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Page 1: 1440 Jornal do Vestibulando ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA Tenho várias amigas que fizeram ... Com que frequência você treinava redação? No primeiro semestre, umas duas vezes

JV – Quando você decidiu ser jornalista?

Victoria – Há bastante tempo. Acho que estava na 6ª série. Tinha uns 11 anos quando decidi fazer Jorna-lismo. Foi numa aula de Português, lembro até hoje.

O que a atraiu ao Jornalismo?

Sou muito curiosa, acho muito legal descobrir as coi-sas, escrever e mostrar para os outros.

Como você veio estudar aqui em São Paulo?

Eu sou de Piraju, interior de São Paulo. Tenho um pri-mo que estuda no Colégio Etapa e vi que era bom. Decidi fazer o cursinho aqui.

Como foi a experiência de vir para São Paulo?

Foi legal. Vim morar com meus tios, foi tranquilo.

Você ficou focada no vestibular?

Exato. Não quis fazer cursinho perto de minha cidade. Tenho várias amigas que fizeram cursinho em Bauru. Para mim não ia dar certo porque no fim de semana ia sair com elas. Aqui foi bem melhor. Não saía e, como não conhecia muita gente daqui, então não fazia falta.

Você tinha prestado Fuvest no ano anterior, ao terminar o Ensino Médio?

Tinha. Passei para a 2ª fase na nota de corte e no fim fiquei bem longe de entrar.

Qual era seu método de estudo?

Depois das aulas no cursinho eu sempre voltava para a casa dos meus tios para estudar, porque não gosto de estudar com gente perto de mim. Qualquer movi-mento eu já me distraio.

Como era sua rotina?

Meus tios moram longe. Acordava às cinco horas e chegava aqui às dez para as sete da manhã. Sempre

ENTREVISTA

Victoria Amorim Costa 1SERVIÇO DE VESTIBULAR

Inscrições 8CONTO

O macaco azul – Aluísio Azevedo 3

1440

E 06/09 A 19/09

Jornal do VestibulandoENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA

lia alguma coisa antes do início das aulas. Assistia às aulas e voltava. Chegava mais ou menos à uma e meia e estudava das duas horas até umas nove da noite. Hoje fico lembrando: quanto eu estudava!

Esse período das duas da tarde às nove da noite era de estudo direto?

Costumava ser direto. Para não ficar muito cansativo eu alternava uma matéria de Humanas, uma de Exa-tas. Estudava História um pouco, estudava Matemá-tica, estudava Português.

Você estudava as matérias do dia?

Eu fazia uma lista com as matérias e procurava ir dei-xando tudo em dia. Impossível, mas eu tentava.

No fim de semana mantinha esse ritmo de estu-dos?

Costumava fazer redação no fim de semana. Lia também. Principalmente no segundo semestre. Mas eu descansava no domingo. Ia para o shopping com meus tios assistir a um filme.

Com que frequência você treinava redação?

No primeiro semestre, umas duas vezes por mês. No segundo semestre, fazia toda semana. Às vezes mais de uma por semana. Fiquei muito preocupada com Redação. Para Jornalismo é realmente importante. As pessoas que prestam já costumam escrever bem.

Em que matérias você tinha mais dificuldade e teve de dar mais atenção?

Principalmente Física e Matemática. Em Geografia eu tinha dificuldade e facilidade ao mesmo tempo. Tinha áreas extremamente fáceis e áreas difíceis. Em Física também era assim.

Você acha que teve uma melhora nessas maté-rias de Exatas?

Excelente melhora. Eu falo que entrei na faculdade por Exatas. Não passei devido a História, Geografia e Português. Antes eu olhava para aquelas questões de Mecânica e falava: “Como vou fazer isso?”. Mas eu consegui. O que eu tinha achado o fim do mundo no ano anterior eu consegui fazer. Fiquei extremamente feliz.

Tinha alguma matéria de que você não gostava?

Eu nunca fui de preconceito com matéria. As matérias que eu falo que não gostava eram na verdade maté-rias que eu não sabia, não entendia.

Você ia ao Plantão de Dúvidas?

Fui uma vez. Usava o Plantão Virtual.

Em que matérias você usava mais o plantão on--line?

Exatas, sempre.

Nos simulados, em que faixas você se colocava?

No primeiro semestre a maioria foi C mais, alguns C menos. Cheguei a tirar um B, acho. No segundo se-mestre eu continuei no C mais, tirei alguns B, tirei dois A. Um deles foi no simulado escrito do segundo dia da 2ª fase, o geral. Chorei de alegria, foi o dia mais feliz da minha vida, tirando o dia em que passei na Fuvest. O outro A foi no simulado escrito de Português. Foi fantástico, eu não esperava tirar A. Falei: “Que bom, está dando certo”.

Em relação ao vestibular, qual foi a importância dos simulados?

Muito importante. É um treinamento que deixa você muito mais calma para fazer o vestibular. Eu cheguei lá, não estava tão nervosa como quando prestei no 3º ano.

ENTREVISTA

“Se você quer USP, tem de lutar por ela.”

Victoria Amorim Costa

Em 2011 – Etapa

Em 2012 – Jornalismo – USP

Victoria Amorim Costa veio de Piraju, no interior, para estudar no cursinho. Fez o Extensivo no ano passado e hoje está na ECA. Cursa Jornalismo, carreira que escolheu quando ainda estava no Ensino Fundamental. Aqui ela conta como se preparou para os vestibulares e como está o curso na USP.

ENTRE PARÊNTESIS

Quantas moedas? 8ARTIGO

Guimarães Rosa: Poeta dos sertões. Criador de língua 5

ARTIGO

7Pesquisadores determinam papel dos sistemas energéticos no judô

PARA PENSAR

Dourar a pílula 8

O Etapa resolveVeja no encarte a resolução da primeira parte da prova da FUVEST 2011 – 1ª Fase

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ENTREVISTA2

Jornal ETAPA, editado por Etapa Ensino e Cultura REDAÇÃO: Rua Vergueiro, 1 987 – CEP 04101-000 – Paraíso – São Paulo – SP

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Egle M. Gallian – M.T. 15343Jornal do Vestibulando

Você leu os livros indicados como obrigatórios pela Fuvest?

Não li completo a Antologia poética de Vinicius de Moraes. Alguns li mais de uma vez.

Você assistiu às palestras sobre os livros?

Todas, não perdi uma palestra, tanto as sobre os li-vros como as de História e Geografia.

Qual a importância da palestra, mesmo já tendo lido o livro?

Essencial. Na palestra o professor mostra o que é mais importante, orienta sobre o que o vestibular costuma pedir. Ele ressalta algumas coisas que quan-do você está lendo não percebe.

Você achou melhor ler antes ou depois das pa-lestras?

Antes. Quando você lê depois, na palestra não entende direito o que o professor está falando.

Nas férias, o que você fez?

Voltei para minha cidade. Fiquei lá as duas semanas. Na primeira semana, descansei. Na segunda semana, fiz exercícios atrasados. Mas descansei bastante.

Para relaxar, o que você fazia?

Assistia a filmes, geralmente. Gosto bastante. Às vezes, no domingo, assistia a um filme em casa e no mesmo dia ia ao cinema com meus tios. Entrava um pouco no computador, lia algumas coisas não rela-cionadas ao vestibular. Uma coisa bem tranquila.

Na 1ª fase da Fuvest, quantos pontos você fez?

70.

O corte foi 59...

Sim, fiquei 11 pontos acima.

O que você achou dessa nota?

Fiquei bastante feliz. Era mais ou menos a nota que eu estava tirando nos simulados. Minha média era entre 68 e 73.

Da 1ª para a 2ª fase mudou alguma coisa em seu método de estudo?

Continuei estudando tudo. A única coisa que mudou foi que parei de fazer os testes. Só fazia questão dissertativa.

Quais foram suas notas na 2ª fase?

No primeiro dia fiquei com nota 60,63 – de 100. No segundo dia tirei 74,44. No terceiro dia, 45,83. No terceiro dia lembro que saí pensando: “Ai, não vou passar”. Achei a prova de Geografia extremamente difícil. Em História eu fui razoavelmente bem.

Na escala de zero a 1 000, qual foi sua pontuação?

646,4.

Sua classificação na carreira Jornalismo?

28º lugar.

Como foi o dia de sua aprovação?

Lembro perfeitamente, foi desesperador. Consegui abrir a lista na Internet, mas abri a lista errada, não vi meu nome no matutino. Não consegui abrir o notur-no, daí vim para o Etapa, com meu pai. Quando vi meu nome, comecei a chorar. Estava achando que era o no-turno. Depois fui para a casa dos meus tios e lá eu vi que era o matutino. Sensacional. Era o que eu queria.

Na hora em que viu seu nome, como foi?

Nem lembro direito porque foi muita coisa ao mesmo tempo. Foi meio que um sonho realizado. Me pinta-ram aqui no Etapa, a gente desceu para a praia e eu fui pintada. Paramos num lugar para comer, estava pin-tada, e as pessoas cumprimentavam. Foi muito legal.

Nos outros vestibulares que prestou quais fo-ram os resultados?

Na PUC passei em 2º lugar e na Cásper passei em 44º. Fui melhor do que imaginava.

Como foi o dia da matrícula na ECA?

Fui fazer a matrícula à tarde. Queria ter ido de ma-nhã, mas não deu. Me pintaram, fiquei muito tempo conversando com os veteranos. Muito legal.

Neste semestre, quais matérias você tem?

Estou tendo Ciências da Linguagem II, Economia, Ética, Pensamento Filosófico, Jornalismo no Rádio e na TV, Teoria da Comunicação II. Fora as optativas.

Quais optativas você está fazendo?

Fundamentos do Jornalismo e Edição de Imagens em Revistas.

Dessas matérias, qual é mais complicada, de-manda mais atenção?

Teoria da Comunicação é uma matéria muito boa, extremamente importante, mas acho meio difícil. O professor é bom, mas a matéria é meio abstrata, meio filosófica.

É a que você tem de estudar mais?

Relativamente. Acho que foi a matéria que eu mais es-tudei no primeiro semestre. Estou estudando bastan-te minha optativa Fundamentos do Jornalismo, tem muita coisa. Ética também tem muita coisa para fazer.

De qual matéria você está gostando mais?

Estou adorando Ética. Gosto bastante de Economia também. No primeiro semestre gostei de uma matéria que eu tive, Legislação e Deontologia de Jornalismo.

Você está fazendo alguma outra atividade na USP?

Estou na Empresa Júnior de Jornalismo. Eu amo. Os veteranos do 2º ano são diretores e os bichos estão em núcleos. São vários núcleos, cada bicho está em dois núcleos. Eu estou no de Jornalismo, participo de um blog, na semana que vem vai sair uma matéria que eu fiz. E estou no núcleo de Eventos. Na semana que vem tem um evento fantástico que nós organi-zamos – a Semana de Fotojornalismo.

Na Júnior, qual é sua frequência: toda semana? Todo dia?

Toda semana tem RO, reunião ordinária, que é a em-presa inteira, e tem as reuniões de núcleo.

Está fazendo mais alguma coisa?

Estou fazendo só isso. Pretendo entrar no Projeto Redigir, um projeto gratuito para adultos, eles aprimoram a co-municação, a capacidade de expressão, a escrita. São os alunos mesmo que dão aula. Tem a Atlética, fora as pa-lestras. Na semana passada cobri uma palestra que tinha o presidente do Santos. No primeiro semestre, toda se-mana tinha uma palestra da Folha, assisti a todas. Temos muitas palestras e acho isso muito importante.

Do que você viu até agora, do que gostou mais?

Da parte humana, com certeza. Eu conheço gente da Poli, da FEA, as pessoas são acolhedoras. É fácil fazer amizades e você fica lá horas conversando. A ECA tem uma praça que a gente chama de prainha, onde o pessoal senta e fica conversando. É muito gostoso.

O que motiva você a seguir no Jornalismo?

Eu adoro tudo que estou fazendo, gosto de escrever, de ir atrás das coisas. Não sei exatamente o que me moti-va a fazer Jornalismo, mas eu acho que tenho um pou-co dessa visão de querer mudar as coisas. O Jornalismo tem esse poder, o poder de abrir os olhos das pessoas e fazê-las compreender. Gosto disso. Mas realmente acho que para você fazer Jornalismo tem de gostar. Eu acho extremamente legal, mas tem gente que não gos-ta de ir atrás das coisas. Às vezes a pessoa pensa que é só escrever, não pensa em toda a parte por trás.

Você tem ideia da área que pretende seguir em Jornalismo?

Ainda não. Eu tive jornal, vou começar agora rádio, tem um semestre de TV. Posteriormente tem revista ainda. Vou ter mais rádio, mais TV.

Tem Internet também?

Tem Jornalismo On-line. Na semana passada teve reunião para decidir sobre a abertura de uma vaga para docente de Jornalismo On-line. Foi aprovado.

O que você diria a quem vai prestar vestibular este ano?

Eu diria que vale a pena perder um ano – perder que eu falo é deixar de sair com os amigos, deixar de fa-zer muitas coisas de que gosta, porque realmente isso acontece. É pesado fazer cursinho, não é fácil. Mas vale muito a pena. Demais.

E a quem prestou no ano passado, não passou e vai prestar de novo?

Acontece com todo mundo. Na minha sala tenho co-legas que fizeram três anos de cursinho. É normal. Se você quer USP, tem de lutar por ela. Vai valer a pena.

O que você acha que é necessário para ir bem nos vestibulares?

Eu acho que a pessoa tem de se dedicar. Não é só para Jornalismo, qualquer curso. Todos os cursos, na realidade. Não adianta estudar só um pouquinho, não prestar atenção nas aulas. Tem de se dedicar, tem de estar disposta.

Como fica marcado o ano passado para você?

Foi difícil. Até agora não sei como consegui estudar tanto. Ao mesmo tempo foi legal, foi um aprendiza-do. É uma etapa interessante de se passar. Amadure-ce demais, cria responsabilidades imensas.

Você tem saudade de alguma coisa aqui do Etapa?

Dos professores. Eu adorava.

O que você tira de lição de toda essa experiência?

Acho que foi muito legal ter feito cursinho. Foi um aprendizado enorme.

Você quer dizer mais alguma coisa para nossos alunos?

Quero ver bichos do Etapa no ano que vem.