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RAFAEL ROCHA

Uma área verde com 38 mil hectares, mil nascentes, cem cavernas e fósseis de até 40 milhões de anos, cuja pre-servação ambiental é incerta. A serra do Gandarela, que permeia oito municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, é alvo de disputa entre ambientalistas, empresá-rios da mineração e moradores das cidades vizinhas. De um lado, defensores do meio ambiente querem a criação de um parque de preservação (Parque Nacional da Serra do Ganda-rela). Do outro, mineradoras se movimentam para explorar a região, uma das poucas que ainda não sofreram o impacto da mineração.

Até o próximo domingo, o Movimento pela Preserva-ção da Serra do Gandarela realiza uma série de debates e oficinas para discutir o assunto. A ação acontece ao mes-mo tempo em que uma ação civil pública ajuizada na última quarta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF), exige agilidade na criação do parque nacional.

O projeto está emperrado desde o ano passado no Ins-tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O MPF quer que o órgão ambiental realize, até julho de 2012, consultas públicas que irão definir a criação da área de preservação.

A demora na definição preocupa pesquisadores e am-bientalistas. “A região tem recursos hídricos e ambientais, biodiversidade, valores culturais e científicos. Não podemos deixar acontecer no Gandarela os impactos causados no res-tante do Quadrilátero Ferrífero”, disse a integrante do movi-mento, Maria Tereza Corujo.

Para o geógrafo André Salgado, as consequências para a mineração serão muito pequenas caso o setor não tenha

autorização para explorar o Gandarela. “Nenhuma empresa vai fechar se não explorar o Gandarela”.

Vale aguarda licenciamentoUma das empresas interessadas na exploração de mi-

nério na serra do Gandarela é a Vale. A companhia planeja a implantação do projeto Apolo, ainda em fase de licencia-mento e com previsão de início para 2014.

Para o biólogo Flávio Fonseca, a atuação de minerado-ras no local colocaria em risco o meio ambiente. “É uma área de rochas ferruginosas, com espécies de fauna e flora ainda desconhecidas. É um patrimônio ambiental muito relevan-te”. A empresa informou, em nota, que segue rigorosamente os trâmites legais para a futura exploração. (RRo)

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Serra.Defensores de área verde querem criação de parque de preservação

Gandarela é disputada por ambientalistas e mineraçãoMinistério Público tenta impedir que região seja entregue a mineradoras

Patrimônio. Área de 38 mil hectares passa por oito cidades ao redor da capital e tem mil nascentes

FOTO: CRISTIANO TRAD

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Salvem a Serra Uma das mais importantes províncias minerais do

mundo está localizada em Minas Gerais. É o Quadriláte-ro Ferrífero, responsável por 75% da produção de ferro do Brasil, o segundo produtor do mundo. Nessa área, há mais de 50 minerações a céu aberto.

Pois, dentro do quadrilátero, encontra-se também a última área ainda bem-preservada, do ponto de vis-ta ambiental, da região. Trata-se da serra da Gandarela, localizada a sudeste da capital, na APA-Sul da região metropolitana de Belo Horizonte.

Apesar de próxima a grandes concentrações demo-gráficas, tem baixa ocupação humana, extensos e dife-rentes ambientes naturais, relevo acidentado, espécies vegetais e animais endêmicas, sítios arqueológicos e aquíferos que abastecem a capital e cidades vizinhas.

Mas o mais importante é que a área é representativa da transição entre dois biomas brasileiros, o cerrado e a Mata Atlântica, ambos sob ameaça de extinção. Tam-bém é a única no Estado onde é encontrada a vegetação de canga, que se desenvolve onde há minério de ferro.

Como não poderia deixar de ser, a área da serra da Gandarela é objeto de interesses que conflitam com a preservação ambiental. A mineração é o principal fator de sua degradação, exigindo do poder público que colo-que limitações a empreendimentos na área.

O Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual conseguiram a suspensão de licenciamentos de exploração e pesquisa na área, mas é preciso ir além, com a criação de um parque nacional para a serra da Gandarela, conforme foi proposto pela UFMG.

O assunto está na Justiça. O MPF quer que o Minis-tério do Meio Ambiente realize consultas públicas até o fim do primeiro semestre de 2012, tendo em vista sus-tentar a proposta de criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela junto à Presidência da República.

A criação do parque é a única forma de preservar a serra e seu patrimônio natural.

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Edson Luiz

Brasília – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou que vai multar a Chevron, empresa responsável pelo vazamento de petróleo no litoral flu-minense. O acidente aconteceu na semana passada, no campo de Frade, na Bacia de Campos, em uma área operada pela com-panhia petrolífera americana. Em outra frente, a Polícia Federal (PF), por deter-minação da presidente Dilma Rousseff, começou ontem a tomar os primeiros de-poimentos de funcionários da companhia. Já o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, optou por amenizar o problema. Segundo ele, o vazamento não é tão grave, já que o óleo foi levado para o alto-mar e não em direção à praia.

O Ibama ainda não definiu o valor da multa, pois depende da verificação da ex-tensão da área atingida, o que só será des-coberto após a finalização dos trabalhos de contenção do petróleo. Segundo nota, o instituto também não atua diretamente nessa tarefa, que é de responsabilidade da companhia petrolífera. “Assim que rece-beu a comunicação da Chevron sobre o vazamento, o Ibama mobilizou suas equi-pes para acompanhar as medidas adotadas pela empresa”, informa o comunicado, assinado pelo presidente do órgão, Curt Trennepoh. “Especialistas do Ibama es-tiveram na região do acidente e acompa-nham a evolução do caso diretamente da sala de situação, coordenada pela Marinha do Brasil, que conta também com a parti-cipação da Agência Nacional do Petróleo (ANP)”, acrescenta o documento.

Ainda na sexta-feira da semana pas-sada, agentes da PF tentaram sobrevoar a região para verificar a extensão do vaza-mento, mas o mau tempo comprometeu a visibilidade no voo. Eles começaram a ter uma ideia da dimensão do problema na úl-tima terça-feira, quando chegaram à plata-

forma. Segundo o delegado que coordena a investigação, Fábio Scliar, o que se viu foi um volume grande de óleo espalhado no mar. “A empresa disse que estava tudo sob controle, mas conversamos com al-gumas pessoas que estão trabalhando na contenção e elas nos disseram que não há previsão de controle do óleo”, afirmou ao Scliar. “É um desastre de proporções ca-lamitosas do ponto de vista ambiental”, observa o delegado. pRoCeSSo

As primeiras informações obtidas pela PF é de que o óleo está se espalhan-do, mas a ANP afirma que o primeiro es-tágio de cimentação da plataforma de per-furação, procedimento feito pela Chevron para o abandono definitivo do poço, foi concluído com sucesso. Conforme a ANP, a mancha de óleo continua se afastando do litoral e se dispersando. A agência abriu processo administrativo para a investiga-ção do acidente e a aplicação das medidas cabíveis.

A Chevron informou que continua mo-nitorando a mancha de óleo e confirmou que ela vem se dissipando. A estimativa da companhia é de que o volume de óleo na superfície do oceano esteja abaixo de 65 barris. “A companhia conta com uma frota de até 18 embarcações, operando em rodízio, como permitem as condições me-teorológicas, para controlar e monitorar a mancha”, comunicou a empresa.

Saiba maiso pRoblemA

A provável causa do desastre foi uma rachadura de cerca de 300m no solo, pró-xima ao local em que estava sendo feita a perfuração do petróleo, a uma profun-didade de 1.200m. Segundo a Chevron, a região explorada pela empresa tem uma produção diária de 79 mil barris de pe-tróleo, em uma área a 370 quilômetros ao nordeste do Rio. A mancha de óleo está hoje a pelo menos 120 quilômetros do li-toral.

meIo AmbIeNte

Ibama e PF de olho na mancha Instituto anuncia que vai multar Chevron, empresa responsável pelo vazamento de petróleo na Bacia de

Campos (RJ), e agentes interrogam funcionários que trabalham na área atingida

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