15 anos de ciberjornalismo em portugal
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Apresentação feita nas jornadas sobre os «Jornalismo na Web em Portugal, 15 anos» (http://www.labcom.ubi.pt/eventos/2010/JOLpt-15anos/).TRANSCRIPT
- 1. Da implementao estagnao
2. Trs fases 3. Primeira fase 4. Primeira fase (1995-1998)
- Incipiente e experimental, dominada pelo modeloshovelware
- De desembarque paulatino dosmediana Web
- Marcada por clima de desconfiana
5. Primeira fase (1995-1998)
- 1995: ano fundador da relao entre osmedianoticiosos generalistas e a Internet
- Julho: inaugurada a edio Web do JN: primeiro dirio generalista a actualizar informaoonline
- Setembro: Pblico passa a colocar edies dirias na Web
- Dezembro: DN comea a colocar a sua edio diria na Web
6. Primeira fase (1995-1998)
- Janeiro de 2006: Novo Jornal da TVI passa a poder ser visto na Web: primeiro canal portugus a emitir um noticirioonline
- Setembro de 1996: nasce a TSF Online, com emisso em directo (Real Audio)
7. Primeira fase (1995-1998)
- Finais de 1996: mercado de trabalho na rea dos novosmediamuito incipiente
- Maior parte dos dirios no tinha jornalistas a tempo inteiro nas suas edies online
- Predominava oshovelware
8. Primeira fase (1995-1998)
- Julho de 1997 : Expresso na Web, de forma experimental: primeiro semanrio online
- Um ano depois, comeou a colocar a sua edio integral na Internet
9. Primeira fase (1995-1998)
- Motores de busca da altura: Altavista eYahoo
- Os portugueses seguiam na ltima carruagem da Internet na produtividadeonline(nmero de pginas .pt)
- Jornais, grupos editores e conglomerados demediatinham entradas tmidas na tabela dos 30 mais produtivos
10. Primeira fase (1995-1998)
- Maro de 1998: Correio da Manh inicia a colocao da sua edio diria na Internet
- Os principais jornais estavam na Web
11. Segunda fase 12. Segunda fase (1999-2000)
- Fase de optimismo, sobreinvestimento, precipitao
- Aparecem os primeiros jornais generalistas exclusivamenteonline(Dirio Digital ePortugal Dirio)
- Alguns jornais reforam as suas edies online com servios de ltima hora (ex:Pblico)
13. Segunda fase (1999-2000)
- Grupos multimdia apostam em portais
- Algumas redaces alargam substancialmente quadros
- Contexto de euforia, nacional e internacional, volta da economia gerada pela Internet
14. Segunda fase (1999-2000)
- A Internet passa de suporte para divulgar os jornais impressosa ser encarada como nova rea de negcio
15. Segunda fase (1999-2000)
- Em 2000, surgem os primeiros alertas para a provvel saturao do mercado
- Aviso: no decorrer de 2001, muitos projectos reduziriam ou fechariam, por falta de objectivo, credibilidade ou dinheiro
16. Segunda fase (1999-2000)
- Portais contratam jovens estagirios, mal pagos, que se limitam a copiar informao de outras fontes
- Vozes reclamam legislao prpria para proteger jornalistas e empresas
17. Segunda fase (1999-2000)
- Novembro de 2000: Observatrio da Comunicao regista 116 rdiosonline
- Jornais regionais no estavam a apostar na Web: s cerca de 18,5 por cento (95 jornais) tinham edioonline
18. Terceira fase 19. Terceira fase (2001-2010)
- Fase da depresso: encerramento desites , cortes em pessoal, reduo de despesas
- Bolha digital rebentara e o investimento publicitrio decara
20. Terceira fase (2001-2010)
- Finais de 2000: primeiros sinais da crise
- Em Outubro, demitiam-se os directores da Lusomundo.net
21. Terceira fase (2001-2010)
- Fevereiro de 2001: crise no Dirio Digital (fuso de sites e despedimentos)
- Quadro geral da Internet muito negativo
- O que falhara? Excesso de expectativa num curto espao de tempo
22. Terceira fase (2001-2010)
- Maro de 2001: Expresso Online acaba com actualizao de notcias e dispensa metade da redaco (17 pessoas num total de 34, entre jornalistas e outro pessoal, na maioria contratados a prazo)
- As receitas de publicidade acabaram por no corresponder s expectativas, a nova economia comeou a cair a pique e o Expressoonlineressentiu-se. (Lima)
23. Terceira fase (2001-2010)
- Sindicato dos Jornalistas critica empresrios que se limitam a fazer experincias no sector da comunicao social sem cuidarem dos problemas da vida das pessoas
24. Terceira fase (2001-2010)
- 2001: Sindicato dos Jornalistas denuncia o drama do imaterial.tv:
- Quatro dezenas de jornalistas comearam, em Outubro do ano passado, a trabalhar num " site " de informao que prometia arejar o jornalismo portugus o imaterial.tv. Quatro meses depois deixaram de receber ordenados, ficaram sem instalaes e o projecto ficou na gaveta.
25. Terceira fase (2001-2010)
- Panorama depressivo generalizado:
- A utopia da Internet como o novoel doradono passa, para j, de uma iluso. isso que cerca de 400 trabalhadores - 210 da Teleweb, 26 do Submarino, 40 da Imaterial TV, cerca de 30 na Impresa (Sic.pt e Expresso on-line), 20 do Dirio Digital e cerca de 10 dos portais da Media Capital esto a sentir na pele, aps perderem os seus empregos ( Viso )
26. Terceira fase (2001-2010)
- 2002: crise prolonga-se
- Em Setembro, a SIC Online inicia, um ano aps os seu lanamento, cortes de pessoal para reduzir custos
27. Terceira fase (2001-2010)
- 2003: em Fevereiro, PT Multimdia anuncia inteno de extinguir a empresa que assegurava ositeLusomundo.net.
28. Terceira fase (2001-2010)
- Estudo (2003)da Associao Portuguesa de Imprensa indicava que, com o surgimento das publicaesonline , cerca de 30% dos portugueses deixaram de comprar jornais nas bancas
- Apesar dessa aparente migrao do papel para a Net, o nmero de cibernautas que lia jornaisonlinepermanecia ainda reduzido, na ordem dos 12 por cento
29. Terceira fase (2001-2010)
- 2006: aponta-se falta de investimento econservadorismo das empresas e dos jornalistas como explicao para a falta de qualidade:
- Tem havido melhorias, mas muito lentas. As equipas so pequenas, mal pagas e h uma cultura de conteno de custos. Mas os leitores que estamos a ganhar esto noonline . muito fcil ver onde est o futuro. (JVM)
30. Terceira fase (2001-2010)
- Ao longo de 2006, aumenta a penetrao da Internet em Portugal e do nmero de visitantes desitesnoticiosos
- Estes sinais positivos no foram suficientes para tirar os ciberjornais da sua situao precria
31. Terceira fase (2001-2010)
- 2009: acentua-se a crise nosmedia
- Quebra de audincias e de receitas
- Despedimentos em vrios grupos de comunicao
32. Terceira fase (2001-2010)
- Investimentos a contracorrente:
- Lanamento de versesonlinedemediatradicionais (SIC ,Viso, A Capital, O Comrcio do Porto, Sbado, Sol, i)
- Inovaes ou reformulaes nalgunsmedia online ( DN, CM, Expresso, Pblico, JN, TSF, DD, Antena 1, RTP, RR)
- Grupos demediado sinais de aposta na convergncia (final da dcada)
33. Notas finais
- Fase experimentallonga e hesitante
- Fase de expanso intensa, precipitada e curta
- Fase de estagnao prolongada pontuada por investimentos light a contracorrente
- Fraca qualidade geral do ciberjornalismo
- Ausncia de modelo de negcio adequado
- Conservadorismo das empresas
- Falta de formao profissional
34. Notas para o futuro
- Implementao da convergncia nosmedia
- Fuso gradual de redaces e de contedos
- Reforo de publicao multiplataforma
- Reforo do jornalismo para dispositivos mveis
- Reformulao de prticas jornalsticas
- Reformatao dos jornalistas
35. Da implementao estagnao