147665ritos processuais completo

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  • 7/23/2019 147665Ritos Processuais Completo

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    DELEGADO POL CIA CIVIL 2015Direito Processual PenalAna Cristina Mendona

    NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO ORDINRIO

    * Em caso de diligncias, o Juiz poder franquear s partes a apresentao de ALEGA ES FINAISESCRITAS em 5 dias, sucessivamente.

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    DELEGADO POL CIA CIVIL 2015Direito Processual PenalAna Cristina Mendona

    NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO SUMRIO

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    DELEGADO POL CIA CIVIL 2015Direito Processual PenalAna Cristina Mendona

    Em caso de PRONNCIA segue-se o JUDICIUM CAUSAE

    Denncia ou Queixa

    Recebimento da denncia ou queixa

    Citao do ru para apresentao de resposta

    Resposta preliminar em 10 dias

    Contra-resposta da acusao em 05 dias

    AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO

    Declarao do ofendido (vtima)

    Oitiva das testemunhas arroladas pela acusaoOitiva das testemunhas arroladas pela defesa

    Oitiva de Peritos (se necessrio)

    Acareaes e reconhecimentos (se necessrio)Interrogatrio do acusado

    Debates orais

    DECISO:

    PRONNCIA, IMPRONNCIA,

    DESCLASSIFICAO OU ABSOLVIO SUMRIA

    Procedimento dos crimes dolosos contra a vida (continuao)Primeira Fase: JUDICIUM ACCUSATIONIS

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    DELEGADO POL CIA CIVIL 2015Direito Processual PenalAna Cristina Mendona

    Procedimento dos crimes dolosos contra a vida (continuao)

    Segunda Fase: JUDICIUM CAUSAE

    Partes requerem diligncias e arrolam at 5 testemunhas (Prazo sucessivo de 5 dias)

    Juiz ordena as diligncias necessrias e elabora um relatrio do caso

    Plenrio (Sesso de Julgamento)

    Formao de conselho de sentenaDeclarao do ofendido (vtima) se possvel

    Oitiva das testemunhas arroladas pela acusaoOitiva das testemunhas arroladas pela defesa

    Peritos, acareaes, reconhecimento e leitura de peasInterrogatrio do acusado

    Debates Orais (com rplica e trplica)Quesitao

    Votao na sala secretaSENTENA

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    DELEGADO POL CIA CIVIL 2015Direito Processual PenalAna Cristina Mendona

    PROCEDIMENTO SUMARSSIMOLEI 9.099/95

    AUDINCIA DE INSTRUO EJULGAMENTODefesa Preliminar

    Recebimento ou no da denncia ou queixa

    Proposta de Suspenso Condicional do ProcessoInquirio das testemunhas de acusaoInquirio das testemunhas de defesa

    InterrogatrioDebates orais

    Sentena na prpria audincia

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    DELEGADO POL CIA CIVIL 2015Direito Processual PenalAna Cristina Mendona

    Carssimos alunos,

    Lembrem-se que o presente resumo, s vezes, indica posies diversas, estando as posies majoritrias em vermelho.

    Grande abrao e bons estudos!Ana Cristina Mendona

    Perguntas e respostas sobre os Juizados Especiais Criminais

    I. Co nc il iao.

    1. Qual a natureza jurdica do instituto? Medida despenalizadora.

    2. Quais os seus efeitos? Penais e civis (pois acarreta a extino da punibilidade e forma, para a vtima, ttulo executivo judicial).

    3. Quem concilia? Vtima e autor do fato.4. Quem participa da conciliao? De acordo com a lei, deveriam estar presentes na audincia o Juiz (que pode se fazer auxiliar por um conciliador),Ministrio Pblico, autor do fato, acompanhado por advogado, vtima e o responsvel civil, se houver.

    5. Quando deve ocorrer? No incio da audincia preliminar. Se frustrada no primeiro ensejo, renovar-se- a proposta no incio da AIJ.

    6. O que ocorre com a conciliao nas aes penais de natureza pblica condicionada a representao e privadas ? Havendoconciliao, a vtima renuncia ao direito de representao ou de queixa (dependendo da natureza da ao), sendo certo que ambas as hipteses acarretam a extinoda punibilidade.

    7. possvel conciliao em ao penal pblica incondicionada?

    1. corrente:Apesar de no prevista na Lei n 9.099/95, perfeitamente possvel a conciliao em infraes cuja ao pblica incondicionada, e, sendo a mesmamedida despenalizadora, deve o Juiz declarar extinta a punibilidade, no restando ao MP o interesse para agir. Impossvel, en tretanto, a conciliao nos chamadoscrimes vagos, em que no h vtima identificvel, partindo-se direto para a transao penal.

    2. corrente (Majoritria): perfeitamente possvel a conciliao em infraes cuja ao pblica incondicionada, entretanto, no acarreta a extino dapunibilidade. Alm disso, o Ministrio Pblico independe da vtima nas infraes de APPblica Incondicionada, motivo pelo qual, presentes as condies da ao, oMinistrio Pblico dever oferecer a transao penal ou a denncia. No caracteriza bis in indem.

    3. corrente: Diante da ausncia de previso legal, no deve ser aplicada, passando-se direto proposta de transao penal.

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    8.Qual a natureza jurdica e quais os efeitos da deciso que homologa a conciliao? Apesar da inexistncia de processo, tm-se entendidoque a deciso homologatria, e teoricamente associada a ato de jurisdio voluntria. Forma ttulo executivo judicial, eventualmente executado no juzo cvel. irrecorrvel.

    9. Descumprido o acordo, o que faz a vtima? Promover a execuo da deciso homologatria do acordo no juzo cvel, caso possvel.

    10. Pode o MP oferecer denncia depois de realizada a conciliao? A posio hj majoritria na doutrina entende ser possvel, pois tratam-se deesferas distintas.

    II. Transao penal.

    11. Qual a natureza jurdica do instituto? Medida despenalizadora que primeiro gera efeitos penais e, depois, processuais.

    12. Legitimidade para a proposta. Ministrio Pblico.

    13. Cabe transao penal em ao penal privada? Neste caso, quem oferece a proposta?

    1. corrente: No, por ser a princpio incompatvel com esta, pois o titular da aopenal a vtima, no podendo o MP barganhar sobre o que no lhe pertence.

    2. corrente (majoritria): Cabvel, fundamentada no princpio da isonomia.

    3. corrente: Cabvel, tratando-se de direito subjetivo do autor do fato.

    14. Qual o momento oportuno? Na audincia preliminar, aps a tentativa sem xito de conciliao, renovando-se a proposta na AIJ, se fracassada a primeira.

    15. Qual a natureza jurdica da proposta?

    1. corrente (Majoritria): Trata-se de uma discricionariedade regrada do Ministrio Pblico, mitigadora do princpio da obrigatoriedade da ao penal pblicafiscalizada pelo juiz, tendo em vista a possvel aplicao analgica do art. 28 do CPP. Se oferecida proposta aps o oferecimento da denncia, ter a mesma o

    condo de mitigar o princpio da indisponibilidade.2. corrente (minoritria, por violar o sistema acusatrio): Direito subjetivo do autor do fato. Assim, se o MP no oferecer a proposta e o juiz entender que o autor dofato faz jus mesma, o prprio juiz a conceder.

    3. corrente: Exerccio de uma nova forma de ao penal. Assim, o princpio da obrigatoriedade est ntegro, no sofrendo mitigao. Altera-se apenas o vetor, ouseja, se presentes as condies da ao e os requisitos para a proposta, o MP dever oferecer a transao penal e no a denncia (que somente seria oferecidacaso o autor do fato no preencha os requisitos ou no aceite a transao). Se o MP no oferece e o juiz entende que o autor do fato faz jus, aplica o 28 do CPP.

    4. corrente: Condio especfica de procedibilidade, sem a qual a denncia no poder ser oferecida.

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    16. Qual a natureza jurdica do procedimento?

    1a. corrente: Como no h processo penal instaurado, trata-se de fase pr processual, de natureza administrativa.

    2. corrente: Para quem defende que um novo modelo de ao penal, j fase processual.

    17. Qual a natureza jurdica e quais os efeitos da deciso?1a. corrente: Entendimento do STF e da maior parte da doutrina de que se trata de deciso homologatria-condenatria, tambm chamada de condenatriaimprpria. homologatria em relao ao acordo sacramentado entre o MP e o autor do fato, e condenatria em relao aplicao de pena alternativa a esteltimo. Equipara-se a ato de jurisdio voluntria e faz coisa julgada material, recorrvel por meio de apelao.

    2. corrente: Condenao imprpria.

    18. Quem participa da transao? MP e autor do fato.

    19. E se o MP se negar a oferecer a proposta? De acordo com a posio majoritria (firmada inclusive na smula 696 do STF): O juiz, dissentindo, deverremeter os autos ao Procurador Geral de Justia, aplicando analogicamente o art. 28 do CPP.

    20. E se o juiz proferir deciso distinta do acordo firmado na transao? O juiz, dentro do acordado entre MP em autor do fato, pode decidir pelaaplicao de pena alternativa menos rgida ou onerosa ou aplica-la at os limites previstos na proposta, nunca alm, julgando ultra petita, dando azo a nulidade

    absoluta da deciso. O juiz possui essa margem de atuao, tpica da funo jurisdicional ao aplicar a pena.

    21. E se o juiz indeferir a transao penal? Alguns entendem que o recurso cabvel a apelao, assim como o em relao a deciso que homologa atransao. Porm, a corrente mais acertada entende ser correta a impetrao de mandado de segurana, tanto pelo MP, em defesa do direito lquido e certo aooferecimento da transao, quanto pelo autor do fato, ante o direito lquido e certo de ver extinta a punibilidade do fato que praticou ao aceitar a transao. Atualmentemuitos tambm sustentam correio parcial.

    22. E se o autor do fato no cumprir o acordo?

    1. corrente: Deve o inadimplemento ser considerado dvida de valor, a ser inscrita na dvida ativa, mantendo-se, em razo do princpio favor rei, extinta apunibilidade, apesar de grande parte dos juzes condicion-la ao cumprimento integral do acordo (homolog-lo sob condio), por fora do que dispe o art. 84 eseu pargrafo nico da Lei n 9.099/95.

    2. corrente: O inadimplemento acarreta a nulidade do acordo e, caso o juiz tenha homologado o mesmo sob condio do cumprimento da pena, poder o MP

    oferecer a denncia. Caso j tenha sido declarada a extino da punibilidade, a pena convertida em multa (caso no tenha sido esta a fixada), sendo a mesmaexecutada como dvida civil (execuo cvel, a ser promovida pelo MP no prprio Juizado).

    Contud o, em 24/10/2014, o STF public ou a Smula Vinculante n. 35.

    SMULA VINCULANTE n. 35: A homologao da transao penal prevista no artigo 76 da lei 9.099/1995 no faz coisa julgada material e,descumpridas suas clusulas, retoma-se a situao anterior, possibilitando-se ao ministrio pblico a continuidade da persecuo penalmediante oferecimento de denncia ou requisio de inqurito policial.

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    III. Suspenso c ondic ional d o p rocesso .

    23. Qual a natureza jurdica do instituto e quais os seus efeitos ? Medida despenalizadora que primeiro gera efeitos processuais e, depois decumprido o perodo de prova, penais.

    24. De quem a legitimidade para a proposta? De acordo com a lei, do Ministrio Pblico.

    25. Qual o momento oportuno?Aps o recebimento da denncia. Entende-se hoje que possvel mesmo em fase recursal.

    26. Qual a natureza jurdica da proposta?

    1. corrente (Majoritria): Trata-se de uma discricionariedade regrada do Ministrio Pblico, mitigadora do princpio da indisponibilidade da ao penal pblica,fiscalizada pelo juiz, tendo em vista a possvel aplicao analgica do art. 28 do CPP (Smula 696 do STF).

    2. corrente (minoritria, por violar o sistema acusatrio): Direito subjetivo do autor do fato. Assim, se o MP no oferecer a proposta e o juiz entender que o autor dofato faz jus mesma, o prprio juiz a conceder.

    3. corrente (posio da banca delegado civil RJ (Andr Nicolitt)): O juiz o DIRETOR do processo. A suspenso condicional do processo seria o devido processolegal, e cabe ao juiz conduzir o processo. No concorda com a posio majoritria, e entende que no h que se falar em violao do sistema acusatrio nahiptese do juiz oferecer ele prprio o benefcio, seja porque no se trata de desdobramento do direito de ao, nem de disponibilidade da pretenso, j que no hcerteza na extino da punibilidade, que no ocorrer caso o ru descumpra as obrigaes. Assim, caso o MP no oferea, no se aplica o 28 do CPP. O juizaplica de ofcio. Tal posio facilita a discusso nas infraes de ao penal privada.

    27. Qual a natureza jurdica do procedimento? Processo.

    28. Qual a natureza jurdica da deciso que a concede? Interlocutria mista no terminativa. Cabvel recurso em sentido estrito (POSIO MAJORIT).

    29. Qual a natureza jurdica da deciso que a indefere? Interlocutria simples.

    30. Qual a natureza jurdica da deciso que a revoga? Interlocutria simples.

    31. E se o MP se nega a oferecer a proposta? Smula 696 do STF: aplica-se o art. 28 do CPP.

    32. cabvel a suspenso condicional do processo em ao penal privada?

    1. corrente: No, por ser a princpio incompatvel com esta, pois o titular da ao penal a vtima, no podendo o MP dispor do que no lhe pertence.

    2. corrente (majoritria): Cabvel, fundamentada no princpio da isonomia.

    3. corrente: Cabvel, tratando-se de direito subjetivo do autor do fato.

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    PROCEDIMENTO DA LEI DE TXICOS (Lei 11.343/2006)

    Rejeio*

    DEN NCIA(5 testemunhas

    art. 54)Notificao do

    acusado(art. 55)

    DefesaPreliminar

    em 10 d(5 testemunhas

    art. 55 1.)

    Recebimento*Citao do rue intimao do MPe requisio dos laudos periciais

    Audincia de Instruo eJulgamento (art. 57)

    InterrogatrioOitiva das testemunhas arroladas

    pela acusaoOitiva das testemunhas arroladas

    pela defesa

    Debates oraisSentena preferencialmente naprpria audincia

    * Juiz deve decidir acerca do recebimento da denncia em 5 dias.Se entender imprescindvel, no prazo de 10 dias determinar a apresentao do preso, realizao de diligncias, exames e per cias.