesso de crdito oramentrio entre unidadesoramentrias ou unidades gestoras do mesmo rgo(ministrio) ou entidades integrantes dos oramentosfiscal e da seguridade social.

    ! Descentralizao externa de crditos

    Segundo Pires (2006), a descentralizao externa de crditos a efetivada entre unidades gestoras de rgos ou entidadesde estruturas diferentes, respeitada, fielmente, a classificaofuncional e por programas.

    Falando acerca dessa modalidade de transferncia, Giacomoni(2005, p. 287) assegura que a [...] descentralizao externa,ou destaque, a cesso de crdito oramentrio entre unidadesoramentrias ou unidades gestoras integrantes de diferentes

    rgos (ministrios) ou entidades.Observe, portanto, que a descentralizao de crditosoramentrios o instrumento utilizado para a cessode crditos do oramento entre os rgos e entidades daAdministrao Pblica, podendo esta descentralizao ocorrerentre unidades de um mesmo rgo ou entre unidades de rgosdiversos, inclusive nas organizaes indiretamente vinculadas Administrao Pblica.

    Observe que Unidade Oramentria (UO) e UnidadeAdministrativa (UA), destacadas pelos autores citados

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    Outra regra estabelecida pelo Decreto n 16/2007 encontra-seestabelecida no artigo 2, definindo que a descentralizao decrditos oramentrios no implica modificao na categoria

    de programao nem nos valores totais aprovados pelaLeiOramentria Anual.

    Esse instrumento legal regulador define como categoria deprogramao a dotao oramentria que abrange a funoe os demais subnveis at o elemento de despesa, isto ,deve observar toda a classificao da despesa autorizada naLeiOramentria Anual.

    A descentralizao de crditos oramentrios, conforme definidono artigo 3 do decreto em questo, poder ser utilizada pelosrgos ou entidades que integram os oramentos fiscal e daseguridade social do Estado de Santa Catarina.

    Conforme definido no artigo 2 da Lein 12.931/04 e no Decreton 16/2007, obedecidas as demais formalidades, a descentralizaode crditos oramentrios concretiza-se por meio da emisso danota de liberao de crdito oramentrio(NLCO), com opreenchimento obrigatrio de todos os seus campos.

    A nota de liberao de crditos e a nota de descentralizao decrditos oramentrios so os instrumentos pelos quais se processaa descentralizao de crditos oramentrios na esfera federal e noEstado de Santa Catarina. Claro est que estes so os instrumentoscongneres utilizados para a cesso de crditos oramentrios entreos rgos e unidades da Administrao Pblica.

    Observe, portanto, que a descentralizao de crditos

    oramentrios o procedimento utilizado na transfernciade recursos oramentrios entre rgos de um mesmo entedaFederao.

    Entretanto, quando a transferncia de recursos se processarentre rgos de diferentes entes da Federao e/ou tiver, comoliberador, um rgo ou entidade da Administrao Pblica e,na condio de recebedor, uma instituio de direito privado,desde que haja interesse mtuo, o instrumento utilizado para a

    sua viabilizao ser o convnio.Porm, tratando-se de auxliofinanceiro a ttulo de subveno social, os instrumentos de

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    pblica, devendo ser observados pelo menos os seguinteselementos caracterizadores:

    a) Regime especial:! as despesas expressamente definidas e previstas em lei;

    ! as despesas que no possam se subordinar ao processonormal de pagamento (de pequeno valor);

    ! uma faculdade, e no obrigatoriedade;

    ! as despesas imprevisveis, e no rotineiras;

    ! em cada casosituao excepcional.

    b) Legalidade da despesa pblica:

    ! a primeira condiopara que a despesa seja consideradalegal consiste na sua fixao e/ou autorizao naLeiOramentria Anual;

    !

    asegunda condiorefere-se obrigatoriedade doprvio empenho, conforme preconizado no artigo 60 daLein4.320/64;

    ! aterceira condio, que torna a despesa pblica legal,consiste no fato de que, como regra geral, esta deveser sempre precedida de licitao ou ampla pesquisade mercado que assegure a obteno da proposta maisvantajosa para a Administrao Pblica;

    ! a quarta condiode legalidade da despesa pblicacontempla a sua finalidade, devendo ter sempre em vistaa busca do atendimento de necessidades de naturezacoletiva; e

    ! por fim, ouquinta condio, sua realizao estar semprevinculada gerao de responsabilidade de seu autor.

    Quando o caso envolver a transferncia de recursos a ttulo

    de contribuio, o instrumento a ser aplicado ser aqueleestabelecido na Leiinstituidora e reguladora das condies decedncia e de aplicao dos recursos.

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    Seo 6Responsabilidade pela aplicao dos recursos

    Este um fator de elevada importncia em qualquer segmento

    da Administrao Pblica e no poderia ser diferente, quando oassunto transferncia de recursos.

    No caso das transferncias voluntrias, consagradas pela LeideResponsabilidade Fiscal com a cesso de recursos correntes oude capital a outro ente da Federao a ttulo de cooperao ouauxlio financeiro, conforme voc estudou nos mandamentos dacitada lei, as regras para a concesso dessas transferncias devemser estabelecidas na Leide Diretrizes Oramentrias.

    Alm disso, tambm deve ser observado o disposto no artigo167 da Constituio Federal, que trata das vedaes em matriaoramentria; e, aindade acordo com o 2 do artigo 25, daLeiComplementar n 101/00LRF , que vedada a utilizaode recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada, ouseja, daquela para a qual foi efetivada a transferncia voluntria.

    Considerando que ao administrador pblico somente permitido fazer aquilo que a Leilhe autoriza,claro est que, em se tratando de cedncia decrditos oramentrios entre rgos e unidadesda Administrao Pblica, a responsabilidade pelacorreta aplicao dos recursos do OrdenadorPrimrio do recebedor.

    Estando a matria regrada nas leis do oramento, LDO e

    LOA, desnecessrio seria a incluso de texto legal destacando aresponsabilidade do Ordenador Primrio do recebedor. Entretanto,no caso do Estado de Santa Catarina, o legislador no teve dvidase estabeleceuna Lein 12.931/04 e no Decreto Estadual n 16,de 26 de janeiro de 2007que [...] a responsabilidade pela corretaaplicao dos recursos do ordenador da despesa que receber ocrdito oramentrio descentralizado.

    Tratando-se, porm, de auxlios e subvenes entidade do setor

    privado, a ttulo de auxlio ou subvenes, a responsabilidade pelacorreta aplicao dos recursos tambm do titular da entidade

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    Unidade 2

    recebedoraque, ao receber os recursos, deve aplic-los e prestarcontas, no prazo e condies estabelecidas no documento ouprocesso que lhe deu origem.

    No se esquea de que, em especial, os auxlios esubvenes so concedidos a instituies sem finslucrativos, filantrpicas e beneficentes, que colaboramcom o governo no desenvolvimento das aes eservios pblicos. Assim, a obrigatoriedade deprestar contas dos recursos recebidos no exime a

    responsabilidade do Ordenador Primrio do rgoou entidade repassadora dos recursos, repasse

    o qual somente ocorrer aps a devida anlise eaprovao dos Tribunais de Contas.

    Em se tratando de recursos antecipados sob a forma deregime de adiantamento, que consiste em regime especialde realizao da despesa pblica, nas prprias definies doDecreto Federal n 93.872/86, [...] a critrio do ordenadorde despesa e sob sua inteira responsabilidade [...], no hdvidas de que o servidor que receber os recursos antecipadostem a responsabilidade de aplic-los e prestar contas, em estritaobservncia das normas reguladoras.

    Entretanto, essa obrigatoriedade no exime o OrdenadorPrimrio da despesa de responsabilidade perante os rgos decontrole e fiscalizao, pois a concesso do adiantamento umafaculdade e no uma obrigatoriedade. Assim, vontade deleconceder, ou no, o adiantamento e, para faz-lo, deve avaliarcriteriosamente as razes que demandaram a solicitao.

    No caso do Estado de Santa Catarina, o artigo 4 do Decreton 037/99 claro ao definir que a aplicao de recursos por meiodo regime de adiantamento no exime, em hiptese nenhuma,a responsabilidade do Ordenador Primrio de Despesas,consoante estabelece o pargrafo nico do artigo 136, daLeiComplementar n 381, de 07 de maio de 2007 e alteraesposteriores. O pargrafo nico do artigo 136 do citado diplomalegal, assim estabelece:

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    Unidade 2

    Sntese

    Nesta unidade, voc conheceu e estudou os aspectos ligados transferncia de recursos pblicos. Pde observar quede acordocom a Leide Responsabilidade Fiscal, LeiComplementarn 101, de 05 de maio de 2000as transferncias voluntriasconsistem na cedncia de recursos, correntes ou de capital aoutro ente da Federao a ttulo de cooperao, auxlio ouassistnciafinanceira.

    Aprendeu que as transferncias voluntrias no contemplam astransferncias de recursos decorrentes da repartio do produto daarrecadao dos impostos, estabelecida pela Constituio Federale, tambm, daquela destinao de recursos ao Sistema nico deSade, definida pela Emenda Constitucional n29/2000.

    Tratando-se de transferncias voluntrias propriamenteditas, isto , aquelas realizadas entre rgos e entidades daAdministrao Pblica, ou seja, rgos e entidades vinculadas ao

    oramentofi

    scal e da seguridade social, o instrumento utilizado a nota de liberao de crditos ou nota de descentralizao decrditos oramentriosdispensando a exigncia de outro atoformal que o autorize.

    Tratando-se de transferncia de recursos pblicos a instituiesde carter privado, essas devem ser de fins no lucrativos,filantrpicos e beneficentes, e o instrumento a ser aplicado deveser o convnio, nos casos de auxlios para investimentos; e a notade empenho, nos casos de subveno.

    A transferncia de recursos ao setor privado pode ainda ocorrer attulo de contribuio e, nesse caso, o instrumento a ser aplicado,as condies de entrega, a aplicao e a prestao de contas seroaqueles estabelecidas em Leiespecfica.

    O regime de adiantamento ou suprimento de fundos,conforme denominado na esfera Federal, consiste na entrega denumerrio a servidor devidamente qualificado para fazer face

    a despesas definidas em Leie que no possam se subordinarao processo normal de aplicao, sendo este especificamente

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    aplicado para os casos de despesas de pequeno vulto quedemandem a aplicao de pronto pagamento. Este , portanto,um regime especial de execuo da despesa pblica, facultativo

    e no obrigatrio ao Ordenador Primrio da despesa que, parafaz-lo, deve avaliar criteriosamente as razes que demandarama solicitao. Isso feito, somente deve conced-lo por sua livreiniciativa, razo pela qual no se isenta da responsabilidade pelacorreta aplicao dos recursos.

    A responsabilidade pela aplicao dos recursos movimentadosatravs das transferncias voluntrias, ou seja, entre rgos eentidades vinculados, direta ou indiretamente, Administrao

    Pblica, do Ordenador Primrio do recebedor, haja vistaestarem tais procedimentos plenamente vinculados s regras dalegislao oramentria.

    No caso de recursos transferidos a instituies de direito privado,por meio de convnios e/ou subvenes, a responsabilidade pelacorreta aplicao e prestao de contas dos recursos do titularda entidade recebedora. Porm, esta no exime a responsabilidadedo Ordenador Primrio da entidade repassadora, o que somenteocorrer aps a devida anlise e aprovao da prestao de contaspelos Tribunais de Contas.

    Em se tratando de recursos antecipados sob a forma do regimede adiantamento, h uma espcie de corresponsabilidade dodetentor do adiantamento e do Ordenador Primrio da despesa,isto , o servidor que detm o adiantamento responsvel pelacorreta aplicao e prestao de contas dos recursos. Porm, essacondio no exime, em hiptese nenhuma, a responsabilidadedo Ordenador Primrio da despesa.

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    Unidade 2

    Atividades de autoavaliao

    Ao final de cada unidade, voc realizar atividades de autoavaliao.Ogabarito est disponvel no final do livro didtico, mas se esforce pararesolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, voc estarpromovendo (e estimulando) a sua aprendizagem.

    1) A transferncia de crditos entre unidades gestoras pertencentes a ummesmo rgo, na Administrao Pblica Federal definida como:

    a) ( ) repasse.

    b) ( ) sub-repasse.

    c) ( ) destaque.

    d) ( ) dotao.

    e) ( ) proviso.

    2) Na Unio, a movimentao de crditos entre unidades gestoras dergos diferentes denomina-se:

    a) ( ) proviso.

    b) ( ) repasse.c) ( ) destaque.

    d) ( ) dotao.

    e) ( ) descentralizao interna.

    3) O convnio o instrumento utilizado para a transferncia de recursosentre entidades da:

    a) ( ) Administrao Direta.

    b) ( ) Administrao Terceirizada.

    c) ( ) Administrao Direta e Contratadas.

    d) ( ) rgos e entidades da Administrao Pblica, vinculados aum mesmo ente da Federao, e, tambm, entre rgos daAdministrao Pblica e instituies privadas.

    e) ( ) rgos e entidades da Administrao Pblica vinculados adiferentes entes da Federao, e tambm entre rgos daAdministrao Pblica e instituies privadas sem fins lucrativosque contribuem com o Estado no desenvolvimento de suas aes.

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    4) Em se tratando de recursos antecipados, sob a forma de adiantamento,a responsabilidade pela correta aplicao destes recursos :

    a) ( ) somente do Ordenador Primrio da despesa.

    b) ( ) do detentor do adiantamento e do Ordenador Primrio.

    c) ( ) somente do detentor do adiantamento.

    d) ( ) no h responsabilidade do Ordenador Primrio da Despesa.

    e) ( ) o detentor do adiantamento no tem qualquer responsabilidade.

    5) Na transferncia de recursos entre rgo e entidades da AdministraoPblica, o instrumento a ser utilizado a:

    a) ( ) Nota de empenho.

    b) ( ) Nota fiscal.

    c) ( ) Nota de liberao de crditos.

    d) ( ) Nota de descentralizao de crditos oramentrios.

    e) ( ) as alternativas c e d esto corretas.

    Saiba mais

    Amigo(a), considerando que a busca do conhecimento deve seruma constante na vida, amplie seus estudos em relao ao tematrabalhado nesta unidade. Para tanto, acesse os livros indicados,pois, neles, o assunto tambm tratado com considervel clarezae objetividade.

    ARAJO, Inaldo; ARRUDA, Daniel. Contabilidade pblica:da teoria prtica. So Paulo: Saraiva, 2003.

    LIMA, Diana Vaz de; CASTRO, Rbison Gonalves.Contabilidade pblica. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2003.

    PISCITELLI, Roberto Bocaccio; et al. Contabilidade pblica:

    uma abordagem da administrao financeira pblica. 8. ed. SoPaulo: Atlas, 2004.

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    3Objetivos de aprendizagem

    ! Conhecer e compreender as caractersticas e acomposio do patrimnio pblico.

    ! Compreender a classificao do patrimnio pblico.

    ! Identificar os critrios de avaliao doselementospatrimoniais.

    ! Conhecer as regras de conservao do patrimnio,segundo a Leide Responsabilidade Fiscal.

    Sees de estudo

    Seo 1 Caractersticas e composio do patrimnio pblico

    Seo 2 Avaliao dos elementos patrimoniais

    Seo 3 Inventrio na Administrao Pblica

    Seo 4 Conservao do patrimnio pblico segundo a LRF

    UNIDADE 3

    Patrimnio pblico

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    Para incio de estudo

    Nas organizaes privadas, sejam elas com ou sem fins lucrativos,beneficentes ou filantrpicas, o patrimnio formado peloconjunto de bens, direitos e, tambm, das obrigaes que elaspossuem em relao a terceiros.

    Neste sentido, Pires (2006, p. 189) destaca que [...] o patrimnio composto pelos bens, direitos e obrigaes vinculados a umapessoa fsica ou jurdica. do patrimnio que advm a maioria

    dos conceitos utilizados na contabilidade.As pessoas fsicas ou jurdicas possuem um patrimnio que contrado ao longo dos anos de atividade e que, portanto,constitui-se propriedade delas.

    Conforme voc sabe, o objetivo maior da atividade pblica o atendimento das necessidades de natureza coletiva, ou seja,dasociedade.

    Assim, de se indagar: as instituies pblicaspossuem patrimnio prprio?

    Se voc ainda no sabe responder a essa pergunta, no temproblema. Estude cuidadosamente o contedo da presenteunidade, que, ao final, voc ter uma resposta precisa.

    Seo 1Caractersticas e composio do patrimniopblico

    Sendo o patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaesvinculados a uma determinada pessoa, fsica ou jurdica, ainterpretao real desse conceito permite a concluso prtica de

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    Veja, na sequncia, explicaes sobre esses dois aspectos.

    1.1.1 Aspecto jurdico

    Focando o Aspecto Jurdico, o Patrimnio Pblico, formadopelos Bens Pblicos, que de acordo com o novo Cdigo CivilBrasileiro, institudo pela Lei n. 10.406, de 06 de fevereirode2002, esto assim classificados:

    ! Bens de uso comum do povo

    !

    Bens de uso especial! Bens dominicais

    Bens de Uso Comum do Povo

    Anteriormente tratados como Bens de Domnio Pblico, deacordo com o Inciso I, do Artigo 99, do Cdigo Civil Brasileiro,Lei n. 10.406/2002, so Bens de Uso Comum do Povo os rios,mares, estradas, ruas e praas.

    Bens de Uso Especial

    O Inciso II, do Artigo 99, da Lei n. 10.406/2002, que instituiu onovo Cdigo Civil Brasileiro, define como Bens de Uso Especial,os edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimentoda administrao federal, estadual, territorial ou municipal,inclusive os de suas autarquias.

    Bens DominicaisSeguindo a definio do Inciso III, do Artigo 99 do CdigoCivil Brasileiro, Lei n. 10.406/2002, os Bens Dominicais soaqueles que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas dedireito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cadauma dessas entidades.

    De acordo com os Artigos 100 a 103, do Cdigo Civil Brasileiro,os Bens de Uso Comum do Povo e os Bens de Uso Especial,so inalienveis enquanto conservarem suas caractersticas ouqualificao, na forma que a lei determinar.

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    Contabilidade Pblica

    Unidade 3

    Os Bens Dominicais, observadas as exigncias legais, podero seralienados pela Administrao Pblica.

    Independentemente, da classifi

    cao a que sefi

    zerem presentes,os Bens Pblicos, no esto sujeitos a usucapio. J o uso comumdos mesmos, tanto pode ser gratuito como mediante retribuio,devendo as regras de utilizao ser legalmente estabelecidaspela entidade administrativa a qual pertencerem, ou estiveremvinculados.

    1.1.2 Aspecto contbil

    Neste contexto, vamos nos alicerar nas definies daParteIIProcedimentos Contbeis Patrimonial, da 5 edio doManual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico, aprovadapela Portaria STN n. 437, de 12 de julho de 2012, que assimdefine o Patrimnio Pblico:

    Patrimnio Pblico o conjunto de direitos, bens,tangveis ou intangveis, onerados ou no, adquiridos,

    formados, produzidos, recebidos, mantidos ouutilizados pelas entidades do setor pblico, que sejaportador e represente um fluxo de benefcios, presenteou futuro, inerente prestao de servios pblicos ou explorao econmica por entidades do setor pblico esuas obrigaes.

    De acordo com o item 02.03.01, do citado Manual, o PatrimnioPblico composto pelos seguintes elementos:

    1. Ativocompreende os recursos controlados pelaentidade como resultado de eventos passados e doqual se espera que resultem para a entidade benefcioseconmicos futuros ou potencial de servios;

    2. Passivocompreende as obrigaes presentesda entidade, derivadas de eventos passados, cujospagamentos se esperam que resultem para a entidadesadas de recursos capazes de gerar benefcios econmicosou potencial de servios;

    3. Patrimnio Lquido, Saldo Patrimonial ou SituaoLiquida Patrimonial o valor residual dos ativos daentidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

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    importante observar que, assim como ocorre com aContabilidade aplicada s organizaes mercantis, com ou semfins econmicos, na Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico,

    quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo,o Patrimnio Lquido passa a ser denominado de Passivo aDescoberto, sendo esta a nica situao em que o PatrimnioLiquido (Passivo a Descoberto) inserido do lado do Ativo,noBalano Patrimonial.

    De acordo com as novas regras inseridas pelo Manual deContabilidade Aplicada ao Setor Pblico, aprovado em sua 5edio pela Portaria STN n. 437/2012, e pela Portaria Conjunta

    STN/SOF n. 2, de 13 de julho de 2012, a

    classifi

    cao doAtivo e do Passivo considera a segregao em circulante eno circulante, com base em seus atributos de conversibilidadee exigibilidade, conforme disposto na Lein.6.404/76e suas alteraes posteriores, bem como na NBCT16.6Demonstraes Contbeis, editada pelo Conselho Federalde Contabilidade.

    O item 12 da NBC T 16.6Demonstraes Contbeis,aprovada pela Resoluo CFC n. 1.133, de 21 de novembrode 2008, destaca que o Balano Patrimonial, estruturado emAtivo, Passivo e Patrimnio Lquido, evidencia qualitativa equantitativamente a situao patrimonial da entidade pblica,assim detalhando a composio das respectivas Classes:

    (a) Ativocompreende as disponibilidades, os direitose os bens, tangveis ou intangveis adquiridos, formados,produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelo setorpblico, que seja portador ou represente um fluxo de

    benefcios, presente ou futuro, inerentes prestao deservios pblicos;

    (b) Passivocompreende as obrigaes assumidas pelasentidades do setor pblico para consecuo dos serviospblicos ou mantidas na condio de fiel depositrio, bemcomo as contingncias e as provises;

    (c) Patrimnio Lquidorepresenta a diferena entre oAtivo e o Passivo;

    (d) Contas de CompensaoCompreende os atos quepossam vir a afetar o patrimnio.

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    Tanto a NBC T 16.6, editada pelo Conselho Federal deContabilidade, como a Parte IIProcedimentos ContbeisPatrimonial, aprovada pela Portaria STN n. 437, de 12 de

    julho de 2012, da Secretaria do Tesouro Nacional, asseguramque os Ativos devem ser classificados como circulante quandosatisfizerem a um dos seguintes critrios:

    a) estiverem disponveis para realizao imediata; e

    b) tiverem a expectativa de realizao at o termino doexerccio seguinte.

    Os demais Ativos devem ser classificados como no circulante.

    J em relao ao Passivo, os dois dispositivos reguladoresdeterminam que estes, devem ser classificados como circulantequando satisfizerem um dos seguintes critrios:

    a) corresponderem a valores exigveis at o trmino doexerccio seguinte; e

    b) corresponderem a valores de terceiros ou retenes

    em nome deles, quando a entidade do setor pblicofor fiel depositria, independentemente do prazo deexigibilidade.

    Os demais Passivos devem ser classificados como no circulante.

    Ainda sobre o aspecto da composio do Patrimnio Pblico,a que se reconhecer a eficincia da Lei n. 4.320, de 17 demaro de 1964, conforme sabiamente definido pelos Tcnicosda Secretaria do Tesouro Nacional, quando definiram na ParteIIProcedimentos Contbeis Patrimoniais, que no BalanoPatrimonial, a diviso entre Ativo Financeiro e Ativo NoFinanceiro (Ativo Permanente), tem por base os 1 e 2 doart.105 do citado Diploma Legal, que assim determina:

    1 O Ativo Financeiro compreender os crditos evalores realizveis independentemente de autorizaooramentria e os valores numerrios. 2 O Ativo Permanente compreender os bens, crditos

    e valores cuja mobilizao ou alienao dependa deautorizao legislativa.

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    No caso do Passivo, a composio no Balano Patrimonialest fundamentada nos 3 e 4, do mesmo artigo 105, daLein.4.320/64. Estes assim definem:

    3 O Passivo Financeiro compreender as dvidasfundadas e outros pagamentos que independem deautorizao oramentria. 4 O Passivo Permanente compreender as dvidasfundadas e outros que dependam de autorizaolegislativa para amortizao ou resgate.

    Considerando os conceitos e definies anteriormente destacadospodemos dizer que o Patrimnio Pblico composto peloseguinte conjunto de bens, direitos e obrigaes:

    ATIVO PASSIVO

    Ativo FinanceiroNumerrios de Caixa

    Numerrios em BancosAplicaes Financeiras

    Passivo FinanceiroConsignaes

    Restos a PagarServios da Dvida a Pagar

    Depsitos

    Ativo PermanenteDvida Ativa

    Emprstimos CompulsriosBens MveisBens Imveis

    Passivo PermanenteParcelamentosDvida Fundada InternaDvida Fundada Externa

    Patrimnio Lquido / Saldo PatrimonialResultados Acumulados

    De acordo com a Parte IIProcedimentos ContbeisPatrimoniais, aprovada pela Portaria STN n. 437, de 12 de

    julho de 2012, integrante do Manual de Contabilidade Aplicadaao Setor Pblico, o Patrimnio Lquido ou Saldo Patrimonialrepresenta o valor residual dos ativos da entidade depois dededuzidos todos os sues passivos. No Patrimnio Lquidodevemos evidenciar o resultado apurado no perodo de apurao,segregando-se, este, dos resultados acumulados de perodosanteriores.

    Quando na elaborao do Balano Patrimonial, o valor do

    Passivo for superior ao valor do Ativo, teremos um Passivo

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    a Descoberto, sendo esta a nica situao na qual o SaldoPatrimonial inserido no lado ou campo do Ativo.

    Variaes PatrimoniaisAs Variaes Patrimoniais, anteriormente denominadas deAtivas e Passivas, de acordo com as novas regras editadaspela Secretaria do Tesouro Nacional, passaram tambm adenominar-se de Quantitativas e Qualitativas, as Quantitativasdividem-se em Aumentativas e Diminutivas. As Aumentativasquando aumentam o Patrimnio Lquido (receita sob o enfoquepatrimonialreceitas tributrias, de servios, industrial,etc.) e as Diminutivas aquelas que diminuem o PatrimnioLquido, podendo-se aqui considerar as despesas sob o enfoquepatrimonial. (despesas de salrios, servios de terceiros, etc.).

    As Variaes Patrimoniais Qualitativas so aquelas decorrentesdas Mutaes Patrimoniais, ou seja, aquelas alteraes que noprovocam ou demandam alteraes no Patrimnio Lquido ouSaldo Patrimonial. Exemplificando, podemos destacar a comprade um veculo, a contratao ou pagamento de uma operao decrdito, etc.

    Seo 2Avaliao dos elementos patrimoniais

    Com o alinhamento da Contabilidade Pblica s Normas

    Internacionais do mesmo setor, as transaes no setor pblicodevem ser registradas integralmente no momento em queocorrem, isto , seguindo o Princpio da Oportunidade e,assim, devem ser reconhecidos na Contabilidade, mesmohiptese de que se tenha razovel certeza de sua existncia e quetecnicamente possamos estimar determinado fato.

    De acordo com a Parte IIProcedimentos ContbeisPatrimoniais, integrante do Manual de Contabilidade Aplicadaao Setor Pblico, a mensurao contempla o processo atravsdo qual se determina os valores dos elementos patrimoniais,

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    devendo o mtodo de mensurao ou avaliao dos Ativose Passivos possibilitar o reconhecimento de ganhos e daspardaspatrimoniais.

    As Disponibilidades devem ser mensuradas ou avaliadas pelovalor original, feita a converso, quando em moeda estrangeira, taxa de cmbio vigente na data do Balano Patrimonial. J asaplicaes financeiras de liquidez imediata, isto , aquelas decurtssimo prazo, devem ser avaliadas ou mensuradas pelo valororiginal, atualizadas at a data do Balano Patrimonial, devendoas atualizaes serem contabilizadas em contas de resultado.

    Os direitos, os ttulos de crditos e as obrigaes, devem sermensurados ou avaliados pelo valor original, feita a devidaconverso, quando em moeda estrangeira, taxa de cmbiovigente na data do Balano Patrimonial.

    Quando contratados a taxas prefixadas, os direitos, os ttulosde crditos e as obrigaes devem ser ajustados a valor presente.Porm, quando contratados a taxas ps-fixadas devem ter osefeitos dos encargos incorridos at a data do Balano Patrimonialdevidamente reconhecido na Contabilidade at essa mesma data.

    As atualizaes e os ajustes decorrentes das avaliaes emensurao dos elementos do Ativo e do Passivo devem sercontabilizados em contas de resultado.

    Os Estoques devem ser mensurados ou avaliados com base novalor de aquisio/produo/construo ou valor realizvel lquido,dos dois o menor. Ainda, sobre os Estoque importante observarque estes so ativos em forma de materiais ou insumos destinados

    ao processo de produo; materiais usados na prestao deservios, aqueles usados no curso normal das operaes, ou, ainda,aqueles mantidos para venda ou distribuio.

    Assim como ocorre na Contabilidade aplicada esfera mercantil,na Contabilidade Pblica os Custos dos Estoques devemabranger todos os custos de compra, converso e outros custosincorridos e decorrentes de deslocamento, incluindo impostosno recuperveis, custos de transportes, seguros e custos de

    produo, inclusive aqueles correspondentes armazenagem eentrega pelos fornecedores.

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    Os Gastos de distribuio, de administrao geral e/ou financeiros, devem ser classificados como VariaesPatrimoniais Diminutivas do perodo em que ocorrerem e no

    como custo dos estoques.Os elementos do Ativo Imobilizado devem ser reconhecidospelo valor de aquisio, produo ou construo, adicionando-se,a estes, os gastos adicionais ou complementares inseridos nosrespectivos elementos.

    De acordo com as novas regras estabelecidas pelo Manual deContabilidade Aplicada ao Setor Pblico, aprovado em sua5edio, pela Portaria STN n. 437/2012, os elementos doAtivo Imobilizado quanto tiverem vida til econmica limitada,ficam sujeitos a depreciao, amortizao ou exausto sistemticaverificada durante o perodo de apurao. Quando eventualmentereavaliados os ganhos e as perdas decorrentes dessa reavaliaodevem ser reconhecidos no resultado do exerccio.

    Quando eventualmente existirem, os direitos que tenham porobjeto bens incorpreos, isto , Bens Intangveis, destinado manuteno das atividades pblicas ou exercidos com essafinalidade, devem ser mensurados ou avaliados pelo valor deaquisio ou produo, deduzido do saldo da respectiva contade Amortizao Acumulada e/ou do valor de eventuais perdassofridas ao longo da vida til.

    Contemplando os Bens Tangveis, os elementos do AtivoImobilizado dividem-se em Bens Mveis e Imveis e, aqui,vamos nos valer das definies do Manual de ContabilidadeAplicada ao Setor Pblico para diferenciao desses bens.

    Bens Mveiscompreende o valor da aquisio ouincorporao de bens corpreos, que tm existnciamaterial e que o podem ser transportados por movimentoprprio ou removidos por fora alheia sem alterao dasubstncia ou da destinao econmico-social, para aproduo de outras bens o servios. So exemplos debens mveis as mquinas, aparelhos, equipamentos,ferramentas, bens de informtica (equipamentos deprocessamento de dados e de tecnologia da informao),

    mveis e utenslios, materiais culturais, educacionais e

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    de comunicao, veculos, bens mveis em andamento,dentre outros.Bens Imveiscompreende o valor dos vens vinculadosao terreno que no podem ser retirados sem destruio

    ou dano. So exemplos deste tipo de bens os imveisresidenciais, comerciais, edifcios, terrenos, aeroportos,pontes, viadutos, obras em andamento, hospitais,dentreoutros.

    Ainda de acordo com o citado Manual de ContabilidadeAplicada ao Setor Pblico, os Bens Imveis seguem aquelaclassificao que os dividem sob o Aspecto Jurdico em Bensde Uso Especial, Bens Dominiaise Bens de Uso Comum doPo