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XX 28 16/02/2012 2ª Edição * CNPG defende poder de invesgação do Ministério Público - p.06 *MP reivindica área do fórum - p.01

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XX 28 16/02/2012

2ª Edição

* CNPG defende poder de investigação do Ministério Público - p.06

*MP reivindica área do fórum - p.01

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Por Tribuna

Foi adiada para março, com a anuência de todos os vereadores, a votação das mensagens do Executivo com os termos de doação de uma área localizada no Terreirão do Samba para a construção do novo Fórum da comarca de Juiz de Fora.

O impasse quanto à matéria não está relacionado, porém, à divergência entre os parlamentares quanto condicionar ou não a aprovação do projeto à cessão do prédio do Fórum Benjamin Colucci, que pertence ao Governo de Minas, para servir como nova Câmara Municipal (o que não tem o apoio da atual Mesa Dire-tora).

Na verdade, o adiamento da discussão se deve à informação, divulgada ontem pelo vereador Isauro Calais (PMN), de que parte do terreno em questão já pertenceria ao Ministério Público (MP), com escritura registrada em cartório.

Promotores de Justiça estiveram ontem no Palácio Barbosa Lima pedindo o apoio do Legislativo para re-solver a questão, sem criar polêmica com o Judiciário.

“O Ministério Público tem o dinheiro para cons-

truir sua nova sede, o que só não foi feito ainda porque estava aguardando a decisão para onde iria o Fórum, para que ficassem próximos.

Só que a área que está sendo doada para o Fórum engoliu o terreno do Ministério Público”, declarou Ca-lais. “Por isso, peço que a mensagem não seja incluída na pauta de sexta-feira, porque é só nesse dia que os promotores terão uma reunião com o prefeito Custódio Mattos (PSDB) para resolver o problema e redefinir as áreas.

” A discussão não deve enfrentar entraves do Exe-cutivo, já que nenhum vereador da base, incluindo as lideranças governistas, opôs-se ao adiamento da men-sagem. A assessoria da PJF confirmou a reunião do pre-feito com os promotores amanhã.

PRÉ-CARNAVAL I

Professor condena evento na praça

Benjamin RabelloBelo Horizonte

“É lamentável estarmos andando de marcha à ré. De-pois de longos anos, sabiamente a administração munici-pal retirou, a duras penas, a tradicional feira de artesanato da Praça da Liberdade, levando-a para o quarteirão fe-chado do Colégio Arnaldo. Nos dois espaços a destruição de árvores e morte das palmeiras era visível. Finalmente, foi transferida para três quarteirões da Avenida Afonso Pena, onde vem funcionando perfeitamente. Por iniciati-va de uma grande mineradora toda a praça foi refeita e é mantida com suas flores e palmeiras, muitas transplanta-das. Vi na primeira página do EM de 14/2 uma indesejá-vel foto do gramado da praça, completamente destruído. Infelizmente, a administração falhou. Foram anos para chegar ao exitoso trabalho de recuperação da praça, local de lazer de muitos belo-horizontinos. Em poucas horas tudo foi destruído por uma multidão de foliões. Por que não fizeram o tal Monobloco na Praça da Estação? Rogo que, em situações idênticas, não errem mais, pois o resul-tado é devastador.”

PRÉ-CARNAVAL II

Folião pede apoio para festas populares

Ricardo Starling de MatosBelo Horizonte“A repercussão da matéria publicada no Portal Uai

sobre o cancelamento do bloco pré-carnavalesco Santo Bando é um exercício de democracia. Das 26 opiniões registradas no portal, 24 foram a favor, uma foi contra e uma se absteve. Sobrou para todo mundo: prefeitura, polícia, bombeiros, Ministério Público e até para os pro-motores de festas. Para os eventos populares em BH há legislação específica e procedimentos técnicos estabe-lecidos: obtenção de alvará, licença do Corpo de Bom-beiros, autorização junto à BHTrans etc. Vencidas essas exigências, é legítimo realizar a festa. Cabe ao Ministério Público monitorar se as normas foram cumpridas e se o poder público deu sua contrapartida. No caso das festas populares em BH, a ordem estabelecida está sendo in-vertida: como não há planejamento, o MP se adianta aos demais órgãos e cria novas regras específicas para cada evento, usando critérios próprios. Decide até quem deve, ou não, obter alvará. Dessa forma ninguém se entende. É inviável legalizar qualquer evento que não tem a simpatia oficial. As festas genuinamente populares serão extermi-nadas uma a uma. A sociedade precisa discutir essa nova situação. Se quer ter, ou não, as festas populares.”

tRIbuNA de mINAs - ON LINe -16.02.2012

MP reivindica área do Fórum

estAdO de mINAs - P. 6 - 16.02.2012CARtAs à RedAçãO

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bANdO dA deGOLA

Julgamento adiadoestAdO de mINAs – P. 42 – 16.02.2012

O julgamento do estudante de direito Arlindo Soares Lobo (foto), acusado de integrar o Bando da Degola, foi adiado pela terceira vez.

O júri popular estava marcado para ontem, mas o advo-gado dele, Marco Antônio Siqueira, informou que na terça-feira foi anexado um laudo pericial da Polícia Civil ao pro-cesso e ele ficaria impedido de fazer a defesa sem conhecer o conteúdo do documento. Assim, o julgamento foi remarcado

para 10 de maio. O promotor Francisco Santiago disse estar “indignado” com a decisão e acredita que o adiamento é uma manobra da defesa para tentar absolver o réu. Arlindo Soa-res é acusado de envolvimento na morte e decapitação de dois empresários no Bairro Sion, Região Centro-Sul de BH.

O crime ocorreu em abril de 2010 e no ano passado um dos oito acusados, o ex-cabo Renato Mozer foi condenado a 59 anos de prisão em regime fechado.

O temPO – ON LINe – 16.02.2012Justiça.Investigadores exigiram R$ 3.000 de prostituta para não prendê-la

Policiais que extorquiram são exoneradosDA REDAÇÃOTrês policiais civis foram exonerados e um quarto teve a apo-

sentadoria cassada, após extorquirem uma garota de programa em R$ 3.000. A mulher ainda foi ameaçada de prisão, injustamente, por tráfico de drogas.

A condenação foi da 7ª Câmara Criminal, que manteve deci-são de primeira instância. De acordo com o processo, em fevereiro de 1999, dois detetives e um carcereiro entraram em um quarto de hotel, no centro da capital, que estava ocupado pela mulher. O pretexto era realizar uma busca por entorpecentes. Um deles se dirigiu diretamente a uma lixeira e tirou de lá um saco plástico com cocaína. Detiveram, então, a mulher e um homem que estava

com ela no quarto.A garota de programa e o homem foram levados para a De-

legacia Especializada em Crimes contra o Patrimônio. Os dois fo-ram colocados em uma sala, onde um outro detetive começou a intermediar a exigência da quantia de R$ 5.000, sob a ameaça de colocar a mulher numa cela. Com o auxílio de amigos e familiares, em dois dias, ela conseguiu entregar aos policias R$ 3.000 e foi liberada.

Na condenação, a Justiça levou em consideração os relatos dos familiares. Os quatro policiais foram condenados a quatro anos e dois meses de prisão em regime semi-aberto e ao pagamen-to de multa.

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O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Mi-nistério Público dos Estados e da União (CNPG) defende que o Ministério Público mantenha o direito de investigar infrações penais, na busca da elucidação do crime e do seu autor. Com isso, posiciona-se contrariamente à Proposta de Emenda à Constituição nº 37/2011, em tramitação na Câma-ra de Deputados, que dispõe que a apuração das infrações penais incumbe privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal (...).

O CNPG, que reúne os chefes de todos os MPs esta-duais e da União, entende que o Ministério Público deve e pode continuar realizando atos de investigação criminal, ainda que em caráter supletivo, ou seja, complementarmen-te às investigações feitas pelas polícias.

Aliás, essa interpretação vem sendo manifestada, rei-teradamente, tanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em suas decisões, reconhecem ser lícito ao Ministério Público ins-taurar, sob sua presidência, procedimento de investigação criminal. Além disso, a matéria também já foi regulamen-tada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por in-termédio da Resolução 12/2006, que segue a jurisprudência das duas Cortes.

O CNPG defende que a polícia e o Ministério Público continuem a atuar integrados no combate ao crime; parce-

ria que tem dado certo e proporcionado vitórias expressivas no combate à criminalidade em diversos estados brasileiros. São numerosos os casos em que a atuação conjunta entre as duas instituições propiciou o desmantelamento de quadri-lhas de traficantes, milicianos e outros criminosos de igual ou pior periculosidade.

“Se essa nova lei for aprovada, vai causar dois pro-blemas: um para o futuro, porque o MP ficará impedido de investigar e o outro, porque vai extinguir uma série de in-vestigações, uma série de processos importantes que estão tramitando nos tribunais e que foram feitas exclusivamente pelo MP. Consequentemente levará à impunidade. O Minis-tério Público não pretende tomar para si as investigações genericamente. O MP quer continuar atuando paralelamente ou em conjunto com as Polícias, tendo direito a investigar em alguns casos que são importantes” destaca o presidente do CNPG, Cláudio Lopes.

“Quero crer que o nosso Congresso Nacional, conhe-cendo melhor a questão, com aprofundamento, com amadu-recimento, não vai deixar que essa proposta vigore porque ela é contrária aos interesses da população”, afirma Cláudio Lopes, que também é Procurador-Geral de Justiça do Rio de Janeiro.

Fonte: MP/PI - Repórter: Ascom ([email protected])

Um comerciante preso na posse de medicamentos originários do Paraguai, sem registro na Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi condenado por tráfico internacional de entorpecentes e não pela prática de condutas previstas no Código Penal, que têm penas mais graves e que foram indicadas pelo Ministé-rio Público Federal.

O juiz Ivorí Scheffer, da 2ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, considerou que a punição prevista no Código Penal é desproporcional à gravidade dos fatos e aplicou, por analogia, a legislação sobre tóxicos vigen-te à época dos fatos — junho de 2008 —, favorável ao réu. A pena foi estabelecida em dois anos e seis meses de prestação de serviços comunitários, que também é metade do mínimo legal, multa e prestação pecuniária. Da sentença, cabe recurso.

“Quanto à natureza do produto que estava em sua posse, reputo que a potencialidade lesiva à saúde públi-ca é menor do que entorpecentes como a cocaína ou o crack, por exemplo”, entendeu Scheffer.

O réu foi preso com 599 comprimidos de cinco me-dicamentos diferentes, quatro sem registro e um falsifi-

cado. A conduta corresponderia ao delito que o Código Penal define como “ter em posse para a venda” (de pro-duto ilegal destinado a fins terapêuticos ou medicinais), cuja pena é de 10 anos de reclusão. Com a aplicação, por analogia, da Lei de Tóxicos, o crime seria equiva-lente a tráfico de drogas ilícitas, cuja pena mínima é de cinco anos. O juiz citou precedente do Tribunal Regio-nal Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.

“A evidente desproporcionalidade da pena mínima cominada no tipo penal (do CP) é, no caso concreto, motivo bastante para que se afaste a sua aplicação”, afirmou Scheffer. Para estabelecer a pena final, o juiz observou que o réu é “pessoa não voltada à prática de-lituosa, que possui ocupação lícita e labora juntamente com sua família, incentivando-a ao trabalho”.

O réu deverá pagar multa de três salários-mínimos e prestação pecuniária de meio salário-mínimo por mês, durante o tempo da prestação de serviços. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Fe-deral em Santa Catarina.

Revista Consultor Jurídico, 15 de fevereiro de 2012

O dIA - PI - CONAmP - 16.02.2012

CNPG defende poder de investigação do Ministério Público Nova lei poderá impedir MP de investigar crimes

CONsuLtOR JuRídICO - sP - CONAmP - 16.02.2012

Juiz aplica Lei de Tóxicos para posse de remédio ilegal

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Dalmo Ribeiro Silva Diante dos casos alarmantes que trouxeram à tona,

mais uma vez, a proteção da mulher na sociedade, não há mais o que esperar. A repercussão do brutal assassinato da procuradora da União Ana Alice Moreira de Melo, de 35 anos, assim como o caso da empresária do segmento de moda Karina Angélica Mayer de Almeida, de 32 anos, que abateu toda a sociedade, nos faz refletir acerca do crescimento dos crimes contra a mulher no Brasil. Muito se discute em torno da Lei Maria da Penha e sua aplica-bilidade. Sua criação, em 2006, com o objetivo de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, não foi suficiente para inibir a prática desse tipo de crime. Se a lei fixa um prazo de 48 horas para o cumprimento de medidas protetivas, por que, então, há tantos assassinatos de mulheres, mesmo com a proteção da lei?

Uma das explicações pode ser a baixa efetividade na aplicação da Lei Maria da Penha, que faz com que a falta de expectativa por parte da mulher, em receber a proteção do Estado, desincentive, em muitos casos, a procura por órgãos públicos. A demora da Justiça em apreciar cada recurso também contribui para que a aplicabilidade da lei seja questionada. Enquanto isso, as mulheres ameaçadas ficam vulneráveis, temendo as ações dos agressores.

As estatísticas apontam que, até domingo passado, 992 solicitações de medidas protetivas foram registradas

na Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, mé-dia de 27,5/dia. Já no primeiro semestre do ano passado foram 4.202 pedidos, média diária de 23,2. O total de requerimentos feitos até dia 5 representa quase um quar-to das solicitações dos primeiros seis meses de 2011. Se temos em vigência a Lei Seca, que tanta publicidade faz ao combate de bebidas alcoólicas aliadas à direção de veículos, precisamos, com certeza, fazer gestões fortes e firmes quanto à Lei Maria da Penha, conscientizando toda a sociedade na proteção da vida e da própria famí-lia.

Assim, tendo que a Assembleia Legislativa de Mi-nas não pode ficar ausente desse triste e preocupante tema, precisamos, também, dar nossa contribuição, fa-zendo com que a Casa acompanhe o aumento da crimi-nalidade contra a mulher, por meio da comissão especial que propus para discutir o tema, com a participação das delegacias especializadas e do núcleo de pesquisa so-bre a mulher da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo é colocar o tema em debate, ouvir, apresentar sugestões buscando a diminuição desse altís-simo índice de violência, pois nos causa espanto o au-mento desse tipo de crime contra a mulher. Queremos a fiscalização severa, para que a Lei Maria da Penha possa coibir crimes brutais, como os tristes casos que estamos acompanhando diariamente em nossos noticiários.

Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem projeto de lei que torna obrigató-rio trafegar com faróis baixos ligados durante o dia em ro-dovias e túneis iluminados. Votada em caráter terminativo, a matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados. Se o projeto for aprovado sem alterações na outra Casa, se-guirá à sanção presidencial e terá um prazo de 100 dias para entrar em vigor.

“O uso de faróis acesos no período diurno é um elemen-to fundamental para a segurança do trânsito, porquanto an-tecipa a visualização do veículo a uma distância maior”, ar-gumentou o autor do projeto, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O parlamentar acrescentou que já há uma recomendação do próprio Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre essa necessidade. No entanto, Eunício Oliveira ressaltou a neces-sidade de transformar essa “recomendação” em norma legal,

a ser incorporada no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).LEI EM VIGOR Em Minas Gerais, a Lei Estadual nº

12.558, em vigor desde 1997, torna obrigatório o uso de fa-rol baixo para veículos em trânsito nas rodovias do estado mesmo durante os dias claros. A justificativa para aprovação da lei foi a melhoria da visibilidade tanto para motoristas quanto para pedestres, tornando mais seguras as viagens. Desde então, dados da Polícia Rodoviária Estadual com-provam uma redução no número de acidentes e também de pedestres vitimados.

Com a experiência bem-sucedida, estados como São Paulo e Rio de Janeiro também adotaram a regra. Outro exemplo é a Suécia, que era recordista em desastres automo-bilísticos e passou a ser um modelo de segurança no trânsito a partir da determinação de obrigatoriedade de faróis acesos durante o dia.

ObRIGAtORIedAde Senado aprova faróis acesos durante o dia Projeto de lei tem o objetivo de garantir melhor visibilidade dos

veículos e, com isso, mais segurança aos seus ocupantes nas estradas do país.

Texto segue para avaliação da Câmara

estAdO de mINAs – 16.02.2012

estAdO de mINAs – P. 7 – 16.02.2012em defesa da mulher

É preciso dar à Lei Maria da Penha atenção igual à da Lei Seca Deputado estadual pelo PSDB, vice-líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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