17ª edição nacional – jornal chico da boleia

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Distribuição Gratuita O JORNAL PARA O CAMINHONEIRO AMIGO www.chicodaboleia.com.br Orgulho de ser caminhoneiro EDIÇÃO NACIONAL O gaúcho Régis Boessio venceu a terceira etapa da Fórmula Truck 2013, disputada no autódromo de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O evento reu- niu público estimado em cerca de 50 mil pessoas. O projeto Escola de Bambu visa pro- mover a educação formal na comuni- dade de Fendell, Libéria, por meio da construção de uma escola sustentável. Entenda os problemas que afetam a sua mobilidade no trânsito Ano 02 - Edição 17 - 2013 Regis Boessio vence a terceira etapa da Fórmula Truck Pág. 6 e7 Pág. 9 Pág. 8 Pág. 5 Escola de Bambu: “Porque solidariedade não enxerga fronteiras” Os pneus são parte fundamental de qual- quer veículo automotor. A integridade desses itens é de suma importância não só para o funcionamento dos veículos, mas também para garantir a segurança do motorista e de terceiros. ISO 9001 Entenda como acontece a recauchutagem dos pneus Foto: Divulgação

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Fique sabendo de tudo o que acontece no setor do transporte. Entretenimento, esportes, saúde, reportagens exclusivas, e muito mais para você amigo caminhoneiro.

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Page 1: 17ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

Distribuição Gratuita

O JORNAL PARA O

CAMINHONEIROAMIGOwww.chicodaboleia.com.br

Orgulho de ser caminhoneiro

EDIÇÃO NACIONAL

O gaúcho Régis Boessio venceu a terceira etapa da Fórmula Truck 2013, disputada no autódromo de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O evento reu-niu público estimado em cerca de 50 mil pessoas.

O projeto Escola de Bambu visa pro-mover a educação formal na comuni-dade de Fendell, Libéria, por meio da construção de uma escola sustentável.

Entenda os problemas que afetam a sua mobilidade no trânsito

Ano 02 - Edição 17 - 2013

Regis Boessio vence a terceira

etapa da Fórmula Truck

Pág. 6 e7

Pág. 9

Pág. 8

Pág. 5

Escola de Bambu: “Porque solidariedade não

enxerga fronteiras”

Os pneus são parte fundamental de qual-quer veículo automotor. A integridade desses itens é de suma importância não só para o funcionamento dos veículos, mas também para garantir a segurança do motorista e de terceiros.

ISO

9001

Entenda como acontece a

recauchutagem dos pneus

Foto: Divulgação

Page 2: 17ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

E o debate não pára ...

É companheiros da estrada! Como venho dizendo a Lei 12.619 continua na pauta do dia e não deve sair tão cedo. Isso por quê o consenso para as

mudanças necessárias está longe de acon-tecer. Aconteceu mais um evento e desta vês em Brasília onde se discutiu com vá-rios seguimentos do setor a referida Lei. E ali acompanhando os debates deu para ter a nítida impressão que as discussões vão varar o ano, e em função disso estamos criando no nosso site www.chicodaboleia.com.br uma área especifica só para reper-cutir e debater a Lei 12.619. Isso também vamos fazer em nosso Jornal que já co-meça nesta edição com um texto sobre o evento de Brasília.Você deve participar. Dê sua opinião sua sugestão coloque suas duvidas. Sendo o mês de maio, não tem como não falar naquela que todos nós temos, que é a Mãe. Não há ser no mundo que não sai-ba, mais cedo ou mais tarde, a importância desta pessoa em nossa vida. Primeiro que é dentro dela nossa primeira morada. É ali, protegidos de tudo e todos, que nos desen-volvemos para chegar neste mundão velho de meu Deus. Depois, é dela que vem o primeiro alimento, os primeiros cuidados, enfim os ensinamentos, ela nos prepara para a vida, só que muitos de nós esque-cemos, ou achamos que nada mais é que obrigação, quando na realidade ela faz por

puro AMOR.Pena que alguns só percebem isso quan-do ela já deixou o plano terreno, ai fica a saudade sem fim, a saudade doida e o arre-pendimento. Se a sua mãe ainda é viva, re-conheça a importância que ela tem em sua vida, reconheça que você é quem é por que ela deu condições para que você chegas-se onde chegou ou ainda vai chegar, não deixa para depois, pois o depois pode não vir. Parabéns às mães que tanto fizeram e fazem pelos seus filhos. Não posso esquecer aqui que também em Maio, mais precisamente no dia 13, se comemora a ABOLIÇÃO DA ESCRAVA-TURA. Foi neste dia que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea que dava liberdade aos escravos e abolia esta atividade da nossa História.É bom lembrar que para a comunidade negra uma data de grande importância é também o dia 21 de Novembro, no qual se relembra o Zumbi dos Palmares: um dos inúmeros nomes que lutaram contra os grilhões da escravidão mesmo antes de se pensar em Abolição. A luta de Zumbi co-meçou quase um século antes da Abolição.Pena é ver que mesmo nos dias de hoje e independente de cor, encontramos inúme-ros trabalhadores em condições análogas à escravidão seja na área rural seja na área urbana dos grandes centros.E por fim comemora-se no dia 1º de maio, o dia do Trabalhador que é uma data come-morativa usada para celebrar as conquis-tas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na

Sede: Rua Bento da Rocha, 354 - Itapira-SP, CEP 13.970-030 Fone:(19) 3843-5778Tiragem: 50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão PretoDiretora-Presidente: Wanda JachetaDiretor Editorial: Chico da BoleiaEditor Responsável: Chico da BoleiaRevisãoLarissa J. RibertiDiagramaçãoPamela SouzaSuporte TécnicoMatheus A. MoraesJuliano H. BuzanaConselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coor-denadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APRO-CAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

02 EDITORIAL

Expediente

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

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cidade americana de Chicago. Milhares de trabalhadores protestavam contra as con-dições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Es-tados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confron-tos da polícia contra os manifestantes. No dia seguinte, esses confrontos se intensi-ficaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As marchas e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram co-nhecidos como a Revolta de Haymarket. Em 20 de junho de 1889, em Paris, a cen-tral sindical chamada Segunda Internacio-nal instituiu o mesmo dia das manifesta-ções como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 ho-ras de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional. A partir daí, outros países também reconheceram o dia 1° de maio como símbolo internacio-nal da luta dos trabalhadores.

Espero que vocês gostem dessa ediçãoUm abraço e nos vemos no trecho.

Page 3: 17ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

fazendo um favor ao senhor sendo que há uma outra pessoa correndo um alto risco. Acho que assim fica mais fácil de entender o porquê disso tudo, não é má fé dos guincheiros e sim diretrizes e regras a serem seguidas por precau-ção e segurança.Espero que tenhamos esclarecido sua duvida.

Chico da Boleia, eu sou o André de Maringá – PR e queria saber: Pra que serve aquele tal ARLA 32? Ele mis-turado ao diesel fica menos poluente, mais eficiente ou o quê?

Então André, na verdade ele não é misturado ao óleo diesel. O ARLA 32 é um composto a base de ureia que reage com a fumaça que é gera-da, diminuindo assim o teor de gases e partículas poluentes que saem de seu caminhão. Fique atento, pois nem todo caminhão ou veículo diesel usa o ARLA 32. Os veículos que precisam da solução tem um reservatório a parte para o produto, ele fica do lado do tanque de combus-tível e tem uma tampa azul para iden-tificação.

Chico da Boleia Orgulho de ser Caminhoneiro!

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Sede: Rua Bento da Rocha, 354 - Itapira-SP, CEP 13.970-030 Fone:(19) 3843-5778Tiragem: 50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão PretoDiretora-Presidente: Wanda JachetaDiretor Editorial: Chico da BoleiaEditor Responsável: Chico da BoleiaRevisãoLarissa J. RibertiDiagramaçãoPamela SouzaSuporte TécnicoMatheus A. MoraesJuliano H. BuzanaConselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coor-denadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APRO-CAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

Chico da Boleia responde

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAPAPO DE BOLEIA 03

Há tempos o caminhoneiro vem se deparando com inúmeros avanços tec-nológicos que podem facilitar o seu dia a dia. Aplicativos para celulares, pro-gramas de computador, softwares de direção defensiva. São mil e uma novi-dades que chegaram ao mercado de caminhões nos últimos anos para mel-horar a qualidade de vida dos camin-honeiros e dar mais eficiência aos car-regamentos e descargas.Mas, será que realmente temos acesso a essa maré tecnológica?A realidade da profissão mostra que, infelizmente, nós trabalhadores da es-trada ainda estamos muito defasados em termos de tecnologia. Primeiro porque mal temos condições de ren-ovar nossa frota ou trocar nosso camin-hão. Segundo porque não possuímos em nossa profissão, incentivos que nos permitam saber utilizar e aplicar as no-vas tecnologias.

Em muitas empresas de transporte nacionais e internacionais de grande porte, os caminhoneiros contratados recebem cursos e workshops para apre-nderem a utilizar as novas tecnologias incorporadas aos caminhões, como ras-treadores, aplicativos e computadores de bordo. O caminhoneiro autônomo, no entanto, não conta com a mesma sorte.O baixo valor do frete é o inimigo número um que contribui para que esse avanço tecnológico não seja democ-ratizado na nossa categoria. Primeiro porque ele não permite a renovação da frota e, consequentemente, não permite que o caminhoneiro tenha acesso a no-vos modelos de caminhão nos quais es-tão implantados técnicas e equipamen-tos avançados. Também não permite a compra de outros itens que podem fa-cilitar a direção, como computadores, rádios, rastreadores, etc.

Chico, tudo bem? Meu nome é Evandro Rodrigues e sou de Mogi Guaçu – SP. Rodo pelo inte-rior de São Paulo. Eu gostaria de saber porque os guinchos das concessiona-rias de pedágio não podem nos levar até nossas oficinas de confiança. As vezes a diferença de um posto ou pátio que eles nos deixam para a oficina que pretendíamos deixar o veiculo é de três ou quatro quadras. Eles dizem que são normas da empresa e tudo mais. O que realmente acontece Chico, as normas que são muito rígidas ou é má fé dos guincheiros? Tudo bem sim Evandro e por ai tudo certo? Espero que sim!Bom Evandro, nos contratos de con-cessão das rodovias está previsto que as concessionarias devem disponi-bilizar o serviço de guincho somen-te para retirar o usuário da pista para sua segurança e levá-lo para o ponto de apoio mais próximo onde o usuário deve se encarregar de buscar a solução definitiva para o seu problema. Se a gente for parar pra pensar, na verdade faz sentido. Por exemplo o motorista do guincho vai te levar até sua ofici-na lá no meio da sua cidade, e de re-pente acontece um acidente grave que precisaria mais desse serviço do que o senhor, nesse meio tempo que o guin-cheiro está longe da zona de concessão

Se tivéssemos acesso a todas as tecno-logias que nos apresentam, a escolha de pontos de parada e descanso, bem como o melhor horário para carga/descarga, a visualização das condições de tráfego e da situação mecânica do caminhão se-ria possível e facilitada. Seria o mundo perfeito para os caminhoneiros e tam-bém para toda a sociedade. Digo isso porque a democratização da tecnologia permite que o trabalho seja mais bem executado e o transporte otimizado em todas as suas pontas, desde o carrega-mento, até a descarga em um porto, armazém, cidade ou qualquer outro lugar. Além disso, tecnologia também é sinônimo de prevenção de acidentes e maior segurança nas estradas.Enquanto caminhoneiros e transporta-dores não tiverem acesso a essas novas tecnologias, a chuva de novos avanços só relevará a desigualdade que se per-petua na nossa categoria. As transfor-mações tem que acontecer em todos os sentidos, inclusive naquele que diz respeito ao nosso crescimento profis-

sional, cultural e educacional. A tec-nologia pode ser a ferramenta que falta para melhoria e o desenvolvimento da nossa profissão.

Abraço, Chapa

Tecnologia na Boleia: quando teremos acesso a ela?

Page 4: 17ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA04 FIQUE POR DENTRO O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

E os caminhoneiros, como ficam no Dia do Trabalhador?

Mundialmente este é o dia em que passeatas, manifestações, protestos, festas e comemorações são realizados em homenagem aos trabalhadores ou como forma de reivindicar direitos e melhorias. No Brasil não é diferente!A origem desta data nos transporta ao ano de 1886, quando uma manifestação de trabalhadores aconteceu em Chica-go, nos Estados Unidos. Os manifes-tantes reivindicavam a redução da jor-nada de trabalho para 8 horas diárias. Massivamente convocou-se, então, uma greve geral no país. Em 3 de maio daquele ano, um grupo de manifestan-tes foi reprimido por forças policiais e o conflito resultou na morte de algumas pessoas. No dia seguinte, uma passeata foi organizada em protesto à violência exercida pela polícia anteriormente. A manifestação, no entanto, sofreu mais uma vez com a repressão policial.No dia 20 de junho de 1889, a segun-da Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar anualmente a todos os trabalhadores do mundo com o objetivo de reivindicarem pela jorna-da de trabalho de 8 horas diárias. A data escolhida para essa manifestação anual foi justamente o dia 1o de maio. que foi oficialmente decretado como o Dia do Trabalhador em 1919, primeiramen-te pelo Senado francês e, posteriormen-te, por outros países.A luta pelos direitos trabalhistas acon-teceu (e acontece) em todo o mundo. No Brasil, os escravos do período colo-nial e, principalmente, após a Indepen-dência em 1822, já se organizavam em grupos de resistência e buscavam mé-

todos para forjar melhores condições de vida em meio ao trabalho forçado e a exploração promovida pelos senhores brancos. O resultado desta luta e tam-bém das negociações políticas entre os abolicionistas do final do século XIX, foi a assinatura da Lei Áurea em 1888, abolindo a escravatura. O processo de reinserção desses ex-escravos no novo mercado de trabalho que se formara a partir daquele momento, demoraria, no entanto, muito mais tempo para aconte-cer. Tal atitude resultou em consequên-cias sociais para essa parcela da popu-lação que sente o peso da exclusão e da discriminação até os dias de hoje.Os imigrantes europeus – principal-mente os italianos – que começavam a chegar ao Brasil no começo do século XX trouxeram consigo novas concep-ções do trabalho. Em meio a uma socie-dade recém-saída da escravatura onde os patrões ainda tinham a exploração como base das relações trabalhistas que se formavam, os imigrantes e outros trabalhadores de fábricas organizaram grupos, sindicatos e forças de lutas que começaram a reivindicar melhores con-dições de trabalho.A luta por uma legislação que regula-mentasse as profissões e o trabalho dos brasileiros se deu com embates, greves, conflitos. Foi em 01 de maio de 1943, que o ex-presidente Getulio Vargas criou e aprovou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), um estatuto que congrega leis antigas e novas que regulamentam o trabalho do brasileiro.Conhecido por ser “O pai dos pobres”, Getulio Vargas possuía uma política populista que buscava relações mais

estreitas com os trabalhadores de base. Todo 1o de maio, ocorriam celebra-ções, festas e comemorações, com de-clarações diretas do ex-presidente aos trabalhadores brasileiros.Durante os anos posteriores historia-dores e sociólogos se esforçaram para entender o processo de construção de leis que beneficiaram os brasileiros. Sem dúvida, o papel desempenhado por Getúlio Vargas naquele momento foi fundamental. Tanto foi que uma boa parcela dos historiadores acredita que a CLT foi uma maneira de manipular os movimentos sindicais e as lideranças trabalhistas naquela época. É inegável que havia, naquele momento, uma pre-ocupação em censurar e combater mo-vimentos de esquerda e trabalhistas que fossem contrários ao regime de Vargas.Alguns historiadores, no entanto, pre-ferem uma visão menos simplista do processo e argumentam que a CLT foi resultado também da luta dos trabalha-dores e de uma necessidade imposta por essas classes sociais. Na conforma-ção dos benefícios trabalhistas, os tra-balhadores tiveram uma participação expressiva em suas reivindicações, gre-ves, sindicatos, etc. Esse outro grupo de historiadores descontrói, portanto, a ideia de que os trabalhadores foram simplesmente manipulados, defenden-do que os mesmos exerceram um papel político fundamental no processo de consolidação dessas Leis.Mesmo com as conquistas do século XX, ainda hoje algumas categorias de trabalhadores não foram contempladas com a proteção dos seus direitos traba-lhistas. É o caso dos caminhoneiros e carreteiros. Longas jornadas de traba-lho, salários baixos, pouco reconheci-mento, péssimas condições de trabalho e desrespeito: essa é a realidade do tra-balhador das estradas brasileiras.O ano de 2012 significou um avanço para essas camadas trabalhistas. A Lei 12.619 que regulamentou a profissão tem, na teoria, o poder de combater os excessos e a exploração que sofrem, todos os dias, os caminhoneiros. O fim da Carta Frete, também se propôs a re-duzir as perdas de lucros dos trabalha-dores e garantir o recebimento justo do frete. Entretanto, o não cumprimento das Leis trabalhistas e das determina-ções jurídicas pode colocar em risco toda a categoria.Ainda hoje encontramos muita resis-tência a respeito da Lei do Motorista.

Alega-se que não há estrutura nas rodo-vias para se cumprir as paradas de des-canso, que o frete vai encarecer para a sociedade e que os custos dos empresá-rios irão subir. Acontece que a maioria das determinações da Lei do Motorista já havia sido colocada pela CLT e pelo próprio Código de Trânsito Brasileiro. As falsas justificativas dadas e a resis-tência de algumas parcelas do setor em cumprirem as determinações da Lei podem minar as conquistas trabalhistas dos caminhoneiros. Ou seja, se não fo-rem cumpridas, as Leis, mesmo apre-sentando um avanço institucional para a categoria, podem significar retroces-sos para o país.Não só no dia 1o de maio, mas também durante todos os dias do ano, devem existir esforços de toda a categoria para que a profissão seja devidamente exer-cida e valorizada. O quadro atual dos caminhoneiros no Brasil mostra, so-bretudo, a desumanização do trabalho desses indivíduos e não apresentou, até o momento, perspectivas de melhora. Espera-se que, para tirar o atraso de décadas em que os caminhoneiros fica-ram marginalizados profissionalmente em seus direitos e benefícios, a catego-ria toda cumpra as Leis e trabalhe ardu-amente para que o profissional das es-tradas receba o devido reconhecimento simbólico, ético e financeiro.

Blog do Chapa

Foto: Matheus Moraes

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Entenda como acontece a recauchutagem dos pneus

Os pneus são parte fundamental de qualquer veículo automotor. A integri-dade desses itens é de suma importân-cia não só para o funcionamento dos veículos, mas também para garantir a segurança do motorista e de terceiros. Por essa razão, pneus carecas e mal calibrados podem significar um risco eminente para os motoristas. Atualmente a maioria dos caminhões roda com pneus recapados ou recau-chutados. Tais processos favorecem o consumidor visto que reformam os pneus e proporcionam melhor custo benefício. Nós da estrada sabemos o

quanto é caro comprar pneus novos para caminhões e carretas. Mas, você

sabe como funciona o processo de re-cauchutagem?A etapa inicial de todo o proces-so de recauchutagem de pneus começa com a “Inspeção”. É nesse momento que os pneus são vistoriados visualmente e também por meio de equipamentos especí-

ficos que medem pressão, realizam ultra-sonografia, indução elétrica e

outros testes. A inspeção inicial é importate para que sejam medidos

os níveis de desgate dos pneus a serem recauchutados. Tal avaliação também diminui os custos de produção.A preparação da carcaça do pneu con-stitui a fase seguinte. Nela, prepara-se os pneus para receberem as condições de processamento. Para tanto, um torno semi ou totalmente automático raspa as peças para devolver a elas a sua sime-tria. Após a raspagem, os pneus passam por um processo de escariação para a retirada de qualquer resíduo de con-taminação. A etapa dos consertos vem logo depois e é de suma importância. Isso porque,

hoje em dia, os pneus possuim diver-sos modelos como diagonais, radiais, sem câmara, etc. Nesse trabalho, os

técnicos devem ser bem treinados, já que os maiores índices de problemas durante a reforma de pneus encontra-se nesta fase de todo o processo.Após realizados os consertos, vem a construção dos pneus. Nesta fase, tam-bém conhecida como processo “pré-curagem”, a banda de rodagem é pre-parada e é aplicada juntamente com o coxim de ligação. A vulcanização com Pré-curado vem logo depois, quando finalizado o processo de construção do pneu (pneu + banda de rodagem). Nes-ta etapa, o material é colocado dentro de um envelope de borracha e montado em uma roda especial, para então ser levado para o autoclave. O ar quente que circula por dentro dos pneus é responsável pela retirada de imperfeições e evitar bolhas. Esse pro-cesso de vulcanização tem seu tempo e temperaturas controlados para que a banda de rodagem seja devidamente in-corporada à carcaça do pneu. Após os processos anteriores acontece a inspeção final. Nela, o pneu reformado é vistoriado visual e mecanicamente. É nesta etapa que qualquer imperfeição

e falha deve ser detectada e corrigida. Após a aprovação dos vistoriadores, o pneu reformado está pronto para ser co-mercializado e instalado em veículos.Os pneus, juntamente com os freios e amortecedores são partes fundamen-tais de qualquer veículo. Erro na cali-bragem, pneus carecas e desalinhados podem interferir na estabilidade, fre-nagem, no conforto e, obviamente, na segurança. Para um desempenho segu-ro, os pneus não devem apresentar ne-nhum tipo de deformação ou anomalia e manter a pressão adequada dos pneus – e também indicada pelo fabricante – é essencial.Quanto aos pneus reformados, é im-prescindivel que, antes da compra, o consumidor fiscalize se o produto está de acordo com as normas técnicas e foi re-produzido por uma indústria espe-cializada e de confiança. A segurança de você, caminhoneiro, e dos terceiros que rodam ao teu lado pelas estradas, também depende disso! Boa viagem!

Abraço do Chapa!

Fonte técnica: Goodyear Pneus.

E os caminhoneiros, como ficam no Dia do Trabalhador?Alega-se que não há estrutura nas rodo-vias para se cumprir as paradas de des-canso, que o frete vai encarecer para a sociedade e que os custos dos empresá-rios irão subir. Acontece que a maioria das determinações da Lei do Motorista já havia sido colocada pela CLT e pelo próprio Código de Trânsito Brasileiro. As falsas justificativas dadas e a resis-tência de algumas parcelas do setor em cumprirem as determinações da Lei podem minar as conquistas trabalhistas dos caminhoneiros. Ou seja, se não fo-rem cumpridas, as Leis, mesmo apre-sentando um avanço institucional para a categoria, podem significar retroces-sos para o país.Não só no dia 1o de maio, mas também durante todos os dias do ano, devem existir esforços de toda a categoria para que a profissão seja devidamente exer-cida e valorizada. O quadro atual dos caminhoneiros no Brasil mostra, so-bretudo, a desumanização do trabalho desses indivíduos e não apresentou, até o momento, perspectivas de melhora. Espera-se que, para tirar o atraso de décadas em que os caminhoneiros fica-ram marginalizados profissionalmente em seus direitos e benefícios, a catego-ria toda cumpra as Leis e trabalhe ardu-amente para que o profissional das es-tradas receba o devido reconhecimento simbólico, ético e financeiro.

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das 17 às 22 horas de segunda a sexta--feira e, aos sábados, das 10 às 14 ho-ras. O valor da multa é de R$ 85,13, com acréscimo de quatro pontos na car-teira de habilitação para quem infringir a lei e quem fiscaliza a área são os téc-nicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). As cidades pequenas, como as da re-gião da Baixa Mogiana, estão seguindo os passos e restringindo a mobilidade dos caminhoneiros. Mogi Mirim e Ita-pira, por exemplo, já possuem regras que impedem a circulação de cami-nhões por algumas vias centrais e resi-denciais. Impõem-se, também, horários

determinados para carga e descarga. A justificativa para essas regras também se baseia no fato de que caminhões e veículos de carga atrapalham o trânsito e causam danos a algumas ruas. O contraponto para a eficiência des-sas medidas aparece no próprio dia a dia. Nota-se que, independentemente da circulação de grandes veículos de carga, o número de automóveis cresce rapidamente e o trânsito se faz cada vez mais desorganizado. Em outras pala-vras, o que se nota diariamente é que,

independentemente das restrições, a qualidade do tráfego não aumentou e não houve uma diminuição considerá-vel dos danos, tampouco dos engarra-famentos. Nas grandes cidades o número de no-vos carros que circulam diariamente é difícil de ser estabelecido. Com as faci-lidades de crédito, todos querem trocar de carro e não é difícil ver uma família de quatro pessoas com 3 ou 4 veículos na garagem. A mentalidade consumista e individualista que tem se formado nos membros das classes médias e altas, contribui para que cada vez mais tenha-mos mais carros sendo utilizados por

apenas uma pessoa. Além disso, exis-te certa recusa de algumas pessoas em utilizar o transporte público tendo em vista suas deficiências e super lotação. Nas cidades pequenas não é diferente. Em Itapira, por exemplo, não existe ne-nhum sinal de trânsito para pedestres. As vias são esburacadas e, em determi-nados locais, as ruas ficam entupidas de veículos estacionados. Soma-se a tudo isso, a falta de transporte público efi-ciente, o alto preço das passagens e a

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CHICO DA BOLEIA06 REPORTAGEM O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Entenda os problemas que afetam a sua mobilidade no trânsitoFaltando apenas um ano para a Copa do Mundo de 2014, as cidades parecem grandes canteiros de obra. Vias estão em reforma, calçadas foram arreben-tadas, os alicerces de novos prédios começam a tomar forma e as estradas passam por incríveis alterações. Ao se depararem com tantas alterações, as opiniões dos cidadãos sobre a recep-ção de grandes eventos como a Copa e as Olimpíadas no Brasil se dividem. De um lado, as obras e modificações impostas por esses eventos internacio-nais geraram uma infinidade de novos empregos e também irão proporcionar benefícios e melhorias para as popula-ções em longo prazo. Por outro, alguns questionam o grande investimento de dinheiro em algumas áreas, quando se-tores como a saúde e a educação, por exemplo, atingem níveis preocupantes de descaso público. Diante dessa realidade cabe a pergun-ta: será que as administrações públicas das cidades estão se preocupando em preparar a infraestrutura das vias e es-tradas para melhorar a mobilidade de motoristas, pedestres e caminhoneiros? A resposta para essa pergunta pode ser encontrada no dia a dia, já que rotinei-ramente sentimos os problemas não só da péssima qualidade da nossa infra--estrutura, mas também dos transtornos que reformas e obras nos causam. Talvez o maior problema dentro de todo esse contexto, seja as retrições à circulação em geral. Sobre o assunto, são conhecidas as restrições da circu-lação de veículos em vias específicas, afetam diretamente os cami-nhoneiros e demais transpor-tadores. Em grandes centros como São Paulo e Rio de Janei-ro as normas que restringem os horários e vias de circulação de caminhões já são aplicadas há algum tempo. De acordo com pesquisas, a última res-trição de circulação imposta pela Pre-feitura de São Paulo, proibiu o tráfego de caminhões na marginal Tietê e cau-sou aumentou em 20% nos custos das transportadoras da região. A me-dida é justificada, principalmente, com o argumento de que grandes veículos são responsáveis por maior lentidão e engarrafamento nessas vias. As regras são claras. A fiscalização restringe a circulação de caminhões de cargas na marginal das 5 às 9 horas e

demora entre um ônibus e outro. Antônio Marcos, caminhoneiro itapi-rense desde a década de 1970, alega que a cidade está cada vez mais defasa-da em termos de infraestrutura. “Agora para carregarmos ou descarregarmos no centro temos horários específicos. Nem sempre dá pra alguém que vem de outra cidade ou estado cumprir com es-ses horários. Muitos ficam esperando o dia inteiro pra descarregar ou carregar no horário certo. Tiraram nossa liber-dade de circulação e ainda nos culpam pelos problemas do trânsito”, explicou. Para o caminhoneiro de 56 anos, as prefeituras não agem com responsa-bilidade e preocupação quando o as-sunto é trânsito. “Eles fazem obras de emergência, não pensam como vai ser daqui a 50 anos. Por isso que está sem-pre ruim pra todo mundo e nada nunca funciona”, afirmou. Tendo em vista essa realidade, é pre-ciso entender como as restrições e a falta de planejamento público para o trânsito afetam não só a vida dos cami-nhoneiros, mas de todos nós. É preciso entender que todos esses fatores fazem parte de uma cultura que, até hoje, tra-tou com bastante descaso e desatenção a infraestrutura do tráfego nas cidades. Municípios com 70 ou 100 mil habitan-tes já mostram que as gestões públicas pouco ou nada fazem pela melhoria do trânsito e do transporte público.Para Dona Iraci, moradora do muni-cípio de Itapira há 70 anos, o grande problema são os sinais de trânsito que abrem e fecham com uma velocida-de quase instantânea. “Às vezes nós,

idosos, estamos atravessando a faixa de pedestre, e os carros já estão acelerando, querendo pas-sar. Os sinais daqui abrem e fe-cham muito rápido”, explicou.Iraci também disse que não co-nhece nenhum sinal de pedestre

na cidade. “Fizeram algumas obras na José Bonifácio (rua do centro) no ano passado, para dar mais segurança para quem atravessa essa rua, mas esquece-ram de ensinar os motoristas que, nessa área, a preferência é do pedestre”, re-clamou.A entrevistada se refere à obra que construiu elevações do nível da rua ao nível da calçada. As elevações foram realizadas na gestão passada e tiveram como objetivo facilitar a travessia dos pedestres na Avenida José Bonifácio, a

“ Eles fazem obras de emergência, não pensam como vai ser daqui a 50 anos. Por isso que está sempre ruim pra todo mundo e nada nunca funciona” Antônio Marcos, caminhoneiro.

Foto: Divulgação

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 07REPORTAGEM

Entenda os problemas que afetam a sua mobilidade no trânsito principal do centro de Itapira.

Outro tema que preocupa as popula-ções das cidades pequenas é o trans-porte público. Por mais que ele exista em cidades do interior, o número de ônibus nunca parece ser suficiente para atender ao público. Nota-se um certo descaso com esse tipo de transporte, já que as distâncias não são tão longas e boa parte das pessoas possui carros ou motos. Além disso, muitos administra-dores alegam que o número de usuários não seria suficiente para ampliar os ser-viços prestados. Não é o que conta Marina Maciel, uma estudante de 15 anos do Ensino Público de Mogi-Guaçu. Segundo a jovem, não é difícil ver pessoas que vivem em áre-as mais afastadas da cidade esperando por horas para pegaram um ônibus até o centro ou para os seus locais de tra-balho. “Só porque a cidade é pequena, a Prefeitura não coloca mais ônibus e nem varia as linhas. Às vezes pra você fa-zer um trajeto de 15 minutos, demora 1 hora, porque a mes-ma linha passa em di-versos bairros da ci-dade”, disse Marina. Para Marina, o grande problema é que as pequenas cidades já possuem uma lógica de que o transporte público não é necessário. “Os ônibus deveriam ser gratuitos, ou deveríamos pagar apenas um valor simbólico para mantê-los em bom estado e rodando. Além disso, os estudantes precisam de mais linhas e também de ônibus que rodem à noite, já que muitos de nós estudam até as

23 horas. Se essas cidades crescerem, teremos um problema muito maior”,

afirmou. A estudante também alegou que os moradores da área rural da cida-de sofrem ainda mais com a falta dessa infraestrutura. Marina tem toda razão. Se em grandes cidades o uso do transporte público se

faz em grande escala, apesar de suas deficiências, nas pequenas, parece que grande parte da classe média ou daque-les que possuem um veículo, não rei-vindicam ou atentam para o direito de ter transporte público de qualidade. Em cidades desse tipo, se você não possui um veículo próprio, fica difícil depen-der de ônibus ou, até mesmo, serviço

de taxis. Na cidade de Itapira, os que dependem de transporte público ficam à mercê de horários muito restritos e de trajetos que não contemplam os bairros mais afastados do centro. Nas regiões consi-deradas como “áreas rurais”, os grupos de trabalhados precisam encontrar al-ternativas para chegar ao trabalho. É o caso de Antônio de Freitas, mora-

dor da área de Vergel – uma pequena região de assentamento rural localiza-

da na estrada que liga Itapira e Mogi Mirim. Segundo o morador, sempre que necessita ir em algumas das cida-des, a dificuldade em encontrar transporte é grande e os horários são restritos. “Ficamos à mercê do ônibus que faz o trajeto entre Itapira e Mogi-Mirim, por isso precisamos ir até a Ro-dovia quando queremos ir até alguma das duas cidades. Essa realidade complica demais a nos-sa vida, perdemos mui-to tempo e não existe garantia de segurança”, alegou Antônio.

Mas as deficiências de mobilidade afe-tam, ainda mais, as pessoas que exigem cuidados especiais. É geral o problema da falta de infraestrutura para cadeiran-tes ou pessoas com restrições de mobi-lidade. Quase não se vê calçadas com guias rebaixadas, espaços com rampas

e, até mesmo, uma disposição dos mo-toristas para auxiliar essas pessoas.Eliandro Consorti, empresário da área de transporte de 35 anos, sofreu uma lesão e faz o uso de cadeira de rodas há três anos. Em Itapira, Eliandro contou que somente nas ruas principais é que existem algumas vias rebaixadas e va-

gas para deficientes físicos. Em vários locais as guias não são rebaixadas e não há estrutura, prejudicando a mobilida-de e colocando em risco as pessoas. “Se a gente não tiver um acompanhante, temos que trafegar pela rua mesmo. É muito complicado”, afirmou.Muitos dos comércios e estabelecimen-tos de Itapira não possuem adaptações para cadeirantes ou deficientes. O prin-

cipal transtorno e também constrangi-mento é na hora de utilizar o banheiro. Não há espaço para entrar com a cadei-ra de rodas, não há corrimãos, tampou-co assentos apropiados.Por outro lado, Eliandro afirma que vá-rias vezes os donos e comerciantes se preocupam com as reformas. “Proprie-tários ou gerentes de locais que não são adaptados vem até me pedir desculpas pelo transtorno e dizem que vão provi-denciar melhorias”, explicou. É importante frisar que todos esses pro-blemas também afetam, e numa escala bastante ampliada, os grandes centros urbanos. Basta uma simples caminhada pelas ruas, centrais ou não, de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, para entendermos que as minorias e muitos dos direitos funda-mentais dos cidadãos não estão con-templados na maioria das obras públi-cas. Essa realidade mostra que não são so-mente os caminhoneiros que sofrem com a falta de preocupação das ad-ministrações públicas com a questão do trânsito e da mobilidade em geral. Faltam linhas de ônibus, estruturas que permitam a inclusão, organização do

espaço, programas de educação e conscienti-zação e, principalmente, respeito à liberdade de cada indivíduo que quei-ra trafegar e caminhar com segurança. Mais do isso, esses problemas

deixam evidente que, independente-mente de serem pequenas ou grandes, as cidades mostram que a mentalidade dos administradores públicos não de-monstra uma preocupação com a ques-tão da mobilidade. Em outras palavras, não existe uma cultura entre os políti-cos que valorize a inclusão de pessoas com restrição e se preocupe em resol-ver esses problemas básicos de trânsito, transporte público e mobilidade social. Espera-se que, com o crescimento eco-nômico e populacional, as cidades – pequenas ou grandes – ofereçam aos cidadãos condições básicas de vivência e mobilidade. É preciso entender que transporte público, calçadas adequadas, trânsito organizado e sinais de pedes-tres também são direitos essenciais da população como um todo, sejam cami-nhoneiros, idosos, cadeirantes, estu-dantes ou trabalhadores.

Redação Chico da Boleia

“ Só porque a cidade é pequena, a Prefeitura não coloca mais ônibus e nem varia as linhas” Marina Maciel , es tudante.

“ Se a gente não tiver um acompanhante, temos que trafegar pela rua mesmo. É muito complicado” Eliandro Consort i , cadeirante .

Foto: Divulgação

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA08 ESPORTES

Regis Boessio vence a terceira etapa do GP Aurélio Batista Félix de Fórmula Truck

1º) 83 - Regis Boessio (M, SP), 23 voltas

2º) 55 - Paulo Salustiano (M , SP), a 4.609

3º) 73 - Leandro Totti (W , PR), a 4.690

4º) 88 - Beto Monteiro (I , PE), a 6.949

5º) 51 - Leandro Reis (S , GO), a 8.217

6º) 2 - Valmir Benavides (I , SP), a 13.431

7º) 72 - Djalma Fogaça (F , SP), a 15.179

8º) 77 - André Marques (W , SP), a 25.055

9º) 12 - Zé Maria Reis (S , GO), a 42.183

10º) 14 - João Maistro (V , PR), a 42.474

11º) 99 - Luiz Lopes (I , SP), a 1:01.460

12º) 0 - Alberto Cattucci (V , SP), a 1 volta

13º) 6 - Wellington Cirino (M , PR), a 3 voltas

14º) 44 - Edu Piano (F , SP), a 5 voltas

15º) 30 - Rogerio Castro (V , GO), a 6 voltas

16º) 80 - Diogo Pachenki (M , PR), a 7 voltas

17º) 4 - Felipe Giaffone (W , SP), a 10 voltas

18º) 10 - Ronaldo Kastropil (S , SP), a 10 voltas

19º) 21 - Alex Caffi (I , IT), a 11 voltas

20º) 7 - Debora Rodrigues (W , SP), a 15 voltas

21º) 3 - Geraldo Piquet (M , DF), a 16 voltas

22º) 11 - Jansen Bueno (V , PR), a 17 voltas

23º) 8 - Adalberto Jardim (W , SP), a 21 voltas

24º) 15 - Roberval Andrade (S , SP), a 22 voltas

Informações técnicas: Fórmula Truck

Redação Chico da Boleia

A cidade Pernambucana de Caruaru recebeu no final de semana de 17 a 19 de maio, a terceira etapa da competição mais popular do automobilismo, a Fór-mula Truck. Prometendo esquentar ain-da mais o clima nordestino, os 24 pilo-tos que disputaram a etapas Brasileira e Sul-Americana do Campeonato inicia-ram os treinos livres na sexta-feira (17) debaixo de bastante chuva. Líder do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, Paulo Salustiano lide-rou o primeiro treino. O piloto paulis-ta da ABF Racing Team cronometrou a volta mais rápida com o tempo de 1min50s056. Uma média de 104,019 km/h para os 3.180 metros de extensão do Autódromo Internacional Ayrton Senna.Na sessão da tarde, Welligton Cirino, piloto paranaense da ABF/Mercedes-

-Benz, fechou a sessão com o tempo de 1min48s753. Atrás dele, o pernam-bucano e também dono da casa, Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, cravou o tempo de 1min49s092. Até então, Ciri-no era o favorito para a corrida de do-mingo (19), visto que venceu na corri-da de Caruaru do Campeonato de 2012. Os treinos livres da manhã do sába-do (18) também aconteceram com o tempo nublado e com chuva. O me-lhor tempo ficou com Beto Monteiro, da Scuderia Iveco. O pernambucano marcou 1min48s577. Roberval Andra-de, da Ticket Corinthians Motorsport, fez o segundo melhor tempo e cravou 1min48s722, seguido de Welligton Ci-rino, da ABF/Mercedes-Benz, Leandro Totti, da Man Latin America Racing Team e Djalma Fogaça da equipe 72 Sports/Ford Racing Trucks.

Ao final do treino, Diogo Pachenki, da ABF Racing Team, bateu na pro-teção de pneus no fim da reta oposta. Segundo informações da Assessoria de Imprensa da Fórmula Truck, Diogo ex-plicou que a polia que refrigera o motor quebrou, cortando a mangueira de água do radiador, o que causou o escoamen-to de águas nos pneus. O piloto não conseguiu frear e bateu. O melhor tempo da segunda sessão de treinos livres do dia de sábado ficou com Leandro Totti, da RM Competi-ções, que voltou a fazer bons tempos e fechou com a marca de 1m48s707. Em seguida vieram Geraldo Piquet, da ABF Mercedes-Benz, Adalberto Jar-dim da RM Competições, Beto Montei-ro da Scuderia Iveco, e Regis Boessio da Boessio Competições. Depois do treino classificatório e do Top Qualifying, o Grid de Largada para domingo ficou definido da se-guinte maneira: Leandro Totti em pri-meiro com o tempo de 1min48s391, seguido de Régis Boessio que cravou 1min48s928, Wellington Cirino com a volta de 1min49s085, Paulo Salustiano com 1min49s097 e o piloto Leandro Reis com o tempo de 1min49s361.A corrida.A etapa em Caruaru contou pontos para ambos os campeonatos: Sul-Americano e Brasileiro. Depois de um tempo ins-tável, o sol apareceu na cidade pernam-bucana por volta das 8 horas da manhã, animando o público caruarense que fez bonito e lotou as arquibancadas. A par-ticipação massiva dos pernambucanos foi notada durante o desfile dos pilotos e também do Show de Caminhões com

Gabi, Dani e Juninho, os herdeiros de Aurélio e Neusa Félix.Dada a largada da corrida, Leandro Totti manteve a liderança durante boa parte do tempo. Mas na abertura da pe-núltima volta, Boessio ameaçou tentar pressionar Totti pela linha externa da pista, ainda na reta, e encontrou espaço por dentro no contorno da primeira cur-va para fazer a ultrapassagem que lhe deu a liderança. Wellington Cirino, que foi aos boxes, perdeu sua posição, deixando a briga entre Paulo Salustiano e Beto Montei-ro. Enquanto isso, Leandro Reis, que tem feito uma boa temporada neste ano, manteve-se na quinta colocação. Na última volta, Regia Boessio cruzou com folga a linha de chegada. Ao se aproximar do final, Leandro Totti foi ultrapassado por Salustiano. Ao final, a classificação ficou da seguinte maneira:

Com a vitória, Régis Boessio alcançou a segunda colocação no Campeonato Brasileiro / Foto: Larissa J. Riberti

GP Aurélio Batista Félix! Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

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Escola de Bambu: “Porque solidariedade não enxerga fronteiras”No dia 05 de maio, Chico da Boleia este-ve presente em uma feijoada beneficente, organizada para arrecadar fundos para o projeto “Escola de Bambu”. Nós da reda-ção, não conhecíamos o projeto e, durante as pesquisas, nos interessamos tanto pela iniciativa que resolvemos oferecer esse espaço do nosso Jornal para divulgar as ações. Quem apresenta o projeto é Vinícius Zanotti, um jornalista de 27 anos que via-jou até a Libéria em 2010. O texto abaixo é de sua autoria e está disponível no site www.escoladebambu.com. Com satisfação, abrimos espaço para di-vulgar a ação social que visa promover a educação e inclusão de crianças em uma das regiões mais pobres do planeta.

O projeto:“Meu nome é Vinícius Zanotti, sou um jor-nalista de 27 anos, e escrevo para apresen-tar o projeto Escola de Bambu. No ano de 2010 tive a oportunidade de viajar para a Libéria, país extremamente pobre situado ao oeste do continente africano, logo abai-xo de Serra Leoa. A Libéria tem uma histó-ria triste, devastada que foi por uma guer-ra civil que durou 14 anos e só se encerrou em 2003. A maior parte dos soldados eram crianças cooptadas pela guerrilha e esti-muladas a combater.Neste país em que não existe rede pública de energia elétrica, saneamento básico, se-máforos em funcionamento, asfaltamento

em ruas, transporte público e tantos outros benefícios existentes no lado ocidental do mundo, encontrei uma das pessoas mais incríveis que já tive a oportunidade de co-nhecer: Sabato Neufville.Sabato, 34 anos, solteiro, adotou 9 crian-ças órfãs de guerra e é o principal organi-zador do “United Youth Movement Against Violence”, cuja finalidade é educar ado-lescentes liberianos e evitar que virem es-tatística nos elevados índices de violência infantil que ainda atormentam o país. Seu salário é de U$ 800 mensais para traba-lhar como prestador de serviços na missão que a ONU mantém na Libéria. Com este dinheiro, além de alimentar e estudar os 9 filhos adotados, financia atividades de teatro, dança e música em dois diferentes bairros. Se não bastasse, ainda construiu uma escola para que 300 crianças da peri-feria de Monróvia, a capital, pudessem ser educadas na comunidade de Fendell.O salário que ele consegue repassar aos professores são irrisórios U$ 20, quando o mínimo na Libéria é de U$ 70 mensais. Mesmo assim, os professores da unidade construída com bambus enfileirados não pensam em procurar outro trabalho. Eles sabem que, se abandonarem a comunidade de Fendell, dificilmente aquelas crianças terão outra oportunidade para estudar. A falta de estudo, para aqueles professores, transformará os jovens em presas fáceis de serem cooptadas e levadas ao campo de batalha num eventual novo conflito.

Diante desta situação, de-cidi gravar o

documentário “Escola de Bambu”. Trouxe o material para o Brasil e retomei contatos profissionais para que pudéssemos finali-zá-lo. Depois de concluído o vídeo, deci-dimos nos organizar para construir uma escola com as condições básicas para um ensino adequado.Meu amigo e arquiteto André Dal'Bó fez o projeto deste novo espaço, prevendo sane-amento básico, cisternas, blocos adobe, e bambus, porém utilizados como elemento estrutural, e não para vedação como na atual escola. Para solucionar o problema energético, contamos com o projeto desen-volvido pelo também amigo e bioconstrutor Peetssa: um gerador de energia fabricado com ímãs de HDs quebrados e rodas de bicicleta. Uma solução barata, de energia totalmente limpa e renovável. Em ambos os casos, a tecnologia será repassada para os liberianos como forma de cooperação de conhecimento.Os dados da Libéria são extremamente alarmantes! Estamos falando do país que ocupa a 6ª posição, de baixo para cima, no Índice de Desenvolvimento Humano. É também a nação com menor índice de aces-sos à Internet do mundo: apenas 2800 pes-soas conectadas em um universo de pouco mais de 4 milhões. Como proposta para melhorar estes índices, o projeto Escola de Bambu prevê a construção de uma sala de informática com pelo menos 40 computa-dores; desta forma, as 300 crianças que lá estudam vão estar inseridas no mundo di-

gital. Esta nova sala também vai estar apta a atender aos alunos da Universidade da Libéria, que fica a apenas 1 quilômetro do atual terreno.Estamos em fase de captação de recursos, enquanto buscamos parcerias com em-presas ou instituições que se disponham a patrocinar o projeto, cujo valor total é es-timado em R$ 250.000,00. Para isso, ven-demos o documentário em DVD, camisetas e canetas com o logotipo que criamos para a campanha visando financiar o projeto.Nosso grupo, que reúne mais de 33 pro-fissionais brasileiros, todos atuando como voluntários, tenta levar um pouco de espe-rança e desenvolvimento ao povo acolhe-dor, sorridente e pacífico da comunidade de Fendell. É o mínimo que a vida e que aquelas crianças podem esperar de nós. Seja um bambuzeiro você também e cola-bore com a construção desta nova escola!”

Tudo o que você precisar saber sobre o Pro-jeto, encontra-se no site: www.escoladebambu.comDados bancários para doações:Instituto de Estudos, Formação e Asses-soria de Programas e Projetos Escola de Bambu.Banco do BrasilAg: 1515-6CC: 47.019-8CNPJ: 15.193.918/0001-71

Redação Chico da Boleia

1º) 83 - Regis Boessio (M, SP), 23 voltas

2º) 55 - Paulo Salustiano (M , SP), a 4.609

3º) 73 - Leandro Totti (W , PR), a 4.690

4º) 88 - Beto Monteiro (I , PE), a 6.949

5º) 51 - Leandro Reis (S , GO), a 8.217

6º) 2 - Valmir Benavides (I , SP), a 13.431

7º) 72 - Djalma Fogaça (F , SP), a 15.179

8º) 77 - André Marques (W , SP), a 25.055

9º) 12 - Zé Maria Reis (S , GO), a 42.183

10º) 14 - João Maistro (V , PR), a 42.474

11º) 99 - Luiz Lopes (I , SP), a 1:01.460

12º) 0 - Alberto Cattucci (V , SP), a 1 volta

13º) 6 - Wellington Cirino (M , PR), a 3 voltas

14º) 44 - Edu Piano (F , SP), a 5 voltas

15º) 30 - Rogerio Castro (V , GO), a 6 voltas

16º) 80 - Diogo Pachenki (M , PR), a 7 voltas

17º) 4 - Felipe Giaffone (W , SP), a 10 voltas

18º) 10 - Ronaldo Kastropil (S , SP), a 10 voltas

19º) 21 - Alex Caffi (I , IT), a 11 voltas

20º) 7 - Debora Rodrigues (W , SP), a 15 voltas

21º) 3 - Geraldo Piquet (M , DF), a 16 voltas

22º) 11 - Jansen Bueno (V , PR), a 17 voltas

23º) 8 - Adalberto Jardim (W , SP), a 21 voltas

24º) 15 - Roberval Andrade (S , SP), a 22 voltas

Informações técnicas: Fórmula Truck

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Gabi, Dani e Juninho, os herdeiros de Aurélio e Neusa Félix.Dada a largada da corrida, Leandro Totti manteve a liderança durante boa parte do tempo. Mas na abertura da pe-núltima volta, Boessio ameaçou tentar pressionar Totti pela linha externa da pista, ainda na reta, e encontrou espaço por dentro no contorno da primeira cur-va para fazer a ultrapassagem que lhe deu a liderança. Wellington Cirino, que foi aos boxes, perdeu sua posição, deixando a briga entre Paulo Salustiano e Beto Montei-ro. Enquanto isso, Leandro Reis, que tem feito uma boa temporada neste ano, manteve-se na quinta colocação. Na última volta, Regia Boessio cruzou com folga a linha de chegada. Ao se aproximar do final, Leandro Totti foi ultrapassado por Salustiano. Ao final, a classificação ficou da seguinte maneira:

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 11DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA

cessidades dos caminhoneiros. Sim pode parecer estranho, mas esta é a re-alidade dos fatos.Todos os setores envolvidos, Empre-sários, Agronegócios, Cltistas, Autô-nomos, Ministério Público, Ministério do Trabalho, Governo Federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal têm uma proposta diferente. E olha que eu não entrei ainda nas divergências que cada um dos setores ai listado tem den-tro de suas próprias bases.Resumindo, e digo isso na minha opi-nião, a possibilidade de um consenso está bem distante. Claro que um acordo não é impossível, mas os atores envol-vidos tem que começar a abrir mão de alguma coisa para que a negociação se concretize. E ainda com todo o respeito às entida-des envolvidas, me pergunto como está o envolvimento da base, do pessoal que está no trecho diariamente - seja empre-

Companheiros e Companheiras do trecho! Eu estive na Capital Federal acompanhando a XIII Conferência so-bre Transporte Rodoviário de Cargas, onde foram discutidos dois temas de suma importância: a Lei 12.619 e a questão da Segurança no Trânsito.Em relação à Lei 12.619 mais conhe-cida como a Lei do Motorista ou Lei do Descanso, a situação esta difícil. Se de um lado todos os envolvidos con-cordam que ela é necessária, de outro, todos dizem que tem que mudar algo, desde um simples parágrafo, até a ne-cessidade de uma refeitura completa de sua redação. E ai que mora o problema. Problema porque se houver necessidade e con-cordância, os que irão fazer as altera-ções demandadas serão aqueles grupos que tiverem maior poder de pressão. Em outras palavras, as modificações não necessariamente atenderão as ne-

O entendimento todo mundo quer, mas este ainda está distantesa, seja autôno-mo, sela cltista. Vocês estão sen-

do informados, estão participando das discussões que suas lideranças defen-dem? Somos aproximadamente mais de 2.000.000 de motoristas pelo País, e toda vez que paro em algum posto de combustível, o desconhecimento é ge-ral sobre a Lei.As lideranças do setor e outros órgãos envolvidos não se entendem, a base das referidas lideranças desconhece o que está acontecendo. Logo, é possí-vel imaginar que alguma coisa não está funcionando de acordo.O que dá para perceber é que o grande gargalo da lei está na questão do tempo de direção e na necessidade da área de descanso. Para isso se faz necessário infra estrutura. Coisa que falta em todo Território Nacional.Nesse sentido, falar em estatística é extremamente temerário, ainda mais quando rodamos muito pelas estradas do Brasil. Alguém falar que a cada x quilômetros tem um Posto de Combus-tível, e ainda pior que o referido posto possa ter uma área de descanso descen-te, é no mínimo piada de mau gosto.Como resolver isso?Outro problema é “Tempo de Espera” quando começa e quando termina? Como controlar a “Jornada de Traba-lho” ou como controlar o “Tempo de Direção” do Autônomo?São perguntas sem respostas!E a pior de todas as perguntas, “A LEI ESTA VALENDO”?

Com essas questões podemos ter uma idéia do tamanho do problema.Eu Chico da Boleia já escrevi e declarei em alto e bom tom que sou a favor da Lei 12.619 pois ela tira do limbo uma categoria de suma importância para a economia do Pais. Ela tira da informa-lidade o profissional do trecho.Mas o que falta, é um debate maior nas bases de todos os setores envolvidos, que agrege o maior número de pessoas nas discussões. Ele deve correr de norte a sul, desde os grotões até os grandes centros urbanos, e a partir daí criar um consenso, e um conhecimento, real so-bre a tão importante Lei.Creio que tal tarefa seja possível com vontade política.Alguns podem dizer ou perguntar: “Como fazer assembléia com autôno-mos ?”Muito simples, porém trabalhoso. É só ir onde eles se encontram no almoço ou na hora de pernoitar que são os postos de combustíveis. É de conhecimento geral, digo é de conhecimento de quem vive o dia a dia do trecho que existem postos ou restaurantes onde mais de uma centena de profissionais param. Basta conhecer e viver o dia a dia da lida.O debate continua, e isso deve levar o ano todo. Então Companheiro, partici-pe! Corra atrás de informação, procure seu sindicato, vamos fazer com que a nossa Lei seja de fato nossa!

Chico da Boleia

Evento na Câmara dos Deputados enfatizou importância da segurança no trânsito e discutiu Lei do Motorista. Foto: Chico da Boleia

Ganhador do brinde - Geraldo Michellini

Page 12: 17ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

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