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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO CABO BRANCO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
IGOR SOARES LEAL
ANÁLISE TÉCNICA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM
EDUCATIVA ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE EXTINTORES DE
INCÊNDIO AUTOMOTIVOS POR ALUNOS
DE AUTOESCOLAS.
JOÃO PESSOA
2011
2
IGOR SOARES LEAL
“ANÁLISE TÉCNICA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM
EDUCATIVA ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE EXTINTORES DE
INCÊNDIO AUTOMOTIVOS POR ALUNOS
DE AUTOESCOLAS.”
Projeto de Pesquisa destinado à
disciplina Trabalho de Conclusão do
Curso de Formação de Oficiais
Bombeiros Militares. Em atendimento
às exigências de avaliação
acadêmica.
Orientador:
JOÃO PESSOA
2011
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVOS 6
2.1 OBJETIVO GERAL 6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6
3. REFERENCIAL TEÓRICO 7
3.1 CONCEITO E COMPORTAMENTO DO FOGO 7
3.2 CAUSAS DO INCÊNDIO 7
3.3 CLASSES DE INCENDIO 8
3.4 AGENTES EXTINTORES E TÉCNICAS DE EXTINÇÃO 9
3.5 EXTINTORES DE INCÊNDIO 11
3.6 INCENDIOS EM AUTOMÓVEIS 11
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 14
5. CRONOGRAMA 16
6. BIBLIOGRAFIA 17
APÊNDICE
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1. INTRODUÇÃO
O incêndio é a ocorrência do fogo descontrolado e sua própria semântica
representa uma situação de terror, no imaginário da sociedade. Esse tema sempre
atrai a atenção de muitos e, quando pensamos que esse incidente pode envolver
automóveis, a gravidade da situação aumenta.
A partir do século XIX, com o advento dos primeiros automóveis, as pessoas
têm nesses meios de transporte opção de comodidade, segurança e rapidez em
pequenos e grandes deslocamentos. Entretanto, essas vantagens têm seu preço.
No Brasil, milhares de pessoas são vítimas de incêndios automobilísticos
anualmente pelo uso desse tipo de transporte, que está longe de ser o mais
eficiente, e longe de ser o mais seguro. Segundo estatística do Comando do Corpo
de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em 2005 o fogo em
veículos foi responsável por 3.638 ocorrências, ou 10 veículos por dia, em média. No
Rio de Janeiro, a média é de 6,2 veículos por dia, segundo Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Rio de Janeiro. Na Grande João Pessoa (João Pessoa, Bayeux
e Cabedelo), estatísticas do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba,
mostram que na primeira metade do ano corrente, ocorreram 35 incêndios em
automóveis. Esses dados demonstram a importância das pessoas saberem lidar
com esse tipo de circunstância.
O risco de incêndio em automóveis está presente porque não há uma seleção
adequada dos materiais constituintes de um veículo, são utilizados materiais
combustíveis (plásticos, borrachas, conduítes, painéis, bancos, tapetes e puxadores
das portas) e porque o controle de qualidade destes materiais, realizado com base
no índice de propagação de chamas de 250 milímetros por minuto, não é rigoroso o
suficiente para determinar a segurança contra incêndios. Além disso, a grande
maioria dos automóveis é alimentada por gasolina, um combustível inflamável e
seus reservatórios representam um risco iminente, em caso de colisão ou
vazamento. Estes produtos inflamáveis presentes nos carros podem ter ignição a
partir de um curto-circuito ou falha elétrica e, conseqüentemente, podem terminar
provocando um princípio de incêndio. Ainda mais, a parte interna de um automóvel é
um ambiente fechado, uma estufa com janelas de vidro, tornando um possível
incêndio, uma situação de pânico para a maioria da população.
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No Brasil, de acordo com o CTB (Código de Transito Brasileiro) em seu artigo
105º, o extintor de incêndio é um equipamento de segurança, assim como o cinto,
obrigatório em veículos automotores. A Resolução nº 157 de 22 de abril de 2004 do
CONATRAN (Conselho Nacional de Transito) estabeleceu mudanças nos extintores
veiculares, que agora são adequados para extinção de princípios de incêndio das
classes A, B e C e antes eram apenas eficientes para as classes B e C. Assim, é
observado que há uma preocupação tecnológica e regulamentar acerca dos
extintores de incêndios automotivos, equipamentos que se utilizados corretamente
reduzem os riscos para passageiros, preservando a vida humana e evitando danos
maiores ao patrimônio.
Analisando esse contexto, diante do número elevado de ocorrências de fogo
em veículos, dos riscos que as pessoas têm ao lidarem com essas situações, da
obrigatoriedade legal dos extintores de incêndio em automóveis, será que as auto-
escolas (Cursos de Formação de Condutores) estão ministrando conhecimentos
técnicos – operacionais suficientes aos alunos para que eles possam extinguir, com
segurança, um princípio de incêndio em seus próprios carros, como também,
realizarem a manutenção correta de um extintor de incêndio a fim de mantê-lo em
boas condições de uso? Esse trabalho irá propor as diretrizes para que essa
questão e outras sejam estudadas de forma estatística.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o plano pedagógico técnico - operacional de algumas autoescolas
(Cursos de Formação de Condutores) sediadas em João Pessoa – PB, acerca da
utilização de extintores de incêndio automotivos, previstos na resolução Nº 157, de
22 de abril de 2004 do CONTRAN.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Observar se os alunos possuem conhecimentos técnicos suficientes para o uso
de extintores de incêndio automotivos;
- Investigar se os alunos sabem e se sentem seguros ao utilizar um extintor de
incêndio;
- Analisar se os alunos sabem realizar a manutenção correta de um extintor de
incêndio a fim de mantê – lo em boas condições de uso.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 CONCEITO E COMPORTAMENTO DO FOGO
A combustão é uma reação química exotérmica (ocorre liberação de calor),
envolvendo combustível e um comburente. De forma geral, mas não
necessariamente, a reação é associada a uma oxidação do combustível pelo
oxigênio presente na atmosfera em aproximadamente 21%. A combustão da fase
gasosa do combustível é chamada de chama. (MCKINNON, 1976). De acordo com
Castro (2005), para que exista fogo são necessários três elementos e uma reação:
combustível, comburente, calor e reação em cadeia.
Combustível é todo material capaz de queimar e alimentar a combustão. È o
campo de propagação do fogo. Os combustíveis podem ser sólidos (borracha,
tecidos, madeira), líquidos inflamáveis ou gasosos. Comburente é o elemento
químico da atmosfera que alimenta o processo de combustão, possibilitando vida às
chamas e intensificando o fogo. O mais comum é o oxigênio, mas existem outros
gases. O calor é a condição favorável causadora da combustão e uma forma de
energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através
de processo físico-químico. A reação em cadeia é a queima auto-sustentável, a
união dos três itens (combustível, comburente, calor), gerando uma reação química.
Quando o calor emitido das chamas atinge o combustível este é decomposto em
partículas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiam outra
vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.
Para que o incêndio não se intensifique é fundamental eliminar um dos quatro
elementos, contudo o que geralmente ocorre é a eliminação do comburente principal
(oxigênio).
3.2 CAUSAS DO INCÊNDIO
Segundo Gomes (1998, p. 25), as principais causas de um incêndio são:
I - CAUSAS FORTUITAS
- Ponta de cigarro ou fósforo incandescente, largada em cesto ou lata de lixo;
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- Tomada elétrica sobrecarregada;
- Pano impregnado com álcool, éter, gasolina, cera, querosene e outros inflamáveis,
guardados sem o menor cuidado;
- Fio elétrico energizado, sem isolamento ou desprotegido, em contato com papel,
tecido ou outro qualquer material combustível e equipamento elétrico funcionando
irregularmente, apresentando alta temperatura e/ou formação de centelhas;
II - CAUSAS ACIDENTAIS - Vazamento de líquido inflamável em área de risco. Os combustíveis líquidos são
influenciados pela área da superfície exposta. Isto significa que num vazamento,
com espalhamento do líquido, haverá uma área de fogo maior, portanto um incêndio
maior, em dimensão e temperatura, porém de menor duração;
- Concentração de gás inflamável em área confinada. Num ambiente fechado a
combustão depende da quantidade de ar disponível que é sempre insuficiente para
o desenvolvimento pleno do incêndio. Portanto, torna-se necessário buscar o ar
externo, e a quantidade do ar externo que entra depende das aberturas existentes
nesse ambiente.
- Curto circuito em aparelho elétrico energizado ou em fiação não isolada
adequadamente;
- Combustão espontânea e eletricidade estática.
O incêndio ocorre quando o fogo se torna incontrolável, provocando prejuízos
ao patrimônio, a integridade física das pessoas e a própria vida.
3.3 CLASSES DE INCÊNDIOS
As normas criadas pela NFPA - National Fire Protection Association (Estados
Unidos) adotada pelas IFSTA - Associação Internacional para o Treinamento de
Bombeiros (Estados Unidos), ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
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(Brasil) e os Corpos de Bombeiros Militares do Brasil classificaram os incêndios para
saber qual o melhor extintor a ser empregado em determinado tipo de incêndio. De
acordo com estas normas, os incêndios são classificados em quatro classes:
- Classe “A”: Fogo em materiais combustíveis sólidos de fácil combustão, como
madeira, celulósicos (papel, papelão), tecido, borracha, lixo e similares. Caracteriza-
se pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos, sendo que a queima se dá na
superfície e em profundidade.
- Classe “B”: Incêndio em líquidos inflamáveis ou combustíveis, como óleo, gasolina,
graxas, gases combustíveis, querosene, entre outros. Este tipo não deixa resíduos e
queima apenas à superfície exposta.
- Classe “C”: Fogo em material e equipamentos energizados, caracterizado pelo
risco de vida que oferece (motores, quadros de força, aparelhos de ar
condicionados, televisores, rádios e similares). Ao ser desligado o circuito elétrico, o
incêndio passa a ser de classe A.
- Classe “D”: Incêndio em metais combustíveis, que se inflamam facilmente como
magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio,
sódio e zircônio. Ele tem como característica a queima em altas temperaturas e
reage com agentes extintores comuns principalmente se contém água.
A classificação dos incêndios está diretamente correlacionada com o perigo
que o homem corre diante do sinistro e são classificados de acordo com os materiais
neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação
determina a necessidade do agente extintor adequado.
3.4 AGENTES EXTINTORES E TÉCNICAS DE EXTINÇÃO
Agente extintor é todo material que em contato com o fogo, recebe influência
na sua química, promovendo uma descontinuidade em um ou mais elementos do
quadro, alterando as condições para que haja fogo.
Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos
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ou gasosos e existe uma variedade muito grande deles. Os agentes extintores são:
água, areia, gases inertes, líquidos voláteis, espuma, pós-químicos e líquidos
umectantes.
O principal agente extintor é a água, mais utilizada nos incêndios com fogo
em materiais de fácil combustão: madeira, celulósicos, borracha, lixo e similares
(Classe A).
Outro agente extintor é a espuma utilizada nos incêndios com fogo em
matérias sólidas de combustão predominantemente superficial e em líquidos
inflamáveis como óleo, gasolina, gases combustíveis, entre outros. (Classes A e B).
O pó químico seco é uma mistura usada como agente extintor de incêndios
principalmente para extintores portáteis. As substâncias mais comumente utilizadas
são o bicarbonato de sódio e mais recentemente o fosfato de monoamônia.
(MCKINNON, 1976) São muito eficientes para combate a incêndios em líquidos
inflamáveis e para alguns tipos de equipamentos elétricos. (MCKINNON, 1976) Não
apresentam toxicidade apesar de causarem temporariamente dificuldade na
respiração. (MCKINNON, 1976) E interferirem na visibilidade. (MCKINNON, 1976) O
fosfato de monoamônia tem se mostrado mais eficiente do que os outros compostos,
além de ser eficaz para fogos de classe A, B e C ao contrário de outros compostos
eficazes somente para as classes B e C. (MCKINNON, 1976)
O gás carbônico (CO2) é um agente extintor muito utilizado nos incêndios das
classes A, B e C (material e equipamentos energizados: motores, quadros de força,
televisores, rádios e similares).
Gases Nobres limpos são utilizados nos incêndios de classes: A, B e C.
Os agentes extintores atuam, reprimindo a reação de um ou mais
componentes do fogo (combustível, comburente e calor), por três formas distintas:
resfriamento, abafamento e isolamento. O resfriamento consiste em diminuir a
temperatura do material combustível que esta queimando, diminuindo,
conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. O abafamento é o
método de extinção mais indicado, pois consiste em impedir ou diminuir o contato do
comburente com o material combustível. O isolamento ou retirada do material
combustível é o método mais simples de se extinguir um incêndio, baseia-se na
retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo.
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3.5 EXTINTORES DE INCÊNDIO
Extintores de Incêndios são equipamentos destinados ao combate imediato
de pequenos focos de incêndio através da ejeção de determinados tipos de agentes
extintores, pois seus pequenos volumes mantêm a condição fácil de transporte e
uso.
A finalidade dos extintores é facilitar o combate imediato e rápido a pequenos focos de fogo, não devendo ser considerados como substitutos de sistemas de extinção mais complexos, mas sim, como equipamento adicional que deve ser usado para eliminar os princípios de incêndios no estágio inicial, antes mesmo que se torne necessário lançar mão de maiores recursos. (AMORIM, 1978, p. 83)
Só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas
brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia,
Normatização e Qualidade Industrial - INMETRO. Cada extintor deve ser
inspecionado visualmente a cada mês, examinando - se o aspecto externo, lacres,
manômetros quando for do tipo pressurizado e verificando se o bico e as válvulas de
alívio não estão entupidos. Devem possuir uma etiqueta de identificação presa ao
seu corpo, com data em que foi carregada, a data para recarga, se for do tipo
recarregável e número de identificação. Esta etiqueta deve ser protegida, a fim de
evitar que seus dados se danifiquem.
Há vários tipos de extintores, cada um contendo uma substância diferente que
serve para classes de incêndios (A, B, C ou D) diferentes, como também, agregam
eficiencia em mais de uma classe de incêndio (AB, BC ou ABC). Os mais comuns
são: água pressurizada, dióxido de carbono e pó químico seco (PQS).
Os automóveis brasileiros, após a alteração ocorrida em 2002 pela resolução
nº 157 do CONTRAN, devem portar um extintor de PQS do tipo ABC descartável, ou
seja, apropriado para extinção de incêndio das classes A,B e C com validade de 5
anos (teste hidrostático) e que não pode ser recarregado.
3.6 INCÊNDIOS EM AUTOMÓVEIS
As auto-escolas (Centros de Formação de Condutores) como entidades
responsáveis pelo ensino, são incumbidas de ministrar os conhecimentos
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necessários para que os motoristas possam não só dirigir um veículo com
segurança, mas também, possam agir em situações inesperadas, como por
exemplo, um acidente automobilístico ou um incêndio automotivo. Assim como o
cinto de segurança, o encosto de cabeça, o retrovisor direito e outros itens de
segurança, o extintor de incêndio pode salvar vidas. Por este motivo, ele é um item
obrigatório desde 1968.
Para uma melhor eficiência dos extintores de incêndio, o motorista deve
seguir um protocolo necessário para que o risco a vida humana não ocorra e nem
acidentes durante o uso dos extintores:
- Aproximação cuidadosa, para que não ocorra nenhum risco;
- O posicionamento é fundamental, pois o vento deve ser um aliado e o movimento
do jato deve ser em forma de leque para abranger todo o corpo do foco;
- Deve-se verificar cuidadosamente se existem focos menores de incêndio ou se já
cessaram definitivamente;
- Os extintores de incêndios automotivos como já foi dito, são descartáveis, isto é,
tem validade de 5 anos (período em que o teste hidrostático deve ser refeito) e são
descartados ao serem utilizados , ao contrário dos extintores com carga superior a 1
kg, que são recarregados anualmente. A semelhança entre os dois tipos, é que deve
ser feita uma inspeção mensal, analisando basicamente a validade, avarias
externas, o lacre e a pressão do manômetro.
Outras orientações que os motoristas devem ter conhecimento ao lidarem
com princípios de incêndio em automóveis é que:
- Fumaça branca e sem cheiro é vapor de água e indica que o veículo está com
problema no radiador. Fumaça escura e com cheiro forte é princípio de incêndio.
- Se o fogo está no motor, o capô não deve ser totalmente aberto. Isso facilitaria a
entrada de comburente (oxigênio) aumentando o fogo.
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- Estacionamento em local seguro, e retirada dos passageiros, deixando – os em
uma distancia de segurança de 5 m a 10 m;
- Controle psicológico: manutenção da calma;
- Retirada do extintor do suporte e rompimento do lacre para liberação da válvula.
- Manutenção do extintor sempre na posição vertical;
- Caso o fogo seja parte do motor, através de uma pequena abertura do capô,
aplicar parte do conteúdo do extintor para abafar o fogo e abrindo lentamente o
capô, localizar o foco do incêndio e eliminá – lo por completo.
O treinamento é sempre referido nas investigações de acidentes como
medida preventiva e é imprescindível conscientizar a sociedade para o grande
perigo dos incêndios, despertar o interesse para ações preventivas em todos os
ambientes e com todos os bens susceptíveis em princípio de incêndio combatíveis
por meio de extintores portáteis. A informação à população é imprescindível, através
da mídia e de forma abrangente dos perigos que ela corre em virtude da não
conscientização de como prevenir contra incêndios. Um dos primeiros e mais
importantes passos é a informação e as autoridades precisam divulgar os
procedimentos básicos para enfrentar princípios de incêndios.
Portanto, em matéria de principio de incêndio em automóvel nos cursos de
formação condutores, o motorista deve: conhecer as características do extintor a ser
utilizado, fazer inspeção mensal e ser treinado e orientado acerca do procedimento
básico para extinção do fogo. Os dados coletados através da pesquisa investigarão
os aspectos citados anteriormente e terão finalidade de concluir se a população em
amostra tem condições seguras de defenderem suas próprias vidas e seus
patrimônios.
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta do projeto de pesquisa pretende investigar os conhecimentos
ministrados sobre extintores de incêndio por autoescolas, através de questionários
(Anexo I) e da observação direta do acionamento desses equipamentos (Anexo II),
cujo objetivo é analisar de forma quanti - qualitativa a utilização técnica operacional
de extintores de incêndio por pessoas que acabaram de concluir o Curso de
Formação de Condutores, consistindo assim, em uma pesquisa de campo.
Os questionários contem 8 (oito) assertivas, sendo 6 (seis) objetivas e 2
(subjetivas) e serão aplicados em 2 (duas) turmas de 2 (duas) autoescolas do bairro
dos Bancários, em João Pessoa – PB, perfazendo um montante de
aproximadamente 50 (cinqüenta) pessoas. Nesse instrumento de pesquisa serão
coletados dados estritamente estatísticos que irão avaliar temáticas básicas para a
utilização de extintores de incêndio automotivos com segurança, tais como:
componentes do fogo, classes de incêndio, validade do equipamento e
procedimentos para utilização de um extintor de incêndio em veículos. Serão
considerados bons desempenhos técnicos, aqueles que tiverem nota maior ou igual
a 6 (seis) e, serão considerados ruins desempenhos técnicos, aqueles que obterem
nota menor ou igual a 4 (quatro).
Dessa primeira avaliação, serão convocadas as 10 (dez) melhores e 10
(dez) piores notas para a segunda etapa. O teste de acionamento do extintor de
incêndio será aplicado nas 20 (vinte) pessoas. Nessa parte, será utilizada uma
situação hipotética e o indivíduo deverá utilizar seus conhecimentos para utilizar um
extintor de incêndio no veículo com segurança, sendo avaliados: segurança do
veículo e do (s) passageiro (s), rompimento do lacre de segurança, posição do
extintor ao ser utilizado, procedimento e distância de aplicação. Os dados obtidos
serão analisados e tabulados da seguinte forma: dos 10 (dez) melhores da primeira
fase (dos que tiveram um bom desempenho técnico), quantos conseguiram extinguir
um princípio de incêndio (bom desempenho operacional)? E dos 10 (dez) piores da
primeira fase (os que tiveram um ruim desempenho técnico), quantos conseguiram
extinguir um princípio de incêndio? Assim, serão observadas se as demonstrações
técnicas - operacionais da utilização de extintores de incêndio em automóveis aos
novos motoristas pelos Centros de Formação de Condutores (autoescolas) existem
e se são suficientes, cumprindo assim, o objetivo dessa pesquisa.
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É importante destacar que conforme a Resolução CNS (Conselho
Nacional de Saúde) nº 196/96 que define as diretrizes e normas regulamentadoras
de pesquisas envolvendo seres humanos, a pesquisa será executada sob a ótica do
indivíduo e das coletividades, observando quatro referenciais básicos da bioética:
autonomia, não-maleficência, beneficência e justiça. Portanto, irá assegurar os
direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da
pesquisa e ao Estado, tendo o participante da pesquisa, liberdade de participar ou
não, segurança de que não será identificado, liberdade de acesso aos dados do
estudo em qualquer etapa e segurança de acesso aos dados da pesquisa, conforme
Termo de Consentimento Esclarecido (APÊNDICE).
16 5. CRONOGRAMA
Fases da pesquisa Período
2011.2 2012.1
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
1. Elaboração do projeto de pesquisa
X X X X
2. Levantamento bibliográfico
X X X X X X X X
3. Coleta de Dados X X X X
4. Análise de Dados X X
5. Redação X
6. Defesa Pública X
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REFERÊNCIAS
MCKINNON, G. P.: TOWER, K. Fire Protection Handbook Boston: NFPA 14th
edition 1976.
CASTRO, Paulo José Manso de. A consciência da segurança contra incêndio.
Rio de Janeiro: Bombeiros em Emergência, 2005.
GOMES, Ary Gonçalves. Sistemas de prevenção contra incêndios. Rio de
Janeiro: Interciencias, 1998.
AMORIM, Walter Vasconcelos de. Manual de Prevenção e Combate a incêndio.
Brasília: Horizonte Editora, 1978.
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA
Esta pesquisa intitula – se “Análise técnica operacional: uma abordagem educativa acerca da
utilização de extintores de incêndio automotivos por alunos de autoescolas”, e está sendo
desenvolvida por Igor Soares Leal, sob a orientação do Profº ________________________________
Os objetivos da pesquisa são analisar o plano pedagógico técnico operacional de algumas
autoescolas (Cursos de Formação de Condutores) sediadas em João Pessoa – PB, acerca da
utilização de extintores de incêndio automotivos, previstos na resolução nº 157, de 22 de abril de
2004 do CONTRAN e assim, observar se os alunos possuem conhecimentos técnicos suficientes
para o uso de extintores de incêndio automotivos, investigar se sabem e se sentem seguros ao
utilizar um extintor de incêndio e analisar se sabem realizar a manutenção correta de um extintor de
incêndio a fim de mantê – lo em boas condições de uso e, têm por finalidade contribuir para a
conscientização das pessoas acerca da importância de terem alguns conhecimentos básicos sobre
extintores de incêndio automotivos e saberem manusear com segurança um equipamento portátil
contra o fogo em seus veículos.
A sua participação na pesquisa é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer
as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo (a) pesquisador (a). Caso decida
não participar da pesquisa, ou resolva desistir a qualquer momento, você não sofrerá nenhum dano,
prejuízo, nem haverá modificação na assistência que vem recebendo na Instituição.
Parte da pesquisa será a aplicação do teste de acionamento de um extintor de incêndio veicular e,
portanto, será desencadeado um principio de incêndio. Nessa fase, uma equipe de resgate e
emergência estará no local, caso ocorra algum tipo de acidente.
Para o desenvolvimento desta pesquisa serão executados os seguintes procedimentos:
Aplicação de questionário;
Realização do teste de acionamento do extintor de incêndio veicular. Nessa parte, será
utilizada uma situação hipotética e o senhor (a) deverá utilizar seus conhecimentos para
utilizar um extintor de incêndio no veículo com segurança, sendo avaliados: segurança do
veículo e do (s) passageiro (s), rompimento do lacre de segurança, posição do extintor ao ser
utilizado, procedimento e distância de aplicação.
Solicito sua permissão para que a entrevista seja gravada, se for o caso, como também sua
autorização para apresentar os resultado deste estudo em eventos científicos e publicar em revista
cientifica.
Será garantida a privacidade dos dados e informações fornecidas, que se manterão em caráter
confidencial. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em completo sigilo.
O pesquisador responsável estará à sua disposição para qualquer esclarecimento que considere
necessário, em qualquer etapa da pesquisa
Fica registrado, também, que tenho conhecimento de que essas informações, dados e/ou material
serão usados pelo (a) responsável pela pesquisa com propósitos científicos.
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Eu, _____________________________________________________________________________,
declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu consentimento para participar da pesquisa e
para publicação dos resultados. Estou ciente que receberei uma copia desse documento.
João Pessoa, _______ de _______________________ de __________
___________________________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa ou Responsável Legal
__________________________________________
Assinatura do Pesquisador
Endereço do pesquisador responsável: Rua Cel Francisco de Assis Veloso s/n – Mangabeira VII –
João Pessoa – PB Telefone para Contato: 83 8897 9137 E-mail: [email protected]
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ANEXO I
1. O fogo é uma reação de:
a) neutralização
b) adição
c) combustão
d) eliminação
e) síntese
2. Quais os componentes básicos do fogo?
a) oxigênio, fósforo e combustão
b) ar, combustível e calor
c) combustão, comburente e oxigênio
d) combustível, comburente e calor
e) ar, combustível e fósforo
3. Quais as três classes de incêndio existentes e seus respectivos materiais
combustíveis?
a) A (sólidos combustíveis), B (líquidos inflamáveis) e C (equipamentos elétricos)
b) A (líquidos inflamáveis), B (sólidos combustíveis) e C (equipamentos elétricos)
c) A (equipamentos elétricos), B (líquidos inflamáveis) e C (sólidos combustíveis)
d) A (sólidos combustíveis), B (equipamentos elétricos) e C (líquidos inflamáveis)
e) nenhuma das anteriores
4. Qual o tipo de extintor de incêndio obrigatório em automóveis previsto pela
Resolução nº 157/CONTRAN de 22 de abril de 2004?
a) AB recarregável
b) BC recarregável
c) BC descartável
d) ABC descartável
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e) ABC recarregável
5. Quantas vezes você leu o rótulo de informações do seu extintor de incêndio?
a) Uma vez
b) Duas vezes
c) Três vezes
d) Mais de três vezes
e) Nenhuma vez
6. Qual a validade do extintor de incêndio automotivo previsto pela Resolução nº
157/CONTRAN de 22 de abril de 2004?
a) Um mês
b) Um ano
c) Dois anos
d) Três meses
e) Cinco anos
7. O que significa o lacre de segurança de um extintor de incêndio?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
8. Seu veículo tem um princípio de incêndio na parte do motor, cite três
procedimentos de segurança para utilização do extintor de incêndio.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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ANEXO 2
PROCEDIMENTOS SIM NÃO
ESTACIONAMENTO EM LOCAL SEGURO
RETIRADA DOS PASSAGEIROS
RETIRADA DO EXTINTOR DE INCÊNDIO DO SUPORTE NO VEÍCULO
ROMPIMENTO DO LACRE DE SEGURANÇA PARA LIBERAÇÃO DA VÁLVULA
EXTINTOR NA POSIÇÃO VERTICAL
APLICAÇÃO DO AGENTE EXTINTOR NA BASE DO FOGO
CONSEGUIU EXTINGUIR O PRINCIPIO DE INCENDIO?