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capítulo iv – processo e procedimento

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2.5.4. outros procedIMentos especIaIs coMpatíveIs coM o processo do trabalho.Sem ter qualquer pretensão de abordar todos os complexos procedimentos

especiais existentes no processo civil (alguns, inclusive, inaplicáveis ou inúteis ao processo do trabalho), passaremos a analisar dois dos procedimentos es-peciais civis que mais comumente são usados no processo do trabalho, quais sejam, a ação consignatória e os embargos de terceiro.

2.5.4.1. Ação de consignação em pagamentoO pagamento por consignação tem previsão, no Direito material, nos arts.

334 a 345 do Cod. Civil, sendo que a consignação em pagamento tem cabimen-to nas hipóteses dos incisos do art. 335 do CC. No CPC, a previsão está nos arts. 890 e seguintes daquele código.

Segundo WAGNER D. GIGLIO:“Seu objetivo (da ação consignatória) é o de exonerar o empregador (deve-dor) do pagamento de juros e de correção monetária ao empregado. Efe-tuado o depósito, tais verbas correm por conta do banco depositário.” 33

A hipótese mais comum de consignação em pagamento, no processo do tra-balho, é quando o ex-empregado se recusa a receber as verbas rescisórias (art. 335, I, CC), obrigando o empregador a fazer o depósito judicial dos valores de-vidos, para não incorrer na multa do art. 477, § 8º, da CLT.

Outra hipótese que autoriza a consignação judicial de valores rescisórios, ocorre quando o empregado, falece no curso do contrato de emprego e várias pessoas (filhos, viúva, companheira) se apresentam como legitimadas a rece-ber o crédito trabalhista, de tal forma que o empregador não sabe, exatamente, quem detém poderes jurídicos para lhe dar quitação. Assim cabível também a consignação judicial (art. 335, IV, CC), para que não exista a mora do credor.

É possível também, embora menos comum, que o empregado utilize tal ação, consignando determinada obrigação que o credor não quer espontanea-mente receber. Imaginemos, por exemplo, um empregado que é vendedor ex-terno e pede demissão, sendo que o empregador se recusa a receber de volta o notebook da empresa, fornecido ao empregado para a execução de seu trabalho, como forma de dissuadir o empregado a cancelar o pedido de demissão.

Se não devolver o patrimônio eletrônico do empregador, será o empregado demissionário quem irá incorrer em mora, com as consequências daí advindas.

Portanto, poderá o empregado fazer a consignação do equipamento que o empregador não quer aceitar de volta, como uma maneira de se livrar desta obrigação. Deve-se ressaltar, que a consignação de bens (móveis e imóveis) é

33 GIGLIO, Wagner D. Direito processual do trabalho.14ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 292.

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plenamente possível, sem necessidade de que tais bens sejam efetivamente transferidos à posse direta do Poder Judiciário de imediato, no momento da consignação. No exemplo dado, a secretaria do juízo irá lavrar um auto de en-trega de bem em consignação em pagamento, descrevendo de forma minuciosa as características do bem e seu estado de conservação. O próprio autor perma-necerá como depositário do bem e o réu será citado para vir receber o bem ou demonstrar porque não o faz.

Ocorrendo a procedência da ação de consignação, o juiz determina dia e ho-rário para que o autor faça a entrega do bem em secretaria (ou diretamente ao réu), extinguindo-se assim a obrigação pendente entre as partes.

A consignação pode ser feita pelo devedor ou terceiro, interessado ou não, posto que a nossa lei civil assim o admite (arts. 304 e 305 do CC).

O art. 890, § 1º. do CPC, prevê que se a consignação é de dinheiro, poderá ser feita através de estabelecimento bancário, providenciando o devedor a noti-ficação do credor para vir receber, em 10 dias. Caso não compareça neste prazo, o pagamento será tido como realizado, e o devedor, liberado da obrigação (art. 890, § 2º. CPC). Se o credor recusar o pagamento (o que deverá ser feito por escrito, ao estabelecimento bancário), cabe ao devedor propor, em 30 dias, a ação de consignação em pagamento perante o Poder judiciário (art. 890, § 3º. CPC), instruindo a inicial com a prova do depósito extrajudicial. Ultrapassado este prazo de 30 dias, o devedor deverá levantar o depósito feito perante a ins-tituição financeira.

Este procedimento que envolve a consignação extrajudicial nunca foi comu-mente utilizada no processo do trabalho (e a bem da verdade, nem mesmo no Direito comum, posto que cria um obstáculo indesejável de acesso ao Poder Judiciário, sem contar que a maioria dos Bancos, mesmo os públicos, criam todo tipo de dificuldade para a abertura de contas que tenham por objetivo a simples consignação de valores em pagamento), até porque o empregador prefere con-signar judicialmente os valores que entende devidos, para não ter problemas de arcar com a multa do art. 477, § 8º. da CLT e outras que podem estar previstas nas convenções coletivas de trabalho, aplicadas a determinada categoria.

Wagner D Giglio observa, a respeito da consignação extrajudicial de direitos trabalhistas que:

“As diligências impostas ao empregador ou a seu advogado exigem dis-pêndio de tempo sem apresentar eficácia ou segurança compensatórias. O procedimento fora de juízo é desprovido de sanções, e assim, não poderá ser exigido do banco que certifique o decurso do prazo para a resposta, por exemplo. Além disso, o disposto no art. 477, pars. 1º. e 2º. da CLT, po-derá ser invocado para invalidar o pagamento efetuado a empregado com

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mais de um ano de tempo de serviço ou questionar o alcance da quitação, e o trabalhador analfabeto poderá anular o efeito de sua inércia e não exo-nerar o depositante, sob a alegação de que não tomou ciência do teor da comunicação.” 34

Não haverá nenhum obstáculo para que se promova, de imediato e perante a Justiça do Trabalho, a ação de consignação em pagamento, devendo o autor requerer, na petição inicial, prazo de 5 dias para depositar em juízo a quantia consignada, que serão contados a partir da autorização do juiz.

A ausência do depósito, objeto da consignação, acarretará a extinção do pro-cesso sem análise do mérito.

Realizado o depósito, o réu será citado para responder à ação e notificado da designação da audiência una. No dia da audiência, se o reclamante compa-recer e aceitar receber o que foi consignado, existe quitação judicial ao credor (somente quanto as verbas e valores que depositou) e extinção do feito com análise do mérito.

A concordância do réu em receber o que foi judicialmente depositado não lhe impede de discutir outros direitos, não contemplados nas verbas que foram consignadas, como horas extras não pagas, adicionais pagos a menor, entre ou-tras, pois como tais verbas e valores não foram objeto de pagamento por consig-nação, nenhum óbice existe para que o réu, agora como reclamante, proponha a respectiva ação.

Caso o reclamante queira apresentar defesa, na audiência, sua matéria está circunscrita às alegações do art. 896 do CPC.

Se a discordância do réu se resume aos valores que foram depositados (por exemplo, entende que o aviso prévio consignado não está correto), os juízos tra-balhistas costumam liberar o que foi depositado ao empregado, constando na ata da audiência que existe discordância quanto aos valores, o que será discuti-do em ação própria, a ser promovida pelo empregado, de tal forma que a ação consignatória dificilmente tramitará de forma prolongada. É possível, ainda que o juiz faculte ao autor complementar o depósito realizado, acolhendo a alega-ção do réu de que o depósito é insuficiente (art. 899, CPC). Complementado o depósito, o réu será intimado a levantá-lo.

Após a apresentação da defesa do réu, dependendo da matéria articulada, segue-se a instrução, debates e julgamentos. Se a sentença confirmar a insufi-ciência do depósito, fixará, sempre que possível, o montante efetivamente devi-do, que poderá ser executado pelo credor nos próprios autos, sem necessidade da propositura de nova ação (art. 899, § 2º CPC).

34 GIGLIO, Wagner D. Op. Cit, p. 294.

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2.5.4.2. Modelo de ação de consignação em pagamento

EXMO SR. DR. JUIZ DA _____VARA DO TRABALHO DE ______________/___.

Proc. nr. _____/_____

EMPRESA “A”, (qualificar), vem respeitosamente perante V.Exa. através de seu advo-gado que esta subscreve, com fulcro nos arts. 890 e seguintes do CPC, propor a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de EMPREGADO “B” (qualificar), pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir elencados.

I.DO CONTRATO DE EMPREGOO consignado foi admitido em 10.02.2014 e dispensado por justa causa em

21.03.2014. Exercia a função de serviços gerais, com salário de R$ 1.000,00.II.DA JUSTA CAUSA APLICADA AO EMPREGADOEm 21.03.2014, o consignado recebeu ordens diretas de seu superior hierárquico

(“C”) para que refizesse a limpeza do pátio da empresa, pois o serviço realizado por “B” havia ficado de péssima qualidade, com diversas áreas ainda sujas.

O consignado não gostou da ordem que recebeu e agressivamente partiu para cima de seu superior, desferindo-lhe chutes e socos, agressão esta presenciada por diversos outros empregados da empresa consignante.

Imediatamente “B” foi dispensado e no mesmo dia, recebeu telegrama em sua casa (em anexo), informando-lhe da dispensa por justa causa e que deveria comparecer na empresa até ___/___/___ para receber suas verbas rescisórias, sem prejuízo das medidas criminais que seu superior, por ter sido agredido fisicamente, poderia tomar contra o consignado.

O fato é que o consignado não compareceu na data indicada, no departamento pesso-al da empresa, para receber suas verbas rescisórias (21 dias laborados no mês de março de 2014, que totalizam o valor de R$ 700,00), o que tornou necessário o ajuizamento da presente ação consignatória.

III.DO PEDIDOAnte o exposto, requer a V.Exa.:1) Seja deferido o prazo de 5 (cinco) dias para que o consignante providencie o depó-

sito da quantia de R$ 700,00 nestes autos;2) Determinar a citação do consignado para que venha receber o valor de R$ 700,00,

referente as suas verbas rescisórias (21 dias trabalhados do mês de março/2014), dan-do quitação a tal valor e rubrica ou que apresente sua resposta, sob pena de revelia e confissão;

3) Requer a condenação do consignado nas custas processuais e honorários advocatícios.

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Protesta e requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, sem exceção de nenhum deles.

Confere-se à causa o valor de R$ 700,00.Nestes Termos.Pede-se deferimento.(Local), ____, de ___________ de _____.

___________________________________ADVOGADOOAB______________

2.5.4.3. Ação de embargos de terceiroA CLT não trata dos embargos de terceiro, cuja previsão legal se encontra

nos arts. 1.046 a 1.054 do CPC, que integram o livro dos procedimentos espe-ciais.

Apesar da omissão celetista, o fato é que se trata de uma ação bastante comum no processo do trabalho e de utilidade inegável para aquele que, não sendo parte no processo trabalhista, vê os seus bens sofrerem constrição por ordem judicial.

Quanto a natureza jurídica da ação, esclarece José Cairo Jr. que:“Os embargos de terceiro representam uma ação autônoma, de natureza predominantemente mandamental que pode ser interposta no processo de conhecimento, de execução ou cautelar, pela qual o terceiro pretende ver reconhecido o seu direito real (domínio e posse) ou pessoal, limitado por conta de ato de apreensão judicial efetiva (esbulho) ou ameaça (tur-bação).”35

A legitimidade para interposição dos embargos em análise é daquele que tem bens (móveis ou imóveis) ou direitos, apreendidos em razão de processo trabalhista do qual não é parte. Imaginemos que o sócio de uma pessoa jurídi-ca, reclamada em processo trabalhista, em fase de execução de sentença, venda um bem imóvel seu, embora já tenha sido citado como responsável subsidiário na execução (art. 50 CC c/c 592, II, e 596 CPC). Se o adquirente tiver o bem penhorado, por ter entendido o juízo trabalhista que houve fraude à execução (art. 593, II, CPC), este comprador poderá ingressar com a ação de embargos de terceiros, para defender a aquisição que fez e mantê-la juridicamente válida.

Esclarece José Cairo Jr.36 que podem ajuizar embargos de terceiro: “o pro-prietário, o credor com garantia real, o locatário, o depositário etc., desde que

35 CAIRO, Jr. José. Curso de direito processual do trabalho. 7ª.ed. Bahia: Ed. JusPodivm, 2014, p. 879.36 CAIRO, Jr. José. Op. Cit., p. 879.

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haja a efetiva turbação ou esbulho. Inadmite-se essa medida quando se trata de mera ameaça.”

O art. 1.046, § 3º. do CPC e a S. 134 do STJ reconhecem a legitimidade de parte para interpor os embargos de terceiro, ao cônjuge do executado, para pre-servar sua meação.

Assim, poderão interpor os embargos de terceiro aqueles que não sendo partes no processo, sofrerem, em seus bens e direitos, penhora, depósito, arres-to, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário e partilha (art. 1.046 do CPC).

O entendimento predominante é que os sócios, incluídos na execução traba-lhista em razão de não ter a pessoa jurídica empregadora bens suficientes para garantir a execução, são legitimados a apresentar embargos à execução (art. 884 e seguintes CLT) e não embargos de terceiro. Este entendimento se aplica-ria até mesmo a ex-sócios, já excluídos do quadro societário da pessoa jurídica reclamada, que se tornariam legitimados a ingressar com embargos à execução a partir do momento que foram incluídos no pólo passivo da execução.37

Em um raciocínio lógico, podemos concluir que o sócio e o ex-sócio poderão interpor embargos de terceiro quando sofrerem turbação ou esbulho em seus bens ou direitos e não tiverem sido incluídos no pólo passivo da execução. Tendo sido incluídos, deverão manejar os embargos à execução.

Poderão ser interpostos, no processo de conhecimento, a qualquer tempo, desde que não exista o trânsito em julgado da sentença. No processo de exe-cução, deve-se observar o disposto no art. 1.048 do CPC, ou seja, deverão ser interpostos em até 5 dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura do respectivo auto ou carta.

O juízo competente para conhecer dos embargos de terceiro é o mesmo por onde tramita a ação que originou a ordem de constrição, com distribuição por dependência e tramitação em autos apartados (art. 1.049 CPC).

Deverão os embargos de terceiro ser apresentados através de uma petição inicial que preencha todos os requisitos gerais do art. 282 do CPC e ainda, ins-truída com todos os documentos necessários a demonstrar a qualidade do ter-ceiro e a sua titularidade (dominial ou possessória) dos bens que estão sofren-do ou prestes a sofrer a constrição judicial (art. 1.050 CPC). A inicial deve ser

37 AGRAVO DE PETIÇÃO. EX-SÓCIO. PARTE. EMBARGOS DE TERCEIROS. MEDIDA INADEQUADA. Uma vez desconsiderada a personalidade jurídica da empresa executada, sendo os sócios intimados, pessoal-mente, a responder pelas dívidas da sociedade, deixam de ser terceiros, passando a condição de parte na lide. Desse modo, a medida de embargos de terceiro é inadequada para resguardar os interesses do ex-sócio que deve postular o que entende de direito no proprio feito em que se processa a execução do julgado, sendo este parte ilegítima para ajuizar embargos de terceiro. (TRT – 1ª. R. 10ª. T, AGVPET nr. 837320115010035, Relator: Des. Flávio Ernesto Rodrigues Silva, 30.09.2013)

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obrigatoriamente escrita, não se aplicando a possibilidade de interposição oral da petição inicial, prevista no art. 840, caput, CLT.

O juiz poderá designar uma audiência “inaudita altera pars”, ou seja, sem ou-vir a parte contrária, para que o autor prove a posse ou a titularidade dos bens que pretende defender através dos embargos de terceiro.

Com ou sem a realização desta audiência preliminar de justificativa, o juiz passa a analisar o pedido liminar de suspensão do processo onde se deu a or-dem de constrição. Concedida a liminar de manutenção ou restituição dos bens ao embargante, este só receberá os bens de volta mediante o oferecimento de caução, na hipótese de improcedência final dos embargos (art. 1.051 CPC).

A suspensão do processo será integral, se os embargos de terceiro versarem sobre todos os bens ou direitos. Se os embargos forem parciais, a ação original tramitará com relação aos bens e direitos não embargados (art. 1.052 CPC).

Concedendo ou não a liminar de suspensão, o juiz determinará a citação do embargado para que em 10 dias conteste a medida.

Ao contrário do que ocorre nos embargos do devedor (onde a falta de im-pugnação aos embargos não implica em seu automático acolhimento), a falta de contestação aos embargos de terceiro submete o embargado aos efeitos da revelia, conforme previsto nos arts. 1.053 e 803 do CPC.

Apresentada a contestação, admitem-se todos os meios de prova permitidos no processo, sem exceção, salvo no caso do art. 1.054 do CPC, que limita as matérias de defesa aos embargos apresentados por credor com garantia real, a alegar que o devedor comum é insolvente (inc. I), que o título é nulo ou não obriga a terceiro (inc. II); ou outra é a coisa dada em garantia (inc. III).

Posteriormente à realização da instrução processual, o juiz profere decisão, mantendo ou não o ato de constrição judicial que foi impugnado.

Se os embargos de terceiro foram apresentados na fase de conhecimento, a sentença deverá ser impugnada por recurso ordinário. Caso tenham sido inter-postos já na fase de execução, a sentença desafiará agravo de petição. 38

Sobre o recurso cabível, da sentença que julga embargos de terceiro, escla-rece CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE que:

“Já houve muita celeuma a respeito do recurso cabível para impugnar a sentença proferida em embargos de terceiros. Para uns, seria o recurso ordinário. Para outros, o agravo de petição. Venceu a segunda corrente corrente, embora, na prática, os Tribunais tenham recebido, em homena-gem ao princípio da fungibilidade, o recurso ordinário como agravo de pe-tição.”39

38 CAIRO, Jr. José. Op. Cit. p. 882.39 LEITE. Carlos Henrique Bezerra. Op. Cit. p. 1145.

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Se a execução se processar por carta-precatória, a S. 419 do TST estabelece a competência para conhecer e julgar os embargos de terceiro.

2.5.4.4. Modelo de ação de embargos de terceiro

EXMO SR. DR. JUIZ DA ______VARA DO TRABALHO DE ___________________/____.

Proc. nr.____________(Distribuição por Dependência)

“TERCEIRO” (qualificar), vem respeitosamente perante V.Exa. através de seu advo-gado que esta subscreve, com fulcro nos arts. 1.046 e seguintes do CPC, propor a pre-sente AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO em face de EMPREGADO “A” (qualificar), pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir elencados.

PRIMEIRAMENTE, o advogado que subscreve a presente declara, sob sua responsa-bilidade pessoal, que todas as cópias que instruem esta inicial conferem com os originais (art. 736, § único, do CPC).

I.Tramita perante esta vara do trabalho o proc. nr. _______/_____, onde o EMPREGADO “A”

executa a “EMPRESA “B”.Ocorre que o credor não logrou localizar nenhum bem da empresa que pudesse ga-

rantir a presente execução, tendo requerido a desconsideração da pessoa jurídica (art. 50 CC) e a inclusão dos sócios “X”, “Y” e “Z” no pólo passivo da presente execução, o que foi deferido por este juízo em 19.09.2013.

Porém, em 08.09.2013, o sócio “Y” vendeu ao ora embargante o seguinte imó-vel:______________________, pelo valor de R$ 200.000,00, conforme cópia da escritura pública de compra e venda, em anexo.

Em 24.10.2014, o ora embargante foi intimado, pelo sr. Oficial de justiça, que o imó-vel adquirido havia sido penhorado neste feito, por determinação deste juízo (có-pia do auto de penhora em anexo) e que o bem seria avaliado, para ser levado a hasta pública, eis que em um juízo preliminar, havia sido declarada fraude à execução na alie-nação realizada pelo sócio “Y”.

Contra esta ordem de constrição judicial é que o embargante ora se opõe, pelos mo-tivos a seguir declinados.

II.DA INEXISTÊNCIA DE FRAUDE À EXECUÇÃOExa., não existe fraude na aquisição realizada pelo embargante. Quando o sócio “Y”

vendeu o imóvel (em 08.09.2013), sequer era parte no presente processo, sendo certo que somente em 19.09.2013 foi proferida a decisão que o incluiu no pólo passivo da presente demanda, decisão esta que só foi comunicada ao sócio em 03.11.2013, con-forme certidão do sr. Oficial de justiça que consta nos autos.

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Portanto, como poderia ser fraudulenta a alienação se quando a mesma foi realizada, o sócio (vendedor) sequer era parte na execução?

A jurisprudência ampara a pretensão do embargante:

AGRAVO DE PETIÇÃO - VENDA DE IMÓVEL ANTERIOR À INCLUSÃO DE SÓCIO NO POLO PASSIVO- O fato de haver ação trabalhista em andamento contra a pessoa jurídica, não basta à configuração de fraude à execução de bem do sócio, que foi incluído no polo passivo somente na fase de execução. O ajuizamento de reclamatória trabalhista, em face da pessoa jurídica, não torna indisponível automaticamente os bens de seus sócios e ex--sócios, ainda que estes possam vir a ser responsabilizados, posteriormente, pela aplica-ção da teoria da despersonalização da pessoa jurídica, valendo aqui lembrar, o princípio elementar de Direito Comercial, no sentido de que sócio e a sociedade comercial não se confundem para fins de direito. Agravo de Petição da exequente que se nega provimento. (TRT – 2. R., 8ª. T, AP nr. 00023721720105020057 A28, Desembargadora Relatora Rita Maria Silvestre, 07.04.2014).

III.DA BOA-FÉ DO EMBARGANTEExa. deve ser protegida e preservada a boa-fé do embargante, pois como comprovam

as certidões negativas em anexo, que são contemporâneas à data da celebração do ne-gócio imobiliário com o sócio “Y”, nada havia, até aquele momento, que pudesse abalar a confiança do embargante na concretização do negócio jurídico.

O embargante se cercou de todos os cuidados que se espera do “homem-médio” e não vislumbrou qualquer problema, até a data em que o negócio foi fechado, que pudesse demonstrar, ainda que por hipótese, que direito de eventual credor pudesse ser abalado.

Também não se acredita em má-fé por parte do vendedor, posto que somente em NOVEMBRO/2013 foi comunicado de sua inclusão no processo trabalhista, sendo que o negócio foi fechado em SETEMBRO/2013.

Para comprovar a veracidade do negócio entabulado entre as partes, o embargante requer a juntada de seu extrato bancário, onde estava depositada a quantia que serviu para pagamento da compra do imóvel e ainda, o respectivo microfilme do cheque que foi emitido para pagamento, bem como o extrato que comprova a compensação da cártula.

IV.Ante o exposto, requer o embargante:1) Sejam os presentes embargos recebidos, com a imediata SUSPENSÃO DOS ATOS

executivos praticados no proc. trabalhista nr. ____________/_______;2) Que o embargado seja intimado a impugnar os presentes embargos, sob pena de

revelia e confissão;3) Que ao final V.Exa. declare a inexistência de fraude a execução no negócio jurídico

realizado entre o embargante e o sócio “Y”, liberando o imóvel da penhora;4) Que o embargado seja condenado nas custas processuais e honorários advocatícios.Protesta e requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, sem

exceção de nenhum deles.

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Confere-se à causa o valor de R$ 200.000,00.Nestes Termos.Pede-se deferimento.(Local), ____, de ___________ de _____.

___________________________________ADVOGADOOAB______________

2.6. Questões de exame de ordem e concursos

1. (FGV - Exame de Ordem 2013.1) José ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Libertação Ltda., valendo-se do procedimento sumaríssimo. Contudo, José não liquidou os pedidos.De acordo com a CLT, o juiz deve:

A) conceder prazo de 10 dias para que José sane o vício.B) enviar os autos ao calculista da Vara, que liquidará o pedido.C) arquivar a reclamação trabalhista e condenar o autor em custas.D) prosseguir na reclamação e enfrentar o assunto caso provocado pela ré.

2. (FGV - Exame de Ordem 2013.3) Em 10/04/2013 a empresa AlfaBeta Ltda. recebeu cópia da peti-ção inicial de ação em face dela ajuizada, com notificação citatória para audiência no dia 14/04/2013. Nesta data, compareceu apenas o preposto da ré, munido da respectiva carta e carteira de trabalho, sem portar defesa, requerendo oralmente o adiamento da audiência.A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

A) O juiz deverá manter a audiência e aplicar a revelia por ausência de defesa.B) O juiz deverá adiar a audiência pela exiguidade de tempo entre a citação e a realização da

audiência.C) O juiz deverá manter a audiência, podendo o preposto apresentar defesa oral no prazo legal

de 20 minutos, já que vigora o jus postulandi.D) Face aos princípios da celeridade e economia processual, o juiz deverá manter a audiência,

mas em razão da presença da ré, evidente o ânimo de defesa, não aplicará a revelia.

3. (FGV - Exame de Ordem 2013.3) Paulo ajuizou reclamação trabalhista pelo rito sumaríssimo em face da sua empregadora Carregada Ltda. Arrolou suas testemunhas na petição inicial e pediu a no-tificação das mesmas, solicitação que foi indeferida. Na audiência, o advogado de Paulo requereu o adiamento pela ausência das testemunhas, dizendo que protestava pelo indeferimento da notificação e por isso não convidou espontaneamente as testemunhas. O requerimento foi indeferido pelo juiz, que prosseguiu com a audiência.Sobre a decisão do juiz, a partir da hipótese apresentada, assinale a opção correta.

A) A decisão foi equivocada, devendo ser deferido o adiamento, pois o prosseguimento do feito poderia gerar a nulidade por cerceamento de defesa.

B) A decisão foi correta, já que o procedimento sumaríssimo não contempla a oitiva de testemunhas.

C) A decisão foi correta, pois o procedimento sumaríssimo não admite a intimação de testemunhas.

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D) A decisão foi correta, pois no procedimento sumaríssimo as testemunhas deverão compare-cer à audiência independentemente de intimação. Em caso de ausência e mediante compro-vação de convite, as testemunhas serão intimadas.

4. (FGV - Exame de Ordem 2013.2) No acordo coletivo em vigor firmado pela empresa Pluma Comér-cio de Óculos Ltda. existe uma cláusula na qual os seus empregados podem adquirir as mercadorias lá produzidas a preço de custo. Emerson, empregado desta firma, pretendia comprar um par de óculos, mas o empregador exigiu que ele pagasse também o valor da margem mínima de lucro do comércio local.Diante do ocorrido, assinale a alternativa que contempla a ação que, de acordo com a CLT, deverá ser ajuizada por Emerson para fazer prevalecer o seu direito.

A) Execução de Título Extrajudicial.B) Mandado de Segurança.C) Ação de Cumprimento.D) Ação Monitória.

5. (FGV - Exame de Ordem 2013.2) Tendo em vista a proximidade de realização de grande evento na área de esportes, a cidade de Tribobó do Oeste decidiu reformar seu estádio de futebol. Para tanto, após licitação, contratou a empresa Alfa Ltda. para executar a reforma no prazo de um ano. Faltando dois meses para a conclusão da obra e a realização do mega evento, os operários entraram em greve paralisando os trabalhos integralmente.Diante destes fatos, assinale a afirmativa que se coaduna com a legitimidade ativa para instauração do dissídio coletivo.

A) Tanto a empresa Alfa Ltda. como o Sindicato da categoria dos empregados poderão instaurar a instância, sendo o ato privativo das partes litigantes.

B) Apenas o Sindicado dos Empregados poderá requerer a instauração do dissídio coletivo, já que se trata do sujeito ativo no caso de greve, sendo a empresa Alfa ré no processo.

C) Por haver interesse público a legitimidade ativa é exclusiva da empresa e do sindicato, bem como do Ministério Público do Trabalho, em caráter excepcional.

D) O dissídio poderá ser instaurado pelas partes por representação escrita ao Presidente do Tri-bunal; bem como por iniciativa do próprio Presidente e, ainda, por requerimento do Ministé-rio Público do Trabalho.

6. (TRT 3ª.R. CONCURSO MAGISTRATURA 01/2013) É correto afirmar quanto ao inquérito judicial para apuração de falta grave:

A) Se aplica a todos os tipos de estabilidades provisória e, sendo uma faculdade dada ao em-pregador, poderá ele utilizar-se, ou não, desse instrumento para dispensar por justa causa empregado portador de garantia de emprego.

B) Pressupõe a suspensão do empregado e o ajuizamento do inquérito judicial para apurar a falta grave, trinta dias após cumprida a suspensão aplicada.

C) O prazo legal de trinta dias para o ajuizamento do inquérito é vinculado ao empregador, razão pela qual este é decadencial e não prescricional.

D) Nos termos da Súmula 379 do TST, a dispensa do dirigente sindical, por falta grave, prescinde do inquérito judicial para apuração de falta grave.

E) Julgado improcedente o inquérito judicial, o trabalhador será readmitido e a empresa conde-nada a pagar os direitos do trabalhador, desde a data da sentença até a efetiva readmissão.

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7. (FGV - Exame de Ordem 2012.3) A respeito do procedimento sumaríssimo no processo do traba-lho, assinale a afirmativa correta.

A) A apreciação da reclamação trabalhista deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias da data de seu ajuizamento.

B) A citação por edital somente é cabível se esgotadas todas as tentativas de se localizar o reclamado.

C) As partes devem ser intimadas da sentença por notificação postal.D) Não cabe a interposição de recurso de revista.

8. (17º. CONCURSO PROCURADOR DO TRABALHO) Sobre a substituição processual no processo do trabalho, assinale a alternativa CORRETA:

A) Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a Constituição da República con-sagrou a substituição processual sindical ampla em relação a todos os integrantes da catego-ria representada pela entidade sindical substituta, independentemente de autorização dos substituídos.

B) Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a Constituição da República con-sagrou a substituição processual sindical ampla em relação a todos os integrantes da catego-ria representada pela entidade sindical substituta, desde que haja a devida autorização dos substituídos.

C) Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a Constituição da República consa-grou a substituição processual sindical restrita aos associados da entidade sindical substituta, independentemente de autorização dos substituídos.

D) Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a Constituição da República consa-grou a substituição processual sindical restrita aos associados da entidade sindical substituta, desde que haja a devida autorização dos substituídos.

E) Não respondida.

9. (17º. CONCURSO PROCURADOR DO TRABALHO) Leia e analise os itens abaixo: I - No inquérito judicial para apuração de falta grave com prévia suspensão do empregado, se o pedido do requerente for julgado improcedente, não tendo sido reconhecida a falta grave, o Juízo condenará o requerente a pagar ao requerido os salários e demais vantagens do período do afastamento, os quais podem ser executados nos próprios autos, além de determinar a reintegração do empregado, sem ne-cessidade de reconvenção, uma vez que o procedimento do inquérito tem natureza dúplice. II - No dissídio coletivo para a extensão de normas dissidiais fixadas apenas para a fração de emprega-dos de uma empresa, pode o tribunal estender a todos os empregados da mesma categoria profissional compreendida na sua jurisdição, somente mediante requerimento de um ou mais sindicatos de empre-gados, ou de um ou mais empregadores, ou entidades sindicais. III - Embora seja assegurado ao Ministério Público do Trabalho manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, as questões éticas ou morais, dotadas ou não de juridicidade, não se revestem do necessário interesse público para justificar a inter-venção ou adoção de providências do Parquet, especialmente em feitos dos quais não seja parte. Marque a alternativa CORRETA:

A) todas as assertivas estão corretas; B) apenas a assertiva III está correta; C) apenas a assertiva II está correta;D) apenas a assertiva I está correta; não respondida.

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capítulo iv – processo e procedimento

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10. (17º. CONCURSO PROCURADOR DO TRABALHO) A respeito do dissídio coletivo, analise as as-sertivas a seguir: I – Considerando-se a jurisprudência uniformizada do Tribunal Superior do Trabalho e a natureza das pretensões deduzidas, são incompatíveis com a finalidade do dissídio coletivo as pretensões acautela-tórias de arresto, apreensão ou depósito. II – O não comparecimento da parte à audiência não produz os efeitos da revelia, como a presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte autora, sendo que o não comparecimento de ambas as partes acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito. III - Quando o dissídio coletivo ocorrer fora da sede do Tribunal, poderá ser delegada pelo Presidente do Tribunal, ao juiz de primeira instância, a tentativa de conciliação, competindo-lhe ultimar os atos homologatórios, com posterior remessa dos autos ao Tribunal. IV – Em se tratando de dissídio coletivo com envolvimento de empresa, não representada por entidade de classe, não é facultada a representação por preposto. Assinale a alternativa CORRETA:

A) apenas a assertiva II está correta; B) apenas as assertivas I, III e IV estão corretas; C) apenas as assertivas II e III estão corretas;D) apenas a assertiva I está correta; E) Não respondida.

11. (TRT – 5ª. R. CONCURSO 2013- MAGISTRATURA) - Assinale a opção CORRETA no que diz respei-to ao mandado de segurança no processo do trabalho.

A) Cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados por administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista ou de concessionárias de serviços públicos.

B) Cabe recurso ordinário para o TST, no prazo de oito dias, da decisão de TRT em mandado de segurança e de cinco dias, para apresentação de razões de contrariedade pelo recorrido e interessados.

C) Não cabe mandado de segurança de decisão transitada em julgado.D) Cabe mandado de segurança quando a ação é extinta sem julgamento do mérito.E) Na hipótese de multa aplicada por órgãos da fiscalização do trabalho, a competência originá-

ria para analisar mandado de segurança impetrado pelo empregador é do TRT.

12. (TRT – 15ª. R. – CONCURSO XXVII – MAGISTRATURA) Sobre os dissídios coletivos, é incorreto afirmar:

A) é requisito próprio para o ajuizamento de dissídio coletivo de natureza econômica a frustra-ção da tentativa de negociação coletiva;

B) tem o Ministério Público do Trabalho legitimação ativa ad causam para o ajuizamento de dis-sídio coletivo em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de ofensa ao inte-resse público, podendo recorrer nos dissídios coletivos em que for parte ou naqueles em que funcionar como custos legis;

C) havendo convenção, acordo ou sentença normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá ser instaurado no prazo máximo de trinta dias anteriores ao respectivo termo final, para que o novo instrumento possa ter vigência no dia imediato a esse termo;

D) há autorização legal para a utilização de juízo de equidade pelo Tribunal do Trabalho compe-tente, no que se refere à extensão, aos demais empregados de uma empresa, de novas condi-ções de trabalho fixadas em dissídio coletivo relativo a apenas uma fração deles;

E) a legitimação ativa ad causam para o ajuizamento de ação de cumprimento é concorrente, podendo ser ajuizada tanto pelo empregado quanto pelo sindicato da categoria profissional.

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GABARITO

1 C

2 B

3 D

4 C

5 D

6 C

7 A

8 A

9 D

10 D

11 C

12 C

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