14 encontro de trabalhadores e dirigentes espíritas (g.e.b.m.)

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Promoção: Grupo Espírita Bezerra de Menezes Jornal A Voz do Espírito 14º ENTRADE Encontro de Trabalhadores e Dirigentes Espíritas São José do Rio Preto - SP Dias 29, 30 e 31 de Maio de 1998 Médium e mediunidade: “Não basta ter um bom instrumento, é necessário dispor de um bom músico para dele tirar bons sons e, ainda mais, é preciso que o executante disponha de uma audiência capaz de compreendê-lo e de apreciá-lo” - Allan Kardec, no livro Viagem

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Page 1: 14 encontro de trabalhadores e dirigentes espíritas (g.e.b.m.)

Promoção:Grupo Espírita Bezerra de MenezesJornal A Voz do Espírito

14º ENTRADEEncontro de Trabalhadores e Dirigentes Espíritas

São José do Rio Preto - SP

Dias 29, 30 e 31 de Maio de 1998

Médium e mediunidade:

“Não basta ter um bom instrumento, é necessário dispor de umbom músico para dele tirar bons sons e, ainda mais, é precisoque o executante disponha de uma audiência capaz decompreendê-lo e de apreciá-lo” - Allan Kardec, no livro Viagem

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INTRODUÇÃO

Vamos estudar juntos no Entrade

14º Encontro de Trabalhadores e Dirigentes Espíritas - 29, 30 e 31 de Maio de 1998 - São José do Rio Preto, SP

IntroduçãoA finalidade desta apostila é apresen-

tar a você as informações necessárias àsua participação no 14º Encontro de Tra-balhadores e Dirigentes Espíritas - En-trade. Estaremos reunidos com gruposde cidades do Estado de São Paulo e deoutros Estados do país. Juntos, somoso Entrade. Nele, são propostos temasem torno dos quais serão desenvolvidosos estudos.

Esperamos que a razão e o bom sensopredominem nas discussões doutrinári-as. O orgulho e a pretensão de tudo sabervêm sendo grandes obstáculos ao pro-gresso do Espiritismo. Que isso não setransforme em pedra de tropeço ao nos-so aprendizado nesses dias em que va-mos conviver juntos. Jesus e os Espíri-tos superiores aproveitarão o eventopara nos transmitir novas idéias sobre aprática do Espiritismo.

Grupo Espírita Bezerra de Menezese jornal A Voz do EspíritoO Grupo Espírita Bezerra de Menezes

tem sua sede na cidade de São José doRio Preto, SP. É uma entidade legalmenteconstituída desde 1984. Trata-se de umgrupo independente, não filiado a enti-dades federativas. O grupo possui as-

sistência social regular, estudos metódi-cos da Doutrina Espírita, atividades me-diúnicas e atendimento público com tra-

tamentos individualizados. Edita o jor-nal A Voz do Espírito, com tiragem médiade oito mil exemplares e circula em maisde 5 mil centros espíritas de todo país enos principais grupos do mundo.

Possui o Vídeo Voz, um setor de filma-gem em vídeo, que já distribuiu mais de10 mil fitas em todos os Estados brasilei-ros.

Promove os Entrades desde 1990, ondemais de 1500 dirigentes e trabalhadoresjá estiveram presentes para estudar aDoutrina Espírita e debaterem idéias.

Sua estadia entre nósOrganizamos o 14º Encontro para que

sua estada em São José do Rio Preto sejaa melhor possível. Caso haja algumafalha na organização, pedimos que nosdesculpe. Nem sempre é possível evitá-las.

Se houver qualquer problema maior,pedimos procurar a Recepção na entradado Grupo Espírita Bezerra de Menezes,onde será realizado o Entrade. Nós oatenderemos com satisfação.

EstadiaSuas diárias, bem como despesas ex-

tras, como Frigobar, interurbanos ou ali-mentação feitas no hotel de hospeda-gem serão pagas na recepção do mesmo,na saída do Entradista.

Nota importante: O café da manhãestá incluso no custo da diária do hotel.

Café fraterno: Se quiser reforçar ocafé da manhã, você poderá fazê-lo gra-tuitamente nas dependências do even-to.

Reserva de PassagensCaso você tenha feito reserva de pas-

sagens para a volta, fale com nossa Re-cepção para acertar os detalhes.

O Grupo Espírita Bezerra de Menezes, de São José do Rio Preto, SP, e o jornal A Vozdo Espírito têm a satisfação de receber você para participar dos estudos do 14º Entrade -Encontro de Trabalhadores e Dirigentes Espíritas - a ser realizado nos dias 29, 30 e 31 de Maiode 1998.

A finalidade desse evento é a de reunir trabalhadores e dirigentes espíritas do país, visandodesenvolver estudos e trocar informações sobre a administração e práticas dos centrosespíritas. É para nós motivo de alegria contar com sua presença. Esperamos que se sinta emcasa, que se descontraia e que leve boas idéias para seu grupo.

Os organizadores.

Entrade 98Seja bem-vindo

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INTRODUÇÃO

Chegando no Bezerra, você estaráentre amigos

Visite nossa página na Internet

DIFICULDADES?

Disque 224-7081. O plantão atende.

IdentificaçãoVocê receberá na Recepção um crachá

para facilitar sua identificação e diálogocom os participantes. Nele, constará seunome e cidade de origem. Algumas pes-soas estarão transitando nas dependên-cias do Encontro portando crachás dife-renciados. São os servidores do Entra-de. Junto a eles, você poderá solicitardesde um copo de água até um diálogocom a Direção do evento.

Use seu crachá - Você só terá acessoàs dependências do Entrade com o seucrachá de identificação. Se esquecê-lona hospedagem, procure as nossas re-cepcionistas para que seja providencia-do outro.

Ao término do evento, pedimos quedeixe o crachá de identificação na Recep-ção ou nas caixas que colocaremos pró-ximas da saída.

O ExpositorO expositor é um convidado que vai

expor um trabalho doutrinário à aprecia-ção dos trabalhadores. Poderemos acei-tar suas colocações, propor modifica-ções em alguns pontos de vista ou acres-centar outros. Cabe ainda aosentradistas, o direito da não aceitaçãodas idéias colocadas. Quando esta rejei-ção for pública, ela deverá ser acompa-nhada de explicações racionais destina-das a convencer os presentes.

Enquanto o expositor estiver falando,ele não poderá ser interrompido. Vocêreceberá uma caneta e um bloco de ras-cunhos, onde anotará suas dúvidas equestionamentos. Após o término daexposição, será aberto o espaço destina-do às discussões, onde poderão serapresentadas suas considerações. Ummediador coordenará esses trabalhos.

Atenção: O mediador não permitiráque sejam respondidas questões queestejam fora do tema em estudo. Quandoformular as perguntas, seja objetivo e

direto.Os expositores poderão participar dos

debates, porém, não deverão manter adiscussão em torno deles.

Os estudos de cada tema serão feitosem duas sessões, com intervalo para ocafé. Na primeira parte, você participaráoralmente fazendo e respondendo per-guntas. Para isso, bastará levantar a mão,solicitando a palavra. Na segunda, sópoderá perguntar através de papel ende-reçado à mesa coordenadora.

ReclamaçõesQualquer reclamação em plenário de-

verá ser dirigida ao mediador ou ao coor-denador geral do 14º Entrade, José QueidTufaile Huaixan.

Importante - Ao Grupo Espírita Be-zerra de Menezes, legitimamente repre-sentado na pessoa de seu Presidente,reserva-se o direito de afastar das reuni-ões de estudos qualquer participanteque provocar desarmonias ou procederde forma inadequada em relação ao an-damento dos trabalhos.

Intervalos - Nos intervalos para des-canso, procure conversar com os com-panheiros presentes, de modo que sepossa trocar idéias sobre a prática doEspiritismo em cada região.

Obras para consultas - Estarão dispo-níveis para consultas os seguintes li-vros: Codificação completa, RevistaEspírita com índice alfabético, Velho eNovo Testamento.

www.novavoz.org.brUma nova voz na Rede Mundial de Computadores!

Em nosso site, você encontrará textosjornalísticos e estudos doutrinários deinteresse da casa espírita. Esse materialpode ser retirado gratuitamente e serusado em qualquer região do país e domundo.O usuário ainda poderá receberassistência espiritual no campo dadesobsessão e das enfermidades físicaspela Internet.Conheça as dependências do Bezerra,tenha acesso a todos trabalhos feitos nosEncontros de Trabalhadores e DirigentesEspíritas, realizados anualmente em SãoJosé do Rio Preto, SP, e muito mais.Venha nos visitar e deixe suasimpressões!

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Sexta-feira, dia 29, 20 horas - Conver-sa informal na sede do Grupo EspíritaBezerra de Menezes.

Sábado, dia 30, 9:00 horas‘‘EVANGELIZAÇÃO INFANTIL”Apresentação: Heloísa Pires10:30 horas - Café12:00 horas - Intervalo para o almoço

Atenção: O almoço será servido nasdependências do Grupo Espírita Bezer-ra de Menezes.

Sábado, 14:30 horas“Sessões práticas de Espiritismo”Coordenação: Vanda Simões1ª Turma: Psicografia e Desobsessão2ª Turma: Psicografia e Desobsessão

Sábado, 20:00 horas“TÉCNICAS DE DESOBSESSÃO”Apresentação: José Queid Tufaile

Huaixan21:30 horas - Café22:00 horas - Encerramento das ativi-

dades

Domingo, dia 31, 09:00 horas“ATENDIMENTO FRATERNO”Apresentação: Vanda Simões10:30 horas - Café12:00 horas - Encerramento do Evento12:15 horas - Almoço

Transporte final: O transporte para aRodoviária ficará a cargo dos organiza-dores. Procure a Recepção do 14º Entra-de na sede do Grupo.

INTRODUÇÃO

Livros à vendaHaverá uma banca de livros espíritas

onde poderão ser adquiridas obras deautores diversos.

Fitas de vídeoVocê poderá adquirir vários títulos de

filmes em vídeo, incluindo os trabalhosde outros Entrades. Informe-se na Re-cepção, no salão de estudos. O VídeoVoz dispõe de títulos a pronta-entrega eoutros que poderão ser encomendados.Os filmes sob encomenda serão envia-dos pela ordem de pedidos. A distribui-ção começará 15 dias após o evento.Tendo em vista melhor servi-lo, o VídeoVoz trabalha com equipamentos própri-os. Não deixe de reservar as fitas desteevento.

Veja na mesa do Vídeo Voz uma listacompleta de todo os títulos de filmesdisponíveis.

InformaçõesAs exposições serão feitas num tempo

máximo de 45 minutos. A seguir, as pes-soas poderão fazer perguntas ao exposi-tor ou responder questionamentos, demodo que as discussões possam levar aum entendimento claro a respeito decada assunto. Nas divergências, preva-lecerá a opinião da maioria. Se necessá-rio, poderá ser solicitada uma votaçãosimples. O resultado dos estudos serãodivulgados em vídeo e através do jornalA Voz do Espírito, que fará matériassobre os pontos mais relevantes.

Localize-se: O Encontro se dará nosdias 29 (Sexta) à noite, 30 (Sábado) pelamanhã e à tarde e 31 (Domingo) pelamanhã.

A abertura será no dia 30, às 08:45horas, no salão onde se realizará o Entra-de.

Endereço útilEndereço do Grupo Espírita Bezerra

de Menezes: Rua Subhi Jamal, 1185 - VilaElmaz - São José do Rio Preto, SP.

Recepção dos participantes - A partirdas 12 horas da sexta-feira, dia 29.

Se você quer mesmo conhecer Allan Kardec,estude a Revista Espírita

Obras do Codificador: um caminho de luz paraa solução dos problemas do Centro Espírita.

O Movimento Espírita é hojeum organismo doutrinário de di-mensões significativas. Por todaparte em que alguém o examine,encontrará uma variedade tãogrande de idéias que chega a as-sustar o observador mais atento.Allan Kardec, em muitos pontosde sua obra, demonstrou que ahomogeneidade é uma condiçãoindispensável para a estabilidadedos trabalhos doutrinários. Essaregra, porém, está desde há mui-to esquecida.

Na última década, a huma-nidade experimenta uma deca-dência moral nunca observada.Nem mesmo da lendária Sodomae Gomorra se têm notícias desseestado de barbárie moral que aospoucos acomete os povos. Umfenômeno que abrange o mundomaterial e espiritual está se pro-cessando, conduzindo o planetanos caminhos das transforma-ções previstas por Jesus e pelosprofetas das Sagradas Escrituras.Não há como se colocarem freiosnessa situação que, infelizmente,envolve todos os viventes.

Está, pois, na hora de se to-mar algumas providências parasalvaguardarmos os interessesda mensagem do Espírito de Ver-dade. Frente a esse movimentoonde predominam o domínio degrupos, a idolatria de vivos, a ora-tória de cátedra (sem Espírito), ofanatismo religioso e a disputapelos primeiros lugares na festa,faz-se necessário a união dos es-píritas sérios para levarem emfrente o compromisso de se divul-gar e realizar a obra do EspíritoDivino junto ao povo sofredor.

O 14º Entrade vai ser maisuma oportunidade de congraça-mento, de estudo e de planeja-mento para um futuro melhor. Que-remos convidar você para estar co-nosco nesses três dias de traba-lho. Que os Bons Espíritos quedirigem a vida de cada um de nóspossam se unir numa grandefalange, a nos estimular no estu-do e no entendimento das gravesquestões que cercam os centrosespíritas do qual fazemos parte.

Sentiremo-nos honradoscom sua presença.

A Comissão organizadora.

MUITO IMPORTANTE

Não basta amar,é preciso agir!

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EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

Evangelização infanto-juvenil

Sábado, dia 30, 9:00 horas

‘‘EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL”Apresentação: Heloísa PiresIdade: 46 anosEstado civil: casadaProfissão: Pedagoga, licenciada em Física e MatemáticaResidência: São Paulo, SPNo Movimento Espírita: É expositora que atua nomovimento local e internacional. É filha do conhecidoProf. José Herculano Pires, líder espírita desencarnadoem 1979.

Lendo os jornais, observandoos problemas do planeta Terrano momento atual começa-mos a entender a importânciada evangelização. Nos paísesde primeiro mundo a violênciainfantil é terrível; nos EstadosUnidos, crianças matam ami-guinhos e adultos com a mes-ma facilidade com que trocamde roupa. A incompreensão dafinalidade da existência, a vio-lência estimulada nos filmes ejogos de computador, a faltado diálogo com os pais, são al-guns fatores geradores do de-sequilíbrio dos reencarnantesque, como explica o Livro dosEspíritos, vieram à Terra pre-parados para a vitória.

Como vamos preparar crian-ças e jovens para enfrentaremo momento difícil de transiçãoque a Terra atravessa, semconscientizá-los da necessida-de de fazermos ao próximo oque desejamos que o próximofaça?

A conscientização é possívelatravés do estudo das palavrase exemplificação do nosso ir-mão mais velho Jesus de Naza-ré.

O Livro dos Espíritos explicaque Jesus é o modelo de ho-mem ideal. O pensamento deJesus, a sua paranormalidadeexcepcional, fruto da evoluçãoespiritual, a sua capacidade de

cura, atraem crianças e jovensque meditam então sobre o ca-minho da ética que conduz ohomem ao desenvolvimento daserenidade e da capacidade deamar.

No momento atual encontra-mos no capítulo de A Gênese:Jesus, milagres e profecias, enos estudos do Evangelho Se-gundo o Espiritismo, uma fon-te preciosa para o desenvolvi-mento da auto-imagem positi-va indispensável ao crescimen-to espiritual do homem, para oseu equilíbrio emocional.

O Evangelizador precisa co-nhecer a Doutrina Espírita.

Amar as crianças, porqueeducar é um ato de amor.

Compreender as necessidadesdas crianças.

a) Ser amada; aceita com assuas facilidades e dificuldades.

Basta nos lembrarmos daaceitação do Plano EspiritualSuperior, em relação às nossasnecessidades.

b) Formar auto-imagem posi-tiva. Depende da nossa aceita-ção da criança e da compreen-são dos princípios básicos doEspiritismo, entre os quais aReencarnação. Jesus nos auxi-lia: sois deuses e luzes.

c) Propiciar os estímulos ne-cessários que desenvolvem acriatividade e a capacidade de

análise e crítica construtiva.Não vale formar papagaios

repetidores. As tarefas apre-sentadas na Casa Espírita de-vem permitir a construção dopensamento da criança em umsentido positivo, na construçãoda couraça da fé e da caridadedo apóstolo Paulo.

d) Desenvolver o bom humor,o otimismo, a alegria saudávele responsável. O equilíbrioemocional, que como lembraDaniel Goleman, é tão ou maisimportante do que o intelectu-al.

e) Entender o Evangelhocomo possibilidade de integrara criança, o jovem e o maduro,como peça útil numa socieda-de necessitada.

Formar, como lembra JoséHerculano Pires, elementosindutores ao progresso.

f) Desenvolver a compreen-são das palavras de Paulo so-bre a Caridade, única forma detransformarmos a nossa socie-dade para melhor.

Conclusão: A Evangelizaçãona Casa Espírita vai desenvol-ver, como queria Kant, asperfectibilidades do indivíduo:as potencialidades, como expli-ca o Espiritismo. Vai fazer sur-gir o �Homem de bem� doEvangelho Segundo o Espiritis-mo�...

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Técnicas de desobsessão

Sábado, dia 30, 20:00 horas

“TÉCNICAS DE DESOBSESSÃO”Apresentação: José Queid Tufaile HuaixanIdade: 43 anosEstado civil: casadoProfissão: Piloto de aviõesResidência: São José do Rio Preto, SPNo Movimento Espírita: É jornalista, editor do jornal AVoz do Espírito e dirigente do Grupo Espírita Bezerra deMenezes, idealizador do Movimento de Reformas. Éexpositor e trata de todos os assuntos concernentes àsatividades da casa espírita.

- Introdução

1.0 - O que é a obsessão1.1 - Definição clássica1.2 - Causas da obsessão1.3 - Graus da obsessão1.4 - Situações obsessivas

2.0 - Diagnóstico da obsessão2.1 - Entrevista2.2 - Exame espiritual por evocação2.3 - Exame espiritual por psicografia2.4 - Exame espiritual por vidência

3.0 - Princípios do tratamento3.1 - Aspectos morais do paciente

4.0 - Técnicas de desobsessão4.1 - Doutrinação do obsediado (direta e indiretamente)4.2 - Doutrinação do Espírito obsessor4.3 - Doutrinação da família do obsediado

5.0 - Meios coadjuvantes5.1 - Fluidoterapia5.2 - Leitura de livros espíritas5.3 - Mensagens doutrinárias5.4 - Prece5.5 - Trabalho no Bem5.6 - Cuidados médicos

- Conclusão

Introdução

As informações existentesneste estudo, têm como finali-dade levar o trabalhador ou di-rigente espírita que lida com aobsessão, a um melhor enten-dimento acerca dos métodospelos quais se é possívelidentificá-la e tratá-la com re-lativa segurança.

Sabe-se que a obsessão é umadisfunção mental de fundo es-piritual, que sempre esteve pre-sente na vida do homem terre-no. Seu tratamento foi misté-rio em todos os tempos. Com oadvento do Espiritismo, conse-guiu-se uma explicação racio-nal para o fenômeno, demons-trando suas causas, classifi-cando seus efeitos e apontandocaminhos para sua cura.

Nos tempos atuais, devido aocrescimento desmedido da po-pulação, sua decadência morale os inúmeros problemas soci-ais que enfrenta o mundo, aobsessão tornou-se um verda-deiro flagelo, provocando de-sentendimentos, vícios, ano-malias psicológicas, suicídios eoutros males do gênero. A ci-ência humana continua nãoaceitando os conceitos espíri-tas a respeito do assunto, dei-xando de oferecer oportunida-de de cura a inúmeros pacien-tes que a procuram. A Doutri-na Espírita ainda é a única saí-da para o alívio e cura da ob-sessão, principalmente os casosmais graves.

Frente a essa situação deemergência por que passa ahumanidade, nós espíritas, que

somos os trabalhadores da últi-ma hora, temos que nos esfor-çar para termos um bom en-tendimento das causas da ob-sessão e dos métodos que po-demos utilizar para cuidarmosdos que são vitimados por ela.

A obsessão é ainda um dosmaiores entraves para a práti-ca da mediunidade. Allan Kar-dec afirmou que nunca seriamdemais as providências desti-nadas a combater sua influên-cia daninha.

A prática do Espiritismo, poruma série de fatores, passa porum período onde sua produti-vidade terapêutica é baixa.Essa situação de pouca produ-ção precisa ser questionadapara se promover o progresso.A Doutrina Espírita nos ensinaque tudo deve progredir. Epara sabermos se a ajuda espi-ritual ministrada em nossacasa está sendo suficientemen-te útil, basta controlarmos ostratamentos que vêm sendofeitos pela equipe de desobses-são. Os dados pessoais do obse-dado, bem como os principaissintomas da perturbação, de-vem ser anotados em fichas deinformações. Depois de algumtempo, 30 ou 60 dias porexemplo, faz-se uma compara-ção com o período anterior aotratamento. Se houve melhorade sintomas em mais de 50%dos casos, o atendimento estáem bom nível. Abaixo deste ín-dice, é preciso melhorar a me-todologia utilizada.

O que se tem observado numconsiderável número de socie-dades é a necessidade urgente

TÉCNICAS DE DESOBSESSÃO 2-1

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de se aperfeiçoar o método detratamento utilizado. Isso,quando ele existe. Inclui-senesse aperfeiçoamento, a me-lhoria das atividades mediúni-cas, com o desenvolvimento demédiuns seguros e flexíveispara tratarem das evocações,doutrinações e pesquisas.

Na literatura espírita temosvários trabalhos falando dotema �desobsessão�. Porém, emmaioria foram escritos por au-tores desabituados com as lidesdiárias da obsessão. São teóri-cos que pouco entendem dolado prático do tratamento. Es-ses estudos deixam a desejarquanto à realidade prática dasinstituições espíritas. Repetemantigos e mal interpretadosconceitos, teses redundantesque pouco acrescentam ao co-nhecimento de quem precisamudar.

Fizemos esse trabalho com afinalidade de colaborar paraminimizar essa deficiência.Queremos, com ele, contribuirpara que o tratamento da ob-sessão nas casas espíritas sejamais organizado e apresenteresultados mais satisfatórios.

1.0 - O que é a obsessão

No Movimento Espírita existemuita confusão a respeito doque seja a obsessão e de comose caracteriza. Um dos obstá-culos para a sua cura está nadificuldade que se tem paraidentificá-la. Frequentemente,ela é confundida com a simplesinfluência de Espíritos sofredo-res ou com as influenciaçõesnegativas que todo ser humanorecebe. Pode-se comparar esteerro mais ou menos como o domédico que, ao examinar o pa-ciente, confundiu resfriadocom tuberculose. Há aquelesque confundem obsessão commediunidade a ser desenvolvi-da. A obsessão, afirmam, deveser curada com o desenvolvi-mento da mediunidade ou como trabalho do paciente no cam-po da assistência social. Eis umgrave erro que pode levar aconsequências danosas. É omesmo que um médico pres-crever para a cura de uma do-ença, que seu paciente estudemedicina ou trabalhe no hospi-tal.

A obsessão é uma doença defundo moral que deve ser tra-

tada por métodos lógicos e ra-cionais ensinados pela Doutri-na Espírita. Se vai haver ativi-dade mediúnica ou não navida do paciente, isto será defi-nido depois do tratamento,pois dependerá de uma série defatores que deverão ser avalia-dos pelo dirigente de sessões ouresponsável pela orientação dacasa.

É necessário ao observadordeter-se em alguns detalhespara identificar corretamente oprocesso obsessivo. Só assim,poderá tratá-lo com sucesso.

�A obsessão apresenta carac-terísticas diversas que precisa-mos distinguir com precisão, re-sultantes do grau de constrangi-mento e da natureza dos efeitosque este produz� � (Allan Kar-dec, em O Livro dos Médiuns,capítulo 18:237)

�A palavra obsessão é portan-to um termo genérico pelo qualse designa o conjunto desses fe-nômenos, cujas principais varie-dades são: a obsessão simples,a fascinação e a subjugação� �(Idem, acima).

1.1 - Definição clássica:Allan Kardec, o codificador, as-sim define a obsessão:

�A obsessão é a ação persis-tente de um Espírito mau sobreuma pessoa. Apresenta caracte-rísticas muito diversas, desde asimples influência de ordem mo-ral, sem sinais exteriores percep-tíveis, até a completa perturba-ção do organismo e das faculda-des mentais� � (O EvangelhoSegundo o Espiritismo, capítu-lo 28:81).

�Trata-se do domínio que al-guns Espíritos podem adquirirsobre certas pessoas. São sem-pre os Espíritos inferiores queprocuram dominar, pois osbons não exercem nenhum cons-trangimento. ...Os maus, pelocontrário, agarram-se aos queconseguem prender. Se chegam adominar alguém, identificam-secom o Espírito da vítima e aconduzem como se faz com umacriança� � (O Livro dos Mé-diuns, capítulo 28:237).

A obsessão é o domínio queos Espíritos inferiores adqui-

rem sobre algumas pessoas,provocando-lhes desequilíbriospsíquicos, emocionais e orgâni-cos. Esta é a definição básicaque Allan Kardec deu a ela.Como causa fundamental daobsessão, o Codificador apon-tou certas fraquezas do orga-nismo moral dos pacientes.

A Doutrina Espírita ensinaque todos nós recebemos a in-fluência dos bons e dos mausEspíritos, explicando que trata-se de um processo natural, pormeio da qual a criatura é esti-mulada à experiência evolutivaquando está encarnada. Noentanto, quando um Espíritoatrasado se apega a uma pes-soa e sua influência perniciosatorna-se constante, entãopode-se classificá-la como ob-sessão.

Os sintomas que caracteri-zam a obsessão variam de casopara caso, desde simples efeitosmorais, passando por manias,fobias, alterações emocionaisacentuadas, mudanças na es-trutura psíquica, subjugaçãodo corpo físico, até a completadesagregação da normalidadepsicológica, produzindo a lou-cura.

No tratamento da obsessão épreciso saber distinguir seusefeitos, daqueles outros causa-dos pelas influências naturais(mais ou menos passageiras) edas alterações emocionaisoriundas do próprio psiquismodo paciente.

Existem pessoas que procu-ram o Centro Espírita portan-do desequilíbrios psicológicosque, embora possam se benefi-ciar dos ensinamentos da Espi-ritualidade, também necessi-tam do apoio de terapeutas. Arelação com a vida atual, aprópria educação que recebeuou seu passado reencarnatóriotrouxeram-lhes traumas e con-dicionamentos que os fazemsofrer.

O estudo da Doutrina e aspalestras públicas poderão aju-dar esses indivíduos na recupe-ração da normalidade almeja-da, mas o entrevistador ouorientador não deve dispensara competente orientação pro-fissional, quando achar issonecessário.

É evidente que o entrevista-dor ou dirigente do Centro Es-pírita têm de saber diferenciara obsessão das outras anomali-

TÉCNICAS DE DESOBSESSÃO 2-2

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as psíquicas. Existem algumasregras gerais que podem serobservadas, mas o que vaiajudá-los em profundidade,será a experiência em tornodos casos examinados.

O fenômeno obsessivo apre-senta sinais morais, psicológi-cos ou físicos característicos,que o trabalhador deve apren-der a identificar. Na obsessão,observa-se um constrangimen-to da vontade do paciente, umincômodo que parece não ce-der a nenhuma providência.Na simples influência de sofre-dores, isso não ocorre. Nela, sóse observa a tristeza apática, amelancolia, às vezes crises dechoro, sem maior gravidade.Alguém pode estar alteradoemocionalmente, influenciadopor um Espírito sofredor, semcom isso estar obsediado.

Os sintomas relacionadosabaixo podem ser indicado-res de processos obsessivosjá desenvolvidos ou em fasede desenvolvimento. Se per-manecerem constantes emuma pessoa, pode-se suspei-tar com grande margem deacerto que esteja sob o im-pério da obsessão. São eles:

- Depressão, angústia e triste-za.- Pesadelos constantes.- Tendência ao vício.- Práticas mundanas.- Agressividade além do normal.- Abandono da vida social ou fa-miliar.- Ruídos estranhos à própriavolta.- Visão frequente ou esporádicade vultos.- Impressão de ouvir vozes.- Manias e tiques nervosos

Uma pessoa, vez por outra,pode ter um pesadelo, entrarnum estado de tristeza ou sen-tir qualquer dos sintomas cita-dos acima, sem que esteja sen-do vítima da obsessão. O quecaracterizará a fenomenologiaobsessiva é a insistência dessesestados mórbidos em incomo-dar a pessoa desajustada.

Ainda no campo dos sinto-mas, pode-se afirmar que nassimples influenciações espiritu-ais, as entidades envolvidasnormalmente são Espíritos so-fredores ou ignorantes, que po-dem ser afastados facilmentedo campo psíquico do paciente

através de passes e evangeliza-ção. Nas obsessões provocadaspor Espíritos maus é diferente.Os sintomas apresentam-secom tendências agravantes edoentias. Observa-se uma in-sistência da entidade em agre-dir o obsediado ou interferir nasua mente, afetando a norma-lidade.

Com o tempo, o responsávelpelo atendimento na casa espí-rita adquirirá a experiência su-ficiente para detectar a obses-são e providenciar seu trata-mento com relativa segurança.

1.2 � Causas da obsessão:É de importância vital aos quelidam com o tratamento da ob-sessão, descobrir as causas quelevaram o paciente a cair sob odomínio do Espírito obsessor

que o atormenta. Sabemos,através dos ensinamentos deAllan Kardec, que no fundo detodas as perturbações espiritu-ais residem as fraquezas mo-rais do perturbado, as imper-feições da alma que são as por-tas de entrada para a influên-cia estranha.

Algo parecido acontece comas doenças do corpo físico:quando elas se instalam no or-ganismo, a causa está geral-mente nas fraquezas da estru-tura orgânica.

Em estudos realizados noGrupo Espírita Bezerra de Me-nezes, na cidade de São Josédo Rio Preto, SP, onde foramexaminados mais de 7 mil ca-sos de anormalidades compor-tamentais, causadas por Espíri-tos ou não, se classificou ascausas da obsessão como sen-do provenientes de quatro fon-tes distintas:

- Causa moral.- Causa cármica.- Contaminações.- Auto-obsessão.

Causa moral - Há duas situ-ações que podem levar um pa-ciente a ser vítima da obsessãode fundo moral: o Espíritoimaturo e o Espírito mal orien-tado. No primeiro caso, o daimaturidade espiritual, encon-tram-se pacientes poucos adi-antados moralmente, com opsiquismo ainda dominado porpensamentos inferiores. A con-duta dessas pessoas em tornode ações e pensamentos inferi-ores atrai Espíritos imperfeitosque se afinizam com elas. Nocomeço da relação, verifica-setão somente uma interferênciaem algumas atitudes do indiví-duo. Mais tarde, aparece umdelicado mecanismo de inte-rinfluenciação, onde as vonta-des e os desejos são trocadosentre perturbado e perturba-dor.

A seguir, a vontade do ob-sediado vai aos poucos sen-do substituída pela do ob-sessor, instalando-se o fenô-meno obsessivo. Este tipo deobsessão é comum e há si-tuações em que seus porta-dores nem percebem que di-videm sua vida mental comum Espírito inferior. Nessetipo de obsessão não hágrande chance de sucessono tratamento. O que se

pode conseguir é uma melho-ria relativa, pois não há comomudar bruscamente o estadoevolutivo de uma pessoa, fa-zendo-a entender conceitosque ainda não tem condiçõesde conceber.

Na segunda situação, a doEspírito mal orientado, encon-tram-se os pacientes que tive-ram educação deficitária nolar, na religião ou na escola. Ainferioridade do mundo terre-no, seus costumes e sistemaseducativos estimulam no serhumano o desenvolvimentodas paixões e o afastam deDeus. Estruturas psicológicasmal orientadas provocam naspessoas condutas desregradas,levando-as a sintonizar comEspíritos inferiores. Pelo mes-mo mecanismo citado acima,forma-se o processo obsessivode fundo moral. Nesses casos,o tratamento será mais fácil,pois trata-se de um problemaque uma simples orientaçãobem conduzida pode resolver.

Causa cármica � Classifi-cam-se como obsessões cármi-

��Estruturas psicológi-cas mal orientadasprovocam nas pessoascondutas desregradas,levando-as a sintonizarcom Espíritos inferiores��

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cas os casos obsessivos relacio-nados com as vidas passadasde um paciente em desequilí-brio. Carma é um termo que serefere à bagagem histórica doEspírito. É o produto de todasas encarnações vividas pela en-tidade. A palavra �carma� é deorigem sânscrita (uma dasmais antigas línguas da Índia),e significa �ação�. Pode-se di-zer, a grosso modo, que ocarma é a ação do Espírito emtoda sua trajetória evolutiva,desde sua primeira encarna-ção.

Denominam-se obsessões de�causa cármica�, aquelas emque as perseguições observa-das são oriundas do relaciona-mento entre obsediado e obses-sor, ocorridas em vidas passa-das, neste ou noutros mundos.É um tipo de obsessão provo-cada pela desarmonia de con-duta entre duas ou mais cria-turas, gerando ódios, ressenti-mentos e vinganças que podemse estender às suas vidas futu-ras. A lei de ação e reação, oucausa e efeito, regula estes pro-cessos de ajuste entre as partesenvolvidas, permitindo que asconsequências deste plantiomal feito dêem seus frutos comvistas ao aprendizado de todos.

O comprometimento no pas-sado, através das ligações vi-bratórias, atrai o desafeto de-sencarnado que, vendo consu-mida a fase de infância de seuinimigo, inicia sua influênciamaléfica sobre ele. No passardos anos instala-se a obsessão,apresentando maior ou menorgravidade, segundo as circuns-tâncias que cercam cada caso.

Contaminações - Em A Gê-nese, Capítulo XIV, Allan Kar-dec fez um importante estudosobre os fluidos espirituais.Examinando suas colocações,pode-se concluir que os ambi-entes materiais possuem umaespécie de atmosfera espiritualcriada pelas pessoas que vivemem relação com eles. Entende-se daí, que os centros espíritas,os terreiros de Umbanda, asIgrejas, os lares, os locais detrabalho e de diversões, consti-tuem-se em verdadeiros núcle-os de magnetismo espiritual,criados pelos pensamentos dosque os frequentam. Aprende-mos que nesses ambientesconstituídos por pessoas mais

ou menos imperfeitas, associ-am-se Espíritos desencarnadoscom tendências afins.

Nas investigações em tornoda obsessão, realizadas noGrupo Espírita Bezerra de Me-nezes, verificou-se que fre-quentadores de ambientes espi-rituais onde predominam apresença de Espíritos inferiores(terreiros primitivos, centrosespíritas desajustados ou tem-plos de seitas estranhas), po-dem ficar contaminados comsua influência. Tal domínio seforma em virtude da sintoniamental dos frequentadores,com os Espíritos que habitual-mente vão ali. Denominou-seessas obsessões de �contamina-ções�.

Nos casos dos terreiros ditosde Umbanda, os consulentes -como são chamados ali os ne-cessitados - quase sempre vãosolicitar ajuda para a soluçãode seus problemas materiais eamorosos. Nesses ambientes,geralmente predominam inte-resses imediatistas, ligados àvida material e ninguém costu-ma tratar das questões moraisrelativas ao futuro do indiví-duo como Espírito imortal.

Os Espíritos inferiores quemilitam nesses ambientes aju-dam as pessoas interferindoem suas vidas, causando-lhescontrariedades ou efeitos ma-teriais que iludem os que nãopossuem conhecimento da ver-dade ensinada pelo Consola-dor. Quando o frequentador seafasta desses lugares, a influ-ência dos maus Espíritos nemsempre cessa. Ao notarem queestão perdendo suas vítimas,podem instalar a desarmoniaemocional e mesmo materialna vida dos envolvidos.

As obsessões causadas porcontaminações são mais fre-quentes do que se imagina. Naregião de São José do Rio Pre-to, SP, por exemplo, perfazem40% do total dos casos exami-nados. As contaminações tam-bém podem ocorrer através dasatividades de centros espíritasmal orientados. Quando pesso-as novatas, sem estudo oupreparo, são colocadas em reu-niões mediúnicas para exerci-tar suas faculdades, é muitocomum caírem sob o domíniode Espíritos inferiores, termi-nando como vítimas da obses-são. Grupos espíritas domina-

dos por entidades ignorantes emalévolas são verdadeiros fo-cos de contaminação espiritu-al, que prejudicam os que alivão buscar ajuda e orientaçãopara suas vidas.

Auto-obsessão - Na auto-obsessão, a mente da pessoaenferma encontra-se numacondição doentia semelhanteàs neuroses. É uma situaçãoonde ela atormenta a si mesmocom pensamentos dos quaisnão consegue se livrar. Há ca-sos mais graves em que o paci-ente não aceita que seu mal re-sida nele mesmo.

As causas deste tipo de obses-são residem nos problemasanímicos do paciente, ou seja,nos seus dramas pessoais, des-sa ou de outras encarnações.São traumas, remorsos, culpase situações provindas da inti-midade do seu ser, que prejudi-cam-lhe a normalidade psico-lógica.

Quando se examina esses ca-sos mediunicamente, pode-seencontrar Espíritos atrasadosou sofredores associados à vidamental dos doentes. Mas, ascomunicações indicam queeles estão ali por causa da sin-tonia mental com o obsediado.Agravam seu mal, mas não sãoos causadores dele.

A causa central desse tipo deobsessão reside no paciente,que se auto-atormenta, numaespécie de punição a si mesmo.A mente de um auto-obsediadoé fechada em si mesma e é pre-ciso abri-la para a vida exteri-or, se quisermos ajudá-lo.

A psicoterapia convencionalpode e deve ser utilizada notratamento da auto-obsessão.Juntando-se a ela a terapia es-pírita, fundamentada na evan-gelização e no ascendente mo-ral, pode-se obter resultadossatisfatórios. O tratamentoabrirá a prisão psíquica emque o indivíduo vive, libertan-do-o da escravidão mental.

1.3 � Graus da obsessão: Aobsessão possui causas, conse-quências e sinais diversificados.Allan Kardec ordenou o fenô-meno obsessivo segundo certascaracterísticas e graus de in-tensidade que lhe é próprio eque facilitam entender a gravi-dade de cada caso. O Codifica-dor classificou a obsessão em

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três categorias distintas, se-gundo seu grau de manifesta-ção: Obsessão simples, Fasci-nação e Subjugação.

Obsessão simples - Na ob-sessão simples, ocorre um graude constrangimento que se li-mita a perturbar a vontade,emoção e psiquismo do pacien-te obsediado. O Espírito inferi-or incomoda o indivíduo, masnão domina em profundidadeseu psiquismo. Alguém que te-nha o sono perturbado por pe-sadelos, pode estar sendo víti-ma de uma obsessão simples.Se, no entanto, os efeitos pro-vocados por esses sonhos ruinspermanecem significativa par-te do dia incomodando o enfer-mo, o caso pode ser classifica-do como uma subjugação mo-ral.

Pacientes portadores dedepressões de caráter leve amediana, podem ser vítimasde obsessões simples. Porém,se a situação psicológica de-generar na predominânciade maus pensamentos notrânsito mental, a situaçãotambém pode ser colocadana classe de subjugação mo-ral.

Pequenos tiques nervosose manias esporádicas, tambémpodem ser classificados comoobsessão simples. Caso essescacoetes se tornem constantes,o fenômeno obsessivo poderáser classificado como subjuga-ção física. Em resumo, a obses-são simples é, como o próprionome o diz, uma interferênciaespiritual não grave. Mas, éimportante citar que algumasobsessões simples, se não fo-rem cuidadas adequadamente,poderão se degenerar em for-mas mais graves, tais como asubjugação e a fascinação.Portanto, todos os casos de ob-sessão merecem a maior aten-ção.

Fascinação - A fascinação éo processo de obsessão maisgrave. É Allan Kardec aindaquem assim se refere, falandodessa situação obsessiva:

�A tarefa (de desobsessão) setorna mais fácil, quando o obse-dado, compreendendo a sua si-tuação, oferece o concurso dasua vontade e das suas preces.Dá-se o contrário quando, sedu-

zido pelo Espírito embusteiro,ele se mantém iludido quanto àsqualidades da entidade que odomina, e se compraz nas suasmistificações, porque então, emvez de ajudar, ele mesmo repelequalquer assistência. É o casoda fascinação, sempre infinita-mente mais rebelde do que amais violenta subjugação. Emtodos os casos de obsessão, aprece é o mais poderoso auxiliarda ação contra o Espírito obses-sor� - (O Evangelho Segundo oEspiritismo, Capítulo 28:81).

Na fascinação, existe um me-canismo de profunda ilusãoinstalada na mente enfermado paciente. Ele afeta as facul-dades intelectuais, distorcendoo raciocínio, a capacidade dejulgamento e a razão. O Espíri-

to obsessor engana o doenteexplorando suas fraquezas mo-rais, iludindo-o com falsas pro-messas. Um fascinado não ad-mite que está obsediado. O de-feito moral que provoca a fas-cinação é o orgulho. Infeliz-mente todos nós seres huma-nos ainda temos essa erva da-ninha na intimidade da alma.Bons valores mediúnicos já seperderam por causa da super-valorização que algumas pes-soas deram ao seu amor pró-prio.

Os Espíritos fascinadores sãohipócritas. Não possuem qual-quer receio de se enfeitar comnomes honrados e, mesmo as-sim, levarem suas vítimas a to-marem atitudes ridículas pe-rante a coletividade.

A fascinação é mais comumdo que se pensa. Atualmente,atinge o Movimento Espíritacomo uma doença moral mui-to séria. É ela a responsávelpela edição de livros antidou-trinários e comprometedoresexistentes no mercado da lite-ratura espírita em bom núme-ro. Essas obras são escritas por

médiuns e escritores vaidosos,que sob o império da fascina-ção, não se dão conta do ridí-culo a que se submetem.

Também é a fascinação aresponsável por inúmeras con-dutas esdrúxulas observadasem centros espíritas, tais comoa entoação de cânticos, utiliza-ção de roupas e paramentosnas sessões, uso de cromotera-pia, transformação da tribunaem anedotário etc.

Os intelectuais, embora ins-truídos, não estão livres da fas-cinação. Alguns desses indiví-duos, por confiarem excessiva-mente no seu pretenso saber,tornaram-se instrumentos deEspíritos fascinadores e passa-ram a divulgar no MovimentoEspírita conceitos antidoutri-nários nocivos à fé espírita.

Allan Kardec alerta paraoutro grave perigo: o dafascinação de grupos espíri-tas. Iniciantes afoitos einexperientes podem cair ví-timas de Espíritos embustei-ros que se comprazem emexercer domínio sob todosaqueles que lhes dão ouvi-dos, manifestando-se algu-mas vezes como guias e ou-tras como Espíritos de outranatureza.

A fascinação também podecair sobre grupos experientesque se julguem maduros o su-ficiente para ficarem livres desua danosa influência. O orgu-lho e o sentimento de superio-ridade é a porta larga para aentrada dos Espíritos fascina-dores. Portanto, deve-se tomartodo o cuidado quando na di-reção de centros espíritas e dassessões de atividades mediúni-cas. Os dirigentes são alvospreferidos dos Espíritos hipó-critas que, dominando-os, po-dem mais facilmente dominaro grupo.

Subjugação � A subjugaçãoé um tipo de obsessão queapresenta um elevado grau dedomínio do aspecto corporal eàs vezes moral do paciente.Quanto a subjugação é moral,diferencia-se da fascinação,porque o paciente sabe queestá obsediado. Na fascinaçãoele nega que o esteja.

Na subjugação ocorre um in-tenso domínio do Espírito ob-sessor no plano fluídico que,em alguns momentos, chega a

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��É importante citar que algu-mas obsessões simples, se nãoforem cuidadas adequadamen-te, poderão se degenerar emformas mais graves, tais comoa subjugação e a fascinação��

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se imantar ao corpo espiritualdo doente, provocando-lhe cri-ses de movimentação involun-tária, com consequentes refle-xos no corpo físico.

As crises provocadas por estacategoria de obsessão são co-nhecidas na linguagem popu-lar como �possessão�. Esse ter-mo é inadequado, pois nãoocorre a posse do corpo físicopelo Espírito desencarnado. Ocorreto é afirmar que alguémestá subjugado por um Espíri-to, isto é, sob seu domínio, seujugo.

O desenvolvimento dos pro-cessos de subjugação se iniciaprimeiro no plano moral. De-pois de encontrada a sintoniaadequada, ele evolui parahomogeneização fluídica, quemais tarde levará ao domíniodo perispírito. A seguir, come-çam a aparecer as crises queafetam o corpo físico, com ti-ques nervosos constantes, tre-jeitos, agressões e quedas se-melhantes a convulsões.

1.4 � Situações obsessivas

As obsessões, de modo geral,não apresentam gravidade epodem ser tratadas de maneirarelativamente fácil pela meto-dologia espírita. Só em um nú-mero pequeno de casos há fa-tores que predispõem à dege-neração do processo, culmi-nando em subjugação ou fasci-nação. Nas obsessões mais gra-ves, quase sempre encontram-se situações em que o enfermotem um alto índice de endivi-damento frente às leis de Deus.Nesses casos, verifica-se aindaa presença marcante, ostensi-va, de um Espírito obsessor ede circunstâncias morais nopaciente que facilitam a evolu-ção do estado mórbido.

Em todos os casos de obses-são há sempre dois lados envol-vidos. Em um lado está o obse-diado, aquele que sofre aagressão do obsessor. No ou-tro, está o obsessor, que provo-ca a agressão, dando origem àobsessão.

Na patologia obsessiva há vá-rias situações de domínio espi-ritual, que precisam ser bemcompreendidas a fim de contri-buírem com o sucesso da tera-pia espírita. Citaremos os casospossíveis de acontecer, tendoem vista facilitar o trabalho

dos doutrinadores, pois, comoveremos, será preciso agir nasduas vertentes do processo,para solucioná-lo de formaconveniente.

Pode-se ter as seguintes situ-ações obsessivas:

- De desencarnado para encar-nado- De encarnado para desencar-nado- De desencarnado para desen-carnado- De encarnado para encarnado- Auto-obsessão- Obsessão recíproca

De desencarnado para en-carnado � Trata-se da obses-são convencional, conformeAllan Kardec nos apresentanas obras básicas. É um pro-cesso obsessivo mais comum ede maior incidência. Todas aspessoas possuem a faixa psí-quica com a qual sintonizam.Quando a predominância des-sa influência situa-se no cam-po da influência dos Espíritosatrasados, aparece aí o fenô-meno obsessivo. As razões daobsessão são diversas, confor-me já tivemos oportunidade deverificar.

De encarnado para desen-carnado - Embora essa situa-ção obsessiva não seja muitocomum, ela é observada emcasos nos quais pessoas encar-nadas podem exercer sobre Es-píritos desencarnados uma in-fluência magnética muitogrande. Tais ocorrências po-dem acontecer em ocasiões emque alguém perde um entequerido e nutre por ele umamor possessivo.

O desejo de quem está dolado material em permanecerligado àquele que partiu e o la-mento desmedido, podem esta-belecer laços fluídicos bastantepoderosos entre ambos. Casosentre pais e filhos; entre aman-tes; entre inimigos; situaçõesque envolvem disputas por he-rança etc, já foram observadose classificados como sendo en-tre �encarnados e desencarna-dos�.

De desencarnado paradesencarnado: Espíritos queatormentam Espíritos são umdrama que se desenrola tantona Terra quando no plano es-

piritual. Nas sessões práticasde Espiritismoé muito comumos médiuns terem contato comentidades que se queixam deestar sendo perseguidas poralgozes invisíveis. Na RevistaEspírita, número de Junho de1860, no artigo ��Palestras fa-miliares do Além Túmulo��,Allan Kardec evoca o espíritoda Sra. Duret e propõe a se-guinte questão:

Pergunta: O Espírito que ob-sedou um médium em vida,pode obsedá-lo após a morte?

Resposta: A morte não libertao homem da obsessão dos mausEspíritos: é a figura dos demôni-os, atormentando as almas so-fredoras. Sim, esses Espíritos osperseguem após a morte e lhescausam sofrimentos horríveis,porque o Espírito atormentadose sente num abraço de que nãose pode libertar.

De encarnado para encar-nado - Pessoas obsediandopessoas existem em grande nú-mero. A obsessão entre vivospode se manifestar através desentimentos de ciúme, inveja,paixão, desejo de poder, orgu-lho e ódio. Temos como exem-plo situações do relacionamen-to interpessoal, como o maridoque limita a liberdade da espo-sa; a esposa que submete omarido aos seus caprichos;pais que se julgam no direitode cercear a liberdade dos fi-lhos; paixões que terminam emdramas dolorosos, pactos desuicídio, assassínio etc.

Auto-obsessão - Na auto-obsessão, como já vimos, amente do enfermo encontra-senuma condição doentia, ondeele atormenta a si mesmo. Ascausas deste tipo de obsessãoresidem nos problemas aními-cos do paciente, ou seja, nosseus próprios dramas pessoais,vividos nessa ou noutras encar-nações.

��O homem, não raramente éobsessor de si mesmo�� - (AllanKardec, em Obras Póstumas,item 58).

Obsessão recíproca - Sãosituações de perseguição emque dois Espíritos nutrem ódioum pelo outro ou são escravosdas mesmas paixões. Alguns

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casos podem ser classificadoscomo verdadeira simbiose,onde um se alimenta dos dese-quilíbrios do outro. Pode acon-tecer entre encarnados e de-sencarnados.

2.0 - Diagnóstico da obsessão

A obsessão é um fenômenoda patologia mental que podeser identificado através de me-todologia definida. Os centrosespíritas que se dedicam a essaimportante tarefa, devem cons-tituir equipes para cuidar espe-cificamente dessa área da as-sistência espiritual que nosproporciona o Espiritismo. Aseguir, vamos falar das princi-pais maneiras pelas quais asobsessões podem ser identifica-das.

2.1 � Entrevista: Na tera-pia desobsessiva, faz-se ne-cessário seguir um procedi-mento lógico e racionalpara se conseguir um resul-tado satisfatório na cura ouredução dos sintomas obser-vados. Como primeiro pro-cedimento, a equipe respon-sável pela desobsessão faráuma entrevista com o paci-ente, a fim de detectar os si-nais psíquicos que a possamidentificar, e observar fatos dodia-a-dia que possam compro-var sua existência. Por exem-plo: uma pessoa que estejacom sua mente constantemen-te perturbada por pensamentosde morte ou suicídio, pode es-tar obsedada. Alguém que te-nha a impressão de ouvir vozesou barulhos à sua volta, tam-bém pode estar vitimada pelaobsessão. Por isso, é necessárioque se tenha um diálogo com operturbado a fim de sondar-lhea vida pessoal, identificandocondutas e procedimentos quepossam estar facilitando o de-senvolvimento do processo ob-sessivo. A entrevista está deta-lhada em outra parte deste tra-balho.

Além das informações colhi-das pelo entrevistador duranteseu diálogo com a pessoa ne-cessitada, a casa espírita pode-rá contar com um precioso au-xiliar para diagnosticar e tra-tar dos processos obsessivosgraves. Trata-se dos exames es-pirituais. Existem diversas ma-

neiras de realizá-los e cada umpoderá adaptar no Centro Espí-rita que frequenta o métodoque achar mais conveniente,ou conforme os elementos me-diúnicos que tiver à sua dispo-sição. As informações espiritu-ais sobre o paciente ou sobresua intimidade é de caráter si-giloso e deverá permanecer emarquivos devidamente fecha-dos, sob a responsabilidade dosecretário de sessão ou da re-cepcionista.

2.2 - Exame Espiritual porevocação: Esse tipo de examepode ser efetuado utilizandomédiuns já desenvolvidos e deboas condições morais. Nessescasos, as fichas de entrevistasserão encaminhadas pelo se-cretário para uma reunião me-diúnica de desobsessão ou para

uma sessão programada espe-cificamente para esse fim.

O dirigente da mesa de traba-lhos mediúnicos deverá separarum espaço do tempo disponívelpara fazer as evocações refe-rentes a cada caso. De suamesa de apontamentos, o se-cretário da sessão citará onome de cada paciente, aguar-dando a prece evocatória a serproferida pelo responsável pe-los trabalhos.

Não se deve fazer preces mui-to longas. Pode-se, por exem-plo, agir da seguinte maneira:�Em nome de Deus Todo Podero-so, rogamos que se houver umEspírito obsessor envolvido comFulano..., que possa se manifes-tar entre nós, pois gostaríamosde falar com ele�.

Se o desajuste observado formesmo um caso de obsessãoespirítica, tal procedimento ésuficiente para o chamamentodo Espírito perturbador. Casonão haja manifestações, o diri-gente poderá solicitar a umdos amigos da Espiritualidade

que dê algum conselho sobre ocaso, através de um dos mé-diuns da casa. Normalmente,os bons Espíritos o fazem comboa vontade.

É importante ressaltar que osmédiuns não deverão ser infor-mados sobre o tipo de proble-ma que o paciente é portador.Isso contribuirá para se evitarinfluências anímicas nas co-municações, dentro do possí-vel.

Allan Kardec disse que noscasos de investigação mediúni-ca em torno de questões espe-cíficas, o médium poderá serinformado sobre o que se vaiperguntar. Mas nos casos deinvestigação dos processos ob-sessivos, convém que tudo sepasse no campo das experi-mentações. Além de limitar ainfluência do animismo, isso

dará oportunidade ao diri-gente da sessão para avaliaro funcionamento da mediu-nidade dos trabalhadoressob sua responsabilidade.

Em todas as modalidadesde exame, somente será ci-tado o nome do paciente, aidade e a cidade de sua mo-radia.

As informações vindas doplano espiritual serão ano-tadas na ficha do paciente.

Não será necessário especificaro diálogo na sua íntegra, massim, os detalhes mais impor-tantes da comunicação. Exem-plo: �Observamos Espírito ob-sessor, ligado ao passado dopaciente�, �Manifestou um Espí-rito ignorante, que parece ligadoao paciente por razões morais�,�Verificamos perturbações espi-rituais oriundas de terreiros pri-mitivos�, �Houve manifestaçãodo Espírito do paciente, que foidevidamente instruído�, �Nãohouve manifestação de Espíri-tos� etc.

As fichas serão devidamenteencaminhadas para o arquivoda Sociedade, para mais tardeserem examinadas pelos entre-vistadores que, fundamentadosna entrevista, poderão prescre-ver o procedimento terapêuticoadequado.

2.3 - Exame Espiritual porpsicografia: O exame espiri-tual feito através da psicogra-fia será bastante parecido comaquele das evocações. Um oumais médiuns psicógrafos já

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��Uma pessoa que estejacom sua mente constante-mente perturbada por pen-samentos de morte ou sui-cídio, pode estar obsedada��

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experientes farão o trabalho decaptar as informações do mun-do espiritual sobre os casos emexames. A sessão de psicogra-fia destinada ao exame espiri-tual deverá ser aberta com oestudo do Evangelho Segundoo Espiritismo. Essa parte ins-trutiva, será a fase de preparodo ambiente e instrução moraldos participantes, nos dois pla-nos da vida. Um secretário cui-dará de organizar as fichas deatendimento que vão ser sub-metidas à apreciação dos mé-diuns. Também aqui, não seinformará detalhes sobre ocaso.

As informações psicografadaspelos médiuns serão registra-das numa folha de papelsulfite. As instruções sobrecada caso serão anexadas jun-to à ficha do paciente, paramais tarde o secretário nelatranscrever os detalhes. Domesmo modo, após os aponta-mentos, as fichas serão enca-minhadas para o arquivo daSociedade e ficará à disposiçãodos entrevistadores. Após efe-tuar as anotações, as folhas es-critas pelos Espíritos poderãoser destruídas.

2.4 - Exame Espiritual porvidência: Esse é o tipo de exa-me mais delicado, pois é preci-so contar com um médium se-guro e já desenvolvido. A vi-dência, como nos informouAllan Kardec, é uma faculdadeincerta que pode se prestar aoerro e ao engano, com muitafacilidade. Daí a necessidadedo dirigente das atividades me-diúnicas armar-se de cuidadospara evitar informações inverí-dicas. Os melhores videntes sãoaqueles que desenvolvem suasfaculdades na intimidade dotrabalho do Centro Espírita.

Os videntes chamados natu-rais normalmente são cheiosde vícios e interpretam as coi-sas do invisível de maneiramuito pessoal. Videntes são co-muns e a casa espírita devecontar com uma organizaçãointerna capaz de proporcionaruma boa formação moral edoutrinária para que entre ostrabalhadores desponte a vi-dência, conforme o �dom� de seinterpretar a natureza dos Es-píritos, como disse Paulo deTarso.

O exame espiritual, feito por

vidência, tem a vantagem defacilitar aos entrevistadores apossibilidade de terem o resul-tado das avaliações no mesmodia da entrevista.

A reunião destinada às obser-vações pela vidência acontece-rá concomitante às entrevistasna casa espírita. Ela será aber-ta com um estudo evangélico(feito de preferência com oEvangelho Segundo o Espiritis-mo).

A duração desses estudosserá de 30 minutos e sua finali-dade, como afirmamos acima,é a de edificar o ambiente e osaspectos morais de todos osparticipantes.

Terminado o trabalho daevangelização, será dado inícioàs observações, com a introdu-ção no recinto de um pacientepor vez. Na sala de exame ha-verá um auxiliar que se encar-regará de dar passe no pacien-te, enquanto ele é observado.As observações serão anotadasnuma guia de exames que seráemitida na sala de entrevistas.Esses apontamentos voltarãopara os entrevistadores que fa-rão a avaliação de cada caso eprescreverão o procedimentoterapêutico.

Em nenhuma circunstância opaciente terá acesso aos apon-tamentos feitos pelo vidente naguia de exame ou na sua fichapessoal. Essas informações sãode propriedade da sociedadeespírita e não poderão ser reve-ladas a pessoas estranhas.

Na guia de apontamentos, ovidente vai escrever sobre oque viu ao lado do paciente,sendo desnecessário fazê-lo naíntegra.

Ele fará um resumo do queviu, fazendo anotações taiscomo: �Observamos um Espíri-to sofredor ao lado do paciente.Tive a impressão de ser um pa-rente dele�, �Vimos um Espíritoescuro próximo do paciente�;�Observamos imagens com velasacesas�; �Existe um Espírito deterreiro perto do paciente�, �No-tamos um Espírito junto do pa-ciente, querendo vingar-se dele�;�Tive a intuição de que o pacien-te tem uma vida moral desre-grada� etc.

Quando o vidente possuirboa intuição ele poderá anotaralgum detalhe que lhe parecerpertinente na guia de observa-ções.

3.0 - Princípios do tratamento

Allan Kardec, em �O Evange-lho Segundo o Espiritismo�, as-sim se manifesta sobre os me-canismos da obsessão e seusprincípios de tratamento:

�Assim como as doenças sãoresultados das imperfeições físi-cas, que tornam o corpo acessí-vel às influências perniciosas doexterior, a obsessão é sempre oresultado de uma imperfeiçãomoral, que dá acesso a um mauEspírito. A uma causa físicaopõe-se uma força física; a umacausa moral., é necessário opôr-se uma força moral. Para pre-servar das doenças, fortifica-seo corpo; para garantir contra aobsessão, é necessário fortificara alma. Disso resulta que o ob-sedado precisa trabalhar parasua própria melhoria, o que namaioria das vezes é suficientepara o livrar do obsessor, semsocorrer-se de outras pessoas.Esse socorro se torna necessá-rio, quando a obsessão degeneraem fascinação e subjugação,porque o paciente perde, por ve-zes, a sua vontade e o seu livrearbítrio� � (Capítulo 28:81).

Para se curar uma doença fí-sica, o médico deve examinar ocaso de modo a descobrir quaisos motivos que levaram aoaparecimento da enfermidade.Depois do diagnóstico, ele pres-creve o tratamento clínico oucirúrgico, segundo um julga-mento lógico e científico. Maistarde, avaliará os resultadospondo fim ao tratamento, oudando continuidade a ele, senecessário for.

Na terapêutica destinada aotratamento da obsessão, pode-se proceder com metodologiaparecida, já que as causas dosdistúrbios obsessivos sãodiversificadas e instalam-se namente do obsediado por causade uma fraqueza ou falha exis-tente no seu organismo moral.

O primeiro passo será fazeruma pesquisa em torno davida do paciente, procurandodetectar os principais vetorescomportamentais por ondeestá atuando a obsessão. Comose viu no capítulo �Diagnósticoda Obsessão�, isso poderá serfeito através da entrevista e deexames mediúnicos. A partir

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daí se tomarão os procedimen-tos terapêuticos que se julgarmais conveniente ao sucessodo tratamento. No Espiritismoo principal remédio é a instru-ção moral dada do enfermo eao Espírito que o atormenta.

3.1 � Aspectos morais dopaciente: A Doutrina Espíritaensina que a evangelização(orientação moral) é funda-mental na recuperação dos ob-sedados. No entanto, deve-seter o cuidado para que essaidéia não seja radicalizada aponto de não se querer ajudaros que não querem estudar oEspiritismo. Alguns dirigentespensam que evangelizar é fa-zer com que o indivíduo matri-cule-se em cursos espíritas, ouque frequente o centro durantealguns anos para melhorar-se.É evidente que isso seria odesejável, mas a maioria dosseres humanos não carregaconsigo tanta vontade deevangelizar-se, nem de sededicar ao trabalho com Je-sus.

A questão é a seguinte:uma pessoa que não tenhamuito interesse pelas coisasdivinas pode ser ajudadapela equipe de desobsessão?O bom-senso diz que sim,que o socorro não pode ser ne-gado a ninguém que procure acasa de caridade para ser am-parado. Quando o Cristo estevena Terra, realizava suas curassem nada exigir ou perguntarde que crença os doentes eram.Simplesmente indagava se oenfermo tinha fé e se acredita-va que poderia ser curado. En-contrando tais convicções, oMestre fazia sua desobsessão ecura dos perturbados, pois sa-bia que essa ajuda espiritualmais tarde contribuiria para odespertar das consciências. Aospecadores, aconselhava-os anão errar mais. Nos centros es-píritas pode-se perfeitamentefazer o mesmo. Curar, sem exi-gir nada em troca. Se o pacien-te, depois de curado, quiser se-guir outro caminho religioso,não se deve impedi-lo. O Espiri-tismo não é uma doutrinaexclusivista. Mais tarde, o paci-ente acabará sendo reconduzi-do ao encontro com a verdadedo Consolador.

A desobsessão não exige doenfermo que atinja o grau de

�santidade� para que seja liber-to do seu obsessor. Às vezes,basta que ele mude algumasatitudes perante a vida ou suamaneira de ver certas coisaspara que a libertação aconte-ça. A experiência o tem de-monstrado.

Existem casos em que a curaé demorada e outros onde nãose conseguem resultados satis-fatórios. Mas a maioria das en-fermidades obsessivas pode seraliviada e mesmo curada emtempo que varia de 30 a 90dias de tratamento.

4.0 � Técnicas de desobsessão

Alguns estudiosos do Espiri-tismo afirmaram que não exis-tem técnicas para se tratar daobsessão e chegaram a deposi-

tar nas mãos dos Espíritos oudo tempo, a solução de casos,que se classificavam desde osmais comuns, até os mais gra-ves na patologia obsessiva.Como veremos, as coisas nãosão tão simples assim. Existemfatores e providências que pre-cisam ser observados nesseprocedimento terapêutico,para que se consiga libertar de-finitivamente uma pessoa obse-dada do seu obsessor. A issodenominamos técnicas de de-sobsessão.

A desobsessão envolve umasérie de condutas tendo em vis-ta livrar o obsediado de suaprisão mental. A técnica básicado tratamento da obsessãofundamenta-se na doutrinaçãodos Espíritos envolvidos, encar-nados e desencarnados. Dou-trinar, significa instruir emuma doutrina. É isso que se vaifazer com o paciente, com suafamília, se necessário, e com oEspírito que lhe atormenta.Atualmente o termo �doutri-nar� vem sendo mudado por�esclarecer�, que na verdade é

a mesma coisa. Tudo umaquestão de forma.

4-1 - Doutrinação do obse-diado (indireta e direta):Allan Kardec afirma que a pes-soa obsedada precisa trabalharpara seu melhoramento morale, diz textualmente, que a curade quase todos os casos de ob-sessão têm solução através des-se esforço. Portanto, a equipede desobsessão deverá ajudá-lanesse procedimento de auto-melhoramento. Para isso se va-lerá da instrução direta e indi-reta do paciente. Veremos emoutra parte do trabalho, queexistem vários procedimentos(denominados coadjuvantes),que poderão ajudar o pacientenesse processo de libertação.Nessa parte do trabalho, po-rém, vamos falar somente da

instrução considerada fun-damental: a orientação nasala de entrevistas e o escla-recimento através das pales-tras.

Para o tratamento damaioria dos casos de obses-são, a instrução dada nasala de entrevista não seránecessária. Basta que o pa-ciente seja submetido às ori-entações vindas por meiodas palestras doutrinárias

(doutrinação indireta), reali-zadas nas reuniões públicas dacasa. Associa-se a esse traba-lho orientador, um ou dois mé-todos coadjuvantes e o resulta-do não demorará a aparecer.

É importante salientar que asreuniões de palestras públicassão as que se revestem de mai-or gravidade, justamente por-que encarrega-se de despertarum novo homem cristão, sábio,bom e justo. Para maiores de-talhes sobre a realização dessetrabalho, consultar o docu-mento �Reuniões Públicas�,disponível no Grupo EspíritaBezerra de Menezes ou na In-ternet.

Nos casos de obsessão grave,que envolvam processos emdegeneração, subjugação oufascinação, será fundamentalque o paciente tenha instruçãosemanal na sala de entrevistas(doutrinação direta). São situ-ações em que a pessoa enfer-ma está sem condições de agirpela sua vontade ou tomar de-cisões a respeito de sua condu-ta. É nesse ponto que deverá

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��A desobsessão envol-ve uma série de condu-tas tendo em vista li-vrar o obsediado de suaprisão mental��

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entrar a orientação moral daDoutrina Espírita, ministradapor pessoa convenientementepreparada.

4-2 - Doutrinação do Espí-rito obsessor: O codificadordo Espiritismo, Allan Kardec,se expressa nos seguintes ter-mos, a respeito da necessidadede se doutrinar Espíritosobsessores:

�Nos casos de obsessão gra-ve... Faz-se também necessário,e acima de tudo, agir sobre o serinteligente, com o qual se devefalar com autoridade, sendo queessa autoridade só é dada pelasuperioridade moral. Quantomaior for essa, tanto maior seráa autoridade. E ainda não étudo, pois para assegurar a li-bertação, é preciso convencer oEspírito perverso a renunciaraos seus maus intentos; desper-tar-lhe o arrependimento e o de-sejo do bem, através de instru-ções habilmente dirigidas com aajuda de evocações particulares,feitas no interesse de sua educa-ção moral� � (Capítulo 28:81).

Está claro que não se podeextinguir as obsessões gravesse não houver um trabalho fei-to junto do Espírito obsessor,para convencê-lo a deixar deperturbar o obsediado. Isso sópoderá ser feito por meio desessões mediúnicas realizadasexclusivamente para esse fim(o paciente nunca deve estarpresente). Através de evoca-ções particulares, pode-se con-seguir contato com o Espíritoperturbador, obter dele infor-mações dos motivos da perse-guição e instrui-lo para queabandone seus intentos.

Todos os fatos narrados nes-sas comunicações mediúnicassão de caráter íntimo e não de-verão ser revelados nem para opaciente, nem para outrosmembros do Centro Espíritaque não façam parte da equipeque cuida dessa tarefa.

Pode-se dizer a uma pessoaque ela tem um problema espi-ritual e que será ajudada pelacasa espírita, sem que se tenhade tratar de detalhes com ela.Dizer a alguém que está per-turbado, que ele foi um carras-co ou um suicida numa outraencarnação, só vai complicarsua situação mental e deixá-lo

mais desequilibrado ainda.Ressaltamos que as condi-

ções morais elevadas dodoutrinador e dos médiuns quevão tratar das evocações e ins-trução de obsessores são essen-ciais para o sucesso da tarefalibertadora nos procedimentosdesobsessivos.

4-3 - Doutrinação da famí-lia do obsediado: Na patolo-gia obsessiva é muito comumse encontrar casos de obsessãoque envolva a responsabilidadefamiliar nas causas da enfer-midade. Algumas famílias sãoformadas por Espíritos que vi-veram juntos em encarnaçõespassadas e cometeram delitosgraves contra alguém que,mais tarde, por guardar ódiono coração, tornou-se um ob-sessor. Quando nas investiga-ções em torno da obsessão sesuspeitar desse envolvimento,convém que a família do per-turbado seja convidada a fre-quentar a casa espírita pelomenos durante o período detratamento. Isso poderá facili-tar e apressar a obtenção deresultados satisfatórios.

Durante esse período de esta-dia da família nas sessões pú-blicas, a Espiritualidade terácondições de inspirar bonspensamentos e resoluções jun-to aos seus membros, ajudan-do-lhes a encontrar novos ca-minhos para suas vidas.

Mesmo sem ter esse tipo deenvolvimento, é muito impor-tante que a família do assistidoseja conscientizada de suasresponsabilidades a fim de daro apoio necessário ao doente,ajudando sobremaneira na re-cuperação deste, se souber agircom equilíbrio.

5.0 � Meios coadjuvantes

No tratamento da obsessão,chamamos de meios coadju-vantes as técnicas que comple-mentam a instrução moral bá-sica (direta e indireta) dos Es-píritos envolvidos. São, por as-sim dizer, os meios mecânicos,com os quais se deve comple-mentar o aspecto instrutivo.Sempre que possível, esses po-derosos auxiliares deverão seraplicados na terapêutica de-sobsessiva, pois se constituemem elementos que ajudarão arecuperação do paciente.

5-1 � Fluidoterapia: Kardec,em �O Evangelho Segundo oEspiritismo�, fala da necessida-de da fluidoterapia no trata-mento das obsessões da se-guinte maneira:

�Nos casos de obsessão grave,o obsedado está como que en-volvido e impregnado por umfluido pernicioso, que neutralizaa ação dos fluidos salutares e osrepele. É necessário livrá-lo des-se fluido. Mas um mau fluidonão pode ser repelido por outroda mesma espécie. Por umaação semelhante ao que o mé-dium curador exerce nos casosde doença, é preciso expulsar ofluido mau com a ajuda de umfluido melhor, que produz, decerto modo, o efeito de umreagente. Essa é a que podemoschamar de ação mecânica...� �(Capítulo 28:81).

Os grupos que se dedicam àterapia desobsessiva deverãoutilizar da fluidoterapia comoum dos auxiliares no trata-mento dos pacientes. Ela deve-rá ser ministrada semanalmen-te ao enfermo, através do passe(magnetização) e da águafluidificada, importante veículoque conduz o magnetismo hu-mano e espiritual aos enfer-mos.

Nos casos de obsessões maisgraves (degeneradas), os enfer-mos deverão receber magneti-zação, se possível, por mais deum passista. Isso será feitouma vez por semana, nas de-pendências do Centro Espírita,no período que antecede a pa-lestra pública. Nos casos de ex-trema gravidade, a magnetiza-ção poderá ser feita diariamen-te, com visitas à casa do paci-ente.

Os passistas são os instru-mentos utilizados pelos Espíri-tos para fortalecer o organis-mo perispiritual do doente, de-bilitado pela obsessão. A equipedeverá ter vida moral sadia, li-berta de vícios grosseiros. Vi-vendo de forma equilibrada,esses companheiros estarão emcondições espirituais para aju-dar os sofredores, doando-lhesseus fluidos curativos.

O passe coletivo pouco ounada significa para a desobses-são e deve ser usado só em ca-sos onde, por falta de trabalha-dores ou espaço, não puder ser

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aplicado individualmente.Como vimos, na obsessão a

atmosfera fluídica que circun-da o paciente se torna sombria.O enfermo tem dificuldadespara elevar seus pensamentosque jazem sob a opressão dobaixo magnetismo, vindo dasligações psíquicas com o obses-sor.

É preciso ajudá-lo a sair des-sa situação e a fluidoterapia éum poderoso auxiliar dessa li-bertação.

Um grupo de passistas pode-rá projetar sobre a pessoa ob-sediada uma significativa car-ga de fluidos magneticamenteelevados, expulsando do seucampo vibratório, as energiasnegativas.

5.2 � Leitura de livros espí-ritas: Quando a situação psi-cológica do paciente for fa-vorável será importanteaconselhá-lo a ler algunstextos espíritas. No entanto,é preciso ter o cuidado denão sobrecarregar de leitu-ras a mente enferma. Al-guns enfermos obsidiados fi-cam com seu psiquismoconfuso. No desespero, ten-dem a ler livros doutrináriosdia e noite, favorecendo aobsessão e o desequilíbrio.

Na desobsessão, podemosaconselhar uma leitura diárialeve, durante 20 ou 30 minu-tos. Os livros recomendadossão os que trazem mensagensleves. O Evangelho Segundo oEspiritismo, Jesus no Lar (psi-cografia de Francisco CândidoXavier) e outros do gênero po-derão ser utilizados. Não sedeve aconselhar que o enfermoestude O Livro dos Espíritos, AGênese, O Livro dos Médiunsou qualquer outro que exijaum raciocínio mais profundo.

5.3 - Mensagens doutriná-rias: Pequenas mensagens es-píritas, mediúnicas ou não, de-vem ser distribuídas ao povo eaos enfermos portadores deobsessão, nas reuniões públi-cas. Além de esclarecer peque-nas dúvidas, elas tambémconstituem-se em forte elemen-to de sustentação emocionalpara a recuperação da norma-lidade psíquica dos perturba-dos.

As mensagens mais comunssão as psicografadas por Fran-

cisco Cândido Xavier e DivaldoPereira Franco.

5.4 � Prece: A equipe res-ponsável pelas entrevistas, de-verá instruir o obsediado a orartodos os dias para facilitar sualibertação. A prece eleva o Es-pírito, liberta-o momentanea-mente e o coloca em contatocom as fontes energéticas doBem. Alguns enfermos, porcausa de sua doença obsessiva,não conseguem orar. Nessescasos, um outro membro dasua família poderá ajudá-lo,orando ao seu lado e, se neces-sário, em voz alta. Caso o paci-ente esteja em condições psí-quicas para fazer a prece, eleserá instruído a realizá-la, nãosó de coração, mas tambémproferindo o tradicional �PaiNosso�, que se reveste de im-

portância especial para o trata-mento das perturbações espiri-tuais (ver documento doutri-nário �A importância do PaiNosso�, disponível na Inter-net).

�Em todos os casos de obses-são, a prece é o mais poderosoauxiliar da ação contra o Espíri-to obsessor� � (Allan Kardec, OEvangelho Segundo o Espiritis-mo, 28:81).

5-5 - Trabalho no Bem:Quando as condições psicoló-gicas forem satisfatórias, deve-se orientar o paciente para queocupe seu tempo com algumaatividade material. Os pacien-tes com obsessão costumamapresentar uma espécie deinércia psíquica. O enfermocarrega consigo uma tendên-cia a afastar-se do trabalho edas relações com o mundo ex-terior. Seu mundo mental ten-de a fechar-se em si mesmo. Adesobsessão precisa abrir estecaminho e exteriorizar o mun-do mental do paciente, trazen-do-o novamente para a vida. O

Espírito tem como um dos seusatributos ser útil. O trabalho épara ele uma normalidade. Sódeixa de sê-lo quando ele estáenfermo. A ocupação é, pois,um remédio capaz de contri-buir para a melhoria ou curade muitas enfermidades men-tais, inclusive a obsessão.

5.6 - Cuidados médicos: Asobsessões graves podem levaralguns pacientes a um estadograve de desequilíbrio psíquico.Há casos crônicos em que a in-fluência obsessiva atinge o or-ganismo físico provocando en-fermidades. Isso ocorre porcausa do enfraquecimento fluí-dico do perispírito, fato comumnas obsessões.

Quando um paciente obsedi-ado é trazido ao Centro Espíri-ta para tratamento, uma das

primeiras perguntas que sedeve fazer a ele ou à sua fa-mília é se já fez consultamédica. Caso ele já estivermedicado pela medicina ter-rena, o dirigente ou entre-vistador não deverá suspen-der nenhuma medicação.

Importante - Só o médicopoderá suspender o uso dos

remédios. Com resultados satis-fatórios no tratamento de de-sobsessão, o paciente começa-rá a depender menos da medi-cação sedativa que utiliza. Oentrevistador, quando perceberisso, poderá encaminhar o en-fermo para uma avaliação jun-to do profissional competente.Se o médico achar convenien-te, verificando suas condiçõespsíquicas e emocionais, poderásuspender ou diminuir a doseda medicação utilizada. A res-ponsabilidade pela suspensãoou alteração medicamentosaserá inteiramente do profissio-nal que é devidamente habili-tado para isso.

Nota - Durante a entrevista,se o paciente informar que tevecrises de ausência, desmaiosou dores de cabeça repentinas,deve-se ter o cuidado de averi-guar se ele está em tratamentomédico convencional. Caso issonão tenha sido feito, a equipede atendentes cuidará do paci-ente, mas solicitará que con-sulte um profissional especi-alizado. Tem-se que levar em

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�Em todos os casosde obsessão, a prece éo mais poderoso au-xiliar da ação contrao Espírito obsessor�

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consideração que existemanormalidades do cérebro físi-co, que são capazes de produ-zir sintomas emocionais e psí-quicos, semelhantes à obses-são.

Conclusão

No trabalho que apresenta-mos, relembramos alguns con-ceitos doutrinários conhecidose falamos da necessidade de selidar com a obsessão de manei-ra racional, valendo-se de téc-nicas para se conseguir resul-tados satisfatórios no seu tra-

tamento. Esperamos que essesescritos tenham contribuídopara edificar o conhecimentodos que lidam com a proble-mática obsessiva nas casas es-píritas. Todo esse processo deatendimento, de investigação etratamento das obsessões podee deve ser organizado de ma-neira prática e objetiva. O Gru-po Espírita Bezerra de Menezesjá fez essa organização e temum estudo à disposição dos in-teressados, mostrando detalhesde todas essas fases do trata-mento das perturbações espiri-tuais. Esse trabalho doutriná-

rio está à disposição das socie-dades espíritas, assim como, osdirigentes que quiserem, pode-rão verificar �in loco� seu fun-cionamento.

Contatos:Grupo Espírita Bezerra deMenezesCaixa Postal 1011São José do Rio Preto, SPCep. 15025-990Telefone: (017) 224 7081

Internet: [email protected]: http://www.novavoz.org.br

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Atendimento fraterno

Domingo, dia 31, 09:00 horas

“ATENDIMENTO FRATERNO”Apresentação: Vanda SimõesIdade: 40 anosEstado civil: casadaProfissão: MédicaResidência: São Luís, MANo Movimento Espírita: É dirigente da Sociedade de Estudos EspíritasAllan Kardec, articulista do jornal A Voz do Espírito e participaativamente do movimento espírita no Maranhão, coordenando semináriose ciclos de debates sobre as práticas das casas espíritas. É expositora eresponsável pelo movimento reformista no Maranhão.

1.0 - Objetivos

2.0 - Papel do Centro Espírita na sociedade

3.0 - Esquema do Atendimento3.1 - Recepção e Triagem3.2 - Entrevista3.3 - Local das entrevistas3.4 - O entrevistador3.5 - O entrevistado3.6 - Fichas de informações3.7 - Carteira de controle

4.0 - Exame espiritual

5.0 - Terapêutica5.1 - Orientação ao enfermo5.2 - Fluidoterapia5.3 - Reunião mediúnica5.4 - Cuidados médicos5.5 - Ocupação do enfermo

6.0 - Resultados6.1 - Avaliações6.2 - Encaminhamento do assistido

1.0 - Objetivos

O Atendimento Fraterno nacasa espírita é um trabalhoestruturado de forma a rece-ber, em primeira mão, as cria-turas necessitadas de ajudaque procuram na Doutrina Es-pírita a solução ou alívio paraproblemas de toda ordem. Es-sas pessoas, na maioria das ve-zes, já vêm de outras experiên-cias no campo do auxílio e pro-curam o Centro Espírita como�último recurso� para seus ma-les. Muitas vezes céticos, essesindivíduos necessitam de boadose de estímulo para perma-necerem firmes na decisão deencontrar respostas para suasperguntas. O AtendimentoFraterno desempenha esse pa-pel de recepção, esclarecimen-to básico, amparo, reajuste eredirecionamento de idéias.Trata-se de uma atividade quedeve ser feita com seriedade,disciplina e preparo, pois às ve-zes, sendo esse o primeiro con-tato que o assistido tem com oEspiritismo, vai obrigatoria-mente refletir a seriedade ounão do trabalho da casa.

Torna-se, pois, necessário,que os centros espíritas que sepropuserem a esse tipo de tra-balho assistencial tenham idéiada gravidade da tarefa que es-tão a empreender, a fim de quenão cometam erros desneces-sários.

2.0 - Papel do Centro Espírita na sociedade

O papel fundamental do Cen-

tro Espírita na sociedade é aju-dar as pessoas no processo dereequilíbrio, levando a mensa-gem moral de Jesus, à luz daDoutrina Espírita, à vida da-queles que ainda se encontramsob o jugo da ignorância. O Es-piritismo, sendo o Consoladorprometido pelo Mestre, deveráexercer um papel de agentetransformador das criaturas,reconduzindo-as ao equilíbrio,através do esclarecimento.Cabe, portanto, à casa espírita,exercer influência na mudançade comportamentos e atitudesdos que a procuram na ânsiade receber ali a cura para seusmales.

Imperativo, pois, que o Cen-tro Espírita disponha de meca-nismos que possam melhoratender essas pessoas, orientá-las e encaminhá-las para aárea de atividades doutrináriasque for mais conveniente. Essetipo de serviço, prestado com ointuito de receber, ouvir, orien-tar e encaminhar o paciente nacasa de caridade, é o Atendi-mento Fraterno.

3.0 - Esquema do Atendimento

Todo trabalho prático preci-saria ser fundamentado em es-tudo teórico prévio, com a fi-nalidade de conhecer aquiloque vai ser realizado. Nos cen-tros espíritas esta regra deveriaser observada com muito maisrigor, por razões óbvias, afinalestá em jogo o equilíbrio espiri-tual das pessoas que os procu-ram. Entretanto, o empirismo

ATENDIMENTO FRATERNO 3-1

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ainda é a marca da improduti-vidade nas casas, por absolutafalta de hábito para os estudosda doutrina que se professa.Enraizou-se entre nós o costu-me de realizar as coisas semplanejamento, pois é regra ge-ral que, para se fazer o bem,basta certa dose de boa vonta-de. A experiência secular nosmostra que não é bem assim.Se possuímos boa vontade, te-mos que aliá-la ao conheci-mento a à ação, pois ela sozi-nha para nada serve. No Aten-dimento Fraterno é importanteque se obedeça a um esquemamínimo de organização e co-nhecimento, a fim de que tra-balhemos com ordem e disci-plina. A seguir, falaremos detodos os itens relativos ao ser-viço de atendimento da casaespírita, para que cada grupointeressado possa desenvolverseu próprio esquema de recep-ção e assistência.

3.1 - Recepção e Triagem

Grande parte das pessoas queadentram o Centro Espíritapela primeira vez, o fazem embusca de algum tipo de auxílio.Poucas são as que vão para co-nhecer o Espiritismo ou por cu-riosidade, ou ainda como visi-tantes. A casa espírita deve dis-por de meios para bem receberessas pessoas.

O primeiro passo para iniciaro trabalho de Atendimento Fra-terno é determinar o dia maisadequado e mais cômodo parase estabelecer o trabalho. Emnossa casa, esse serviço funcio-na no dia da reunião pública,duas horas antes do início dostrabalhos de explanação.

Em dia, horário e localpreestabelecidos, um ou doistrabalhadores bem educados etreinados para a tarefa, rece-berão as pessoas que chegampela primeira vez, dando-lhesas informações necessárias acada caso. É necessário preste-za, simpatia e agilidade, alémde grande discrição e serieda-de. Neste caso, a primeira im-pressão que a pessoa terá dotrabalho será muito importan-te. Pessoas sérias não retorna-rão a locais onde não transpi-rem idoneidade e credibilidade.

A triagem é feita nessa horade conversa informal, onde o�recepcionista� observará pela

sua perspicácia, qual a necessi-dade daquela criatura. Se forum caso que demande maiorescuidados, a pessoa será enca-minhada à Sala de Entrevistaspara uma conversa mais reser-vada e posterior direcionamen-to. Antes, porém, será preen-chida uma ficha de dados, cominformações básicas sobre opaciente: nome, idade, endere-ço, profissão etc. Caso contrá-rio, ou seja, se a pessoa não es-tiver precisando de nenhumtipo de ajuda, ela será encami-nhada para os trabalhos públi-cos de explanação.

Se o Centro Espírita for demédio porte e dispuser de pes-soal treinado, poderá ter umasala específica de triagem. Nes-te caso, a recepção apenas faráo seu trabalho básico, ou seja,preencherá a ficha com os da-dos e encaminhará o assistidopara a sala de triagem que, en-tão, direcionará a conduta dopaciente conforme a necessi-dade. Ao nosso ver, este é omodelo ideal, pois todas as pes-soas que vêm pela primeira vezà casa poderão ter um atendi-mento atencioso e não apenasaqueles que se dispõem a pro-curar ajuda.

A recepção deverá ser feitapor pessoas que conheçam deperto o funcionamento da casaa fim de evitar situações cons-trangedoras em relação às in-formações desencontradas quepossam prejudicar a credibili-dade do trabalho. Nada maisdesagradável do que receberinformações equivocadas sobrequalquer coisa, mormente emum Centro Espírita.

3.2 - Entrevista

Uma vez detectada a necessi-dade de maiores cuidados porparte da pessoa, ela será enca-minhada à entrevista, que éuma conversa fraterna que setem com o assistido, para quese possa tirar dele as informa-ções necessárias para elucida-ção do caso e adequado auxí-lio. É importante que algumasperguntas sejam direcionadaspara evitar divagações e longosrelatos. O entrevistador deveconhecer técnicas de aborda-gem, a fim de não errar por ex-cesso de zelo ou por omissãodele.

A entrevista deverá ser breve

e objetiva, tendo o cuidadopara não ser este trabalhotransformado em sala de desa-bafo e catarse.

3.3 - Local das entrevistas

O local onde serão feitas asentrevistas deverá ser reserva-do. Não se pode esquecer quevão ser tratados assuntos daintimidade das pessoas e que sedeve ter o maior respeito e dis-crição possível, frente a tantosdramas. Uma pequena salapode ser determinada para talfim, podendo ser aproveitadatambém para outras ativida-des, caso o Centro Espírita te-nha problema de espaço.

As entrevistas realizadas emsistema aberto, ou seja, váriosentrevistadores em uma únicasala, realizando o trabalho aomesmo tempo, têm o grandeinconveniente de não oferecerao assistido a privacidade tãonecessária nessa hora em queele vai ali desnudar o seu pro-blema. Entretanto, existem ca-sas que o fazem e dizem ter re-sultados satisfatórios.

3.4 - O entrevistador

A entrevista é uma tarefaque requer condições especiaisdo trabalhador. Não que tenhaque ser uma pessoa isenta deerros, o que inviabilizaria otrabalho, mas alguém comcondições morais acima damédia, que tenha um bomembasamento doutrinário ematuridade suficientes para li-dar com situações as mais inu-sitadas.

Os problemas que se apre-sentam são os mais variados,desde simples perturbações es-pirituais até obsessões graves,passando por problemas de or-dem emocional, física e psíqui-ca. A pessoa que ali está vê noentrevistador alguém que podeajudá-lo a resolver seus proble-mas. Coloca com confiança asituação que o levou a buscarajuda e têm expectativas emmelhorar sua condição. É ne-cessário, portanto, que o entre-vistador seja pessoa preparadapara esse mister, com devidotreinamento nessa área, quetenha capacidade para com-preender os problemas huma-nos, assim como condiçõespara estabelecer um diálogo

ATENDIMENTO FRATERNO 3-2

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aberto e franco com o assisti-do.

Não deve o entrevistador per-mitir que se forme em tornodele uma aura de importânciapessoal, com se ele fosse ogrande responsável pelo suces-so dos trabalhos, tampouco in-duzir os entrevistados na certe-za da cura de seus problemas.Tudo deve ser direcionado paradeixar claro às pessoas que otrabalho é do Mestre Jesus eque somos apenas seustarefeiros. Deve explicar que amudança de atitudes é funda-mental para a solução dosdesajustes íntimos. Infundirconfiança na assistência espiri-tual recebida é a grande tarefado entrevistador.

Enfatizamos a necessidade dese ter uma equipe mais ou me-nos fixa de entrevistadores,treinada nessa área, e quese evite os chamados �rodí-zios� nessa tarefa, pois en-tendemos que infelizmenteexistem poucas pessoas comcondições de lidar com pro-blemas humanos. Além doque, essa é tarefa de granderesponsabilidade que carecede muita dedicação e devo-tamento para se ter um re-sultado satisfatório.

3.5 - O entrevistado

O entrevistado tem como suaprincipal característica, o fatode estar necessitando de algumtipo de ajuda. É importanteque o entrevistador esteja pre-parado para atender as varia-ções de problemas que serãoapresentados na entrevista. Acada um, deverá ser dada umaorientação diferenciada, deacordo com as necessidades docaso.

O entrevistador que não pos-suir perspicácia poderá acabarsendo conduzido pelo entrevis-tado; em outras situações po-derá ser induzido a este ouaquele procedimento, a daressa ou aquela opinião. Con-vém estarmos alertas para asdiferentes personalidades, comseus diversos problemas. Den-tre o grande número de tiposde pacientes, citaremos algunsa título de exemplo:

O desesperado

A pessoa que procura o cen-

tro em estado de desespero,tem que ser acudido a qual-quer momento. Em primeirolugar, procura-se acalmá-laenvolvendo-a em palavras deconforto, transmitindo-lheconfiança e carinho. Na maio-ria das vezes está sem condi-ções para ouvir instruçõesmais objetivas, portanto o me-lhor será encaminhá-la ao pas-se, para num segundo momen-to entrar com as conversas ins-trutivas e de orientação.

O desespero pode ser oriundodas mais diversas causas, mastodo o fundamento dele se ba-seia na falta de fé e confiançano futuro. A pessoa se desespe-ra porque não vê saída paraseu problema. O sentido deperda lhe traz a sensação deque tudo está acabado. Atravésda segura orientação da Dou-

trina Espírita, temos que incu-tir lentamente no indivíduo aconfiança em Deus e em Suajustiça, tirando-o do desespero.Com o tempo e o auxílio dosamigos espirituais, o pacientereencontrará o equilíbrio.

O desanimado

Normalmente um paciente édesanimado porque sua vidaestá sem sentido. Ele não temânimo para o trabalho e namaioria das vezes se isola doconvívio social e familiar. Fre-quentemente tem depressãoprofunda e pensamentos quese relacionam com a morte. Énecessário ter muita cautelacom a orientação doutrinária eter sempre o cuidado de enca-minhar o caso também ao mé-dico terreno para que seja ava-liada a necessidade do uso demedicações, por possíveis en-fermidades físicas que possamestar instaladas no organismo.

Se possível, envolver a famí-lia na orientação, mostrandoos riscos que corre o doente de

enveredar-se pelo caminho dodesequilíbrio. Explicar, atravésdo diálogo fraterno e convin-cente, a necessidade de suamoralização, pela prática dareligiosidade, da moral e orga-nização da própria vida.

O descrente

É aquele que inicia sua con-versa já dizendo que foi trazidopor sua família ou amigos,mas que não acredita em nadae etc. Na maioria das vezesquer ser convencido de algumacoisa ou espera que seus pro-blemas sejam resolvidos poroutros. Tenta fazer parecer quenão está muito interessado naajuda oferecida pelo centro es-pírita. Nestes casos, deixar cla-ro que ele só será auxiliado sequiser e que terá que se esfor-

çar para isso. Evitar atitudespaternalistas com o pacien-te. Muitas vezes a ação maisenérgica do entrevistadorfaz com que o indivíduomude sua postura perante avida. Mostrar as desvanta-gens da descrença e os be-nefícios que poderia ter, re-vertendo esse quadro.

O fanático

Esse tipo de personagem émuito encontrado entre espíri-tas que supõem resolver seusproblemas com a ação dos Es-píritos superiores, sem se esfor-çarem para vencer as dificul-dades. Geralmente não acei-tam interferências de terceirosem suas convicções e nos casosde doenças orgânicas chegama desprezar o tratamento damedicina terrena. Acham que,por trabalharem no centro es-pírita, os irmãos espirituais es-tão a postos para ajudá-los aresolver seus problemas. Émuito delicada a abordagemdesse tipo de personalidade,pois trata-se na verdade de pes-soas equivocadas quanto aopapel do Espiritismo na vida dohomem.

Procurar orientar no sentidoda compreensão das verdadesdivinas, retirando-o da faixa defanatismo em que se encontra.Se houver condições psíquicasadequadas, mostrar racional-mente ao paciente seu equívo-co de posicionamento. O exa-gero em qualquer setor da vida

��É necessário ter muitacautela com a orientaçãodoutrinária e ter sempreo cuidado de encaminharo caso também ao médi-co terreno��

ATENDIMENTO FRATERNO 3-3

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produz sofrimentos. Trabalharpara retirá-lo desse estado,com orientações através de en-trevistas e palestras.

O �espírita�

São pessoas que se dizem �es-píritas� porque tiveram contatocom terreiros de Umbanda,Candomblé e mesmo com o Es-piritismo. Querem ler muitasobras psicografadas (ou dizemque já o fizeram) e vão logoafirmando que gostariam detrabalhar na casa. Procuramauxílio por não estarem bem,mas na maioria das vezes, jádizem o que acham necessáriopara a solução de seus males.Isso torna bem difícil uma ori-entação mais efetiva. Na medi-da do possível, conscientizá-losobre a responsabilidade de serespírita e demonstrar que apossibilidade de trabalho serádefinida mais tarde. Primeiro énecessário buscar um estadomínimo de equilíbrio espiritu-al.

O médium

Este tipo de assistido já vemcom o diagnóstico de sua �me-diunidade�. Acha que a mediu-nidade é a causa de sua pertur-bação. Verificar, através daprópria entrevista, onde exerce(ou exerceu) seu trabalho deintercâmbio; se num terreiroou num centro espírita. A ativi-dade mediúnica inadequadapode gerar perturbações nopsiquismo das pessoas. Alémdo mais, dependendo de ondeestava �trabalhando�, o pacien-te pode estar sendo vítima deprocesso obsessivo oriundo decontaminação. Orientá-lo nosentido de que seu dom seráreavaliado mais tarde, depoisdo tratamento. Jamais prome-ter que ele vai trabalhar comomédium na casa, pois muitasvezes a pessoa vem à entrevistacom essa intenção. Nunca en-caminhar o paciente para ses-sões práticas de Espiritismo,antes de submetê-lo a trata-mento, mesmo que o pacientejá tenha tido orientação karde-quiana.

O que perdeu ente querido

Geralmente procuram o cen-tro inconformados pela perda

de alguém da família, com oobjetivo de conseguir notíciasdo ente querido. Confortá-locom a ajuda das ferramentasda Doutrina Espírita. Pode-seanotar o nome do desencarna-do para fazer preces por ele ouverificar na sessão práticacomo está sua situação, sehouver necessidade. Nuncaprometer mensagens mediúni-cas. Isso gera uma expectativana família e nem sempre talcoisa é possível. As conversasem torno da imortalidade daalma trazem grande confortoespiritual, bem como a suges-tão da leitura de livros adequa-dos para o caso. O convívio nacasa, no contato com a Doutri-na Espírita, com o tempo faráa pessoa compreender mais esofrer menos.

O que quer resolver problemasdos outros

Geralmente são pais aflitosou cônjuges tentando fazerqualquer coisa para salvar de-terminada situação de desequi-líbrio instalada em suas vidas.Não raro querem se submetera tratamento no lugar do ne-cessitado, na desesperada ten-tativa de ajudá-lo, pois de ma-neira geral são pessoas refratá-rias a procurar ajuda. O entre-vistador deve esclarecer comose dá o auxílio espírita e a ne-cessidade da presença do doen-te na casa. Deve pedir que fa-çam o possível para trazê-lo nocentro espírita. Oferecer ajudaindireta através do livro de pe-didos de amparo. Em casosgraves, pode-se anotar nome eendereço do necessitado, paraser levado às sessões práticas.

O �sábio�

Aquele que busca auxílio nacasa espírita, mas acha-se mui-to sábio, culto e inteligente enão se sente à vontade subme-tendo-se à orientação de al-guém que ele julga ser inferiora ele. Através da conversa,quer mostrar-se superior e se oentrevistador não for suficien-temente experiente, ele podemonopolizar o diálogo, tornan-do infrutífero o trabalho de es-clarecimento. Agir com tato,demonstrando que todos te-mos muito a aprender na esco-la da vida. Nos casos em que o

entrevistado demonstrar quequer �duelar� no campo dasidéias, deve-se ter a sutileza dedesviar seu intento, fazendo-over que aquele não é o mo-mento e o local apropriadopara disputas. Jamais esquecerque se está diante de pessoaem desequilíbrio. Mostrar quea casa espírita e o Espiritismoestão ali para ajudá-lo, se tiverhumildade para se colocarcomo necessitado da alma.

O pessimista

O pessimismo é uma atitudemental inadequada que gerauma energia negativa na men-te da pessoa, prejudicando to-das as atividades na vida. Tra-tar com o pessimista é muitodifícil, pois ele se coloca a todomomento como fracassado edescrente de possíveis melhori-as. Geralmente são indivíduosque portam auto-obsessões enão raro frequentam casas es-píritas a vida inteira.

O pessimista pode necessitarde psicoterapia e têm-se queestar atentos a esse fato, paraencaminhá-lo a profissionaisda área, se for necessário. Como estabelecimento da ajuda es-piritual, sua atitude mental po-derá se modificar, facilitando acompreensão das instruções aele oferecidas através das pa-lestras e conversas periódicasna sala de entrevistas.

O portador de doença orgânica

Normalmente a pessoa queprocura a casa espírita comproblema orgânico, pensa en-contrar ali a cura de sua doen-ça, pois acha que vai ser �ope-rado� e etc. É bom que seja in-formado que a etiologia dasdoenças pode ser de ordem ex-terna e interna. Externas sãoaquelas provenientes do meioonde vivemos e circunstânciasda própria matéria que consti-tui nosso organismo. Internas,quando são oriundas do corpoespiritual e constituem-se emconsequências de condutas eposicionamentos inadequadosde outras encarnações. É im-portante certificar-se se o paci-ente está em assistência médi-ca e jamais se deve suspender ouso de medicamentos. Encami-nhar para tratamento adequa-do na casa espírita.

ATENDIMENTO FRATERNO 3-4

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O portador de doença grave

São pessoas que vêm à casaespírita, normalmente trazidaspor seus familiares, em estadode desespero por portarem do-enças graves e às vezes crôni-cas. Essas pessoas vêm comgrande esperança de serem cu-radas. É importante não pro-meter curas milagrosas, mas aajuda que a Doutrina Espíritatraz é fundamental para a su-peração da prova a que o paci-ente está submetido. A fluido-terapia e a orientação sobre aorigem dos males ajudará oenfermo no processo de consci-entização e até, quem sabe, dacura propriamente dita. Pres-crever assistência espiritual edeixar claro que o tratamentoespírita é um auxiliar da medi-cina terrena.

O esquizofrênico

A esquizofrenia é uma en-fermidade mental seme-lhante à obsessão espiríticae pode ser classificada comoauto-obsessão. Os pacientesportadores dessa anomaliamental escutam vozes cons-tantemente e têm mania deperseguição. Julgam-sesaudáveis e na maioria dasvezes resistem ao tratamentomédico ou espírita. Nos casosem que o enfermo aceitar, elepoderá ser encaminhado aotratamento convencional dedesobsessão. O entrevistadornão deverá considerar as ma-nifestações do psiquismo doen-tio desses pacientes como sen-do informações consistentespara suas investigações. Geral-mente os esquizofrênicos sãoEspíritos muito endividadoscom o passado, que estão emencarnações de grave expia-ção. A terapia espírita deveráestar associada ao tratamentopsiquiátrico.

3.6 - Fichas de informações

Esta ficha, devidamente pre-enchida com os dados de iden-tificação na recepção, estaráagora nas mãos do entrevista-dor para que se procedam asanotações inerentes ao caso.As informações mais pertinen-tes deverão ser ali anotadas,

pois servirão para estabeleceruma linha de ação, assimcomo serão necessárias para odevido acompanhamento decada caso. Todas as informa-ções são absolutamente confi-denciais e esta ficha será arqui-vada em local apropriado. Teráacesso a ela somente aquelesque estão envolvidos com essatarefa. Evidentemente será uti-lizada em possíveis retornos.

3.7 - Carteira de controle

Da mesma maneira que as fi-chas, as carteirinhas de contro-le são necessárias para umacompanhamento mais efetivodo tratamento realizado comos pacientes. Ali serão anota-das as datas dos passes minis-trados, por pessoa encarregadapela organização desse proce-

dimento, bem como a data doretorno do mesmo à Sala deEntrevistas para a avaliação fi-nal. É uma boa maneira tam-bém de se aferir faltas ouabandonos de tratamentos.

Existem algumas resistênciasao uso de �carteiras de trata-mento� e as críticas baseiam-seno fato de se estar burocrati-zando o atendimento. Os bonsresultados dos trabalhos comesse método, no entanto, nosanima a continuar nessa linhade ação.

4.0 - Exame espiritual

Este item, apesar de impor-tante, só será possível de serefetuado em caso de equipesbem treinadas e já com experi-ência no campo da mediunida-de. O assistido poderá ser sub-metido a investigação espiritu-al, com médiuns seguros e ma-duros na tarefa, que darão in-formações sobre aquele caso,anotadas em sua ficha. O idealseria que esses médiuns nãofossem informados da situação

do paciente para que não so-fram nenhuma espécie deindução. As informações obti-das aqui serão depois confron-tadas pelo entrevistador.

Importante salientar que es-sas informações devem serconsideradas como auxiliaresno diagnóstico final da proble-mática do paciente. Se houvergrande incoerência entre osdados vindos dos médiuns e osque o entrevistador colheu naconversa, este exame deveráser desconsiderado. Semprelembrar que devemos ter muitacautela com as informaçõesvindas do plano espiritual.

Podemos trabalhar com 03(três) tipos de investigação es-piritual: psicofonia, psicografiae vidência. Todas, entretanto,devem ser bem trabalhadas etratadas com muito cuidado,

para que os resultados se-jam satisfatórios.

5.0 - Terapêutica

Como toda enfermidade fí-sica ou psíquica, o trata-mento das obsessões e dosdesajustes psíquicos necessi-ta do uso de medicamentosprecisos. Só que no caso doscentros espíritas, a terapêu-tica utilizada baseia-se na

orientação ao enfermo, na flui-doterapia, na desobsessão, noscuidados médicos, na ocupa-ção ao assistido etc.

5.1 - Orientação ao enfermo

Neste tipo de assistência, aorientação adequada ao enfer-mo é parte importante para osucesso de sua recuperação.Uma orientação mal conduzi-da poderá trazer mais prejuí-zos que benefícios. Daí a im-portância do entrevistador terconhecimento doutrinário eexperiência no trato com aspessoas.

O assistido, após conversa deaconselhamento, poderá sermuito auxiliado nas explana-ções públicas do Evangelho deJesus, com leituras de obras es-píritas (caso tenha condiçõespsíquicas para isso), reajusta-mento de hábitos, avaliação desua conduta etc. Por esta razãoé de muita importância que acasa tenha um trabalho de ex-planação bem estruturado,

��Geralmente osesquizofrênicos são Espíritosmuito endividados com o passa-do, que estão em encarnaçõesde grave expiação��

ATENDIMENTO FRATERNO 3-5

Page 23: 14 encontro de trabalhadores e dirigentes espíritas (g.e.b.m.)

com palestras bem conduzidasdentro de uma linha que indu-za à reflexão e, consequente-mente, à edificação. Será nestetrabalho que a maioria dos ca-sos simples serão tratados, semque sejam necessárias inter-venções mais ostensivas, comoa utilização das atividades me-diúnicas da casa, para evoca-ções e doutrinação de Espíri-tos. Necessário, pois, cuidarbem dessa parte do trabalho.

É importante que se tenhamuita cautela com as instru-ções dadas, pois via de regra,lida-se com pessoas problemá-ticas no campo do entendi-mento e qualquer informaçãomal conduzida poderá ser in-terpretada sob a ótica deturpa-da da pessoa em tratamento.

A orientação deverá ser ava-liada ou reforçada periodica-mente, nos retornos marcadosna carteirinha.

5.2 - Fluidoterapia

A fluidoterapia é uma armapoderosa no tratamento dasenfermidades espirituais. Amaioria dos casos são resolvi-dos com estes procedimentos:orientação, passes e águafluidificada.

É fundamental o Centro Espí-rita contar com uma equipe depassistas alinhada no mesmopensamento de servir ao próxi-mo e que tenha a plena consci-ência da gravidade da tarefaque está empreendendo. É pre-ciso que também esteja consci-ente da necessidade de umconstante trabalho de refor-mulação moral interior. Afinala qualidade dos fluidos doadosestá na razão direta damoralização do médium. Aequipe não poderá ter variaçãofrequente, a não ser nos casosde necessidade.

Os passes serão administra-dos nos dias do próprio atendi-mento, podendo nos casos gra-ves, serem aplicados mais deuma vez por semana, e pormais de um passista.

5.3 - Reunião mediúnica

Os casos de maior gravidadeserão encaminhados para asreuniões mediúnicas destina-das à investigação. Evidente-mente o grupo deverá ter suaequipe de médiuns já em funci-

onamento. Caso contrário émelhor não iniciar a tarefa deatendimento a processos obses-sivos, sob pena de arrumarmais problemas que soluções.Os grupos deverão estar prepa-rados para realizar a investiga-ção através das evocações oumanifestações espontâneas, deacordo com a necessidade decada caso.

É de fundamental importân-cia se saber a opinião dos Espí-ritos amigos sobre os casosmais graves em tratamento.Essas informações, associadasaos detalhes revelados na en-trevista, poderão fornecer umdiagnóstico satisfatório sobreos casos em questão. Após seter uma idéia segura a respeitodas causas dos problemas dopaciente, será possível prescre-ver-lhe uma conduta terapêuti-ca.

5.4 - Cuidados médicos

Alguns pacientes portadoresde obsessões graves, poderãonecessitar de uma terapiamedicamentosa. O entrevista-dor, sempre que achar neces-sário, deverá encaminhar o pa-ciente ao médico terreno, paraque ele proceda conforme anecessidade. Caso ele já estejasob cuidados médicos, eviden-temente a terapia deverá sermantida e jamais o entrevista-dor poderá interferir nesse pro-cedimento.

Receituários alopáticos, ho-meopáticos ou fitoterápicos de-vem ser terminantemente evi-tados na casa espírita. Essetipo de trabalho é muito propí-cio ao endeusamento de mé-diuns, ao estímulo à vaidadepessoal do mesmo e, por issomesmo, à facilidade do concur-so de Espíritos pouco adianta-dos, que via de regra, acabamcomandando o núcleo espírita.Lembrar sempre que a terapiaespírita se fundamenta namoralização dos pacientes, dosEspíritos perturbadores e nafluidoterapia. Nada mais.

5.5 - Ocupação do enfermo

Nos casos graves, as enfermi-dades espirituais podem levaras criaturas a condições tãodegradantes que impossibili-tam-nas ao trabalho de qual-

quer natureza. Porém, na mai-oria das situações as pessoaspodem se dedicar a algum tipode trabalho e isso deve ser esti-mulado como parte da terapiareequilibrante. A ociosidadeagrava qualquer mente em de-salinho.

Entretanto, deve-se ter o cui-dado para não levar adiante aidéia corrente de que basta co-locar o obsediado para �traba-lhar� para livrá-lo da obsessão.Isso é procedimento de casasque não fundamentam seustrabalhos na metodologia kar-dequiana, portanto pouco têma oferecer aos que buscam au-xílio em situações de desespe-ro. Como geralmente a parteassistencial é a linha de frentedos trabalhos dessas casas, ge-neralizou-se esse grave equívo-co em nosso meio, o que trou-xe imensos prejuízos para a re-solução dos problemas mais sé-rios.

6.0 - Resultados

Em todo e qualquer trabalhoque se realiza, faz-se necessá-rio um estudo dos resultados,como método de aferição desua produtividade. Isso se apli-ca a qualquer empreendimen-to. Neste caso, a observaçãodos resultados nos dará umaidéia da qualidade da assistên-cia que está sendo oferecidaaos pacientes que procuram acasa. Saber se os casos estãosendo resolvidos, se as pessoasestão satisfeitas com o tipo deserviço oferecido é obrigaçãode todo trabalho sério. Aquientra a importância das fichasde atendimento e das carteiri-nhas de controle para realiza-ção dessa avaliação.

Existem três itens básicosque nos auxiliam nessa avalia-ção: a) resolução do processo;b) insucesso no tratamento; c)abandono da assistência.

A experiência tem demons-trado que o Espiritismo poderesolver em torno de 70% doscasos de obsessões de ummodo geral. Se os casos aten-didos não estão sendo resolvi-dos, ou existe um percentualconsiderável de abandono, osmétodos de trabalho precisamser revistos passo a passo, darecepção à reunião mediúnica,passando pelo passe e reuniãopública.

ATENDIMENTO FRATERNO 3-6

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6.1 - Avaliações

Não há outro meio de se sa-ber os resultados de qualquertrabalho a não ser avaliando-o.A terapêutica espírita tambémnão foge à regra. As avaliaçõesdos assistidos devem ser perió-dicas, em data de retorno pre-viamente marcada na entrevis-ta inicial. Desta forma podere-mos fazer duas coisas impor-tantes: dar mais atenção à pes-soa que está em assistência nacasa e avaliar suas condiçõesespirituais atuais. Caso sua si-tuação espiritual não estejaevoluindo bem, deve-se conti-nuar o tratamento e submetero caso a uma nova investiga-ção. Este também é um dosmotivos da necessidade da car-teira de controle.

6.2 - Encaminhamento do assistido

Finalmente, depois da avalia-ção e liberação do paciente daassistência espiritual recebida,convém direcioná-la para al-gum setor da casa, se for desua vontade permanecer nela.

Neste caso, ela pode ser enca-minhada para os cursos que oCentro Espírita oferece e quedevem ser adequados para oseu nível de entendimento.Também poderá ser estimuladoa servir, como voluntário, nasfileiras do trabalho caritativo.

Não é conveniente colocarpessoas com enfermidades es-pirituais em cursos de estudosda Doutrina Espírita, sem an-tes submetê-la a assistênciados Espíritos amigos, pois obom senso nos diz que indiví-duos em desequilíbrio não es-tão em condições de assimilaras idéias com naturalidade.

Devemos lembrar que nemtodos os que vão em busca deassistência nas casas espíritasquerem aprender Espiritismo.Muitos, depois de �curados�,voltam para suas crenças deorigem. Isso deve ser muitorespeitado. Não devemos fazerde nossas casas espíritas umaarmadilha para arrebanharadeptos. A Doutrina Espírita édestinada aos Espíritos que temamadurecimento para com-preendê-la. Não se pode forçarninguém a aceitá-la.

Enfim, se através do Atendi-mento Fraterno da casa espíri-ta, as pessoas conseguirem re-cuperar seu equilíbrio e sereni-dade, o trabalho já terá atingi-do seu objetivo. Se elas vão fi-car frequentando a casa espíri-ta, isso o tempo dirá.

Vanda Maria SimõesRua dos Ipês, 100Apto 201RenascençaSão Luís, MACep. 65075-200Internet: [email protected]

Nota: Modelos de ficha paraentrevistas, carteira de trata-mento e instrução de como aassistência espiritual pode serimplantada na casa espírita po-derão ser conseguidos atravésdo seguinte endereço:

Grupo EspíritaBezerra de MenezesCaixa Postal 1011São José do Rio Preto, SPCep. 15025-990Internet:[email protected]://www.novavoz.org.br

ATENDIMENTO FRATERNO 3-7

Page 25: 14 encontro de trabalhadores e dirigentes espíritas (g.e.b.m.)

Destaque esta página e entregue na recepção

PESQUISA ENTRADE

#RESPONDA NOSSA PESQUISA

(Deixe para entregá-la no término do último estudo, no domingo)

Qual é sua idade?______________

Qual o seu sexo?_______________Voce é:o Dirigente o Trabalhador

Estado de origem:_______________

A c a s a q u e f r e q u e n t a

Responda SIM ou NÃOEnsino do EspiritismoEstudo sistematizado da D.E.o SIM o NÃOCurso para Inicianteso SIM o NÃOEvangelização da Infânciao SIM o NÃO

Atendimento públicoServiço de entrevistaso SIM o NÃOTratamento da Obsessãoo SIM o NÃOTratamento de Enfermidadeso SIM o NÃOUma palestra semanalo SIM o NÃOMais de uma palestra na semanao SIM o NÃOAssistência Socialo SIM o NÃO

R e f o r m a

A Reforma do Centro Espírita é ummovimento de remodelamento das ati-vidades nas casas espíritas, baseado naCodificação.

Você conhece a Reforma?o SIM o NÃOGostaria de conhecer suas propos-tas?o SIM o NÃOEm caso positivo, deixe seu nome aolado.

P e r f i l d o E n t r a d i s t a T r a t a m e n t o s e m e n s a g e n s

Responda SIM ou NÃO

Sua casa tem reunião de desobsessão?o SIM o NÃOTrabalha com evocações?o SIM o NÃOExistem mensagens mediúnicas grava-das ou escritas que possam ser analisa-das?o SIM o NÃOVocê poderia nos enviar alguma delaspara nos ajudar a avaliar os trabalhos decada sociedade?o SIM o NÃO(Em caso positivo, nós entraremos emcontato com você. Ao final, deixe seu nomenesta pesquisa)

P r o b l e m a s a d m i n i s t r a t i v o s

Marque com um "X", as dificuldades docentro que você frequenta:

( ) Recursos financeiros( ) Indisciplina( ) Falta de colaboradores( ) Dirigente muito conservador( ) Falta de reuniões de estudos( ) Reuniões mediúnicas improdutivas( ) Público que não se renova

Existe um quadro de trabalhadores de-finido?o SIM o NÃOHá ajuda financeira regular por partedos integrantes do grupo?

o SIM o NÃO

S o b r e o E N T R A D E

Dê sua opinião geral sobre nossosserviços e estudos.

Atendimento na Inscrição

oFRACO oREGULAR oBOM

Serviço de Recepção

oFRACO oREGULAR oBOM

Transporte na cidade

oFRACO oREGULAR oBOM

Hospedagem no Hotel

oFRACO oREGULAR oBOM

Alimentação no Encontro

oFRACO oREGULAR oBOM

T r a b a l h o d o s e x p o s i t o r e s

Heloísa Pires

oFRACO oREGULAR oBOM

José Queid Tufaile Huaixan

oFRACO oREGULAR oBOM

Vanda Simões

oFRACO oREGULAR oBOM

S u g e s t õ e s &C o m e n t á r i o s

Se desejar, deixe seu nome parapossíveis esclarecimentos. Agra-decemos.

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CENTRO ESPÍRITA: ASSISTÊNCIA SOCI-AL OU ESPIRITUAL? - Cirso Santiago, edi-tor do jornal Correio Fraterno do ABC e diri-gente do Lar Emmanuel, na cidade de SãoBernardo do Campo, SP, fala das funções docentro espírita, destacando a importância daassistência espiritual e os problemas quesurgem no trabalho de assistência materiala necessitados. Exposição e debates.

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VÍDEO VOZ

A INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS -Estudo, com oratória e debates, promovidopelo dirigente do Grupo Espírita Bezerra deMenezes, editor de A Voz do Espírito, JoséQueid Tufaile Huaixan, tratando da delicadaquestão da influência que a situação moraldos médiuns exerce nas comunicações me-diúnicas.Duração: 02:00 horas.

Passes

A ESTRUTURA ÍNTIMA DO PERISPÍRITO -Rubens Policastro Meira, pesquisador es-pírita, apresenta um trabalho sobre aconstituição e as propriedades do peris-pírito, e seu papel nas manifestações me-diúnicas e curas espirituais. Exposição edebates.Duração: 02:00 horas.

A TÉCNICA DO PASSE - Rubens PolicastroMeira traz um histórico da aplicação de pas-ses ao longo da história, passando pelosprimeiros cristãos, os magnetizadores mo-dernos e o centro espírita. Fala dos mecanis-mos e requisitos para o restabelecimento dasaúde física e espiritual através dos passes.Exposição e debates.Duração: 02:00 horas.

OS FLUIDOS ESPIRITUAIS: - Rubens Poli-castro Meira faz uma abordagem sobre osfluidos em um aspecto geral.Duração aproximada: 02:00 horas.

Desobsessão

O TRATAMENTO DA OBSESSÃO - Repor-tagem mostrando como é feito o atendimentoa frequentadores no centro espírita que vãoem busca de auxílio espiritual. Os métodosde tratamento desenvolvidos no GrupoEspírita Bezerra de Menezes são mostra-dos e explicados, de forma a oferecer ummodelo para as casas que atuam nestetrabalho.Duração: 01:10 hora.

A EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS - JoséQueid Tufaile Huaixan analisa a utilidade daevocação nas reuniões mediúnicas, a au-sência delas e as consequências danosasno meio espírita, buscando suas causas.Exposição e debates.Duração: 02:00 horas.

CurasAS CURAS ESPIRITUAIS - Wilson Garcia,escritor e jornalista espírita, faz um estu-do sobre as curas espirituais que podemser realizadas dentro dos centros espíri-tas. O trabalho de José Arigó é citado nosdebates, bem como as implicações destetipo de atividade para o centro espírita.Exposição e debates.Duração: 02:00 horas.

CURAS: UMA VISÃO MODERNA DA TERA-

PIA DOS ESPÍRITOS - Wilson Garcia realizauma continuação do trabalho anterior, ana-lisando o mecanismo das curas espirituais.Exposição e debates.Duração: 02:00 horas.

OPERAÇÕES ESPIRITUAIS: COMO ACON-TECEM - José Queid Tufaile Huaixan mostracomo um centro espírita pode se organizarespiritual e materialmente para realizar umtrabalho de curas espirituais no centro es-pírita, sem ferir a lei humana que proíbe aprática do curandeirismo. Exposição edebates.Duração: 02:00 horas.

Reformas noscentros espíritasAS FEDERAÇÕES E SEU PAPEL NO MOVI-MENTO ESPÍRITA - Wilson Garcia, escritore jornalista espírita, faz uma análise dosmodelos de federativa existentes no movi-mento nacional; qual seriam suas finalidadese como atender aos interesses do centro es-pírita. Exposição e debates.Duração: 02:00 horas.

GERENCIAMENTO DO CENTRO ESPÍRITA- José Queid Tufaile Huaixan demonstracomo aplicar as normas de administraçãodeixadaspor AllanKardec eobter mai-or produ-t i v i d a d ed e n t r odas ca-sas espí-ritas, ex-p r e s s apelas cu-ras e peloentend i -mento daDoutr inap e l o sseus inte-grantes efrequen-tadores .Exposição e debates.Duração: 02:00 horas.

COMO IMPLANTAR A REFORMA - JoséQueid Tufaile Huaixan, nesta palestra, orien-ta como adequar o Centro Espírita ao Mo-vimento de Reformas, ou estruturar umanova casa baseada nos moldes da Refor-ma.Duração aproximada: 02:00 horas

PALESTRAS DEORADORES CONHECIDOSDivaldo Pereira Franco

EU, O PRESO E JESUS - Numa visita a um pre-sídio, Divaldo Pereira Franco depara-se comuma platéia fria que, no término de seu trabalho,

apresenta-se tocada pela palavra de Jesus. Anarrativa do caso, nesta palestra, traz ima-gens de fé e esperança. Exposição.Duração: 01:10 hora.

CENTRO ESPÍRITA: VINHA DO SENHOR -O tribuno Divaldo Pereira Franco fala do papeldo centro espírita e das falsas doutrinas quevêm misturando-se às suas práticas. Expo-sição e debates.Duração: 02:00 horas.

AMA O PRÓXIMO COMO A TI MESMO - Di-valdo Pereira Franco narra experiências derelacionamentos difíceis e situações de sofri-mento, onde a Espiritualidade superior mostra-se presente e pronta a ajudar. Exposição.Duração: 01:10 hora.

DIVALDO NA INTIMIDADE - Uma entrevistacom o médium e orador baiano Divaldo Perei-ra Franco, onde conta o início de seu traba-lho, suas experiências marcantes e sua visãoatravés da Doutrina. A fita traz ainda uma repor-tagem sobre a Mansão do Caminho, obra assis-tencial mantida pelo médium em Salvador, BA,atendendo a crianças e famílias carentes.Duração: 01:40 hora.

A BUSCA DO HOMEM INTERIOR - DivaldoPereira Franco apresenta um estudo sobrea consciência humana, sua constituição efuncionamento. Exposição.Duração: 01:30 hora.

RENÚNCIA - Divaldo Pereira Franco narra aemocionante história da fundadora da Uni-versidade de Stanford, Estados Unidos, que,após uma experiência dolorosa, fez de suavida um exemplo de amor ao próximo. Expo-sição.Duração: 01:10 hora.

REENCARNAÇÃO - Divaldo Pereira Francotraz as notícias de que a ciência tem estuda-do a reencarnação. Como exemplo, as pes-quisas de Banergee, na Índia, onde criançaslembram-se da encarnação anterior. Expo-sição. Duração: 01:10 h.

VIVER EM FAMÍLIA - Divaldo Pereira Fran-co fala da evolução dos costumes da soci-edade e seu reflexo no relacionamento fami-liar. Analisa o comportamento do espírita pe-rante a família e a sociedade, discorrendocom clareza em torno de situações da vidadiária. Exposição.Duração: 01:20 hora.

OBSESSÃO EM FAMÍLIA - PROBLEMA DAATUALIDADE - Divaldo Pereira Franco dis-corre sobre as teorias da Psicologia a res-peito dos distúrbios psíquicos. Expõe a visãoda Doutrina Espírita a respeito, que abre inú-meras possibilidades de diagnóstico e cura,analisando o ser como espírito imortal. Narraum caso de obsessão em família, mostrandoa eficiência do Espiritismo em tratar dessescasos enquanto esclarece os envolvidos.Exposição.Duração: 01:20 hora.

DIREITO À VIDA - Divaldo Pereira Francoanalisa a Pena de Morte, o Aborto e a Euta-

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VÍDEO VOZ

násia dos pontos-de-vista ético, médico edoutrinário. Narra casos de consequênciasdolorosas para os espíritos que se deixam le-var pelos enganos da desvalorização davida humana.Duração: 01:20 hora.

DO ÁTOMO AO ANJO - Divaldo PereiraFranco discorre sobre o processo evolutivodo Espírito, demonstrando sua caminhada nabusca de iluminação.Duração: 01:15 hora.

José Raul Teixeira

A LÓGICA DO PENSAMENTO ESPÍRITA -José Raul Teixeira, expositor de Niterói, RJ,conta o aparecimento e o desenvolvimentoda Doutrina Espírita na Europa e no Brasil.Após esta palestra, a fita traz um debatesobre temas atuais ligados à família, com res-postas do expositor.Duração: 02:00 horas.

ORIENTAÇÃO PARA A VIDA EM FAMÍLIA- De forma clara, fácil e direta, José RaulTeixeira fala sobre o relacionamento familiarem diversos níveis: casamento, educaçãodos filhos, namoro, drogas, sexo, respon-dendo a perguntas do público. Exposição edebates.Duração: 02:00 horas.

A GÊNESE DO ESPÍRITO - O orador JoséRaul Teixeira traz as teorias científicas so-bre o aparecimento da vida na Terra e a suaconcordância com a teoria da Doutrina Espí-rita. Exposição.Duração: 01:10h.

O DILEMA DE ZAQUEU - José Raul Teixeira

conta a história de Zaqueu, narrada nosEvangelhos, um publicano que recebeu emsua casa o Mestre Jesus, provocando umaprofunda alteração em sua vida. Exposição.Duração: 01:20 hora.

APRENDENDO A AMAR - José Raul Teixei-ra, expositor e médium de Niterói, RJ, falasobre o amor universal, tendo como exemploa história de dedicação de Madalena a JesusCristo. Exposição.Duração: 01:10 hora.

ESPÍRITAS: AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS -José Raul Teixeira trata da importante tarefade educação do espírita baseada na instru-ção deixada pelo Mestre Lionês.Duração aproximada: 02:00 horas

EDUCAÇÃO PARA A VIDA - José RaulTeixeira fala como deve ser o comportamentode uma família espírita, abordando temas comodivórcio, educação dos filhos, drogas etc...Duração aproximada: 02:00 horas

O IDEAL ESPÍRITA - José Raul Teixeira tratade forma ampla qual o real objetivo do Espi-ritismo e como atingir tal objetivo.Duração aproximada: 02:00 horas

A CAMINHO DA LUZ - José Raul Teixeira fazmais um trabalho memorável sobre atrajetória do Espírito em busca da luzconsciencial.Duração aproximada: 01:15 hora

Rubens Policastro Meira

JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS - RubensPolicastro Meira comenta sobre a persona-

lidade divina de Jesus de Nazaré.Duração aproximada: 02:00 horas

Umberto Ferreira

RELACIONAMENTO PAIS E FILHOS - Um-berto Ferreira, médico e orador de Goiânia, GO,cuida da temática do comportamento adolescen-te e infantil e a interferência dos pais.Duração aproximada: 02:00 horas

RELACIONAMENTO CONJUGAL - Estudo,com oratória e debates, realizado por Um-berto Ferreira, médico espírita da cidade deGoiânia. O orador é expositor especializadoem temas da família. Nesse trabalho, fala daimportância de se ter em casa um relaciona-mento conjugal saudável.Duração: 02:00 horas.

Alkindar de Oliveira

SAIBA FALAR EM PÚBLICO SEM MEDO...DE TER MEDO - Alkindar de Oliveira, mostraqual deve ser a postura de um expositor, seulinguajar e todo o procedimento para umaoratória.Duração aproximada: 02:00 horas

Djalma Motta Argolo

O CONSOLADOR PROMETIDO - Palestrado conhecido orador espírita Djalma MottaArgolo, onde ele faz uma verdadeira via-gem ao passado da humanidade, refazen-do os caminhos do Cristianismo. Duração:01:15 hora.

PARA ADQUIRIR FITAS PELA INTERNET basta acessar:

Os oradores e médiuns Divaldo Pereira Franco e José Raul Teixeira, deSalvador, BA e Niterói, RJ, respectivamente, estão lançando novos filmes devídeo no mercado espírita. São os mais recentes trabalhos feitos por essesdois servidores da causa dos Espíritos. A edição das fitas e distribuição estáa cargo do Vídeo Voz, departamento de filmes do Grupo EspíritaBezerra de Menezes, de São José do Rio Preto, SP.

No dia 21 de Abril de 1998, José Raul Teixeira visitou as regiõesespíritas das cidades paulistas de Votuporanga e Catanduva, Sp, onderealizou palestra falando a mais de quatro mil pessoas.

Novos filmes já à sua disposição:

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO! - J. Raul TeixeiraEDUCAÇÃO: BASE DA SOCIEDADE - Divaldo Pereira FrancoO REINO DE DEUS - Divaldo Pereira Franco.

Foto Voz

VÍDEO VOZCaixa Postal 1011

São José do Rio Preto - SPCEP 15025-990

Internet:[email protected]

www.novavoz.org.br