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Inclusão Para a Vida Geografia B Pré-Vestibular da UFSC 1 UNIDADE 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO TERRITÓRIO BRASILEIRO O TERRITÓRIO BRASILEIRO O Brasil, possuindo um território de 8.514.876,599 Km 2 , costuma ser considerado um ‘país continental'. De fato, com uma das maiores extensões territoriais do mundo (quinto lugar), inclui-se entre os seis países que têm mais de 7 milhões de km2. A extensão do território brasileiro corresponde a uma parcela aproximada de 1,66% da superfície terrestre (cerca de 6% das terras emersas do globo). Localização O território brasileiro é cortado por dois círculos imaginários – o Equador, que passa pela embocadura do rio Amazonas, e o Trópico de Capricórnio, que corta os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e de São Paulo. O Brasil tem seu território assim distribuído: Fronteiras Temos 15.719 quilômetros de fronteiras, feitas principalmente por rios e serras; o maior trecho é com a Bolívia – 3.126 km, e o menor com o Suriname – 593 km. O Chile e o Equador não têm fronteiras com o Brasil. No Leste, o país tem 10.959 Km de fronteira com o Oceano Atlântico. Observe estas e outras características do território visualizando o mapa abaixo: Fusos Horários Devido à sua grande extensão longitudinal, o território brasileiro é atravessado por quatro fusos horários, sendo neles a hora atrasada em relação à Hora de Greenwich. Entretanto, em junho de 2008, houve uma nova padronização do fuso brasileiro e, desde então, o país estabeleceu apenas dois fusos continentais e um oceânico. No segundo fuso horário brasileiro (menos três horas em relação a Greenwich), temos a “Hora Oficial do Brasil” (Hora de Brasília). 100% No hemisfério Oeste. 93% No hemisfério Sul. 7% No hemisfério Norte. 93% Na Zona Intertropical. 7% Na Zona Temperada Sul (subtropical). Pontos mais altos - 2007 Localização Altitude (m) Pico da Neblina Serra Imeri (Amazonas) 2.993,8 Pico 31 de Março Serra Imeri (Amazonas) 2.972,7 Pico da Bandeira Serra do Caparaó (Espírito Santo/Minas Gerais) 2.892,0 Pedra da Mina Serra da Mantiqueira(São Paulo/Minas Gerais) 2.798,4

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  • Incluso Para a Vida Geografia B

    Pr-Vestibular da UFSC 1

    UNIDADE 1

    CARACTERSTICAS GERAIS DO TERRITRIO BRASILEIRO

    O TERRITRIO BRASILEIRO

    O Brasil, possuindo um territrio de 8.514.876,599 Km2, costuma ser considerado um pas continental'. De fato, com uma das maiores extenses territoriais do mundo (quinto lugar), inclui-se entre os seis pases que tm mais de 7 milhes de km2. A extenso do territrio brasileiro corresponde a uma parcela aproximada de 1,66% da superfcie terrestre (cerca de 6% das terras emersas do globo).

    Localizao O territrio brasileiro cortado por dois crculos imaginrios o Equador, que passa pela embocadura do rio Amazonas, e o Trpico de Capricrnio, que corta os estados do Mato Grosso do Sul, Paran e de So Paulo.

    O Brasil tem seu territrio assim distribudo:

    Fronteiras Temos 15.719 quilmetros de fronteiras, feitas principalmente por rios e serras; o maior trecho com a Bolvia 3.126 km, e o menor com o Suriname 593 km. O Chile e o Equador no tm fronteiras com o Brasil. No Leste, o pas tem 10.959 Km de fronteira com o Oceano Atlntico. Observe estas e outras caractersticas do territrio visualizando o mapa abaixo:

    Fusos Horrios Devido sua grande extenso longitudinal, o territrio brasileiro atravessado por quatro fusos horrios, sendo neles a hora atrasada em relao Hora de Greenwich. Entretanto, em junho de 2008, houve uma nova padronizao do fuso brasileiro e, desde ento, o pas estabeleceu apenas dois fusos continentais e um ocenico. No segundo fuso horrio brasileiro (menos trs horas em relao a Greenwich), temos a Hora Oficial do Brasil (Hora de Braslia).

    100% No hemisfrio Oeste. 93% No hemisfrio Sul. 7% No hemisfrio Norte. 93% Na Zona Intertropical. 7% Na Zona Temperada Sul

    (subtropical).

    Pontos mais altos - 2007 Localizao Altitude (m)

    Pico da Neblina Serra Imeri (Amazonas) 2.993,8 Pico 31 de Maro Serra Imeri (Amazonas) 2.972,7 Pico da Bandeira Serra do Capara (Esprito Santo/Minas Gerais) 2.892,0 Pedra da Mina Serra da Mantiqueira(So Paulo/Minas Gerais) 2.798,4

  • Incluso Para a Vida Geografia B

    Pr-Vestibular da UFSC 2

    Exerccios de Sala

    1. (PUC-RS) No dia de hoje, sabemos que Porto Alegre se encontra no horrio de vero. Que horas marcar um relgio na capital gacha, quando em Londres forem 13 horas? a) 11 horas b) 10 horas c) 9 horas d) 11 horas e 30 min e) 10 horas e 30 min

    2. (PUC-MG) O conceito de posio geogrfica permite desenvolver uma anlise espacial que extrapola a simples localizao geogrfica de um lugar. So afirmativas que definem a posio geogrfica do Brasil, exceto: a) A posio de pas perifrico nas relaes Norte-Sul

    desfavorvel s suas relaes econmicas. b) A posio de pas subtropical restringe a

    biodiversidade e a potencialidade dos seus recursos. c) A posio de pas com ampla costa atlntica favorece

    suas relaes transnacionais com os pases centrais. d) A posio de pas ocidental facilita que receba

    influncias culturais das naes capitalistas dominantes.

    3. (UEPG) A linha do Equador e o trpico de Capricrnio cortam o territrio brasileiro. Considerando a posio do Brasil em relao a esses dois crculos, assinale o que for correto. 01. Os estados brasileiros a leste de Braslia esto

    localizados no hemisfrio oriental, enquanto os estados a oeste da capital se localizam no hemisfrio ocidental.

    02. O ponto extremo norte do Brasil e o ponto extremo norte do estado do Paran encontram-se no hemisfrio norte, enquanto os pontos extremos sul, do pas e do estado do Paran, esto no hemisfrio sul.

    04. Os estados brasileiros localizados entre o Equador e o trpico de Capricrnio esto na zona temperada do sul, totalmente ou em parte.

    08 Uma pequena parte do territrio brasileiro est localizada no hemisfrio norte, e a maior parte, no hemisfrio sul.

    16. O Paran, que atravessado na sua parte norte pelo trpico de Capricrnio, tem a maior parte do seu territrio localizada na zona subtropical.

    UNIDADE 2

    OS CLIMAS DO ESPAO BRASILEIRO

    Fonte: SIMIELLI, M.E. GEOATLAS. So Paulo: tica, 2003

  • Incluso Para a Vida Geografia B

    Pr-Vestibular da UFSC 3

    O CLIMA DO BRASIL

    Entre os fatores que influenciam o clima, so destacados como influncia direta: - a latitude, pois o Brasil possui uma extenso Norte-

    Sul superior a 4.300 Km, tendo aproximadamente 92% do territrio na faixa intertropical e o restante na rea subtropical;

    - a altitude, caracterstica de algumas reas, especialmente do sul e do sudeste, onde h reas com altitudes mais elevadas, o que faz as temperaturas oscilarem com maior frequncia que o restante do pas;

    - as massas de ar, pois o Brasil recebe influncias da massa Equatorial continental (eMc), massa Equatorial atlntica (mEa), massa Tropical continental (mTc), massa Tropical atlntica (mTa) e massa Polar atlntica (mPa)

    Tipos Climticos

    FONTE: VESENTINI, J.W. Geografia do Brasil. So Paulo:

    tica, 2001.

    Tropical Atlntico

    FONTE: VESENTINI, J.W. Geografia do Brasil. So Paulo:

    tica, 2001.

    FONTE: VESENTINI, J.W. Geografia do Brasil. So Paulo:

    tica, 2001.

    - Tropical Semi-rido:

    VESENTINI, J.W. Geografia do Brasil. So Paulo: tica, 2001.

    Tropical de Altitude: na regio da Serra da Mantiqueira e Serra do Mar, entre os estados de SP, MG e RJ, esse clima tem suas temperaturas amenizadas pela altitude, aproximando-se das caractersticas subtropicais do Brasil.

    Subtropical: o clima caracterstico da regio ao Sul do Trpico de Capricrnio (Sul de SP, PR, SC e RS). Ela sofre ao direta da mPa. o clima mais regular do Brasil e o nico que apresenta as estaes claramente definidas, com vero muito quente e invernos rigorosos.

    FONTE: VESENTINI, J.W. Geografia do Brasil. So Paulo:

    tica, 2001.

  • Incluso Para a Vida Geografia B

    Pr-Vestibular da UFSC 4

    Exerccios de Sala

    1. (UFES) Brasil: massas de ar

    FONTE: SENE, E.; MOREIRA, J. C., 1998 (adaptao). Legenda:

    1 - Equatorial continental 2 - Equatorial atlntica 3 - Tropical continental 4 - Tropical atlntica 5 - Polar atlntica

    Para responder a esta questo, analise as figuras anteriores. Qual a alternativa que NO descreve os movimentos das massas de ar que atuam no territrio brasileiro?

    a) No Inverno, a Massa Polar Atlntica pode penetrar no territrio brasileiro at as imediaes do norte do Pas, mas no provoca queda na temperatura, j que esta regio est sob domnio da Massa Equatorial Continental, quente e mida.

    b) A Massa de ar Equatorial tem sua funo atenuada durante o Inverno, devido ao avano das massas polares.

    c) A Massa Equatorial Continental, a despeito de se originar sobre o continente Sul-Americano, quente e mida.

    d) Durante o Inverno, a Massa Equatorial Atlntica tem sua atuao restringida devido ao avano da Massa Tropical Atlntica, que se desloca em funo do avano da Massa Polar Atlntica.

    e) No Brasil predominam os climas quentes e midos, uma vez que este pas possui 92% de seu territrio na zona intertropical do planeta, sob forte influncia das massas de ar ocenicas.

    2. (UFSC) A latitude um dos fatores que influenciam os climas no Brasil, uma vez que o territrio brasileiro apresenta quase 40 de variao latitudinal. Sobre a atuao dos fatores climticos no Brasil e em Santa Catarina, assinale a(s) proposio(es) correta(s).

    01. Em todos os estados das Regies Norte e Nordeste, a durao dos dias e das noites varia muito ao longo do ano, por isso o horrio de vero adotado.

    02. A grande variao de latitude altera a obliquidade, isto , a inclinao dos raios solares que incidem sobre o territrio brasileiro.

    04. Cuiab, capital do Mato Grosso, possui maior amplitude trmica em relao a Vitria (Esprito Santo).

    08. Infere-se, a partir da anlise do mapa apresentado na questo anterior, que mais de 75% do territrio brasileiro localiza-se na zona temperada do sul.

    16. Devido a sua posio latitudinal, Santa Catarina sofre forte influncia, principalmente no inverno, da massa equatorial continental.

    32. Devido continentalidade, as capitais dos estados de Mato Grosso e Gois apresentam como tipo climtico o tropical semi-mido.

    64. A proximidade do paralelo de 0 confere a toda a extenso dos estados do Nordeste o clima tropical mido.

    UNIDADE 3

    GEOLOGIA E RELEVO DO BRASIL

    FORMAO GEOLGICA

    A formao geolgica no territrio brasileiro muito antiga (formada nas eras Arqueozoica e Proterozoica) e constituda por terrenos cristalinos (rochas magmticas e metamrficas) e terrenos sedimentares.

    Nos terrenos cristalinos da era Arqueozoica, destacam-se os dois grandes ressaltos, ou escudos, conhecidos como Guiano e Brasileiro. Nesses terrenos o aproveitamento econmico pequeno. J nos terrenos Proterozoicos, que afloram em cerca de 4% do pas (em meio s reas Arqueozoicas), esto as nossas principais jazidas minerais.

    Os terrenos sedimentares so predominantes no Brasil, boa parte recobrindo a base de rochas cristalinas. Esses terrenos so conhecidos como Bacias Sedimentares, sendo as principais: Amaznica; Litornea ou Costeira; Pantanal; Sanfranciscana; Paranaica; Recncavo Baiano e Maranho-Piau. Nessas reas so encontrados carvo, petrleo e xisto.

    UNIDADES DE RELEVO

    O relevo brasileiro de formao muito antiga e bastante erodida. Assim, predomina um terreno de altitude modesta (com mdia de 900 metros). Ele moldado apenas por agentes externos, uma vez que a atuao dos agentes internos

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    Pr-Vestibular da UFSC 5

    praticamente inexistente em nosso territrio. Esquematicamente, o gegrafo Jurandir Ross dividiu o relevo brasileiro da seguinte forma: - Planaltos terrenos irregulares (com acentuados aclives e declives) e com altitudes superiores a 200 metros; - Plancies terrenos com certa regularidade (sem declives e aclives acentuados) onde prevalecem altitudes que variam

    de 0 a 200 metros; - Depresses terrenos com certa regularidade, mas localizados em altitudes que variam de 200 a 500 metros.

    Essa classificao, concluda em 1995, foi fundamentada com as pesquisas do Projeto Radambrasil. Segundo essa classificao, o relevo brasileiro est dividido em 11 Planaltos, 11 Depresses e 6 Plancies.

    Perfil do Relevo Leste-Oeste das Regies Centro-Oeste e Sudeste Brasil

    UNIDADES DE RELEVO DO BRASIL

    FONTE: ROSS,J.L.S.(Org.), Geografia do Brasil. 2.ed. So Paulo: Edusp, 1998.

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    Pr-Vestibular da UFSC 6

    Exerccios de Sala

    1. (UFSM) O relevo corresponde s formas assumidas pelo terreno aps serem moldadas pela atuao de agentes internos e externos sobre a crosta terrestre. Sobre o relevo brasileiro, correto afirmar:

    01. Nunca houve atividade vulcnica no territrio brasileiro, considerando que no h nenhum vulco em atividade.

    02. Apresenta escudos cristalinos de formaes rochosas antigas datadas do Pr-Cambriano.

    04. Em decorrncia da pouca diversidade de formao geolgica do territrio brasileiro, h um predomnio de planaltos e plancies.

    08. H pouca incidncia de processos erosivos, considerando que o relevo brasileiro , em sua maioria, de formao geolgica antiga.

    16. A distncia do territrio brasileiro dos limites da Placa Tectnica Sul-Americana garante-lhe maior estabilidade geolgica.

    2. (UFRS) O territrio brasileiro possui grande diversidade de formas de relevo, como serras, escarpas, planaltos, plancies, depresses e outras.

    Na coluna 1, so citadas cinco formas de relevo brasileiro; na coluna 2, so apresentadas caractersticas de trs delas. Associe-as adequadamente.

    Coluna 1 1 - cuesta 2 - planalto 3 - depresso 4 - plancie 5 - serra

    Coluna 2 ( ) uma rea predominantemente plana em que os processos de sedimentao superam os de eroso. ( ) uma forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave. ( ) um relevo aplainado, rebaixado em relao ao seu entorno e com predominncia de processos erosivos.

    A sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo, a) 3 - 5 - 4. b) 4 - 1 - 3. c) 1 - 5 - 2. d) 3 - 2 - 1. e) 4 - 3 - 2.

    UNIDADE 4

    DOMNIOS MORFOCLIMTICOS DO BRASIL

    Os Domnios Morfoclimticos Brasileiros so regies com diferenas gritantes entre as caractersticas climticas, botnicas, pedolgicas, hidrolgicas e fitogeogrficas demarcadas pelo gegrafo brasileiro Aziz abSaber. Essa classificao relativamente recente, feita em 1970, divide o extenso territrio brasileiro em seis partes muito distintas umas das outras.

    DOMNIOS MORFOCLIMTICOS (Azis AbSaber)

    FONTE: MOREIRA, I. O Espao Geogrfico Geografia Geral e do Brasil. So Paulo: tica, 2003.

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    Pr-Vestibular da UFSC 7

    Exerccios de Sala

    1. (UFPel) O Brasil apresenta em seu territrio uma dinmica dos ambientes naturais resultante da ao combinada de vrios elementos que o compem: clima, relevo, estrutura geolgica, hidrografia, solo e vegetao. Observe o mapa dos domnios morfoclimticos brasileiros.

    Marque a alternativa que relaciona corretamente os domnios morfoclimticos numerados no mapa. a) 1, domnio amaznico; 2, faixa de transio; 3,

    domnio do cerrado; e 5, domnio das araucrias. b) 3, domnio de mares e morros; 7, faixa de transio; 4,

    domnio da caatinga; e 6, domnio das pradarias. c) 2, domnio das pradarias; 4, domnio do cerrado; 7,

    domnio da caatinga; e 5, domnio das araucrias. d) 1, domnio amaznico; 3, faixa de transio; 4,

    domnio do cerrado; e 2, domnio da caatinga. e) 7, domnio de mares e morros; 1, domnio amaznico;

    3, faixa de transio; e 6, domnio das pradarias.

    2. (UFSC) Com base nos seus conhecimentos e a partir da interpretao do mapa do Brasil ("Domnios

    morfoclimticos"), assinale a(s) proposio(es) correta(s).

    01. Devido a sua localizao geogrfica, o Domnio identificado com o nmero 5 possui predominantemente o tipo climtico subtropical mido.

    02. Os Domnios paisagsticos identificados com os nmeros 4 e 7 caracterizam os cenrios de Dois irmos, de Milton Hatoum.

    04. No Domnio identificado com o nmero 2, nos vales fluviais eram comuns as matas galerias, mas parcela significativa foi desmatada para dar lugar agricultura.

    08. O Domnio paisagstico identificado com o nmero 3 abriga atualmente as maiores densidades demogrficas do Brasil.

    16. O Domnio morfoclimtico identificado com o nmero 6 uma regio semi-rida em toda a sua extenso.

    32. O Domnio paisagstico identificado com o nmero 1 formado, principalmente, por terras baixas e pauprrima rede hidrogrfica.

    UNIDADE 5

    RECURSOS HDRICOS E OUTROS RECURSOS NATURAIS NO BRASIL

    O Brasil possui a maior reserva mundial de recursos hdricos. Abriga em seu territrio uma das maiores redes hidrogrficas do planeta metade de toda a gua disponvel da Amrica do Sul -, alm de extensas reservas de gua subterrneas. Apesar de todo esse potencial, o pas no est livre do problema da escassez de gua.

    O uso predatrio dos recursos hdricos, poluio, assoreamento dos rios e desperdcio so os principais responsveis pela escassez de gua.

    Bacias hidrogrficas brasileiras O Brasil, dada a sua grande extenso territorial e a predominncia de climas midos, tem uma extensa rede

    hidrogrfica. As bacias hidrogrficas brasileiras oferecem, em muitos trechos, grandes possibilidades de navegao. Apesar disso, o transporte hidrovirio pouco utilizado no pas. Em outros trechos, nossos rios apresentam um enorme potencial hidreltrico, bastante explorado no Centro-Sul do pas em decorrncia da concentrao urbano-industrial, mas sub-utilizado em outras regies, como a Amaznia.

    Tecnicamente, a hidrografia brasileira apresenta os seguintes aspectos: - No possui lagos tectnicos, pois as depresses tornaram-se bacias sedimentares. Em nosso territrio, s h lagos

    de vrzea (temporrios, muito comuns no Pantanal) e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por restingas.

    - Todos os rios brasileiros, com exceo do Amazonas, possuem regime pluvial. Uma pequena quantidade da gua do rio Amazonas provm do derretimento de neve na cordilheira dos Andes, caracterizando um regime misto (nival e pluvial).

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    Pr-Vestibular da UFSC 8

    - Todos os rios so exorreicos. Mesmo os que correm para o interior tm como destino final o oceano, como o Tiet, afluente do rio Paran, que por sua vez desgua no mar (esturio do Prata).

    - H rios temporrios apenas no Serto nordestino, onde o clima semi-rido. No restante do pas, os rios so perenes.

    - Predominam rios de planalto em reas de elevado ndice pluviomtrico. A existncia de muitos desnveis no terreno e o grande volume de gua possibilitam a produo de hidreletricidade.

    - Com exceo do rio Amazonas, que possui foz mista (delta e esturio), e do rio Parnaba, que possui foz em delta, todos os rios brasileiros que desguam livremente no oceano formam esturios.

    As principais bacias hidrogrficas brasileiras so:

    Aqufero Guarani, um mar potvel subterrneo Denominam-se aquferos as reservas de gua subterrneas, que representam uma alternativa estratgica ao problema de falta de gua. No Brasil, o principal deles o aqufero Guarani, maior reserva de gua doce da Amrica do Sul. (...) Esse verdadeiro mar potvel subterrneo estende-se por cerca de 1,2 milho de Km2, dois teros dos quais em territrio brasileiro, onde atinge oito estados do centro-sul do pas (MT, MS, GO , MG, SP, PR, SC e RS). O restante prolonga-se por Uruguai, Argentina e Paraguai. (...) Adaptado de Aureliano Biancarelli para o jornal Folha de So Paulo, 19 de maio de 1996.

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    Pr-Vestibular da UFSC 9

    UNIDADE 6

    CONSUMO E DISPONIBILIDADE DE OUTROS RECURSOS NATURAISDO ESPAO BRASILEIRO

    Os materiais e condies da natureza que so economicamente teis para os seres humanos so chamados de recursos naturais. conforme o tratamento dado pelo homem que os recursos naturais podem transformar-se em riquezas associando-se a eles os recursos culturais: planejamento, tecnologia, emprego de capitais, etc.

    A retirada dos recursos naturais do meio em que foram formados ocorre com o extrativismo, que pode ser vegetal, mineral ou animal.

    No Brasil, realiza-se desde a extrao dos produtos feitos com as prprias mos (coleta), at o uso de mquinas e tcnicas avanadas (extrativismo propriamente dito).

    Recursos Naturais Vegetais As formaes vegetais brasileiras apresentam grande variedade de produtos aproveitados economicamente. No entanto, sua extrao emprega menos de 2% da populao economicamente ativa e sua participao na renda interna tem um percentual ainda menor.

    O extrativismo vegetal destaca-se principalmente nas regies menos desenvolvidas, onde a agricultura comercial pouco expressiva. Caracteriza-se por ser quase sempre feito sem nenhum critrio, provocando a degradao ambiental, causada pelo enorme desperdcio e pelas precrias condies scio-econmicas da populao que se dedica coleta.

    Recursos Naturais Minerais A produo mineral uma atividade que exige obras de infraestrutura extremamente caras (ferrovias, rodovias, portos, etc), e o retorno do capital aplicado nem sempre rpido ou vivel.

    Alm disso, envolve grandes riscos, pois os preos dos minrios oscilam no mercado muito mais em funo dos interesses das grandes empresas internacionais atuantes no setor, do que dos custos de produo. As empresas que no dispem de capital de risco, como as do setor privado brasileiro, tm poucas chances de sobreviver na atividade. Tal fato explica a grande participao do Estado e do capital estrangeiro no processo de crescimento da produo mineral do Brasil.

    Minerais so massas inorgnicas naturais de composio qumica definida, encontrados normalmente na crosta terrestre. Em geral so slidos somente a gua e o mercrio se apresentam no estado lquido.

    Minrios so minerais ou associaes de minerais que podem ser explorados comercialmente, sendo utilizados na composio de metais. o caso do mineral bauxita, do qual extrado o minrio alumnio, ou da hematita (mineral), da qual se extrai o ferro (minrio).

    Juntamente com os Estados Unidos, Canad, Rssia, Austrlia e China, o Brasil forma o grupo de pases com os maiores e melhores recursos naturais minerais do mundo. Vejamos os mais importantes, conforme o volume de consumo interno e o valor das exportaes

    Exerccios de Sala

    1. (UFPE) "As caractersticas fsicas do Brasil, em especial a grande extenso territorial e a existncia de rios caudalosos, aliadas s dimenses relativamente reduzidas das reservas de combustveis fsseis, foram determinantes para a implantao de um parque gerador de energia eltrica de base predominantemente hidrulica."

    A leitura do texto nos leva a afirmar, corretamente,que: ( ) o conhecimento do potencial hidreltrico brasileiro de grande importncia para o desenvolvimento das atividades de planejamento da expanso dos sistemas eltricos. ( ) os rios de planalto, no Brasil, so os que melhor se prestam produo de energia eltrica, como, por exemplo, o rio Paran. ( ) o principal problema da produo de energia eltrica de base hidrulica, no Brasil, que a maioria dos rios de plancie possui um regime pluvional. ( ) os rios So Francisco e Paran possuem um grande potencial para a produo de energia porque so amplamente meandrantes e atravessam faixas de rochas semelhantes.

    ( ) a explorao do potencial hidreltrico brasileiro exclusivamente efetuada por grandes empresas estatais, pois os custos de produo so elevadssimos.

    2. (UFSC) "Nunca comemos to bem. Peixes, os mais variados, de sabor incomum, cobriam a mesa: costela de tambaqui na brasa, de tucunar frito, pescada amarela recheada de farofa." "Dias e noites no quarto, sem dar um mergulho nos igaraps, nem mesmo aos domingos, quando os manauaras saem ao sol e a cidade se concilia com o Rio Negro. [...] O pai tampouco entendia por que ele renunciava juventude, ao barulho festivo e s serenatas que povoavam de sons as noites de Manaus. "

    HATOUN, Milton."Dois Irmos". So Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 32; 163.

    A partir da leitura dos trechos anteriores, assinale a(s) proposio(es) correta(s) sobre o quadro fsico e socioeconmico do Domnio Morfoclimtico Amaznico. 01. Costuma-se dividir as guas fluviais da Amaznia em

    dois tipos: os rios de guas claras e os de guas escuras. 02. As elevadas altitudes compreendem toda a extenso do

    Domnio Amaznico.

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    04. Os rios de guas escuras da Amaznia so ricos em sais minerais dissolvidos e apresentam pouca matria orgnica.

    08. A piscosidade dos rios amaznicos , em geral, elevada. 16. Os igaraps so os braos de gua que ligam dois rios ou

    um rio e um lago. 32. No sculo XIX, o ciclo do algodo deu novo impulso

    ocupao do Domnio Amaznico. Algumas cidades como Manaus e Rio Branco cresceram vertiginosamente.

    3. (UEPG) A respeito da rede hidrogrfica brasileira, assinale o que for correto. 01. A Bacia Amaznica, a mais vasta do mundo, tem

    potencial hidreltrico, mas apresenta o inconveniente de que, em funo de a maioria de seus rios serem de plancie, o represamento deles provocar a inundao de vastas reas cobertas de florestas.

    02. As Bacias do Rio Paran e do Rio So Francisco, nas quais predominam rios de planalto, tm elevado poder hidreltrico. Neles est instalada a maior parte das usinas hidreltricas do pas.

    04. Os rios de plancie da Bacia Amaznica tm como funes principais o transporte fluvial e o sustento das populaes ribeirinhas, por causa da abundncia da pesca.

    08. As Bacias Platina, Amaznica e do So Francisco so genuinamente brasileiras, pois seus rios formadores, seus afluentes e subafluentes banham apenas territrio brasileiro.

    16. A construo de usinas hidreltricas em regies da Bacia Amaznica provocaria, alm do afogamento de reas de florestas, a realocao de povos indgenas das reas inundadas e prejuzos rica fauna.

    UNIDADE 7

    DEMOGRAFIA BRASILEIRA

    Projeo da Populao Brasileira - 2010 e 1050

    IBGE: EXPECTATIVA DE VIDA SOBE 3,4 ANOS EM UMA DCADA

    A Sntese de Indicadores Sociais 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) aponta que houve um aumento de 3,4 anos na expectativa de vida do brasileiro de 1997 para 2007. A expectativa de vida passou de 69,3 para 72,7 anos.

    http://noticias.uol.com.br/ultnot/infografico/2008/09/24/ult3224u92.jhtm

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    A Densidade Demogrfica do Brasil

    FONTE: IBGE. Atlas Geogrfico Escolar. 2ed. IBGE: Rio de Janeiro, 2004.

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    PNAD, 2007. (Estadao.com.br)

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    PNAD, 2007. (Estadao.com.br)

    Exerccios de Sala

    1. Comparando as trs pirmides etrias do Brasil, podemos afirmar que:

    a) Houve uma forte queda de natalidade a partir dos anos 40. b) O crescimento vegetativo aumentou na ltima dcada. c) A revoluo sanitria da globalizao provocou drstica

    queda da mortalidade e o consequente aumento do crescimento vegetativo.

    d) O estreitamento da base indica diminuio percentual da populao jovem.

    e) O afunilamento do topo verificado no final do sculo XX indica aumento de expectativa de vida.

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    2. O mapa a seguir demonstra:

    a) A marcha da industrializao brasileira. b) Fluxo de migraes no sculo XX. c) Extrativismo mineral. d) As frentes pioneiras da agricultura brasileira. e) A nova expanso industrial do sculo XX.

    3. Os mapas indicam o IDH no Brasil, por estado, em dois momentos.

    Est correto afirmar que, nesse perodo, o IDH

    a) melhorou em todo o pas e elevou a posio do Brasil na classificao mundial.

    b) permaneceu baixo em estados do Nordeste, apesar da implementao de programas sociais.

    c) estagnou nas reas mais ricas do pas, resultado de uma poltica de distribuio de renda.

    d) cresceu nas reas de maior concentrao urbana do Brasil, depois da diminuio do fluxo migratrio.

    e) continuou baixo na Amaznia, mesmo com a expanso da fronteira agrcola, baseada no cultivo da soja.

    UNIDADE 8 E 9

    A DIVISO REGIONAL DO ESPAO BRASILEIRO E A REGIO SUL DO BRASIL

    AS REGIES DO BRASIL

    A diviso regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) identifica cinco regies no Brasil: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

    Alm dos fatores naturais, humanos e econmicos, essa diviso considera os limites dos estados.

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    REGIES GEOECONMICAS

    Regio geoeconmica a poro territorial que apresenta um mesmo quadro sociocultural e econmico, quase sempre como consequncia de um quadro fsico comum.

    No caso das regies geoeconmicas brasileiras, so consideradas a presena de trs grandes complexos regionais no pas: Amaznia, Nordeste e Centro-Sul. Tal diviso leva em conta os aspectos fsicos, humanos e econmicos, desprezando os limites estaduais e privilegiando os aspectos geogrficos mais marcantes na definio de tais reas: o quadro natural na Amaznia, o aspecto social nordestino e o quadro econmico no Centro-Sul.

    ASPECTOS SOCIOECONMICOS DA REGIO SUL

    A Regio Sul do Brasil, definida pelo IBGE, consta dos Estados do Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ela representa 6,8% do territrio nacional e possui, em uma densidade demogrfica de 41 hab./km2, 15% do total da populao do pas. As caractersticas do clima subtropical no favoreceram o povoamento especulativo nessa regio, como ocorreu na fachada atlntica do pas. A ocupao iniciou-se com a criao de gado para a produo de charque e de couro, mas s se efetivou com a imigrao europeia do sculo XIX, principalmente de italianos, alemes e eslavos, que introduziram formas novas de aproveitamento econmico do espao: pequena propriedade, o policultivo, a associao agricultura-pecuria e a explorao direta da terra.

    A produo agropecuria muito diversificada: trigo e soja plantados no planalto; arroz e l, no RS; couro e carne na Campanha Gacha; milho, feijo, batata, fumo e outros produtos.

    Entre 1970 e 2000, a participao da regio no total da produo industrial brasileira subiu de 11% para 18%. No Paran, o principal parque industrial localiza-se em torno da capital, com indstrias alimentcias, madeireiras, indstrias qumicas, de material eltrico, de transporte e automobilstica. A produo industrial do Rio Grande do Sul est concentrada na regio metropolitana de Porto Alegre, secundada pela rea de Caxias do Sul, importante plo metal-mecnico. Em Santa Catarina, a indstria alimentcia e de vesturio, que atuam desde o incio de sculo XX, modernizaram-se graas aos capitais agroindustriais; indstrias mecnicas e de material eltrico tambm foram atradas pelo estado. Diferente dos outros estados do Sul, em Santa Catarina, o parque industrial no se concentra na capital, mas est disperso pelas reas de colonizao alem, sobretudo Blumenau e Joinville.

    Nos ltimos anos, tem ocorrido um maior desenvolvimento das atividades primrias e secundrias, em virtude da proximidade com pases do Mercosul.

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    Exerccios de sala

    1. (UFRS) Alguns tipos de poluio das guas tm causas naturais, mas a maioria causada pelas atividades humanas. O mapa a seguir mostra reas em que ocorrem problemas que afetam os recursos hdricos dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

    Com base nos dados apresentados no mapa, preencha as lacunas do texto a seguir. As reas do mapa em que os recursos hdricos so contaminados por efluentes com agrotxicos derivados das lavouras de arroz so as de nmero.......... ; as contaminadas pelos resduos provenientes de abatedouros de porcos e aves so as de nmero.........; e as contaminadas pelos rejeitos oriundos de atividades mineradoras so as de nmero ..............

    A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto, na ordem em que aparecem, a) 1, 2 e 3. b) 1, 3 e 2. c) 2, 1 e 3. d) 2, 3 e 1. e) 3, 2 e 1.

    2. (G1) O Complexo Regional do Centro-Sul possui reas que se individualizam em virtude do seu desenvolvimento econmico. Associaram-se incorretamente as unidades desse Complexo s suas respectivas atividades econmicas em: a) Poro sul de Gois - cultivo de arroz e de soja. b) Quadriltero Ferrfero - explorao de minrio de

    mangans. c) Tringulo Mineiro - fabricao de automveis e produtos

    qumicos. d) Norte do Rio de Janeiro e Esprito Santo - extrao de

    petrleo.

    3. (G1) A regio Sul representa 6,5% do territrio nacional, possui 15% da populao brasileira e faz parte do Complexo Regional do Centro-Sul.

    Referindo-se a essa regio, correto afirmar que a) a grande propriedade e a monocultura transformaram essa

    rea em um dos grandes esteios agrcolas do Pas. b) o meio ambiente subtropical favoreceu o povoamento

    especulativo como ocorreu na fachada atlntica do Pas. c) a expanso da fronteira agrcola, nos ltimos anos,

    aumentou sua produo agropecuria e sua participao na economia nacional.

    d) a criao de uma significativa rede de transportes e a proximidade com o Sudeste contriburam para o desenvolvimento do seu parque industrial.

    4. Analise as alternativas que se referem s atividades econmicas da Regio Sul do Brasil. Identifique a alternativa incorreta. a) A rea industrial da regio metropolitana de Porto Alegre

    a mais recentemente implantada, destacando-se a refinaria Presidente Vargas e as indstrias automobilsticas.

    b) Dos Estados do Sul, destaca-se Santa Catarina na produo de carvo mineral, com 70% da produo nacional.

    c) A agricultura do Sul a mais prspera do pas, devido ao clima, topografia favorvel, mecanizao e tcnica

    d) O talco explorado no Paran, que o maior produtor nacional. A rea de explorao situa-se prxima a Ponta Grossa em Itaiacoca.

    e) A regio Sul possui o maior rebanho de ovinos do pas e o maior parque frigorfico para abate e industrializao de aves.

    UNIDADE 10

    INDUSTRIALIZAO NO BRASIL

    O processo de concentrao industrial no Brasil As primeiras indstrias a surgir no Brasil foram as de bens de consumo no-durveis alimentcias e txteis. Essas atividades, com mquinas movidas energia eltrica, surgem no final do sculo XIX.

    A economia agroexportadora cafeeira teve contribuio decisiva na gerao de capital necessrio para sustentar o processo de industrializao, que surgia ao mesmo tempo em que o Estado fomentava a vinda de imigrantes para o trabalho livre.

    A partir da dcada de 1930, alm das indstrias de bens no-durveis, instalaram-se paulatinamente os setores de bens de consumo durveis, de bens intermedirios e de bens de capital. O Estado passou a atuar como agente planejador da economia, formulando polticas especficas para favorecer a instalao dos diferentes setores industriais com uma poltica energtica e de financiamento.

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    A partir de 1950, por meio dos investimentos das multinacionais, a industrializao brasileira se expandiu. Com a participao do capital externo, coube ao Estado o investimento em infra-estrutura de energia, transporte e comunicaes, e implantao de indstrias pesadas (siderrgica, metalrgica, petrleo, eletricidade e minerao), a modernizao da agricultura e a formulao de polticas de desenvolvimento regional.

    Esse processo promoveu uma concentrao industrial na Regio Sudeste do Brasil, o qual prosseguiu at por volta de 1970. A atividade industrial aproveitou uma srie de condies favorveis criadas em So Paulo pelo caf: mo de obra, mercado consumidor, eletricidade, transportes e excelente sistema bancrio. Minas Gerais, Paran e at Santa Catarina ganharam com essa concentrao industrial, ampliando as sua infraestrutura e atividades econmicas.

    Fatores fundamentais para impulsionar o desenvolvimento industrial do Brasil:

    - a ocorrncia da Primeira e Segunda Guerras Mundiais;

    - ampliao e reequipamento do parque industrial aps a Segunda Guerra Mundial;

    - instalao da CSN (Companhia Siderrgica Nacional) de Volta Redonda, em 1946;

    - Plano de Metas (governo de Juscelino Kubitscheck) para o setor de energia e transporte.

    Desconcentrao Industrial Por volta de 1970, comeou a ocorrer uma relativa desconcentrao industrial no Brasil, com decrscimo relativo de So Paulo e crescimento maior em outras unidades da Federao (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, Gois, Amazonas, Mato Grosso e outras). importante ressaltar que no foi tanto uma

    regresso da atividade industrial em So Paulo, mas um maior crescimento em outros estados. Entre os fatores que contriburam para essa deseconomia de escala, podemos citar: - custos elevados de impostos; - terrenos demasiadamente caros; - congestionamentos frequentes no trnsito; - elevados custos para moradia, transporte e alimentao (o que implica maiores salrios); - incentivos de outros estados e municpios para atrair empresas (lotes baratos, infraestrutura, iseno de impostos, etc). Graas a sua proximidade geogrfica e a densa rede de transporte e comunicaes, a Regio Sul foi beneficiada com o processo de desconcentrao industrial do Sudeste. O setor secundrio foi o que mais se desenvolveu ao longo das ltimas dcadas. Atualmente, vrias empresas nacionais e estrangeiras tm sido atradas para a regio, interessadas no amplo mercado dos pases do Cone Sul. O eixo Porto Alegre-Caxias do Sul e o parque industrial de Curitiba so destaque nesse processo. Em Santa Catarina, as indstrias tradicionais se modernizaram, atraindo empresas dos setores mecnicos e eltrico por quase todo o estado. No Nordeste houve a expanso das indstrias de bens intermedirios dos setores qumicos (Recife), petroqumico (Bahia) e de material eltrico, bem como a modernizao das indstrias de bens de consumo. A agroindstria o destaque na Regio Centro-Oeste. No eixo Campo Grande-Goinia-Braslia, h destaque para as indstrias madeireira, farmacutica, de borracha e de papel. Na Regio Norte, a expanso da Zona Franca de Manaus foi responsvel pelo crescimento da atividade industrial, com destaque para as indstrias do setor de eletroeletrnicos, do setor ptico e as atividades industriais extrativas ligadas riqueza mineral do Par.

    Exerccios de Sala

    1. (Fatec) Analise o grfico para responder questo.

    A leitura do grfico e os conhecimentos sobre o contexto econmico nacional permitem afirmar que:

    a) a globalizao econmica e a abertura dos mercados brasileiros s importaes industriais reduziram o mercado de trabalho no Sudeste.

    b) a internacionalizao da economia a partir da dcada de 1970 foi um fator determinante para a estagnao do mercado de trabalho nas regies Sudeste e Nordeste.

    c) a abertura das fronteiras agrcolas para as reas centrais do pas reduziu os investimentos industriais e, portanto, a demanda de trabalhadores.

    d) a descentralizao industrial promovida pelas polticas do Estado exerceu forte influncia sobre o remanejamento da produo e do emprego.

    e) as sucessivas crises econmicas durante os anos de 1980 e 90 foram responsveis pela migrao do emprego do Sudeste para outras regies brasileiras.

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    2. (UECE) No que se refere industrializao brasileira, assinale o incorreto.

    a) Aps a Segunda Guerra Mundial, a queda na capacidade de importao, em virtude da dificuldade cambial e das crises no comrcio internacional, leva a industrializao brasileira a inaugurar o processo de substituio de importaes.

    b) Alm da crise econmica mundial, um dos fatores que contriburam para o impulso da atividade industrial foi a subordinao ao capital aucareiro paulista que, no incio do sculo XX, dominava a pauta das exportaes.

    c) A crescente diferenciao intrarregional, sobretudo entre o Nordeste e as demais regies brasileiras, ensejou um projeto de industrializao de base autnoma proposto pelo GTDN/SUDENE.

    d) O capital industrial, originado ainda no final do sculo XIX, foi uma consequncia da acumulao do capital no setor cafeeiro.

    3. (UFC) A interiorizao da indstria no Nordeste brasileiro tem contribudo para eliminar gradativamente a separao entre cidade e campo, propiciando a unificao destes espaos. Assinale a alternativa que indica de modo correto um fator associado industrializao do campo que contribui para esta unificao.

    a) Presena do trabalhador assalariado do campo - boia-fria - na periferia da cidade.

    b) Melhoria significativa dos salrios dos trabalhadores do campo e da cidade.

    c) Fim das prticas agrcolas em reas prximas a grandes centros urbanos.

    d) Aumento das associaes conjuntas de trabalhadores urbanos e rurais.

    e) Expanso de indstrias de sede local nas reas rurais.

    UNIDADE 11

    AGROPECURIA DO BRASIL

    BRASIL, CELEIRO FUTURO DO MUNDO?

    Sob o comando do mercado internacional, agronegcio se expande e reorganiza os espaos produtivos no territrio brasileiro

    A agropecuria est na origem de uma cadeia produtiva ligada a um conjunto de atividades industriais e de servios que se denominam agronegcio. Se a atividade agropecuria responsvel por aproximadamente 10% do PIB do Brasil, o agronegcio responsvel por um tero do PIB, 35% dos empregos e 40% das exportaes.

    Nos ltimos anos, o Brasil se tornou um dos maiores produtores e exportadores de commodities agropecurias do mundo. Atualmente lder mundial na exportao de acar, caf, suco de laranja, soja, tabaco, carne bovina e frango. Est entre os maiores produtores de lcool, algodo e milho. Embora o volume de produo seja crescente, os produtos exportados so, em grande parte, de baixo valor agregado. Por isso, a participao do Brasil no mercado mundial de bens agrcolas de apenas 4%.

    As vantagens comparativas do Brasil, especialmente nos aspectos naturais, so enormes. Vastas

    reas de relevo pouco acidentado, condies edficas e climticas favorveis, recursos hdricos abundantes. Segundo a Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e Alimentao (FAO), o Brasil possui um estoque de 300 milhes de hectares de terras a serem utilizadas. Gigantes territoriais como Rssia, Estados Unidos, ndia, China, Austrlia e Canad possuem extenses bem menores de terras disponveis

    Existe tambm um contexto internacional favorvel para o Brasil nos prximos anos. H um cenrio de aquecimento da demanda por alimentos por conta do crescimento econmico global e da populao mundial, especialmente da China, grande importador do Brasil, e da ndia, um mercado promissor.

    Mas nem tudo so flores, pois um leque de obstculos externos e internos limita a expanso das exportaes. Os primeiros abrangem, antes de tudo, os vrios tipos de protecionismo (subsdios, cotas, barreiras tarifrias e no-tarifrias) utilizados especialmente pelos pases mais desenvolvidos. Mas incluem at um possvel aumento da produo agrcola de vrios pases africanos que ainda possuem expressivos estoques de terras disponveis.

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    Internamente, os maiores entraves esto ligados precariedade da infraestrutura viria (rodovias, ferrovias, portos). Pelo menos metade da produo agropecuria transportada por rodovias e cerca de 75% delas esto em pssimo estado. Apesar de melhorias parciais, as ferrovias so quase sempre precrias e os portos, geralmente ineficientes. Resultado: o preo dos produtos exportados fica menos competitivo.

    A asfixiante carga tributria e o baixo financiamento da produo e investimento em pesquisas so tambm obstculos importantes. Alm disso, a valorizao do real perante o dlar encareceu as exportaes. H, ainda, a questo do controle fitossanitrio que, nos ltimos anos, foi negligenciado, o que abriu caminho para o ressurgimento de focos de febre aftosa. Em 2005, dezenas de pases impuseram embargo carne brasileira. Mais do que as qualidades e o crescimento da concorrncia internacional, so as deficincias internas que sabotam o sonho de transformao do Brasil no celeiro do mundo.

    A evoluo espacial da produo agropecuria no Brasil apresenta trs grandes movimentos simultneos: o deslocamento da pecuria e das culturas de gros e algodo para a rea dos cerrados e regio amaznica; a intensificao de novas tecnologias nas regies mais desenvolvidas; o crescimento das reas conquistadas pela irrigao em pores do semi-rido nordestino.

    A expanso nas reas de cerrado s foi possvel pelas transformaes tecnolgicas que permitiram a incorporao produtiva dessas reas. A criao de infraestruturas e os incentivos fiscais do governo foram fatores importantes para essa evoluo. Nesse processo, foi determinante a ao da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria), trabalhando conjuntamente com universidades e centros de pesquisas. Hoje, a regio dos cerrados, que tem nas regies Centro-Oeste e Nordeste sua maior extenso, est cada vez mais especializada na produo de gros (especialmente soja), algodo e pecuria bovina.

    O dinamismo nessas duas regies tem implicaes econmico-sociais e ambientais. A expanso da produo em padres modernos e em regies de baixa densidade demogrfica exerce um forte efeito econmico sobre as atividades urbanas, impulsionando a demanda de insumos, mquinas, equipamentos e servios em geral.

    Do ponto de vista ambiental, a expanso da produo acelerou a destruio do ecossistema do cerrado, que hoje s possui cerca de 20% de sua cobertura original. Este processo de conquista de novos espaos, especialmente em Mato Grosso, empurrou as atividades agropecurias do cerrado para reas florestais das franjas meridional e oriental da Amaznia, gerando uma extensa rea de terras degradadas o arco do desmatamento que se estende do oeste do Maranho ao leste do Acre. O processo contribuiu para que, hoje, mais de 17% da vegetao florestal original tenha sido destruda.

    Ao mesmo tempo, mudanas estruturais aconteceram na agropecuria no Centro-Sul. Um dos melhores exemplos So Paulo, que perdeu participao na produo de gros, mas apresentou forte crescimento na produo de cana-de-acar, laranja e fruticultura, indicando uma opo pelos cultivos de maior valor agregado.

    Na Regio Nordeste, dois fenmenos mais ou menos recentes modificaram o panorama regional: a expanso de gros nos cerrados da Bahia, Maranho e Piau e o desenvolvimento de projetos de irrigao em regies do semi-rido. No caso da agricultura irrigada, destacam-se os que se verificam no mdio vale do So Francisco (plo fruticultor de Petrolina-Juazeiro) e nos vales do Au (RN), Acara (CE) e Parnaba (PI).

    Nessas reas, a atividade de maior expresso a fruticultura com destaque para uva, manga, mamo. A produo realizada ao longo de todo o ano, por conta do clima quente e seco, o que permitiu no s o aumento das exportaes como tambm o abastecimento regular do mercado interno, antes sujeito s variaes sazonais da oferta. Aos efeitos positivos sobre a gerao de renda e emprego nessas reas somam-se as novas possibilidades de integrao produtiva com a indstria.

    FONTE: MAGNOLI , Demtrio. Disponvel em: < http://www.clubemundo.com.br/noticia_show.asp?id=1042&prod=1> Acessado em 05 de maro de 2009.

    Exerccios de Sala

    1. (G1) O uso indiscriminado de produtos qumicos na agricultura brasileira vem crescendo, conforme divulgao do IBGE, e tem acarretado consequncias, como

    a) poluio das guas e contaminao dos alimentos. b) eliminao total das pestes e elevao da temperatura do ar. c) reduo das reas arveis e aumento da poluio atmosfrica. d) expanso das terras irrigadas e alterao na camada de oznio.

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    2. (G1) O processo de modernizao das atividades agrrias no Brasil, a partir da dcada de 1970, a) proporcionou significativa queda na produo, reduzindo as

    exportaes agrcolas. b) restringiu o uso de agrotxicos na agricultura intensiva,

    para preservar o meio ambiente. c) privilegiou os pequenos e mdios proprietrios rurais,

    favorecendo-lhes aquisio de terra. d) incorporou uma nova dinmica nas relaes trabalhistas,

    introduzindo a mo de obra assalariada nas reas rurais.

    3. (UFT) A modernizao na agricultura tem estreitado as diferenas entre o campo e a cidade no Brasil. Tomando como exemplo os boias-frias em So Paulo e as manifestaes, do MST nas principais cidades de todas as regies do pas, incorreta a compreenso de que: a) H um "novo" rural no Brasil. b) As lutas dos movimentos sociais no campo, a partir da

    Nova Repblica, tm se constitudo como relaes arcaicas de produo e esto percorrendo o caminho inverso ao desenvolvimento da agricultura moderna brasileira.

    c) O governo federal no consegue avanar nas realizaes de polticas pblicas em favor dos pequenos agricultores.

    d) O espao urbano se transforma em lugar de visibilidade para as lutas dos camponeses pela reforma agrria.

    UNIDADE 12

    A URBANIZAO DO BRASIL

    A urbanizao corresponde transferncia de populaes originrias das zonas rurais em direo s cidades. A urbanizao s ocorre quando a populao das cidades cresce mais que a rural, como resultado da migrao campo-cidade. O crescimento urbano, por sua vez, diz respeito ao aumento da populao que vive nas cidades e resulta apenas do crescimento natural ou vegetativo da populao urbana.

    A acelerao do processo de urbanizao no Brasil ocorre a partir de 1940. Em 1970, a maior parte da populao j vivia na zona urbana, o que refletiu a modernizao econmica e o grande desenvolvimento industrial, possvel graas entrada em grande escala de capital estrangeiro no pas.

    Entretanto, ao mesmo tempo em que acelerou o ritmo do desenvolvimento econmico do pas, a introduo de indstrias baseadas num padro tecnolgico tpico dos pases desenvolvidos criou problemas sociais. A modernizao da economia atraiu mais trabalhadores do que as novas atividades conseguiam absorver, resultando em desemprego e em graves problemas sociais nas principais cidades do Brasil.

    Hierarquia Urbana - Esse conceito est baseado na noo de rede urbana, um conjunto integrado de cidades que estabelecem relaes econmicas, sociais e polticas entre si. A hierarquia urbana brasileira produz duas formas de avaliao:

    Modelo Industrial ou tradicional Quanto maior o centro urbano, mais diversificada sua infraestrutura econmica e maiores as possibilidades de coordenar os principais fluxos de mercadorias e servios, influenciando as outras cidades de sua rede. Temos, nesse modelo, as metrpoles globais, regionais e os centros regionais.

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    Modelo Informacional A implantao de modernos sistemas de transporte e de comunicaes reduziu as distncias e possibilitou a fragmentao das atividades econmicas, que se difundiram por todo o pas e hoje so coordenadas a partir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacionais. Nesse modelo, as cidades no se relacionam apenas com os centros maiores aos quais se subordinavam na antiga hierarquia urbana, havendo uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional.

    REGIES METROPOLITANAS BRASILEIRA

    Os problemas sociais das grandes cidades Um dos problemas mais graves das grandes aglomeraes urbanas a habitao. Nas ltimas dcadas, multiplicaram-se os cortios e as favelas (80% em regies metropolitanas), onde as condies de salubridade so precrias e o terreno sujeito a deslizamentos e enchentes. Em muitos casos, a alternativa foi procurar reas mais afastadas, o que resultou na ampliao da rea urbanizada e das distncias no interior das grandes cidades. Soma-se a esse fato, o desemprego, a deteriorao dos servios populares de assistncia mdico-hospitalar, falta de transportes coletivos e de infraestrutura urbana, como pavimentao, luz, gua e coleta de esgotos.

    Outro problema comum nas grandes cidades brasileiras a violncia. Os acidentes de trnsito, com milhares de feridos e mortos a cada ano, tm ndices bem altos no Brasil. Tal nmero se deve ao descaso das autoridades, a abusos e impunidade dos motoristas e desrespeito dos/aos pedestres e ciclistas. A violncia policial, especialmente sobre a populao mais pobre, tambm frequente no Brasil. Ao mesmo tempo, cresce cada vez mais o nmero de assaltos e assassinatos, frutos do crescimento do desemprego, da ao do trfico de drogas e da falta de assistncia s famlias pobres e vtimas da violncia.

    Para amenizar essas questes urbanas, cada vez mais ouvimos falar em planejamento urbano, entretanto, se no houver uma participao democrtica dos moradores, essas iniciativas no sero suficientes.

    Exerccios de Sala

    1. (PUC-RS) INSTRUO: Para responder questo, analise os mapas e as afirmativas referentes ao aumento das cidades com mais de 500 mil habitantes no Brasil, preenchendo os parnteses com V para verdadeiro e F para falso.

    Quanto s cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes, afirma-se:

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    ( ) A maior concentrao de cidades desse porte ocorre na regio Norte do Brasil. ( ) Dentre as causas para o aumento das cidades desse porte no pas, correto citar o xodo rural. ( ) Esse aumento vincula-se oferta de empregos no setor industrial, favorecido pela migrao de indstrias dos grandes centros para essas cidades. ( ) Suas vantagens competitivas em relao s grandes cidades, como iseno de impostos municipais e oferta de mais infraestrutura, facilitam o aumento dos ganhos sobre o capital investido, contribuindo para o aumento do nmero destas cidades.

    A sequncia correta de preenchimento dos parnteses : a) V - F - F - F b) F - F - F - V c) V - V - V - F d) F - V - V - V e) V - V - V - V

    2. (UECE) A tradio nos estudos de geografia urbana no Brasil privilegiou a anlise das reas metropolitanas e o crescimento das grandes cidades. Recentemente, observa-se um crescente interesse pela compreenso das cidades mdias e suas articulaes no contexto regional e nacional. Assinale o correto. a) No contexto da rede urbana, as cidades mdias constituem-

    se como ns articuladores entre as pequenas cidades e seus distritos.

    b) As cidades mdias esto vinculadas, apenas, ao adensamento populacional uma vez que, na nova hierarquia urbana, o tamanho da populao mais importante que a posio da cidade.

    c) As cidades mdias so centros que oferecem bens e servios com certo grau de especializao para o contexto regional em que esto localizados.

    d) As cidades mdias se caracterizam pela presena de inmeros problemas ambientais, o que no ocorre com os centros metropolitanos.

    3. (UFSC) "Com poucas palavras, Yaqub pintava o ritmo de sua vida paulistana. A solido e o frio no o incomodavam; comentava os estudos, a perturbao da metrpole, a seriedade e a devoo das pessoas ao trabalho. De vez em quando, ao atravessar a praa da Repblica, parava para contemplar a imensa seringueira. Gostou de ver a rvore amaznica no centro de So Paulo, mas nunca mais a mencionou."

    (HATOUM, Milton. "Dois irmos". So Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 44.)

    A partir de expresses constantes no excerto acima, que so de uso corrente na Geografia, e com base nos seus conhecimentos, assinale a(s) proposio(es) correta(s).

    01. As formaes de seringais so tpicas do Sudeste brasileiro, principalmente nas reas de ocorrncia do clima temperado continental.

    02. O crescimento e a expanso de algumas cidades deram origem s metrpoles. So consideradas metrpoles globais: So Paulo, Londres e Tquio.

    04. As inverses trmicas ocorrem bastante no sul do Brasil e em So Paulo, principalmente no perodo do inverno.

    08. As metrpoles regionais brasileiras polarizam extensas regies como Porto Alegre, Recife e Blumenau.

    16. O individualismo da sociedade contempornea, assim como ocorre em So Paulo e na maioria das reas urbanas do Brasil, apontado como a nica causa da violncia e agressividade dos seus elementos.

    GABARITO

    Unidade 1 1) a 2) b 3) 24

    Unidade 2 1) a 2) 38

    Unidade 3 1) 18 2) b

    Unidade 4 1) b 2) 13

    Unidade 5 e 6 1) V V F F F 2) 09 3) 23 4) d

    Unidade 7 1) d 2) b 3) b

    Unidade 8 e 9 1) a 2) c 3) d 4) a

    Unidade 10 1) d 2) b 3) a

    Unidade 11 1) a 2) d 3) b

    Unidade 12 1) d 2) c 3) 6