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www.cers.com.br PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO PROF. GUILHERME PEÑA DE MORAES LEGISLAÇÃO ESTADUAL 1 PLANO DE ESTUDO a) Organização funcional; b) provimento; c) direitos; d) vencimentos; e) acumulação; f) deveres; g) proibições; h) responsabilidade; i) vacância, j) previdência. 8.3. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA a) Infrações disciplinares; b) apuração sumária de irregularidade ou processo administrativo disciplinar, c) penas disciplinares. Apuração Sumária de Irregularidade a) Sindicância averiguação; b) dispensabilidade da sindicância; c) garantias do contraditório e da ampla defesa, d) aplicação de penas disciplinares na sindicância. “A opção pela realização da sindicância justifica-se quando há a necessidade de elucidação de fatos que aparentemente constituem infração punível pela Administração Pública. Entretanto, quando a existência do fato é plenamente caracterizada e a respectiva autoria é conhecida, a Administração Pública pode optar pela instauração direta do procedimento administrativo disciplinar” (STJ, MS n o 16.031/DF, Rel. Min. Humberto Martins, DJU 02.08.2013). “A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a sindicância instaurada com caráter meramente investigatório ou preparatório de um processo administrativo disciplinar prescinde da observância das garantias do contraditório e da ampla defesa(STJ, MS n o 13.699/DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJU 19.03.2014). Sindicância que vise apurar a ocorrência de infrações administrativa, sem estar dirigida, desde logo, à aplicação de sanção, prescinde da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, por se tratar de procedimento inquisitorial, prévio à acusação e anterior ao processo administrativo disciplinar” (STJ, RMS-AgRg n o 20.254/SP, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira, DJU 27.08.2013). Processo Administrativo Disciplinar a) Instauração: Decreto-Lei nº 218/75, art. 25, § 3°; b) instrução: Decreto-Lei nº 220/75, art. 59, § 3°, c) conclusão: Decreto nº 2.479/79, art. 324. Decreto-Lei nº 218, de 18 de julho de 1975 “Art. 25. A aplicação das penas disciplinares previstas nos incisos III e V do artigo 16 será sempre antecedida de sindicância ou apuração sumária da transgressão cometida pelo servidor. § 3° Quando à infração for cominada, em tese, pena superior a 50 (cinquenta) dias de suspensão, ou demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, os autos serão encaminhados ao Secretário de Estado da Polícia Civil, que os remeterá à Secretaria de Estado de Administração para instauração de processo administrativo disciplinar, da

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PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO PROF. GUILHERME PEÑA DE MORAES

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

1

PLANO DE ESTUDO

a) Organização funcional;

b) provimento;

c) direitos;

d) vencimentos;

e) acumulação;

f) deveres;

g) proibições;

h) responsabilidade;

i) vacância,

j) previdência.

8.3. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

a) Infrações disciplinares;

b) apuração sumária de irregularidade ou

processo administrativo disciplinar,

c) penas disciplinares.

Apuração Sumária de Irregularidade

a) Sindicância – averiguação;

b) dispensabilidade da sindicância;

c) garantias do contraditório e da ampla

defesa,

d) aplicação de penas disciplinares na

sindicância.

“A opção pela realização da sindicância

justifica-se quando há a necessidade de

elucidação de fatos que aparentemente

constituem infração punível pela Administração

Pública. Entretanto, quando a existência do fato

é plenamente caracterizada e a respectiva

autoria é conhecida, a Administração Pública

pode optar pela instauração direta do

procedimento administrativo disciplinar” (STJ,

MS no 16.031/DF, Rel. Min. Humberto Martins,

DJU 02.08.2013).

“A jurisprudência desta Corte é pacífica no

sentido de que a sindicância instaurada com

caráter meramente investigatório ou

preparatório de um processo administrativo

disciplinar prescinde da observância das

garantias do contraditório e da ampla defesa”

(STJ, MS no 13.699/DF, Rel. Min. Benedito

Gonçalves, DJU 19.03.2014).

Sindicância que vise apurar a ocorrência de

infrações administrativa, sem estar dirigida,

desde logo, à aplicação de sanção, prescinde da

observância dos princípios do contraditório e da

ampla defesa, por se tratar de

procedimento inquisitorial, prévio à acusação e

anterior ao processo administrativo

disciplinar” (STJ, RMS-AgRg no 20.254/SP,

Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira, DJU

27.08.2013).

Processo Administrativo Disciplinar

a) Instauração: Decreto-Lei nº 218/75, art.

25, § 3°;

b) instrução: Decreto-Lei nº 220/75, art. 59,

§ 3°,

c) conclusão: Decreto nº 2.479/79, art. 324.

Decreto-Lei nº 218, de 18 de julho de 1975

“Art. 25. A aplicação das penas disciplinares

previstas nos incisos III e V do artigo 16 será

sempre antecedida de sindicância ou apuração

sumária da transgressão cometida pelo

servidor.

§ 3° – Quando à infração for cominada, em tese,

pena superior a 50 (cinquenta) dias de

suspensão, ou demissão, cassação de

aposentadoria ou disponibilidade, os autos

serão encaminhados ao Secretário de Estado

da Polícia Civil, que os remeterá à Secretaria de

Estado de Administração para instauração de

processo administrativo disciplinar, da

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PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO PROF. GUILHERME PEÑA DE MORAES

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

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competência de uma das Comissões de

Inquérito”.

Decreto-Lei nº 220, de 18 de julho de 1975

“Art. 59. A suspensão preventiva até 30 (trinta)

dias será ordenada pelas autoridades

mencionadas no art. 56, desde que o

afastamento do funcionário seja necessário

para que este não venha a influir na apuração

da falta.

Decreto nº 2.479, de 8 de março de 1979

“Art. 324. O processo administrativo disciplinar

deverá estar concluído no prazo de 90

(noventa) dias, contados da data em que os

autos chegarem à Comissão prorrogáveis

sucessivamente por períodos de 30 (trinta) dias,

até o máximo de 3 (três), em caso de força maior

e a juízo do Secretário de Estado de

Administração.

Decreto nº 2.479, de 8 de março de 1979

“Art. 324. O processo administrativo disciplinar

deverá estar concluído no prazo de 90

(noventa) dias, contados da data em que os

autos chegarem à Comissão prorrogáveis

sucessivamente por períodos de 30 (trinta) dias,

até o máximo de 3 (três), em caso de força maior

e a juízo do Secretário de Estado de

Administração.

§ 1º – A não observância desses prazos não

acarretará nulidade do processo, importando,

porém, quando não se tratar de sobrestamento,

em responsabilidade administrativa dos

membros da Comissão.

§ 2º – O sobrestamento do processo

administrativo disciplinar só ocorrerá em caso

de absoluta impossibilidade de prosseguimento,

a juízo do Secretário de Estado de

Administração”.

Penas Disciplinares

a) Advertência;

b) repreensão;

c) suspensão;

d) multa;

e) destituição de função;

f) demissão,

g) cassação de aposentadoria, jubilação ou

disponibilidade.

OBS: natureza e gravidade da infração, danos

que dela provierem para o serviço público e

antecedentes funcionais do servidor público.

Advertência

Pena disciplinar que deve ser aplicada

verbalmente em casos de negligência e

comunicada ao órgão de pessoal.

Repreensão

Pena disciplinar que deve ser aplicada por

escrito em casos de desobediência ou falta de

cumprimento dos deveres, bem como de

reincidência específica em transgressão punível

com pena de advertência.

Suspensão

Pena disciplinar que deve ser aplicada em casos

de falta grave, desrespeito a proibições que,

pela sua natureza, não ensejarem pena de

demissão e reincidência em falta já punida com

repreensão, sendo certo que a penalidade não

poderá exceder a 180 (cento e oitenta) dias e o

servidor público suspenso perderá todas as

vantagens e direitos decorrentes do exercício do

cargo.

Multa

Pena disciplinar que pode ser aplicada pelo

chefe imediato do servidor público, em

decorrência de conversão de penalidade de

suspensão, na base de 50% (cinquenta por

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

3

cento) por dia de vencimento ou remuneração,

obrigado o multado a permanecer no serviço

durante o número de horas de trabalho normal.

Destituição de Função

Pena disciplinar que deve ser aplicada em caso

de falta de exação no cumprimento do dever

funcional.

Demissão

Pena disciplinar que deve ser aplicada nos

casos de:

- descumprimento de proibição, quando

de natureza grave, a juízo da autoridade

competente, e se comprovada má fé;

- incontinência pública e escandalosa;

prática de jogos proibidos;

- embriaguez habitual ou em serviço;

- ofensa física em serviço, contra

funcionário ou particular, salvo em

legítima defesa;

- abandono de cargo;

- ausência ao serviço, sem causa

justificada, por 60 (sessenta) dias,

interpoladamente, durante o período de

12 (doze) meses;

- ausência ao serviço, sem causa

justificada, por (vinte) dias,

interpoladamente, durante o período de

12 (doze) meses;

- insubordinação grave em serviço;

- ineficiência comprovada, com caráter de

habitualidade, no desempenho dos

encargos de sua competência;

- desídia no cumprimento dos deveres.

Cassação de Aposentadoria, Jubilação ou

Disponibilidade

Pena disciplinar que deve ser aplicada ao

aposentado ou disponível que houver praticado,

quando ainda no exercício do cargo, falta

suscetível de determinar demissão, aceitado,

ilegalmente, cargo ou função pública, provada a

má fé, ou perdido a nacionalidade brasileira.

Atribuição para Aplicação das Penas

Disciplinares

- Governador, em qualquer caso e,

privativamente, nos casos de demissão,

cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

- Secretários de Estado e demais titulares

de órgãos diretamente subordinados

ao Governador em todos os casos,

exceto nos de competência privativa

Deste, quando a penalidade não

decorrer de inquérito administrativo;

- Secretrário de Estado de Administração,

quando a pena disciplinar decorrer de

inquérito administrativo;

- dirigentes de unidades administrativas

em geral, nos casos de penas de

advertência, repreensão, suspensão até

30 (trinta) dias e multa correspondente,

quando a penalidade não decorrer de

inquérito administrativo,

- autoridade que houver feito a

designação, no caso de destituição de

função.

PAPILOSCOPISTA POLICIAL – 2002

De acordo com o que estatui o Decreto-lei no

220/75 (Estatuto dos Funcionarios Publicos

Civis do Estado do Rio de Janeiro), é correto

afirmar que:

A pena disciplinar de repreensão sera aplicada

verbalmente nos casos de negligência e

comunicada ao orgão de pessoal;

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LEGISLAÇÃO ESTADUAL

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b. A pena de demissão sera aplicada no

caso de o servidor violar proibição

contida no Estatuto, quando, a juízo da

autoridade designada em concreto para

apreciação do caso, for considerada de

natureza grave, e desde que haja indício

de ma-fé;

c. A pena de suspensão sera aplicada em

caso de falta grave, não podendo

exceder a 200 dias;

d. O funcionario suspenso perdera todas

as vantagens e direitos decorrentes do

exercício do cargo;

e. Esta sujeito a pena de demissão o

servidor publico que praticar ofensa

física em serviço, contra funcionario ou

particular, salvo em legítima defesa,

caso em que estara sujeito a pena de

advertência.

PLANO DE ESTUDO

a) Organização funcional;

b) provimento;

c) direitos;

d) vencimentos;

e) acumulação;

f) deveres;

g) proibições;

h) responsabilidade;

i) vacância,

j) previdência.

9. VACÂNCIA

Decreto-Lei nº 220/75, art. 15;

Decreto nº 2.479/79, arts. 60 a 63,

Lei nº 3.586/01, art. 23.

Vacância

a) Exoneração;

b) demissão;

c) transferência;

d) aposentadoria;

e) falecimento;

f) perda do cargo;

g) determinação em lei;

h) dispensa,

i) destituição de função.

OBS: Na hipótese de vacância de cargos

públicos acima de 10% (dez por cento) do

efetivo de cada classe, o Chefe de Polícia Civil

deve propor a realização do concurso público

para o necessário provimento.

PLANO DE ESTUDO

a) Organização funcional;

b) provimento;

c) direitos;

d) vencimentos;

e) acumulação;

f) deveres;

g) proibições;

h) responsabilidade;

i) vacância,

j) previdência.

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10. PREVIDÊNCIA

Decreto-Lei nº 220/75, art. 33;

Decreto nº 2.479/79, art. 266,

Lei nº 3.586/01, art. 30.

Benefícios Previdenciários

a) salário-família;

b) auxílio-doença;

c) assistência médica, farmacêutica,

dentária e hospitalar;

d) financiamento imobiliário;

e) auxílio-moradia;

f) auxílio para a educação dos

dependentes;

g) tratamento por acidente em serviço,

doença profissional ou internação

compulsória para tratamento

psiquiátrico;

h) auxílio-funeral, com base no

vencimento, remuneração ou provento;

i) pensão em caso de morte por acidente

em serviço ou doença profissional,

j) plano de seguro compulsório para

complementação de proventos e

pensões.