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Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 1 ANÁLISE DO DESEMPENHO OPERACIONAL E ECONÔMICO DA COLHEITA MECANIZADA EM UM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR [email protected] APRESENTACAO ORAL-Agropecuária, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentável JOSÉ VICTOR SALVI; MILTON PYLES DE OLIVEIRA; SÉRGIO R. FIORAVENTE FILHO; JERONIMO ALVES DOS SANTOS. ESALQ/USP, PIRACICABA - SP - BRASIL. Análise do Desempenho Operacional e Econômico da Colheita Mecanizada em um Sistema de Produção de Cana-de-Açúcar Grupo de Pesquisa: Agropecuária, Meio ambiente, e Desenvolvimento Sustentável. Resumo: A análise sobre a viabilidade econômico-financeira de projetos de mecanização da colheita mostra-se relevante ao atual contexto do setor sucroalcooleiro devido às exigências legais oriundos de fatores ambientais. O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro indica que no ano de 2010, 70% das áreas passíveis de mecanização da colheita não receberão a queima da palha, chegando à totalidade de 100% em 2014, tornando a colheita mecânica como obrigatória. O objetivo geral desta pesquisa é realizar, por meio de um estudo de caso, um projeto de dimensionamento operacional e econômico da colheita mecanizada de cana-de- açúcar em uma destilaria de etanol, visando atender o aumento do índice de mecanização da colheita exigido pelo Protocolo Agroambiental. Foi realizado um planejamento e caracterização dos conjuntos mecanizados para a colheita nas áreas do estudo de caso, por meio da definição do custo horário, tempo disponível, ritmo operacional e número de conjuntos. Em seguida foi elaborado um fluxo de caixa para a colheita mecanizada com o uso dos cenários propostos em função da produtividade média da lavoura. Posteriormente foram delimitados índices de rentabilidade, tais como a taxa interna de retorno, valor presente líquido e tempo de retorno do capital (payback) para os cenários propostos, e por fim a realização da análise de sensibilidade, em função da produtividade média da área em estudo. O projeto apresenta viabilidade econômica financeira para o cenário base com produtividade média de 90 t ha -1 , com o retorno do capital investido em 3,17 anos, TIR de 37% e RBC >1. Produtividades médias superiores tornam o projeto mais atrativo enquanto produtividades médias inferiores ao cenário base tendem a tornar o projeto inviável economicamente. Com esses resultados, a destilaria pode aplicar o projeto e atender as premissas do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro antes do prazo limite exigido para a mecanização da colheita da cana-de-açúcar. Palavras-chave: Dimensionamento sistemas mecanizados; viabilidade econômica financeira;

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  • Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administrao e Sociologia Rural

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    ANLISE DO DESEMPENHO OPERACIONAL E ECONMICO DA COLHEITA MECANIZADA EM UM SISTEMA DE PRODUO DE CANA-DE-ACAR [email protected]

    APRESENTACAO ORAL-Agropecuria, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentvel JOS VICTOR SALVI; MILTON PYLES DE OLIVEIRA; SRGIO R. FIORAVENTE FILHO; JERONIMO ALVES DOS SANTOS. ESALQ/USP, PIRACICABA - SP - BRASIL.

    Anlise do Desempenho Operacional e Econmico da Colheita Mecanizada em um Sistema de Produo de Cana-de-Acar

    Grupo de Pesquisa: Agropecuria, Meio ambiente, e Desenvolvimento Sustentvel.

    Resumo: A anlise sobre a viabilidade econmico-financeira de projetos de mecanizao da colheita mostra-se relevante ao atual contexto do setor sucroalcooleiro devido s exigncias legais oriundos de fatores ambientais. O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro indica que no ano de 2010, 70% das reas passveis de mecanizao da colheita no recebero a queima da palha, chegando totalidade de 100% em 2014, tornando a colheita mecnica como obrigatria. O objetivo geral desta pesquisa realizar, por meio de um estudo de caso, um projeto de dimensionamento operacional e econmico da colheita mecanizada de cana-de-acar em uma destilaria de etanol, visando atender o aumento do ndice de mecanizao da colheita exigido pelo Protocolo Agroambiental. Foi realizado um planejamento e caracterizao dos conjuntos mecanizados para a colheita nas reas do estudo de caso, por meio da definio do custo horrio, tempo disponvel, ritmo operacional e nmero de conjuntos. Em seguida foi elaborado um fluxo de caixa para a colheita mecanizada com o uso dos cenrios propostos em funo da produtividade mdia da lavoura. Posteriormente foram delimitados ndices de rentabilidade, tais como a taxa interna de retorno, valor presente lquido e tempo de retorno do capital (payback) para os cenrios propostos, e por fim a realizao da anlise de sensibilidade, em funo da produtividade mdia da rea em estudo. O projeto apresenta viabilidade econmica financeira para o cenrio base com produtividade mdia de 90 t ha-1, com o retorno do capital investido em 3,17 anos, TIR de 37% e RBC >1. Produtividades mdias superiores tornam o projeto mais atrativo enquanto produtividades mdias inferiores ao cenrio base tendem a tornar o projeto invivel economicamente. Com esses resultados, a destilaria pode aplicar o projeto e atender as premissas do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro antes do prazo limite exigido para a mecanizao da colheita da cana-de-acar.

    Palavras-chave: Dimensionamento sistemas mecanizados; viabilidade econmica financeira;

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    colhedoras de cana-de-acar

    Analysis of the Operation and Economic Performance Mechanical Harvest on Production System of the Cane Sugar

    Abstract: The analysis about of the economic and financial projects for mechanized harvest can be relevant to the context ethanol and sugar sector to legal requirements from environmental factors. The Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro indicates in 2010, 70% of the areas of mechanization harvest will not receive the traditional harvest, 100% of the total in 2014, it required a mechanical harvesting. The due is realized a project economic and operation of mechanized harvesting of cane sugar in at ethanol distillery. The project showed economic and financial viability with average productivity of the 90 t ha-1, the return on capital invested in 3.17 years, IRR 37% and RBC> 1. Higher average productivity make the project more attractive, on the other hand, the lower average productivity may make the project to be impracticable.

    Keywords: mechanized systems, economic viability, harvesters of sugar cane

    1 INTRODUO No processo de produo de cana-de-acar, a colheita se destaca em funo das dificuldades operacionais e pelos custos envolvidos (em torno de 30% do custo total de produo), seja ela conduzida de forma manual, semi-mecanizada ou mecanizada (RIPOLI et al., 2001). Nos ltimos anos, a colheita tem passado por uma fase de substituio do corte semi-mecanizado para o mecanizado devido aos fatores mo-de-obra e ambiental. O fator mo-de-obra se deve ao elevado custo de encargos trabalhistas no Brasil e a escassez de trabalhadores para atender a demanda crescente da produo de cana no pas. O fator ambiental deve-se s presses da sociedade, com a Lei Estadual n. 11.124 de 19/9/2002, que define a eliminao gradativa da queima da palha da cana, cuja prtica utilizada para aumentar a capacidade da colheita manual. Essa Lei tem um plano gradual de eliminao da queima, no Estado. A ausncia da queima da palha torna invivel economicamente o corte manual, tornando-se obrigatria a colheita realizada por colhedoras automotrizes (RIPOLI et al., 2001; SO PAULO, 2002). Em 2007, as usinas e os produtores do Estado de So Paulo assinaram voluntariamente o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro, que tem como destaque a antecipao dos prazos legais para o fim da colheita da cana-de-acar com o uso prvio do fogo nas reas cultivadas pelas usinas. Por esse Protocolo, no ano de 2010, 70% das reas passveis de mecanizao da colheita no recebero a queima da palha, chegando totalidade de 100% em

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    2014 (SO PAULO, 2007). Esses fatores acarretaram s usinas a realizao de estudos aprofundados em planejamento e dimensionamento da colheita mecanizada em suas empresas para o gerenciamento e/ou ampliao de sua frota agrcola destinada a essa operao. A partir do planejamento e dimensionamento, a anlise da viabilidade de projetos permite identificar as possibilidades econmicas decorridas do investimento e permitir ao tomador de deciso selecionar de forma racional a alternativa vivel (NORONHA, 1981).

    Desse modo, a anlise sobre a viabilidade econmico-financeira de projetos de mecanizao da colheita, mostra-se relevante ao atual contexto do setor sucroalcooleiro, sendo esse trabalho uma forma de analisar tal sistema de colheita.

    1.1 Objetivos O objetivo geral desta pesquisa realizar, por meio de um estudo de caso, um projeto de

    dimensionamento operacional e econmico da colheita mecanizada de cana-de-acar em uma destilaria de etanol, visando atender o aumento do ndice de mecanizao da colheita exigido pelo Protocolo Agroambiental. Especificamente, pretende-se:

    Realizao do planejamento e caracterizao dos conjuntos mecanizados para a colheita nas reas do estudo de caso, por meio da definio do custo horrio, tempo disponvel, ritmo operacional e nmero de conjuntos;

    Elaborao de um fluxo de caixa para a colheita mecanizada com o uso dos cenrios propostos;

    Delimitar ndices de rentabilidade, tais como a taxa interna de retorno, valor presente lquido e tempo de retorno do capital (payback) para os cenrios propostos;

    Realizao da anlise de sensibilidade, com a identificao e verificao do impacto de variveis chaves do projeto.

    2 REVISO BIBLIOGRFICA 2.1 Custos associados a mquinas agrcolas

    Noronha (1981) define custo como o somatrio dos insumos utilizados realizao de um servio ou operao, avaliado monetariamente. As mquinas agrcolas representam a viabilizao de sistemas de produo e uma parcela significativa na composio dos custos na atividade agrcola (MOLIN; MILAN, 2002; NORONHA; MIALHE; DUARTE, 1991). Segundo Veiga (2000) e Banchi et al., (1994) a utilizao de mquinas agrcolas pode representar de 20 a 40% do custo total de produo das culturas. Em cana-de-acar, o custo da operao de corte, carregamento e transporte da matria-prima para a usina representam 33,48% do custo total de produo da cana (MARQUES et al., 2009). Segundo American Society of Agricultural Engineers ASAE( (1999), as mquinas agrcolas apresentam um custo horrio, calculado pela somatria do custo fixo horrio e varivel. Milan (2004) define o custo operacional como a relao entre o custo horrio do equipamento ou conjunto e a sua capacidade de trabalho. Segundo o autor, por meio desse

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    indicador podem-se efetuar as comparaes entre diferentes sistemas mecanizados. Os custos resultantes do emprego de mquinas agrcolas so geralmente inseridos nos modelos de planejamento de mquinas, para o auxilio nas tomadas de deciso referentes seleo e ao dimensionamento do sistema mecanizado (SILVA, 2004).

    2.1.2 Modelos de dimensionamento de mquinas agrcolas

    No Brasil, uma avaliao das bibliografias voltadas para o desenvolvimento de modelos mostrou que no houve uma preocupao acentuada com a tcnica de seleo de sistemas mecanizados quando comparados ao que ocorreu nos Estados Unidos (MILAN, 2004). A grande maioria dos trabalhos foi realizada a partir da dcada de 90. Para o caso especfico da cana-de-acar, destacam-se os trabalhos de Banchi (1989), que realizou um planejamento da utilizao de uma frota de mquinas agrcolas, com o objetivo de determinar a soluo de mnimo custo com o auxlio de programao linear. De acordo com o autor, o modelo desenvolvido permitiu determinar os perodos de inatividade das mquinas agrcolas, facilitando decises relacionadas ao aluguel dos mesmos ou sua utilizao em outras exploraes agrcolas. Balastreire et al., (1990) utilizaram planilha eletrnica para analisar os custos das operaes agrcolas classificando-as em ordem de menor custo. Ambos os trabalhos, consideraram apenas uma parte do sistema de produo da cana, referente a mecanizao. O modelo emprico desenvolvido por Barboza et al. (1998) em planilha eletrnica determina o nmero de equipamentos necessrios e seus custos para uma propriedade agrcola, identificando os fatores crticos e estratgias para a reduo dos custos envolvidos com a mecanizao. Lopes e Milan (1998) analisaram os parmetros de maior influncia sobre o custo de carregamento, reboque e transporte de cana-de-acar, por meio da elaborao de um modelo em planilha eletrnica. Os autores concluram que o modelo foi capaz de avaliar as variveis envolvidas e o fator mo-de-obra representou preponderncia no aumento dos custos do sistema de transporte e a carga til dos veculos foi aquele cujo aumento mais o reduz. Milan (1999) modelou o sistema tpico de produo de cana-de-acar, com base em seus subsistemas (agronomia, colheita, transporte e mecanizao) e suas interaes. O objetivo do autor foi identificar os fatores crticos e as estratgias relacionadas com os equipamentos utilizados. As anlises de sensibilidade realizadas em trs cenrios distintos mostraram que a capacidade de carga dos caminhes foram os fatores que mais influenciaram o custo de produo.

    3. METODOLOGIA

    3.1 Fluxo de caixa

    A partir da especificao dos investimentos, custos operacionais, depreciaes, juros, impostos e receitas, elaborado o fluxo de caixa do projeto. Noronha (1981), Contador (1988), Gitman (1997) e Ross et al. (2002) detalham os passos necessrios para a realizao desta etapa.

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    Na anlise de investimento, os custos e os retornos so levantados e convertidos em uma srie de fluxos de caixa relevantes e, aps, algumas tcnicas de anlise de oramento de capital so aplicadas aos resultados para aferir o mrito do investimento associado ao desembolso proposto. Tais fluxos de caixa relevantes, segundo ele, equivalem sada incremental de caixa aps os impostos (investimento) e s entradas subseqentes resultantes. Tambm explica que fluxos de caixa incrementais correspondem aos fluxos adicionais que se espera obter como resultado de uma proposta de dispndio de capital (GITMAN, 1997). O autor mostra tambm que o fluxo de caixa, de uma maneira geral, composto por trs partes, a saber: a) investimento inicial, que a sada de caixa relevante no instante zero; b) entradas de caixa operacionais, que so as entradas de caixa incrementais aps os impostos, propiciadas pelo projeto, durante sua vida; c) fluxo de caixa residual, que o fluxo de caixa no-operacional aps o imposto de renda e ocorre ao final do projeto, geralmente devido a sua liquidao. As avaliaes econmicas foram realizadas em termos reais, no levando em considerao a taxa de inflao para os itens despesas e receitas do fluxo de caixa. Para deflacionar as sries histricas dos itens de custos e receitas ser utilizado como deflator o ndice de preos ao atacado oferta global (IPA-OG), elaborado pela Fundao Getlio Vargas, sendo reponderadas as participaes das cestas agrcolas e industrial segundo critrio estipulado pelo Conselho dos Produtores de Cana-de-Acar do Estado de So Paulo (CONSECANA) e utilizado por Zilio (2009). As sries histricas de variveis de receitas e despesas foram deflacionadas para valores de setembro de 2009.

    3.2 Valor presente lquido - VPL

    O VPL mostrado por diversos autores como um indicador de viabilidade econmico-financeira confivel (CONTADOR, 1988; FARO, 1971). O VPL, expresso em moeda corrente no perodo i = 0, o resultado do clculo referente ao somatrio de todos os fluxos de caixa do projeto descontados ao perodo inicial a uma determinada taxa de juros (ou TMA). Ross et al. (2002) denotam o VPL de um investimento pela eq. (17).

    =CVPL0 =

    ++=

    T

    ii

    i

    r

    CCVPL1

    0 )1( (17)

    onde: C0 = fluxo de caixa inicial do projeto; Ci = fluxo de caixa no perodo i; r = taxa de desconto do projeto (ou TMA).

    3.3 Taxa interna de retorno - TIR

    A TIR uma medida que procura obter uma nica cifra para sintetizar os mritos de um projeto. Ela pode ser definida como a taxa que iguala o VPL a zero, ou seja, a taxa que

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    iguala a zero a soma de todos os fluxos de caixa futuros descontados de um projeto. Dessa forma, se a TIR for tomada como taxa de desconto, o resultado do VPL deve ser, obrigatoriamente, zero (ROSS et al., 2002). A TIR demonstrada de forma simplificada pela eq. (18).

    11(0FCFCn

    jjj

    +==

    01 )1(

    0 FCr

    FCn

    jj

    j

    +=

    =

    (18)

    onde: r = taxa interna de retorno (TMA); FC0 = Fluxo de caixa no perodo zero; FCj = Fluxo de caixa no perodo j.

    3.4 Perodo de retorno de capital - Payback descontado - PBD

    O payback consiste em selecionar projetos de investimento enfatizando o perodo de recuperao do capital investido visando restituio do capital aplicado. Existe o payback simples (PBS), em que no levado em considerao o valor do dinheiro no tempo, utilizando o fluxo de caixa nominal; e o payback descontado (PBD), em que utiliza o fluxo de caixa descontado a uma determinada taxa de juros, considerando o valor do dinheiro no tempo (ROSS et al., 2002). Os autores salientam algumas crticas ao uso do payback como mtodo de deciso, pois ele ignora o montante de fluxo de caixa aps o perodo de retorno de capital e impreciso para projetos que necessitem de novos investimentos. Assim recomendado a observao do payback em conjunto com o VPL e a TIR do projeto. Matematicamente, o PBD definido pelas eq. (19) e (20):

    fPaybackdescontado fmPaybackdescontado += (19)

    onde: m = nmero de perodos onde a somatria do fluxo de caixa descontado (FCD) menor que o fluxo de caixa no perodo zero; f = frao do payback.

    0==

    m

    t

    FCD

    FCDf

    1

    0

    +

    =

    =

    m

    m

    tt

    FCD

    FCDf (20)

    Verifica-se pelas eq. (18) e (19) que para a obteno do PBD basta identificar em qual perodo observado a reverso de sinal dos fluxos de caixa lquido descontados acumulados do projeto, ou seja, em que momento o somatrio desses fluxos torna-se positivo.

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    3.5 Relao benefcio-custo - RBC

    Contador (1988) define a relao benefcio-custo (RBC) como indicador mais propenso a erros, devido s diversas possibilidades de clculo deste indicador. A RBC mensura quantas unidades de benefcios (receitas) existem para cada unidade de custo (desembolso) observado ao longo da vida til do projeto. Segundo Azevedo Filho (1988), a insensibilidade da RBC frente a escala e ao horizonte do projeto, alm da necessidade de se escolher uma taxa de desconto a priori para obteno do mesmo, fazem parte de suas principais limitaes. Segundo Chabalin (1996), o indicador RBC pode ser obtido segundo a eq. (21).

    =

    i

    i

    B

    RBC ( )( )

    =

    =

    +

    += T

    ii

    i

    T

    ii

    i

    r

    Cr

    B

    RBC

    1

    1

    1

    1

    (21)

    onde: Bi = benefcios incorridos no perodo i; Ci = custos incorridos no perodo i; r = taxa interna de retorno (TMA).

    3.6 Anlise de sensibilidade

    A anlise de sensibilidade tem como objetivo mensurar as oscilaes observadas nos resultados de viabilidade, TIR e VPL, quando induzida uma variao, dentro de certos intervalos, daqueles parmetros sujeitos a maior incerteza (CONTADOR, 1988; ROSS et al., 2002). O mtodo de aplicao de sensibilidade consiste em estabelecer certa amplitude de variao s premissas do modelo e observar a resposta que estas mudanas causam nos indicadores de viabilidade econmico financeira. Quanto maior o impacto (em termos absolutos ou relativos), mais significncia possui a varivel dentro do modelo. Dessa forma possvel identificar quais as variveis chave do projeto, ou seja, aquelas que respondem em maior parte pelas respostas obtidas (VPL, TIR, PBC e RBC) (ZILIO, 2009).

    4. Base de Dados

    4.1 Fonte de receitas

    A colheita uma etapa do processo produtivo agrcola da cana-de-acar, e a entrada e sada de recursos nesse caso so de difcil mensurao. Para fins de estudo de viabilidade econmica, foi definido como referncia de entrada de recursos no fluxo de caixa o valor recebido pela terceirizao do corte e carregamento da cana de terceiros como prestao de

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    servio agrcola, pois nesse valor deve incluir os custo do servio e a margem de lucro. Os valores de referncia para esse estudo so os praticados por empresas de prestao de servios agrcolas da regio do estudo de caso. Cabe salientar que a destilaria no vai terceirizar e nem prestar servio de colheita mecnica, pois as mquinas sero destinadas apenas para reas prprias da destilaria, focadas no estudo de caso. No ltimo perodo do projeto (ano 8), a receita acrescida pela venda dos equipamentos pelo valor residual definido por ASAE (1999).

    Tabela 1 - Receitas para o estudo de viabilidade econmica

    Variveis Valores

    Valor Terceirizao Corte (R$ t-1) 12,0 Valor Terceirizao Carregamento (R$ t-1) 3,0 Valor residual mquinas e equipamentos (%) 20

    Fonte: Dados da pesquisa; Destilaria Pyles

    4.2 Parmetros financeiros

    A Tabela 2 mostra as premissas adotadas para o fluxo de caixa do projeto, como a proporo adota de capital prprio e de terceiros (considerando financiamento BNDES, conforme BRASIL, 2009b) o custo de oportunidade (BRASIL, 2009c), a taxa de juros (BRASIL, 2009b), a inflao anual projetada para o perodo e a projeo do projeto.

    Tabela 2 - Premissas adotadas para o fluxo de caixa e o estudo de viabilidade

    Variveis Valores

    Capital Prprio (%) 20,0 Capital Terceiros (%) 80,0 Custo Oportunidade (%) 6,45 Taxa de Juros Financiamento (%) 6,75 Inflao (IGP-DI) (% a.a.) 5,0 Depreciao Anual (%) 12,5 Projeo Projeto (anos) 8

    Fonte: Dados da pesquisa; BRASIL (2009a); BRASIL (2009b); BRASIL (2009c)

    5 RESULTADOS E DISCUSSO 5.1 Custos operacionais de colheita e investimentos

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    O modelo para o planejamento e custo operacional do sistema mecanizado de colheita de cana, foi utilizado para verificar a influncia da eficincia operacional (eficincias de colheita, gerencial e de campo) sobre o nmero de colhedoras considerando as premissas para o cenrio do estudo de caso, Figura 1. Verifica-se que o aumento da eficincia operacional reduz o nmero de colhedoras necessrias para atender a demanda do projeto. A equipe tcnica da destilaria considerou uma eficincia operacional de 65% como realista para as suas condies, a qual foi considerada para o cenrio base para o projeto. A Figura 1 mostra que com uma eficincia de 65%, o nmero de colhedoras necessrias para o projeto de 2,61, o qual foi arredondado para trs colhedoras.

    2.0

    2.2

    2.4

    2.6

    2.8

    3.0

    3.2

    3.4

    50% 55% 60% 65% 70% 75% 80%

    Nm

    ero

    de co

    lhedo

    ras

    Eficincia Operacional

    Figura 1- Nmero de colhedoras em funo da eficincia operacional das operaes mecanizadas para a rea em estudo Fonte: Resultados da pesquisa

    Definida a eficincia operacional e o nmero de colhedoras, o modelo foi utilizado para verificar a influncia da produtividade mdia da rea agrcola do estudo de caso sobre o custo operacional do corte mecanizado realizado pelas colhedoras, Figura 2, considerando todas as outras variveis constantes. Observa-se que o aumento da produtividade reduz o custo operacional. Na menor produtividade mdia, 70 t ha-1, o custo operacional foi de 7,73 R$ t-1, enquanto que na maior produtividade, 110 t ha-1, o custo foi reduzido para 3,01 R$ t-1. Para a produtividade mdia do estudo de caso, 90 t ha-1, o custo operacional das colhedoras foi de 3,68 R$ t-1. Por meio desses valores, definiu-se criar dois cenrios alternativos do estudo de caso, em que um cenrio a produtividade mdia reduzida em 10 t ha-1 (80 t ha-1) e outro em que a produtividade mdia acrescida em 10 t ha-1 (100 t ha-1). A partir disso, ser verificada a anlise de sensibilidade do projeto em funo quantidade de cana colhida.

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    1

    2.8

    3.8

    4.8

    5.8

    6.8

    7.8

    70 80 90 100 110

    Custo

    Co

    rte M

    ecn

    ico (R$

    t-1

    )

    Produtividade (t ha-1)

    Figura 2 Custo operacional do corte mecanizado (R$ t-1) em funo da produtividade mdia da rea em estudo

    Fonte: Resultados da pesquisa

    O modelo tambm foi utilizado para verificar a velocidade de operao das colhedoras em funo do custo operacional do corte mecanizado, Figura 3. Nota-se que o aumento da velocidade de trabalho reduz o custo do corte, para os trs cenrios em estudo, considerando todas as outras variveis constantes. A velocidade de 5,5 km h-1, definida pela equipe da destilaria como a usualmente utilizada por eles, e nesse valor, o custo operacional de 4,1, 3,7 e 3,3 R$ t-1, para as produtividades mdias de 80, 90 e 100 t ha-1, respectivamente. Em velocidades inferiores de 5,5 km h-1, o nmero de colhedoras necessrias para o projeto aumenta e em velocidades superiores a 5.5 km h-1, o nmero de colhedoras necessrias reduzido, chegando a 2,2 colhedoras em velocidade de 7,0 km h-1.

    2.0

    3.0

    4.0

    5.0

    6.0

    4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0

    Custo

    Co

    rte M

    ecn

    ico (R$

    t-1

    )

    Velocidade de operao (km h-1)

    80 t ha-1 90 t ha-1 100 t ha-1

    < 2.6 colhedoras> 2.6

    colhedoras

    Figura 3 Custo do corte mecanizado (R$ t-1) em funo da velocidade de operao das colhedoras para a rea em estudo

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    Fonte: Resultados da pesquisa

    A Tabela 3 mostra os custos operacionais parciais e totais da colheita mecanizada de cana-de-acar para os trs cenrios propostos. Verificam-se que os custos parciais e totais se reduzem a medida que se aumenta a produtividade mdia.

    Tabela 3 Resultados dos custos operacionais do corte e carregamento mecanizado da cana-de-acar para a rea em estudo

    Indicador 80 t ha-1 Cenrio Base 100 t ha-1 90 t ha-1

    Colhedoras 4,14 3,68 3,31 Trator+Transbordo 1,89 1,68 1,51

    Equipamentos Auxiliares 1,73 1,54 1,38 Mo-de-Obra 3,22 2,86 2,58

    Total 10,98 9,76 8,78 Fonte: Resultados da pesquisa

    Em relao ao investimento, os equipamentos necessrios para a implantao do projeto encontram-se na Tabela 10. Nota-se que o investimento total ser de R$ 5,29 milhes, em que 46,5% dos investimentos so destinados aquisio de colhedoras (3 unidades), e 20,4% dos investimentos sero destinados para a aquisio de 6 tratores para o carregamento da cana picada.

    Tabela 4 Equipamentos a serem adquiridos para o projeto Equipamentos Unidades R$ unidade Total R$ Colhedora JD 3520 3 820000 2460000 Trator JD 7715 6 180000 1080000 Transbordo 12 75000 900000 Caminho Prancha 1 390000 390000 Caminho Bombeiro 1 228000 228000 Caminho Comboio 1 238000 238000

    Total 5296000 Fonte: Resultados da pesquisa

    5.2 Fluxo de caixa e anlise de sensibilidade

    A Figura 4 mostra o fluxo de caixa do projeto para o cenrio base (90 t ha-1) e os

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    alternativos (80 e 100 t ha-1). Observa-se que no cenrio base, o VPL negativo no perodo zero e torna-se positivo nos anos subseqentes, fato que se repete para o cenrio com produtividade de 100 t ha-1. Para o cenrio de produtividade de 80 t ha-1, o VLP torna-se positivo no ltimo perodo do projeto (perodo 8).

    (1,500.0)(1,000.0)

    (500.0)-

    500.0

    1,000.0

    1,500.0

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    VPL

    (R$ m

    il)

    Perodos (anos)

    (a)

    (1,500.0)

    (1,000.0)

    (500.0)

    -

    500.0

    1,000.0

    1,500.0

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    VL

    P (R

    $ mil)

    Perodos (anos)

    (1,500.0)(1,000.0)

    (500.0)-

    500.0

    1,000.0

    1,500.0

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    VPL

    (R

    $ mil)

    Perodos (anos)

    (b) (c) Figura 4 Fluxo de caixa do projeto para o cenrio base de 90 t ha-1 (a), e para os cenrios alternativos de 80 t ha-1 (b) e 100 t ha-1 (c) Fonte: Resultados da pesquisa

    5.3 Indicadores de viabilidade econmico financeira A Tabela 5 mostra os resultados dos indicadores de viabilidade econmico financeira aferidos com base nas premissas dos cenrios base e alternativos.

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    Tabela 5 Resultados dos indicadores de viabilidade econmico financeira para o cenrio base e os alternativos

    Indicador 80 t ha-1 Cenrio Base 100 t ha-1 90 t ha-1

    VPL (R$ mil) (1.031,45) 1.707,57 3.934,02 TIR (%) (11%) 35% 73% PBD (anos) - 3,17 1,48 RBC 0,98 1,08 1,17

    Fonte: Resultados da pesquisa

    No cenrio base (90 t ha-1), os indicadores de VPL, TIR, PDB e RCB apontam para a atratividade econmica e financeira do projeto. O VPL para esse cenrio de R$ 1,7 milhes, com uma TIR de 35% e recuperao do capital investido em 3,17 anos (PBD). O RBC > 1 corrobora positivamente com os outros indicadores. No caso do cenrio de 100 t ha-1, os indicadores tornam-se mais atrativos com um VPL de R$ 3,9 milhes, TIR de 73% e retorno do capital investido em 1,48 anos. Para o cenrio de 80 t ha-1, o projeto no apresenta atratividade econmica, com VPL e TIR negativos e RBC inferior a 1.

    6. CONSIDERAES FINAIS Verifica-se por meio desse trabalho que o projeto apresenta viabilidade econmica financeira para o cenrio base com produtividade mdia de 90 t ha-1, com o retorno do capital investido em 3,17 anos, TIR de 37% e RBC >1. Produtividades mdias superiores tornam o projeto mais atrativo enquanto produtividades mdias inferiores ao cenrio base tendem a tornar o projeto invivel economicamente. Com esses resultados, a destilaria pode aplicar o projeto e atender as premissas do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro antes do prazo limite exigido para a mecanizao da colheita da cana-de-acar. As despesas do projeto mostram que os custos relativos aos sistemas mecanizados so os que apresentam maior impacto no fluxo de caixa, seguido pelos custos relativos mo-de-obra. Sendo assim, o gerenciamento do sistema mecanizado antes e durante a execuo do projeto torna-se relevante para a reduo de custos, pois nesse caso, um aumento em 5% da eficincia operacional, reduz o custo do corte mecanizado em 8%. Investimentos em tecnologia agrcola visando o incremento de produtividade tambm se tornam atrativos em relao aos custos de colheita, pois um aumento em 10 t ha-1 da produtividade, reduz os custos de colheita em 10,2%.

    Sugere-se para trabalhos futuros a realizao de um estudo detalhado das variveis crticas do projeto, como a produtividade mdia da rea agrcola da destilaria. A diviso da rea agrcola em setores que apresentam caractersticas em comum (declividade, tipo de solo, etc.), permite verificar a variabilidade da produtividade agrcola e utilizar valores mais detalhados sobre essa varivel no planejamento do sistema mecanizado e no estudo de viabilidade. Alm disso, com a diviso da rea agrcola em setores, possvel realizar estudos sobre a maximizao e otimizao da frente de colheita mecanizada, aumentando a eficincia operacional.

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