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1 ANO NOVO Stéphanie Elise “Ano novo, vida nova” Sempre que um novo ano começa ouvimos esta frase. É importante ter o espírito de renovação. É bom quando pensamos que o próximo ano trará coisas boas, que faremos tal coisa, que alcançaremos metas. Entretanto, a nossa vida passa rápido (Sl 90:10) e não podemos sempre pensar em fazer algo, em mudar algo, em melhorar algo somente quando um novo ano começa. Todo dia é dia de mudar. Todos os dias Deus nos dá a oportunidade de sermos pessoas melhores, de sermos mais felizes, mais amorosos, mais atenciosos, mais persistentes, mais gentis, mais amigos, mais pacientes... Mas, o ano começou. Temos a oportunidade de melhorar a partir de hoje. Portanto, faça metas. As metas nos ajudam a cumprir um programa. Sem as metas fica difícil atingir algo que queremos. Seja organizado. A organização é uma bela companheira. Tudo fica mais fácil quando sabemos exatamente como realizar as nossas tarefas, os nossos compromissos e os nossos objetivos. Seja mais atencioso e amoroso. Deus nos ensina a amar. Só podemos amar porque Ele nos amou primeiro. (1 Jo 4:19). Deus é o amor. Quando amamos, estamos falando de Deus. Estamos cumprindo o mandamen- to: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” Mc 16:15. Há muitas metas que podemos colocar para as nossas vidas esse ano. Cada um tem as suas vontades e desejos. Deus também tem os Dele para nós. A minha oração é que os nossos planos sejam os planos de Deus para nós. Que Deus possa fazer a vontade Dele sobre as nossas vidas. Deus me mostrou um versículo e o escolhi para guardar durante esse ano: "Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá" Salmo 37:5. Gosto muito dele, pois fala sobre a confiança em Deus, algo que nos dias de hoje é bem difícil ter. Muitas vezes achamos que podemos viver sem Deus. É estranho dizer isso, mas podemos ver o reflexo disso quando não oramos, não lemos a bíblia, não falamos sobre Deus, não temos vontade de estar em comunhão, etc. Nos sentimos auto-suficientes. Mas, nos momentos de dificuldade sentimos falta de "algo" que nos dê suporte. Esse algo é Jesus. Escolha um versículo para você este ano. Guarde-o no coração. Deus falará através dele. Que Deus nos abençoe. Feliz 2017! De 01 a 07 de Janeiro de 2017 | Ano 46 | Número 221

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AANNOO NNOOVVOO Stéphanie Elise

“Ano novo, vida nova”

Sempre que um novo ano começa ouvimos esta frase. É importante ter o espírito de renovação. É bom

quando pensamos que o próximo ano trará coisas boas, que faremos tal coisa, que alcançaremos metas. Entretanto, a nossa vida passa rápido (Sl 90:10) e não podemos sempre pensar em fazer algo, em mudar algo, em melhorar algo somente quando um novo ano começa. Todo dia é dia de mudar. Todos os dias Deus nos dá a oportunidade de sermos pessoas melhores, de sermos mais felizes, mais amorosos, mais atenciosos, mais persistentes, mais gentis, mais amigos, mais pacientes... Mas, o ano começou. Temos a oportunidade de melhorar a partir de hoje. Portanto, faça metas. As metas nos ajudam a cumprir um programa. Sem as metas fica difícil atingir algo que queremos. Seja organizado. A organização é uma bela companheira. Tudo fica mais fácil quando sabemos exatamente como realizar as nossas tarefas, os nossos compromissos e os nossos objetivos. Seja mais atencioso e amoroso. Deus nos ensina a amar. Só podemos amar porque Ele nos amou primeiro. (1 Jo 4:19). Deus é o amor. Quando amamos, estamos falando

de Deus. Estamos cumprindo o mandamen-to: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” Mc 16:15. Há muitas metas que podemos colocar para as nossas vidas esse ano. Cada um tem as suas vontades e desejos. Deus também tem os Dele para nós. A minha oração é que os nossos planos sejam os planos de Deus para nós. Que Deus possa fazer a vontade Dele sobre as nossas vidas. Deus me mostrou um versículo e o escolhi para guardar durante esse ano: "Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá" Salmo 37:5. Gosto muito dele, pois fala sobre a confiança em Deus, algo que nos dias de hoje é bem difícil ter. Muitas vezes achamos que podemos viver sem Deus. É estranho dizer isso, mas podemos ver o reflexo disso quando não oramos, não lemos a bíblia, não falamos sobre Deus, não temos vontade de estar em comunhão, etc. Nos sentimos auto-suficientes. Mas, nos momentos de dificuldade sentimos falta de "algo" que nos dê suporte. Esse algo é Jesus. Escolha um versículo para você este ano. Guarde-o no coração. Deus falará através dele.

Que Deus nos abençoe. Feliz 2017!

De 01 a 07 de Janeiro de 2017 | Ano 46 | Número 221

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NNAASSCCIIMMEENNTTOO

03/01 Gina Laurentini da Mota 09/01 Elizabete Ribeiro de Barros 10/01 Lucas Augusto Ferreira 14/01 Rebeca Caroline Ishumi de S. Souza 15/01 José Rubens de M. de Oliveira 15/01 Sheila Feffim Oliveira

28/01 Rozineide Maria da Silva Cavalcante 29/01 Fernando José Maciel Cavalcante

CCAASSAAMMEENNTTOO

06/01 Ilzene Prospero da Silva Laureano e Emerson Laureano *

* Não Membros da Igreja

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CCRREEDDOO PPAARRAA OO NNOOVVOO AANNOO,, 11//22 Pr Israel Belo de Azevedo

Compartilho algumas verdades essenciais, capazes de nos inspirar a uma vida boa em 2017: 1. Como eu creio que o

Evangelho de Jesus Cristo "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1.16), vou pregar e viver o evangelho, sabendo que é minha intransferível tarefa ir por todo o mundo para fazer discípulos, não meus, mas de Jesus (Mateus 29.19-20). 2. Como eu creio que "é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!" (Salmo 1.1), procurarei seguir sempre o conselho de Deus, imitarei a Jesus Cristo e adorarei a Deus junto com os que creem como eu creio; já que Deus espera que eu seja santo (Levítico 11.44-45, Levítico 20.7, 1Pedro 1.15-16), farei da santidade a minha prioridade. 3. Como eu creio que a Bíblia "é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho" (Salmo 119.105), vou lê-la toda e sempre, para ser capacitado a viver de modo sábio, santo e saudável.

4. Como eu creio que "a oração de um justo é poderosa e eficaz" (Tiago 5.16), vou orar "continuamente" (1Tessalonicenses 5.17), sem e com palavras, tendo o Senhor Deus sempre diante de mim (Salmo 16.8) como presença que me inspira. 5. Como eu creio que "o plano eterno de Deus" é tornar conhecida de todos a sua "multiforme sabedoria", "mediante a igreja", vou encorajar meus irmãos e ser encorajado por eles nela (Efésios 3.10), embora seja "o costume de alguns" deixá-la (Hebreus 10.25).

AAnntteess ddee mmaannddaarr aa iiggrreejjaa ppaarraa oo mmuunnddoo,, CCrriissttoo mmaannddoouu oo EEssppíírriittoo ppaarraa aa iiggrreejjaa..

AA mmeessmmaa oorrddeemm pprreecciissaa sseerr oobbsseerrvvaaddaa hhoojjee.. John Stott

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OO PPOODDEERR EEXXTTRRAAOORRDDIINNÁÁRRIIOO DDOO AAMMOORR Pr Oswaldo Jacob

Depois de discorrer sobre os dons, Paulo fala sobre a superioridade do amor: “E agora vos mostrarei um caminho muito superior”. O que as pessoas, famílias, igrejas e a sociedade mais precisam é de amor genuíno que está em Cristo Jesus. Ele é o nosso exemplo de amor coerente (João 13.14,15). O Seu amor era real, vivencial, contagiante e abrangente. O amor de Deus por nós fê-lo sacrificar a Cristo, Seu Filho, para nos dar vida em abundancia, de significado (João 10.10). O poder extraordinário do amor derruba barreiras imensas entre as pessoas, povos e tribos. O amor perdoa, cuida, abençoa, encoraja, ajuda, investe, fala a verdade, purifica e enriquece relacionamentos, caminha a segunda milha como ensinou o Senhor Jesus. O poder extraordinário do amor é maior do que as línguas dos homens e dos anjos (1 Co 13.1,2). O amor verdadeiro não se revela em palavras apenas, mas em obras e em verdade. O amor trabalha para o bem do próximo. Ele age de forma a facilitar a vida das pessoas e mesmo daquelas que nos rejeitam (Mt 5.38-48). O amor supera todos os dons. Quem não ama apenas existe, mas quem ama vive verdadeiramente. O verdadeiro amor é espiritual. É um agente transformador.

O poder extraordinário do amor é maior do que sacrifícios (1 Co 13.3). Maior que simplesmente distribuir bens. Muito superior ao oferecimento do meu corpo para ser queimado ou sacrificado. O amor autentico produz um coração quebrantado e contrito que Deus não despreza (Sl 51.17). Quem ama tem a sua vida no altar da vontade de Deus em Cristo Jesus. O Senhor se agrada de nossa obediência. Foi o que Jesus ensinou (Mt 16.24-27). O poder extraordinário do amor tem os seus traços bem nítidos e observáveis (1 Co 13.4-8). O amor é paciente, longânimo, possui um espírito que nunca desiste. Ele é benigno, isto é, age com bondade, presta serviço a outras pessoas de modo gracioso. Ele tudo sofre. A tudo resiste. É tolerante. Persistente. O amor tudo crê. Tem total confiança em Deus. É altruísta. O amor tudo espera, confia e tem esperança. Confia na fidelidade de Deus. Aquele que ama crê que o Senhor é infalível. O amor tudo suporta. Aguenta pacientemente. O amor jamais acaba. A razão principal é que “Deus é amor” (1 João 4.8). O amor jamais será vencido, jamais entra em colapso e jamais falha. Ele é eterno (1 Co 13.8). Paulo mostra agora o que o amor não é: Invejoso. Não deseja o que é dos outros. O amor não se vangloria, não ostenta. O amor é simples. Jesus sempre foi simples. O amor não é orgulhoso, isto é, não é obstinado, não se torna arrogante, motivado pela autoconfiança (Calvino). O amor não é indecente, não se porta vergonhosamente e não envergonha a pessoa amada. O amor não é interesseiro. Não pensa só em si. O amor não é raivoso, não se irrita. O amor age com mansidão. O amor não é ressentido, amargurado. O amor não estoca ressentimento e não gera malícia. Ele não se alegra com a injustiça, mas congratula-se com a verdade ou diante dela. O poder extraordinário do amor tem a ver com o que é perfeito (1 Co 13.9-13). O que nós conhecemos é limitado. Vemo-nos num espelho de metal, que era fabricado em Corinto. A visão era distorcida. Mas aguardamos o que é perfeito. O exercício do amor nos transforma de crianças em adultos. O amor me faz tirar as fraldas e me coloca roupas de alpinista. O amor continua no céu. A fé e a esperança são acompanhantes de nosso estado imperfeito (Calvino). Dentre as virtudes do evangelho, a maior delas é o amor. O amor cobre uma multidão de pecados. O amor é sublime, terapêutico, abençoador, uma fortuna espiritual concedida por Deus para encher o deposito do nascido de novo. Não nos esqueçamos de que Deus é amor (1 João 4.8). A Trindade é amor. Obedeçamos à recomendação do apóstolo João: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas em ações e em verdade” (1 João 3.18). O poder extraordinário do amor faz verdadeiros milagres!

OO ttrraabbaallhhoo nnããoo éé ccoonnsseeqqüüêênncciiaa ddaa qquueeddaa,, mmaass ddaa ccrriiaaççããoo.. John Stott

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AA BBAATTAALLHHAA CCOONNTTRRAA AA CCAARRNNEE

“O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Essas palavras expressam uma luta interior que é uma realidade para cada filho de Deus. O Novo Testamento fala de uma guerra entre a carne e o espírito. A carne é parte da tríade de inimigos de Lutero: o mundo, a carne e o diabo. O que é, então, a “carne” da qual a Escritura fala? O que ocorre com a carne que pode afastar um crente de uma vida centralizada em Deus e que agrada a Deus? I. A carne – física ou caída? Em nosso dia a dia, quando usamos a palavra “carne”, geralmente estamos falando de nossa natureza física. A palavra “carne” se refere à substância que compõe nosso corpo. Falamos de pessoas que são parecidas “na carne”, de “carne e sangue” e de família, que é “minha própria carne”. Como nossa carne humana é algo físico, somos tentados a ver a luta bíblica entre a carne e o espírito como se referindo a uma luta entre o corpo e a alma. Pensando assim, criamos uma divisão entre o que é físico e o que é espiritual. Depois, consideramos mau tudo o que é físico e tem a ver com a carne, e consideramos bom tudo o que é espiritual e tem a ver com o espírito. Porém, essa é uma interpretação incorreta. Tanto o que é físico ou material quanto o que é espiritual foi criado por Deus como sendo muito bom (Gn 1.31). Com a Queda, tanto a matéria quanto o espírito passaram a sofrer os efeitos do pecado e a precisar de redenção. Como demonstração de sua graça e para sua própria glória, Deus providenciou redenção em Cristo para o ser humano inteiro (corpo e alma), de modo que, quando a obra de redenção estiver totalmente consumada, os salvos estarão para sempre com ele, no reino eterno, de corpo e alma. A própria criação será redimida. Portanto, não há nenhum fundamento bíblico para essa divisão entre o físico considerado como algo mau e o espiritual considerado como algo bom. Em termos bíblicos, às vezes a palavra “carne” se refere ao corpo e, em outras, dá um sentido diferente. Tentaremos mostrar os diversos modos em que a Bíblia usa essa palavra. No Novo Testamento encontramos duas palavras gregas que geralmente são traduzidas pela palavra “carne”. As duas palavras gregas são soma e sarx. A palavra soma é normalmente usada para fazer referência ao

corpo físico. Normalmente, a palavra soma no Novo Testamento não tem um sentido de pecaminosidade. É simplesmente a palavra usada para fazer referência ao corpo físico. Com a palavra sarx, a coisa é diferente. Às vezes, a palavra se refere claramente ao corpo físico, mas, em outras ocasiões, à natureza humana caída. Quando o Evangelho de João diz que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14), isso não significa que o Verbo (Jesus) assumiu a natureza humana caída. Significa simplesmente que o Logos eterno, o Verbo, atribuiu a si mesmo uma natureza humana. O Verbo se encarnou. Da mesma maneira, Paulo fala de seus compatriotas “segundo a carne” (Rm 9.3). Aqui ele está se referindo não à humanidade caída, mas ao seu próprio povo, os judeus, como membros da mesma nação que ele. A parentela de Paulo segundo a carne são seus companheiros israelitas. O apóstolo fala exatamente como nós, quando nos referimos aos nossos parentes como nossa “própria carne”. Porém, na Bíblia, existem ocasiões especiais em que a palavra sarx é usada para fazer referência especialmente à nossa natureza caída. Nesse caso, sarx descreve nossa corrupção, que de maneira nenhuma está limitada ao nosso corpo. O ser humano inteiro está caído. O pecado contamina cada aspecto de nossa existência. Ele se alojou no coração humano: “O coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem” (Ec 9.3). Jesus ensina que “do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.19). Por natureza, temos uma “mente carnal” (Cl 2.18). A mente e a carne estão igualmente caídas. Ambas estão ajustadas para agradar a nós mesmos, não a Deus. II. A mente carnal. A expressão “mente carnal” não se refere simplesmente aos “maus pensamentos sobre vícios físicos”, como bebedeira, glutonaria e fornicação, por exemplo. A mente carnal envolve um propósito determinado contra Deus. Essa é a mente de uma humanidade caída, que não quer Deus em seus pensamentos. É a mente de uma pessoa que não é guiada pelo Espírito Santo.

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Paulo fala sobre uma guerra contínua entre a carne e o Espírito. Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. (Gl 5.16-21) O contraste aqui não é entre a carne e o espírito humano, mas entre a vida que serve à carne, isto é, à natureza humana caída, e a vida guiada pelo Espírito.

Aqui vemos o nítido contraste entre a carne e Espírito. Não é um conflito entre o corpo e a alma, mas entre o velho homem, que é guiado pela sua natureza humana degenerada, e o novo homem, cheio do Espírito de Deus. Carne e Espírito estão em conflito irreconciliável. Nossa natureza caída resiste ao domínio do Espírito Santo e procura dominá-lo. Da mesma maneira, o Espírito é inimigo da carne. Ele anseia pela glória de Deus, que a carne abomina, e procura gerar seu fruto, que também é apresentado em uma lista em Gálatas 5.22-23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.

O contraste é visto claramente nas duas listas (Gl 5.20-21; 22-23). A segunda lista, que apresenta o fruto do Espírito, é bem conhecida pelos cristãos. Por enquanto, porém, vamos manter nossa atenção na primeira lista, que apresenta as obras da carne.

Quando examinamos a lista das obras da carne, um elemento não deve passar despercebido. A lista inclui pecados que envolvem nosso corpo e pecados que são de caráter não físico. Na lista encontramos prostituição e bebedice. Esses são pecados que cometemos com nossos apetites físicos e funções corporais. Na mesma lista encontramos referência a ciúme, inveja, idolatria e coisas semelhantes, que são pecados do coração.

Concluímos, então, que, quando o Novo Testamento fala da carne em contraste com o Espírito, a referência não é ao nosso corpo físico, mas à nossa natureza pecaminosa, que inclui a pessoa toda. É o conflito entre dois estilos de vida: a vida da carne, que é controlada pela tendência ao pecado; e a vida do Espírito, que nos leva à retidão, a agradar a Deus. III. Controlado pelo Espírito. É essencial entendermos este ponto para não cairmos no erro mortal de pensar que a justiça consiste principalmente em expressões físicas exteriores. O reino de Deus envolve muito mais do que comida e bebida. Se dermos atenção somente às coisas exteriores, corremos o risco de cair na cilada do farisaísmo, que mede a justiça pelas ações exteriores. Um sorriso doce pode ocultar um espírito invejoso. O Espírito Santo busca limpar toda a nossa vida, tanto exterior como interiormente. Ao mesmo tempo, devemos nos guardar do erro oposto, isto é, restringir a justiça à esfera interior. Podemos nos enganar ao pensar que tudo o que importa é a atitude interior. Contanto que nosso espírito esteja correto, não importa como agimos exteriormente. Esta é uma forma traiçoeira de autoengano. Por meio dela, as pessoas buscam justificar todo tipo de pecado. Dizemos a nós mesmos que o “amor” justifica o adultério (repare o quanto esse pensamento popular é explorado em filmes e novelas). O adolescente justifica sua fornicação dizendo que foi cometida por amor. Também é importante compreender que, embora a palavra “carne” não se refira exclusivamente às inclinações ou aos pecados físicos, também os inclui. Nossos apetites e inclinações são forças poderosas em nossa vida, corrompidos e influenciados por nossa natureza caída. O Espírito busca nos ensinar o domínio próprio. Somos chamados por Deus para dominar nossos desejos e mantê-los sob vigilância. O desejo de comer não é, em si mesmo, pecado, mas uma função normal do nosso corpo. Contudo, quando esse desejo fica fora de controle, permitimos que a glutonaria entre em nossa vida. O impulso sexual também é um apetite natural que, em si mesmo, não é pecado. Deus proporciona o casamento como o contexto no qual a expressão do sexo é não somente

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permitida, mas ordenada. Temos direitos e responsabilidades conjugais. Fora do casamento, porém, devemos nos abster das atividades sexuais. Deus criou o sexo. Deus fez o corpo com inúmeras terminações nervosas que são altamente suscetíveis ao estímulo físico. Deus poderia ter nos criado sem a capacidade de sentir prazer no contato físico. Também poderia ter nos criado sem a capacidade de sentir os prazeres do paladar. Contudo, o Criador escolheu um caminho mais excelente. O sexo, com todos os seus deleites físicos, e o paladar, com todos os seus prazeres, são dádivas de Deus. Contudo, a dádiva veio para nós com restrições. O pecado não é o uso das dádivas, mas o mau uso delas, é o uso delas de um modo que Deus não permite. O domínio próprio é a regra da sexualidade. Somos responsáveis diante de Deus por nosso comportamento sexual. A Escritura declara: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos” (Ef 5.3). Essa proibição absoluta tem sido atacada por muitos argumentos seculares. Pode ser extremamente difícil para uma pessoa permanecer casta, particularmente em uma sociedade em que nossos sentidos são diariamente bombardeados por estímulos eróticos. Mas a lei de Deus é clara. Ela diz: “Não!” Ele nos chama para exercer o domínio próprio mesmo no meio de uma sociedade caída. A castidade sexual é difícil de ser obtida por causa da fraqueza da nossa carne. Mas ela é

possível, e Deus ordena que a busquemos. Se falharmos, cometemos pecado. Embora devamos ser pacientes com aqueles que caem no pecado, não fazemos favor a ninguém se mudarmos os padrões de Deus, baixando-os até nossos fracos níveis de desempenho. É escandaloso para Deus que mudemos seus padrões e chamemos o mal de bem e o bem de mal. Conclusão: A carne é uma aliada do mundo. Ela busca sua justificação não por meio da justiça de Cristo, mas pelos padrões deste mundo. A carne é aliada do mundo e o mundo é aliado de Satanás. Aqui o inimigo busca nossa destruição, chamando-nos para longe do Espírito, para que nos rendamos à carne. Porém, o Espírito é aliado do crente. Como é triste que todos os dias sejamos lembrados da aliança de nossa mente e nosso corpo com este mundo caído, enquanto nos esquecemos de que os filhos de Deus têm também o Espírito Santo para ajudá-los. Em um mundo em que a carne parece governar a atividade humana, o Espírito ainda está presente, capacitando o povo de Deus a agradá-lo. Aplicação: Você consegue identificar em sua vida alguma área em que esteja perdendo a batalha contra a carne? Quando suas tentações são mais fortes? Quais são suas maiores dificuldades para controlar seus impulsos e apetites?

Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã.

AA bbaattaallhhaa éé qquuaassee sseemmpprree ggaannhhaa nnaa mmeennttee.. ÉÉ ppeellaa rreennoovvaaççããoo ddee nnoossssaa mmeennttee qquuee nnoossssoo ccaarráátteerr

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NNOOSSSSAA AAÇÇÃÃOO MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA

** Ásia - Roberto, Marina e filhos * PIB Missionária no Jd. Nova Conquista - Pr Josué

Franco da Silva (Diadema) ** Nação Sateré Mawé - Pr John, Sônia Wilkinson e

filhos (Amazonas) * Cuba - Pr Pedro Luiz Valdez e Raida Padron

* Itália – Pr Fabiano Nicodemo e Família

* SUSTENTO EM ORAÇÃO ** SUSTENTO FINANCEIRO

MMIISSSÕÕEESS..... PPLLAANNOO DDEE DDEEUUSS,, PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA!!

DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO DDEE VVIISSÃÃOO,, MMIISSSSÃÃOO EE PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS

NOSSA MISSÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para glorificar a Deus e priorizar pessoas,

integrando, edificando e enviando para servirem a Deus e ao próximo.

NOSSA VISÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para transformar pessoas sem Cristo em

verdadeiros discípulos e levar a maturidade os discípulos já alcançados.

NOSSA DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOS Fundamentada nas Escrituras Sagradas, particularmente em o Novo Testamento, a IGREJA

BATISTA BETEL tem como base os cinco propósitos: Adoração, Serviço, Comunhão, Missões e Discipulado, visando cumprir sua Visão e Missão em Santo André, no Brasil e no mundo.