17 revista atualidade

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DOAR UM ÓRGÃO MARCA UMA VIDA PARA SEMPRE converse com a sua família sobre a sua vontade de ser doador Exclusão de obesos de concursos vai criar a “ficha lipo” Tecnologia Certificados digitais Gilberto Sudré Papa Francisco e a despaganização do papado Veículos Corolla 2014 korando 4x4 Coluna do Heron R$ 15,90 | Exemplar

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Certificados digitais; Procurando saber... Direito; Muralhas de ÁVILA, séculos intacta!; O conforto do cinema agora na sua casa; Quando os pais se sacrificam...; Fuegos Argentinos; Conciliação e arbitragem são alternativas menos custosas para empresas; Corolla 2014 muda de cara e ganha câmbio de 7 marchas; Nova concessionária Audib Grupo Lider inaugura nos padrões internacionais da marca alemã; Inauguração Audi Vitória; O tempo; Dicotomia Estado x Religião; Marco internacional para a Internet; DOAR UM ÓRGÃO MARCA UMA VIDA PARA SEMPRE; converse com a sua família sobre a sua vontade de ser doador; Coluna Atualidade; Exclusão de obesos de concursos vai criar a “ficha lipo”; Diesel a preço de carro a gasolina; Ssangyong korando 4x4; Planejamento estratégico é estratégia mas não é a estratégia; Risotto ai frutti di mare; Helicóptero elétrico com 18 rotores tem capacidade para levar duas pessoas; Vinho, cérebro e memória; Qualidade no atendimento; A vida e a viagem de trem; Papa Fran

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DOAR UM ÓRGÃOMARCA UMA VIDA PARA SEMPREconverse com a sua família sobre a sua vontade de ser doador

Exclusão de obesos de concursos vai criar a “fi cha lipo”

Tecnologia Certifi cados digitais

Gilberto Sudré

Papa Franciscoe a despaganização do papado

VeículosCorolla 2014 korando 4x4

Colunado Heron

converse com a sua família sobre a sua vontade de ser doadorconverse com a sua família sobre a sua vontade de ser doadorUse o aplicativo de QR CodeUse o aplicativo de QR Codeconverse com a sua família sobre a sua vontade de ser doadorUse o aplicativo de QR Codeconverse com a sua família sobre a sua vontade de ser doadordo seu celular para ler a Revista on-linedo seu celular para ler a Revista on-line

MARCA UMA VIDA PARA SEMPRE

R$

15,9

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A revista Atualidade é dirigida a sociedade em geral. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores, não refl etindo necessariamente a opinião da Revista. As fo-tos publicadas têm caráter de informação e ilustração de matérias. Os direitos das marcas são reservados aos seus titulares. As matérias aqui apresentadas podem ser repro-duzidas mediante consulta prévia por escrito à revista. O não-cumprimento dessa determinação sujeitará o infrator as penalidades da Lei dos Direitos Autorais. (Lei 9.610/98)

[email protected]

55 27 3081.2800@Dir_Atualidade

Leia na integra todas as edições pelo site:

www.direitoeatualidade.com.br

ÍNDICE

www.facebook.com/direito.eatualidade

37 CapaRodrigo Amaral Paula de Méo Doação de órgãos confl itos legais e práticos no Brasil

8 ArtigoAnaximandro Amorim Procurando saber... Direito

Artigo 30Jackelline Fraga Pessanha e

Marcelo Sant’Anna Vieira GomesDicotomia Estado x Religião

Mercado 52Winson Richa

Planejamento estratégico é estratégia mas não é a estratégia

Decoração 14Alan Mesquita

O conforto do cinema agora na sua casa

Tecnologia 6 Gilberto Sudré

Certifi cados digitais

16 Artigo Antônio Carlos Félix das Neves Quando os pais se sacrifi cam...

46 Artigo Vitor Guglinski Exclusão de obesos de concursos vai criar a “fi cha lipo”

58 Artigo José Francisco Costa Qualidade no atendimento

Impressão:

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6 •  Revista Atualidade • [email protected]

TecnologiaRA

Certifi cados digitais

mundial de computadores.O Certifi cado Digital funciona

como uma carteira de identida-de, válida no mundo virtual, que contêm vários dados de seu titu-lar como nome, e-mail, CPF além do identifi cação e assinatura da AC (Autoridade Certifi cadora) que a emitiu.

Atualmente, existem no Brasil algumas ACs que podem emi-tir certifi cados válidos tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. São elas o Serpro - Serviço Fe-deral de Processamento de Da-dos (http://www.serpro.gov.br/), a CertiSign, uma empresa priva-da especializada em Certifi cação Digital (http://www.certsign.com.br/), Serasa (http://www.serasa.

com.br/), OAB (http://www.acoab.com.br) , O CDL Vitória (http://www.cdlvitoria.com.

br/) , a Prodest (http://www.pro-dest.es.gov.br/) e a CEF - Caixa Econômica Federal (http://www.caixa.gov.br).

A emissão do seu Certifi cado Digital só pode ser feito presen-cialmente. O procedimento é pro-curar uma Autoridade Certifi cado-ra, preencher um formulário com seus dados e pagar uma taxa que varia de acordo com o modelo do Certifi cado desejado.

A principal vantagem é a cha-mada desmaterialização, ou seja, a migração do documento em papel para o documento eletrônico que você vai poder usar para se identi-fi car em procedimentos via a rede.

Um dos usos da Certifi cação Digital está no aumento da segu-rança na declaração do imposto de renda e sua identifi cação para a Receita Federal, inclusive receben-do antes a restituição do imposto.

Outro uso da Certifi cação Digi-tal está na assinatura de um e-mail para torná-lo um documento ofi -cial. O respaldo legal para isto está em discussão no Congresso Na-cional através de um projeto de lei. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já está analisando o texto. Esta medida pretende elimi-nar a necessidade de reconhecer a assinatura em cartório e en-vio do documento pois a própria mensagem assinada já teria a au-tenticidade garantida.

Este é um passo importante para aumentar a segurança e res-paldo legal para as transações vir-tuais. Começamos fi nalmente a deixar o papel para o passado. �

6 •  Revista Atualidade • [email protected]

dos (http://www.serpro.gov.br/), a CertiSign, uma empresa priva-da especializada em Certifi cação Digital (http://www.certsign.com.br/), Serasa (http://www.serasa.

com.br/), OAB (http://www.acoab.com.br) , O CDL Vitória (http://www.cdlvitoria.com.

Um dos grandes problemas da Internet é estabelecer prova de identidade, ou

seja, ter uma prova real para sites e provedores de serviço de que você é você mesmo ou que aquele site que você está acessando é mesmo da empresa que você imagina.

Pois a tecnologia tem a res-posta para este problema, é a chamada Certifi cação Digital que tem exatamente o objetivo de au-tenticar usuários e sites. Esta ga-rantia confere validade jurídica às transações eletrônicas e dá mais segurança aos procedimentos e serviços efetuados através da rede

Gilberto Sudré Professor, Consultor e Pesquisador da área de Segurança da Informação. Comentarista de Tecnologia da Rádio CBN, TV Gazeta, Jornal A Gazeta. Perito/Investigador Forense Computacional, Palestrante de Tecnologia. http://gilberto.sudre.com.br - [email protected]

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ArtigoRA

Procurando saber...

Direito

Desculpem-me meus ami-gos escritores, leitores mas... eu ainda estou tentando me

convencer dessa questão das bio-grafi as. Cinco anos de Direito, uma pós e uma década de advocacia conseguiram formatar minha ca-beça de tal arte que fi ca difícil não pensar em termos legais. Mas, li re-centemente um texto do cineasta capixaba André Félix, em um jor-nal de grande circulação daqui do Espírito Santo que, fi nalmente, me tocou para o assunto. O Direito, na esmagadora maioria das vezes, vem a reboque do fato social. Ora, se vi-vemos em uma sociedade em que a linha entre o público e o privado está cada vez mais próxima, então...

Eu gosto de ler biografi as. Não é o meu gênero favorito, mas, quem não gosta de saber um pouco mais sobre os outros? Acho que é por isso que o gênero pegou e pe-gou com força nesses nossos dias. Biografados, vivos ou mortos, são interessantes porque aguçam a natural curiosidade humana de sa-ber mais sobre a vida do outro. Ou porque eles nos servem de exem-plo, positiva ou negativamente. O problema, no entanto, é a quali-dade do biógrafo. Já houve quem fi zesse estragos homéricos na vida das pessoas. Exemplos não faltam. Remédio, só um: a ação por danos

morais. O problema é quando o estrago já foi feito... e a já conheci-da morosidade da Justiça.

Na minha opinião, no entanto, a grande sacada de André Félix foi nos atentar para uma coisa que ninguém ainda havia levado em consideração: a era em que vive-mos. Já dizia Guy Debord, naquele breve século passado, que esta-mos em uma “sociedade do espe-táculo”. O mundo contemporâneo é aquele em que o público e o pri-vado se imbricam cada vez mais. As novas gerações, então, cada vez conhecem menos esse limite. O mesmo jornal trouxe, dias de-pois, uma matéria sobre um casal de namorados que possui um blog em que mostram (quase) tudo do seu relacionamento. E não preci-samos ir tão longe. O fenômeno das redes sociais é um produto deste tempo. Como, então, “proi-bir” a veiculação sobre coisas de pessoas? Sobretudo aquelas que são públicas?

“É proibido proibir”, já dizia Ca-etano Veloso. Ele sim, fi gura notó-ria e um dos pomos da discórdia, junto com medalhões do naipe de Roberto Carlos, Gilberto Gil. Roberto Carlos ou Chico Buarque, para começar, organizados pela empresária Paula Lavine em torno do “Procurem Saber” querem que

as biografi as não autorizadas pas-sem por um “crivo” do autor. Para eles, “lucrar” com a vida alheia, sem retorno para o biografado, seria algo “injusto”. A questão, no entanto, volta à estaca zero: e a Wikipédia? E os blogs dos fãs? E os resumos para vestibular? Não seriam, também, biografi as não autorizadas? Quem quer que seja: dê um Google em seu nome. É, amigo leitor... tornar-se público não tem preço!

Eu tenho certeza que essa dis-cussão vai desaguar em um lugar: STF. O tal projeto de lei que altera o art. 20 do Código Civil (o 393/2011) toca em dois incisos do art. 5º da Constituição Federal (que tratam, justamente, dos direitos e garantias fundamentais): o IX (que trata da li-berdade de expressão, sem censura ou licença) e o X (que trata do di-reito à intimidade). Dois princípios constitucionais, duas garantias de igual importância. Como proceder? Certamente, será pelo “peso” dado a uma em detrimento à outra, o que mostrará qual o encaminhamen-to da nossa Suprema Corte. Até lá, vou procurando saber... direito. Certamente, mais um julgamento histórico que mostrará se prevale-ce qualquer modelo de autorização ou o contemporâneo tão bem lem-brado por Félix em seu artigo.

Anaximandro AmorimAdvogado de carreira do BandesMembro da Academia Espírito-Santense de Letras [email protected]

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QUE 2014 traga a realização dos traga a realização dos seus planos e sonhos.seus planos e sonhos.

Boas Festas!

(neste quesito pode contar com a gente)

E que a vida se torne mais leve, feliz e colorida!

grafi cagsa.com.br

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Rua Pedro Botti 81 Consolação

Vitória ES CEP 29045-453

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10 •  Revista Atualidade • [email protected]

TurismoRA

É simplesmente mágico, é como entrar no livro de his-tórias infantis ou ir direto para

o filme Star Walls. Ávila está no Centro-Oeste espanhol e integra a comunidade autônoma de Castilha e León. O centro histórico de Ávila é cercado por uma imponente mu-ralha de pedra erguida entre os sé-culos XI e XII com origem medieval e muito bem preservada com 88 belas torres redondas (as famosas torres de Ávila) e nove portas.

Lembro-me de ter chegado ao fim do inverno, as muralhas esta-vam cercadas de neve, mas eu não me importava com frio e o vento, só queria andar por toda aquela extensão – 2,5km. Não queria dor-mir e me lembro de ter ficado uma noite sem jantar me alimentando do visual mágico diante de mim. E dizia o tempo todo: Eu estou em Ávila! É como cruzar a fronteira do imaginário. Uma das partes mais incríveis é poder andar por cima das muralhas e conhecer a cidade de cima. É perfeito!

Do lado de dentro a teia de rue-

Muralhas de ÁVILA, séculos intacta!Lucy LimaL7 Viagens

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RA

las leva a lindas igrejas, monasté-rios e palacetes e o melhor: fica a pouco mais de uma hora de trem de Madri, e muitos visitantes fa-zem o bate-e-volta, mas eu preferi me hospedar por uma noite e ter a sensação de dormir na cidade fortificada! Ah que sensação mara-vilhosa de fechar os olhos e imagi-nar séculos de história na sua pró-pria história. Um conselho: nunca vá a esses lugares com a intenção de ir embora! Tire tempo para ca-minhar pelas ruelas silenciosas com iluminação aconchegante e calçadas romanas intactas e apre-ciar o pôr-do-sol.

Decretada Monumento Nacio-nal Espanhol em 1884 e patrimô-nio da Humanidade pela UNESCO em 1985. As Muralhas de Ávila são a única construção militar cristã da Europa que se conservam tal e qual foram construídas. Dentro dos ‘portões’ de Ávila o silêncio e a tranquilidade são impressionante, já que todo percurso da muralha se faz pelo lado de fora, além da vida financeira também acontecer

do lado externo. A cidade vive do comércio,

serviços, do artesanato e da fabri-cação de doces tradicionais. Para os apaixonados por mel é possí-vel encontrar sabores exóticos e únicos produzidos em pequena escala para suprir apenas seus vi-sitantes. Os pequenos restaurantes dentro da cidade fortificada são muito singulares, você faz o pe-dido e é servido pelo proprietário, além de fechar para a “siesta”, en-tão você não pode perder a hora por lá.

Ávila tem um patrimônio inve-jável de praças, igrejas, palácios e até casas renascentistas. A mais fa-mosa é a catedral de Ávila, que fica na praça central. Fora da Muralha é possível conhecer as igrejas de San Pedro, San Vicente, San Segundo, San Andrés e San Martim. Há ain-da uma escola famosa de turismo e de advocacia.

Como Chegar: Os trens partem da estação Chamartín, e dura 1h30. Você vai pagar apenas 19 euros (total ida e volta). �

O mundo é logo ali.

www.L7viagens.com.br [email protected]

(27) 3325-0350

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Acerta comemora 3 anos com mais de 3 mil sorrisos inaugurados

No dia 25 de Outubro, que é comemorado o Dia do Den-tista, a Acerta Odontolo-

gia comemora duplamente. A data marca também a abertura da clínica, que este ano completa 3 anos com mais de 3 mil sorrisos inaugurados.

Para festejar a data, funcionários, amigos e pacientes se reuniram em

um coquetel descontraído que teve direito a pocket show do humorista Rossini Macedo – o Tonho dos Cou-ros - e o dentista Rodrigo Vital tam-bém mostrou seu lado humorista e despertou muitas risadas entre os convidados.

A Acerta tem se destacado no mercado por focar no atendimen-

to e nos avanços tecnológicos da área, tanto que é referência no Estado em implantes guiados por computador. A clínica conta com uma equipe integrada por mais de 15 dentistas, especializados em di-ferentes áreas, o que proporciona ao paciente fazer todos os trata-mentos em um só lugar.

Lu Lima e Morgana Dra. Gabriela Duarte e Lucca Fernando Fully, Leandro Mattar, Rossini Macedo e Thiago Pirani

Fernando Fully, Leandro Mattar, Rossini Macedo e Thiago Pirani

Thiago Rodrigues, Juliana Thiesen, Rodrigo Vital, Darci, Mônica, Lorraine, Jô, Diana - Equipe de colaboradores

Dr. Thiago Pirani, Fernando Fully, Leandro Mattar e Loren Fully

Thiago Pirani e Leandro Mattar

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DecoraçãoRA

Você vai ao cinema assistir a um lançamento, mas a maior parte dos filmes você

assiste em casa. Então, porque não ter um cinema em casa? Hoje isso é totalmente possível. Afinal, quem não gosta de ver um filminho no aconchego do lar?

A Espaço Reclinável é uma fran-quia reconhecida pela tecnologia, conforto e design de seus produ-tos, e traz o que há de mais mo-derno e sofisticado no segmento de estofados, móveis, tapetes e painéis. Mas o grande diferencial

O conforto do

cinema agora na sua casa

da marca são os projetos persona-lizados de estofados para salas de TV, Living e Cinema. Os estofados para Home Theater da Espaço Re-clinável contam com tecnologia de última geração e podem ser personalizados com acessórios - que vão desde sistemas de som até mesas de suporte para bebidas - para melhor atender às suas ne-cessidades e gostos.

Atualmente se fala muito em atendimento e produtos persona-lizados. A Espaço Reclinável é um exemplo de personalização. Os pro-

jetos são executados como o cliente deseja, nas cores que ele preferir e de acordo com seu ambiente. Tudo é feito exatamente como ele quer que seja o seu espaço.

E a boa notícia é que os capi-xabas também podem ter o seu cinema em casa. Em Vitória a ex-clusividade da marca é da Bangô, loja de design e decoração re-cém-inaugurada, que virou a que-ridinha dos que procuram decorar com peças de boa qualidade e diferenciadas. A Bangô é ousada nas cores, texturas e misturas, no

Por Alan Mesquita

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mix de produtos e também nas ações de marketing. A loja defi-niu um modelo de comunicação que tem dado muitos resultados positivos. O atendimento tam-bém é uma atração à parte. For-mada por designers de interiores, a equipe é especialista em tratar bem seus clientes. Tudo isso se transforma num atraente convite para conhecer a tão falada sala

de cinema montada na Bangô. O ambiente foi todo equipado com os produtos para cinema da Espa-ço Reclinável onde o cliente pode experimentá-los e, se quiser, até assistir a um filme para viver um pouco da sensação de ter um ci-nema exclusivo em sua casa.

Se com tanta novidade você ficou morrendo de vontade de ter todas as sensações e emoções do cinema na sua casa, faça uma vi-sita à Bangô e conheça a Espaço Reclinável. Você vai experimentar um ambiente onde o conforto e a tecnologia trabalham a favor dos seus momentos de lazer. Certa-mente você sairá de lá com um projeto que é a sua cara. �

Onde encontrar os produtos Espaço Reclinável:

Bangô

www.espacobango.com.brAV. Rio Branco, 658 Santa Lúcia,

29056-260 - Vitória 27 3376-2122 ๏ 3376-1353

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16 •  Revista Atualidade • [email protected]

ComportamentoRA

Quando os pais se sacrificam...

Pelos fi lhos! Que pais desejem que os fi lhos prosperem, é o esperado. Que os fi lhos pos-

sam realizar sonhos não realiza-dos, isso acontece. Mas, quando os pais deixam de dar para si para ofertarem somente aos fi lhos, isso pode não ser sem efeitos.

Alguns pais, através dos seus lamentos, deixam claro o esfor-ço que fazem para que os fi lhos tenham o que eles próprios não tiveram. Outros, com certo or-gulho, dizem não fazer questão, abrindo mão das coisas, como se suas renúncias fossem motivo de reconhecimento. Como podem os fi lhos, então, receberem, de bom grado, a ajuda dos pais sem

o peso das renúncias? Pois bem, alguns fi lhos sim-

plesmente não conseguem: eles não consideram como seus os bens que lhes são dados, dizendo que estes pertencem a seus pais, pois foram eles que se esforçaram para isso. Pode ser também que se sintam culpados, não se per-mitindo usufruir dos benefícios oferecidos. Ainda pode aconte-cer de os fi lhos quererem restituir aos pais o tempo e as coisas que lhes dedicaram.

Essa impossibilidade de se dar o direito às coisas e a sentimentos bons pode aparecer das formas mais sutis: quando uma pessoa – seja ela criança, adolescente ou

adulto – não consegue avançar em seus objetivos (escolares e/ou profi ssionais), sabotando-se. Nos relacionamentos, por exemplo, quando dizem não conseguirem estabelecer uma relação amorosa prazerosa, tendo sempre um fi nal infeliz. E, quando indagamos a ra-zão para esses infortúnios, por que se encontram em tamanha infeli-cidade, eles respondem: “É como se eu não merecesse!”.

Por que não merecem, eles não sabem! De uma maneira geral, não se acham merecedores ali onde se sentem endividados com seus pais, culpados de darem para si o que eles não tiveram. Na realidade, o que tal discurso encobre – e isso é responsabilidade do próprio fi lho, apesar dos caprichos dos pais – é que não suportam a ideia e o sen-timento de irem além de seus pais, de ultrapassá-los, fazendo, assim, um pacto fi lial de permanecerem fi lhos, amados por seus pais.

Essa dívida geracional é im-pagável. Na realidade, se paga na geração seguinte, quando nos tornamos pais, fazendo pelos nossos fi lhos. Senão, embaralha-mos a geração seguinte, fi xando o olhar no passado. O que transmi-timos aos fi lhos é exatamente um corte, uma separação, para que a vida continue: abandonarás teu pai e tua mãe... �

Antônio Carlos Félix das Neves Psicólogo-Psicanalista. Analista Membro da Escola Lacanianade Psicanálise de Vitória (ELPV). Mestre em Psicologia (UFES) e Doutorando em Psicanálise (UERJ)[email protected]

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NovidadeRA

Nossa ilha está em alta tem-porada gastronômica com a chegada do maior e mais

novo restaurante especializado em “carnes argentinas”, comidas típicas, além das maravilhosas so-bremesas – comandado pelo chef Federico Ciampichini e a sub-chef Valéria Sarquis.

O chef Federico formou-se na Escola Integral de Gastronomia (CELIA) na Argentina, onde tam-bém foi professor e especializou-se na Espanha, onde fez estágio no Quique Dacosta Restaurante em Dénia, Alicante. Ademais, foi chef do Windsor Hotel & Tower, em Cór-doba, Argentina e fez curso de alta gastronomia no Instituto Gastronô-mico D’Gallia em Lima, Peru.

Vindo para o Brasil chefiou a cozinha do “Argento” e do “Casa Mia’, restaurantes em Vitória. Agora com sua esposa Valéria Sarquis es-tão a frente desta nova e bela casa,

o restaurante “Fuegos Argentinos – Grill Carnes”.

Um espaço maravilhoso com projeto arquitetônico de Sérgio Paulo Rabello, onde o cliente vi-sualiza a cozinha com a “Grelha Argentina” desenvolvida pelo chef Federico, com a temperatura ideal para que as carnes atinjam o pon-to certo e deixem seus clientes com água na boca para degus-tar. Além dessas carnes especiais como: bife de Ancho, bife de Cho-rizo, Tapa de Cuadril, temos as famosas empanadas, os pães ca-seiros, entradas típicas especiais acompanhadas do famoso molho argentino “Chimichurri”.

E para finalizar estas delícias, nada como uma bela sobreme-sa preparada pela Valéria, mestra na arte da confeitaria. Tudo isso acompanhado dos bons vinhos argentinos e de um excelente preço! �

Fuegos Argentinos

Vitória ganha mais um restaurante com cozinha internacional...

Av. Anísio Fernandes Coelho Nº 88Jardim da Penha próximo do “BACCO”

sub-chef Valéria Sarquise chef Federico Ciampichini

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ArtigoRA

Advogados podem contri-buir para a eficiência fi-nanceira e operacional de

seus clientes. Para isso, preci-sam oferecer formas alternativas para resolução de conflitos – conciliação,mediação e arbitra-gem, para evitar o lento e custoso Poder Judiciário. Essa foi a lição proferida por Ricardo Monteiro, diretor da Scansystem Ltda e pa-lestrante do painel “Tendências em Mediação, Conciliação e Ar-bitragem: Quais São as Perspec-tivas Destes Procedimentos para Escritórios e Departamentos Ju-rídicos e Qual Pode ser o Retorno em Termos Financeiros e de Ima-gem”, ocorrido em (15/10) na 10ª edição da Fenalaw.

“A questão cultural é a maior barreira existente no Brasil. Mas é preciso que os advogados e es-critórios pensem ‘fora da caixa’. Cultura de prestação de serviços legais deve ter cultura de gestão de risco, determinar potenciais de risco e eficiência. Deve-se provar aos clientes que o acordo é eco-nomicamente viável, bom para a imagem da empresa e para sua contabilidade. Mas como mudar a cultura do mercado? Participando do movimento de alteração. Deve--se propor aos clientes a mudan-ça”, disse Ricardo.

De acordo com o palestrante, três instrumentos devem ser usa-dos para efetuar a mudança cul-tural na resolução de conflitos. O

primeiro é a conciliação. Nesse meio de solução de controvérsias, as partes acordam e chegam a uma solução que seja considerada justa por ambas. Ricardo apontou como a implantação das Comis-sões de Conciliação Prévia (intro-duzidas na CLT ‘Consolidação das Leis do Trabalho’ por meio da Lei 9.958/2000) promoveu agilidade e economia às disputas entre em-pregados e empregadores – quan-do de sua criação, as demandas trabalhistas levavam, em média, 6 anos para serem resolvidas, cus-tando R$ 7 mil por ano. Após a criação das Comissões de Conci-liação, 90% dos casos a elas leva-dos passaram a ser resolvidos nes-sa instância, no prazo de 30 dias e

Conciliação e arbitragem são alternativas menos custosas para empresas

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Artigo RA

com um pagamento equivalente a 1/3 do pedido nas ações.

O segundo instrumento é a mediação, semelhante à concilia-ção, mas com a participação de um terceiro, o mediador, que ouve ambas as partes e propõe uma so-lução para o problema. Na opinião do palestrante, os advogados de-vem instruir seus clientes a criar canais de mediação, como SACs (Serviço de Atendimento ao Con-sumidor) e programas educativos, que ensinem as pessoas a utilizar os seus produtos e serviços.

A arbitragem é o terceiro ins-trumento. Trata-se de um pro-cedimento “taylor-made”, ou seja, moldado de acordo com as necessidades e vontades das partes, que podem escolher o árbitro (que atua como juiz), a lei a ser aplicada, o regulamento arbitral etc. Ricardo Monteiro re-comenda que somente os con-tratos mais importantes de uma companhia possuam cláusula arbitral, devido ao alto custo do procedimento. Porém, ele defen-

de a prática: “No Judiciário, cau-sas complexas levam de 20 a 30 anos para serem resolvidas. Já na arbitragem, a decisão final sai em 30 meses, não exigindo pro-visão de longo prazo, o que limi-ta a capacidade de investimento das empresas”.

Para oferecer tais medidas aos clientes, é necessário mudar as práticas e cultura dos escritórios. É preciso ter “pessoas que saibam ler um balanço, dados financeiros, que saibam conversar com clien-tes sem formalidades excessivas. O papel do advogado é fornecer poder de decisão aos clientes. Para isso, é preciso mostrar a eles as fer-ramentas que existem para econo-mizar e melhorar sua imagem jun-to ao mercado: conciliação efetiva e pragmática, mediação através de canais internos, arbitragem para os principais contratos, os de maior risco. O que fazer para aumentar a eficiência financeira de seus clien-tes? Sair da zona de conforto”, con-cluiu Ricardo. �

Fonte: Última Instância

“As demandas trabalhistas levavam, em média, 6 anos para serem resolvidas, custando R$ 7 mil por ano. Após a criação das

Comissões de Conciliação, 90% dos casos a elas levados passaram a

ser resolvidos nessa instância, no prazo de 30 dias”

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Carros da atualidadeRA

A nova geração do Corolla na-cional está pronta e come-ça a chegar às autorizadas

Toyota do País em março.Além da profunda reestiliza-

ção, baseada no protótipo Fu-ria, que foi revelado no Salão de Detroit (Estados Unidos), o sedã terá, entre os destaques, câmbio automático de sete marchas - será o primeiro modelo do seg-mento com esse tipo de trans-missão no Brasil.

Mais moderno e cerca de 10 cm maior no comprimento (4,6 metros) que o atual, o novo Corolla tem 2,7

Corolla 2014 muda de cara e ganha câmbio de 7 marchas

metros de distância entre-eixos.O visual da 11ª geração do sedã

médio lembra o do Avalon, com lanternas alongadas e faróis que se juntam à grade dianteira. A traseira é inspirada na do Camry, três vo-lumes de topo da gama da marca.

O novo Corolla manterá os atu-ais motores fl exíveis de 1.8 litro e até 144 cv e 2.0 de até 153 cv de potência, que serão feitos na futu-ra fábrica da Toyota em Porto Feliz (São Paulo).

As versões de acabamento serão as mesmas dos atuais. Ainda não há informações sobre preços. �

Além do visual renovado, mais sofi sticado, o sedã da Toyota contará com um câmbio inédito automático de sete marchas

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LuxoRA

Consolidado como um dos mais expressivos grupos corporativos do Brasil, o

Grupo Lider inaugurou nova con-cessionária Audi Center Vitória, no dia 19 de novembro. Seguindo os padrões internacionais da mar-ca alemã, a construção está loca-lizada na Reta da Penha, um dos mais nobres endereços da capital do Espírito Santo.

São 3 andares, totalizando 2700 metros quadrados de área construída. No primeiro pavi-mento, fi carão expostos 12 mo-delos Audi entre os quais o mais veloz da história da marca, R8 GT. Um mezanino para receber clientes, área gourmet e espaço para eventos de luxo estão lo-calizados no segundo andar. Assistência técnica exclusiva da marca e estacionamento para clientes estão localiza-dos no terceiro piso.

Juliana Braz, diretora do Grupo Lider, comemora o lançamento do novo endere-

ço da Audi Center Vitória no Espíri-to Santo. “Acreditamos no potencial econômico do Estado e investimos em uma concessionária premium para atender aos capixabas com produtos exclusivos Audi e a qua-lidade e tecnologia reconhecidas mundialmente”, destaca.

Entre os destaques da constru-ção está o projeto de iluminação. O interior remete à linha de design “pure and clean, forte caracterís-tica dos carros da marca. As lâm-padas utilizadas, por exemplo, são de LED, material seme-

lhante ao dos faróis dos veículos da fabricante.

O projeto da Audi Center Vitó-ria segue o novo padrão arquite-tônico da companhia: o conceito Lighthouse, com uso de materiais ecologicamente sustentáveis reduz os impactos ambientais das obras.

Na fachada, vidros e placas de alumínio, que permitem maior in-cidência de luz natural e melhor ventilação no interior da loja, ge-rando uma economia de até 30% com gastos de energia elétrica. �

Nova concessionária AudiGrupo Lider inaugura nos padrões internacionais da marca alemã

[email protected]

mento, fi carão expostos 12 mo-delos Audi entre os quais o mais veloz da história da marca, R8 GT. Um mezanino para receber clientes, área gourmet e espaço para eventos de luxo estão lo-calizados no segundo andar. Assistência técnica exclusiva da marca e estacionamento para clientes estão localiza-

Juliana Braz, diretora do Grupo Lider, comemora o lançamento do novo endere-

de LED, material seme-

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RA

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Inauguração

Audi Vitória

José Braz Neto, Juliana Braz, Sr.José e Sra. Lédia Braz

Antonio Helder, José Carlos e Thiago Freire

Luiz Carlos Bedran, Maely Coelho e Felipe Finamore

Eduardo Lema, Carlos Alberto Leite, Ronaldo Machado, Fábio Risso, Flávio Dalvi Caçador, Reginaldo Rodrigues, Tobias Montanaro e Igor Tosi

Adilson Lorenzon, Cesar Roncetti e Amilton AlmeidaAna Paula Castro e Jorginho Santos Alessandra Albuquerque e Bianca Braz

Bruno, Rita e Gerson CamataAilmer Chieppe, José Braz , Nilton Chieppe e Bráulio Braz

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Aline, Beth, Daniela, Bianca e Lédia Braz Fábio Lopes e Fabiana Rios

Alvino e Maria Oliete Guerra Enrico, Francisco, Lorenzzo Lonreção e Rodrigo Giovanni Albino e Marcus Teixeira

Bráulio Braz e Fabio Risso Werner Queiroz Victor Reis, Josias Coutinho, José Carlos Gomes, Bruno Taveira e Fernando Caldine

José Francisco Costa, Braulio Braz e Lino SepulcriJustino e Claudia Maméri com Carmen e Mauricio Prates Sandra e Ewerton Coser com José Braz Neto

José Braz, Fabio e Mariângela RissoMarcus e Simone Teixeira Fabio Lopes, Celso, Juliana Braz, Beto, Braulio Braz

Maurício e Roberta Camata Neto e Lilia Soares Valdeci Torezani, Paulo Sepulcri e Thiago FreireMicheli Malavasi e Juliano Tófoli

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ArtigoRA

Uma “historinha” sobre falta de caráter, xenofobia e ra-cismo de um médico ido-

so, que em nada difere de gente desprezível de outras profissões, pois o microcosmo das catego-rias profissionais é revelador das ideias dominantes numa socie-dade de “racismo cordial”, onde ninguém se diz racista, só os ou-tros são!

Na manhã de 1º de agosto passado, fui aos Correios do meu bairro com uma grande caixa para ser despachada. Como não havia lugar no balcão para a cai-xa de preciosidades para minha neta Clarinha, avisei a funcionária de que seria a próxima. Aguardei ao lado. Chegou a minha vez. Ao dizer: “Encomenda PAC”, um se-nhor todo pimpão, cabelos me-nos brancos que os meus, mas aparência de 70 e cacetada, fez de conta que eu não existia e entre-gou um envelope. Negra, aprendi a reagir quando fazem de conta que sou invisível.

Na maciota, mas firme, disse: “Senhor, é a minha vez! Estava na fila!”. E ele: “Isso aqui é rápi-do. É meu voto para o Conselho Regional de Medicina do Espí-rito Santo. Sabe o que é isso?”. Eu: “Senhor, espere! Estou sendo atendida!”. Ele: “Desculpe-me, não a vi! Sou muito educado! Pode passar, madame! Nordesti-no não respeita fila!”.

E o muito educado foi esbra-vejar no fim da fila: “Esse povo do Nordeste nem sabe o que é fila. Lá não existe isso. Conheço essa gente do meu consultório de ajudar pobres ali na favela. Há muitos desses nordestinos lá que eu ajudo! Favela não, que esse

nome é discriminação e tá erra-do, da comunidade da Barragem Santa Lúcia. Sou caridoso. Aten-do de graça lá. Ora, não vou me trocar com qualquer uma, sou médico, sou rico!”.

Gargalhei e, com o sangue fer-vendo, detonei: “E moleque, sa-fado, xenófobo e racista. E cale a boca: sou tão médica quanto o se-nhor, há quase 40 anos…”. Ele (mi-rando a negra que vos fala): “Será? Então sou médico há mais anos que você!”. Eu: “E daí? Tá pensan-do que medicina nasceu só para o senhor, que é branco e do Sudes-te? Deixe de bestagem e de xeno-fobia. Vou chamar a polícia para o senhor deixar de ser safado. Suma daqui, seu moleque, se não quiser sair algemado. Chispa!”.

Assustadíssimo, tropeçou nos próprios pés e, tremendo como vara verde, saiu feito um azougue… “Já vai? Espera a polícia, quero ver tua riqueza te safar!”. Mas ele fugiu! O único temor foi de o sujeito ter ou simular uma “sapituca” e eu ter de socorrê-lo ali…

Quando um médico setentão diz o que disse, demonstra que há caráter de todo tipo em qualquer profissão. Não é surpresa que mé-

dicos jovens portem cartazes “sou médico, sou culto, sou rico”, que evidenciam uma faceta da des-façatez reinante; nem é coisa de outro mundo, é daqui mesmo, a exibição do corredor polonês do banditismo do racismo ocorrido em Fortaleza, uma criminosa inti-midação a médicos cubanos.

E Juan Merquiades Duvergel Delgado, médico, negro, cuba-no, tirou de letra: passou por ele – eternizando numa foto, que ga-nhou o mundo, a naturalização e a banalização do racismo brasileiro! Aliás, o maior mérito da importa-ção de médicos, que oficializa a precarização do trabalho médico – pois até o governo solapa direitos trabalhistas e ainda quer aplausos –, é comprovar a falta de vergonha de ser racista sem medos!

Negro no Brasil vive num corre-dor polonês racista. Mas só negros percebem e sentem, como o aceite ou a omissão diante de práticas ra-cistas institucionais, a exemplo do engavetamento da Política Nacio-nal de Atenção Integral à Saúde da População Negra, que não andou um milímetro em sua implemen-tação no atual governo. “Pra quem sabe ler, um pingo é letra”. �

O tempoFátima Oliveira

[email protected] @oliveirafatima_

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RA

Dicotomia

Estado x Religião

A política nacional, nos últi-mos meses, tem dado sinais de que não vai e de que não

está nada bem. O que se tem vis-lumbrado é um emaranhado de le-gislações, uma verdadeira “colcha de retalhos” sem que haja, efeti-vamente, objetivos estatais sendo almejados pelos atuais legislado-res, devidamente nomeados como representantes do povo.

Da mesma forma, os repre-sentantes do povo que tem como princípio básico de suas condu-tas, o respeito à coletividade, tem se utilizado da palavra, em muitos casos, com completos devaneios. Perceba-se que de acordo com a Constituição Federal (art. 45) os componentes da Câmara dos De-putados compõem-se de repre-sentantes do povo, ao contrário do Senado Federal, que é composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal (art. 46).

A última polêmica que ecoou do Congresso Nacional foi a afir-mação feita por um Deputado Marco Feliciano (frisa-se, repre-sentante do povo) – mais uma vez -, que em um vídeo divulgado na internet, afirma que os católicos “adoram Satanás e têm o corpo entregue à prostituição”. Veja, uma pessoa pública, que representa o povo, pode expor toda uma coleti-vidade que segue a Igreja Católica desta forma?

A República Federativa do Brasil não profetiza qualquer religião ofi-cial, daí se dizer que o Estado Bra-sileiro é laico, ou seja, o Estado e a Igreja se tornam entidades distin-tas, em que uma não pode inter-ferir na outra, tanto é que a própria Constituição Federal veda que os entes federativos estabeleçam tra-tamento discriminatório entre os credos religiosos (art. 19, I).

Há muito tempo já houve a

cisão entre Estado e Religião. No âmbito do ordenamento jurídico brasileiro, já não há como se sus-tentar que preceitos dogmáticos das religiões possam interferir na vida social.

Perceba-se, cada um tem a li-berdade de profetizar a religião que quiser e isso está devidamente consignado nos termos do art. 5º, inciso VI, da Constituição Federal, sendo assegurada a liberdade de crença e consciência. Então, qual o sentido em se realizar uma afir-mação dessas?

Por certo, fazer esse tipo de co-mentário ofende grande parte da população brasileira – população que ele deve representar – tendo em vista que, consoante pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha na véspera da Jornada Mundial da Juventude - JMJ, 57% das pesso-as acima de 16 anos se declaram católicas no país. Em suma, mais

O Deputado Feliciano e o caso da religião católica

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ArtigoRA

da metade da população do país é católica e é essa grande parcela da população que o Deputado Mar-co Feliciano ofende quando faz tal afirmativa.

Considerando que no último Censo Demográfico realizado em 2010 pelo IBGE – Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística, a população brasileira contava com 190.755.799 habitantes, a popula-ção de católicos é de aproximada-mente 108.730.805 de habitantes, ou seja, aproximadamente 57% (cinquenta e sete por cento) da população brasileira se apresenta como professante da religião Ca-tólica, perceba que é parcela con-siderável da população.

Da mesma forma, há que se considerar os dados levantados pelo projeto Pew Fórum sobre Religião e Vida Pública, que es-tabelecem que a população de católicos pelo mundo quadrupli-cou em um século. Se em 1910 eram 291 milhões, hoje ela tota-liza aproximadamente 1,1 bilhões de habitantes.

É contra toda essa população que o referido Deputado quer se insurgir? Será que a ÚNICA reli-gião que pode ser profetizada, na sua concepção, é aquela em

que faz parte, devendo todas as outras, principalmente o Cato-licismo, serem reprimidas e re-chaçadas pela/da sociedade? Analisando essas questões cons-tata-se um absoluto retrocesso difundido por esse cidadão (se é que com esse tipo de pensamen-to, podemos qualificá-lo como cidadão, haja vista que ele não sabe respeitar as diferenças e a diversidade de credo).

Da mesma forma que a Cons-tituição assegura a liberdade de crença justamente pela existência de um pluralismo religioso, que garante a todo cidadão o direi-to de profetizar a fé que lhe con-vém ou mesmo não profetizar fé alguma (ateu), está inserto entre os objetivos fundamentais da Re-pública, em seu art. 3º, inciso IV, a promoção do bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Veja, o legislador Constituinte originário, preocupado com es-sas questões atinentes à discri-minação e preconceito, trouxe a previsão de respeito à diversidade e dever de respeito a diferença, seja ela qual for. Sendo assim, não há como se admitir que atitudes

da Câmara dos Deputados: a que ponto chegamos?! Acho que no fundo do poço, sem sequer conse-guir respirar! Como diria o Capital Inicial: “Troca a pele como cobre e faz o terno com a sobra; Alugou um deputado com dinheiro des-viado; Suspeito do assalto ao Pa-lácio do Planalto; Morreu bebendo gim, nega tudo ao fim; Espera o intervalo e foge pelo ralo; Vendeu o Cristo Redentor; Tem esqueletos no armário, nunca foi réu primário; Vive de contar vantagem, adora uma chantagem; Quer morar em Brasília, quer comprar uma ilha; Confirma o que fez e faria tudo ou-tra vez. Vendeu o Cristo Redentor”

Por esse motivo, reitera-se a afirmação feita no início desse ar-tigo, a política nacional tem dado sinais de que não vai e de que não está nada bem. O Deputado Feliciano como representante do POVO BRASILEIRO em sua totali-dade não pode querer unir Esta-do e Religião, que há tempos já se tornaram independentes, e muito menos atacar de forma insustentá-vel a Igreja Católica, que têm tan-tos fiéis pelo mundo. A dinâmica social é mutável.

As relações interpessoais mu-dam e, com isso, os pensamentos de todos devem evoluir. Como di-ria Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Abaixo à discrimina-ção de raça, cor, orientação sexual, credo e todas as demais! �

Jackelline Fraga Pessanha Mestre em Direito e Garantias Fundamentais pela FDV. Professora da

Faculdade São Geraldo/ES. Assessora do Ministério Público do Estado do Espírito Santo.

Marcelo Sant’Anna Vieira GomesMestrando em Direito Processual Civil pela UFES. Pós-graduado em

Processo Civil pela FDV. Professor na mesma Instituição. Vice Secretário-Geral da Academia Brasileira de Direitos Humanos – ABDH. Assessor do

Ministério Público Federal no Espírito Santo.

desse porte conti-nuem a ser difundi-das. Pior de tudo é perceber que esse político faz parte da Comissão de Direitos Humanos

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ArtigoRA

Marco internacional para a Internet

O discurso da presidenta, Dil-ma Rousseff , na Assembleia Geral das Nações Unidas, no

fi nal de setembro, teve consequên-cias importantes. Dilma denunciou os programas de espionagem in-ternacional (promovidos por EUA e Canadá) e propôs que a ONU esta-beleça um marco civil multilateral para a governança e uso da Internet.

A mensagem da presidenta encontrou eco nas demais auto-ridades que se preocupam com a soberania dos países e com as li-berdades civis. Fadi Chehadé, pre-sidente da Icann (sigla em inglês para Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), esteve com Dilma e disse que o Brasil sediará, no próximo ano, um encontro internacional para discu-tir uma nova gestão da Internet.

Um encontro dessa natureza é fundamental, especialmente de-pois das revelações de espiona-gem estrangeira —que, no Brasil, atingiram a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia e até a própria presidenta. Foi quebrada a con-fi ança na circulação de dados na rede mundial de computadores, com grande parte do tráfego con-centrado nos EUA.

Chehadé, da Icann, afi rmou que a motivação para promover o en-contro internacional foi o discurso de Dilma e disse que as futuras de-cisões sobre o assunto devem ter como base os princípios do Marco Civil da Internet brasileiro, em tra-mitação no Congresso. Segundo ele, a proposta brasileira de Marco Civil — uma espécie tipo de cons-

tituição para a web, que defi nirá e reconhecerá os direitos dos inter-nautas— é “avançada” e “pioneira”. Chehadé disse que é necessário “um novo modelo de governan-ça, em que todos sejamos iguais”. A aprovação do Marco Civil da In-ternet vai representar um avanço signifi cativo nesse sentido, assim como a exigência de que as gran-des empresas de internet, como o Google e o Facebook, armazenem em território nacional as informa-ções coletadas no Brasil.

Atualmente, se uma dessas em-presas for processada pela Justiça brasileira, pode se recusar a entre-gar um dado alegando que arma-zena suas informações nos EUA e que, por conta disso, elas estão sujeitas apenas à legislação ame-ricana. Uma desmoralização para nossas autoridades e um grande

fator de desequilíbrio na relação entre os países.

Uma política de segurança e pri-vacidade na rede é urgente, e dentro dessa política não pode ser ignorado o princípio da neutralidade da rede, por meio da qual os provedores de internet seriam proibidos de sele-cionar os sites a que os usuários têm acesso ou se esse acesso é integral ou restrito. Na forma como é hoje, as empresas podem fi ltrar dados e impedir acesso a alguns serviços, como o de telefonia via Internet. A neutralidade vai impedir a discrimi-nação no tráfego de dados.

Nosso desafi o é aprovar o Mar-co Civil da Internet e ajudar na promoção de um marco regulató-rio internacional. O Brasil, até por ter sido vítima da espionagem dos norte-americanos, tem de tomar a dianteira nessa luta. �

Por Luciana Arroyo (Entrelinhas)

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CapaRA

Capa:Campanha premiada feita pela MP publicidade para Sec. de Saúde do Gov. do Estado do ES

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Capa RA

A doação de órgãos se trata de matéria que aparece em nosso ordenamento jurídi-

co de maneira abrangente – o que não signifi ca que o tratamento le-gislativo dado a ela já esteja, ne-cessariamente, esgotado ou não possa ainda ser corrigido ou me-lhorado, segundo as necessidades práticas. De qualquer forma, ape-sar de algumas omissões e obscu-ridades, não se pode negar a pre-ocupação do legislador moderno a respeito do assunto, sobretudo a partir do advento da Constituição Federal de 1988.

DOAR UM ÓRGÃOMARCA UMA VIDA PARA SEMPRE

converse com a sua família sobre a sua vontade de ser doador

Doação de órgãos confl itos legais e práticos no Brasil

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38 •  Revista Atualidade • [email protected]

CapaRA

A propósito da menção à Carta Magna, há que se notar a existên-cia de um dispositivo legal especí-fi co relacionado ao assunto, qual seja, o § 4º do Artigo 199º, con-forme o qual “A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fi ns de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a cole-ta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo veda-

do todo tipo de comercialização”, servindo referida diretriz tanto para doações em vida quanto após a morte.

Note-se que referido dispositivo constitucional não se restringe à doação, mas também engloba ou-tros núcleos de atividade de igual

importância, como a pes-quisa e o tratamen-

to. Da mesma forma como,

ainda sem

fugir ao âmbito da Lei Maior, de-vem ser preservados fundamentos como a dignidade da pessoa hu-mana e o direito à vida, insculpidos em outros artigos que se somam às referidas diretrizes.

Outrossim, a palavra “lei” deve obrigatoriamente ser interpreta-da no plural neste caso, pois uma norma única jamais seria capaz de abordar o tema com a neces-sária completude.

Neste sentido, está-se falando, primeiramente, no próprio Código Civil de 2002 (enquanto lei geral) e, na qualidade de normas espe-ciais, acerca da Lei n.º 9.434/97, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fi ns de transplantes, e do Decreto n.º 2.268, do mes-mo ano, que a regulamenta. E isso, sem prejuízo das várias Portarias, Enunciados e eventuais outros ex-pedientes que vêm aperfeiçoando os trâmites relacionados à estrutu-ração da doação e do transplante.

Apenas a título de demonstra-ção a respeito de como referido diálogo normativo pode ser ne-vrálgico para a efetivação de di-reitos no âmbito da doação de ór-gãos, chama-se a atenção para a irradiação do Enunciado n.º 277 da IV Jornada de Direito Civil sobre o Artigo 4º da supramencionada Lei n.º 9.434/97 (já alterada pela Lei n.º 10.211/2001).

Pois bem: o Artigo 4º da nor-ma em questão estipula que “A retirada de tecidos, órgãos e par-tes do corpo de pessoas falecidas

38 •  Revista Atualidade • [email protected]

as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fi ns de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a cole-ta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo veda-

para doações em vida quanto após a morte.

Note-se que referido dispositivo constitucional não se restringe à doação, mas também engloba ou-tros núcleos de atividade de igual

importância, como a pes-quisa e o tratamen-

to. Da mesma forma como,

ainda sem

órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fi ns de transplantes, e do Decreto n.º 2.268, do mes-mo ano, que a regulamenta. E isso, sem prejuízo das várias Portarias, Enunciados e eventuais outros ex-pedientes que vêm aperfeiçoando os trâmites relacionados à estrutu-ração da doação e do transplante.

Apenas a título de demonstra-ção a respeito de como referido diálogo normativo pode ser ne-vrálgico para a efetivação de di-reitos no âmbito da doação de ór-gãos, chama-se a atenção para a irradiação do Enunciado n.º 277 da IV Jornada de Direito Civil sobre o Artigo 4º da supramencionada Lei n.º 9.434/97 (já alterada pela Lei n.º 10.211/2001).

Pois bem: o Artigo 4º da nor-ma em questão estipula que “A retirada de tecidos, órgãos e par-tes do corpo de pessoas falecidas

“A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos,

tecidos e substâncias humanas para fi ns de transplante, pesquisa e tratamento, bem como

a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados”

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Emai: [email protected].: 0000-0000Email: [email protected]

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Este será mais um canal de comunicação, onde o beneficiário

poderá manifestar suas sugestões, dúvidas, pedidos de

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demanda, em até 07 (sete) dias úteis. A

NS

-nº 3

4.2

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40 •  Revista Atualidade • [email protected]

CapaRA

para transplantes ou outra fi nali-dade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou pa-rente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colate-ral, até o segundo grau inclusive, fi rmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verifi cação da morte”, o que, portanto, vincula a possibilidade da doação à vontade de terceiros e a uma formalização desse con-sentimento.

O aludido Enunciado n.º 277, por sua vez, discorre que “O art. 14 do Código Civil, ao afi rmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científi co ou altruístico, para de-pois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portan-to, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 fi cou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador”.

A partir da interpretação con-junta dos textos, conclui-se que deve prevalecer a vontade do do-ador dos órgãos sobre aquela de seus familiares, salvo hipótese de silêncio ou ainda, conforme uma segunda possibilidade de inter-pretação, apenas no caso do po-tencial doador ter manifestado

expressamente a sua objeção em vida, mediante inserção dessa in-formação em documentos ofi ciais que façam prova de identidade (segundo o Artigo 14º do Decreto n.º 2.268).

Não obstante, o Sistema Na-cional de Transportes mantém seu modus operandi calcado em uma interpretação literal do mencio-nado Artigo 4º da norma federal, portanto favorecendo a doação mediante permissão expressa dos familiares em detrimento do consentimento em vida do do-ador – o que, segundo João Luís Erbs, Diretor Técnico do Centro de Transplantes do Estado de São Paulo, acaba não gerando, neces-sariamente, uma diminuição de resultados na prática, já que referi-dos familiares tendem a respeitar a vontade do ente querido.

Ademais, inobstante a Lei n.º 10.211/2001 não verse diretamente sobre o Decreto n.º 2.268, seu Arti-go 2º determina que as manifesta-ções de vontade relativas à retirada post mortem constantes da Cartei-ra de Identidade Civil e da Carteira Nacional de Habilitação perderiam sua validade a partir de 22 de de-zembro de 2000.

Aliás, uma vez citado o Código Civil, injusto seria abandonar sua

“Mais do que tudo, no entanto, importa não fechar os olhos para o assunto, pois, em termos jurídicos,

existe uma gama enorme de discussões que precisam ainda ser

travadas”

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RA

área de domínio sem fazer men-ção ao importante vizinho do re-ferido Artigo 14º, já que o Parágra-fo Único do Artigo 13º determina que, salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do pró-prio corpo, quando importar dimi-nuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costu-mes, sendo tais condições válidas para fi ns de transplante.

No mesmo sentido, mas em re-lação às normas especiais, valem menção diretrizes como a obriga-toriedade de cumprimento de um rigoroso procedimento prévio ao transplante e o cuidado que se há de manter em relação ao cadáver do doador, que deve ser recompos-to dignamente após a realização da necropsia obrigatória, com vistas a recuperar, tanto quanto possível, sua aparência anterior, sob pena de confi guração de crime.

A propósito, é importante men-cionar a existência de uma série de outros delitos penais e administra-tivos que são específi cos para a ati-vidade estudada, tais como, dentre outros: a remoção de tecidos, ór-

gãos ou partes do corpo da pessoa ou cadáver em desacordo com as disposições normativas, a comer-cialização dos mesmos itens e a publicação de anúncio ou apelo público realizando a publicidade de estabelecimentos autorizados a realizar transplantes, favorecendo “pessoa determinada especifi cada” ou em benefício de particulares.

De fato, como não poderia deixar de ser, o legislador preo-cupou-se não somente com o caráter gratuito da doação, mas também no sentido de que hou-vesse uma distribuição justa dos mencionados tecidos, órgãos ou partes do corpo entre os poten-ciais receptores, mediante prévia inscrição destes para posterior classifi cação conforme data de inscrição – condição que, no en-tanto, pode ser relativizada, em razão de variáveis como distância e condições de transporte e ain-da, a depender do órgão, majo-ritariamente por conta do estado de saúde do receptor.

Por fi m, cumpre ressalvar que as normas brevemente comen-

tadas deixam de contemplar o sangue, o esperma, o óvulo e a medula óssea, que vêm tratados em leis distintas, conforme suas especifi cidades.

Mais do que tudo, no entanto, importa não fechar os olhos para o assunto, pois, em termos jurídi-cos, existe uma gama enorme de discussões que precisam ainda ser travadas, com vistas ao aper-feiçoamento do assunto dentro do conjunto brasileiro de leis. E, no que diz respeito ao cotidiano, nota-se que, independentemente de qual interpretação legal seja escolhida, a ausência de uma ma-nifestação positiva expressa do potencial doador - quer inscrita nos documentos de identifi cação, quer, sobretudo, dialogada aber-tamente no seio familiar – pode signifi car a perda concreta de uma chance em favor daqueles que precisam do transplante como úl-tima alternativa de vida. �

Rodrigo Amaral Paula de Méo Advogado em São Paulo e escritor

[email protected]

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Coluna do HeronRA

Heron de [email protected] / 3322-2358

Coluna do Heron

Amanda Tavares, José Domingos Jr, Regina Célia,Tavares, Mayara e Samuel Madeira Bruna, Carlos, Soraya e André Manato no Le Buff et Lounge

Bruno Aldo Albuquerque e Daniele Scherrer de Abreu com os pais Coletano Benigno de Abreu Neto e Margareth de Abreu

Leticia Lindemberg, Joer Duus, Anna Duus, Arthur Gerard e Maria Alice Lindemberg

Dalva Frinhani no Itamaraty Hall

Carla Conde, o comendador Cacau Monjardim, Gracinha Neves e Leonardo Monjardim, os Imortais da Academia de Letras do ES César Piantavigna, Américo Madeira, Gov. Casa Grande, Carlos Manato e Lauro Madeira

Dário e Nádia Cruz, com Sandra e Rogério Zamperline no Le Buff et Lounge

Flávia e César Saade na GSA

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RA

Dida Binda, Renata Galveas, Donatella Coser e Daniella Merlo

Déo e Eulália Rosindo com Emílio e Angela Mameri na IX Feijoada Sociedade Amigo do Hospital São Lucas

Ricardo, Zacarias, Aída e Henrique Cruz, no Le Buff et Lounge Samy Hilal, Renata Malenza, Beth Feliz e Thaiz Hilal

Sandra Fonseca, Márcia Chieppe, Denise Gazinele e Sandra Zamperline, na Lareira UP

Traud Peixoto, Isabel de Souza, Diva Michelini e Dóris Aires

Zota Coelho, Allan Reis,Tavares e Fernando Manhães

Luzia Toledo, Ronaldo Barbosa, Virginia C. Grande e Werner Batista

Aneildo Oliveira e Remegildo Milanez

Eduardo e Terezinha Calhau, Eliza e Paulo Balbino

Flávia Piter, Dam Bianquim , Michelle Rico, Garcia e Joelma Piter Idalberto Môro, Chico Lins, Beth Feliz e Conrado

Késsia Chieppe, Deise Teixeira Coser, Cláudia Santos Neves

Laci Ramos, Regina Pagani e Francisco Guashi, IX Feijoada Sociedade Amigo do Hospital São Lucas

Lilia, Nabih e Nájla El Auoar no congresso de agropecuária

Victor,Fábio e Mariângela Risso

Fábio Filho, Nowa, Fábio e Mônica Mosé no Lareira UPEdú Rosa e Rosa Estrela

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RA

Coluna AtualidadePor Mariângela Moraes

Beatriz e Simone Rios Teixeira no FUEGOS ARGENTINOS

Ailton e Vera Rios no FUEGOS ARGENTINOSDa Paz Romano, Marlon Vianna e Donatela Coser na GSA

Cris Pimentel, Ana Paula Castro, Sérgio Paulo, Renata Racelli e André Hess no FUEGOS ARGENTINOSBia Alves, Dika Alves, Daliane Gouvea e Giovana Alves

Hellen Dalla, Luizah Dantas, Jamal Jamil, Villar e Mônica Zorzanelli na GSA Roges Morais e Rafael Andaus na GSAAngelina, Ana Carolina e Alexandre Rios

Paulo Angelo e equipe do DIO na GSA

Lauro Madeira, César Piantavigna, Américo Madeira, Carolina e André Madeira

Márcia e Fernando Stefenoni no FUEGOS ARGENTINOS

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Quem avisa amigo é RA

Villa Steff en Experience

No dia 23 de novembro, aconteceu a 4ª edição do Villa Steff en, evento rea-lizado pelo Steff en Centro de Eventos, sob o comando do promoter Vagner Lopes. Um evento de alto nível, dedicado aos futuros formandos. Superan-do todas as expectativas e objetivos previamente estabelecidos a edição de 2014 foi um sucesso total, contanto com universitários de diversos cursos, inclusive de outros estados. O Steff en Centro de Eventos é reconhecido pelo seu Buff et farto e de padrão elevado, o Villa Steff en Experience contou com uma enorme variedade de pratos e bebidas. Somado a isso, a lindíssi-ma decoração e agito da Banda Evidence, garantiram um evento que aden-trou a manhã de sábado, fazendo a alegria dos universitários.

Casa Mia

O novo chef italiano Luca Tonelli, trou-xe as delícias da verdadeira cozinha italiana, com uma seleção de vários pratos com o sabor especialíssimo “Di Italia”. Adorei o tour gastronômico do restaurante “Casa Mia”. O talentoso chef nos presenteou com uma de suas es-pecialidades para ilustrar nossa pág. de gastronomia (54). Vale a pena conferir...

GRÁFICA GSA

A GSA mais uma vez no premia com um belíssimo presente de fi nal de ano com a obra dos talentosos artistas Capixabas, interpretando com grande sensibilidade e apuro, o rico uni-verso dos quatros elementos contido em o “O Coração do Mundo”. Com um coquetel animadíssimo recebeu os clientes e amigos para esta calorosa confraternização.

Capixabas rompendo barreiras

A “Quality Viagens”, do nosso amigo Casemiro Ramos está agora também em Miami, levando a tradição dos serviços ino-vadores de qualidade incondicional e orgulhando aos capixa-bas. Este serviço inclui a locação de veículos com tarifas per-sonalizadas e também de veículos premier como: Ferrari, Audi R8, Porsche, dentre outros modelos do seguimento.

Adriana Delmaestro

Nossa amiga e colunista Adriana Delmaestro, agora em novo endereço no cen-tro comercial LOFT na R. Jo-aquim Lírio, está com uma belíssima loja projetada pelo arquiteto Augusto Pacheco. Vale a pena conferir!

Prêmio TOP QUALIDADE BRASIL

No último dia 02 de dezembro, em noite de gala da gastronomia na mansão Hasbaya em São Paulo, nosso amigo Marcus Teixeira rece-beu, pela “Cantina do Bacco”, o “SELO OURO 2013” do TOP QUALIDADE BRASIL; prêmio dado as 100 melhores empresas do ramo de gastrono-mia a nível nacional. Parabéns pela conquista, sucesso sempre!!!

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ArtigoRA

Notícia do dia 01/09 do cor-rente ano dá conta de que Melissa Tsuwa Watanabe,

de 39 anos, candidata ao cargo de Agente de Organização Es-colar foi considerada inapta pela comissão do respectivo concurso público para o exercício da fun-ção. Segundo o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo, sua exclusão do certame se deu pelo fato de ser portadora de obesidade mórbida (leia mais em: http://glo.bo/171guuW).

A questão acende fértil discus-são sobre a constitucionalidade da eliminação de candidatos a funções desse tipo, por motivo de obesidade. Analisando as implica-ções jurídicas envolvendo o tema, é possível extrair alguns funda-mentos para concluir que esse ato por parte do Poder Público encontra-se totalmente divorciado das diretrizes traçadas pelo Estado Democrático de Direito.

No texto constitucional, o aces-so a cargos, empregos e funções públicas está disciplinado no art. 37, incisos I e II, da Carta Repu-blicana, a qual conferiu à lei a ta-refa de regular a matéria. Por sua vez, a lei deve estabelecer critérios objetivos para o ingresso no fun-cionalismo público, sendo que, em relação à aptidão física e mental, tal requisito deve ser avaliado de acordo com cada caso específico, observando-se a natureza da fun-ção a ser exercida pelo candidato,

de modo a evitar distorções na aplicação desse critério e, conse-quentemente injustiças.

Uma das características dos concursos públicos é o zelo pela igualdade entre os candidatos. So-mente a lei pode estabelecer res-trições de acesso a determinados cargos, e, mesmo assim, só nos casos em que determinadas ca-racterísticas do candidato forem incompatíveis com a natureza da função. Tal decorre do princípio da isonomia, que está explícito no art. 5º, “caput” e implícito no art. 3º, IV, ambos da Constituição Federal, os quais proíbem quaisquer for-mas de discriminação.

Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que “os concursos pú-blicos devem dispensar tratamento impessoal e igualitário aos interes-

sados. Sem isto ficariam fraudadas suas finalidades. Logo, são inváli-das disposições capazes de desvir-tuar a objetividade ou o controle destes certames” (Curso de Direito Administrativo, 11ª ed., São Paulo: Malheiros, 1999, pág. 194).

No caso da candidata em tela, a alegação de que é obesa não pode obstar sua aprovação, já que a ati-vidade a ser desempenhada não requer primor físico. Portanto, sua eliminação extrapola a órbita do interesse público e foge aos crité-rios objetivos de avaliação.

A obesidade, consoante a Classificação Internacional de Doenças (CID), de fato é consi-derada uma doença. Todavia, se esse mal for considerado um óbi-ce à ocupação do cargo de Agen-te de Organização Escolar, tam-

Exclusão de obesos de concursos vai criar a “ficha lipo”

Vitor GuglinskiAdvogado, Especialista em Direito do ConsumidorProfessor de Direito [email protected]

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ArtigoRA Artigo

bém deverão ser inadmitidos no serviço público tantos quantos forem os portadores de outras doenças, tais como os portadores de doenças visuais (miopia, astig-matismo, hipermetropia etc.), os diabéticos, enfi m, os portadores de outros males que também são internacionalmente classifi cados como doenças.

No caso em estudo, a obesi-dade não guarda relação com o desempenho das funções para as quais a candidata prejudicada se inscreveu. Seria diferente se esti-vesse participando, por exemplo, de uma seleção para policial mi-litar, ofi cial das forças armadas, bombeiro, enfi m, profi ssões em que o primor físico é indispensá-vel ao desempenho da função. A propósito, sobre esse tema é in-teressante notar que nem mesmo essas corporações estão livres da obesidade, sendo comum vermos pelas ruas policiais gordos, sem qualquer condição de empreen-der eventual perseguição a quem esteja em fuga.

Seguindo, basta ligarmos nos-

sos televisores nos noticiários para vermos nossas casas legislati-vas abarrotadas de parlamentares obesos; basta andarmos pelos fó-runs e tribunais brasileiros para en-contrar juízes, promotores, procu-radores públicos e serventuários obesos; prefeitos, governadores… O funcionalismo público brasilei-ro, em geral, é gordo! Ou algum leitor ousa dizer que a maioria de nossas lideranças políticas e de-mais integrantes do funcionalismo público é “saradinha”?

Destarte, caso a eliminação dessa candidata seja mantida, em homenagem ao já citado princípio da isonomia, os candidatos à ma-gistratura, MP, AGU, agências regu-ladoras, bancos, estatais etc. de-verão se cuidar a partir de agora, pois, como diz a máxima jurídica, “onde existe a mesma razão existe o mesmo direito”.

Nossos políticos também deve-rão abrir os olhos, já que as instân-cias da Justiça Eleitoral deverão também indeferir a candidatura dos rechonchudos, e será dever do eleitor não votar naqueles que

certamente conseguirão fraudar até mesmo as balanças. Quiçá será lançado algum programa cha-mado “Ficha Lipo” para excluir can-didatos obesos.

Cabe lembrar que a obesidade possui causas variadas, que vão desde o desleixo com a própria saúde até causas de origem gené-tica, tendentes, conforme o caso, a jamais desaparecer. É preciso lem-brar que existem pessoas obesas que talvez jamais emagreçam ou, no máximo, não emagrecerão o sufi ciente para alcançar o patamar considerado ideal pelas autorida-des em saúde. Porém, do ponto de vista intelectual, pessoas obesas são plenamente capazes de exer-cer funções como a pretendida pela candidata. Não é necessário ser magro para pensar!

Inteligência, assiduidade, pon-tualidade, comprometimento com a coisa pública. Estes são, princi-palmente, os atributos desejados de um funcionário público.

Ponderação e justiça: estes são, necessariamente, deveres consti-tucionais do Estado. �

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EDUCAÇÃOFÍSICA eENFERMAGEM

MELHORESDO ES*

ProjetosEstudantisPREMIADOS**ADMINISTRAÇÃO

InstituiçãoSocialmenteResponsável

Selo deEXCELÊNCIA Guia doEstudante***

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RA RA

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Carros da atualidade RA

O SSangYong Korando é um SUV (Sport Utilities Vehicle) compacto, com carroceria

hatch, equipado com motor diesel e preço na casa de R$99.900 reais em sua versão de entrada (GL). A SSangYong é uma montadora de origem sul-coreana.

As linhas do SSangYong Koran-do são modernas e atraentes, re-sultado de um projeto do estilista italiano Giorgetto Giugiaro, onde se destaca faróis e grade com visu-al agressivo.

O motor trata-se de uma uni-dade Diesel, dianteiro, transversal, 1.998 cm³, 4 cilindros, 16V, 2.0L com 175 cavalos de potência @ 4.000 RPM, acoplado a uma caixa

DesempenhoAceleração de 0 a 100 Km/h em 10 segundosVelocidade Máxima: 184 Km/h

ConsumoConsumo médio: 9.6 Km/l de disel

Itens de série sãoAirbag duplo frontal, freios à dis-co nas quatro rodas com ABS/EBD, computador de bordo, ar--condicionado digital, kit multimí-dia com câmera traseira, direção eletricamente assistida, CD Player com entrada USB/MP3, volante multifuncional, sensor de estacio-namento, teto-solar elétrica, entre outros itens.

de transmissão que pode ser au-tomática ou manual, em ambos os casos de seis velocidades.

O modelo a Diesel adota sis-tema de tração 4x4. O sistema de tração integral é “on-demand”, o que significa dizer que ele envia potência às rodas traseiras somen-te em caso de necessidade. O di-ferencial central pode ser travado em situações off-road, resultando em distribuição equitativa de tra-ção nas quatro rodas.

É importante anotar que esse conjunto motriz já atende à nova legislação de emissão de poluentes PROCONVE L6. Esse conjunto motriz entrega os se-guintes resultados: �

Diesel a preço de carro a gasolinaSsangyong korando 4x4

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MercadoRA

Wilson Richa Economista,

Diretor Geral da Comprocard Cartõ[email protected]

Planejamento estratégico é estratégiamas não é a estratégia

O debate acerca do tema Es-tratégia Empresarial tem se desenvolvido calorosa-

mente e os estudiosos do assunto muitas vezes têm se degladiado em defesa de posições especifi cas e exclusivas e de interesses diver-sos, desde a preponderância de suas escolas de pensamento até a valorização de suas consultorias. Neste contexto o planejamento es-tratégico acabou por receber fortes criticas de muitos dos mais proe-minentes pesquisadores da Estra-tégia Empresarial. Claro, tais críticas

fundamentam-se na “descoberta” de que o planejamento estra-tégico não é a estratégia em si e por si, mas parte dela. Caía

então um mito messiâ-nico que pretendia esgotar todos os elementos das es-tratégias empresa-riais, propondo um sistema fechado e autossufi ciente para formulação e execução da es-tratégia nas em-presas, através de organizados pro-

cedimentos e métodos manipula-dos pelos então sumo sacerdotes das empresas: os “estrategistas pla-nejadores”.

O pensamento de Henry Mint-zberg destaca-se neste cenário critico, fazendo de certa maneira exagerada, mas efi caz, um alerta contra a redução das questões estratégicas em uma instituição exclusivamente ao processo de planejamento estratégico. O pla-nejamento estratégico, em sua concepção, fi ca na berlinda em mercados que apresentam mu-danças sensíveis em pouco es-paço de tempo (alias quase todos os mercados atuais) e abstém-se de considerar possibilidades es-tratégicas emergentes, mudanças pontuais, colocando o processo estratégico das instituições numa quase camisa de força, aumentan-do sensivelmente os riscos destas que, ancoradas exclusivamente nas disposições previamente pla-nejadas, perdem a capacidade de perceber mudanças repentinas e oprimem mesmo que não delibe-radamente o pensamento criativo dos gestores e demais colabora-dores da instituição. �

minentes pesquisadores da Estra-tégia Empresarial. Claro, tais críticas

fundamentam-se na “descoberta” de que o planejamento estra-tégico não é a estratégia em si e por si, mas parte dela. Caía

então um mito messiâ-nico que pretendia esgotar todos os elementos das es-tratégias empresa-riais, propondo um sistema fechado e autossufi ciente para formulação e execução da es-tratégia nas em-presas, através de organizados pro-

RA Mercado

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GastronomiaRA

Chef Luca TonelliNascido em Carrara (Itália), à frente da cozinha do restaurante Casa Mia com especialização na Escola Profi ssional de Gastronomia na Itália, onde vez vários cursos específi cos em sua área. Há 15 anos proprietário do restaurante Capitelli, em Sarzana (Itália).

Risotto ai frutti di mare

RISOTTO AI FRUTTI DI MARE

para 4 pessoas 300g de arroz arbóreo 08 lagostins sem a cabeça02 lagostas cortadas ao meio com casca150g de camarão médio02 lulas cortadas em anéis 600 ml em média de caldo de peixe para regar02 colheres de sopa de cebola bem picada01 colher de chá de alho bem picado05 colheres de sopa de tomate pelado batido salsinha picada100 ml de vinho branco01 colher de sobremesa de manteiga Sal a gosto AzeitePimenta calabresa a gosto

MODO DE PREPARO:

Temperar os frutos do mar com sal, alho e a pimen-ta calabresa. Aguardar alguns minutos antes de utilizar.

Levar ao fogo uma panela com azeite, deixar es-quentar e juntar os mariscos, salteando por alguns minutos. Retira-los e reservar. Na mesma panela, acrescentar um pouco mais de azeite, se necessá-rio, para refogar a cebola e o arroz arbóreo. Acres-centar vinho branco (cerca de 1 xíc), acerte o sal, mexer bem. Juntar uma concha de caldo de peixe e, sempre mexendo, acrescentar mais caldo até que os grãos estejam transparentes. (al dente).

Neste ponto acrescentar, o tomate pelado bati-do, misturar bem e acrescentar os mariscos reserva-dos e a manteiga bem gelada. Mexer bem até que a manteiga se dissolva e o arroz fi que cremoso.

Coloque em quatro pratos, cada um com ½ la-gosta com a carcaça e a salsinha, para decorar.

Servir imediatamente. �

Receita:

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Sonho de Consumo RA

A geringonça da foto acima pode parecer uma usina he-ólica ambulante, mas é um

Volocopter. A máquina voadora é um parente do helicóptero, mas é muito diferente e tem a intenção de ser uma resposta futura à eco-logização dos veículos barulhentos e trepidantes que conhecemos. Um protótipo de dois lugares da Volo-copter, produzido pela empresa e--volo, fez sua viagem inaugural no início deste mês, em Karlsruhe, Ale-manha. A equipe usou um protóti-po com capacidade para carregar duas pessoas, o VC200. Com base neste modelo, vai ser preparada uma produção em série. �

Helicóptero elétricocom 18 rotores tem capacidade para levar duas pessoas

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VinhoRA

O vinho é uma bebida de muitos paradoxos. Um de-les é sua ação sobre o cé-

rebro e a memória.É bem conhecido o efeito tóxico

do álcool. Ele se dá principalmente sobre as células do fígado, coração e cérebro, comprometendo princi-palmente a memória. O mecanismo pelo qual isso acontece é a ação oxi-dante agressiva que o álcool exerce sobre essas células. O hipocampo é a parte do cérebro onde reside a me-mória e a primeira a sofrer os danos da oxidação pelos Radicais Livres.

Por outro lado, o vinho, que é uma bebida alcoólica (chega a ter até 150 gramas de álcool por litro), tem efeito protetor sobre o cére-bro e estimula a memória, confor-me mostram centenas de pesqui-sas científi cas. Eis o paradoxo.

A explicação mais provável para isso, conforme o Prof. Manuel Paula-Barbosa, da Universidade do Porto, em Portugal, é que os poli-fenóis do vinho, por sua potente ação anti-oxidante, protegem os neurônios – células do cérebro e sistema nervoso – dos efeitos da-nosos do álcool. A sua opinião ba-seia-se em uma pesquisa que co-ordenou, onde foram observados

36 ratos divididos em 3 grupos. Todos os ratos receberam a mes-ma dieta. Um dos grupos recebeu água, outro uma solução alcoólica e outro vinho com concentração de álcool semelhante ao do gru-po anterior. Ele só encontrou dano morfológico e funcional no hipo-campo dos ratos que receberam a solução alcoólica.

Exatamente a mesma opinião que o Prof. Manuel Paula-Bar-bosa tem a Drª. Agnes Simonyi e colegas do Departamento de Bioquímica e Farmacologia da Universidade de Missouri, que lá realizaram estudos semelhantes.

Já em 1997 o Prof. Jean-Marc Orgogozo, da Universidade de Bor-daux, França, constatou em estudo que as pessoas que bebem 250 a 500 ml de vinho por dia, nas refei-ções, têm 75% menos chance de desenvolver a Doença de Al-zheimer. A esse estudo segui-

ram-se muitos outros que encon-traram sempre um efeito neuropro-tetor para vários tipos de demência em indivíduos que têm o hábito regular de beber vinho.

O Dr. Tredici e colegas da Uni-versidade de Milão, Itália, também constataram que quem bebe vi-nho regularmente ativa uma enzi-ma chamada Mapquinase que tem ação protetora para os neurônios e ativa as sinapses no hipocampo.

Trabalho feito na Itália e publi-cado na Nature mostrou que o há-bito de degustar vinhos – avaliar aromas, gosto e retrogosto – esti-mula e desenvolve a memória.

Bacco, com seu divino saber, dotou o vinho de propriedades que preservam e estimulam a me-mória possivelmente para usu-

fruirmos por mais tempo os bons momentos da vida e os prazeres do vinho. Mas isso só acontece se ele for be-bido regular e modera-damente, junto com as refeições e quando não houver contra- indicações. �

Vinho, cérebro e memória

ções, têm 75% menos chance de desenvolver a Doença de Al-zheimer. A esse estudo segui-

os bons momentos da vida e os prazeres do vinho. Mas isso só acontece se ele for be-bido regular e modera-damente, junto com as refeições e quando não houver contra- indicações. �

Dr. Jairo Monson de Souza FilhoEstuda a relação entre vinho e saúde há 20 anos

[email protected]

36 ratos divididos em 3 grupos. Todos os ratos receberam a mes-ma dieta. Um dos grupos recebeu água, outro uma solução alcoólica e outro vinho com concentração de álcool semelhante ao do gru-po anterior. Ele só encontrou dano morfológico e funcional no hipo-campo dos ratos que receberam a solução alcoólica.

Vinho, cérebro e memória

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MercadoRA

José Francisco Costa Diretor Executivo Sincodiv/ES

» Para conhecer como anda o atendimento a empresa deve uti-lizar de pesquisas para checar a satisfação dos clientes através de perguntas previamente preparadas com esse objetivo.» Ser bem tratado, receber aten-ção, agilidade, credibilidade, apre-sentação de solução e respostas claras são sempre muito apreciadas em qualquer atendimento, e espe-rados pela maioria das pessoas.» O capital humano é que irá executar e cumprir os objetivos da empresa. Desta forma o treina-mento leva as pessoas a adquirir novas habilidades e comporta-mentos positivos, alcançando pro-dutividade e lucratividade, garan-tindo a sobrevivência da empresa no seu mercado.» Não é tarefa somente da equipe de atendimento, mas criar políticas que priorizam o cliente, logísticas efi cientes, produtos que ofereçam qualidade e pontos de vendas bem cuidados.

O atendimento de qualidade refl ete uma boa imagem da empresa, garante um

diferencial competitivo e fi deliza o cliente.

A qualidade no serviço de aten-dimento ao cliente é essencial para o sucesso de uma empresa.

Para muitos o sucesso é sinôni-mo de lucratividade, sendo o lucro decorrente de um bom trabalho, que deve ser tarefa de todos os in-tegrantes da empresa, a começar pelo proprietário.

Nos dias atuais, o cliente não busca somente um produto, suas expectativas englobam preço, pro-duto e marca, aliado a um atendi-mento de excelência.

Garantir a satisfação do cliente não é uma tarefa fácil, é necessário considerar que os consumidores tem diferentes necessidades e desejos.

Assim, a defi nição de qualida-de é a percepção do cliente que ocorre a partir da sensação do que é oferecido, é bom e positivo.

Por isso, a solução é investir num plano de atendimento que assegure o negócio ter sucesso a longo pra-zo, fi delizando os clientes a partir da boa qualidade do serviço. �

Qualidade no atendimento

Itens essenciais para um bom atendimento

» O atendimento não deve passar somente pelo tratamento cordial, educado e gentil que deve ser ofe-recido, mas também pela solução de problemas que venha a surgir na venda ou no pós venda.» Fidelizar clientes é cuidar de todos os detalhes, porque hoje só atender bem não é garantia de que terá o cliente para sempre, e tam-bém conhecer suas percepções que mudam constantemente.» Atender bem o cliente exter-no é preciso primeiro cuidar do cliente interno. Priorizar a con-tratação de pessoal qualifi cado e acompanhar essas pessoas. Ofe-recer a elas uma estrutura interna sadia e um bom ambiente de tra-balho, cuidando para que sejam respeitadas.» Fortalecer o espírito de equi-pe quesito apreciado e percebido pelo consumidor. Remunerar com justiça pelo trabalho realizado.A soma destas práticas pode trazer o tão esperado sucesso!

Itens essenciais para um bom atendimento

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Para RefletirRA

A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns aciden-

tes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em al-guns desembarques.

Quando nascemos, entramos nesse magnífi co trem e nos depara-mos com algumas pessoas, que jul-gamos, estarão sempre nessa viagem conosco, nossos pais.

Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos, fi lhos e amores inesquecíveis!

Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encon-trarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele pron-tos a ajudar quem precise.

Vários dos viajantes quando de-sembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu

assento, ninguém nem sequer percebe.Curioso é constatar que alguns pas-

sageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferen-tes dos nossos, portanto somos obriga-dos a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede é claro que pos-samos ir ao seu encontro. No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocu-pando aquele assento.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros pas-sageiros, procurando em cada um de-les o que tiverem de melhor, lembran-do sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente tam-bém fraquejaremos e com certeza ha-verá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.

O grande mistério afi nal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos

companheiros de viagem, nem mes-mo aquele que está sentado ao nos-so lado. Eu fi co pensando se quando descer desse trem sentirei saudades. Acredito que sim, me separar de mui-tas amizades que fi z será no mínimo doloroso, deixar meus fi lhos continu-arem a viagem sozinhos será muito triste com certeza... mas me agarro na esperança que em algum momen-to estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar. Esta-rão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarca-ram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nos-sa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que quan-do chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem. �

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A vida e a viagem de trem

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ArtigoRA

As inovações nos hábitos e nos discursos do Papa Fran-cisco, abriram aguda crise

nos arraiais dos conservadores que seguiam estritamente as diretrizes dos dois papas anteriores. Intole-rável para eles foi o fato de ter re-cebido em audiência privada um dos inauguradores da “condenada” Teologia da Libertação, o peruano Gustavo Gutiérrez. Se sentem atur-didos com a sinceridade do Papa ao reconhecer erros na Igreja e em si mesmo, ao denunciar o carreiris-mo de muitos prelados, chamando até de “lepra” ao espírito cortesão e adulador de muitos em poder, os assim chamados “vaticanocêntri-

cos”. O que realmente os escan-daliza é a inversão que fez ao

colocar em primeiro lugar, o amor, a misericórdia, a

ternura, o diálogo com a modernidade e a tolerância para com as pessoas mesmo divorciadas, ho-moafetivas e não--crentes e só a seguir as doutri-nas e disciplinas eclesiásticas.

Já se fazem

ouvir vozes dos mais radicais que pedem, para o “bem da Igreja” (a de-les obviamente) orações nesse teor: “Senhor, ilumine-o ou elimine-o”. A eliminação de papas incômodos não é raridade na longa história do papado. Houve uma época entre os anos 900 e 1000, chamada de a “idade pornocrática” do papado na qual quase todos os papas foram envenenados ou assassinados.

As críticas mais frequentes que circulam nas redes sociais destes grupos, historicamente velhistas e atrasados, vão na linha de acusar o atual Papa de estar dessacrali-zando a fi gura do papado até ba-nalizando-o e secularizando-o. Na verdade, são ignorantes da histó-ria, reféns de uma tradição secular que pouco tem a ver com o Jesus histórico e com o estilo de vida dos Apóstolos. Mas tem tudo a ver com a lenta paganização e mun-danização da Igreja no estilo dos imperadores romanos pagãos e dos príncipes renascentistas, mui-tos deles cardeais.

As portas para este processo foram abertas já com o imperador Constantino (274-337) que reco-nheceu o cristianismo e com Teo- dósio (379-395) que o ofi cializou

Papa Francisco e a despaganização do papadoPor Leonardo Boff

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RA

como a única religião permitida no Império. Com a decadência do sistema imperial criaram-se as con-dições para que os bispos, especial-mente, o de Roma, assumissem funções de ordem e de mando. Isso ocorreu de forma clara com o Papa Leão I, o Grande (440-461), feito prefeito de Roma, para enfrentar a invasão dos hunos. Foi o primeiro a usar o nome de Papa, antes reser-vado só aos Imperadores. Ganhou mais força com o Papa Gregório, o Grande (540-604), também pro-clamado prefeito de Roma, culmi-nando mais tarde com Gregório VII (1021-1085) que se arrogou o abso-luto poder no campo religioso e no secular: talvez a maior revolução no campo da eclesiologia.

Os atuais hábitos imperiais, principescos e cortesãos da Hie-rarquia, dos Cardeais e dos Pa-pas se remetem especialmente a Papa Silvestre (334-335). No seu tempo se criou uma falsificação, chamada de “Doação de Cons-tantino”, com o objetivo de forta-lecer o poder papal. Segundo ela, o Imperador Constantino teria doado ao Papa a cidade de Roma e a parte ocidental do Império. Incluída nessa “doação”, desmas-carada como falsa pelo Cardeal Nicolau de Cusa (1400-1460) es-tava o uso das insígnias e da in-dumentária imperial (a púrpura), o título de Papa, o báculo doura-do, a cobertura dos ombros toda revestida de arminho e orlada com seda, a formação da corte e a residência em palácios.

Aqui está a origem dos atuais hábitos principescos e cortesãos da Cúria romana, da Hierarquia

eclesiástica, dos Cardeais e espe-cialmente do Papa. Sua origem é o estilo pagão dos imperadores ro-manos e a suntuosidade dos prín-cipes renascentistas. Houve, pois, um processo de paganização e de mundanização da igreja como ins-tituição hierárquica.

Os que querem a volta à tra-dição ritual que cerca a figura do Papa sequer tem consciência des-te processo historicamente data-do. Insistem na volta de algo que não passa pelo crivo dos valores evangélicos e da prática de Jesus.

Que está fazendo o Papa Fran-cisco? Está restituindo ao papado e à toda a Hierarquia seu estilo verdadeiro, ligado à Tradição de Jesus e dos Apóstolos. Na rea-lidade está voltando à tradição mais antiga, operando uma des-paganização do papado dentro do espírito evangélico, vivido tão

emblematicamente por seu ins-pirador São Francisco de Assis.

A autêntica Tradição está no lado do Papa Francisco. Os tradi-cionalistas são apenas tradiciona-listas e não tradicionais. Estão mais próximos do palácio de Herodes e de César Augusto do que da gru-ta de Belém e da casa do artesão de Nazaré. Contra eles está a prá-tica de Jesus e suas palavras sobre o despojamento, a simplicidade, a humildade e o poder como serviço e não como fazem os príncipes pa-gãos e “os grandes que subjugam e dominam: convosco não deve ser assim; o maior seja como o menor e quem manda, como quem serve” (Lc 22, 26).

O Papa Francisco fala a partir desta originária e mais antiga Tradi-ção, a de Jesus e dos Apóstolos. Por isso desestabiliza os conservadores que ficaram sem argumentos. �

“Na realidade está voltando à tradição mais antiga, operando uma despaganização do papado dentro do

espírito evangélico, vivido tão emblematicamente por seu inspirador São Francisco de Assis”

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ModaRA

Libanesa Homemtendências de moda masculina

Fique por dentro das tendências que vão dei-xar os homens ainda mais belos para a próxima temporada do Verão

Agora é hora de conferir as coleções de moda masculina Verão 2014 das grandes marcas que se en-contram na Libanesa Homem. Assim, como as mu-

lheres grande parte dos homens de hoje se preocu-pam muito com a sua aparência e isso é algo bom, mas é claro sem excesso. As novidades de moda masculina para o Verão 2014 está a todo vapor para os homens que não abrem mão de estar na moda, confi ra alguns looks que separamos!confi ra alguns looks que separamos!

Roupas casuaisNo segmento de moda casual, as bermudas

nunca saem de moda, nas versões de linho, sarja, brim, elas sempre dominam as passarelas.

Já outra grande novidade que veio para fi car são as t-shirts mais curtas com corte a laser, tam-bém são destaque.

Estampas e FlúorNas padronagens, estampas com

cores quentes, são elas as fl úor (laran-ja, verde e rosa) e também as jateadas,

que são muito bem-vindas no Brasil já que o mesmo é um país de clima

tropical.

AlfaiatariaA Alfaiataria não podia faltar, marcou presença nas

passarelas Nacionais e Internacionais e está presente novamente na coleção. A clássica alfaiataria além de ser elegante e sofi sticada, dessa vez conta com uma novidade, além da tradicional combinação de terno e calça, pode ser usada também com as belíssimas t-shirts, que assim resultará em um look ao mesmo tempo elegante e despojado.

As tendências de moda masculina estão com tudo, estampas tropicais, jateadas, tons fl úor, roupas casuais e também a clássica alfaiataria, todas essas já

estão fazendo parte da coleção de verão da Libanesa Homem, agora é só apostar naquela que mais com-bina com você e desfi lar nas ruas do nosso país. �

são as t-shirts mais curtas com corte a laser, tam-são as t-shirts mais curtas com corte a laser, tam-bém são destaque.bém são destaque.

Nas padronagens, estampas com cores quentes, são elas as fl úor (laran-ja, verde e rosa) e também as jateadas,

que são muito bem-vindas no Brasil já que o mesmo é um país de clima

AlfaiatariaA Alfaiataria não podia faltar, marcou presença nas

passarelas Nacionais e Internacionais e está presente novamente na coleção. A clássica alfaiataria além de ser elegante e sofi sticada, dessa vez conta com uma novidade, além da tradicional combinação de terno e calça, pode ser usada também com as belíssimas t-shirts, que assim resultará em um look ao mesmo tempo elegante e despojado.

LIBANESA HOMEM,

ELES NA MODA!

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LIBANESA HOMEM,

ELES NA MODA!

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66 •  Revista Atualidade • [email protected]

ArtigoRA

O seguro de vida em grupo garante proteção para em-pregados, sócios e execu-

tivos, com benefícios extensivos a cônjuges e fi lhos, quando contra-tado. Quando acontece a falta do titular do seguro, habitualmente o arrimo familiar, de forma inespe-rada, por acidente ou por doença, geralmente o padrão de vida dos familiares sofre perda de capacida-de fi nanceira. Para estes imprevis-tos é que a indenização do seguro de vida auxilia os familiares, pelo menos para os primeiros anos, per-mitindo que eles se reestruturem fi nanceiramente uma vez que a in-denização é liberada para os ‘fami-liares benefi ciários, independente de inventário e livre de impostos.

Com intenção de redução dos custos mensais para os segurados, existe a possibilidade de contrata-ção do seguro de vida através de apólice coletiva – geralmente con-tratada através de empresas que agreguem grupo de pessoas afi ns, composta geralmente de diretores, gerentes, e colaboradores, poden-do ainda serem incluídos os fami-liares dos mesmos.

É importante que o contrato – apólice de seguros - entre a empre-sa e a seguradora defi na claramente todas as situações de indenização aos familiares benefi ciários de seus empregados. Deve-se atentar, tam-bém, para a exigência de número

mínimo de empregados para con-tratação dos seguros, dependendo de cada seguradora. Em geral, são oferecidas apólices coletivas com coberturas variadas e adequadas ao interesse do grupo, a partir de três funcionários.

Antes de serem incluídos na apólice, os candidatos a segurados terão de ser aprovados pela análise de risco que a seguradora habitu-almente realiza. Geralmente, são aceitas as propostas de adesão que satisfazem as seguintes condições: estar em boas condições de saúde; estar em plena atividade profi ssio-nal; e na data de início do seguro, ter idade dentro da faixa etária de aceitação pela seguradora, em ge-ral, mais de 14 e menos de 60 anos de idade, na data de início do se-guro. O segurado deve declarar à seguradora toda e qualquer lesão ou doença pré-existente no ato da contratação do seguro. A segura-dora pode recusar a proposta de adesão, por exemplo, quando o proponente tiver idade acima do limite máximo acordado ou se for portador de alguma doença grave que aumente risco para ela.

Para não haver equivoco na contratação do seguro de vida em grupo, a empresa que vai ser con-tratante deve escolher uma corre-tora de seguros para auxiliá-la no entendimento e na pesquisa do seguro, adequado às suas neces-

sidades e às de seus empregados.“No mercado há 18 anos, a

corretora Ilha Azul tem parceria seguradoras renomadas no mer-cado Brasileiro, oferecendo ótimas opções de composição de garan-tias com custos adequados, para contratação através de empresas, entidades de classe, ou entidades sindicais, tendo como garantias principais para morte, invalidez e auxilio funeral. Tem ainda cobertu-ras opcionais para morte de cônju-ges e fi lhos, cesta básica por morte e diária por afastamento da ativida-de laborativa. Há ainda outras ga-rantias diferenciais: reembolso para diárias de internação hospitalar em UTI; cirurgia decorrente de aciden-te; auxílio medicamento,invalidez funcional por doença; orientação jurídica e reembolso de rescisão, dentre outras.

Tais diferenciais habitualmente estão vinculadas a Convenções Co-letivas de Trabalho conforme cate-goria laborativa, e a cotação é para capital Segurado mínimo de R$ 5mil. O custo do seguro varia de acordo com os capitais segurados e as co-berturas, explica o Diretor Executivo, Casemiro Alves Ramos Júnior.

No Espírito Santo, a Ilha Azul está presente em Vitória, Serra, Cariacica, Cachoeiro do Itapemirim, Colati-na, Linhares, São Mateus, Aracruz, e Guarapari. Tem ainda franquias em João Pessoa na Paraíba, em Itape-tinga e Salvador, na Bahia. �

pelos telefones (27) 2124-2000, Central de Atendimento 0800-390-220, ou via site www.ilhaconsulto-ria.com.br. Curta a Fã Page da Ilha Azul no www.facebook.com/Ilha-Consultoria e fi que por dentro das novidades sobre a corretora.

Seguro de Vida em grupoporque contratarCasemiro Alves Ramos Júnior Diretor Executivo do Grupo Ilha Azul, especialista em consultoria,assessoria, análise, planejamento e desenvolvimento de [email protected]

Cotações

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