18/07/2015 - jornal semanário - edição 3.148

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Pelo direito de ir e vir Apesar de ser considerada referência no Estado, Bento Gonçalves ainda deixa a desejar no atendimento às necessidades dos deficientes CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 18 DE JULHO DE 2015 ANO 48 N°3148 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Saúde Surto de meningite é descartado Hospital Tacchini e Secretaria da Saúde tranquilizam a população sobre medo da doença se espalhar Página 16 Páginas 13, 14 e 15 Acessibilidade

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18/07/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.148 - Bento Gonçalves/RS

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Pelo direito de ir e vir

Apesar de ser considerada referência no Estado, Bento Gonçalves ainda deixa a desejar no atendimento às necessidades dos deficientes

CRISTIAN

O M

IGO

N

BENTO GONÇALVESSábado18 DE JULHO DE 2015ANO 48 N°3148

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Saúde

Surto de meningite é descartadoHospital Tacchini e Secretaria da Saúde tranquilizam a população sobre medo da doença se espalhar Página 16

Páginas 13, 14 e 15

Acessibilidade

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Educar é ensinar a fazer escolhas... Sabe-se que uma nação se constrói pela educação. É por

meio dela que se abrem os caminhos dos cidadãos. Os pa-íses que investem em Educação têm grande parte de seus problemas sanados; já os que pouco investem, conhecem o caos na sociedade.

Os leitores sabem muito bem do que falo, pois nosso país está mergulhado nesse caos. Temos, então, de educar a população brasileira para conseguirmos uma melhoria sig-nificativa em todos os aspectos. O que é, porém, educar? Seria ministrar aulas das ciências em geral, como matemá-tica, português, geografia, história, biologia?

Sim, mas isso não é o suficiente. É preciso ir além. É ne-cessário, sim, que os jovens conheçam as ciências e saibam aplicá-las no dia a dia para evoluírem. O problema, porém, é que quem ensina isso aos jovens somos nós, adultos, a partir da nossa perspectiva, da nossa visão do que é a vida.

Eles, no entanto, não a conhecem, pois têm sua própria visão. Nós impingimos a eles nossas crenças, nossos dog-mas, nossos “conhecimentos”. Educar não significa condu-zir o jovem ao caminho que julgamos ser o certo, porque o caminho certo não existe.

Aquilo que serviu à minha vida para que eu conseguisse ser o que sou numa época em que se enviavam cartas e te-legramas aos amigos e amores pelo correio, não serve aos que vivem hoje a revolução tecnológica, época da comuni-cação instantânea não somente aqui na Terra, mas daqui para o resto do universo, como ocorreu com o papa Bento 16 e alguns astronautas. Educar é ensinar os jovens a fazer escolhas, mesmo que erradas.

Sim! É importante fazer escolhas erradas, pois é median-te o erro que se adquire mais experiência. Lógico que o me-lhor seria aprender pela teoria para não errar na prática, mas, quando o conhecimento é empírico é mais marcante. Claro está também que temos de incentivar os jovens a se desenvolverem por meio de escolhas adequadas, e isso se consegue incutindo na mente deles a teoria apropriada.

É aqui que começa o trabalho do Educador, com letra mai-úscula mesmo. Incutir na mente do jovem a teoria apropria-da não precisa ser por meio de repetição pura e simples da teoria ano após ano. Isso é ineficaz. Quer uma prova disso?

Pense nas regras de acentuação gráfica, que todos nós estu-damos ao menos três vezes na nossa vida escolar.

Lembra-se delas? Certamente não. Por isso é preciso mu-dar o método; é preciso mudar o foco. O foco da educação tem de ser a aprendizagem do aluno, o que se consegue a partir da ação do próprio aluno. O papel do Educador não deve ser o de pregador, o de dono absoluto da verdade. O professor tem de falar menos em sala de aula, tem de dar menos respostas e fazer mais perguntas, levando o jovem a buscar a resposta por si só. O papel do professor tem de ser de mediador do conhecimento, e não de transmissor de conhecimento. Educar é entusiasmar!

É mostrar ao jovem que aquele conhecimento específico é interessante, apesar de, às vezes, ser maçante. É mostrar que aquilo que parece ser desagradável naquele momento pode ser decisivo no futuro, quando houver a necessidade de aplicá-lo. Além disso, é mostrar que ter cultura é um diferencial positivo, que ajuda, e muito, na vida social e profissional.

Para isso, porém, o Educador, seja pai, mãe, professor ou professora, precisa ser um diferencial, precisa mostrar ao jovem que para ele valeu a pena estudar, valeu a pena se es-forçar; precisa mostrar que suas escolhas foram importan-tes para a sua formação como cidadão; precisa mostrar que houve muitas escolhas erradas e que elas foram determinan-tes para a construção de sua personalidade.

Precisa, enfim, ser um cidadão pleno, ilibado, ético. Edu-car é cuidar; é ensinar a ser curioso; a buscar respostas pelo próprio raciocínio, não pela opinião dos demais; é ajudar a crescer, a ser humano, no sentido de pertencer à humanidade, para também aprender a respeitar o outro. É, pelo exemplo, incentivar a ser cidadão pleno, ilibado, ético.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

OLY DE JOSE MORAIS RAMOSEmpresário

Por um pouco de respeitoEditorial

Acessibilidade são as condições e possibilidades de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações públicas, privadas e particulares, seus espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior independência possível e dando ao cidadão deficiente ou àqueles com dificuldade de locomoção, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estudo ou lazer, o que ajudará e levará à rein-serção na sociedade. Infelizmente, este ainda é um grande desafio, uma constante maratona. E além das barreiras físicas presentes existem ou-tras psicossociais que são inerentes às questões da pessoa com deficiência e que necessitam ser removidas: o preconceito, a ignorância e o medo.

A pessoa com deficiência física apresenta per-das ou reduções em sua estrutura, portanto sua personalidade, seu modo de agir e pensar permanecem os mesmos. Trata-se de alguém que se encontra numa situação de grande dependência, sendo o uso da cadeira de rodas fundamental para o seu relaciona-mento com o meio, com o mundo. É preciso vê-la como participati-va, integrada ao meio social, fortalecendo sua adaptação e aptidões,

A pessoa com deficiência tem

perdas físicas, mas seu modo de agir e

pensar permanecem

e entender que o que está errado são as edificações, os transportes etc, estes sim estão deficientes.

Combater toda e qualquer forma de preconceito e discriminação é nossa obrigação como cidadão. Essa luta deve ser travada diaria-mente em casa, no meio social e no trabalho. A nossa participação nesse processo é fundamental – respeitando as diferenças na cons-

trução do direito à cidadania, mas principalmen-te como atuantes e não meros expectadores.

Os direitos sociais ainda estão sendo construí-dos em nosso país, pois o acesso à saúde, à educa-ção, ao trabalho e ao lazer, aspirações legítimas e difíceis para todo brasileiro, mais ainda se ele for portador de deficiência, é difícil. Só uma minoria os conquista, porque suas necessidades, todas, e

não somente as específicas, não foram incorporadas aos direitos de cidadania. Depende de nós assegurarmos o direito à igualdade, ao respeito ao próximo, não por imposição, mas por uma consciência de responsabilidade social, por sentirmos que o significado da fra-ternidade nos eleva enquanto seres humanos, pois somos respon-sáveis pela qualidade de vida de nossos semelhantes.

Sábado, 18 de julho de 2015 2 Opinião

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Painel

No mês de julho, a igreja Católica de Bento Gonçalves recebe mais um padre. Des-de ontem, 17, Pedro Carissimi atua nas Paróquias São Roque e Nossa Senhora do Rosário de Faria Lemos, junto com o Padre Celso Luis Ciconetto.

Desde abril, Ciconetto estava atuando sozinho durante a se-mana, com ajuda de outros pa-dres nos sábados e domingos.

Carissimi é natural da co-munidade de Santana, do município de Antônio Prado, na qual foi ordenado padre no

dia 15 de dezembro de 1991. Trabalhou nas paróquias de São Marcos, São Ciro e São José de Caxias do Sul, São Francisco de Paula, Coronel Pilar e nos últimos dois anos e meio, ajudou a Diocese de Napo, no Equador.

Novo padre na Paróquia São Roque

O governador José Ivo Sar-tori é o convidado da palestra--almoço do CIC/BG que ocorre na segunda-feira, 20. O chefe do Executivo estadual vem falar sobre a atual situação econômi-ca do Rio Grande do Sul. O em-presariado bento-gonçalvense deve comparecer em peso ao evento para saber se o gover-nador pretende aumentar im-postos para reforçar o caixa do Estado. Este é o principal temor de quem tem uma empresa, pois será mais um aumento no custo final do produto.

Ivan Luiz Toniazzi é o novo secretário-adjunto de Adminis-tração. Ele foi nomeado pelo prefeito Guilherme Pasin na segunda-feira, 13. Com larga experiência em administração, Toniazzi foi diretor da Câmara Municipal de Vereadores no pe-

Sabatina ao governador

Secretário-adjunto de Administração

Sábado, 18 de julho de 2015 3

Com a pressão que o Governo do Estado vem sofrendo, será que o governador José Ivo Sartori irá conceder entrevista à imprensa? Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Painel

HUMOR Moacir Arlan

ríodo entre 1976 e 1980. Como suplente, assumiu a vaga de vereador na legislatura de 1983 a 1988. Com grande contri-buição comunitária, Toniazzi atuou ainda como membro do Conselho Superior de Adminis-tração do CIC/BG.

DIVU

LGA

ÇÃO

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Sábado, 18 de julho de 20154 Geral

Mentiras da internet

Essa é recente

Santo Antônio da Platina

As redes sociais estão transformadas em verdadei-ros depósitos de lixo. Diariamente se veem mensa-gens, posts absurdos, ridículos, cheios de mentiras sendo repassados e/ou compartilhados e agora, com o reforço do WhatsApp, dando conta de coisas que qualquer pessoa, de mediana inteligência e preocu-pada com seu conceito pessoal (não pagar micos por burrice, por exemplo) pesquisaria a veracidade, no mínimo. Isto sem falar em babaquices político-par-tidárias que são revitalizadas constantemente em ra-zão desse ódio que se espalha entre as pessoas de bai-xo índice cultural e alto teor de estupidez, inclusive com fortes doses de injúrias, calúnias e difamações, tudo feito sob a certeza da impunidade. Opinar sobre qualquer coisa expõe a pessoa à sanha da ignorância desse tipo de gente intolerante, as mesmas que de-fendem com unhas e dentes a “liberdade de expres-são”, mas desde que essa “expressão” se coadune com o pensamento delas.

Recentemente, um desses “gênios” da internet resolveu testar quantos ignorantes pululavam pela rede. Seu teste foi postar que o Contran havia alte-rado o valor das multas de trânsito e chegou, inclusi-ve, a fazer uma ampla relação dos novos valores. Até uma infração “por ter o extintor de incêndio envol-vido com saco plástico”, no valor de R$ 127,50, che-gou a constar na tal relação. Também faz parte dessa “relação de mentiras” multa para renovar a carteira de habilitação e o cancelamento dela após 30 dias do vencimento, por exemplo. Alie-se a essas bobagens, verdadeiros atestados de ignorância, outras mentiras tipo aquela do “bolsa prostituta”, o “comprovante” do qual consta “auxílios cartão família carioca” de R$ 1.802,00; “Bolsa família” de R$ 660,00; “Bolsa família/jovem” de R$ 138,00. Bastaria uma breve pesquisa para constatar essas mentiras imensas. Mas a politicanalhada brasileira impera e usa essa igno-rância para disseminá-las. E, normalmente, são esses “inocentes úteis” que querem “mudar o Brasil”, mas nada fazem para começar as mudanças por eles mes-mos, adquirindo um mínimo de cultura.

Quem disse que “o Brasil é caso perdido”? O mu-nicípio de Santo Antônio da Platina, do Paraná, com algo em torno de 50 mil habitantes, foi notícia em todo o Brasil e no exterior esta semana. Acontece que os “nobres” vereadores pretendiam aumentar seus salários, praticamente dobrá-los, juntamente com o do prefeito e secretários. Uma cidadã soube da “boa” intenção e usou as redes sociais para divulgá-la (dei-xou mentiras politicanalhas e fez o certo, comprova-do). No dia da votação do “aumentinho”, a população lotou a câmara de vereadores e protestou contra o aumento. Resultado: eles votaram a redução dos sa-lários, inclusive o do prefeito. Como se pode ver, as redes sociais podem ser usadas para o bem, não só para destilar estupidez e ignorância. Pena que esse exemplo não se espalhe pela Brasil inteiro, não só nas câmaras de vereadores, mas também nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Muita coisa mudaria no Brasil, sem dúvidas.

ÚLTIMAS

Primeira: nesta segunda-feira, dia 20, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves – CIC/BG – terá como palestrante, na reunião--almoço, o governador José Ivo Sartori;

Segunda: certamente haverá lotação do salão nobre do CIC/BG. O governa-dor Sartori tem muita coisa a dizer so-bre suas intenções, seus planos para a Serra Gaúcha, esquecida há mais de 30 anos pelos sucessivos governos;

Terceira: para lembrar, as últimas obras – talvez nos últimos 50 anos – vis-tas em Bento foram os asfaltamentos da RS-431 (Bento/Guaporé) e a RS-444 (Bento/Santa Tereza), efetuadas pelo ex--governador Olívio Dutra. Alguém lembra de outras?

Quarta: seria interessante saber quan-tos assessores de deputados existem no Brasil, lotados fora dos gabinetes e quais seus salários. Alguém sabe como obter es-sas informações?

Quinta: preço do pimentão num mer-cado: R$ 19,90 o quilo. Preço em outro mercado: R$ 6,90. Preço do mamão num deles: R$ 6,99 o quilo. Preço em outro: R$ 2,49. E ainda há quem queira culpa o governo por esses absurdos;

Sexta: Dilma inaugurou a ponte de La-guna, obra esperada por milhões de pes-soas por mais de uma centena de anos. Foi criticada por ter interrompido o trânsito por algum tempo;

Sétima: ignorância ou simples ódio político? Sim, porque desconhecer a rele-vância de um ato desses é dose. E desco-nhecer as medidas de segurança previstas em lei para o presidente de um país, como se pode qualificar?

Oitava: jornal de São Paulo informa que um ex-prefeito paulistano pagava 10 mil reais para cada matéria de im-prensa “que falava bem do prefeito”. Mas isso só acontece em São Paulo, mesmo?

Nona: Grêmio, caricato, perdeu para o Criciúma, 14º colocado na série B, na Arena. De um time sem ataque se pode esperar até isso. O que acontecerá hoje, no Maracanã, contra o Flamengo, que venceu o Inter no Beira-Rio?

Décima: já o Inter, que vem de uma retumbante vitória contra o Tigres do México, pela Libertadores, cumpre ta-bela contra o Goiás. Dureza para o Grê-mio e moleza para o Inter? A conferir.

Antô[email protected]

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Sábado, 18 de julho de 2015 5

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Sábado, 18 de julho de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.985

IGVariedades

A FRASE

Nem tudo que você fizer pelos outros, os outros farão por você! (.)

CIC/BG – Almoçando com o GovernadorO CIC – Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gon-

çalves – juntamente com os membros diretivos vem procurando, ao longo dos anos, de forma criteriosa, dinamizar a linha de atuação mantendo, o ritmo de princípios que possibilitam à entidade, lidera-da pelo presidente Leonardo Giordani, a continuidade do seu cresci-mento. A entidade, através de seus dirigentes, tem se destacado por uma linha de avanços seguida por uma filosofia de trabalho das mais objetivas, e sempre visando a unidade da entidade e da classe empre-sarial, para a conquista dos objetivos comuns. O Centenário - Centro da Indústria, Comércio e Serviços - vem desenvolvendo uma gama de atividades, todas voltadas para busca e solução dos problemas do empresariado e por extensão da própria comunidade. E nesta 2ª fei-ra, 20 de julho de 2015, o CIC-BG e seu presidente Leonardo Giorda-ni convidam os associados para a palestra almoço com o governador José Ivo Sartori, abordando o tema: ‘Rio Grande do Sul – Um Estado de frente para o futuro!’ É o CIC-BG em ação!

Expoagas 2015Garanta a sua vaga no time titular e participe da Expoagas 2015

na Fiergs em Porto Alegre, RS, nos dias 25,26 e 27 de agosto próxi-mo, na 34ªConvenção Gaúcha de Supermercados. A grande opor-tunidade de bons negócios. Segundo o presidente da Agas, Antonio Cesar Longo, a programação é de alto nível assim como a linha de palestrantes renomados. Expoagas 2015 - Uma Feira de Negócios - abrindo caminhos para o futuro! Inscreva-se (51) 2118.5200 e faça parte deste time de vencedores! Fica o registro!

Rotary- novos dirigentes

Tacchini - nobre missão

Simmme - a nova sede

Em prestigiado encontro que reuniu dirigentes, clubes rotários, con-vidados e imprensa, tomaram posse na noite histórica de 1º de julho de 2015, no Restaurante Canta Maria, os novos mandatários dos Rotary Clubes da cidade para o período social 2015-2016. Dentro do mais ele-vado espírito de confraternização, seguindo protocolo, saudações e troca de homenagens, relatório de ações de cada clube de serviço beneficiando entidades assistenciais e anunciando atividades futuras, assumiram com o propósito de muito trabalho os presidentes: RC Bento Gonçalves - Au-gusto Benedetti no lugar de Orides Rigo, homenageado pelo seu altruís-mo histórico, o Rotariano José Eugênio Farina; RC Planalto - André Gus-tavo dos Santos no lugar de Vicente Miranda; RC São Francisco-Arildo Nadal assumindo no lugar de Cedamir Poletto; e RC Mulheres da Serra- Mari de Lurdes Czarnecki que assumiu no lugar de Renita B. Portaluppi. Parabéns e sucesso, gente amiga! Faça o Rotary brilhar!

Com uma trajetória histórica das mais expressivas, que iniciou em 20 de setembro de 1924, o sonho de uma comunidade e de seus fun-dadores se tornaram na época a realidade vivenciada nos dias de hoje em pleno ano de 2015. Uma iniciativa comunitária de outrora, cuja liderança do médico e saudoso Dr. Bartholomeu Tacchini, tornaram possível, dentro de princípios sólidos, o surgimento que, ao passar dos anos se tornaria a grandeza de um projeto hoje representado por uma instituição hospitalar de referência na área da saúde. Com muito tra-balho e dedicação, dirigentes do Tacchini seguem sua linha de atuação e nobre missão de servir à comunidade! Salute!

Com um trabalho de equipe, o Simmme, liderado pelo presiden-te Juarez José Piva, vai concluindo a construção da nova sede. O presidente informa que o Simmme, desde o dia 13 de julho, está atendendo em sua nova sede cita na rua Domingos Rubechini, 258 – Bairro Fenavinho. A inauguração oficial está prevista para setem-bro ou outubro próximo por ocasião das comemorações alusivas aos 39 anos da entidade. E vamos em frente!

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[email protected]

DenisedaRé

Apertem os cintos... (da série “E a Viagem Continua”)

Quem apostou num entusiasmado passageiro, errou. Aqui estou eu de novo, mais encantada do que nunca. E, para não deixar que a poeirinha do cotidiano ofusque a memória, vou contar algumas passagens vividas na ca-pital do Renascimento. “Andiamo insieme... Firenze ci attende...”

Dispensado o táxi, demos de cara na Duomo de Santa Maria Del Fiore, uma das maiores e mais bonitas cate-drais do mundo. Santo espetáculo renascentista! Quase do tamanho de um estádio de futebol, é decorada com mosaico em mármores coloridos numa interessante har-monia. Lá no alto, a cúpula, magnífica, no interior da qual afrescos contam histórias.

Como tem afrescos na Itália! E nus artísticos. Me im-pressiona que sejam quase que exclusivamente masculi-nos. Os caras amavam sua anatomia. E eram geniais na arte de esculpir. Leonardo, Donatello e Michelângelo foram um exemplo de genialidade, tanto que saíram da história italiana antiga para ir direto às histórias em qua-drinho atuais, com touca ninja, bandanas, cajado e tudo.

Circulando pela Piazza, admiramos os trabalhos dos ar-tistas de rua. Que coisa impressionante! Pintores, carica-turistas, homens-estátua, músicos, cantores, comedian-tes... Aí lembrei dos nossos “meninos” que ficam pitando e jogando algumas bolitas para o alto, nas sinaleiras, a título de arte, atrapalhando o trânsito... Retiro! É uma co-vardia a comparação.

Margeando o rio Arno, a beleza do pôr-do-sol que se re-fletia na água em tons avermelhados me pôs em estado de êxtase. Ao atravessarmos a ponte Vecchio, gritei: “A perfeição existe!”

Só percebemos que a noite chegara porque as barrigas roncaram, aí procuramos uma trattoria para degustarmos uma comidinha mais caseira, que não fosse do grupo PP – pasta ou pizza.

De repente, a saudade bateu forte. No estômago. Está-vamos babando por carne. E quando chegou o menu, não tivemos dúvida: “À Parmegiana”, falamos em uníssono. E “bem cotto” acrescentei ao meu pedido.

Magnífico o prato! Vermelho de “sugo” com o “formag-gio” derretendo que nem um vulcão em erupção. Delícia! “Tomara que a carne seja macia”, pensei. E estava. Até um pouco demais... Meio cabreira, ergui a primeira camada de “lava” e...

- Queimaram o meu bife! – disse indignada.Mas como eu tinha pedido bem passado, tive que ouvir

do nosso pessoal que o azar era meu. Quem mandava ser pentelha em plena Europa! Mas, então, todos fincaram o garfo no filé e...

- Gente, isso aqui é berinjela!Depois da surpresa, o riso e depois, o consolo: tínhamos

escolhido um vinho tinto “molto buono” que se harmoni-zava perfeitamente com a berinjela.

Ensino

Serão realizados walking tour, orientação profissional e palestras

Fortalecendo sua relação co-munitária, a Ftec Faculda-

des promove no sábado, dia 25 de julho, das 9h às 17h, o even-to Portas Abertas nas unidades onde a instituição está presen-te: Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Novo Hamburgo e Porto Alegre. Será um dia de ativi-dades para alunos, familiares, com espaço kids, e amigos.

No evento haverá palestras gratuitas de diversas áreas, orientação sobre oportunida-des de emprego, walking tour pela faculdade, contato com os coordenadores dos cursos, esclarecimento sobre possibi-lidades de financiamento dos cursos, apresentação de con-dições especiais para estudar na Ftec e apresentação do novo programa internacional dos MBAs.

Na ocasião será possível rea-lizar gratuitamente a inscrição

para o vestibular do dia 28 de julho e também a isenção da taxa de inscrição para interes-sados em curso técnico.

Em Bento Gonçalves, o Por-

FTEC promove o evento Portas Abertas no dia 25

tas Abertas será na Unidade I, localizada na rua Osvaldo Aranha, 419, Centro. Mais in-formações pelo telefone (54) 3452.6644.

Faculdade abre oportunidade para quem quiser conhecer seu espaço

CLEUN

ICE PELLENZ

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Sábado, 18 de julho de 2015 9Geral

O Colégio Scalabriniano Me-dianeira, com o apoio da

Associação de Pais e Mestres (APM), promove um jantar de encerramento social das come-morações alusivas aos 100 anos da instituição de ensino. O even-to ocorre no dia 14 de agosto, sexta-feira, às 20h, no CTG Laço Velho, em Bento Gonçalves.

O presidente da APM, César Rubechini, relata que a escola completou 100 anos no mês de fevereiro. “A instituição educa pessoas ensinando muito além do conteúdo que está nos li-vros, pois proporciona noções de fraternidade, de moral, de ética, além de instruir a parte religiosa. Assim, forma cida-dãos empreendedores, como eu que estudei toda a vida no colégio”, pondera.

Evento no dia 14 de agosto, sexta-feira, marca o encerramento da comemoração social dos 100 anos da escola

Presidente da APM, César Rubechini convida a comunidade

Colégio Medianeira promove jantarCentenário

ESTEFAN

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Estefania V. [email protected]

A festividade irá reunir alu-nos, pais, ex-alunos, simpati-zantes, professores e funcio-nários. “Todos que quiserem comemorar e confraternizar esse centenário estão convida-dos. A ideia é juntar as famílias que fazem parte da escola”, ex-

plica. O jantar também integra a programação da Semana da Família Medianeira.

De acordo com a diretora do Colégio, irmã Isaura Pavini, a parte social se encerra, mas as atividades culturais seguem sen-do realizadas. Para ela, esse pe-ríodo de comemorações foi uma retomada dos aspectos pedagó-gicos, culturais e sociais. “Foi um olhar retrospectivo para os 100 anos, onde nós crescemos, avaliamos o que acertamos e reforçamos o objetivo pelo qual viemos para cá, que era o de trabalhar com o imigrante na área educacional, espiritual e na saúde”, revela. No entanto, a religiosa aponta que hoje, as de-mandas sociais são outras, mas não deixam de ser desafios para a atual realidade.

No período comemorativo, os estudantes puderam rever o próprio centenário e a história

da instituição. “Para você ter identidade é preciso ter raízes, pois são elas que nos dão di-mensão como pessoa”, afirma. Entre as atividades que terão continuidade, está o concurso de poesias e de crônicas e uma série de trabalhos culturais. Irmã Isaura comenta que du-rante o jantar as mesas serão ornamentadas por maquetes que demonstram os aspectos físicos internos da escola e que foram confeccionadas pelos alunos. “O centenário para nós é celebrar o cotidiano sem es-quecer os valores que susten-taram a entidade. Sem isso ela não chegaria aos 100 anos. São valores sólidos que priorizam a pessoa independente de quem seja”, ressalta.

O preço dos ingressos é R$ 70 (para pessoas acima de 12 anos). Para crianças de 3 a 11 anos, o custo é de R$ 30, e os

pequenos com idade inferior a 2 anos são isentos. Os con-vites são limitados e podem ser adquiridos na secretaria do colégio. Segundo Rubechi-ni, durante a festividade será apresentado o projeto do livro alusivo ao centenário da esco-la, no qual cada pessoa ou em-presa poderá ser apoiadora.

O cardápio será o seguinte: salada de maionese, mix de al-faces com manga e morango, salada mista (brócolis, couve--flor, vagem, milho, ervilha, pepino em conserva, mini ce-noura), tomate e cebola. Pratos quentes: arroz branco, risoto de queijos, strogonoff, lasa-nha de frango, galeto (coxa e sobrecoxa), churrasco (costela e vazio). Acompanhamento: pão, batata palha e farrofa. So-bremesa: mousse de chocolate, abóbora em calda e pudim. As bebidas são a parte.

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Sábado, 18 de julho de 201510 Geral

AssuntaDeParis

Capitéis e igrejas, centro da vida social (140 anos)

Pequenas capelas de madeira ou construções sólidas em pedra eram sempre o centro da vida colonial. Ao contrário da maioria dos alemães, que sofreram por serem protestantes num país em que a religião oficial era católica, os italianos fizeram da atividade reli-giosa o foco da vida comunitária. “A escola e o professor não eram exigidos pelos imigrantes, assim como exigiam o padre e a igreja, diz relatórios do governo provincial de 1886. Em cada núcleo colo-nial, a igreja ocupava o ponto principal, e a construção de igrejas e capelas mobilizava sempre a participação coletiva, com doações de material e trabalho voluntário.”

Os estilos e materiais eram variados, desde a simples casinha de madeira até a importante obra de pedra talhada ou de tijolo arte-sanal, transportados para o local um a um pelos fies enfileirados.

Frequentemente separado do corpo principal das capelas, o campa-nário concentrava as atenções em todos os templos católicos da região.

Os capitéis, as pequenas capelinhas construídas ao longo das es-tradas, geralmente em uma encruzilhada, ou em terras particula-res, testemunharam a religiosidade dos imigrantes e a frequência dos cultos familiares. Suas formas podem variar desde uma cruz com cobertura de duas águas, uma capelinha com uma imagem e até capelas maiores com pequenos altares. Eram erguidas, muitas vezes, para testemunhar um graça recebida ou dedicadas ao santo de sua devoção. O favor religioso era cultivado com rigor nas famí-lias. Havia orações para todo momento: para a manhã, para a noi-te, para a hora das refeições. “à noite, mesmo cansados, rezavam o terço, de joelhos no chão, ao lado da mesa... Alguns, vencidos pelo cansaço, mal balbuciavam...”, conta o depoimento de um pioneiro imigrante. Foi decisivo o papel das igrejas na aglutinação dos colo-nos e na formação de cidades e vilas em toda a região de ocupação italiana no Estado. Muitos sacerdotes, principalmente os italianos que acompanhavam os imigrantes, ajudavam a superar a saudade.

Ao clero também cabia o registro, em livro, dos nascimentos, ca-samentos e óbitos, até a organização civil. Isto permaneceu até a queda do império (1889).

O interior das pequenas capelas e capitéis guardava também grande parte da produção artesanal da arte sacra da região colonial italiana. A maior expressão se concentra nos altares e nas portas, ou em pequenas imagens de santos esculpidos em madeira pelas mãos de artistas anônimos.

“Hoje estudiosos encontram no interior da nossa região colonial, os subsídios para pesquisa, do quanto foi importante o início do cen-tro social, para dar uma nova forma da civilização que somos com ca-racterísticas próprias, com valores dentro de uma nova sociedade.”

Igrejas e capitéis eram sempre o centro da vida socialREPRO

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ÇÃO Presente no calendário

anual de Bento Gonçalves, este ano os Festejos Farroupi-lha serão comemorados entre os dias 11 e 20 de setembro. Na edição de 2015, a programa-ção vai contar com algumas novidades.

Com o tema “O Campei-rismo Gaúcho e sua Impor-tância Social e Cultural”, o evento pretende valorizar a relação homem e cavalo, e as atividades do gaúcho no campo. O desfile temático, o hasteamento e arriamento da bandeira, a guarda da chama nativa, palestras sobre o tema em escolas e ações culturais para as crianças do município são algumas das atrações do evento.

Este ano, a programação terá duas novidades. De acor-do com o secretário de Cultu-ra, Jovino Nolasco, o “Gaú-cho Homenageado” será uma oportunidade de reconhecer

“Gaúcho Homenageado” e “Gincana Cultural” são as novas apostas

Organizadores pretendem superar os 60 mil participantes de 2014

Festividade tem novidades na programação de 2015

Festejos Farroupilha

Gabriela [email protected]

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os talentos da cidade. “Vamos homenagear o tradicionalista e professor Álvaro Machado de Mesquita, uma grande fi-gura da nossa terra”, conta. Outra inovação é a Gincana Cultural, por meio da qual a comunidade terá a chance de participar mais ativamente das comemorações. “É uma maneira de fazer a sociedade se sentir parte dos Festejos Farroupilha, já que o foco do

evento está voltado para a va-lorização do aspecto cultural de Bento Gonçalves”, explica o secretário.

O evento é uma realização da Secretaria de Cultura em parceria com a Associação Bentogonçalvense da Cul-tura Tradicionalista Gaúcha (ABCTG) e com a Brigada Militar (BM). A programação completa será divulgada nos próximos dias.

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Sábado, 18 de julho de 2015 11Geral

no programa, possibilitando a identificação de problemas com mais facilidade.

Confiante de que o método irá acelerar o tempo de res-posta às reclamações da po-pulação, o secretário de Meio

Ambiente, Luiz Signor, reve-la que o monitoramento em tempo real é uma alternativa para encontrar as lacunas no recolhimento de detritos. “A partir de agora teremos mais controle. Sem esse sistema, a

constatação de contratempos e irregularidades era mui-to difícil de serem apuradas. Hoje teremos todas as infor-mações ao nosso alcance com apenas um clique”, expõe.

De acordo com Signor, em casos em que forem compro-vadas irregularidades ou al-terações de roteiro, a empre-sa será notificada. “Se após a averiguação a situação for comprovada, a empresa rece-berá um alerta sobre a neces-sidade de tomar providências sobre o desajuste dentro de um prazo limite”, afirma.

Os dados da SMMAM apon-tam que, em média, cerca de 125 toneladas de lixo são reco-lhidas mensalmente em Bento Gonçalves. Destas, 104 são de material orgânico e outras 21 de matéria reciclável. O ma-terial é apanhado por 20 ca-minhões e encaminhado para o aterro municipal ou para as associações de reciclagem.

Sistema mecanizado

Em funcionamento há oito meses, o projeto-piloto de cole-ta mecanizada foi considerado um sucesso pela SMMAM. Vi-sando melhorias na segurança e estética, entre as vantagens do sistema está o fato de os contêi-neres serem hermeticamente fe-chados. Essa condição evita que o lixo se espalhe e suje as ruas, além de minimizar o mau chei-ro, a proliferação de insetos e a exposição dos dejetos à chuva e aos animais.

Embora o teste tenha sido sa-tisfatório, a implantação do mé-todo só será expandida para os demais bairros da cidade a partir do ano que vem. “Colocaremos em prática a partir de 2016 um projeto que contemplará com novas lixeiras as áreas de maior densidade populacional do mu-nicípio”, diz o secretário. O pro-jeto de expansão ainda está em fase de captação de recursos.

Objetivando a facilitação na detecção e resolução

de problemas, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMAM), passou a contar com sistema de monitoramen-to de rotas para os caminhões de lixo. A frota, pertencente à empresa RN Freitas, foi equi-pada com aparelhos de GPS, a fim de proporcionar mais segurança para o cidadão e rigorosidade de controle no cumprimento das normas es-tabelecidas em contrato.

O acompanhamento será rea-lizado pelo Governo Municipal por meio de um software, cujo acesso é disponibilizado pela empresa prestadora do serviço. O sistema permite que a Secre-taria monitore o deslocamento dos caminhões e o cumprimen-to das rotas e horários de cole-ta. Os dados ficarão registrados

Caminhões foram equipados com GPS para facilitar a detecção e resolução de problemas referentes a rotas e horários

Sistema será monitorado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Coleta de lixo passa a ser monitoradaNo radar

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Cristiano [email protected]

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Sábado, 18 de julho de 201512 Geral

Uma vez que a loja optar por receber essa forma de pagamento, não poderá exigir valor mínimo e nem cobrar a mais

O que está errado: O que está certo: Dar desconto no pagamento em dinheiro; Cobrar o mesmo valor com cartão ou dinheiro;

Cobrar valor mais alto no pagamento com cartão; Não diferenciar dinheiro de cartão;

Estabelecer preço mínimo para compra em cartão; Cheque tem o mesmo valor que dinheiro;

Não existe preço a prazo, apenas pagamento a prazo. Só é possível cobrar juros em operação sustentada

por instituições financeiras.

Trocar de estabelecimento quando houver diferença de preços entre dinheiro, cheque e cartão;

Ir até o Procon em caso de irregularidade. O endereço é rua Cân-dido Costa, Palazzo del Lavoro, 65, 4º andar.

Comércio não pode exigir valor mínimo de compras para pagamento com cartão de débito ou crédito

Preço diferenciado no cartão é ilegalConsumidor

CRISTIAN

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Cristiane Grohe [email protected]

Alguns estabelecimentos comerciais do município

têm como prática fixar preços diferentes para formas distin-tas de pagamentos ou oferecem descontos. Certas lojas tentam limitar o uso dos cartões e exi-gem que os consumidores pa-guem em cheque ou em dinhei-ro para ter o desconto à vista.

No entanto, uma vez que se disponha a receber cheque ou cartão de crédito, o estabeleci-mento não pode criar restrições para a sua utilização — exceto no caso de cheque administrati-vo ou de terceiros, que o lojista pode se recusar a receber. A loja não pode, por exemplo, exigir valor mínimo de compras para pagamento com cartão de débi-to ou crédito, nem fixar preços diferentes conforme o meio de pagamento (cheque, cartão ou dinheiro).

O assessor de Políticas Pú-blicas do Consumidor, do Ór-gão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Ben-to Gonçalves, Maciel Giova-nella, explica que cobrar mais de quem paga com cartão de crédito fere o inciso V do ar-tigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, que classifica como prática abusiva exigir do consumidor vantagem mani-festamente excessiva. “O co-merciante pode optar em não disponibilizar o equipamento para a compra com o cartão, porém se essa opção for ofere-cida não pode haver diferença entre os preços”, alerta.

O repasse de custos ao consumidor está vinculado ao gasto de manutenção de

terminais e ao prazo que a administradora impõe para repassar o valor da venda ao estabelecimento comercial, que hoje é em torno de 30 dias. “É importante ressaltar, no entanto, que esse custo já foi repassado ao consumidor no momento da formação do preço de venda do produto ou serviço. Sem contar que normalmente o consumidor já financia o sistema pelo pagamento de anuidades de cartões”, explica. Uma vez adotada a diferenciação de preço nas compras à vista, o consumidor arcará dupla-

mente com os custos do atual sistema. “Na verdade, nesse tipo de prática o que o comer-ciante está fazendo é repas-sar o custo que ele tem com a administradora do cartão de crédito. É uma atitude abusi-va”, explica.

Giovanella revela que recebe com frequência reclamações sobre estabelecimentos que estipulam preços para compra no cartão ou vendem com di-ferença de preços para quem paga com dinheiro. O consu-midor que for cobrado a mais pelo pagamento com cartão, ou lhe for exigido um valor míni-

mo para a utilização do mes-mo, pode exigir seus direitos. Caso não seja atendido, não precisa aceitar a imposição e assim, pode escolher outra loja para realizar suas compras. “O consumidor pode ainda fazer a denúncia ao Procon e o local ser autuado”, indica.

Em contrapartida, alguns co-merciários reclamam das taxas e do aluguel pago para o uso das máquinas de cartão. O ge-rente do posto de combustíveis Cavalleri, que fica na Br 470, Km 213, Norberto Berger, re-vela que tem sete aparelhos no estabelecimento e precisa em-

butir o custo no valor do com-bustível. “Se as taxas fossem menores, provavelmente o va-lor do produto também pode-ria baixar”, afirma. No entanto, ele não diferencia pagamentos em cartão ou dinheiro. “O va-lor é o mesmo para qualquer tipo de pagamento”, explica. Ele conta que há quatro anos chegou a ter preços diferencia-dos para cartão e dinheiro. “A prática gerava muita confusão e optamos por manter apenas um valor”, completa.

Já o posto de combustíveis Pozza Schell, localizado na avenida Osvaldo Aranha, tem preços diferentes para paga-mento em dinheiro ou cartão. A gasolina comum custa R$ 3,19 o litro se o pagamento for em dinheiro, e R$3,38 para pagamento em cartão. Segun-do uma funcionária do setor administrativo, essa foi uma forma encontrada de fugir das taxas administrativas cobradas pelas operadoras de cartões. Segundo ela, 50% das pessoas que abastecem optam pelo pa-gamento em dinheiro. “Se as taxas fossem menores, o valor do combustível ficaria mais em conta”, destaca. A diferença de preços é divulgada como pro-moção. Segundo o assessor do Procon, mesmo assim essa di-ferença é ilegal.

A abastecedora Bianchi, lo-calizada na rua Barão do Rio Branco, não diferencia valo-res entre dinheiro e cartão. “A venda por meio de cartão é considerada à vista”, afirma o gerente Nelcir Torrezan. Ele também acha que as taxas co-bradas pelas operadoras são muito altas, mas o valor cobra-do do consumidor é único.

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Sábado, 18 de julho de 2015 13Geral

No dicionário, acessibilidade é condição para utilização,

com segurança e autonomia, dos espaços urbanos, das edificações, dos serviços de transporte, da informação, por pessoas porta-doras de necessidades especiais. Entretanto, esses significados não funcionam na prática, na sua plenitude. Em muitos aspec-tos, Bento Gonçalves não oferece condições básicas para que os quem tenham a mobilidade re-duzida possam se locomover e utilizar alguns serviços. Apesar de rampas de acesso e piso tátil serem encontrados em muitos locais da área central, as asso-ciações de deficientes enfatizam: “acessibilidade não é só isso”.

A coordenadora da Associa-ção dos Deficientes Físicos de Bento Gonçalves (Adef), Ieda D’Agostini, e o presidente da Associação dos Deficientes

Marise Gasperi destaca que ainda é preciso melhorar muitos acessos

VITÓRIA

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Vitória [email protected]

Apesar de o município parecer preparado, portadores de deficiência garantem que ainda há um longo caminho a ser traçado

Muito mais do que rampas e piso tátilAcessibilidade

Visuais (ADV), Daniel Bernar-dini, explicam que deficiente não é somente uma pessoa sobre uma cadeira de rodas, e que esta imagem como exem-plo generalizado prejudica a busca por melhorias. Ambos criticaram alguns dos acessos já instaurados no centro, en-quanto nem todas as rampas têm largura suficiente, o piso

tátil da Via Del Vino está ins-talado de forma incorreta. “O pouco que temos não atende às obrigações da legislação”, afir-ma Bernardini.

A coordenadora da Associação dos Surdos (AS), Cristiane Caron, aponta que a situação para quem não escuta é ainda pior, pois, se-gundo ela. não existe quase nada para melhor a qualidade de vida

destas pessoas. “Hoje a Prefeitu-ra disponibiliza transporte para que os surdos possam estudar em Caxias do Sul. Isso é bom, mas é apenas um pequeno come-ço do que deveria haver, de fato”, observa. Para ela, pouquíssimas pessoas na cidade são capacita-das em libras, o que dificulta a comunicação com os surdos.

“Somos referência, apesar dos obstáculos”

A Coordenadoria de Aces-sibilidade e Inclusão Social da Pessoa com Deficiência (Cais-pede) é uma das oito institui-ções do tipo que existem no Estado. A coordenadora Marise Gasperi garante que o centro é uma referência para as demais cidades em situação mais críti-ca que a de Bento. “Ainda pre-cisamos conquistar muitas coi-sas, é uma longa jornada, mas há ferramentas na cidade que nos fazem um pouquinho mais

avançados do os que demais municípios”, defende.

Entre as conquistas da cidade, está o passe livre de ônibus, uti-lizado junto com os elevadores de cadeirantes nos coletivos. A criação do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência também foi um pas-so importante, criando voz ativa junto ao Poder Público. “Hoje há um controle, sabemos que tem mais de 3,8 mil pessoas sendo atendidas pelas sete entidades de deficientes daqui, é bastante assistência”, ressalta. O Caispe-de, com ajuda das instituições, disponibiliza fraldas e aparelhos auditivos para quem não tem condições.

Nas próximas páginas você confere um panorama do que ainda precisa ser realizado na cidade para que a locomoção seja um direito de todos. Tam-bém estão pontuadas algumas conquistas já efetuadas no mu-nicípio de Bento Gonçalves.

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Sábado, 18 de julho de 201514 Geral

Entre principais dificuldades das pessoas com deficiência está a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho. As asso-ciações concordam que contra-tar deficientes não é uma cul-tura de Bento Gonçalves e que as empresas que possuem mais funcionários contratam apenas para cumprir as obrigações pre-vistas em legislação.

O presidente da ADV, Daniel Bernardini, destaca que a po-pulação tem uma ideia errada sobre a funcionalidade de um deficiente. Segundo ele, uma pessoa que não enxerga ainda possui outros sentidos e possi-bilidades de realizações. “Uma pessoa com deficiência visual pode fazer muitas coisas, pode trabalhar normalmente sem a necessidade de grandes adap-tações dentro de uma empresa. Há empresários que acreditam precisar desembolsar grandes valores para adaptar o local para um deficiente, mas isso é uma ilusão”, explica.

A coordenadora da Adef, Ieda D’Agostini, destaca os benefícios que um trabalho podem fazer no cotidiano de um deficiente. Ieda

Inserção no mercado de trabalho é o principal problema

Hospital Tacchini desenvolve projeto que abriga 83 portadores de deficiência em seu quadro de funcionários

Positivo: o município atende a área específica para deficientes e idosos. De todas as vagas pagas do esta-cionamento rotativo, há 7% de lugares para idosos e 3%para deficientes.

Negativo: o desrespeito das pessoas que estacio-nam em vagas especiais sem necessidade. A norma legal estabelece que o carro que ocupar a vaga tenha o cartão mostrado na foto. O adesivo de cadeirante na traseira do veículo não tem valor legal. No cadas-tro do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), existem 3,6 mil veículos de idosos registrados e 278 carros de portadores de necessidades especiais.

Denuncie: o DMT recebe denúncias sobre irregularidades por meio do telefone 158. O secretário de Mobi-lidade Urbana, Mauro Moro, afirma que vai intensificar a fiscalização nestas áreas.

Positivo: Existe frota adaptada em am-bas as empresas que prestam serviço para o município. Os cadeirantes confirmam o funcionamento e dizem ser extremamente úteis, principalmente para aqueles que mo-ram em bairros mais distantes do centro. A empresa Bento dispõe de 13 carros com o elevador, e todos possuem a acessibilidade geral prevista em lei. A Santo Antônio conta com 21 carros que dispõem de elevador para cadeiras de rodas. Os demais coletivos têm as adaptações exigidas pela norma.

Negativo: Como o número de carros não é alto, as opções de itinerário ficam mais restritas, principalmente, para quem mora longe.

Estacionamentos especiais

Os pontos positivos e negativos da acessibilidade em Bento Gonçalves

Transporte coletivo com elevador para cadeirantes

Positivo: alguns estabelecimentos apresentam cardápios em braile e funcioná-rios orientados para atender as necessidades de deficientes visuais. De 35 empre-sas de hotelaria, 19 já realizaram mudanças de acessibilidade. Algumas vinícolas apresentam os rótulos dos produtos em braile e outras fazem visitações especiais guiadas com tradutores para deficientes visuais e auditivos.

Negativo: a presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Márcia Ferronatto, diz que nem todos os estabelecimentos que buscaram uma adap-tação atenderam todas as normas previstas em Lei. Ela explica que os proprietários estão buscando atualização sobre o assunto e que as mudanças, aos poucos, de-vem acontecer. “Eu percebo que há mais interesse por parte dos donos. Eles estão buscando fazer melhorias, mas nem tudo pode ser feito de uma vez”, defende. O número de vinícolas que apresenta alguma adaptação ainda é baixo.

Positivo: há alguns equipamentos no município que estão funcionando. Um exemplo é o semáforo na esquina das ruas Marechal Deodoro e Marechal Flo-riano com a rua Saldanha Marinho.

Negativo: o presidente da ADV, Daniel Bernardini, garante que são ape-nas quatro ou cinco semáforos que tem a tecnologia. Segundo ele, já foi solicitado para a Secretaria a instalação de mais exemplares, porém as res-postas foram negativas. O secretário Mauro Moro afirma que nenhuma solicitação foi feita no seu mandato e que tem interesse em aumentar o número de semáforos adapta-dos, mas que precisa da demanda. “O custo de implan-tação é de R$1,5 a R$ 3 mil. Eu não posso desperdiçar verba pública instalando onde eu achar melhor. É preciso que se tenha uma demanda de onde são os locais mais indicados e que beneficiará mais pessoas, aí podemos executar o trabalho”, explica o secretário.

Restaurantes e rede hoteleira

Semáforos sonoros

alega que eles se sentem mais importantes, úteis na socieda-de e faz com que eles tenham contato com pessoas diferente a não ser a família ou o círculo de amigos da associação. “É muito importante que eles façam par-te da sociedade de forma justa

e verdadeira e não tenham uma ilusão disso”, complementa.

Tacchini Sem Limites emprega 83 deficientes

O Hospital Tacchini não só apresenta acesso facilitado na

maior parte de suas instalações, como valoriza os portadores de deficiência. Hoje, 83 portado-res de necessidades especiais são contratados pelo hospital. O número é dividido entre tra-balhadores funcionais e jovens aprendizes, que dispõem de cur-

sos profissionalizantes.O programa “Sem Limites”

emprega portadores de defici-ência com o objetivo de desen-volver de forma integral as suas atividades dentro do hospital. A iniciativa contempla todos os tipos de deficiência, seja fí-sica, auditiva, visual, intelec-tual ou deficiências múltiplas. No início do programa, a meta estipulada pelo Ministério do Trabalho para que as normas legais fossem cumpridas, é que 78 pessoas deveriam ser con-tratadas, mas o dado foi ultra-passado.

Como meta, o hospital ressalta o reconhecimento dos deficien-tes e a sua importância na so-ciedade, a adaptação do espaço para que cada um possa traba-lhar e a interação entre os cole-gas promovida pela inclusão. “A possibilidade de adição do cola-borador faz com que o setor evo-lua e desenvolva um novo perfil, aprendendo com as diferenças e as possibilidades que cada pes-soa traz consigo, expandido a condição social, moral e cidadã dos atuais colaboradores”, resu-me o texto da iniciativa.

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“Você acaba se acostumando com as dificuldades”

Cleci afirma que apesar de todas as discussões sobre o assunto, ainda existe preconceito com os deficientes

Positivo: novas construções normalmente apresentam o piso tátil. Na área central o piso foi implantado.

Negativo: Nas outras áreas da cidade não tem a facilida-de. O presidente da ADV, Daniel Bernardini, diz que a maioria dos pisos táteis são colocados de forma irregular, sem aten-der o que a legislação exige. “As calçadas da Via Del VIno, por exemplo, estão todas irregulares. Tem uma na frente da parada de ônibus da Igreja Santo Antônio que ocupa o mes-mo espaço de um poste”, aponta. Bernardini diz que o piso tátil, quando colocado de forma errada, atrapalha os demais pedestres, mulheres de salto ou cadeirantes, mas que, se ele estiver correto, será discreto e útil. O presidente da entidade também destaca que algumas obras inauguradas recente-mente não possuem a calçada necessária. “Não sei como foram liberadas. Isso não poderia acontecer”, completa.

Positivo: alguns estabelecimentos apresentam cardápios em braile e funcioná-rios orientados para atender as necessidades de deficientes visuais. De 35 empre-sas de hotelaria, 19 já realizaram mudanças de acessibilidade. Algumas vinícolas apresentam os rótulos dos produtos em braile e outras fazem visitações especiais guiadas com tradutores para deficientes visuais e auditivos.

Negativo: a presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Márcia Ferronatto, diz que nem todos os estabelecimentos que buscaram uma adap-tação atenderam todas as normas previstas em Lei. Ela explica que os proprietários estão buscando atualização sobre o assunto e que as mudanças, aos poucos, de-vem acontecer. “Eu percebo que há mais interesse por parte dos donos. Eles estão buscando fazer melhorias, mas nem tudo pode ser feito de uma vez”, defende. O número de vinícolas que apresenta alguma adaptação ainda é baixo.

Positivo: alguns estabelecimentos possuem rampa de acesso.Negativo: os representantes das associações apontam que é quase im-

possível um deficiente utilizar o comércio do município, principalmente os ca-deirantes. Muitas lojas começam com um degrau, não possuem um caixa de tamanho reduzido, têm corredores pequenos e os provadores são inacessíveis para cadeiras de rodas. Outra dificuldade é o atendimento especializado, já que poucas pessoas sabem como atender um deficiente visual, que precisa de informações mais completas antes de efetuar a compra. As atendentes também não possuem conhecimento em libras, fazendo com que os surdos não alfabe-tizados nem entrem dos estabelecimentos desacompanhados.

Positivo: o Poder Público disponibiliza transporte gratuito para crianças e adolescentes estudarem em uma escola em Caxias do Sul. Todas as tarde e noites os estudantes vão para a cidade vizinha. Se-gundo a coordenadora da Associação dos Surdos, Cristiane Caron, a alfabetização é determinante para a qualidade de vida dos deficientes, já que podem se comunicar por meio da escrita.

Negativo: pouquíssimas pessoas têm o co-nhecimento em libras. A linguagem dos sinais não está presente no cotidiano dos bento--gonçalvenses, o que dificulta as relações com os surdos. Cristiane também aponta a impos-sibilidade dos jovens estudarem no município.

Discriminação, obviamente, não tem ponto positivo. Portadores de necessidades especiais passam por constrangimentos frequen-temente, fruto desconhecimento das pessoas de como agir. Na ten-tativa de ajudar, muitas vezes, a boa ação acaba atrapalhando ou constrangendo o deficiente.

Dica das associações: quando for auxi-liar algum deficiente, peça primeiro o que ele precisa e também peça que ele o oriente sobre a sua necessidade. Uma conversa rápida pode resolver o problema e todos saem ganhando.

Calçadas táteis

Comércio

Libras e alfabetização de surdos

Discriminação

Sábado, 18 de julho de 2015 15Geral

Aos seis anos, Cleci Fraca-lossi perdeu a perna esquerda. No entanto, a mudança não ti-rou a sua felicidade e esponta-neidade. Cleci trabalha como atendente da Rio Grande Energia (RGE) e se locomove com a ajuda de Mariana, sua inseparável muleta. Apesar da restrição de locomoção, ela diz que tudo sempre ocorreu de forma natural e, depois de pequenos desafios do dia a dia serem superados, a situação se tornou rotineira.

“Acontece que as pequenas dificuldades diárias vão vi-rando rotina, aí você encontra uma forma de superar e tudo fica normal mais uma vez. Eu sou assim desde muito peque-na, então aprendi cedo a me virar sozinha”, relata.

Pela facilidade de lidar com sua muleta, Cleci afirma que não se sente deficiente. “Eu consigo andar sozinha, tra-balho, não dependo de outras pessoas, posso realizar os ser-viços básicos como ir ao banco,

à farmácia ou comprar roupas em uma loja. Existem deficientes que não conseguem fazer isso, então acho que eu estou em uma situação privilegiada”, destaca.

Cleci observa as necessidades pelas quais os demais portado-res de deficiências passam, e diz que Bento Gonçalves ainda tem muito a melhorar. “Muitas coisas

ainda precisam melhorar aqui na cidade. Eu, que circulo sempre pelo Centro, percebo as rampas de acesso e os pisos especiais para quem não enxerga, mas isso

não é sinônimo de que eles re-almente funcionam. Existem muitas outras exigências que não são atendidas”, enfatiza.

Porém, ela diz que os por-tadores de necessidades pre-cisam se unir e reivindicar o que é de direito. “Nós nos acostumamos a não ter acessi-bilidade que chegamos a achar normal que não tenha. Não questionamos, não mostramos que existem essas pessoas que dependem disso para ter uma vida mais livre”, comenta.

Quanto menos se falar no assunto, maior será o precon-ceito e a desconsideração do restante da população e do Po-der Público. “As pessoas ainda estacionam em vagas especiais e não se importam com as ne-cessidades dos demais indiví-duos. A cultura vem mudan-do, mas ainda há pessoas que ficam me olhando na rua. Eu não ligo, sou assim, gosto de mim assim e espero que tenha cada vez menos preconceito por aqui”, finaliza.

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Sábado, 18 de julho de 201516 Geral

portante ressaltar que não há epidemia nem surto, muito menos casos confirmados de meningite bacteriana. “O úni-co caso é este de meningite viral, que não é tão agressivo, mas já está sendo tratado”, esclarece. A médica ressalta que no inverno o surgimen-to de casos é mais frequen-te, pois as crianças ficam resguardadas em ambientes fechados, facilitando a trans-missão de vírus entre elas.

Para o médico pediatra da

UTI Neonatal e ex-secretário de saúde do município, Ivanir Zandoná, não existem motivos para pânico, visto que a rede pública é a mais interessada em avisar a comunidade caso haja a necessidade de vacina-ções em massa. “Essa criança de seis meses que foi levada ao Hospital e, inclusive, foi aten-dida por mim, foi rapidamente diagnosticada, não sendo ne-cessário o encaminhamento à UTI. Infelizmente as pessoas ainda se baseiam em informa-

ções desencontradas e se as-sustam muito. Se tivéssemos casos em Bento, a Secretaria Municipal de Saúde já teria feito comunicado e montado esquema de contenção”, expli-ca. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Tac-chini, o Setor de Controle de Infecção Hospitalar acompa-nha permanentemente todos os casos da doença, inclusive aqueles que são suspeitos.

Embora a cidade não registre casos há dez anos, quando ob-

servado todo o âmbito estadu-al a situação é dessemelhante. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SAS), fo-ram registrados no primeiro semestre de 2015, 48 casos da doença e 12 óbitos em conse-quência. Em 2014, foram 35 ocorrências e três mortes con-tabilizadas durante todo ano. O caso mais complicado é a cida-de de Cachoeirinha, na Região Metropolitana, que decretou emergência por surto comuni-tário. O município teve quatro casos documentados de me-ningite bacteriana e suspendeu as aulas de todo o ensino fun-damental, que atende nove mil alunos, depois da confirmação de duas mortes.

No entanto, mesmo que até o momento nenhum caso grave tenha sido registrado em Ben-to Gonçalves, é preciso estar atento aos sintomas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 20 anos foram reportados quase 1 milhão de casos com suspeita de meningite e 100 mil pessoas morreram. Segundo a institui-ção, mesmo quando a doença em sua versão bacteriana é diagnosticada precocemente e o tratamento adequado é ini-ciado, cerca de 5% dos pacien-tes acabam falecendo entre 24 e 48 horas após o surgimento dos sintomas. Sem tratamento, até 50% dos casos podem re-sultar em morte.

Após o surto comunitário de meningite que atingiu

a cidade de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Por-to Alegre, na última semana, o temor de que uma epidemia da doença possa se alastrar pelo Estado tem causado pre-ocupação no rio-grandense. Entretanto, de acordo com profissionais de saúde de Ben-to Gonçalves, não existem mo-tivos para alvoroço na cidade, visto que o município não registra casos do tipo menin-gocócico, sorogrupo de trata-mento mais grave da patolo-gia, desde 2005.

Meningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do organis-mo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medu-la espinhal e outras partes do sistema nervoso central. Rara-mente, as meningites também podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Na cidade, o único caso confirmado da doença é de uma criança de colo de seis meses. Conforme a médica pediatra Simone Caldeira, co-ordenadora da UTI Pediátrica do Hospital Tacchini, é im-

Em contraste ao âmbito estadual, Bento Gonçalves não registra casos do sorogrupo mais grave da doença desde 2005

Único caso registrado na cidade em 2015 é do tipo viral, variação da patologia de fácil tratamento

Diferenças e Sintomas Nas meningites virais, o quadro é mais leve. Os sintomas se assemelham aos das gripes e resfriados. A doença aco-mete principalmente as crianças, que têm febre, dor de ca-beça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e ficam irritadas. Uma vez que os exames tenham comprovado tra-tar-se de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses. As meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente. Os principais agentes causadores da doença são as bactérias, transmitidas pelas vias respira-tórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido, por exemplo. Sintomas como: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo aparecem pouco tempo após o contágio. Esses são os sinais de que a infecção está se alastrando rapida-mente pelo sangue e o risco de uma infecção generalizada grave aumenta consideravelmente. Nos bebês, a principal característica é a moleira, que fica elevada.

Diagnóstico O diagnóstico se baseia na avaliação clínica do paciente e no exame do líquor, líquido que envolve o sistema nervoso, para identificar o tipo do agente infeccioso envolvido.Se houver suspeita de meningite bacteriana, é fundamental introduzir os medicamentos ade-quados, antes mesmo de saírem os resulta-dos do exame laboratorial. O risco de seque-las graves cresce à medida que se retarda o diagnóstico e o início do tratamento. As le-sões neurológicas que a doença provoca nesses casos podem ser irreversíveis.

Recomendações* Lave as mãos com frequência, espe-cialmente antes das refeições* Ventilação e higiene do ambiente* Lavar alimentos antes de consumir* Não compartilhar itens de uso pessoal* Cobrir a boca ao tossir

Tratamento A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B, princi-pal causador de doenças como sinusite, pneumonia e bron-quiolite, também protege contra a meningite e faz par-te do calendário oficial de vacinação. O tratamento contra a meningite por pneumococo, embora tenha sido lança-do na Europa e nos Estados Unidos, onde as características da bactéria são um pouco diferentes, fornece boa proteção também no nosso País. A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por meningococo C faz parte do Calendário Básico de Imuniza-ção. O esquema de vacinação obedece aos seguintes crité-rios: uma dose deve ser aplicada aos três meses, outra, aos cinco meses e a dose de reforço, aos doze meses. Assim co-mo para as outras enfermidades causadas por vírus, não exis-te tratamento específico para as meningites virais. Os medi-camentos antitérmicos e analgésicos são úteis para aliviar os sintomas. Meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem tratamento prolongado à base de antibi-óticos e quimioterápicos por via oral ou endovenosa.

Fique por dentro

“Sem motivos para preocupação”Meningite

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Cristiano [email protected]

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Sábado, 18 de julho de 2015 17Geral

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999Nº 6 2 3 3 6 33 3 18 10 16

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Nº 14 16 9 10 9 50 43 21 20 18

2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total Nº 17 8 16 12 5 7 375

Número total de casos

- 11 a 45 a 910 a 1920 a 2930 a 3940 a 4950 a 5960 a 69+ 70 Total

Masc

Feminino

Total

Total

158

126

284

%

1999/2014

55,6

44,4

100

Incidência Média

1999/2014

19,7

15,2

17,4

Nº1861514138222312117

284

%6,321,518

14,413,47,78,14,23,92,5100 FONTE: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Incidência por idade Incidência por gênero

Bacterianas Viral Outras EtiologiasNão especificadaTotal

Total1751431139

368

%47,6383

10,6100

Etiologias

*CRYPTOCOCCUS E IOXOPLASMA

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Sábado, 18 de julho de 201518 Geral

Romance, autoajuda, literatura infantil e juvenil são oferecidos no espaço

As obras disponíveis são novas e passam por constante manutenção

Mais de 30 mil títulos à disposição da comunidade

Biblioteca Pública

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Cristiane Grohe [email protected]

Ler é um hábito saudável, que desenvolve a concen-

tração, o foco e a imaginação. O fato de ler mais faz com que se tenha maior vocabulário e se saiba como utilizar melhor as palavras. Além disso, todos es-ses benefícios ajudam a man-ter o cérebro saudável e jovem, além de melhorar a memória. E se o preço do livro vendido nas lojas anda “salgado”, uma ótima opção são as bibliotecas.

Em Bento Gonçalves, a Biblio-teca Pública Municipal Castro Alves tem um acervo de mais de 33 mil títulos catalogados. De acordo com a diretora do espaço, Eleonora Zorzi, o local oferece vários estilos literários. “São romances, literatura gaú-cha, brasileira, estrangeira e in-fantil”, cita. Apesar da facilidade da busca e pesquisa na internet, Eleonora revela que estudantes de diversas idades ainda bus-cam a biblioteca para realizar trabalhos de escola e faculdade. “O local também oferece espaço para grupos se reunirem e pes-quisarem juntos. Mesmo com a internet, os livros não foram abandonados”, relata.

O espaço de dois andares conta com 10 funcionários, en-tre eles, uma bibliotecária. Ele-onora diz que 9.370 usuários já estão cadastrados no sistema. “Temos pessoas de todas as faixas-etárias: crianças, jovens, adultos e idosos”, revela. Mas, para a diretora, levando em consideração a população de Bento Gonçalves, que é de mais de 100 mil habitantes, o núme-ro de leitores poderia ser maior. “Temos uma ótima estrutura e milhares de obras à disposição da comunidade”, conta.

Os títulos da Biblioteca Pú-blica Municipal são adquiridos pela própria instituição, e mui-tos por indicação dos frequen-tadores. “Também recebemos doações de quem costuma com-prar livros. Depois de lidos, os donos nos repassam as obras”, comenta. O local também dis-põe de um espaço para perió-dicos, onde estão os principais jornais do Rio Grande do Sul e de Bento Gonçalves.

Os livros chegam na mão dos

leitores sempre em bom es-tado. “Nosso público é muito cuidadoso. E quando há neces-sidade, os exemplares passam por manutenção para estarem sempre em ótimas condições”, destaca. Conforme a diretora, a biblioteca completa 75 anos no dia 20 de agosto, e em setem-bro ocorre a 30ª Feira do Li-vro. “Já estamos nos reunindo para organizar uma programa-ção especial para essas datas importantes”, assegura.

Balaio da Saúde Literária

Eleonora explica que a biblio-teca também desenvolve o pro-jeto Balaio da Saúde Literária. “A proposta tem por objetivo criar um local de acesso ao li-vro, além de despertar o gosto e o hábito pela leitura nas pesso-as que frequentam as 22 Unida-des Básicas de Saúde (UBS) do município, e em outros pontos da cidade”, revela. Cada cesto de vime contém obras de lei-tura, desde revistas em quadri-nhos até romances, passando por artigos, crônicas e contos. “Queremos aproximar a co-munidade da leitura. A pessoa pode ler no local ou levar o livro para casa”, explica a diretora.

Um espaço dentro do prédio

da biblioteca é dedicado exclu-sivamente para as crianças, com dezenas de opções de livros, revistas em quadrinho, mesas e cadeiras próprias para os pe-quenos. No período das férias de inverno, a instituição vai oferecer a oficina “Alegria! Alegria! As fé-rias chegaram”, com atividades temáticas de incentivo à leitura, amizade e solidariedade. Crian-ças de 5 a 10 anos podem partici-par dos encontros. As atividades serão orientadas por um profis-sional capacitado, que realizará brincadeiras lúdico-educativas diversificadas, como contação de histórias, dramatizações e exercí-cios manuais. “A seleção de livros a serem trabalhados com os alu-nos promove virtudes essenciais para o convívio social. Por isso, a oficina pretende proporcionar atividades com conteúdo lúdico, além de reflexões com leveza, de-licadeza e brincadeiras próprias para as crianças”, salienta. A ofi-cina ocorrerá nos dias 20, 21, 23 e 24 de julho para crianças de 5 a 7 anos. Nos dias 27, 28, 30 e 31 de julho será para crianças de 8 a 10 anos.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone 3452.5344, ou na Biblioteca Pública Castro Alves, localiza-da na rua Barão do Rio Branco, 123, no Centro da cidade.

- Documento de identidade- Comprovante de residência- Taxa de R$15- A foto é feita na biblioteca

*O associado recebe uma carteiri-nha com validade de um ano.Mais informações: 3452.5344

BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL CASTRO ALVES

*O que precisa para se associar:

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Sábado, 18 de julho de 2015 19Geral

Convidadas pela Secretaria da Cultura, as escolas Mestre Santa Bárbara e Instituto Cecilia Mei-reles aceitaram a proposta de firmar parceria. Ambas têm rico acervo de instrumentos e espa-ço para ensaios que podem aju-dar na formação de uma Banda Marcial mais profissional.

Para a diretora Izaura Sale-te Zanella Pasquali, do Cecilia Meireles, tudo que envolva a participação das crianças é po-sitivo. “Nós estamos de portas abertas para a proposta. Foi feita a divulgação e alguns alu-nos já aderiram à ideia e vão participar. É importante en-volver os jovens em atividades positivas”, comemora.

Margarida Mendes Protto, di-retora do Mestre Santa Bárbara, prefere manter a discrição. “Ain-da não é nada concreto, apenas divulgamos aqui na escola que

De acordo com o maestro Jeferson Trevelin, que coor-dena os músicos, a falta de incentivo é uma questão a ser levantada. De acordo com ele, desde 2013 a banda partici-pou de apenas seis eventos da cidade. “As crianças se es-forçam tanto para virem aos ensaios e não são devidamen-te reconhecidas. Essa banda deveria estar na rua todos os finais de semana. Não adian-ta manter o projeto para ficar

aqui dentro da Casa das Ar-tes”, desabafa.

O professor diz que a baixa aderência de novos integran-tes dificulta o andamento do projeto. Segundo ele, hoje é mais difícil convencer os ado-lescentes a entrarem em uma banda. “Hoje as crianças têm outras atividades que antes não tinham, então é mais di-fícil achar quem se interesse por tocar em uma banda”, las-tima Trevelin.

Depois de ser reativada em setembro de 2013, após uma

pausa de cerca de um ano, a Ban-da Marcial de Bento Gonçalves ainda encontra dificuldades para voltar a ser como antigamente. A baixa adesão de novos partici-pantes é apontada como um dos principais problemas enfrenta-dos pela equipe atual.

Até 2012, o grupo era composto por mais de 30 integrantes, mas esse número começou a diminuir em 2013. Hoje apenas 15 jovens e adolescentes procuram na banda uma forma de entretenimento e disciplina. Com poucas apresen-tações realizadas até o momen-to, a Banda está desacreditada, mas nunca ficou sem apoio por parte da Secretaria de Cultura. Segundo o secretário da pasta, Jovino Nolasco, que também é presidente da Fundação Casa das Artes, nunca faltou ajuda. “Nós sempre demos o suporte neces-sário para a banda, fornecendo transporte e instrumentos. Mas se eles não são convidados para os eventos, a culpa não é nossa, não é minha. Não sou empresá-rio deles”, explica.

O secretário ainda lamenta a situação atual do grupo. “É um absurdo nós não termos uma banda, ainda mais com todo o potencial da cidade. Esse cená-rio precisa ser revertido”, de-fende Nolasco.

Para tentar mudar esse cená-rio, a Secretaria planeja ações em conjunto com escolas da rede es-tadual de ensino. O colégio Mes-tre Santa Bárbara e o Instituto Cecilia Meireles dispõem de acer-vo significativo de instrumentos musicais que podem auxiliar na formação de um conjunto mais completo, do ponto de vista téc-nico. “Representantes da Secre-taria de Cultura e da Casa das Ar-tes se reuniram com as diretoras das duas escolas para pensar na

Novas possibilidades são estudadas e desenvolvidas para melhorar a visibilidade deste patrimônio municipal

Meta da Secretaria de Cultura é chegar a mais de 50 integrantes

Uma nova luz para a Banda MarcialRufem os tambores

Gabriela [email protected]

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Atual situação é por falta de incentivo, diz maestro

Apoiadores acreditam na parceria com a Secretaria

a Casa das Artes oferece oficina de música”, explica. E ela pensa além: “não deixa de ser interes-sante, pois quando os alunos daqui souberem tocar, podemos formar nossa própria banda do Mestre”, projeta Margarida.

O tenente-coronel Alexan-der, comandante do 6º BCom, explica que a parceria será fei-ta apenas no início do projeto. “Nós vamos deslocar nosso cabo Gabriel Lopes Ubal Rodrigues para dar uma assessoria ao gru-po. Nossa parte nesse processo é prestar o que seria uma consul-toria inicial para a banda, com a finalidade de fornecer algumas orientações. Entretanto, isso não será permanente”, relata.

Os interessados em integrar a Banda Marcial devem entrar em contato com a Secretaria da Cul-tura pelo número (54) 3452.1306 e falar com Jacqueline Karkaba.

possibilidade de formarmos uma parceria e alcançarmos um nú-mero bom de integrantes para, então, termos uma Banda Mar-cial digna de apresentações”, re-lata o secretário.

Outra medida que está sendo tomada é com relação à adminis-tração da equipe. Nolasco entrou em contato com o comando do 6º Batalhão de Comunicações (6º BCom) para solicitar apoio. “Eu conversei com o tenente--coronel Alexander para ver se eles poderiam nos ajudar na ges-

tão da banda. Ficou definido que eles vão nos ceder um militar que conheça o universo musical e que vai nos apoiar no sentido de or-ganização e disciplina da banda. Isso não significa que ele vá reger o grupo, apenas colaborar com a gestão. Nós, inclusive, não temos nenhum interesse em substituir o maestro Jeferson Trevelin que está conosco há mais tempo. Queremos apenas formar uma equipe completa e realizar nosso sonho de ter uma banda marcial em Bento”, comenta.

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Sábado, 18 de julho de 201520 Geral

Aumento de reclusão para menores infratores

Na noite de terça-feira, 14, o Senado aprovou o projeto

de lei que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente com aumento no tempo de reclu-são para menores infratores. A estadia máxima na Fundação Casa deve passar de três para 10 anos se for aprovado tam-bém pela Câmara dos Deputa-dos. A medida, que foi apresen-tada pelo Senador José Serra (PSDB), também prevê que os jovens que cometem crimes hediondos devem ficar em alas separadas dos demais adoles-centes. No 8º Congressul, a me-dida foi sinônimo de opiniões divergentes e discussão acerca de sua funcionalidade.

A proposta, apesar de ser do Senador da oposição, tem apoio do Governo Federal e de muitos que desaprovam a redução da maioridade penal. A conselheira tutelar de Bento Gonçalves, Solange Balestreri, destaca a importância de se fa-lar em novas medidas. Ela tam-bém aponta a iniciativa como uma forma de desviar a aten-ção da redução da maioridade penal em busca de alternativas menos impactantes no sistema carcerário e na proteção que o ECA prevê aos jovens. “É uma questão polêmica e que envol-ve muitos fatores públicos e

Participantes debatem medida que prevê sete anos a mais de pena

Os conselheiros Solange Balestreri e Jair Pereira acreditam que a mudança pode ser positiva no ECA

8° Congressul

VITÓRIA

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Vitória [email protected]

sistemas em rede. Não pode ser decidido de uma hora para outra. Porém, pelas informa-ções que temos, até agora essa é melhor saída que encontra-mos e a que menos fere o am-paro das crianças e adolescen-tes por nós”, observa.

O ex-vice-presidente da As-sociação dos Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul (Aconturs), Getúlio Martins Silveira, abor-da a importância de o ECA ser executado. Segundo ele, as me-didas precisam sair dos discur-sos e do papel para trazerem resultados. “A questão é mais complexa do que parece. Não é só aumentar a pena ou reduzir a maioridade penal, é preciso que a legislação seja cumprida e que as crianças e adolescen-tes sejam realmente priorida-des na sociedade, como esta-belece o ECA. E enquanto as normas não forem cumpridas, não vamos evoluir”, avalia.

Silveira também lembra que antes de punir adolescentes, é preciso que sejam oferecidas condições básicas como saúde, educação e segurança. “Se isso estivesse sendo efetuado com excelência, talvez fosse menos necessário remediar proble-mas”, completa.

Quem também acredita que o oferecimento de melhor estru-tura é a solução em longo prazo, é o representante da Associação

Catarinense de Conselheiros Tutelares (ACCT), Jair Pereira. O advogado e conselheiro de direito afirma que, antes do au-mento da reclusão, é preciso ex-plicar para a população do que se trata a medida, depois ofere-cer estrutura e, por fim, fazer a mudança na legislação. “As pes-soas precisam estar bem infor-madas para decidir, de forma coerente, qual é a sua posição. Por exemplo, em uma primei-ra pesquisa, 80% da população brasileira era a favor da redução da maioridade penal, mas isso foi porque a maioria não tinha conhecimento de causa. Depois com mais explanação sobre o as-sunto, os números mudaram”, explica. Entretanto, Pereira diz que o aumento de três para 10 anos é uma das melhores opções até o momento. “Talvez nem seja o melhor, mas é o menos in-vasivo e radical”, finaliza.

A norma deixa mais rígido também o programa de estu-dos, já que, se for aprovada, prevê que os jovens frequentem os centros de internação até o término do ensino médio. O texto atual obriga a conclusão apenas do ensino fundamental. A proposta de Serra também pressupõe uma alteração no Código Penal que agrava a pena para maiores de idade que pra-ticarem crimes acompanhado de um menor, ou que induzi-rem o menor a cometê-lo.

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Sábado, 18 de julho de 2015 21Geral

Saúde

Exercício físico ao alcance de todosNovas academias ao ar livre foram instaladas nos bairros Progresso e Aparecida facilitando o acesso aos seus moradores

Cleunice [email protected]

Equipamentos de academia ao ar livre já foram insta-

lados no bairro Aparecida, e no Progresso, as instalações ainda estão em fase de con-clusão. Os novos locais pode-rão ser utilizados pelos mo-radores das localidades para a prática esportiva e para o lazer.

Arlindo da Silva Barreto é um dos frequentadores da praça no Aparecida. Há mais de 50 anos residindo no bair-ro, ele afirma que a iniciativa é boa, principalmente para os idosos. “Acho muito bom, está melhorando a minha saúde. Tenho 80 anos e consigo fa-zer os exercícios quase que diariamente. Só não consigo quando chove”, comemora.

O benefício, segundo Bar-reto, não será somente para as pessoas mais velhas, mas também para todos os mora-dores. “É uma boa iniciativa e

vai fazer bem para os jovens. Nós que somos idosos, temos que nos cuidar devido aos problemas de saúde, mas os mais novos devem se cuidar também”, ressalta.

Há mais de um mês, Dario Prestes de Sousa pratica exer-cícios físicos no local e defen-

No bairro Aparecida, idosos realizam atividades físicas na praça

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Escola Tancredo Neves

Doação de livros beneficia mais de 400 estudantesNo dia 10 de julho a Escola

Municipal de Ensino Funda-mental Doutor Tancredo de Almeida Neves, do bairro São Vendelino, recebeu uma doa-ção de livros da Vinícola Salton, como forma de colaborar com o projeto de leitura da instituição.

A ação interna de arreca-dação de livros, desenvolvida entre os dias 13 de maio e 30 de junho na vinícola, contou com a colaboração dos funcio-nários. Ao todo, foram arre-cadados 270 livros que, além de serem disponibilizados na biblioteca da escola que atu-almente conta com cerca de

de que eles são importantes para a saúde. “Eu sou hiper-tenso e diabético, mas tudo é controlado por remédios. Estou sentindo que minha saúde está melhor. Nesse um mês que estou fazendo exercí-cios, noto que estou bem. Até a coloração das minhas unhas

melhorou e isso é um bom si-nal”, salienta.

De acordo com o secretário da Juventude, Esporte e La-zer, Gustavo Sperotto, o novo espaço é importante para a população. “A experiência que a gente tem com as ou-tras academias no município, principalmente para as pes-soas da terceira idade, é satis-fatória”, relata.

Segundo Sperotto, não ha-via nenhuma academia ins-talada no município até 2013, e a expectativa é que até o final deste ano mais equipa-mentos sejam montados no município. “A ideia é ter 20 academias espalhadas em Bento Gonçalves”, projeta o secretário.

Quanto aos locais que ainda não foram finalizados, Spe-rotto esclarece que é neces-sário que o tempo melhore para que sejam inaugurados. “Temos que esperar o tempo firmar para finalizar o que falta”, explica.

9.700 exemplares, o projeto coloca os livros à disposição no transporte escolar.

De acordo com o presidente da Salton, Daniel Salton, a ini-ciativa foi importante tanto para os colaboradores quanto para o colégio. “Esse projeto, apresen-tado por uma de nossas colabo-radoras, nos pareceu uma ótima oportunidade de envolver todos os colaboradores da empresa em uma atividade de baixo cus-to, com resultados inestimáveis para as crianças beneficiadas. E mais do que apoiá-lo, sentimos que os colaboradores puderam também passar adiante a experi-

Saiba como funcionam as academias

Os bairros Imigrante, Bota-fogo, Vila Nova 2, São Bento, São Roque, Borgo, Licorsul, Fátima e o distrito de Faria Le-mos, contam com academias ao ar livre. Já os bairros Pro-gresso e Aparecida, estão em fase de conclusão de revitaliza-ção da praça como um todo.

Os aparelhos instalados nos locais são indicados para maio-res de 12 anos, não têm peso e usam apenas a força do corpo para exercícios de musculação e alongamento. Trata-se de um sistema que se adapta ao usuá-rio mediante o peso do próprio corpo, criando resistência e gerando benefício personali-zado, independente de idade, peso e sexo. A instalação des-tes equipamentos nas praças dos bairros visa a ampliação e a utilização do espaço e integra o programa estruturante “Viver bem” da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves.

Projeto de leitura foi contemplado com doação de 270 exemplares

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ência que eles próprios viveram quando menores, ou que seus filhos estão vivendo”, comenta.

A diretora da escola, Nelita Maria Zanovelo, relata que a co-laboração da vinícola vai fortale-cer mais o projeto. “A Tancredo realizou parceria com a Vinícola Salton para aumentar o acervo da biblioteca. Além disso, os li-vros também serão disponibi-lizados no ônibus escolar para serem lidos durante o trajeto até a escola. Estas ações contribuem no processo de ensino-aprendi-zagem de nossos alunos. Acredi-to que todo bom leitor será um bom escritor”, esclarece.

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Sábado, 18 de julho de 201522 Regional

A 19ª Edição da Feira de Compras da Associação do Co-mércio, Indústria e Serviços de Carlos Barbosa, a ACI, chega ao terceiro final de semana com motivos para comemorar. O movimento dos dois primeiros superou a expectativa da orga-nização e dos 32 expositores.

Com metade da Feira de Compras já transcorrida, a avaliação da presidente da co-

A Rio Grande Energia (RGE), por meio do Progra-ma de Eficiência Energética (PEE), realiza na próxima terça-feira, 21, ações diferen-ciadas para a comunidade de Pinto Bandeira. Das 13h30min às 16h, a concessionária de energia elétrica estará no Sa-lão Paroquial do Santuário Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, onde será realizado atendimento aos consumido-res, com a oportunidade de negociação de débitos, além da distribuição de panfletos sobre os diversos projetos e áreas de atuação da empresa. Impressos com informações e dicas sobre o uso eficiente e

A Escola Estadual de Ensi-no Fundamental Prof. Angelo Chiamolera, localizada no dis-trito de Faria Lemos, promoveu uma exposição dos trabalhos realizados pelos alunos do 6º ano. A mostra pode ser aprecia-da pelos estudantes dos turnos da manhã e tarde.

O projeto, coordenado pelo educador Cristiano Demari, teve por objetivo mostrar a criatividade por meio da con-fecção de maquetes referentes às principais formas de relevo da superfície terrestre estuda-das em sala de aula. Entre os

A Secretaria Municipal de Agricultura de Pinto Ban-

deira está concluindo o traba-lho referente às horas-máqui-nas nas propriedades rurais. O secretário de Agricultura e vice-prefeito, Loris Fran-ceschini explica que o Poder Executivo subsidia 60% do valor, e o morador paga ape-nas 40%.

O serviço já era para estar concluído, porém o registro de períodos chuvosos prejudicou o andamento das atividades. “Já era para termos encerrado, porém os dias de chuva segui-dos nos prejudicaram nos úl-timos dois meses”, esclarece o vice-prefeito.

Segundo Franceschini, nes-te ano foram disponibilizadas mais de 1.300 horas-máqui-nas. O secretário revela que a ideia é que, para a próxima edição, as inscrições sejam antecipadas para o término do segundo semestre de 2015. Assim, os trabalhos seriam antecipados e executados ainda no verão. “Fizemos as inscrições no mês de janeiro, em fevereiro foi licitado e os trabalhos iniciaram em mar-ço. Mesmo assim, estamos no mês de julho e não consegui-mos concluir, pois o tempo

Secretaria de Agricultura recebeu a solicitação de 1.300h de agricultores

Feira de Compras da ACI está aberta hoje e amanhã

Alunos realizam mostra de maquetes sobre relevo

RGE promove ações educativasEvento acontece na Rua Coberta, ao lado do Salão Paroquial

Trabalhos dos estudantes do 6º ano foram expostos no hall da escola

Secretário e vice-prefeito, Loris Franceschini, detalha os trabalhos

ServiçoO quê: “RGE Comunidades

Eficientes” – atendimento ao público, espetáculo teatral e mostra fotográfica

Quando: terça-feira, 21;Horário: 13h30min às 16h;Local: Salão Paroquial do

Santuário Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.

Serviço de horas-máquinasé oferecido aos produtores

Carlos Barbosa

Faria LemosPinto Bandeira

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Estefania V. [email protected]

atrapalhou”, justifica. Para ele, por mais que o produtor tenha dificuldade de fazer um patamar novo no verão, o ser-viço seja disponibilizado, já que é o período de colheita do pêssego e, depois da uva. A proposta é que parte dele seja desenvolvida no verão para evitar os períodos chuvosos. “Pretendemos abrir as inscri-ções em outubro e novembro para fazermos a licitação de horas-máquinas em dezem-bro deste ano. Dessa forma, partir de janeiro as empresas

poderão desenvolver os tra-balhos para os agricultores”, completa o vice-prefeito.

A Secretaria de Agricultu-ra também está projetando a abertura de inscrições para a solicitação de alevinos. Segun-do o secretário da pasta, o Po-der Público subsidia cerca de 50% do valor. “Esse projeto é destinado aos produtores que criam espécies em açudes”, afirma. A previsão é que as espécies sejam entregues no mês de novembro deste ano, de acordo com Franceschini.

temas abordados nos trabalhos estão o arquipélago, cânions, sistema de vulcanismo, cordi-lheira, lençol subterrâneo, ba-cia hidrográfica (foz em delta), montanhas, planalto, chapadas, depressão e planície. Segundo Demari, coordenador e profes-sor de Geografia, “esta ativida-de, além de prazerosa e lúdica, desperta o interesse do aluno e enriquece o conhecimento do assunto abordado, ligando a imaginação criativa à teoria trabalhada em sala de aula”. Os trabalhos foram expostos na sexta-feira, 10 de julho.

seguro de energia também se-rão entregues.

Uma das atrações do espaço é o espetáculo teatral Cidade Luz, que visa chamar a atenção do público quanto à mudança de atitude para o consumo de energia e para a preservação do meio ambiente. De forma descontraída, a encenação mostra situações do dia a dia e o que podemos fazer para com-bater desperdícios. A apresen-tação acontece às 14h. No local, também estará exposta a Mos-tra Fotográfica Caravana RGE – Educando para a eficiência, que apresenta os melhores momentos do projeto educa-tivo itinerante que percorreu

toda a área de concessão da instituição, em três edições, com público superior a 506 mil pessoas, dentre estudantes, professores e comunidades.

missão organizadora, Silvania Cislaghi, é positiva. “Está den-tro da nossa projeção de cres-cimento. A venda está boa e o fluxo de pessoas também. Há visitantes que vêm, inclusive, mais de uma vez, por estarem em cidades vizinhas”, comen-ta. O horário de funcionamen-to nas sextas-feiras e nos sá-bados é das 9h às 22h; e aos domingos, das 9h às 19h.

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Sábado, 18 de julho de 2015 23Regional

O presidente da entidade revelou ainda que, no dia 14 de agosto, a Amesne terá um novo encontro e que a associa-ção, juntamente com a UCS, está analisando a possibilida-de de realizar uma visita téc-nica de interesse de todos, ou que contemple a maioria dos prefeitos. “Precisamos deba-ter e conhecer assuntos de in-

teresse de todos. Israel, Euro-pa, Nova Zelândia, Austrália possuem diversos exemplos de solução do problema, e podem agregar valor para os prefeitos”, explica o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva.

A ideia é programar 15 dias de visitas técnicas. Xavier res-salta ainda que a gestão públi-

ca impacta na vida de milha-res de pessoas. “Não podemos ficar presos apenas em um círculo fechado, pois existem excelentes propostas para se-rem conhecidas, tanto na pro-dução como na convivência social”, destaca, complemen-tando que o gestor deve fazer um estudo paralelo e é neces-sário investir nesta área.

O que faz um produtor de leite quando um de seus animais

adoece e morre? O destino da carcaça de animais é um proble-ma que preocupa a Associação dos Municípios da Encosta Su-perior do Nordeste (Amesne). A necessidade de quantificar esse problema que já parece maior do que se supunha, e formatar uma regra comum para evitar contaminação do solo e do len-çol freático, levou a entidade a incluir o tema para compor uma de suas principais comissões de estudos. E é a primeira comissão a apresentar um estudo inicial, exposto em reunião da entidade no dia 10 de julho.

O trabalho está sendo de-senvolvido em conjunto com o Corede/Serra. A comissão tem como coordenador o prefeito de Montauri, Marcelo Boff, e é composta pelos prefeitos de Nova Araçá, Aícaro Umberto Ferrari, e de Fagundes Varela, Jean Fernando Sottili.

De acordo com o estudo, o vo-lume mensal de toneladas de car-caças de animais recolhidas está em torno de 80 unidades apenas nos cinco municípios em que já é desenvolvido o trabalho: Mon-tauri e Casca, da área de abran-gência da Amesne, além de Nova Alvorada, Camargo e Vila Maria. Ainda no mês de julho será con-tabilizado também o volume na cidade de Paraí.

O prefeito de Montauri, Mar-celo Boff, apresentou quatro pro-postas de ações que serão execu-tadas para regulamentar a coleta, o transporte e o processamento das carcaças: criação de um Con-selho Ambiental Regional; reali-zar em paralelo com as reuniões dos prefeitos da Amesne; encon-tro com secretários municipais da Agricultura e Meio Ambiente; formalizar um ofício da Amesne para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, para a Secre-

Problema é grave e já tem Comissão para Estudos de Regras, que apresentou um projeto referente à temática

Entidade estuda viagem técnica

Prefeito de Montauri, Marcelo Boff, apresentou projeto

Presidente da Associação, Fernando Xavier da Silva

Inês Fagherazzi, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Destinação de carcaças é discutidaAmesne

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Estefania V. [email protected]

taria Estadual da Agricultura e para o Departamento de Defesa Agropecuária – Divisão de De-fesa Sanitária Animal, a fim de criar uma normativa que regula-mente o funcionamento de em-presas que recolhem e fracionam animais mortos, além do trans-porte dos mesmos. Também está previsto o levantamento de dados através da Secretaria da Agricultura e Obras, no que diz respeito à quantidade de animais enterrados e abandonados ao ar livre, além do custo médio para enterrar os animais.

O coordenador da Comissão acredita que “poderá haver alguns

problemas no que diz respeito à questão sanitária, principalmen-te no tocante ao transporte. Por este motivo precisamos do apoio da região para que possamos dis-cutir junto a outras entidades a construção de uma minuta que regulamente toda esta logística”, relata. No entanto, hoje, não há uma dimensão exata do que está acontecendo nos municípios. “É uma realidade escondida, que vai envolver muita discussão, muito trabalho, mas estamos atuando para resolver da melhor forma todas estas questões”, finaliza.

O grupo de prefeitos optou pela criação do Conselho Ambiental

Regional (Condima/Amesne), que será formado por três pre-feitos que compõem a Comissão para Estudos de Regras; um Se-cretário Municipal da Agricul-tura e Meio Ambiente da área de abrangência da Amesne, que represente todos os secretários; um representante do Corede/Serra; um representante da Uni-versidade de Caxias do Sul; um representante da Emater/Ascar; um representante dos Conselhos Municipais do Meio Ambiente; e um representante da Regional dos Sindicatos dos Trabalhado-res Rurais (Fetag).

Segundo o presidente da

Amesne e prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, a associação nesta gestão irá priorizar projetos que impac-tam os municípios de abrangên-cia da entidade, e a destinação das carcaças de animais é um destes casos. “Foi constituída uma comissão para definir as ações que serão desenvolvidas. Em virtude da gravidade da si-tuação, foi traçado um planeja-mento estratégico”, explicou. O líder do Executivo ressaltou que a constituição do Conselho Am-biental Regional proposta pela Comissão para Estudos de Re-gras da associação foi aprovado por unanimidade de votos dos gestores presentes.

Segundo ele, para dar sequ-ência à proposta, é necessário alguns encaminhamentos. A ideia é que uma portaria regule os procedimentos quando ocor-rerem óbitos de animais e tam-bém contemple o interior, onde se concentra um grande volume de criação de suínos, aves, bovi-nos e caprinos.

A elaboração deste projeto conta com a participação da Universidade de Caxias do Sul (UCS) por meio do Corede Ser-ra, através do presidente da en-tidade José Antônio Adamoli e do assessor executivo, Miguel Bresolin, que estão auxilian-do na elaboração da proposta. “Esse tema desemboca na eco-nomia dos municípios, pois é necessário coletar essa matéria e isso gera custos”, pondera.

A proposta é considerada im-portante para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves que abrange municípios vizinhos, Inês Fagherazzi. Segundo ela, o agricultor deverá ser orientado sobre a destinação correta para o animal que vir a óbito. “Se o descarte não ocorrer de forma adequada, pode afetar os lençóis freáticos. Isso se agrava se os ani-mais que morrem estão contami-nados com doenças”, lembra.

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Sábado, 18 de julho de 201524 ObituárioFalecimentos

GENUINO LUCIETTO, no dia 08 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de Albano Lucietto e Olga Chiamenti e tinha 72 anos.

LEDUVINO PANASSOL DOS SANTOS, no dia 09 de julho de 2015. Natural de Sananduva/RS, era filho de Adão Panassol dos Santos e Maria Pereira e tinha 67 anos.

MARIA ELISETE BENTO DA SILVA FRANCO, no dia 09 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Alfredo Bento da Silva e Ermilda Messinger e tinha 45 anos.

CLAUDIO AGOSTINI, no dia 10 de julho de 2015. Natural de Caxambu do Sul/RS, era filho de Segundo Agostini e Gloria Santina Gazzoni Agostini e tinha 53 anos.

MARGARITA IDA LUCCHESE FIGLERSKI, no dia 09 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Vilson Lucchese e Lourdes Comin Lucchese e tinha 38 anos.

MATEUS HENRIQUE GRESELLE MARCHIORI, no dia 09 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de Sérgio Marchiori e Lucia Greselle e tinha 17 anos.

ROSALINA RODRIGUES DA SILVA, no dia 10 de julho de 2015. Natural de Cacequi/RS, era filha de Antonio Rodrigues e Lecina dos Santos e tinha 79 anos.

FILIPE DE SOUZA, no dia 10 de julho de 2015. Natural de São Luiz Gonzaga, era filho de Francisco Jiminiano de Souza e Maria Angela Doff Sotta Souza e tinha 31 anos.

SANTO MUCELINI, no dia 11 de julho de 2015. Natural de Jansen-Farroupilha/RS, era filho de João Mucelini e Regina Greggio Mucelini e tinha 70 anos.

WESLEY HENRIQUE DA SILVA ÁVILA, no dia 12 de julho de 2015. Natural de Montenegro/RS, era filho de Anderson Sidnei Ávila e Bruna da Silva Castro e tinha 3 anos.

AMANDA DE OLIVEIRA ISMERIO, no dia 13 de julho de 2015. Natural de Santo Angelo/RS, era filha de Moises Lichak Ismerio e Elisiane Pereira de Oliveira e tinha 6 meses.

VALTER ANTONIO MILANI, no dia 13 de julho de 2015. Natural de Garibaldi/RS, era filho de Francisco Jose Milani e Amelia Deconto e tinha 80 anos.

VICENTE ANGHINONI, no dia 10 de julho de 2015. Natural de Garibaldi/RS, era filho de Arcildo Anghinoni e Edviges Gobbi Missiaggia e tinha 83 anos.

LAURINDA STEFENON AMBROSI, no dia 14 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Fiorello Stefenon e Elvira Spolti Stefenon e tinha 81 anos.

SIDILE FLEORY DINON MARQUES, no dia 14 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Pedro Dinon e Maria Dinon e tinha 83 anos.

MARIA FERREIRA DO NASCIMENTO, no dia 14 de julho de 2015. Natural de Santo Angelo/RS, era filha de Filadelfo Ferreira do Nascimento e Izolina Lopes Morais e tinha 84 anos.

REGINA VINOSKI GUARNIERI, no dia 15 de julho de 2015. Natural de União da Serra/RS, era filha de Francisco Vinoski e Mariana Zembruski Vinoski e tinha 53 anos.

ADELINA ROSA MASUTTI CARLET, no dia 14 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Abramo Masutti e Libera Beal Masutti e tinha 92 anos.

MARIA DA LUZ GONÇALVES, no dia 15 de julho de 2015. Natural de Veranópolis/RS, era filha de Virgilio da Luz e Eugenia Rodrigues e tinha 75 anos.

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Sábado, 18 de julho de 2015 25Segurança

Morte na BR-470

Polícia identifica motorista que fugiuCelso Maciel Correia, morador de Barão, responderá por homicídio culposo, fuga e omissão de socorro, e por falsidade

Leonardo [email protected]

A Polícia Civil de Garibaldi confirmou, em coletiva de

imprensa na tarde de quarta-fei-ra, 15, a elucidação do acidente que vitimou o motociclista Loiri Baú no início do mês. O moto-rista do veículo que fugiu sem prestar socorro foi identificado como Celso Maciel Correia, de 36 anos. A caminhonete C20, de propriedade de uma empresa de Bento Gonçalves, foi apreendida para realização de perícia.

Correia é morador de Barão e estava sozinho no momento do acidente. Ele alegou que estava indo buscar colegas para uma viagem de trabalho até São Ga-briel quando ocorreu a colisão, e que fugiu do local por medo.

Em entrevista a uma rádio local, Correia admitiu a culpa e pediu perdão. Ele argumentou que havia muita cerração na trá-gica manhã e que tentava pegar um cigarro na lateral interna do

Delegado Clóvis apresenta fotos da caminhonete envolvida na colisão

automóvel quando sentiu a bati-da. Apavorado e sem saber o que aconteceu, Correia fugiu.

De acordo com o delegado titular em Garibaldi, Clóvis Rodrigues de Souza, o acusado responderá processo por ho-micídio culposo, fuga e omis-são de socorro e por falsidade, afinal Correia registrou na de-legacia de Carlos Barbosa uma

ocorrência que não existiu, de uma colisão contra uma árvo-re, para justificar o dano na ca-minhonete da empresa.

O acidente ocorreu no início da manhã do dia 3 de julho no quilômetro 226 da BR-470. Loiri Baú seguia em direção a Garibaldi em uma motocicle-ta Titan, com placas de Carlos Barbosa, quando foi atingido

por um veículo que seguia na mesma direção. A vítima caiu para fora da pista, enquanto o motorista envolvido fugiu do local do acidente.

Baú chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelos Bombeiros Voluntários de Garibaldi. Ele foi encaminhado para o Hospital São Pedro e, na sequência, transferido para Ca-xias do Sul devido a gravidade dos ferimentos. O motociclista viria a falecer na manhã seguinte.

Servidor municipal é preso

Na mesma entrevista coleti-va, o delegado Clóvis de Souza apresentou detalhes sobre o inquérito policial sobre a apre-ensão de uma caminhonete clonada, dinheiro falso e 8,5 gramas de cocaína ocorrida na terça-feira, 14, efetuada pela Brigada Militar. O acusado foi identificado como Antônio

Carlos Alves de Anhaia, de 47 anos, que atua como eletricista na Prefeitura de Garibaldi. Ele estava em horário de almoço quando foi preso.

A investigação busca esclare-cer a situação da caminhonete Hilux, de cor prata e placas ODM-8620 da cidade de Dr. Maurício Cardoso, que seria clonada e estava com o número do chassi adulterado. O veículo teria procedência de Canoas, onde, em janeiro deste ano, um roubo foi registrado.

Junto com Anhaia, no mo-mento da abordagem, foram apreendidos documentos fal-sos da caminhonete, cheques, quinze notas falsas de R$ 100 e cocaína. Ele foi recolhido ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves, com mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Gerson Martins da Silva, magistrado na comarca de Garibaldi. Todo o material apreendido foi encaminhado para perícia.

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Armados com um revólver calibre .38, dois indivíduos roubaram um mercado da rua Giácomo Baccin, no bairro Aparecida, na tarde de quarta-feira, 15. De acordo com a ocorrência policial, o crime ocorreu por volta das 18h50min. Os assal-tantes utilizavam touca ninja e ca-puz para esconder suas identidades. Foram levados o dinheiro do caixa (quantia não divulgada), celulares e documentos pessoais de clientes.

Dupla assalta no bairro Aparecida

Dois jovens foram presos em flagrante por tráfico de drogas no bairro Municipal na noite desta quinta-feira, 16 de julho. Eles são acusados de realizar uma telentrega de cocaína. Fo-ram apreendidas 28 buchas da droga, R$ 132, dois celulares e um veículo Voyage, de cor bran-ca e placas de Bento Gonçalves.

Conforme as informações da Brigada Militar, a abordagem ocorreu na rua Nunciante An-tinolf, entrada do bairro Mu-

Celulares dos acusados tocavam com encomendas durante a prisão

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nicipal, por volta das 20h. O motorista do Voyage foi iden-tificado como W.S., de 18 anos. Em seu bolso foi encontrada a cocaína. O outro acusado era J. F. T. de 19 anos. A dupla foi conduzida para o Presídio Es-tadual de Bento Gonçalves.

Durante a realização do fla-grante, os telefones dos acusa-dos não paravam de tocar. Qua-tro usuários que ligaram foram identificados e confessaram a encomenda do entorpecente.

Flagrante no Municipal

Um procurado de Santa Catari-na foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite desta quinta--feira, 16. O homem de 24 anos esta-va em um ônibus sob fiscalização no quilômetro 225 da BR-470, próximo ao Trevo da Telasul, em Garibaldi. Ele possuía um mandado de prisão con-tra si expedido em Santa Catarina. O acusado foi encaminhado à Delega-cia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Bento de Gonçalves para os devidos procedimentos.

Preso procurado de Santa Catarina

BM prende dupla por tele-entrega de cocaína

Um automóvel Peugeot, placas de Carlos Barbosa, foi arrombado na noite de quarta-feira, 15, na rua Rio Branco. Os ladrões quebraram um dos vidros e furtaram o estepe, um pendrive e outros pertences que estavam no interior do veículo. O proprietário do Peugeot perce-beu o crime por volta das 19h.

Um Uno em condição de furto foi localizado abandonado na rua Luiz Tomedi, no Conceição, na manhã de sexta-feira, 17. O carro estava sem as quatro rodas, sem bateria, estepe e sem o rádio. O veículo foi removido, apresentado na delega-cia para registro e encaminhado para um depósito credenciado.

Veículo é arrombado em Carlos Barbosa

Carro furtado é localizado depenado

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Sábado, 18 de julho de 201526 Segurança

Promovido pelo Conselho Comunitário de Execuções Penais, Ponto de Leitura auxilia neste recomeço

Pena total

Estudo

População carcerária

Idade

Cor

Laborterapia:

Até 6 meses (provisórias) - 67 detentos

De 1 a 4 anos - 6De 4 a 8 anos - 29De 8 a 15 anos - 14De 15 a 20 anos - 13De 20 a 30 anos - 15Mais de 30 anos - 9

Analfabetos - 3Alfabetização básica - 3Fundamental incompleto - 111Fundamental completo - 10Médio incompleto - 14Médio compelto - 17Superior - 0

18 a 24 anos - 3225 a 29 anos - 2530 a 34 anos - 4135 a 45 anos - 4446 a 60 anos - 1661 a 70 anos - 3

Branca - 123Parda - 31Negra - 11

Faz trabalho interno - 77Faz trabalho externo - 3

180 presos168 homens12 mulheres150 no regime fechado30 no albergue70 monitorados por tornozeleiras eletrônicas150 transferidos aguardando por retorno

138 condenados (188 em prisão domiciliar)51 presos preventivos/temporários

Média de 48 entradas por mês

Foram 153 saídas e 102 transferências no semestre

HomensMulheres

12

168

Por crime

Homicídio - 7 Latrocínio - 13

Roubos - 88Furtos - 31Receptação - 11Estelionato - 2

Estupro - 5Atentado Violento ao Pudor - 4Estupro de Vulnerável - 2Formação de Quadrilha - 10

Uso de Documento Falso - 2

Tráfico de Drogas - 47Associação ao Tráfico - 11

Porte ilegal de arma de fogo - 6Disparo de arma de fogo - 3

Crimes de trânsito - 3

Estatuto da Criança e do Adolescente - 9

Falta de estudo é fator preponderantePopulação carcerária

Dados mostram que 70% dos recolhidos no Presídio Estadual de Bento Gonçalves não completaram o Ensino Fundamental

Leonardo [email protected]

Homem de cor branca, en-tre 25 e 34 anos, com o

Ensino Fundamental incom-pleto, acusado de roubo e em prisão provisória. Este é o per-fil mais comum dos apenados recolhidos no Presídio Esta-dual de Bento Gonçalves. O balanço do primeiro semestre evidencia as dificuldades com a superlotação, uma elevada rotatividade de presos e como o abandono escolar prejudica o destino de um jovem.

Os números divulgados são do dia 8 de julho, quando a população carcerária era de 180 presos, sendo 30 deles no albergue, e 70 apenados mo-nitorados por meio de torno-zeleiras eletrônicas. Porém, os dados provavelmente já tive-ram alguma alteração, afinal foi registrada uma média de 48 entradas por mês neste pri-meiro semestre. Ou seja, três novas prisões a cada dois dias.

Para piorar as dificuldades com superlotação, histórico problema enfrentado no siste-ma penitenciário do Rio Gran-de do Sul e Brasil, outros 150 apenados aguardam retorno, a maioria de transferências após os danos estruturados causa-dos pela rebelião ocorrida em 8 de maio do ano passado. O Governo Estadual garante que

as reformas das celas 10 e 11 é prioridade e R$ 512 mil já estão reservados para a obra. Porém a situação segue emper-rada desde fevereiro.

Retornando aos números, fica evidente a importância das escolas no combate à vio-lência. Dos recolhidos na peni-tenciária, 70% não completou o Ensino Fundamental. E não há nenhum preso que tenha ingressado no Ensio Superior.

Para o promotor de Justiça Gilson Borguendulff, o proble-ma está na falta de interesse em estudar de quem já está em uma situação de vulnerabili-dade. “Considerando o atual sistema de ofertas de vaga no ensino, em decorrência da im-plementação do próprio ECA, dede 1990, e do EJA, além da oferta de ensino no interior do próprio presídio, entendo que muitos apenados não tiveram interesse em estudar, o que exi-ge dedicação, perseverança e disposição. Os que não tiveram acesso ou interesse oportuno podem buscar se educar dentro do próprio presídio, onde há aulas regulares, com professo-res dedicados, salas e biblioteca adequadas, com muitos livros à disposição”, argumenta.

A falta de investimentos em educação é vista pelo presiden-te do Conselho Comunitário de Execuções Penais de Bento Gonçalves, José Ernesto Mor-

gan Oro, como um fator pre-ponderante na criminalidade crescente. “A base é a educação, mas o Brasil está nessa situação complicada, e acaba indo tudo para o presídio. Por isso atua-mos nesta recuperação. Temos uma escola dentro da peniten-ciária, com diretora e professo-res estaduais, de acordo com os recursos que dispomos. Atua-mos com força por condições de trabalho, aulas, oportunidades de serviços, trabalho com artes. O problema são as condições físicas. Está tudo muito ruim. Estamos amarrados”, reclama.

60% esteve envolvida em roubos

Na análise dos crimes, o rou-bo e o tráfico de entorpecentes parecem ser o que mais man-tém acusados presos. Quase 60% da população teve inci-dentes com assaltos. Por outro lado, os crimes com maior nú-mero de prisões no município, furto e receptação, têm poucos representantes: 23%.

Outro dado que chama a atenção é o número de reco-lhidos em situação provisória: 43%. “A situação deve ser vis-ta em conjunto: mais crimes, mais presos, mais processos, maior volume de serviço e maior número de prazos pro-cessuais a serem cumpridos”, pondera o promotor Gilson.

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Sábado, 18 de julho de 2015 27Segurança

Servidor da Susepe apresentou boa recuperação após tiros

Latrocínio tentado

Agente penitenciário deve receber alta neste sábadoMaicon Pedroso Ferreira se recupera bem e não apresenta sequelas

Leonardo [email protected]

Baleado na cabeça durante um assalto a posto de combustí-

veis em maio, Maicon Pedroso Ferreira, 30 anos, tem previsão de alta médica para este sábado, 18. De acordo com o neurocirur-gião Gustavo de David, respon-sável pela cirurgia, o agente pe-nitenciário passou por todos os procedimentos necessários e não ficou com qualquer sequela. Fer-reira está internado no Hospital Tacchini desde o dia 29 de maio.

Naquela noite, o agente to-mava chimarrão em um posto de combustível do bairro Fe-navinho quando um indivíduo armado invadiu o estabeleci-mento e anunciou o assalto. Ferreira reagiu à ação e acabou atingido por dois tiros, um na cabeça e outro no abdômen.

A vítima foi socorrida por uma viatura da Brigada Militar

Dois homens e duas mulhe-res foram detidos após um fur-to em veículo na tarde de quar-ta-feira, 15. O crime ocorreu na avenida Osvaldo Aranha, no bairro Cidade Alta, próximo à Estação Rodoviária. Os suspei-tos quebraram o vidro do ca-roneiro de um Citroën C3 para pegar um celular.

De acordo com a ocorrên-cia policial, uma câmera de monitoramento próxima teria registrado a ação criminosa e o vigilante acionado a Brigada Militar. Com as características dos suspeitos, os policiais rea-lizaram buscas, capturaram os quatro acusados e recupera-

ram o objeto roubado. Na dele-gacia, foi lavrado flagrante por furto qualificado.

Os indiciados foram identi-ficados como Marcelo Rodrigo Garcia Pinto, de 19 anos, que possui inúmeras passagens por furto, Paulo Cesar Ramos do Nascimento, de 31, com ante-cedentes criminais por roubo, furto, lesão corporal e desa-cato, Jessica Loiza de Souza, de 23, que tem histórico por furto, roubo e tráfico de entor-pecentes, e Silvana Maciel, de 52, com antecedente de lesão corporal. Os quatro foram re-colhidos no Presídio Estadual de Bento Gonçalves.

Busca e captura

Quatro detidos após furto em veículo no Cidade Alta

Três indivíduos armados invadiram um restauran-te de Garibaldi e renderam o proprietário e clientes na noite de quarta-feira, 15. O crime ocorreu por volta das 21h15min na travessa Emídio Jacinto Ferreira, área central da cidade. Crime muito se-melhante ao ocorrido no mês passado, contra um restau-rante situado na área central.

Conforme as informações da Brigada Militar, os três assaltantes estavam armados com um revólver. Eles rou-baram o dinheiro que estava

no caixa, cinco garrafas de uísque, celulares e joias dos clientes. Os bandidos fugiram em um Celta de cor vermelha e placas IPX-7086, roubado de um dos clientes. Policiais militares fizeram buscas e lo-calizaram o carro abandona-do na rua Julio Motti.

Este seria o segundo roubo a restaurante em Garibaldi nos últimos dois meses e o sexto na região. Estas recen-tes ações são uma preocupa-ção do 3º Batalhão de Poli-ciamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).

Crimes em série

Trio efetua novo roubo a restaurante em Garibaldi

e conduzida para o hospital, onde passou por cirurgia. Sua recuperação foi considerada “melhor do que o previsto” ao longo do tempo, segundo seu neurocirurgião.

Os assaltantes chegaram ao posto de combustíveis com uma moto Honda CG 150 Titan, de

cor vermelha e placas de Santo Ângelo. Na hora da fuga, a mo-tocicleta foi abandonada pelos dois bandidos que correram em direção ao bairro Eucaliptos. A Polícia Civil interrogou o pro-prietário do veículo, de 22 anos, que não possui antecedentes criminais. Ele afirmou que sua moto havia sido roubada.

Dois dias depois, a investiga-ção da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) prendeu Rodrigo da Silva Borges, de 27 anos, em Farroupilha. O acusado con-fessou a autoria dos disparos e afirmou que queria dinheiro para comprar drogas. Ele es-tava com as duas mãos feridas devido aos disparos feitos pelo agente penitenciário. Borges segue recolhido no Presídio Central em Porto Alegre. A Po-lícia Civil ainda procura o seu comparsa, que havia ficado do lado de fora da loja de conveni-ência no momento do assalto.

Os servidores da Polícia Civil de Bento Gonçalves organiza-ram um "sirenaço" em homenagem a Valdeci Machado, de 55 anos, morto em Alvorada por um suspeito de violência contra a mulher na tarde de quinta-feira, 16 de julho. O ato ocorreu às 15h desta sexta-feira, simultâneo ao enterro da vítima.

O suspeito de praticar o crime é um homem que havia co-metido um delito enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele havia sido detido pela Brigada Militar e conduzido à delegacia. Pou-co tempo depois, ele fugiu e foi perseguido por policiais civis. Valdeci acabou entrando em luta corporal com o suspeito, que o desarmou e o matou. O acusado voltou a ser preso.

Homenagem a policial civil morto em Alvorada

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