18 de março 2014 - sbn.pt · grafismo: ricardo nogueira execução gráfica: xis e Érre, lda....

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2 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 18 de março 2014

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Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSIMário Mourão – SBN

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 64.430 exemplares(sendo 5.430 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

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DOSSIÊ l UNICrise ataca saúde dos trabalhadores 4Sete perigosas tendências 4Postos de trabalho perdidos 5O que eles sofrem 6

SINDICAL l Conselho GeralAprovada alteração ao ACT do BCP 8Consulta revela concordância dos trabalhadores 8As vantagens do Acordo 9

CONTRATAÇÃO l BancaSubsídios do ex-BNU no Constitucional 10Trabalhadores no ativo:cortes salariais na CGD também no Tribunal 10Ação do IFAP com julgamento em janeiro de 2015 10

Seguros l CONTRATAÇÃOHá seguradoras que incumprem no dever de informação 11

SINDICAL l AtualidadeSindicatos comemoram Dia Internacional da Mulher 12SBSI: entre o património natural e o construído 12SBN leva sócias ao teatro 13STAS envia postal 13

QUESTÕES l JurídicasOs direitos dos sindicalistas eleitos 14

Visto de fora l José Manuel DiasRedução de pessoas: que critérios? 16Preconceitos a combater 18

TEMPOS LIVRES l NacionalFoto Febase 2013 20Serra da Arrábida inaugura época de caminhadas 21

l Bancários Centrol STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Sule Ilhas l Bancários Norte

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l EDITORIAL

OAcordo firmado entre a FEBASE e o BCP poderá terimplicações que vão além da sua aplicação aouniverso de trabalhadores do banco.

Não ignorando o que já foi dito em comunicado peloSecretariado da Federação, onde se sublinha que "o enten-dimento a que se chegou com o BCP – validado na maioriadas respostas dos sócios – representa a solução possívelpara salvaguardar um número significativo de postos detrabalho e não é, de forma alguma, um recurso extensívela outras instituições do setor", importa estar atento àstentativas, mais ou menos furtivas, que possam surgirpara negociação de condições idênticas.

A barreira que nos poderá ser útil erguer, para travaresses intuitos, deve ser a circunstância de a situação quelevou ao acordo com o BCP ter tido a origem no processode recapitalização e consequente injeção de capital porparte do Estado, com a concordância da DGCom, serviço daComissão Europeia com competência para assegurar ocumprimento das regras vigentes em matéria de concor-rência e impor os "remédios" que considera adequados, osquais, normalmente, incluem a fatura a pagar pelos traba-lhadores em resultado das imprudentes (?) decisões dasAdministrações das IC, neste caso do BCP, em matéria deconcessão de créditos e não só.

Um outro aspeto a ter em conta como consequência doAcordo com o BCP prende-se com o facto de o mesmonecessitar de se traduzir em alterações ao respetivo

TEXTO: DELMIRO CARREIRA

A FEBASE e a UGT têm insistentementereclamado junto do Governo a publicação

de uma Portaria de Extensão do ACTdo Setor Bancário a todas as instituições

de crédito que não o subscreveram

Coerência e bom senso

Acordo Coletivo de Trabalho. Estas terão de ser publicadasno Boletim de Trabalho e Emprego e para que sejamaplicadas a todos os trabalhadores do Banco, nomeada-mente não sindicalizados e sócios de sindicatos não subs-critores do ACT terá de ser publicada uma Portaria deExtensão, cuja decisão cabe ao Governo, através do Minis-tério respetivo.

Não temos quaisquer dúvidas de que o Governo publi-cará esta Portaria de Extensão, mais não fosse porqueparticipou no processo e assinou o acordo com a DGCom.

Sucede que a FEBASE e a UGT têm insistentementereclamado junto do Governo a publicação de uma Portariade Extensão do ACT do Setor Bancário a todas as institui-ções de crédito que não o subscreveram, pois nuncamandataram o Grupo Negociador formado no seio da APB.Neste processo, de cariz diferente, está em causa a prote-ção de trabalhadores atualmente abrangidos apenas peloCódigo do Trabalho ou por contratos individuais, preten-dendo os Sindicatos que as regras do referido ACT tambémse lhes apliquem.

Eis uma boa ocasião para um exercício de coerência napolítica laboral do Governo, até por não se verificaremproblemas com o apuramento da representatividade sin-dical, pretexto que tem servido para que a publicação dePortarias de Extensão tenha estado suspensa.

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SINDICAL l AtualidadedossiêSetor financeiro sob pressão

Crise ataca saúde dos trabalha Objetivos inalcançáveis, stresse,

medo do desemprego …As condições de trabalhono setor financeiro estão

a ter reflexos graves na saúdedos trabalhadores. A denúncia

é da UNI e resultade um inquérito realizadoem 26 países do mundo.

Portugal não foge à regra

TEXTO: ELSA ANDRADE

Desde o início da crise financeiraem 2008, os trabalhadores dosetor financeiro vivem num au-

têntico vendaval. Falências, interven-ções estatais e reestruturações deixa-ram milhões no desemprego.

Os que mantêm o posto de trabalhoestão sob enorme pressão física e psi-cológica. As condições laborais são cadavez mais difíceis: é preciso responderao mesmo volume de trabalho commenos pessoal, cumprir objetivos de

vendas irrealistas, suportar horáriosprolongados. O assédio psicológico é anorma em muitas empresas… e o re-ceio de perder o emprego também.

O resultado deste cocktail explosivoé uma deterioração acentuada da saú-de dos trabalhadores do setor financei-ro em praticamente todo o mundo, eque atingiu o auge no Reino Unido e naSuíça, com as trágicas mortes de traba-lhadores bancários.

O inquérito "Banca: a crise humana– perda de empregos e reestrutura-ções no setor financeiro", realizadopela Uni-Finanças Global Union em 2013,dá conta desta realidade.

O inquérito abrange sindicatos filia-dos de 26 países da Ásia-Pacífico (Aus-trália, Fiji, Malásia, Filipinas), África(Burkina Faso, Gana, África do Sul),América (Brasil, Granada, Venezuela) eEuropa (Alemanha, Áustria, Bélgica,

Dinamarca, Finlândia, França, Grécia,Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,Roménia, Espanha, Suécia, Holanda eReino Unido).

Embora os Sindicatos da Febase se-jam filiados na UNI, Portugal não parti-cipou no inquérito. Os dados sobre osetor financeiro nacional são da res-ponsabilidade da Federação.

A fase seguinte

Os problemas de saúde dos trabalha-dores do setor está a converter-se nafase seguinte da crise financeira, acusaa UNI-Finanças. Depois do desempregoque levou à saída de milhões de pessoasdas empresas, os atuais funcionáriossofrem todo o tipo de pressão, comconsequências patológicas.

Ansiedade, stresse, dores de cabeçae de estômago, perda de apetite, insó-

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A UNI-Finanças identifica sete principais tendên-cias no setor financeiro, com graves consequênciaspara os trabalhadores:

– Reestruturação generalizada das empresas apósa crise financeira de 2008;

– Trabalhadores sob enorme pressão para vende-rem produtos financeiros;

– Redução de postos de trabalho afeta sobretudotrabalhadores administrativos, de assistência aclientes e tecnologias de informação;

– Externalização de postos de trabalho;– Muitos trabalhadores do setor revelam sinto-

mas de deterioração da saúde;– Campanhas sindicais fora da Europa compen-

sam a falta de convenções coletivas;– Reestruturações estão a ter um impacto nega-

tivo nos riscos e na produtividade das empresas.

Sete perigosas tendências

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UNI

dores

nias são queixas frequentes entre ban-cários e trabalhadores dos seguros.

"Esta crise afetou-nos a todos demuitas maneiras. Enquanto acusamos,com razão, os proprietários dos bancospelo seu papel na crise, há milhões deempregados e de trabalhadores do se-tor financeiro cujas vidas laborais fo-ram arruinadas pela onda imparável demudanças que afetam o setor", denun-ciou Marcio Monzane, da UNI-Finanças.

A nível mundial, a saúde dos traba-lhadores é a mais afetada, principal-mente devido à forte pressão para ven-der produtos financeiros, ao medo dodesemprego e ao facto de terem deenfrentar clientes furiosos pelas dívi-das e por perderem as suas casas.

Mais de 80% dos sindicatos europeusinquiridos relatou a existência de pro-blemas de saúde nos seus associados,e metade revelou que os sócios se

queixam de que estão sob grande pres-são e a sua vida pessoal está a serafetada.

Um relatório recente do InstitutoNacional de Estatística do Luxemburgodivulgou que o setor com maior índicede assédio psicológico é o bancário,afetando 12% dos trabalhadores.

"Centenas de milhar de empregosperderam-se e continuam a perder-se.A pressão sobre o pessoal para alcançaros mesmos objetivos com recursoshumanos mais limitados é enorme ereflete-se na deterioração da saúde edo estilo de vida dos trabalhadoresbancários de todo o mundo", referiuainda Marcio Monzane.

Em Portugal, muitas das queixas dostrabalhadores do setor são idênticas. Amaioria refere-se principalmente a doisproblemas: angústia devido ao medodo desemprego que chega sob a forma

de convite para a rescisão por mútuoacordo e trabalho suplementar não re-munerado.

A ameaça do desemprego

À medida que o setor se ajusta apósa crise de 2008, os postos de trabalhocontinuam a estar na mira das empre-sas, como a forma mais fácil de reduzir

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Postos de trabalho perdidosO inquérito realizado pela UNI junto dos sindi-

catos filiados de 26 países revela que desde 2011,e à medida que o setor financeiro se reestruturadevido à crise iniciada em 2008, continua a redu-ção de milhares de postos de trabalho. O quadropeca por defeito, pois nem todas as organizaçõestêm dados totais.

País N.º empregos perdidos

Alemanha 12.100

Austrália 6.076

Áustria 580

Bélgica 3.890

Brasil 16.808

Dinamarca 3.236

Espanha 35.000

Estados Unidos 31.000

Finlândia 2.390

França 9.000

Grécia 3.069

Holanda 19.211

Irlanda 6.700

Islândia 300

Itália 2.975

Luxemburgo 300

Portugal* 3.700

Reino Unido 30.000

Roménia 4.000

Suécia 1.500

Restantes países 4.467

Total 196.302

Fonte: UNI-Finanças, inquérito mundial "Banca – a crise humana"*Estimativa da Febase para o período de 2011 a 2013

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UNIdossiê

Na primeira pessoa ou através dos sindicatos, os trabalhadores do setor financeiro denunciamas situações com que se confrontam. Eis alguns exemplos:

Portugal: "A pressão é muito grande face ao medo constante de ser o próximo 'convidado' pelobanco a rescindir o contrato" – trabalhador português.

"Com os recentes processos de reestruturação e a consequente onda de rescisões de contrato,os trabalhadores vivem um período muito complicado" – Febase.

Brasil: "Não basta alcançar os objetivos. Os chefes enviam emails a toda a gente com o nomedaqueles que não conseguiram. Procuro conselhos psicológicos gratuitos, porque tenho medode estar à beira de um ataque de coração" – trabalhador de um call center bancário internacional.

Áustria: "As mulheres ocupam os lugares com piores remunerações, e em lugar igual têmsalários inferiores. E isto não mudou no decurso dos últimos quatro anos" – sindicato GPA.

Espanha: "Os clientes atacam os trabalhadores devido às suas hipotecas ou dívidas. Osempregados não têm segurança suficiente. Infelizmente, os clientes que se sentem enganadosfinanceiramente viram-se contra os trabalhadores dos balcões, em vez de protestarem com adireção do banco" – sindicato Comfia.

Reino Unido: "Há uma deslocação dos objetivos de venda para os objetivos de prestação deserviços" – sindicato Unite.

Luxemburgo: "Há uma perda de saber fazer, já que os trabalhadores mais velhos saem e aansiedade instala-se nos que têm entre 44 e 55 anos. Um relatório mostrou que o assédiopsicológico é mais elevado no setor bancário, afetando 12% dos trabalhadores" – sindicato OGBL.

Alemanha: "Há um problema de confiança nos bancos por parte dos clientes" – sindicato Ver.di.Finlândia: "Os objetivos são inalcançáveis e a formação limita-se a uma aprendizagem"

– sindicato Pro Finland.Holanda: "Agora a carreira é a custos mais baixos" – sindicato FNV Bondgenoten.

O que eles sofrem

custos. Desde 2011 perderam-se quase200 mil empregos nos 26 países inqui-ridos mais Portugal, dos quais cerca de138 mil na Europa.

A ameaça de ficar sem emprego é umdos fatores que mais atormenta os traba-lhadores, o que tem plena justificação,pois na maioria dos países a tendênciacontinua e nalguns até se acentua. É ocaso, na Europa, da Áustria, Bélgica, Dina-marca, França, Grécia, Luxemburgo, Ro-ménia, Holanda e Portugal.

Recorde-se que vários bancos e segu-radoras portugueses têm diminuído onúmero de efetivos com recurso a res-cisões de contrato e reformas antecipa-das. E diversas instituições bancáriasestão obrigadas a continuar a reduzir onúmero de trabalhadores e de balcõespara cumprirem os acordos firmadoscom o Estado e a DGCom para poderemrecorrer à linha de recapitalização.

"Os trabalhadores mais velhos sãodespedidos ou reformados antecipada-mente, enquanto se contratam novostrabalhadores com condições menosfavoráveis, como a flexibilidade unila-teral", denuncia a UNI.

Segundo a organização sindical mun-dial, a maioria dos cortes de efetivosrecai nas funções relacionadas com oatendimento ao público, tecnologias deinformação e administrativos.

Em França, Espanha, Dinamarca, Fin-lândia e Reino Unido verifica-se tam-bém uma redução de postos de traba-lho altamente qualificados.

Vender, vender, vender

A pressão para vender produtos fi-nanceiros prevalece em todo o mundo,e frequentemente os objetivos exigidos

aos trabalhadores não têm em conta aenvolvente de crise económica.

Os trabalhadores queixam-se da for-ma negativa como a pressão exercidapelas chefias está a afetar a sua saúde,além da vida profissional e familiar.

A pressão para vender parece serespecialmente forte na Áustria, Irlan-da, Itália, Espanha, Reino Unido, Brasile Austrália.

Posição sindical

A UNI-Finanças tem tomado diversasposições públicas sobre a situação la-boral no setor financeiro, denunciandosituações e exigindo às autoridadescompetentes que atuem.

"Muitos bancos e companhias de se-guros voltaram a ter lucros em 2013,mas os trabalhadores continuam a per-der o seu emprego ou a estarem sub-metidos a grande tensão devido à pres-são para venderem", critica a UNI, exi-gindo que os empregadores do setorfinanceiro "façam o possível para pro-teger os empregos e as condições detrabalho, tratem devidamente os seustrabalhadores e remunerem-nos justa-mente".

A UNI exige ainda seja dada a rele-vância necessária à sua Carta sobrevenda responsável de produtos finan-ceiros, como forma de acabar com apressão sobre os trabalhadores.

"Os sindicatos têm de colocar a ques-tão da saúde dos trabalhadores comouma das principais consequências dacultura de reestruturação sem fim, ba-seada na redução dos custos laborais",conclui a UNI-Finanças.

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 18 de março 2014 ––––– 7RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 7

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SINDICAL l Conselho Geral

Os conselheiros da Febasereuniram-se com caráter de

urgência para analisar e votara introdução de um novo títulona convenção coletiva do BCP.

A proposta do Secretariadofoi aceite por esmagadora

maioria

Areunião do Conselho Geral da Feba-se teve lugar dia 6 nas instalaçõesdo SBSI, em Lisboa. Em análise

esteve uma proposta de aditamento tran-sitório de um novo título a incluir no ACTdo BCP. Esta proposta, depois de analisa-da e debatida, mereceu a confiança damaioria dos conselheiros, com apenastrês votos contra e uma abstenção.

A votação do Conselho Geral realizou-sejá depois de conhecido o resultado daconsulta dos Sindicatos aos sócios do BCPno ativo, que se pronunciaram, por largamaioria, a favor do acordo com o banco.

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Recorde-se que o Millennium bcp, apósnegociações com a DGComp e o Estadoportuguês, ficou obrigado a cumprir, entre2014 e 2017, uma redução de custos compessoal na ordem dos 392 milhões de euros– uma diminuição de cerca de 135 milhões– bem como do quadro de efetivos, para7.500 trabalhadores. Caso não consiga atin-gir estes objetivos por via do diálogo, oBanco ameaça recorrer a um despedimen-to coletivo de cerca de 1.500 trabalhadores.Com este acordo, a redução fixar-se-á em1.100, concretizada através de rescisõespor mútuo acordo e reformas antecipadas,permitindo desta forma a salvaguarda decerca de 400 postos de trabalho.

Coube a Paulo Alexandre, responsávelpelo Pelouro da Contratação da Febase,intervir para fazer a explicação destenovo título, bem como das implicaçõesdaí resultantes.

Um acordo desta envergadura suscitasempre dúvidas aos conselheiros, queaproveitaram a oportunidade para da-rem a sua opinião e colocaram algumasquestões ao Secretariado.

A tentativa da Febase em salvaguardaro maior número possível de postos detrabalho foi louvada por alguns dos con-selheiros que intervieram.

Tanto Paulo Alexandre como MárioMourão, secretário-geral da Federação,fizeram uso da palavra para esclarecer asincertezas colocadas pelos conselheiros.

As novas disposições

A alteração ao ACT do BCP prevê oaditamento de um novo título, com aepígrafe "Disposições especiais tempo-rárias e transitórias" que integra novecláusulas, e o Anexo XIII, que contém aspercentagens de ajustamento para cadaescalão de vencimento.

São aplicáveis a todos os trabalhadoresdo BCP e têm caráter temporário e transi-tório, entrando em vigor no dia seguinte àdata do Boletim do Trabalho e Emprego emque forem publicadas e caducando auto-maticamente em 31 de dezembro de 2017,salvo data anterior que seja devidamenteconvencionada entre as partes. No entan-to, estas alterações ficam suspensas até àentrada em vigor de uma Portaria de Exten-são que alargue a sua aplicação a todo ouniverso dos trabalhadores e no pressupos-to de que a mesma é aceite e publicada até10 de junho de 2014.

Durante o período transitório, o traba-lhador tem direito à remuneração mensalque resultar da aplicação das percenta-gens do Anexo XIII sobre os montantes daretribuição mensal efetiva ilíquida à datada entrada em vigor do novo título, cons-tantes dos escalões do mesmo Anexo.

Ficou definido ainda que a remunera-ção mensal de cada trabalhador de umdeterminado escalão nunca pode ser in-ferior à do trabalhador com a remunera-ção mais elevada do escalão imediata-mente anterior.

Aprovada alteraçãoao ACT do BCP

A maioria dos trabalhadores do BCP sócios dos Sindicatos da Febase queresponderam à consulta pronunciaram-se favoravelmente aos princípios doMemorando acordado entre a Federação e a administração do banco.

A Mesa do Conselho Geral da Febase procedeu no dia 26 de fevereiro àabertura dos envelopes dos sócios em resposta à consulta efetuada pelosSindicatos dos Bancários do Norte, do Centro e do Sul e Ilhas. Das 5.607 cartasenviadas foram rececionadas 1.516 respostas, das quais 1.091 são a favor daassinatura do Memorando.

Registaram-se ainda 242 respostas contra o acordo, 12 nulas e duas embranco. Foram anulados 169 envelopes, por não conterem quaisquer elemen-tos de identificação que permitissem a descarga nos cadernos eleitorais.

O resultado da consulta manifesta a solidariedade dos trabalhadores do BCP,que depois de devidamente esclarecidos optaram pela retenção salarial paraevitar um despedimento coletivo, o que levou o Secretariado da Federação aaprovar por unanimidade colocar à apreciação do Conselho Geral, órgãocompetente para o efeito, uma proposta de alteração do ACT do BCP.

Para os Sindicatos da Febase, o entendimento a que se chegou com o BCP– validado na maioria das respostas dos sócios – representa a solução possívelpara salvaguardar um número significativo de postos de trabalho e não é, deforma alguma, um recurso extensível a outras instituições do setor.

Consulta revela concordância dos trabalhadores

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Conselho Gerall SINDICAL

Créditos e SAMS

Durante o período do acordo, e a pedidodo trabalhador, as condições do crédito àhabitação e a outros créditos de que sejatitular podem ser revistas, tendo emvista uma redução da prestação mensaldevida até um valor equivalente ao quea não aplicação das cláusulas de expres-são pecuniária gerem na esfera jurídicado trabalhador.

Esta revisão das condições contratuaisdos créditos contraídos pelos trabalha-dores pode ser realizada com recurso acarência de capital, total ou parcial, du-rante o período de vigência ou através doprolongamento do prazo de amortizaçãodo crédito contraído e revisto até aolimite máximo dos 75 anos de idade.

Em relação às contribuições para oSAMS a cargo do banco, estas são devidasnos termos e pelo valor previsto na dataimediatamente anterior à da entrada emvigor desta alteração ao ACT.

Compensação aos trabalhadores

Com este acordo, o Millennium bcpmanifesta a sua intenção de não recorrera rescisões unilaterais através de umdespedimento coletivo, desde que a cadamomento as medidas implementadassejam suficientes e permitam salvaguar-dar os compromissos assumidos com aDGComp e o Estado.

Ficou ainda definido que o Conselho deAdministração e a Comissão Executiva doBCP submeterão à Assembleia Geral deAcionistas uma proposta de distribuiçãode resultados pelos trabalhadores, a ocor-rer nos anos seguintes após o fim daintervenção estatal, consubstanciada naentrega de um valor pelo menos igual aovalor total acumulado da retenção sala-rial.

O banco e os Sindicatos representadospela Febase integrarão uma comissão deacompanhamento que reunirá trimes-tralmente ou sempre que se considere

relevante. Fará parte das competênciasdesta comissão fornecer informaçãomútua sobre as medidas implementadasou a implementar bem como aferir aeficácia das mesmas no cumprimentodos objetivos propostos.

O Millennium bcp compromete-se ain-da a dar preferência, em processos derecrutamento e em igualdade de circuns-tâncias, aos trabalhadores que tenhamcelebrado acordo revogatório de contra-to de trabalho durante o período de vi-gência, sendo o montante da indemniza-ção recebida devolvido, com dedução donúmero de meses de remuneração equi-valente ao período em que estiveramdesvinculados e tomando como referên-cia a remuneração aplicável à data danova contratação.

Remuneração mensal % de ajustamento efetiva ilíquida< 1.000 0,0%

1.000 – 1.499 3,0%

1.500 – 1.999 4,0%

2.000 – 2.499 5,0%

2.500 – 2.999 6,0%

3.000 – 3.499 7,0%

3.500 – 3.999 8,0%

4.000 – 4.999 9,0%

5.000 – 6.999 10,0%

= ou > 7.000 11,0%

Ajustamento salarialAnexo XIII

A solução acordada entre BCP e Febase configura globalmente várias vantagens:– Salvaguarda mais de 400 postos de trabalho, com utilização de outros

mecanismos de redução de custos com pessoal;– Assegura o equilíbrio no impacto da redução de custos pelo universo dos

trabalhadores através de um sistema proporcional, progressivo e temporário;– Assegura um maior número de reformas antecipadas para a redução do quadro

de pessoal;– Garante aos trabalhadores a reposição das atuais condições remuneratórias

após o reembolso pelo Millennium bcp do investimento realizado pelo Estado;– Possibilita uma compensação futura;– Permite reduzir as prestações mensais do crédito a trabalhadores.

As vantagens do Acordo

10 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 18 de março 2014

CONTRATAÇÃO l Banca

Subsídios do ex-BNU no ConstitucionalO SBSI interpôs recurso para o Tribunal

Constitucional da ação contra a CGDe a CGA pelo não pagamento do 14.º

mês e do subsídio de Natal de 2012aos trabalhadores reformados do ex-BNU

TEXTO: ALEXANDRA SIMÃO JOSÉ*

Com vista ao pagamento, no ano de2012, do 14.º mês (a satisfazer nomês de abril de cada ano) e do

subsídio de Natal, o SBSI intentou umaação, no Tribunal de Trabalho de Lisboa,contra a Caixa Geral de Aposentações(CGA) e a Caixa Geral de Depósitos (CGD),pois, invocando os artigos 20.º e 25.º daLei do Orçamento do Estado de 2012,aquelas entidades não pagaram os sub-sídios em questão aos reformados e pen-sionistas do ex-BNU.

Os trabalhadores do ex-BNU que antesda fusão deste banco com a CGD tinhampassado à situação de reforma, quandose encontravam ao serviço daquele ban-co, continuaram abrangidos pelo ACTV,que dispõe de um regime de segurançasocial substitutivo, não integrado no re-gime geral de Segurança Social. Relativa-mente a parte daqueles trabalhadoresreformados (os que se reformaram até31.12.95), passou a ser da CGA o encargoe pagamento das respetivas prestações,que são reguladas, quanto aos valores ebeneficiários, pelo regime estabelecidono ACT em vigor para o setor bancário; osque se reformaram depois de 01.01.96,cabe à CGD o encargo das respetivasprestações – o que satisfaz através do seuFundo de Pensões – e também são regu-ladas, quanto aos valores e beneficiários,pelo regime estabelecido no ACT.

A ação foi julgada improcedente na 1.ªinstância, conforme foi noticiado na altu-ra, e da respetiva decisão interpôs o SBSIrecurso para o Tribunal da Relação deLisboa.

Em Acórdão, com data de 12.02.14,veio o Tribunal da Relação de Lisboa aconfirmar a sentença da 1.ª instância, porconsiderar que o regime da Lei do Orça-mento do Estado de 2012 relativo à sus-pensão do pagamento daquelas presta-ções é imperativo e sobrepõe-se à con-tratação coletiva.

Refere o mencionado Acórdão: "… in-dependentemente da pensão dos filiadosno A. decorrer de normas do ACT bancá-rios, de natureza contratual, que a Ré CGDestava obrigada a cumprir, a verdade éque a norma do art.º 25.º da LOE de 2012se sobrepõe à aplicação do ACTV para osetor bancário, por força do estatuído non.º 6 do citado art.º 25.º da LOE para 2012";"… entende-se, por isso, que os reforma-dos e pensionistas do ex-BNU também seencontram abrangidos pela previsão doart.º 25.º da LOE de 2012".

O SBSI, não podendo conformar-se com oteor deste Acórdão, interpôs recurso para oTribunal Constitucional, com o fundamentode que as normas em causa da Lei do

Orçamento do Estado, interpretadas nosentido que derrogam a aplicação, para osrepresentados do Sindicato, das cláusulas137.ª e 138.ª do ACTV do setor bancário – quepreveem o pagamento aos reformados,além das mensalidades que lhes competi-rem, um 14.º mês de valor igual ao dasmensalidades, a satisfazer em abril de cadaano, bem como um subsídio de Natal – violaos princípios vertidos nos artigos 18.º, 56.º,59.º e 105.º, 203.º, 277.º, 280.º, 281.º e 282.ºda Constituição da República Portuguesa.

Assim, cabe agora ao Tribunal Constitu-cional a decisão final sobre esta questão.

*Advogada do SBSI

Em representação dos trabalhado-res da CGD no ativo foi intentada umaação judicial relativamente aos "cor-tes salariais" decorrentes da Lei doOrçamento do Estado de 2012, tendo a1.ª instância decidido que esta Leiprevalecia sobre a contratação coleti-va. Também por Acórdão da Relaçãode Lisboa, proferido na mesma data doAcórdão do ex-BNU, veio a ser confir-mada aquela decisão (os argumentosde ambos os Acórdãos são idênticos).

Foi interposto recurso para o Tribu-nal Constitucional, nos mesmos mol-des que os relativos aos reformados doex-BNU.

Trabalhadores no ativo

Cortes salariais na CGDtambém no Tribunal

Os Sindicatos da Febase intentaram uma ação contra o afastamento do ACT no IFAP e nas Direções Gerais deAgricultura e Pescas para os trabalhadores oriundos do ex-IFADAP. Além das ações que se encontram pendentesno Tribunal Administrativo sobre o assunto, foi também intentada, pelos Sindicatos dos Bancários que integram

a Febase, uma ação no Tribunal de Trabalho de Lisboa, com vista a que seja reconhecida a continuação da aplicação doACT, com as consequências daí decorrentes, nomeadamente no que respeita ao pagamento de diferenças salariais a quehaja lugar, resultantes da aplicação do ACT, desde a data em que o mesmo foi ilicitamente afastado.

A ação está pendente no 4.º juízo - 1.ª secção do Tribunal de Trabalho de Lisboa e foi realizada já a audiência de partes,tendo o julgamento sido marcado para o dia 9 de janeiro de 2015.

Em causa afastamento do ACT

Ação do IFAP com julgamento em janeiro de 2015

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Seguros l CONTRATAÇÃO

Plano Individual de Reforma

Há seguradoras que incumpremno dever de informação

O STAS solicitou mais umavez a intervenção da APSe do ISP para que sejam

aplicadas as normasprevistas na convenção

coletiva

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS

Devido à sua importância paratodos os trabalhadores associa-dos do STAS, admitidos em anos

terminados em 4 ou 9, relembra-se quetêm direito, de acordo com as regrasestabelecidas na Cláusula 41.ª, a um"Prémio de Permanência" equivalentea 50% do seu ordenado efetivo mensal,pagável conjuntamente com o ordena-do do mês em que o facto ocorrer.

Igualmente os trabalhadores com maisde 50 anos de idade (ver n.º 3 da cláusula41.ª) podem optar pelo recebimento dovalor pecuniário equivalente ao do orde-nado efetivo dos dias de licença, emdetrimento destes. Para este efeito deve-rão solicitar essa opção ao departamentode recursos humanos da empresa.

Por outro lado, continua a verificar-se,com raras exceções, o incumprimento porparte das empresas seguradoras da infor-mação aos trabalhadores abrangidos pe-las cláusulas 48.ª e 49.ª – "Plano Individualde Reforma" –, quer no que concerne aostrabalhadores admitidos antes de 22 dejunho de 1995, quer aos admitidos depois.Impõe-se que os trabalhadores admitidosantes da data referida tenham no seuPlano Individual de Reforma a totalidadedas responsabilidades pelos serviços pas-sados que as empresas tinham para comeles, reportado a 31 de dezembro de 2011.

Os admitidos entre 22 de junho de 1995e 31 de dezembro de 2009, deveriam játer sido informados do valor em 2012correspondente a 1,00% sobre o ordena-do base anual, sendo que para 2013 apercentagem a incidir sobre o ordenadobase anual passa para 2,25%, crescendoem 2014 para 2,50%.

Os trabalhadores admitidos a partir de1 de janeiro de 2010 com contrato detrabalho por tempo indeterminado en-trarão no esquema previsto após doisanos de período de carência.

Esta situação, a todos os títulos la-mentável, levou a que, por mais de umavez, tivesse sido solicitada intervençãoquer da Associação Portuguesa de Segu-ros junto das suas associadas, quer doInstituto de Seguros de Portugal, na qua-lidade de entidade de supervisão.

De novo, junto das citadas entidadese das empresas obrigadas pela con-venção coletiva, solicitou-se a imedia-ta execução do previsto nestas cláusu-las, nomeadamente o dever de infor-mação, quer dos trabalhadores no ati-vo, quer daqueles que por rescisão oupor passagem à pré-reforma após ja-neiro de 2012 não perderam o direitoao Plano Individual de Reforma.

Melhorias do atual CCT

Aguarda-se que a APS responda for-malmente à proposta de melhorias

no atual Contrato Coletivo de Traba-lho (CCT), mormente no que concerneà massa salarial.

Pretende-se ultrapassar a inérciaque se apoderou das empresas segu-radoras num cenário em que desde2010 não existe negociação de novastabelas salariais.

Com a consciência da crise que seabateu sobre o País, dos efeitos ne-fastos que a mesma tem tido sobretodos, mas principalmente sobre ostrabalhadores, que não obstante emnenhum momento baixaram os bra-ços e, por isso, nada justifica a ausên-cia de atualização salarial para o ano2014.

Neste sentido foi solicitado às admi-nistrações das seguradoras, por es-crito, que colaborem numa soluçãoque reponha as condições a que todosos trabalhadores têm direito.

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SINDICAL l Atualidade

Sindicatos comemoram Dia Internacional da Mulher

Não podemos andar para trás

No ano do 40.º aniversário do 25de abril, é tempo de recordar

as muitas conquistas na igualdadede género, especialmente no domíniolaboral, por ação dos sindicatos. Mas

o momento é também de alerta,para não se correr o risco de versoçobrar o que tão dificilmente

foi alcançado

TEXTO: INÊS F. NETO

ODia Internacional da Mulher é ummarco na luta das mulheres porcondições de trabalho e salários

dignos, recordando as operárias têxteisde Nova Iorque que em 1857 entraramem greve e ocuparam a fábrica, exigindoa redução do horário de trabalho. Fecha-das nas instalações, 130 morreram noincêndio que deflagrou.

Mais de século e meio depois, lamen-tavelmente os trabalhadores e as traba-lhadoras portuguesas veem-se novamen-te envolvidos na mesma luta: as condi-ções de trabalho e os salários têm sofridouma enorme deterioração e até os horá-rios aumentaram, como é o caso da fun-ção pública.

As muitas conquistas alcançadas estãoa ser postas em causa devido à crise, mastambém através de uma série de altera-ções legais, no Código do Trabalho e nasconvenções coletivas.

Ao longo dos 40 anos de Democracia,os sindicatos foram os principais impul-sionadores das mudanças: desenvolve-ram um papel extremamente ativo noslocais de trabalho e lutaram pela igualda-

de de oportunidades entre homens emulheres, combatendo todo o tipo dediscriminação.

Mas com as recentes alterações nomercado laboral, é com muita apreensãoque sindicatos e trabalhadores encaramo presente e o futuro. "Parece que após 40anos de democracia estamos a andarpara trás", alertou Paula Viseu, coordena-dora do GRAM do SBSI durante a celebra-ção do 8 de março do Sindicato.

As mulheres são as mais afetadas poreste clima recessivo, marcado pelo de-semprego e pelas pressões das entida-des patronais para que prescindam dousufruto dos seus direitos, dificultandocada vez mais a conciliação entre o tra-balho e a família.

Porque a crise não pode ser sinónimode retrocesso nas conquistas arduamen-te alcançadas, os sindicatos da Febase,através dos respetivos GRAM, mantêmviva a memória do Dia Internacional daMulher, aproveitando a celebração paraalertar os sócios para a necessidade de,todos juntos, denunciarem atropelos edefenderem o que foi conquistado.

Entre o património natural e o construído

O SBSI celebrou o 8 de marçoem Ferreira do Zêzere, com uma visitaguiada às principais atrações naturais

da região, sem esquecer as obrasdo Homem e as suas tradições. Como

é habitual, não faltou um momentode reflexão sindical

Ferreira do Zêzere foi o local eleitoeste ano para a tradicional come-moração do Dia Internacional da

Mulher, a 8 de março, que como semprealiou o convívio à cultura e à reflexãosindical.

Os associados têm uma relação es-pecial com esta região, pois ali situa-se o Centro de Férias e Formação doSindicato, onde muitos passaram jábons momentos de descanso e lazer. Efoi no Centro que se realizou o almoçode celebração desta data, proporcio-nando a todos umas horas de convíviobem passadas, alternando entre a salae o espaço envolvente da piscina, apro-veitando o excelente dia de sol.

O passeio pela região teve a mais--valia da companhia de Hélio Silveira,vereador do município de Ferreira doZêzere, um magnífico cicerone aos prin-cipais locais históricos e patrimoniais davila, como os Paços do Concelho.

As mais de duas centenas de sóciosdo SBSI que participaram na iniciativativeram oportunidade de apreciar abeleza paisagística da região, ondepontua Dornes e a sua Igreja de NossaSenhora do Pranto, com uma interes-sante lenda e os tradicionais círios.

Sempre rodeados pelas belas vistassobre o rio Zêzere, os associados fo-ram conhecer vários locais de interes-se: a Igreja de Areias, obra do arqui-teto João de Castilho; um moinho devento de inspiração holandesa e ain-da em funcionamento; e o local ar-queológico das Grutas, cuja ocupaçãohumana remonta ao Paleolítico Supe-rior e vai até às invasões francesas,no século XIX.

Destaque ainda para a visita a umaoficina artesanal dos típicos barcosregionais, os "abrangel", cuja históriae construção foi explicada in loco peloseu artesão.

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Atualidade l SINDICAL

Desafios à igualdade

No Centro de Férias do SBSI, ondedecorreu o convívio, o GRAM projetoureferências a todas as suas atividadese ao trabalho desenvolvido pelos Nú-cleos.

O encontro contou com a presença demembros dos Corpos Gerentes do SBSI,que entregaram aos associados con-templados os prémios sorteados.

Depois do repasto e antes da músicapara um pezinho de dança, teve lugarum período de reflexão sindical, duran-te o qual Paula Viseu, coordenadora doGRAM, evocou o Dia da Mulher.

Durante a sua intervenção, a coorde-nadora focou a situação atual das mulhe-res portuguesas, lembrando que "a dis-criminação no trabalho não é apenas umdesperdício de talentos humanos, masuma violação aos direitos humanos".

Paula Viseu frisou que a legislaçãonacional "é muito boa", incluindo a proi-bição de discriminação de género, sala-rial e contra o assédio. No entanto, os"empresários têm muita imaginaçãopara contorná-la".

"As mulheres ganham menos 18%que os homens", ou seja, "trabalhamaté 6 de março de borla", o que significa"65 dias de trabalho a mais para ganha-rem o mesmo que os homens". E quantomais elevado é o nível de qualificaçãomaior é, também, a diferença salarialentre géneros, atingindo os 20,3%.

Paula Viseu referiu ainda que a igual-dade enfrenta diversos desafios, comoo da natalidade e da demografia, dasustentabilidade da Segurança Social eo da conciliação dos papéis reprodutivoe produtivo. "Queremos uma discrimi-nação positiva", disse.

Por fim, a coordenadora do GRAMalertou para a violência, cujos núme-ros são aterradores: em Portugal, umaem cada três mulheres já foi vítima dealgum tipo de violência. "Em 2013 fo-ram mortas 33 mulheres e regista-ram-se 32 homicídios tentados. E esteano, ainda no início, já morreram trêsmulheres".

Por isso concluiu: "Quando pergun-tam se ainda vale a pena comemorar oDia da Mulher, a situação prova quesim".

Poema da autoria de Maria do Carmo Carreira,escrito para o Dia da Mulher e lido na festa do GRAM:

Mulher lutadoraCorajosaGuerreiraDo futuro promotora

A tua força não vem dos braçosMas está dentro de tiA tua luta venceuGanhaste espaçosE ninguém perdeu

E ao lado do homemDe igual para igualCaminhas na vidaSem ser preterida

És amante…És mãe…És avó…

E no teu coração giganteCabe muito amor e carinhoPorque conheces bem o teu caminho

Mulher de hoje

SBN leva sócias ao teatro

O Dia Internacional da Mulherfoi assinalado pela Direção doSBN, em colaboração com oGrupo de Ação de Mulheres(GRAM) do Sindicato, coma peça "O segundo raiode luz de luar", no mosteirode S. Bento da Vitória, no Porto

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Apeça "O segundo raio de luz de luar"coloca em relação conceitos, ima-gens e personagens – reais e ficcio-

nadas – da vida e da obra de FernandoPessoa: o poeta iniciático e sebastia-nista de "O Cavaleiro Monge" e da "Men-sagem" (de onde avista o Quinto Impé-rio, esse mundo para além do material),o genial demiurgo que orquestra a mul-tidão de vozes da sociedade heteroní-

dança, entre a centralidade da palavra ea poesia dos corpos em movimento, ten-do-se apresentado num espaço despido,pontuado apenas por alguns adereços:uma cama, uma mesa-altar, uma cruz euma escada feita de corda de marinheiro– símbolos do mar português e do adven-to de uma nova espiritualidade, síntesesde um "veículo coletivo de amor, veículoda luz".

mica, mas também o homem que es-crevia cartas de amor a Ofélia Queiróse "o menino da sua mãe", Maria Mada-lena. É, aliás, da simbologia destasduas mulheres que Pessoa oferece àliteratura portuguesa que o SBN elegeuo mote para homenagear todas as mu-lheres naquele Dia Internacional.

A peça é uma singular criação perfor-mativa situada algures entre o teatro e a

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QUESTÕES l Jurídicas

Os direitos dos sindicalistas Os representantes sindicais

dispõem de direitosconsignados no Código doTrabalho e no instrumento

de regulamentação coletiva(IRCT) aplicável

TEXTO: GOUVEIA COELHO*

"Quais são os nossos direitos?", per-guntou-nos uma Comissão Sindical.

Colocada assim a questão aos Servi-ços Jurídicos do Sindicato, uma breveresposta assentará nas normas legais econvencionais que regem as relaçõesde trabalho (sem referência, pois, aosestatutos ou regulamentos da organi-zação sindical e sem cuidar da militân-

cia em geral na atividade sindical ou deoutros aspetos). Aqui se reproduz ape-nas um breve apontamento indicativo,como esquema preparatório da reu-nião informativa então pedida.

De notar, antes de mais, que, nestecomo em qualquer outro caso concreto,a determinação da norma legal ou dis-posição de instrumento de regulamen-tação coletiva (IRCT) aplicável face à

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Questões l JURÍDICAS

eleitos

cada IRCT prevalecerá sempre face àsnormas legais nos aspetos em que dis-ponha em sentido mais favorável aotrabalhador.

Assim sendo, a resposta àquela per-gunta inicial impõe a consulta de cadauma das convenções para o setor ban-cário e o seu confronto com as normaslegais.

Os direitos sindicais constam basica-mente da cl.ª 27.ª do ACT negociadocom a APB (instituições várias), da cl.ª24.ª do AE da CGD, das cl.ª 10.ª e 11.ª doACT com o BCP, da cl.ª 19.ª do AE com oBdP, da cl.ª 16.ª do AE com o BIC, da cl.ª20.ª e 21.ª do ACT com as CCAM… Estesregimes convencionais repetem, emregra, as previsões legais, mas contêmuma ou outra especificidade mais favo-rável e, por isso, prevalecente face àlei. É o caso, por exemplo, de algumasdisposições sobre o número de repre-sentantes sindicais com crédito de fal-tas (para a ação sindical) sem perda deretribuição e outras regalias.

… e Código do Trabalho

Por sua vez, o CT09, sobre os "direitosdos representantes eleitos dos traba-lhadores" para a atividade sindical,prevê, além do mais: o empregador (talcomo o trabalhador) está obrigado aproceder de boa-fé no cumprimentodas respetivas obrigações (art.º 126/1); está igualmente obrigado a facilitar

409/2); direito a ser consultado e par-ticipar em múltiplas situações da em-presa (cf. art.º 212/3, 217/2, 286/4,299/1, 312/3, 360/1, 466…).

Medidas de apoioe medidas de garantia

Em síntese, o CT09 contém medidasde apoio à atividade sindical, que re-presentam certas vantagens, como,por exemplo, o direito a faltas semperda de retribuição ou sem incorrerem faltas injustificadas (cf. art.º 468);a permissão de afixar e distribuir, den-tro da empresa, documentos de natu-reza sindical, implicando por isso odireito de deslocação nos locais detrabalho (cf. art.º 465); o direito dereunir na empresa (cf. art.º 461); odireito a instalações na empresa ou nasua proximidade (cf. art.º 464); o direi-to de acesso e de permanência dedirigentes sindicais externos à empre-

(possível) concorrência ou à articula-ção entre as diferentes fontes do Direitodo Trabalho é regida atualmente, navigência do Código do Trabalho de 2009(CT09), pelo princípio da dispositivida-de parcial ou seletiva, segundo o qual oIRCT pode, em regra, afastar as normaslegais, para melhor ou pior (in meliusou in pejus), com exceção das matériaselencadas no art.º 3/3 do CT09, as quaissó podem ser afastadas por IRCT emsentido mais favorável ao trabalhador(in melius) desde que não haja normalegal impeditiva.

Convenções do setor…

Ora, o caso aqui em causa (os direitosdos sindicalistas eleitos) está incluídono âmbito desta norma de exceção (vd.al. n) e, por isso, o regime estatuído em

o exercício de cargos em estruturasrepresentativas dos trabalhadores (art.º127/1-f); é considerado comportamen-to grave a violação de direitos e garan-tias de trabalhadores da empresa (art.º129/2); os trabalhadores têm direito adesenvolver atividade sindical na em-presa através de delegados sindicais(art.º 460); podem promover reuniõesno local do trabalho, durante o horáriode trabalho ou para além deste (art.º461); usufruição de crédito de horaspara o exercício de funções sindicais(art.º 467/1); previsão do número dedelegados sindicais (art.º 463); direitoa instalações (art.º 464); direito a afixa-ção e distribuição de informação sindi-cal (art.º 465); garantias especiais quan-to à transferência de local de trabalho(art.º 411); justificação de faltas paraexercício de atividade sindical (art.º

sa para participarem em reuniões detrabalhadores (cf. art.º 461/3).

O CT09 contém ainda medidas de garan-tia de ação sindical, protetoras da posiçãojurídico-laboral dos representantes sindi-cais, como, por exemplo: a proibição detransferência de local de trabalho semacordo (cf. art.º 411); a proteção específicano despedimento (cf. art.º 410 e outros).

Como nota final, sublinha-se que osujeito do direito a faltar sem perda deretribuição é o trabalhador enquanto re-presentante sindical e esse crédito sindi-cal remunerado só pode ser usado para afinalidade da sua instituição, a atividadesindical, e não para qualquer outro fim.De outro modo, cair-se-ia no exercícioilegítimo do direito, por abuso (cf. art.º334 do CC e art.º 126 do CT09).

*Advogado do SBN

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Visto de fora

Neste artigo polémico,o consultor e profundo

conhecedor da banca, ondetrabalhou muitos anos, critica

a atual política de gestãode recursos humanos

das instituições bancárias,defendendo a manutenção

dos trabalhadores maisantigos em vez do recurso

a reformas antecipadas

Do ponto de vista da gestão dosrecursos humanos – é aqui que noscolocamos –, a crise que afecta o

nosso sector bancário pode ser resumidanuma frase – menor actividade, o quenum banco quer dizer menor transforma-ção (este rácio era de 139% em 31/12/2010 e de 137,7% em 31/06/2012)1.

É indispensável entender que o facto dese estar temporariamente em crise (nin-guém acredita que esta crise vai durarsempre e os aspectos que durarem cha-mar-se-ão "mudança" e não serão paraser ultrapassados, mas assimilados) nãoaltera nada sobre a segurança, a confian-ça, a rapidez e qualidade técnica dasrespostas, a orientação ao cliente e oprofissionalismo, que continuam a ser osfactores críticos neste tipo de negócio.Eficiência, eficácia e felicidade continua-rão a ser os princípios orientadores eestruturantes de uma boa gestão.

Quando a actividade diminui, é eviden-te que são necessárias menos pessoaspara fazer o trabalho. Mas os gestorestendem a esquecer que menos pessoasimplica sempre melhores pessoas, en-tendendo-se isto não como "pessoas maisbonitas", ou "mais altas", ou "com maiscursos", mas pessoas "mais capazes defazer bem o que é preciso ser feito".Acontece que alguns bancos têm, nestas

fases, enveredado normalmente semprepor uma estratégia que considero errada:reformas antecipadas e mobilidade in-terna. Quer isto dizer facilitar/forçar saí-das e tirar as pessoas das funções queelas sabem executar melhor (nalgunscasos, para que foram recrutadas, forma-das e para que tinham o perfil maisadequado) e pô-las a fazer outras tarefas,onde, por falta de conhecimento e deexperiência, fazem pior e onde se sentemmenos seguras e confortáveis.

Os mais velhos…**

Se o banco enveredar pelo encerra-mento de algumas agências ou reduçãode alguns serviços, tem de o fazer garan-tindo que "o bebé não vai com a água dobanho", isto é, que as estruturas vão(pelos menos temporariamente), mas osbons elementos ficam2.

Quando pensamos numa equipa-tipode uma agência (caixa ou atendedor po-livalente ou administrativo/comercial;gestor de cliente ou gestor de conta;segundo responsável/subgerente; geren-te/director de agência)3, é fácil entenderque, quanto menor for a equipa, maisqualidade individual e grupal terá de terpara prestar um bom serviço; contudo, seestivermos perante equipas mais nume-

Redução de pessoas: que critérios?

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TEXTO: JOSÉ MANUEL DIAS*

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l José Manuel Dias

rosas, será sempre possível esconderalgumas debilidades e disfarçar compe-tências mais fracas.

Quero com isto dizer que, independen-temente da crise, ou por causa dela, éindispensável conservar os melhorescolaboradores que permitam maior elas-ticidade na sua utilização.

É pouco sensato, numa altura destas,permitir e até incentivar que os mais expe-rientes, os mais capazes de asseguraremretaguardas mais reduzidas, saiam.

Trata-se de uma abordagem puramen-te economicista, apontada à mera redu-ção de custos (estes elementos serão,em princípio, mais caros que os maisnovos), mas que não tem em conta outrosaspectos bem importantes.

Numa abordagem de uma ESR terá sen-tido aliviar os encargos com remunera-ções, sobrecarregando os sistemas de SS,sabendo-se que estes sistemas, por pres-sões orçamentais (e opções ideológicas,mais que técnicas), estão a reduzir osvalores a prestar àqueles ex-activos, semrespeito por um princípio que era sagradoaté agora: o princípio da confiança?

… e os mais novos

Os primeiros a saírem, numa situaçãode redução forçada de pessoal, obvia-

mente deverão ser os mais novos; asrazões para isso são, nomeadamente, asseguintes:

De carácter jurídico-laboral – nãolevantam questões de incumprimento decontratos que cessarão, naturalmente,por se atingir o prazo inicialmente acor-dado (termo), havendo apenas lugar àscompensações previstas na lei;

De carácter psicológico – não susci-tam a questão de "rompimento do con-trato psicológico", ainda que seja com-preensível a geração de alguma expecta-tiva de continuidade, mas sem nada quea sustente verdadeiramente. A maiorparte dos contratos com os mais novos é"a termo certo", estando explicitamenteindicada a data em que terminam;

De investimento – em princípio, estestrabalhadores estão no início da sua "cur-va de aprendizagem", não havendo aindainvestimento significativo já realizado.Claro que poderá haver alguma formaçãojá concluída, mas será sempre menor doque a feita ao longo do trajecto profis-sional de um trabalhador mais antigo,nomeadamente a que é feita no PT;

De carácter motivacional – a saídadestes trabalhadores não tem o impactomotivacional junto da comunidade quetem a saída de um outro trabalhadorreconhecido e respeitado pelo seu mérito(excepção feita às situações de doença,em que é o próprio trabalhador a pedirpara sair);

Em termos éticos e sociais, a respon-sabilidade contraída para com um cola-borador que está na empresa há 30 anosnão é a mesma que para com um colabo-rador que esteja há um, três ou cincoanos. Os compromissos assumidos pelotrabalhador mais velho, num quadro depressuposição de manutenção do seuvínculo e/ou condições laborais (casa,carro, filhos, apoio aos familiares maisidosos, nível de vida) serão maiores doque por um jovem que, tendo menostempo de vida activa, remunerada, pro-vavelmente não assumiu (ainda) idênti-cos compromissos.

Competências de grupo

Não está, nem poderia estar, em causao direito ao trabalho, e até ao mesmotrabalho, por parte dos mais novos, mastendo estes, em princípio, melhor qualifi-cação e consequente empregabilidade,poderão mais facilmente e rapidamenteinserir-se numa outra empresa, num ou-tro sector de actividade, noutra cidade ouaté noutro país, numa situação de globa-lização cada vez mais real. Claro que osbancos acabarão sempre por fazer algumrecrutamento que, podendo não ser, neste

¹ Esta redução do rácio de transformação dedepósitos em crédito, e todo o trabalho queverdadeiramente é o cerne da actividade dobanco, resulta também de uma exigência dossistemas regulamentares prudenciais.

² Sobre este tema ver lúcida resposta deJorge Tomé, na Inforbanca n.º 98, de Out-Dez,quando questionado sobre a gestão de recursoshumanos no ambiente de crise.

³ Em cada banco estas designações sãodiferentes, ainda que as funções sejam seme-lhantes.

4 Referi-me a este tema no n.º 96 destamesma revista: Inforbanca, Abr-Jun, 2013.

caso, de substituição, será de reforço e/ou renovação parcimoniosa. Quando acrise for ultrapassada, se entretanto tiverhavido uma gestão inteligente, aprovei-tando o tempo de menor actividade para,com a tal gente capaz e experiente, se setiver trabalhado a segurança, a confian-ça, a rapidez, a orientação ao cliente e,paralelamente, reforçado as competên-cias do grupo de gente mais nova que,apesar de tudo, sempre irá ficando naorganização, as equipas estarão melhorpreparadas para rapidamente tomarema dianteira no negócio e aproveitarem assinergias emergentes da mescla interge-racional4.

Assédio moral

Em vez disto, como referi no início,alguns bancos estão a fazer precisamen-te o contrário, desgastando o seu efectivomais idoso (mais idade => mais tempo deserviço => mais experiência) com amea-ças e pressões para saídas antecipadas,sem valor acrescentado para nenhumadas partes, chegando mesmo a utilizarmecanismos de pressão (vulgo, assédiomoral): mudando-os geograficamente;aumentando-lhes ou reduzindo-lhes ohorário de trabalho; atribuindo-lhes fun-ções diferentes, para que não estão pre-parados; retirando-lhes ou reduzindo-lhescomponentes acessórias da remunera-ção, por exemplo, IHT, etc.).

Quando a crise terminar, ou se trans-formar noutra coisa qualquer, e for alturado relançamento do negócio bancário (ocapitalismo necessitará sempre da acti-vidade bancária e não creio que mude-mos de modelo económico), as estrutu-ras estarão descapitalizadas do seu sa-ber, cheias de mestrados das businessschools, especialistas de redes sociais ede modelos de gestão de última geração,mas que não sabem a diferença entreuma operação passiva e uma operaçãoactiva ou um cartão de débito e um cartãode crédito.

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Visto de fora

Há cinco preconceitos que é necessá-rio combater:

Os mais velhos faltam mais e,reduzindo-se as equipas, isso torna-secrítico. Os estudos feitos nesta áreanão mostram esse maior absentismo(salvo por doenças típicas da velhice),antes pelo contrário. Os empregadosmais velhos só faltam em situaçõesem que a ausência é inevitável, sen-tindo-se até pouco confortáveis comessas ausências, perante as equipas eas respectivas chefias (há autores quefalam mesmo em culpabilização), en-quanto os mais novos faltam maisfacilmente sempre que a ausência estáregulamentarmente enquadrada.

A relação dos mais velhos com asempresas continua, apesar de tudo, aser muito afectiva, enquanto para osmais novos ela é cada vez mais tran-saccional.

Muitas das ausências dos mais ido-sos resultam de estados depressivosem que são colocados, confrontando-secom uma instabilidade exagerada, queacaba por criar os pretextos que as

chefias directas e a GRH necessitampara invocar a necessidade da suasaída. Causa e efeito misturam-se as-sim, dificultando a sua separação;

Os mais velhos têm dificuldade emadaptar-se às novas exigências do ne-gócio bancário. Mas quais novas exi-gências? O negócio bancário há muitotempo que se faz da mesma maneira.Será hoje mais exigente, pela sofisti-cação dos instrumentos financeiros edas operações, bem como das imposi-ções legais e regulamentares que têmvindo a ser impostas à actividade dosector.

Também os clientes estão melhorinformados e exigem um tratamentotécnico e comportamental diferente,mas isso só dá razão para ter nos PTgente mais experiente e segura.

Não é o facto de haver mais produtospara vender que torna a actividadebancária mais complexa, mas o factode estes produtos terem característi-cas diversas que, antigamente, eramsuportadas (ensinadas/explicadas) emfichas de produto, em papel, que po-diam ser levadas para casa para seestudarem, e que agora são apresen-tadas em sessões de grupo curtas (otempo urge) com alguém do marke-ting (sem a experiência de ter de ven-der esses produtos) ou suportadas emsoftware que, para os mais velhos, não

Os trabalhadores experientes não têm dificuldade em utilizar as aplicaçõesinformáticas

Preconceitosa combater

Alguns bancos estão a desgastar os efetivos mais idosos com ameaças e pressões parasaídas antecipadas

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l José Manuel Dias

Este texto foi escrito segundo a antiga orto-grafia.

A Direção da revista Febase agradece àInforbanca e ao autor a autorização para trans-crição deste artigo, publicado no n.º 99 daquelarevista do IFB.

é o meio de aprendizagem mais ade-quado. Contudo, estamos neste casoperante uma opção do banco, não sen-do obrigatório que assim seja.

Evidentemente, continua a colocar-sea questão dos perfis e dos desempe-nhos mais fracos, mas isso não tem quever com a crise ou com a redução força-da do efectivo. Esta situação deverá serresolvida no âmbito dos processos derecrutamento e reorientação profissio-nal (séria e bem feita) e da gestão dodesempenho (avaliação + consequên-cias) também séria e bem feita;

Os mais velhos são, naturalmentee genericamente, menos capazes doponto de vista cognitivo, devido à ida-de e constituem obstáculo à velocida-de e inovação. Nos últimos anos, estu-dos sobre o envelhecimento cognitivotêm demonstrado que, se não houverum declínio acentuado nas funçõesbiológicas, a questão mais relevante éa da memória e a da capacidade deaprendizagem.

No entanto, há técnicas específicasem que seria bom as empresas come-çarem a investir, se tiverem em contaque Portugal é actualmente o sextopaís mais envelhecido do mundo ecom a menor taxa de natalidade daEuropa. Actualmente, o número depessoas com menos de 15 anos é infe-rior ao número de pessoas com idadeigual ou superior a 65 (estudo de Aná-lia Torres e Maria João Valente Rosa,apresentado em 08.11.2013).

Vamos inevitavelmente ter umamão-de-obra cada vez mais envelhe-cida, a não ser que contemos com aemigração, que não será solução paraeste tipo de sector, nomeadamente noretalho. É urgente aprender a traba-lhar com colaboradores mais idosos,tirando o melhor partido das suas com-petências específicas e gerindo as suasdebilidades; com a estratégia que estáa ser seguida, estamos a perder umaexcelente oportunidade para isso;

A idade é responsável pela capaci-dade de trabalho, pelo que os maisvelhos terão sempre menor capacida-de de trabalho do que os mais novos.O CEDEFOP, numa nota informativa deFevereiro de 2013, intitulada "Traba-lhadores mais velhos – novas oportu-nidades", chama a atenção para o fac-to de a capacidade de trabalho de cadaum resultar do equilíbrio entre os re-cursos individuais e o emprego, conju-gando diversos factores de carácterindividual e profissional, como: saúde

e capacidades funcionais (físicas, men-tais e sociais); níveis de qualificação ecompetências; valores, atitudes emotivação; ambiente de trabalho, or-ganização do trabalho, gestão do tra-balho e liderança.

Devem ainda assegurar-se: incenti-vos e apoio à aprendizagem e ao pro-longamento da carreira profissional;flexibilidade no trabalho e nos regimesde reforma; criação de mercados detrabalho mais inclusivos; abordagensde gestão de conhecimentos mais apro-priadas; condições propícias ao traba-

aprendizagem, mas dêem-lhes tempo,sejam estratégicos, façam coincidir acurva de aprendizagem com esta fasede menor actividade e verão que osmais velhos chegarão a níveis de rea-lização interessantes, com a vantagemde saber o porquê de se fazerem ascoisas de uma determinada maneira.

Infelizmente, muitas vezes (não voudizer propositadamente, mas apete-cia-me) coloca-se a aplicação no postode trabalho do colaborador mais velhosem se explicar nada, para depois sefalar em inadaptabilidade.

Eficiência, eficácia e felicidade continuarão a ser os princípios orientadores eestruturantes de uma boa gestão

lho e à aprendizagem intergeracional(os próprios layouts devem ser revis-tos: por exemplo, a criação de ilhas dedespiste de atendimento, em que otrabalhador está todo o dia em pé, nãotem futuro);

Os mais velhos têm mais dificulda-de em trabalhar com as aplicações in-formáticas. Parece que as aplicaçõesinformáticas com que a generalidadedos bancários trabalha são de matemá-tica aplicada ou de fractais. Na realida-de, trata-se de aplicações parametri-zadas para os objectivos específicosem vista; se forem bem explicadas, osempregados experientes não terão di-ficuldade em as utilizar.

Claro que haverá uma curva de

Por tudo isto me parece óbvio queem momentos de retracção do efecti-vo, os primeiros a saírem devem ser osmais novos, salvo excepções de umvalor acrescentado crítico para a orga-nização.

*Consultor e formador em Comportamen-to Organizacional e Gestão de Pessoas

**Subtítulos da responsabilidade da Redação

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TEMPOS LIVRES l Nacional

FotoFebase 2013

Número de participantes temaumentado, prova de que

a iniciativa está no caminhocerto. Edição de 2014 já está

em andamento

TEXTO: PEDRO GABRIEL

"Fotografar é colocar na mesma linhade mira a cabeça, o olho e o coração". Afrase é de um dos mais icónicos fotógra-fos de sempre, Henri Cartier-Bresson, eresume numa linha esta paixão que uneprofissionais e amadores.

É o caso dos participantes do concursoFotoFebase, cujas fotografias podiam facil-mente entrar num portefólio profissional.

As melhores de 2013 puderam ser vis-tas no dia 25 de fevereiro, no museu doSBSI, onde se procedeu à cerimónia deentrega de prémios.

António Fonseca, da organização, expli-cou que tem sido feito um esforço para

melhorar o concurso, quer a nível regula-mentar quer de divulgação. E foi comregozijo que anunciou um aumento nonúmero de participantes, com 130 concor-rentes a enviarem dezenas de fotografias.

Patrícia Caixinha, outro elemento daorganização, referiu a difícil tarefa do júripara mensalmente eleger as melhoresfotos entre tantas de elevada qualidade.

Já Rui Riso, em representação do secre-tário-geral da Febase, congratulou-se como crescimento desta iniciativa, afirman-do que a Federação "tem feito um percur-so meritório de união entre os sindicatos.Este concurso é prova disso mesmo".

O presidente da Direção do SBSI apro-veitou a ocasião para destacar o méritodo Sindicatos dos Seguros, grande impul-sionador do FotoFebase. "A grande ala-vanca para este concurso foi o STAS, coma prática e know-how que trazia".

Revelando-se amante de fotografia masapenas como "ajuntador" das mesmas,Rui Riso afirmou que é um dom olhar paraas coisas e captar o momento.

O presidente do SBSI terminou a suaintervenção com o desejo de um concur-so "sob a sigla de uma nova entidade, osindicato único".

Surpresos e felizes

Além das duas categorias do concurso –Tema Livre e Coisas e Gentes da MinhaTerra – a organização decidiu atribuir ain-da um prémio para a melhor fotografia. Aescolha recaiu sobre 'Olhar Intenso', deLuís Rego, sócio do SBSI e estreante noconcurso: "Sempre tive a paixão da foto-grafia. Não estava à espera de ser o ven-cedor e ganhei logo na primeira vez. Fiqueibastante contente".

Luís Rego também venceu o 1.º prémiona categoria "Tema Livre" e contou-nos ahistória da fotografia vencedora. "É uma

fotografia tirada na Índia, na cidade deVaranasi, em que numa manhã resolvi ircaptar fotografias e tive a sorte de encon-trar um grupo de pessoas bastante inte-ressantes e fotogénicas".

O 2.º prémio na categoria Tema Livrefoi para outro estreante, Rui Gonçalves,também sócio do SBSI, pela fotografia'Amanhã será outro dia'. "Foi no portopalafítico da Carrasqueira, um local ondeos amantes da fotografia vão com muitafrequência. Já ao entardecer, pus o tripée quis fazer algo diferente", explicou.

Rui Gonçalves também recebeu umaMenção Honrosa pela fotografia 'Coressul-americanas'. "Tirei-a em Buenos Ai-res. Tive em conta todo o colorido daprópria imagem e fez-me relembrar umaviagem que tive o prazer de fazer".

Na categoria Coisas e Gentes da MinhaTerra, Francisco Oliveira, do SBN, que nãoesteve presente, venceu o 1.º prémiocom a fotografia 'Lobo do Mar', enquantoo 2.º lugar ficou para 'Reflexos das minhasgentes', da autoria de José Canelas. "Já éo terceiro ano consecutivo que concorroe tenho tido a sorte de ter sido semprenomeado. Este ano foi uma surpresa,porque vi muitas boas fotos escolhidasmensalmente".

Sócio do SBSI, José Canelas recebeuMenções Honrosas pelas fotografias 'Mou-risca Iluminada' e 'Saldos', mas afirma queo mais importante não são os prémios. "Oque gosto na fotografia é o momento".

De referir que Cristina Mestre, que nãoesteve presente, arrecadou igualmenteuma Menção Honrosa com a fotografia'Vidas'.

Os 1.º e 2.º classificados receberammaterial digital/fotográfico no valor de700€ e 400€, respetivamente. Já o ven-cedor da Melhor Fotografia a Concursolevou para casa material digital/foto-gráfico no valor de 300€.

Rui Gonçalves junto da foto que lhevaleu o segundo lugar

Estreantes dominam prémios

Luís Rego conta a história por detrásde 'Olhar Intenso'

José Canelas recebe o prémio

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Más condições climatéricasimpediram a realização

da caminhada de fevereiro,no Magoito/Samarra, masa próxima está já à porta

As caminhadas Febase estão de re-gresso este mês e prometem tra-zer alegria, convívio e boa disposi-

ção a todos os participantes, bem comofomentar o bem-estar físico e emocional.

Devido às fortes chuvas que assola-ram todo o País nos primeiros doismeses do ano, não foi possível realizara caminhada em Magoito/Samarra,inicialmente marcada para 22 de feve-reiro, por não estarem reunidas as con-dições mínimas de segurança para umainiciativa desta envergadura.

Assim, o programa de 2014 inicia-secom a caminhada ao Formosinho, oponto mais alto da Serra da Arrábida,agendada para dia 29 de março.

Chegados ao cimo, os participantesterão oportunidade de desfrutar da ex-celente vista da zona envolvente. A sul,o Atlântico e a península de Troia. Aeste, o Sado, a cidade de Setúbal ePalmela. A norte, o Tejo, Lisboa e todaa linha de Cascais, incluindo a serra deSintra. A oeste, a serra do Risco.

Este percurso tem um total de 17quilómetros. A observação do melhorda geologia, da fauna e da flora com-pensam o esforço despendido.

Os caminheiros que pretendam fazeresta caminhada podem inscrever-se atra-vés do e-mail [email protected],

TEXTO: PEDRO GABRIEL

enviando nome completo, n.º de sócio,Sindicato, data de nascimento, nome edata de nascimento de todos os acompa-nhantes e comprovativo de pagamento.O preço é de 5€ por pessoa (menores de12 anos não pagam).

Para mais informações, consulte oblogue:

http://febasecaminhadas.blogspot.pt/

Passeios pedestres de bote

A caminhada marcada para feverei-ro, no Magoito/Samarra, não se reali-zou devido às más condições climaté-ricas que assolaram praticamente todoo País.

Antes de cada caminhada, os orga-nizadores do evento fazem o chama-do reconhecimento, não só para fica-rem a conhecer a área circundantemais a fundo como também para de-linearem o melhor caminho e o planoindicado para que todos os partici-pantes possam fazer uma boa cami-nhada.

O caso do Magoito não foi exceção.No entanto, aquilo que seria apenasum simples reconhecimento de per-curso rapidamente se tornou numaaventura que os nossos organizado-res não vão esquecer tão depressa.

Como a maior parte do caminho éfeito em terra batida, as chuvas quecaíram durante dias quase ininter-ruptamente tornaram o percurso numautêntico lamaçal, obrigando-os a umensaio improvisado de twist para seequilibrarem e manterem de pé.

Além disso, foram vários os pontosonde depararam com linhas de águaque cobriam toda a largura do caminhoe que os fizeram suspirar pelos barcosde borracha que viam na praia. Calçasarregaçadas até ao joelho e ténis namão produziram uma imagem bastan-te cómica, e tudo isto quando os estô-magos já reclamavam e a chuva teima-va em troçar dos chapéus-de-chuva.No final, completamente encharcados,não tiveram outro remédio senãomudar de roupa atrás dos automóveis,para prevenir eventuais gripes.

Apesar de todas estas peripécias,os organizadores mostraram a suaboa disposição perante as adversida-des. A vontade de fazer novamente opercurso era evidente. Mas da próxi-ma vez com bom tempo.

Serra da Arrábida inauguraépoca de caminhadas

As linhas de água tornaram o caminhointransitável, obrigando ao adiamentoda caminhada no Magoito

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Como pode um bom cidadãodeglutir uma refeição em paz

se mantiver a caixinha mágicaligada? Quatro décadas após

a Revolução, o que vemos sãojovens sem dinheiro paraterminar os estudos ou, jálicenciados, a emigrarem

à procura de emprego

TEXTO: ANÍBAL RIBEIRO*

Sei bem que esta não é uma verdadede hoje… Estava a almoçar e eisquando o apresentador de um dos

blocos informativos anuncia que muitosestudantes universitários desistiram dosrespetivos cursos por falta de liquidezfinanceira, sua e dos seus pais, para con-tinuarem a suportar as despesas.

Este ano passam quatro décadas sobrea Revolução de Abril e cada vez é maisnotória a contrainformação e branquea-mento das responsabilidades políticasdos que nos governam – ou melhor, des-governam.

Novidade é que agora os entrevistadosdão a cara sem medo de serem aponta-dos na rua. Perceberam que são apenas

O que estamos a deixar fazeràs conquistas de abril?

de há cinco décadas, quando o ensinosuperior era só para alguns?

Afirmam os nossos governantes – oudesgovernantes – que são as regras dademocracia e dos princípios das liberda-des e garantias.

A emigração engrossa com milharesde jovens licenciados em engenharias,medicina e enfermagem, estes últimospara ganharem mais do que os três eurosà hora que lhes são pagos em Portugal,quando têm emprego.

E os idosos. Morrem mais idosos emsolidão, entram mais nos hospitais emestado de hipotermia, sem dinheiro parapagar a eletricidade e para adquirir osmedicamentos de que tanto necessitampara tratar-se.

Em Portugal destrói-se o SNS, enquan-to outros países lutam para construir ummodelo idêntico ao nosso, nascido no pós25 de abril. A destruição do Estado Social,criado ao serviço das populações, parecenão ficar por aqui. O Governo anunciamais cortes, lá para meados do ano, aos"privilegiados dos pensionistas e traba-lhadores por conta de outrem".

É uma dor de alma – e sabe-se que a dorde alma pode levar os mais tormentososa loucuras. Infelizmente, a alma só dói aquem a tem, não é verdade?

*Vice-Presidente da Direção

A geração mais qualificada é obrigada aemigrar e o País perde os seusmelhores ativos

um entre muitos outros a quem estaespécie de País e de políticas escorraçadas faculdades, negando-lhes um direitoconstitucionalmente consagrado.

E o que é isto da Constituição, quandoaté já houve quem propusesse a suasuspensão por um período de seis meses?

As consequências saltam aos nossosolhos. Assumamos outros caminhos queponham cobro à degradação social!

Como é possível, em pleno século vintee um, estarmos a recuar para situações

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OConselho Geral do SBC reuniu-sedia 27 de fevereiro para se pronun-ciar sobre o Acordo assinado entre

a Administração do Millennium/bcp e aFebase e "legitimar" a decisão da Direçãode caucioná-lo.

A decisão do Conselho Geral foi quaseunânime – houve apenas uma abstenção– e concluída a sessão foi patente a sensa-ção de que algumas dúvidas que pairavamno ar foram exaustivamente debatidas eesclarecidas, cumprindo-se assim a pro-messa de Carlos Silva de levar este temacontroverso e difícil de gerir ao conheci-mento e à decisão dos conselheiros.

A proposta aprovada constitui umasúmula do Memorando de Entendimento,da qual se destacam as mais importantes

Conselheiros aprovam Memorando com BCPO Conselho Geral aprovou por

esmagadora maioriaa proposta da Direção sobre

o Memorando de Entendimentofirmado entre o BCP

e os Sindicatos da Febase

TEXTO: SEQUEIRA MENDES

e que compõem o cerne do Acordo: redu-ção progressiva da Retribuição MensalEfetiva a partir dos mil euros em 3%, atéaos 11% a partir dos sete mil euros;criação de melhores condições para re-formas antecipadas, levadas a todos ostrabalhadores a partir dos 57 anos deidade ou mais; rescisões do contrato detrabalho por mútuo acordo, com a atri-buição de melhores condições sociais efinanceiras.

Para garantir o cumprimento deste acor-do, as partes acordaram em constituir

uma Comissão de Acompanhamento quereunirá, no mínimo, trimestralmente.

Desta sessão do Conselho Geral saiutambém a aprovação de uma proposta quealtera o número 2 do Art.º 9.º dos Estatutosdos SAMS, que passou a ter a seguinteredação: "Os beneficiários familiares refe-ridos nas al.ª a) e b) do n.º 1 do Art.º 3.º(cônjuges e companheiro/a) que sejam oupossam ser beneficiários de outro sistemaou subsistema de saúde terão apenas direi-to à atribuição de benefícios em regime decomplementaridade."

Festa do porco junta reformados em MontemorMeia centena de bancários

e seus familiares participaramna tradicional matança

do porco, um momento deconvívio agradável e acolhedor

TEXTO: SILVINO MADALENO

acolhedor. Colaboraram nas diversasfases do cerimonial, pois na realidade édisso que se trata, embora com algumamanifesta falta de prática.

Porém, já mostraram bastante maisdinâmica e apetência para o desfile deiguarias que lhe está associado. À chega-da foram recebidos com um cálido eborbulhante "café de panela" acompa-nhado de "beiloses", a que se seguiu, nãomuito tempo passado – assim que o bichofoi chamuscado, molhado e abafado commantas, para ficar a amolecer – o "baca-lhau assado" e comido de pé, com broa demilho acabada de sair do forno, por issopartida à mão.

Festival gastronómico

O festival gastronómico prosseguiu.Assim que penduraram o protagonistacomeçaram a saltar para os assadores asfebras e outras miudezas, que cada um

temperou e fez à sua maneira, trocandoideias e experiências.

Como já estavam deveras cansados deandar de pé, foram de seguida sentadospara saborear o tradicional "sarrabulho"da matança. "Broas doces", "peras bêbe-das", "maçãs assadas no forno", "arrozdoce" e "papas de abóbora" também fo-ram convocados para a ocasião.

O resto da tarde, já adiantada, foi pas-sada em jogatanas e conversas, sueca emalha, passeios e sestas, que o corpo nãoé de ferro.

É que ainda faltava a cerimónia de encer-ramento, para a qual estavam agendadosos "caldos do cozido" arrefecidos com vinhotinto e bebidos da malga, o "cozido" elemesmo e o "arroz de pica no chão", com quese encerrou oficialmente o evento.

Mas a festa ainda continuou informal-mente, até que, saciados, cada um resol-veu regressar às suas origens… Com apromessa de voltar para o ano.

Apacata e vetusta aldeia de CabeçaAlta, no concelho de Montemor oVelho, vestiu as suas melhores

roupagens e apelou aos seus habitantespara reconstituir, mais uma vez, a cen-tenária matança tradicional, que nostempos de antanho – e ainda agora,nalguns casos – constituía uma etapafulcral na economia familiar. Responde-ram a este convite mais de cinquentabancários e seus familiares, que vindosdesde Almeida às Caldas da Rainha, con-fraternizaram num ambiente bucólico e

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Sede do Sindicato acolheexposição de miniaturas em xisto

No âmbito da iniciativa"Bancários destacam-se",

está patente ao públicono SBC um conjunto de obras

do sócio António DuarteCoelho, construídas a partir

de um levantamento históricoda região de Mortágua

TEXTO: A. CASTELO BRANCO

Uma exposição de miniaturas emxisto está patente no átrio dasede do SBC. As obras são da

autoria de António Duarte Coelho, quena situação de reforma se dedica àfeitura destes trabalhos a partir de umlevantamento histórico da região deMortágua, onde vive.

Confrontado com aquela matéria pri-ma, começa a reproduzir as mais diver-sas construções rurais: casas de habita-ção de vários tipos, moinhos de vento,espigueiros, grutas e cisternas.

A atestar o interesse didático desteseu empenho, respondeu a CâmaraMunicipal de Mortágua com a apresen-tação de uma exposição no Centro Cul-tural do Teatro Clube local.

Casas de xisto

A abundância de matéria-prima àépoca em que começaram a ser cons-truídas estas habitações permite-nos

ter hoje estes documentos que dizemdo nosso património construído. De di-versas formas e feitios, pretendiam darresposta às necessidades prementesdo homem que por ali se fixou, sendo dereferir tal longevidade para além de1192, data do foral da rainha D. Dulce,esposa do segundo rei de Portugal, D.Sancho I. Ainda hoje são visíveis nasaldeias de Truta de Baixo, Truta de Cimae Catraia a norte, e Almaça, para sul.

Espigueiros

Os espigueiros, que têm origem re-mota no território onde havia de nascerPortugal, podem ver-se ainda na zonarural de Mortágua, com incidência a

Moinhos

Não vislumbrámos referências amoinhos, quer no foral de 1192 quer noManuelino de 1514. No entanto, o pri-meiro refere a existência de trigo, mi-lho e aveia e o segundo de trigo, cen-teio, milho, cevada e painço, o que nosleva a concluir que estes cereais teriamde ser convertidos em farinha para oseu fabrico e pertenciam, tal como oslagares a que se alude, aos senhoresfeudais, a quem se pagava pela suautilização.

Noutros documentos coevos há notí-cia deles, a partir dos chamados moi-nhos de sangue, por serem movidos porescravos, até depois aos de água e devento. Monumentos militares são osMoinhos da Moura e da Sula, ligados àsinvasões francesas.

norte do concelho. Destinavam-se,como etimologicamente indicam, àsecagem e guarda de espigas, paramais tarde serem debulhadas, primei-ramente de milho miúdo e mais tarde,já pelo século XVI, do milho americano,altura em que aqui foi introduzido.

Na reforma, António Duarte Coelhodedica-se à feitura de trabalhos em xisto

Casa rural

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Nos últimos meses, o STAStem acompanhado diversos

problemas, em váriasempresas. É essencial

que o associado, confrontadoque seja com qualquer tipo

de problemática,se aconselhe e apoie

devidamente

TEXTO: CARLA MIRRA*

Ser sindicalizado tem diversas van-tagens. Não obstante, um dos gran-des benefícios de se ser sindicali-

zado, nomeadamente no STAS - Sindica-to dos Trabalhadores da Actividade Se-guradora, é, sem dúvida, o de poderdispor de apoio e acompanhamentojurídico preventivo e de contencioso

laboral e inclusive obter consultas emtodos os ramos e disciplinas do Direito.

O apoio, aconselhamento e patrocí-nio não têm quaisquer custos adicionaispara o associado e são cada vez maisrelevantes no contexto laboral.

Nos últimos meses, o STAS tem acom-panhado diversos problemas, em váriasempresas, para os quais gostaríamosde alertar especificamente: procedimen-tos disciplinares com vista ao despedi-mento; "convites" para cessação dosrespetivos contratos de trabalho "poracordo"; pré-reformas; alterações das

condições de prestação de trabalho;interpretação de cláusulas específicasdos instrumentos de regulamentaçãocoletiva de trabalho, entre outros…

Estamos claramente perante temassensíveis, e acima de tudo importan-tes, dos quais decorrem consequênciasdiretas para o futuro da vida profissio-nal de cada um e também com reflexosna vida pessoal e familiar.

Assim, é essencial que o associado,confrontado que seja com qualquer tipode problemática, se aconselhe e seapoie devidamente. Esclarecer-se nãosignifica litigar com a empresa, massignifica estar devidamente elucidadosobre o que se lhe suscite.

Um trabalhador esclarecido dos seusdireitos e acima de tudo apoiado, pode-rá defender de modo mais adequado osseus interesses. Antes de tomar qual-quer decisão, não hesite no contactoprévio aos nossos serviços.

No STAS trabalhamos no presentepara garantirmos o seu futuro!

*Advogada do STAS

A importância do apoio jurídico

Atendimento Janeiro Fevereiro

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Acompanhamentodos Serviços Jurídicos

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As novidades continuam na Universidade Sénior

As primeiras obrasconfecionadas nas "Oficinasde Lazer" já estão prontas edeixaram nos participantes

vontade de fazer mais – ediferente. As inscrições

mantêm-se abertas paraquem quiser aprender,

ensinar e conviver

TEXTO: MÁRIO RÚBIO*

Cá estamos nós com novidades daUniversidade Sénior Pedro Santa-rém. Pois é, começaram as "Ofici-

nas de Lazer" e adivinhem o que se estáa fazer?

No tricô já se produziram alguns gor-ros para ajudar a combater o frio nacabeça.

Depois, os sempre bonitos Arraiolosjá permitiram a ocupação de alguns eprometem dar que falar.

Finalmente, o "Biscuit" vai de certezatrazer grandes trabalhos e peças de muitabeleza e interesse.

Perante isto, do que está à espera paravir passar algum tempo connosco?

Aprendendo ou ensinando, sempre po-demos passar bons momentos juntos. Oambiente é excelente e no final, quando searruma o material, fica a sensação de penae de expectativa pela próxima sessão.

As oficinas de lazer são destinadas ahomens e a mulheres e todos podemosfazer alguma coisa que decerto nos irátrazer muita satisfação.

Venha daí!Além destes temas, outros de muito

interesse estão ao seu dispor. Destacamoso "Desenvolvimento Pessoal", onde tudopode acontecer. Vale a pena vir para des-cobrir-se, conhecer-se, aprender, sonhar edivertir-se. Esta disciplina é um sucesso,sendo uma das mais participadas.

Estes e muitos outros motivos de inte-resse justificam a sua inscrição na Univer-sidade Sénior. Esperamos por si.

*Coordenador da USPS

O trabalho da Ana nas aulas da USPS

Amélia aescrever nomural dossonhos

A última aula de DP antes das fériasdo Carnaval

O salutar convívionas aulas

Diná partilha os seus conhecimentosde tapeçaria

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Os conselheiros do SBSIreúnem-se no final do mêspara analisarem e votarem

o Relatório de Atividadesde 2013. O documento espelha

a ação do Sindicato em maisum ano difícil para os bancários

TEXTO: INÊS F. NETO

Cumprindo o calendário estatutá-rio, o Conselho Geral reúne-se nofinal do mês, em Lisboa, para apre-

ciar e votar o Relatório de Atividadesproposto pela Direção.

O documento faz o balanço do trabalhorealizado pelo Sindicato durante 2013, emtodas as suas áreas de intervenção. Con-

tratação coletiva e situação laboral nosetor merecem especial destaque, dada asua importância na vida dos associados.

É feito um ponto de situação dosvários processos, da revisão global doACT ao combate aos cortes remunera-tórios no setor financeiro, como na CGDe noutras empresas e institutos públi-cos, como a Parvalorem e o IFAP.

O caso do BCP é individualizado, jáque o banco corporizou a situação maisdelicada entre os bancos em que houvereestruturações com implicações nospostos de trabalho. O Relatório siste-matiza sinteticamente as negociaçõesdos Sindicatos da Febase com a admi-nistração, que culminaram no memo-rando de entendimento levado a con-sulta junto dos trabalhadores.

Ainda no domínio da atividade sindi-cal propriamente dita, algumas refe-

rências às ações desenvolvidas no âm-bito da UNI e da UGT, com destaquepara a greve geral de 27 de junho.

As atividades levadas a cabo pelospelouros dos Tempos Livres, da Forma-ção e da Sindicalização estão igual-mente presentes no Relatório, que re-leva a sua importância, bem patente naparticipação de associados.

É destacado o papel determinante dainformação na aproximação aos sóciose na descodificação da comunicaçãoantissindical difundida no espaço me-diático, bem como o apoio jurídico pres-tado a bancários e às estruturas sindi-cais.

As iniciativas do GRAM e da Comissãode Juventude são igualmente referidas,salientando-se o trabalho desenvolvi-do junto de grupos específicos – mulhe-res e bancários até aos 35 anos.

Os Estatutos preveem que o Relatório seja aprovado pelos conselheiros

SAMS inova em dermocosmética

Novo espaço já está em funcionamentono Centro Clínico

Com o objetivo de dar resposta à crescente procura detécnicas dermocosméticas de rejuvenescimento, bemcomo de dispor de meios mais apropriados ao trata-

mento de lesões pigmentadas ou vasculares, cicatrizes etatuagens, o SAMS implementou novas valências na suaunidade de Dermatologia do Centro Clínico de Lisboa.

A aquisição de equipamentos e a abertura de um novoespaço físico permitem, desde o dia 25 de fevereiro, umaampla possibilidade de atuações.

Uma equipa de conceituados dermatologistas opera jáuma panóplia de técnicas, das quais se destacam o foto-rejuvenescimento por laser fracionado ablativo ou ainjeção de toxina botulínica.

Os horários de consulta e de técnicas foram alargados,nomeadamente aos sábados.

Conselho Geral vai debater Relatório

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Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

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O38.º Torneio Interbancário deFutsal conheceu mais duas ron-das na área da Grande Lisboa.

Nenhuma novidade na frente da classi-ficação, com o Banco BPI a manter ainvencibilidade.

No dia 14 de fevereiro realizaram-se osjogos da 4.ª jornada, no Pavilhão da CGD.

No 1.º jogo da noite, Fapoc e ServiçosSociais do Montepio Geral empataram aduas bolas. A competência das equipasna defesa fez com que os minutos fossempassando sem o marcador ser inaugura-do. Amadeu Correia contrariou a tendên-cia e abriu o ativo aos 16' para a equipado Millennium bcp. No entanto, a festadurou pouco, já que Rui Fazendeiro fez oempate quando faltava um minuto parao descanso. Na etapa complementar,Amadeu Correia bisou e colocou a Fapocde novo na frente. Bruno Fonseca, aos 13',fixou o resultado final.

A Team Foot Activobank precisava devoltar às vitórias depois do desaire najornada anterior e a verdade é que a CMBCP Foot-a-Mill foi presa fácil, saindoderrotada por 5-1. Grande exibição deRogério Gomes, a contribuir com umpoker. João Rebocho foi o autor do últimogolo da Team Foot Activobank, enquantoPaulo Belo fez o tento de honra para aFoot-a-Mill. Todos os golos foram alcan-çados ainda na 1.ª parte.

O Banco BPI entrou em campo já asaber dos resultados dos mais diretosadversários e não se deixou abater pelaeventual pressão. Vitória sem margempara dúvidas frente à Portugais (BdP), por7-0, com golos de Mário Lourenço (3), LuísPrata, Miguel Pinto, Nélson Seco e TiagoSilva. No final da jornada, o Banco BPIliderava com 12 pontos.

Sem tirar o pé do acelerador

A 5.ª jornada começou com um jogoequilibrado. Um golo para cada lado selouo empate entre CM BCP Foot-a-Mill e Fapoc.Paulo Lima, pelos primeiros, e José Ribeiro,pela Fapoc, foram os autores dos golos.

Futsal

Banco BPI continua invencívelA cada jornada uma goleada.

Os líderes não facilitam e continuama ser os principais candidatos

à vitória na primeira fase

TEXTO: PEDRO GABRIEL

A partida entre a equipa Portugais e o GDSantander Totta teve sentido único. O con-junto do BdP saiu goleado por 10-1, comFrancisco Pestana a apontar um hat-trick.

Com a Team Foot Activobank a folgar,o Banco BPI sabia que uma vitória au-mentaria a distância. Foi com este pen-samento que entrou em campo diante doSS do Montepio Geral. A equipa não acu-sou nervosismo e só na 1.ª parte apontouquatro golos. Na etapa complementar

mais três golos para o líder, com BrunoFonseca a marcar o tento de honra paraos SS Montepio Geral.

Com estes resultados, o Banco BPIdistanciou-se no 1.º lugar, com 15 pontos.GD Santander Totta e Team Foot Activo-bank seguem no segundo e terceiro luga-res, com 10 pontos mas menos um jogo.

A jornada 6 realizou-se no dia 21 defevereiro e daremos conta dos resultadosem futuras publicações.

King

Jornada equilibradaconhece novo líderA dança na frente da tabela

classificativa continua. Depoisde duas rondas a liderar, CaetanoMoço cedeu o lugar a Pinto Pedro

A4.ª jornada de apuramento da zona de Lisboa do 8.º Campeonato Interbancário de King realizou--se no dia 15 de fevereiro, na sede do SBSI. Vinte e um jogadores responderam ao repto e disputaramos quatro jogos, com o habitual espírito de convívio e desportivismo.

Pinto Pedro (AAEBNU) foi o vencedor da jornada, tendo alcançado 45 pontos, os mesmos que AntónioMoço (Banco BPI). No terceiro posto ficou Américo Pereira (Millennium bcp), com 37, apenas mais umque Virgílio Atalaya (Banco BPI) e António Lopes (Millennium bcp), que assim alcançaram o quarto e quintolugares, respetivamente.

Esta edição tem sido marcada por um forte equilíbrio entre os participantes, daí que não seja surpresaque esta ronda tenha conhecido novo líder. Com a vitória, Pinto Pedro ascendeu à liderança da classificação,contabilizando agora 155 pontos. António Moço é segundo, com 147, enquanto o terceiro posto é ocupadopor Caetano Moço (Unicre), com 136 pontos, ele que vinha a liderar a tabela desde o segundo dia de prova.Vítor Madureira, com 136 pontos, e António Vieira, com 135, ambos do BES, completam o lote dos cincoprimeiros.

A 5.ª jornada teve lugar no dia 8 de março e daremos conta dos resultados em futuras publicações.

A equipa do BPI contabiliza 15 pontos

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SBN dinamiza inspeçãoem dezenas de balcõesA Autoridade para as Condições

do Trabalho (ACT) promoveuuma ação inspetiva nacional

no setor da bancae seguros, visitando

295 locais de trabalho

TEXTOS: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Por solicitação do SBN, foram realiza-das no último mês dezenas de açõesinspetivas na área geográfica do

Sindicato, nomeadamente a agências doMontepio, Santander, BCP, Crédito Agrí-cola, BES, BPI e Banif, que resultaram naaplicação de coimas e no levantamentode diversos autos de notícia.

Acrescente-se que, na prossecução deum sindicalismo de proximidade, conti-nuaram a ser efetuadas visitas aos bal-cões. Na circunstância, foram contactadoscentenas de associados e esclarecidas inú-meras situações por eles colocadas. Noconjunto, a Autoridade para as Condiçõesdo Trabalho (ACT) promoveu, no dia 6 defevereiro, uma ação inspetiva nacional nosetor da banca e seguros, visitando 295locais de trabalho – 244 estabelecimentosbancários e 51 agências de seguros – comum total de 904 trabalhadores.

A ação, que tinha como objetivo verificaro cumprimento das normas legais naque-les setores, envolveu 166 inspetores dotrabalho de todos os serviços regionais daACT, permitindo uma ação concertada.

Num primeiro balanço da ação, os inspe-tores detetaram diversas infrações, comdestaque para a prestação de trabalhosuplementar não registado (123 situações)e trabalho suplementar prestado em viola-ção dos limites diários previstos, ou comregisto incompleto (12). Em consequência,formalizaram 19 advertências e 86 autosde notícia.

Foram detetadas ainda 80 irregularida-des no domínio das condições de segurançae de saúde no trabalho, a que correspondeua elaboração de 73 notificações para toma-da de medidas.

Os inspetores detetaramdiversas infrações nos

balcões visitados

Seminário da rede EURESdebateu trabalho condignona Europa, fundamentalpara aprofundar a democracia

"A luta pelo emprego tornou-se hoje,muito provavelmente, o desafio mais es-truturante com que o movimento sindicaleuropeu está confrontado", sublinhou Fir-mino Marques, presidente da Mesa doConselho Geral da UGT-Porto, num semi-nário intitulado "O papel da rede EURES eda Confederação Europeia de Sindicatos naluta pelo emprego", realizado dia 24 defevereiro, no Porto.

Depois de Pereira Gomes, presidente daUGT-Porto, ter feito a abertura do seminá-rio, Teresa Ventín, coordenadora da EURESGaliza/Norte de Portugal, salientou que

àquela organização cabe a missão espe-cialmente importante de esclarecimentorelativo aos obstáculos à mobilidade que secolocam no quotidiano dos trabalhadores,para uma harmoniosa inserção no país deacolhimento, mostrando as oportunidadesde emprego em cada lado da fronteira.

O público da EURES é constituído porempresários que querem contratar traba-lhadores, por trabalhadores que procuramemprego ou informações diversas, poruniversidades que queiram apoiar os res-petivos alunos no percurso rumo ao em-prego, e por sindicatos, na sua função deapoiarem os associados que os procuramno sentido de os ajudarem a encontrarempregos transfronteiriços.

Posteriormente, quando Firmino Mar-ques se referiu à luta pelo emprego, acen-tuou que tal afirmação se dirigia, em pri-meira instância, a mais emprego, mas que

se impõe concomitantemente a exigênciade melhor emprego: "Ou seja, de empregosdignos, que vão ao encontro de patamaresmínimos da pessoa humana numa socie-dade democrática que se pretende justa,fraterna, solidária e igualitária".

Acrescentou que, pese embora não ig-norar que os detratores desta tese seapressam a dizer que ela carece de revisãotendo em conta os constrangimentos eco-nómico-financeiros da Europa que presu-mivelmente vieram para ficar para mui-tos e largos anos, o ideário de democracia,assente nos pilares de justiça, de fraterni-dade e de igualitarismo, se defende preci-samente através desta luta pelo empregocondigno.

Terminou afirmando que se aqueles trêspilares não estiverem devidamente con-solidados e fortificados, é o próprio regimedemocrático que ficará em causa.

Luta pelo emprego é o maior desafiodo movimento sindical

Alerta Firmino Marques

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Campeonatos regionais prestes a começarAs competições regionais

de tiro aos pratos e kartingarrancam brevemente e delas

sairão os campeões do SBN quedisputarão os títulos nacionais

TEXTOS: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

O18.º Campeonato Regional deTiro aos Pratos, destinado aossócios do SBN, terá início em 12

de abril, no Clube Industrial de Pevidém,em S. Jorge de Selho, prosseguindo em 24de maio no Clube de Caça e Pesca de VilaVerde, na Cruz do Reguengo.

As provas serão disputadas na varian-te de fosso universal, em duas prancha-das de 25 pratos, e nelas serão apura-

dos, além do campeão regional, os re-presentantes do SBN à final nacional,que decorrerá no dia 28 de junho, noClube de Caçadores de Mira.

A inscrição, cujo custo é de 15 euros,deverá ser efetuada até ao próximo dia4 de abril, na Loja de Atendimento doSBN.

Já no que diz respeito ao karting, o16.º Campeonato Regional realiza-se

nas datas e nos kartódromos a seguirmencionados: 22 de março, Vila Novade Paiva; 10 de maio, Fafe; 21 de junho,Viana do Castelo; 27 de Setembro, Cabodo Mundo.

A competição tem por objetivo propor-cionar o convívio entre bancários que sededicam a esta modalidade desportiva eapurar os representantes do SBN à finalnacional, a disputar em 18 de outubro nokartódromo do Bombarral, e na qual oSindicato se fará representar por ummáximo de oito pilotos.

A inscrição deverá ser feita nos servi-ços do SBN até 17 de março, sendo o custode 140 euros, podendo o pagamento serefetuado por transferência bancária emoito prestações mensais e sucessivas,com início em 26 de março. Aos partici-pantes que não tenham equipamentoserão fornecidos capacete e touca.

"Treze Meses, Treze Temas" é o motepara o conjunto de exposições que oNúcleo de Fotografia do SBN realizamensalmente, como o próprio títulosugere. O tema para abril é "Naturezamorta", de Fernando Castro. A mostraestará patente na galeria do sindicato,na Rua Conde de Vizela, 145, de 2 deabril a 7 de maio, podendo ser visitadaàs quartas e quintas-feiras, das 15 às17h30.

Entretanto, nos dias 8 e 9 de março,o Núcleo de Fotografia do SBN mantevepatente na entrada principal da CâmaraMunicipal do Porto uma exposição foto-gráfica, integrada na 19.ª exposição decamélias.

A Comissão Sindical de Reformados, em colabo-ração com a Direção do SBN, leva a efeito, nodia 29 de março, um passeio às amendoeiras

em flor, destinado a associados do Sindicato e respe-tivos agregados familiares.

A partida far-se-á de junto da Câmara Municipal doPorto, frente ao Capitólio, seguindo pela A4 em dire-ção a Alfândega da Fé, onde será servido um almoçocom pratos regionais, passando por Vila Real, Miran-dela – onde haverá uma paragem – e Serra de Bornes.

Para mais informações, podem ser contatados osserviços do SBN.

Reformados visitamamendoeiras em flor

"Natureza morta" é temade mostra fotográfica

De iniciativa da Câmara e da Associa-ção Portuguesa de Camélias, o certamecontou com a visita de cerca de 140apreciadores de camélias de todo omundo, além da habitual grande aflu-ência de portugueses.

"Natureza morta",de Fernando Castro

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