17 e 18 out 2012

7
Data 17 e 18/10/2012 Ano I Número 70

Upload: ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 10-Mar-2016

219 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Clipping Tráfico e Abusos de Drogas Eletrônico

TRANSCRIPT

Page 1: 17 e 18 Out 2012

Data17 e 18/10/2012

AnoI

Número70

Page 2: 17 e 18 Out 2012

Rio de Janeiro – Policiais do Batalhão de Opera-ções Especiais (Bope) ocupavam desde o começo da manhã de ontem a Favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. A comunidade já estava ocupada desde domingo por policiais civis, que agora serão substituí-dos pelo Bope. De acordo com o relações públicas do batalhão, o major Ivan Blaz, a unidade integra uma das fases que vai culminar com a inauguração de uma uni-dade de polícia pacificadora (UPP) no Jacarezinho. “O Bope entra para dar continuidade ao processo de ocu-pação. É importante falar que a PM entra para nunca mais sair”, garante o policial.

A expectativa da Secretaria de Segurança Pública é que até janeiro estejam instaladas as UPPs de Jacarezi-nho e da Favela de Manguinhos. As duas, junto com as comunidades da Varginha e da Mandela, estão ocupa-das pelas forças de segurança desde domingo.

Na manhã de domingo, cerca de 2 mil homens – entre fuzileiros navais e policiais militares – ocuparam o Complexo de Manguinhos e a Favela do Jacarezinho. A operação conta com o apoio de 24 carros blindados e sete helicópteros. Por volta das 10h, policiais civis e militares e fuzileiros navais hastearam as bandeiras do estado do Rio e o do Brasil na Rua Nossa Senhora

dos Navegantes, no Complexo de Manguinhos. A ação simboliza a retomada das comunidades pelas forças de segurança.CRACK

Pelo menos 104 usuários de crack foram apreen-didos durante a ocupação. Do total, 89 são adultos e 15 são crianças e adolescentes. Todos foram levados para a Central de Triagem da prefeitura, no Centro da cida-de. Na ação houve troca de tiros entre militares e crimi-nosos no Morro do Jacarezinho, mas não havia infor-mações de feridos. Já em Manguinhos, houve apenas o aviso de chegada da tropa através de fogos de artifício.

Barricadas de ferro e concreto – montadas pelo tráfico – foram destruídas com a ajuda de retroescava-deiras. Um blindado da Marinha chegou a passar por cima de uma das barreiras montadas nas vias de acesso à Favela de Manguinhos. Na ação também foram ocu-padas as favelas Mandela e Varginha. A operação visa implantar nos próximos meses uma UPP na região. De acordo com o Instituto Pereira Passos (IPP), órgão mu-nicipal, 36.160 mil pessoas vivem nessas favelas, que pertencem ao Complexo de Manguinhos – localizado no entorno da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Hoje em diA – on line – 17.10.2012

Trio é detido com drogas e arma dentro de travesseiro na Grande BH

Jefferson Delbem - Do Hoje em Dia

Três pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de armas, durante a madrugada desta quarta-feira (17) em Ribeirão das Neves, na Região Metropo-litana de Belo Horizonte (RMBH). A Polícia Militar (PM) revelou que eles faziam parte de uma quadrilha que domina a venda de entorpecentes no bairro Viena e adjacentes. O material ilícito foi encontrado dentro de travesseiro e de uma bolsa, que estava dentro de um guarda-roupa.

Após denúncia anônima, militares do 40° Batalhão da Polícia Militar foram até a rua Marques Ferreira, onde o trio, de 25, 26 e 32 anos, estaria vendendo drogas. No local, eles foram surpreendidos pelos policiais, e tentaram esconder em uma residência, mas acabaram sendo detidos.

No imóvel, foram encontrados uma porção de cocaína, quatro tabletes de maconha

prensada, uma pistola calibre 9 mm com 36 projéteis, um revólver calibre 38 com quatro projéteis, todos escondidos em uma bolsa dentro de um guarda-roupa, além de um revól-ver calibre 32, que estava dentro de um traveseiro.

O homem mais novo inclusive possuía um mandado de prisão em aberto por tráfico

de drogas. O trio e todo o material foram levados a Delegacia de Ribeirão das Neves.

eSTAdo de minAS – on line – 17.10.2012 ConTRA AS dRoGAS

Bope ocupa Favela do Jacarezinho

Crack

Usuários em fuga

Assistentes sociais, psicó-logos e técnicos de enferma-gem da Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio recolheram 67 moradores de rua e usuários de crack na região do Parque União, na entrada da Ilha do Governa-dor, na Zona Norte. Eles te-riam fugido para o local após a ocupação das comunidades do Jacarezinho e da Comple-xo de Manguinhos, no fim de semana. Segundo a secretaria, outros pontos da cidade já fo-ram mapeados e são apontados como destino de usuários.

eSTAdo de minAS - mG on line - 18.10.2012

Page 3: 17 e 18 Out 2012

o GloBo - Rj - P. 13 - 17.10.2012

Page 4: 17 e 18 Out 2012

SUPeR noTÍCiA - BH - mG - on line - 17.10.2012

Page 5: 17 e 18 Out 2012

Hoje em diA - mG - on line - 18.10.2012

Adolescente de 13 anos é detido com drogas e arma em

ContagemJefferson Delbem - Do Hoje em

Dia Um adolescente de 13 anos foi

apreendido por posse ilegal de armas e tráfico de drogas, em Contagem, na Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada desta quinta-feira (18). Homens da 1ª Companhia de Missões Especiais da Polícia Militar (PM) fa-ziam patrulhamento de rotina pelo bair-ro Parque São João, quando abordaram o jovem na rua Guaraciaba.

Após ser revistado, a polícia en-controu 26 pedras de crack, 10 papelo-tes de cocaína, uma balança de precisão e um revólver calibre 32 com numera-ção raspada e seis projéteis intactos. O garoto foi apreendido e encaminhado a 6ª Delegacia de Polícia.

o TemPo - mG - 30 - 18.10.2012

Hoje em diA - on line - 18.10.2012

Seis pessoas são detidas por tráfico

em Santa LuziaJefferson Delbem - Do Hoje em

Dia Seis pessoas foram presas na ma-

drugada desta quinta-feira (18) dentro de uma casa em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por envolvimento com o tráfico de drogas e posse ilegal de armas. A Polícia Militar (PM) informou que entre os suspeitos estão mãe e filha.

Após denúncia anônima, militares do 35° BPM foram até uma residência na rua Quatro, bairro Padre Miguel, onde estava o grupo. No local, foram apreendidos um revólver calibre 22 com sete projéteis intactos, 82 papelotes de crack, cinco buchas de maconha, e apro-ximadamente R$ 1 mil em dinheiro, possivelmente adquirido com a venda de drogas. Todos foram encaminhados à Delegacia de Santa Luzia.

Hoje em diA - on line - 18.10.2012

Operação de combate ao tráfico

é realizada em Venda Nova

Jefferson Delbem A Polícia Militar (PM) realiza

uma operação nesta quarta-feira (17) no bairro Piratininga, região de Venda Nova em Belo Horizonte, com o ob-jetivo de combater o tráfico de drogas naquela região.Vários mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça e devem ser cumpridos durante a ação.

Militares do 13º BPM e 49º BPM participam da operação. Até às 12 ho-ras dois homens já tinham sido presos e 33 pinos de cocaína apreendidos, além de R$ 300 em dinheiro, possi-velmente adquirido com a venda de entorpecentes. A dupla foi localizada dentro de um imóvel na rua Altinópo-lis.

Page 6: 17 e 18 Out 2012

MINAS GERAIS - 5GERAL

online

ERRAMOS

Cerca de 200 pessoas estavam presentes no local do evento

PÚBLICO -

Mães entregam as faixas aos jovens

minAS GeRAiS - P. 05 - 18.10.2012

Page 7: 17 e 18 Out 2012

Autor(es): Jorge da SilvaMembro da Comissão Brasileira Sobre Drogas e

Democracia,foi chefe do Estado-Maior Geral da Po-lícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ)

Em 22 de agosto, representantes da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD) leva-ram ao presidente da Câmara, Marco Maia, um ante-projeto de mudança da Lei de Drogas. Um dos propó-sitos da iniciativa é retirar os usuários e dependentes da alçada do sistema penal, passando a preocupação com os mesmos para a esfera administrativa, com ên-fase nos campos da saúde, da assistência social e da educação. O anteprojeto também visa distinguir de forma mais objetiva o traficante do usuário.

Tema polêmico, é compreensível que vozes se levantem contra, temerosas de que se trate simples-mente de liberar o consumo. Afinal, são décadas da chamada “guerra às drogas”, período em que os usu-ários têm sido tratados como criminosos e acusados de culpa pela expansão do tráfico. Não se poderia es-perar reação diferente.

De qualquer modo, importante mesmo é a opor-tunidade de discutir a questão de forma aberta e no lo-cal próprio, o Congresso Nacional. Felizmente, num ponto já há consenso. Tanto os opositores da proposta quanto os seus defensores concordam que as drogas psicoativas trazem prejuízos ao indivíduo e à socie-dade. Há acordo também quanto ao fato de que as drogas, ilícitas ou lícitas, devam ser controladas.

É nesse ponto que começam as divergências, pois a escolha (sim, escolha) entre lícitas e ilícitas, e entre “mais perigosas”, “menos perigosas” e “não perigo-sas” passa a depender mais de interesses econômicos e políticos do que da ciência. Tanto que drogas que causam doenças em escala e mortes, como o álcool e o tabaco, podem ser consumidas à vontade. (Alguém dirá: “Então vamos criminalizar essas também!”)

Além disso, para uns, controlar significa proibir, com delegação à polícia para cumprir esse mandato; para outros, controlar significa prevenir e dissuadir, com políticas que visem a conter o abuso, evitar da-nos pessoais e sociais, e tratar os dependentes. La-mentavelmente, qualquer proposta nessa última di-reção tem sido vista como leviana, o que gera um

sectarismo paralisante: de um lado, colocam-se os autoproclamados missionários do bem; de outro, os acusados de serem propagadores do mal. Quanto simplismo!

Um argumento dos opositores merece considera-ção, pois é recorrente a ideia de que mudanças como as ora propostas estimulariam o consumo. Tal receio, no entanto, não se confirmou em sociedades em que o consumo deixou de ser crime, do que é exemplo emblemático o caso de Portugal. Em julho de 2001, depois de acaloradas discussões, o parlamento por-tuguês aprovou lei que descriminalizou o consumo privado e a posse para uso próprio de pequenas quan-tidades, não só de maconha, mas de todas as drogas. Lá também, os que eram contra temiam que houvesse uma corrida às drogas. Não foi o que aconteceu, como já o demonstraram diversos estudos, com destaque para o de Glenn Greenwald (Drug decriminalization in Portugal, Washington, D.C.: Cato Institute, 2009).

Há argumentos, porém, que não contribuem para a discussão. Primeiro, o de que pesquisas comprovam os efeitos negativos da Cannabis se usada de forma prolongada. Como se isso fosse novidade, e como se a CBDD afirmasse que a Cannabis é alguma pana-ceia. Ora, a questão não é essa, e sim saber o que fa-zer para afastar os jovens das drogas, e não as drogas dos jovens, valendo o raciocínio para o álcool, droga psicoativa sabidamente embotadora da inteligência.

Segundo, o argumento de que o uso de drogas consideradas leves é porta de entrada para as mais pesadas, raciocínio que eles não aplicam ao álcool e ao fumo, só por serem “legais”. Terceiro, o de que seria uma causa elitista. Não é. O flagelo não escolhe classe social. Se jovens, ricos ou pobres, se desajus-tam e desesperam as suas famílias, ou morrem por overdose e ingestão de drogas “batizadas” com cal, pó de gesso etc., milhares de outros têm morrido por tiros durante os embates entre facções, e entre essas e as forças de segurança; e cidadãos e cidadãs inocen-tes, também em escala, têm morrido só por morarem em “comunidades”.

Bem, se todos reconhecem que o modelo atual só tem trazido dores, para que mantê-lo intacto, ou pedir para aumentar a dose do remédio?

CoRReio BRAzilienSe - on line - 18/10/2012

Lei de Drogas: é preciso mudar?