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Ano II Número 128 Data 17.02.2012

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AnoII

Número128

Data17.02.2012

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dIÁRIO dO COMÉRCIO - eCOnOMIa - p. 6 - 17.02.12

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Ana Carolina Dinardo, Sílvio Ri-bas e Jorge Freitas

Brasília – Às vésperas do carna-val e a pouco mais de dois meses do começo da gestão privada dos maiores aeroportos do país, o brasileiro ainda cruza os dedos para não sofrer com transtornos no transporte aéreo em dias de folia. Com a expectativa da Empre-sa Brasileira de Infraestrutura Aero-portuária (Infraero) de um movimento 13,2% maior em relação ao feriado de 2011, as autoridades do setor iniciaram ontem série de medidas conjuntas para reforçar a fiscalização e esclarecer pas-sageiros sobre os seus direitos. Pelo menos 3 milhões de turistas passarão pelos 66 terminais da Infraero no pe-ríodo.

O esquema especial repete ações adotadas nas festas de fim de ano e que resultaram em 205 autuações da Agên-cia Nacional de Aviação Civil (Anac), nos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ) e Confins (MG). A “operação carnaval” esbarra, contu-do, na combinação de crescimento da procura por voos com graves restrições de infraestrutura e pouca eficácia das penalidades impostas às companhias aéreas. Para piorar, o consumidor se confunde na hora de reclamar, sem sa-ber a quem recorrer.

Em 2011, a Anac aplicou 4.666 multas, um total de R$ 35,3 milhões, e recebeu mais de 40 mil reclamações

dos usuários. Os números são 40% su-periores aos do ano anterior, mas não revelam o volume real de queixas. Por outro lado, os valores cobrados das companhias aéreas pelas infrações re-presentam menos de 1% da soma das receitas das líderes Gol e TAM. Elas geralmente ficam suspensas por recur-sos na Justiça movidos pelas multadas. Os problemas mais comuns em feriados prolongados – atraso e cancelamento de voos, extravio ou violação de baga-gens e falta de informação – ocorrem sobretudo nos maiores aeroportos.

Desde o ano passado, Infraero e Anac realizam campanhas de esclare-cimento com o intuito de redirecionar a maioria das queixas que recebem para as próprias concessionárias de trans-porte aéreo. A ideia é que as principais reclamações dos usuários sejam cobra-das inicial e diretamente nos guichês exclusivos de atendimento das empre-sas. Caso os problemas persistam, res-tam as opções de apelar ao órgão re-gulador, ao operador do aeroporto ou à Justiça.

Os seis juizados especiais – loca-lizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Mato Grosso – regis-traram ano passado 25.117 reclamações de clientes das companhias aéreas, com problemas de atendimento no topo da lista. Mas o levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que só 3.970 casos, 15,8% do total, resul-taram em acordo. O Aeroporto Inter-

nacional Juscelino Kubitschek (DF) li-derou as reclamações, somando 7.888, celebrando 1.389 acordos, ou 17,6% do total. Em seguida vêm os do Rio, sen-do 7.678 protestos no Santos Dumont e 7.001 no Galeão.

Para o diretor do juizado especial do Aeroporto JK, Ryan Chantal, os problemas refletem falta de infraestru-tura e não precisam chegar à Justiça. Ele contou que durante um mês são documentadas, no mínimo, 60 recla-mações de passageiros e que as inde-nizações variam com a gravidade de cada caso. “Os danos morais sofridos por um passageiro foram comprovados e sua ação rendeu R$ 10 mil em ressar-cimento. Apesar disso, a maioria dos registros podem ser resolvidos na hora sem abertura de processo”, comentou ele, ressaltando que 59% dos acordos já foram cumpridos. POR ESCRITO

As dicas de empresas e governo não forem suficientes para evitar con-tratempos, a coordenadora da Asso-ciação Brasileira de Defesa do Con-sumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, recomenda que qualquer reclamação dos direitos deve ser feita por escrito. “É importante que o cliente tenha em mãos documento que comprove sua in-satisfação. Com isso, dependendo abrir um processo judicial, se for necessá-rio”, destacou.

estadO de MInas - naCIOnal - p.9 - 17.02.12

CaRnaVal

Esquema especial nos aeroportos

Ao longo do reinado de Momo, haverá reforço de pessoal nas unidades aeroportuárias mais movimentadas e outras medidas

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Marinella CastroDepois da festa do consumo movi-

da a crédito e inadimplência, o brasileiro abriu 2012 fugindo das dívidas, que no ano passado descontrolaram a vida financeira de uma boa parte da população. Apesar de as taxas de juros para pessoa física terem caído ao menor patamar desde 1995, em janeiro o consumidor não correu para as compras. Buscou um caminho diferente: correu dos juros. A procura por crédito no primeiro mês do ano recuou 8,2%, segundo indicador da Serasa Experian. Bem mais contida, a demanda também desacelerou 6% em relação a janeiro do ano passado, o que mostra que, pelo menos no momento, o que o brasileiro quer é quitar as contas em atraso e fugir da lista de mau pagadores.

Nos dois últimos anos o crédito cres-ceu a patamares recordes. Depois de avan-çar 16,4% em 2010, fechou o ano passado com expansão de 7,5%. Ao mesmo tempo, financiando produtos com taxas de juros estratosféricas, o brasileiro também gastou como nunca, e no final o resultado da conta foi assustador.

A inadimplência bateu no teto e no fim do ano passado o índice medido pelo Serasa alcançou 21,5%, maior alta do ca-lote desde 2002. “A queda da demanda por crédito no primeiro mês do ano em rela-ção a dezembro é esperada. O diferencial é a desaceleração em relação a janeiro de 2010”, explica Luiz Rabi, economista da Serasa Experian. Segundo ele, o leve re-cuo do calote, que em janeiro caiu 0,4% na comparação com dezembro, é outro si-nal de que o brasileiro está interessado em limpar o nome, mais que continuar com a gastança. Isso, apesar de a inadimplência ter apresentado alta de 16,6% em janeiro, frente a igual período de 2011. “Nos últi-mos meses os consumidores estão priori-zando o pagamento de dívidas em atraso. O décimo terceiro já foi usado mais para esta finalidade que para o consumo. Em janeiro o movimento continuou.”

A busca de crédito pelas classes C e D registrou as maiores quedas, com recuo de 9%. Já na classe A, a desaceleração foi de 6,4%. Levantamento da Câmara de Di-

rigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) mostra que o consumidor da capital também abriu o ano pagando as dívidas. Os números de registros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) caíram 10,28% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2011. Frente ao mês anterior, o índice mostra alta de 9,9%. Para a econo-mista da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Silvania Araújo, a desaceleração, ainda que leve, da inadim-plência mostra uma postura mais cautelosa do brasileiro. “O consumidor agora está pagando as dívidas. Em dezembro 65% das vendas foram feitas a prazo, divididas entre três e seis parcelas.”

Nos próximos meses, manter as con-tas em dia pode novamente se tornar desa-fio com a retomada da oferta para o endivi-damento. Analistas acreditam que o crédito deve voltar a crescer. Para a Serasa Expe-rian, 2012 deve fechar como o segundo ano consecutivo de desaceleração da modalida-de, mas ainda assim o crédito deve fechar o período em alta.

ESTÍMULO Um dos combustíveis para esquentar a oferta é a taxa básica, que este ano pode chegar ao patamar de um dí-gito. “Não me surpreenderia se a taxa bási-ca de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) caísse ao patamar de 8,5%, contrariando as expecta-tivas do mercado”, observa o professor de economia da FGV/IBS Mauro Rochlin. Se-gundo ele, com juros mais baixos o crédito tende a se fortalecer.

Só o tempo poderá dizer se o brasi-leiro aprendeu a lição experimentada nos últimos dois anos, quando a inadimplên-cia fugiu do controle. “O crédito é muito bom, mas deve ser usado com moderação”, lembra Luiz Rabi. Para ele, foi exatamente o forte crescimento da modalidade o res-ponsável pelo surto de inflação e inadim-plência vivenciados no ano passado. “Com inadimplência mais baixa, os juros também podem cair, podendo o país ter um crédito mais saudável.” O vice-presidente da As-sociação Nacional dos Executivos de Fi-nanças (Anefac), José Miguel de Oliveira, acredita que nos próximos meses o gover-

no poderá lançar mão de outras medidas para incentivar o consumo como redução das taxas dos compulsórios e redução de impostos sobre operações financeiras.

Taxas para consumoainda nas alturas A redução da demanda dos brasileiros

por crédito coincide com a queda dos juros para o consumo, que atingiu o menor pata-mar em 17 anos, quando teve início a série histórica da Associação Nacional dos Exe-cutivos de Finanças (Anefac). A taxa mé-dia para pessoa física passou de 6,58% em dezembro para 6,4% em janeiro. A aposta dos analistas é de novas reduções nos pró-ximos meses. “O Banco Central não está sinalizando para alta da taxa básica de ju-ros (Selic) nos próximos meses e isso fa-vorece a queda das taxas para o consumo”, aponta Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação.

Nos bancos, o empréstimo pessoal caiu entre janeiro e relação a dezembro, de 4,21% para 3,99%, o CDC também enco-lheu de 2,18% para 2,01%. Outras modali-dades como o cheque especial, juros de co-mércio e empréstimos de financeiras tam-bém recuaram. Somente as taxas do cartão de crédito seguem firme, há dois anos sem qualquer redução. Os juros em 12 meses da modalidade de pagamento preferida pelo brasileiro atinge 238,3%, o que pode fazer o valor do débito mais que triplicar ao término de 12 meses. “As taxas caíram mas continuam altas. Por isso o consumi-dor deve continuar com cuidados, fazendo pesquisas entre bancos antes de contratar o crédito”, alerta Miguel.

A inadimplência do cartão de crédito e a falta de concorrência no setor são apon-tados pela Anefac como causas das taxas irredutíveis do cartão de crédito. “É um ciclo vicioso de juros altos e inadimplên-cia alta.” Houve redução também de 0,08 ponto percentual na taxa média de juros da pessoa jurídica, passando de 3,87% ao mês (57,72% ao ano) em dezembro, para 3,79% ao mês (56,27% ao ano) no mês passado. A taxa de janeiro é a menor desde outubro de 2010. (MC)

estadO de MInas - eCOnOMIa - p.14 - 17.02.12seM CalOte

Meta de 2012: ser um bom pagador

Brasileiro começa o ano fugindo de juros. Demanda por crédito recua 8,2% no país. Inadimplência cai na capital

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dIÁRIO dO COMÉRCIO - COnjuntuRa - p.15 - 17.02.12

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dIÁRIO dO COMÉRCIO - COnjuntuRa - p.15 - 17.02.12

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hOje eM dIa - edIçãO eletRônICa - eCOnOMIa - 17.02.12

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A quantidade de pessoas que buscaram crédito no mer-cado caiu 8,2% em janeiro ante dezembro, de acordo com o indicador da Serasa Experian. Se comparado ao primeiro mês de 2011, a procura foi 6,1% menor.

De acordo com os economistas da Serasa, o crescimen-to da inadimplência no ano passado levou os consumidores, nesses últimos meses, a priorizar a quitação das dívidas em

atraso. Tal movimento avançou também para o primeiro mês de 2012, com os consumidores evitando contrair novas dí-vidas.

Em todas as regiões houve uma menor procura em ja-neiro. A maior retração ocorreu no Sudeste, com baixa de 11%. O menor recuo foi observado no Nordeste, com queda de 2,5%.

MetRO - edIçãO eletRônICa - 17.02.12Consumidor reduz busca por crédito

estadO de sãO paulO - espORtes - p. e4 - 17.02.12

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Contrato entre Galo e BWA atrasa ‘novo’ IndependênciahOje eM dIa - espORtes- edIçãO eletRônICa - 17.02.12

Data de reinauguração ainda não está certa, devido à indefinição jurídica sobre gestão do estádio

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BERNARDO MIRANDA A batalha para resolver o problema dos prédios que

caíram no Buritis ganhou mais um round. A Estrutura En-genharia, responsável pela construção do edifício Vale dos Buritis, negou que tenha qualquer relação de consumo com os ex-moradores do prédio.

A revelação foi feita durante audiência pública onte, na Assembleia. Segundo o advogado da construtora, Eduardo Carneiro, a Estrutura Engenharia foi contratada para cons-truir o edifício, mas venda dos imóveis ficou por conta de um grupo de investidores. Por isso, não teria responsabili-dade de indenizar os exmoradores sem um laudo que aponte

problemas.A advogada dos proprietários dos apartamentos, Karen

Dutra, defende a tese de que os ex-moradores do Vale dos Buritis devem ser indenizados pela construtora independen-temente de quem for a responsabilidade pelos problemas que causaram a queda do edifício.

Os ex-moradores do Vale dos Buritis estão recebendo R$ 1,5 mil reais por mês da construtora para ajudar a custear gastos com aluguel. Eles esperam resultado do laudo do pe-rito judicial que vai apontar o responsável pelos problemas: a construtora, a prefeitura pela falta de drenagem, ou a Co-pasa pelo vazamento.

MetRO - edIçãO eletRônICa - 17.02.12

Construtora nega relação de consumo no Buritis