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1 DIEGO ANDRADE CERQUEIRA A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA Desde os séculos passados até os dias de hoje ETE. “RUBENS DE FARIA E SOUZA”

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Básico sobre Sistemas Operacionais

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1

DIEGO ANDRADE CERQUEIRA

A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA Desde os séculos passados até os dias de hoje

ETE. “RUBENS DE FARIA E SOUZA”

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SOROCABA/ 2004

DIEGO ANDRADE CERQUEIRA

A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA Desde os séculos passados até os dias de hoje

ETE. “RUBENS DE FARIA E SOUZA”

SOROCABA/ 2004

TCC apresentado à ETE. “Rubens de Faria e

Souza.”, como exigência parcial para conclusão

do Curso do Ensino Médio em 2004

_______________

Orientador: Prof.(a) Acidália C. Moretti.

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3

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4

Dedico aos meus pais que não mediram esforços para investir

em minha formação acadêmica, o que tornou possível a abertura

das portas de uma vida profissional de grandes sucessos a mim.

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5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que a cada dia me dá sabedoria e

vigor, para avançar sempre vencendo a todas as barreiras que se

interpõem em meu caminho.

Agradeço a Ângela Maria Exner, valorosa amiga, sempre

presente em todos os momentos, dedicada, alegre e compreensiva.

Agradeço aos professores que se empenharam em ser

mais que instrutores e com sua dedicação trouxeram para mim

conselhos e momentos que haverei de levar por toda minha vida, a

saber, Cíntia, Fátima, Acidália e Márcia.

Agradeço a Sergio Rosa e Kaliny Lourenção

Consorte, instrutores de informática, pelo apoio dispensado para o

enriquecimento de meus conhecimentos relacionados à minha profissão.

Agradeço aos meus pais por todo apoio que

dispensaram durante a elaboração deste trabalho.

Agradeço a mim mesmo pelas horas de dedicação

aos estudos autodidatas que tornaram possível a elaboração deste

trabalho.

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6

RESUMO

Visando justamente apresentar de uma forma clara e objetiva a história da informática, que impulsiona a globalização atualmente, foi desenvolvida esta obra que mostra os principais acontecimentos que desencadearam esta revolução digital que está presente em todos os lugares e campos da humanidade. De uma maneira dinâmica são apresentados ordenadamente os acontecimentos no campo da informática desde a criação do primeiro computador eletrônico até os microcomputadores presentes em milhares de casas, é apresentada a internet desde a sua criação para fins relacionados à guerra até a sua popularização atual. Esta obra foi desenvolvida com o justo intuito de preencher um espaço deixado pela falta de livros de informática que nesta linha de pensamento demonstrem a história da informática utilizando-se de termos técnicos acessíveis. O que há hoje a respeito da evolução da informática são vagos resumos de alguns fatos relevantes, porém sem uma explicação aprofundada. A obra foi divida por categorias e as categorias por assuntos de maneira bastante objetiva. Através deste minucioso estudo é possível compreender de forma mais facilitada os avanços tecnológicos da atualidade, quebrar certas credulidades impostas por mitos pregados pelas corporações participantes, mostrar idéias que também foram ou/e ainda são inovadoras, de maneira a apresentar a informática sob um ângulo menos unilateral, podendo-se assim aproveitar este estudo de forma a utilizar-se da informática de uma maneira que favoreça um maior progresso. Pois somente conhecendo-se as várias marcas, plataformas e tecnologias que se pode então afirmar e aplicar as que se apresentam como as melhores.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................... 01

1. O QUE É INFORMÁTICA................................................................. 03

1.1. Classificação............................................................................... 03

1.2. Tipo de Computadores................................................................ 03

1.3. As Gerações............................................................................... 04

1.4. Classificação do Porte dos Computadores................................. 05

1.6. Classificação dos Microcomputadores........................................ 06

2. A ORIGEM DOS COMPUTADORES................................................ 08

3. INÍCIO DA ERA DA COMPUTAÇÃO................................................ 12

3.1. Aplicação da Tecnologia das Máquinas...................................... 12

3.2. Sistemas Numéricos................................................................... 13

4. COMPUTADORES DE PRIMEIRA GERAÇÃO................................ 14

4.1. Mark I.......................................................................................... 14

4.2. Hitler, o destruidor de projetos................................................... 15

4.3. Colossus..................................................................................... 16

4.4. Eniac........................................................................................... 17

4.5. Válvulas Termoiôncas................................................................. 19

4.6. Edvac.......................................................................................... 19

4.7. Edsac.......................................................................................... 20

5. COMPUTADORES DE SEGUNDA GERAÇÂO................................ 20

5.1. Transistores................................................................................ 20

5.2. Linguagens de Programação...................................................... 21

5.3. Univac......................................................................................... 23

5.4. Outras Inovações........................................................................ 23

5.5. Tradic.......................................................................................... 24

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8

6. COMPUTADORES DE TERCEIRA GERAÇÃO............................... 24

6.1. Circuito Integrado........................................................................ 24

6.2. Componentes com tecnologia CI................................................ 25

6.3. Os primeiros Microcomputadores............................................... 26

6.4. Altair 8800................................................................................... 27

6.5. Linguagens de Programação...................................................... 28

6.6. Final da Terceira Geração.......................................................... 29

7. COMPUTADORES DE QUARTA GERAÇÃO.................................. 30

7.1. Circuito Integrado em Larga Escala............................................. 30

7.2. Microprocessadores de Quarta Geração.................................... 30

8. COMPUTADORES DE QUINTA GERAÇÃO.................................... 32

8.1 Circuitos Integrados de VLSI....................................................... 32

8.2. Multiprogramação....................................................................... 33

8.3. Teleprocessamento..................................................................... 33

8.4. Linguagens de Programação...................................................... 34

9. SOFTWARE...................................................................................... 39

9.1. O que é?..................................................................................... 39

9.2. Classificação de Softwares......................................................... 40

10. HARDWARE................................................................................... 44

10.1. Definição................................................................................... 44

10.2. Componentes............................................................................ 44

11. HISTÓRIA DOS COMPUTADORES IBM PC E PS/2..................... 71

11.1 IBM-PC....................................................................................... 71

11.2. IBM-PC XT................................................................................ 73

11.3. IBM-PCjr.................................................................................... 74

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9

11.4. IBM-PC AT................................................................................ 74

11.5. IBM-PS/2.................................................................................. 75

11.6. IBM-PC’s Portáteis................................................................... 77

11.7. A atualidade............................................................................. 78

12. FAMILÍA DE PROCESSADORES INTEL....................................... 79

12.1. Origens – 8086/8088................................................................. 79

12.2. Melhoria 80186/80188.............................................................. 81

12.3. Evolução – 80286..................................................................... 82

12.4. Tecnologia – 386...................................................................... 83

12.5. Inovação – 486.......................................................................... 84

12.6. Tecnologia dos Co-processadores Matemáticos...................... 85

12.7. Performance – Pentium............................................................ 86

12.8. A tecnologia MMX..................................................................... 87

13. A HISTÓRIA DOS COMPUTADORES APPLE MACINTOSH........ 88

13.1. Apple II...................................................................................... 88

13.2. Outros Modelos Apple............................................................... 90

13.3. Revolução Macintosh................................................................ 92

13.4. Viagem através doa anos na história do Apple Macintosh....... 94

14. HISTÓRIA DOS SISTEMAS OPERACIONAIS............................... 105

14.1. Definição e CP/M...................................................................... 105

14.2. Microsoft DOS........................................................................... 108

14.3. Unix........................................................................................... 108

14.4. Microsoft Windows.................................................................... 110

14.5. Mac OS..................................................................................... 117

14.6. IBM OS/2................................................................................... 118

14.7. Linux ......................................................................................... 118

15. A INTERNET................................................................................... 123

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10

15.1. As origens – ARPANET............................................................ 123

15.2. AS origens – WWW.................................................................. 124

15.3. Definições................................................................................. 125

15.4. A Internet.................................................................................. 125

15.5. A Internet e as empresas.......................................................... 126

15.6. Geração Sites........................................................................... 129

16. CONCLUSÃO................................................................................. 130

BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 132

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INTRODUÇÃO

Se olharmos a nossa volta, certamente notaremos a presença de diversos equipamentos eletrônicos, porém sem vislumbrar de maneira aprofundada a importância que cada um representa para nossas vidas, uma vez que isso somente acontece quando algum deles apresenta algum problema que venha a inviabilizar o seu uso. Devido ao avanço tecnológico do século passado, hoje é impossível imaginar as nossas vidas sem as magníficas invenções que ocupam os nossos lares, nosso local de trabalho e até mesmo lazer. As invenções que surgiram ao longo dos tempos mudou as estruturas de nossas vidas de alguma forma, tais como a roda, eletricidade, imprensa, automóvel, televisor, entre outras, de maneira que hoje se uma delas faltar, certamente causará grandes transtornos em nosso cotidiano, uma vez que se tornaram imprescindíveis. Mas de todas as invenções citadas acima, certamente o computador é o que trouxe em menos tempo as mais radicais revoluções a nível mundial. Hoje se o computador vier a faltar, certamente o mundo irá ficar inerte, uma vez que hoje tudo está computadorizado, tudo está a um clique de distância! Criado a princípio apenas efetuar cálculos de uma maneira menos complicada e rápida, os computadores tomaram dimensões de importância tão grandes, que rapidamente passaram a contribuir de alguma maneira em quase todos os campos da humanidade. Potencialmente o equipamento mais versátil da atualidade, pode ser utilizado para enviar e receber mensagens, ampliar os horizontes de conhecimento, trazer entretenimento, possibilitar a comunicação mundial de maneira simples, barata, rápida e eficaz, automatizar indústrias inteiras, efetuar complicados cálculos, armazenar grandes quantidades de informações de maneira dinâmica entre outras milhões de utilidades. Justamente visando explorar um pouco deste vasto mundo e de maneira clara e objetiva mostrar a evolução da informática é que esta obra foi desenvolvida. O principal intuito é apresentar de forma clara para aqueles que se utilizam diariamente do computador como ferramenta de trabalho e desejam obter mais informações a respeito da evolução das diferentes tecnologias que envolvem o mundo da informática e suas aplicações, ou para aqueles que são usuários e desejam simplesmente vislumbrar o histórico da informática desde os seus primórdios até os presentes dias.

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E com a grande demanda e crescimento das tecnologias que envolvem o mundo da informática se faz necessário saber porque os rumos assim são tomados e como avaliar o que cada corporação pode oferecer tendo em vista o agir dela e os resultados trazidos ao longo dos tempos. Justamente também visando esta conscientização de que não é necessário andar debaixo das regras ditadas pelas maiores corporações que atuam no ramo da informática, muitas vezes de maneira antiética é que são expressas as vantagens e desvantagens de cada uma das tecnologias que surgiram e/ou estão presentes no nosso cotidiano. E assim com base em mais de dois anos de pesquisa está obra poderá assumir uma posição pouco difundida e explorada no mundo da informática, de maneira a trazer para os que se utilizam da informática em seu dia-a-dia uma visão mais crítica e menos unilateral a respeito do que se pode visualizar no mercado a cada dia.

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1. O QUE É INFORMÁTICA? 1.1. Classificação Quando ouvimos a palavra informática, de imediato a

associamos aos computadores. Esta associação é muito lógica, pois nada

mais é do que a junção das palavras “informação” e “automática”, que

emergiram com os progressos realizados no domínio dos computadores que

estiveram na base do desenvolvimento desta nova ciência que denominamos

Cibernética. Informática nada mais é do que o tratamento automático da

informação através da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos

adequados.

O minidicionário “Silveira Bueno” define a palavra

“computador” como sendo: processador de dados capaz de aceitar

informações, efetuar “operações programadas e fornecer resultados para

resolução de problemas. Existem computadores de grande porte e os

microcomputadores. Quanto à evolução tecnológica os computadores se

dividem em: 1ª geração (utilização de válvulas); 2ª geração (utilização de

transistores); 3ª geração (utilização de circuitos integrados: chip). E a palavra

“informática” como sendo: “emprego da computação eletrônica na ciência ou

matéria da informação”.

1.2. Tipo de Computadores Há ainda uma classificação de tipos de computadores,

porém esta classificação é pouco difundida uma vez que na atualidade quase

todos os computadores utilizados são basicamente do mesmo tipo.

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1.2.1. Computadores Analógicos São aqueles que operam por simulação de sinais elétricos

semelhantes e costumam ser aplicados em problemas de controle de

processos. A sua programação é integrada aos circuitos e não são muito

precisos e nem velozes. Possuem uma grande área de processamento e um

pequeno volume de entrada e saída de volume de dados.

1.2.2. Computadores Digitais

Representam a programação e os dados através de

cadeias de dígitos binários (0 e 1). Encontram aplicação em praticamente

todos os campos de atividade humana, são mais precisos e velozes que os

computadores analógicos. Possuem uma pequena área de processamento de

dados e um grande volume de entrada e saída de dados.

1.2.3 Computadores Híbridos

São os que possuem as características dos analógicos e

dos digitais. A entrada de dados é controlada por um conversor “analógico-

digital”, a informação é processada por um conversor digital e a saída é

canalizada por um conversor “digital-analógico”.

1.3. As Gerações

A partir daí então é que se começa a dividir os

computadores, porém não há um consenso pré-determinado, há autores que

fazem a divisão em 4 gerações, outros em 5, outros em 6 e ainda outros em 3

ou 2, por isso convencionou-se fazer a divisão em 5 gerações.

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1.4 Classificação do Porte dos Computadores

Assim como a classificação dos computadores por geração

não é precisa, do mesmo modo não há um consenso com relação à

classificação do porte dos computadores. Por isso convencionou-se fazer a

classificação dos computadores em relação ao se porte em: super

computadores, minicomputadores e microcomputadores. Porém ainda assim

esta classificação não é muito difundida, pois computadores de diferentes

portes podem ser utilizados para desenvolver as mesmas tarefas, ainda que

em proporções diferentes.

1.4.1. Super Computadores ou Mainframes

São utilizados em grandes corporações onde há uma

necessidade de processar grande volumes de dados. Sua aplicação consiste

em emissão de taxas e impostos, estatística, meteorologia, planejamento

econômico, sistemas bancários, controle de viagens espaciais entre outros.

Podem ocupar salas inteiras devido a exigência de uma alta capacidade de

processamento.

1.4.2. Minicomputadores

São utilizados pelas médias empresas onde o volume de

informações a serem processadas é grande, mas menor em relação ao das

grandes corporações. Sua aplicação consiste em folhas de pagamento,

estatística, merketing e vendas, consultoria, controle de produtos e estoques,

planejamentos e produções entre outras atividades.

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16

1.4.3. Microcomputadores É nesta categoria que se englobam os computadores

utilizados no dia-a-dia por milhões de pessoas em todo o mundo. Embora

possuam capacidade inferior de memória, velocidade e processamento são os

microcomputadores que movimentam a maior parte da economia baseada na

tecnologia da informação. Através deles pode se desenvolver tarefas

destinadas a uso doméstico e empresarial. São aplicados basicamente em

todos os campos da humanidade.

1.5. Classificação dos Microcomputadores

1.5.1. Desktops

São os microcomputadores mais comuns de serem

encontrados. Geralmente são utilizados para aplicações domésticas e de

empresas. Apresentam construção modular, seus periféricos podem ser

unidos como alguns modelos da Apple e outros da antiga Compaq, ou

separados de sua Unidade Central de Processamento, como a maioria dos

computadores.

As vantagens que apresentam sobre os outros tipos de

microcomputadores são: baixo custo de manutenção e equipamentos, alta

capacidade de expansão, flexibilidade, tamanho relativamente bom para ser

transportado.

1.5.2. Portáteis

São geralmente chamados de laptops ou notebooks. São

extremamente versáteis, uma vez que podem apresentar o mesmo

desempenho dos desktops com a vantagem de poderem ser transportados

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17

para qualquer lugar, trazendo um melhor aproveitamento do tempo

principalmente para quem trabalha fora da empresa.

Os atuais laptops têm a vantagem de não somente ser

transportado com facilidade como também de poderem trabalhar

desconectados da tomada através de uma bateria que os acompanha. Os

modelos atuais de notebook da plataforma IBM-PC são acompanhados com

baterias de duração média de uma hora e meia nos modelos básicos e

aproximadamente três horas e meia nos modelos mais sofisticados. Os

laptops da plataforma Apple-Macintosh geralmente são acompanhados com

baterias que duram aproximadamente cinco horas.

Outro importante fator a ser considerável nos laptops é o

seu peso. Os modelos básicos pesam em torno de três quilos e meio e os

mais sofisticados pesam em média um quilo e meio, uma grande revolução

em relação aos primeiros laptops que pesavam cerca de dez quilos, sendo

considerados por muitos, como computadores arrastáveis e não portáteis.

Atualmente algo importante da versatilidade dos

computadores portáteis é sua alta capacidade de conectividade com a internet

e redes sem fio através da tecnologia Wi-fi. Com o objetivo de customizar a

versatilidade dos portáteis as empresas que fabricam processadores estão

incluindo em seus processadores tecnologias que visam dar maior controle

sobre a tecnologia Wi-fi e desenvolvendo processadores que possam oferecer

o maior desempenho com o menor gasto possível de energia, um exemplo

disso são os processadores Intel Centrino e Pentium M. Mas quem necessita

de performance extrema dos laptops ainda pode optar por processadores

como o Intel Pentium 4, que geralmente é muito utilizado nos desktops

profissionais.

Havia há pouco tempo atrás também de uso um pouco

mais popularizado, o equipamento Docking Station para laptops, que visava

aumentar seu desempenho transformando-o em um computador de mesa,

quando não estivesse sendo usado fora do ambiente de trabalho.

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Embora ofereçam tecnologia e versatilidade, o maior

número de computadores vendidos ainda são os desktops, pois um notebook

pode chegar a custar de três a dez vezes mais caro que um desktop de

mesma configuração.

Em detrimento do alto custo que apresentam, as empresas

e usuários domésticos ainda optam na hora da compra pelos desktops.

1.5.3. Workstations

Há Workstations de médio porte e as de mesmo porte de

microcomputadores. São computadores mais poderosos e mais caros.

Geralmente rodam sistemas operacionais como Windows 2000, 2003 ou

ainda NT (os mais antigos) e Unix. Sua utilização geralmente é restrita em

sistemas que exijam alto poder de processamento, segurança e confiabilidade

tais como: sistemas bancários, corporativos, governamentais, hospitalares

entre outros. Também há workstations para uso destinado à computação

gráfica, para criação de animações para vinhetas de TV, animações para a

internet, criação de desenhos voltados para produção industrial entre outros.

2. A ORIGEM DOS COMPUTADORES

O homem sempre procurou uma maneira de produzir mais

com menos. E para satisfazer a essa exigência, ele desenvolveu máquinas

capazes de otimizar determinadas atividades, que se feitas por humanos,

seriam complicadas e morosas.

No princípio o homem se utilizava de hieróglifos e pinturas

em suas cavernas para expressar o seu viver. Essas e outras atividades que

visavam facilitar a sua vida diária, o levou a outras grandes descobertas como

o fogo, machado, roda, números entre outras que visavam inibir as suas

limitações.

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19

No campo matemático podemos destacar que homem se

utilizava do sistema numérico decimal, que exigia um tipo de trabalho mais

aplicado e com isso mais vagaroso. Visando justamente suprir a esta

necessidade que foi inventado o Ábaco por volta de -3000 A.D.

O Ábaco é um dos mais antigos instrumentos de cálculos

de que se tem conhecimento. Ele era constituído por uma armação produzida

de madeira onde eram amarrados fios com pequenas pedras calcárias

denominadas Calculis. A estes eram atribuídos valores na ordem de

centenas, dezenas, unidades entre outras. Os cálculos eram feitos com o

deslocamento dos Calculis. Para a época isto representou uma revolução

suficiente para desencadear uma verdadeira corrida rumo ao desenvolvimento

de novos instrumentos de cálculo para atender a demanda. Porém ainda

assim o Ábaco é ainda usado nos dias de hoje em diversos países do oriente.

Pelo decorrer do tempo foram criados diversos instrumentos visando à

mecanização do cálculo, algo complexo para a humanidade resolver de forma

rápida.

Mas a primeira calculadora que realizava operações

básicas como adição e subtração foi criada por Blaise Pascal no século XVII.

Filósofo e cientista, Pascal cria aos seus dezoito anos de idade a Pascaline,

constituída de um mecanismo com certo número de rodas dentadas, que

tornava possível através de sucessivos giros a execução de cálculos de até

oito dígitos como presente nas calculadoras comuns de hoje. Porém sua

operação por ser vagarosa não apresentou nenhuma vantagem sobre o

famigerado cálculo manual.

Analisando a genialidade da criação de Pascal, Gottfried

Leibniz projetou uma máquina bem mais sofisticada que além de executar

operações de adição e subtração também multiplicava e dividia valores. A

máquina de Leibniz era constituída de cilindros de rodas dentadas e um

complexo sistemas de engrenagens capazes de assombrar qualquer

engenheiro contemporâneo.

Page 20: 135 sistemas operacionais

20

As primeiras máquinas comercializadas no século XIX eram

baseadas nos princípios de funcionamento de sua máquina. Porém estas

máquinas não podem nem de longe serem comparadas à atual tecnologia

presente em nossas vidas. Elas trabalhavam basicamente combinando

números nela inseridos através de alavancas e relógios, desprovidas de uma

condição de armazenamento e um tipo de instrução automatizada.

Porém as coisas começaram a apresentar um avanço significativo a partir da

época da Revolução Industrial, quando definitivamente a idéia de substituir o

trabalho humano por máquinas começou a ser implantado.

Foi neste século que Charles Babbage deu um grande impulso ao

desenvolvimento das “Máquinas Matemáticas”.

Babbage dedicou sua vida ao projeto de tais máquinas,

porém sempre se deparou com problemas, pois a complexidade mecânica

que envolvia tais máquinas era excessiva para a época. Porém o seu objetivo

de criar máquinas que calculassem e imprimissem foi bem sucedido, pois foi

ele quem criou o conceito de uma leitora de cartões, que muito se

assemelham as nossas impressoras matriciais e que tornou possível técnicas

de programação que viriam a ser aplicadas no século XX.

Babbage idealizou um pequeno modelo constituído por 96 rodas e 24 eixos

que denominou “Máquina Diferencial”. Estimou aproximadamente 3 anos este

projeto, porém à medida que ele avançava novas idéias surgiam e

inutilizavam todo o trabalho anterior.

Logo após a “Maquina Diferencial”, Babbage passou ao

desenvolvimento da “Máquina Analítica”, que foi a primeira máquina

considerada programável, capaz de executar quaisquer cálculos, ainda que

através de programação externa. A máquina deveria dispor de uma memória

capaz de mil números de cinqüenta dígitos, comparando-os e agindo de

acordo com o resultado obtido. Sua limitação se baseava no fato de que toda

a informação seria armazenada em cartões perfurados, contendo programa e

dados, através de arames que podiam ou não perfurar os cartões, princípio

inicial da programação dos computadores eletrônicos.

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21

Embora os projetos de Charles Babbage fossem revolucionários, sua

complexidade era tamanha que desencadearam diversos fracassos que

fizeram seu projetos permanecerem abandonados.

Na mesma época o inglês George Boole, depois de estudar várias teorias

matemáticas estabelece a “Lógica Formal” ou “Álgebra de Boole”. Através

desta lógica, foi permitido o estabelecimento de procedimentos que

identificam se uma situação é falsa ou verdadeira através de operadores

lógicos “AND”, “OR” e “NOT”, que foi de grande valia para o procedimento

para o uso da técnica de programação.

Outros matemáticos continuaram seus estudos após a morte de Boole,

criando os sistema de numeração binária, base dos modernos computadores

eletrônicos.

Foi nesta época que foi desenvolvida as diretrizes que

impulsionaram as atuais técnicas de programação (técnicas que inserem nas

máquinas os procedimentos e diretrizes para que elas realizem as

operações).

Foi Alan Turing quem criou o que hoje é à base de todas as técnicas de

programação, que consistia numa forma de inserir dados nas máquinas,

denominada decodificação.

Concretizava-se assim a ideologia da possibilidade de uma

máquina trabalhar com diversos tipos de dados diferentes, dependendo

apenas dos procedimentos e diretrizes que nela fossem inseridos, surgindo-se

assim a máquina programável.

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22

3. O ÍNICIO DA ERA DA COMPUTAÇÃO

3.1. Aplicação da Tecnologia das Máquinas

Essa crescente evolução das máquinas de calcular e

computar tornou possível em 1890 à elaboração do Censo Estado-Unidense

por Herman Hollerith. Porém se ele se utilizasse da máquina presente na

época, só terminaria o censo na época de realizar outro (1900). Assim

Hollerith fez um aperfeiçoamento dos cartões perfurados e consegui com êxito

obter os resultados em três anos. Para isso ele introduziu o uso da

eletricidade em sua máquina. Os cartões eram introduzidos na máquina que

os lia a partir de pinos metálicos, que ao entrarem em contato com os cartões

ultrapassavam a as marcas perfuradas e entravam em contato direto com

uma superfície também metálica. No contato dos pinos com a superfície

metálica era transmitida uma corrente elétrica, que era registrada e

armazenada na memória da máquina. A máquina de Hollerith ficou conhecida

com Tabulador de Hollerith.

Em função do sucesso obtido com o censo, Herman

Hollerith fundou a TMC (Tabulation Machine Company) em 1896, se

associando em 1914 com outras duas pequenas empresas e formando a

Computing Tabulation Recording Company que veio a se tornar em 1924 a

famosa IBM (Internacional Business Machine).

Em 1930, os cientistas começaram a progredir nas

invenções de máquinas complexas sendo o Analisador Diferencial de Vanner

Bush o marco para o início da moderna era do computador.

Em 1936, Allan Turing faz a publicação de um artigo sobre números

computáveis e Claude Shannon demonstra numa tese a conexão entre a

lógica, simbólica e circuitos elétricos.

Em 1937, George Stibitz desenvolve em sua mesa de

cozinha um “Somador Binário”.

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23

Porém ainda que haja estas menções acima, nada de novo

foi especialmente criado, tudo isto foi apenas um aperfeiçoamento das

máquinas já existentes.

3.2. Sistemas Numéricos Muitas pessoas alguma vez em suas vidas ouviram dizer

que o computador trabalha apenas com números e de uma maneira ainda

mais estranha, apenas com zeros e uns.

Visto que as informações dos computadores são passados

através de circuitos eletrônicos e estes são ativados através de impulsos

elétricos, estes podem apenas estabelecer apenas dois estados estáveis:

positivo e negativo. A partir daí então foi desenvolvido um sistema

representativo de apenas dois símbolos (0,1) que representam os impulsos

elétricos negativo e positivo respectivamente.

Todos os sistemas então obedecem a regra chamada de

“Sistema Posicional”, que determina que a composição de algarismos não

depende somente dos algarismos que o compõem como também a sua

devida posição.

Para que o computador possa processar uma informação

ele se utiliza da linguagem de máquina. Não importa se inserimos um dado

em letra ou número ou ainda vetores de desenho, para o computador isto tudo

sempre será representado por números.

As bases numéricas mais comuns na informática são

binária, decimal e hexadecimal.

3.2.1. Sistema Binário

Usualmente aplicado na linguagem de máquina apresenta

somente os algarismos: 0 e 1.

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3.2.2. Sistema Decimal

Usualmente aplicado em diversas linguagens de

programação, vetores de imagens gráficas, cálculos é composto dos

algarismos: 0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

3.2.3. Sistema Hexadecimal

Usualmente aplicado em algumas linguagens de

programação tem seu uso bastante difundido na aplicação de codificação de

cores, é composto pelos seguintes algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B,

C, D, E e F.

4. COMPUTADORES DE PRIMEIRA GERAÇÃO 4.1. Mark I

O crescente avanço nas tecnologias das máquinas

chamaram a atenção dos militares estado-unidenses, que interessados no

poder que estas máquinas poderiam trazer a longo prazo, investiram alto em

pesquisas e projetos, que começaram a trazer resultados durante a Segunda

Guerra Mundial.

Em meados de 1944, graças a grandes avanços obtidos no

campo da eletricidade, inicia-se a construção de uma máquina baseada nos

princípios de funcionamento de dispositivos eletromecânicos conhecidos

como relês. Assim pela primeira vez foram implementados os princípios da

Álgebra de Boole que foram implementados através de circuitos de

chaveamento, tipo abre e fecha de relês, de modo a expressarem alternativas

SIM/NÃO, 1/0, Ligado/Desligado, que identificam a validade ou não uma

proposição.

Page 25: 135 sistemas operacionais

25

Este incrível computador eletromecânico foi desenvolvido

na Universidade de Harvard, pela equipe do professor H. Aiken com ajuda

financeira da IBM, que veio a investir US$ 500.000,000 no projeto. Seu nome

era Mark I e era controlado por programa que usava o sistema numérico

decimal. Ele tinha 15 metros de profundidade e 2,5 metros de altura,

envolvido por vidro e aço inoxidável brilhante.

Suas principais características eram:

• 760.000 peças;

• 800 km de fios;

• 420 interruptores para controle;

• Realizava uma multiplicação em 0,4 segundos;

• Realizava uma divisão em aproximadamente 10

segundos;

O Mark I prestou serviços matemáticos na Universidade de

Harvard por dezesseis anos completos, apesar de não ter feito muito sucesso,

por razão de ser obsoleto antes mesmo de ser concluído. Um dos seus

maiores inconvenientes no uso, porém era o intenso ruído que emita quando

estava em funcionamento.

4.2. Hitler, o destruidor de projetos

Em 1941, ao passo do desenvolvimento do Mark I, Konrad

Zuse, na Alemanha, já estava a criar modelos de teste muito superiores ao

Mark I: o Z1 e Z2. Logo após estes, completou um computador operacional

que chamou de Z3, que consistia num dispositivo controlado por programa

baseado no sistema binário, e era muito menor e de construção bem mais

barata que o famigerado Mark I.

Os computadores Z3 e logo a seguir o Z4, foram utilizados

na solução de problemas de engenharia de aeronaves e projetos de mísseis.

Zuse construiu outros vários computadores para fins especiais, mas não teve

Page 26: 135 sistemas operacionais

26

apoio do governo alemão. Hitler na época mandou embargar todas as

pesquisas científicas, excetos as de curto prazo, sendo que o projeto Zuse

levaria cerca de dois anos para ser concluído. Uma das principais aplicações

das máquinas de Zuse era quebrar os códigos secretos que os ingleses

utilizavam para se comunicarem com os comandantes no campo.

4.3 Colossus Em face o crescente avanço na tecnologia das máquinas

computáveis, em 1943, sob a liderança de Alan Turing, criador do que

originaria os parâmetros da programação moderna, foi desenvolvido o

computador Colossus, que era muito mais ambiciosa que o famigerado

Mark I, uma vez que ao invés de relés eletromecânicos se utilizava do novo e

revolucionário invento da época, as válvulas.

Trabalhando com símbolos perfurados numa argola de fita

de papel, o Colossos trouxe uma grande revolução para as máquinas da

época, pois utilizava-se da leitura fito elétrica, comparando a mensagem

cifrada no papel coma os códigos conhecidos até encontrar uma coincidência

e assim processar a informação.

O Colossus possuía aproximadamente 2.000 válvulas e era

capaz de processar até 25.000 caracteres por segundo. Por coincidência o

número de válvulas de que ele se utilizava era aproximadamente o número

proposto para a nova máquina que não lhe foi permitido desenvolver.

Em 1945, Jonh Von Nemann delineia os elementos críticos

de um computador, possibilitando-se assim uma melhora na resolução de

problemas e desenvolvimento de soluções para as máquinas computáveis.

Page 27: 135 sistemas operacionais

27

4.4. Eniac

Com a invenção da válvula e com o aprimoramento da

álgebra de Boole, foi possível o desenvolvimento do primeiro computador

digital eletrônico de grande escala: o Eniac – Eletronic Numeric Integrator and

Calculator (Computador e Integrador Numérico Eltrônico). Com o seu desenvolvimento impulsionado pela Segunda

Guerra Mundial, seu uso era voltado para efetuar cálculos balísticos e decifrar

códigos inimigos. Projetado pelos engenheiros Jonh W. Mauchly e J. Presper

Eckert, que era um gênio em engenharia (desenvolveu um rádio a cristal com

apenas oito anos de idade e o colocou na ponta de um lápis), com o apoio do

Departamento de Material de Guerra do Éxercito dos Estados Unidos da

América, na Universidade da Pensilvânia, o Eniac representou a revolução

que teve a maior repercussão por todo o mundo, uma vez que era

extremamente melhor que as máquinas criadas até então. Porém ainda que desenvolvido para fins militares, o

desenvolvimento do Eniac foi concluído em apenas 1946, um ano após o

término da Segunda Guerra Mundial. Programado através de números binários aliados a álgebra

de Boole, diferentemente da programação baseada em números decimais que

estava presente em uma grande maioria das máquinas eletromecânicas, sua

principais características eram:

• Totalmente eletrônico;

• Possuía 17.468 válvulas de vidro interligadas por

aproximadamente 300 km de fios;

• 500.000 conexões de solda;

• Consumia aproximadamente 250 kW de potência elétrica

por hora (gasto aproximado de um mês inteiro na média de

casas da maioria da população do país);

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28

• Alcançava altas temperaturas quando se encontrava em

plena operação;

• Uma válvula queimava a cada cinco minutos;

• Não possuía capacidade de armazenamento de

informações em sua memória;

• Eram necessários no mínimo 5 operadores;

• Pesava por volta de 30 toneladas;

• Ocupava uma área de aproximadamente 180 metros

quadrados de área construída e com altura de

aproximadamente 9 metros;

• 2 vezes maior que o Mark I;

• Realizava uma soma em 0,0002 segundos e uma

multiplicação com números de 10 dígitos em apenas 0,005

segundos;

Ainda que possuísse um grande potencial para cálculos,

apresentava um enorme problema: com um número extremamente alto de

válvulas operando a uma taxa de 100.000 pulsos por segundo, havia 1,7

bilhão de chances por segundo de que uma válvula viesse a falhar,

apresentando também aquecimento demasiadamente alto. Em detrimento das

válvulas liberarem muito calor, mesmo com os ventiladores, a temperatura

subia às vezes até a 67ºC. Eckert, aproveitando-se da idéia que era utilizada

em equipamentos eletrônicos, diminuiu a tensão elétrica das válvulas,

reduzindo as falhas para apenas 1 ou 2 vezes por semana.

Embora tenha sido uma máquina extremamente poderosa

para a época, apresentava muitos inconvenientes que fizeram com que fosse

deixada de lado em 1948 e desativada em 2 de Outubro de 1955.

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29

4.5. Válvulas Termoiônicas

Embora apresentassem um grande avanço tecnológico, as

válvulas apresentavam os seguintes problemas:

• Aquecimento demasiado;

• Queima freqüente em razão do elevado aquecimento;

• Elevado consumo de energia;

• As válvulas eram relativamente lentas;

4.6. Edvac O sucessor do Eniac foi o Edvac – Eletronic Discrete

Variable Computer (Computador Eletrônico de Variáveis Discretas).

Também desenvolvido pelo engenheiro Eckert, o Edvac

trouxe alguns avanços significativos em relação ao Eniac, pois permitia que o

trabalho fosse acelerado com a capacidade de armazenamento de dados e

programas.

Os dados eram armazenados eletronicamente num meio

matéria composto de um tubo cheio de mercúrio, conhecido como linha de

retardo, onde cristais dentro do tubo geravam pulsos eletrônicos que se

refletiam para frente e para trás, tão lentamente quanto podiam com o objetivo

de reter a informação, semelhante a um desfiladeiro que retém um eco, que

Eckert descobriu por acaso ao trabalhar com um radar.

Embora apresentasse um sistema de armazenamento, este

não era seguro o suficiente.

Outra grande característica do Edvac era o poder de

codificar as informações em forma binária em vez da forma decimal, ao

contrário do Eniac que era programado por números binários e codificados no

sistema decimal, reduzindo assim significativamente o número de válvulas.

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30

4.7. Edsac

Em 1949, o cientista inglês Maurice Wilkes, desenvolve o

Edsac – Eletronic Delay Storage Automatic Calculator

(Calculadora/Computador Automático com Armazenamento por Retardo

Eletrônico).

O Edsac além de se utilizar do avanço em questão de

armazenamento que o sistema de memória por retardo eletrônico, o que

marcou o seus sucesso foi o fato de ele ser o primeiro computador

operacional com a capacidade de armazenar os seus próprios programas.

Em face ao crescimento inicial da indústria do computador,

em 1951 surge o primeiro computador comercial o Leo.

5. COMPUTADORES DE SEGUNDA GERAÇÃO

5.1. Transistores Em meados de 1947 e 1948, os estudos realizados por

Willian Shockley, Jonh Bardeen e Walter Brattain, levam ao aparecimento de

um novo componente que revolucionou o mundo da eletrônica e da

informática: Transistor.

Desenvolvido em 1952 pela Bell Laboratories, o Transistor

passou a ser um componente básico na construção de computadores,

assinalando o início da Segunda Geração de Computadores.

Este componente baseava-se nas propriedades

semicondutoras de alguns elementos tais como o germânio e o silício,

representando assim uma versão de válvula em estado sólido.

Suas principais vantagens sobre a válvula:

• Tamanho reduzido;

• Menor dissipação de calor;

• Menor consumo de energia elétrica;

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31

• Apresentava maior velocidade de operação;

• Mais confiável e sujeito a menores danos mecânicos;

• Mais econômicos;

5.2. Linguagens de Programação

5.2.1 Assembly

Nesta geração de computadores inicia-se a imposição do

termo Software para a parte lógica da informática, composta basicamente por

programas e dados, e Hardware, para a parte física da informática, composta

por discos, máquinas, cabos entre outros.

Se houve uma crescente evolução nos computadores em

termos de hardware, também o mesmo aconteceu com as linguagens de

programação desde o Eniac. Até então a programação era feita em linguagem

de máquina, classificada como linguagem de baixo nível, por razão de muito

se distanciar da linguagem utilizada por nós. Além de a codificação ser feita

toda de acordo com o sistema binário, não apresentava nenhuma facilidade

para ser projeta, editada e ser efetuada manutenção de programas.

Estas linguagens foram substituídas pelas linguagens de

montagem, conhecidas como Assembly, que contém a mesma instrução das

linguagens de máquina, só que representadas por uma seqüência de códigos

simbólicos, que convencionou-se chamar de mnemônicos.

A vantagem que esta linguagem apresentou sobre as

linguagens de máquina foram que ao invés de utilizar uma seqüência

numérica desde o seu desenvolvimento, passaram a ser desenvolvidas

através do formato de códigos, que permitiram uma melhor visualização,

aumentando a confiabilidade, eficiência e rapidez no seu desenvolvimento.

Porém ainda que a linguagem Assembly tenha

proporcionado um grande avanço tecnológico, manteve a certas dificuldades

como por exemplo o fato de que os programas só poderiam ser executados

Page 32: 135 sistemas operacionais

32

em computadores com o mesmo sistema operacional, do qual o programador

era obrigado conhecer detalhes.

Embora possuíssem as dificuldades apresentadas acima,

as linguagens de montagem são utilizadas até hoje, mais precisamente no

desenvolvimento de software básico, mas desde meados da década de 90, o

seu uso decaiu de maneira drástica.

Visando uma solução menos complicada, surgiram anos

após as linguagens de Alto Nível. Dentre as primeiras podemos destacar a

Fortran e a Cobol.

5.2.2. Compliadores Essas linguagens de programação são digitadas em forma

de texto e gravadas em um arquivo de computador (os programas). Os

compiladores, são responsáveis pela “tradução” destes programas em

linguagem de máquina, ou seja à partir de um arquivo de texto contendo um

programa elaborado em determinada linguagem, eles geram um outro arquivo

de maneira que o computador “entenda” as instruções contidas nele e as

execute.

5.2.3. Interpretadores Os interpretadores são programas que não geram um novo

arquivo de forma que o computador possa entender as instruções. Eles lêem,

interpretam e executam as instruções contidas no programa, comando por

comando, o que os torna mais lentos do que os compiladores, uma vez que

neste últimos não existe a necessidade de interpretação, pois as instruções já

estão codificadas.

Embora apresentem um meio mais sofisticado de trabalhar

com a programação, não apresentam uma relação de vantagens grande para

serem substitutos dos compiladores.

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33

5.3. Univac

Em meados de 1951 e 1952, Jonh Mauchly e J. Presper

Eckert abriram a sua própria firma na Filadélfia e desenvolveram o Univac –

Universal Automatic Computer (Computador Automático Universal).

O Univac era o primeiro computador a utilizar-se da nova

tecnologia dos transistores, o que o tornou muito mais versátil e confiável que

os computadores eletrônicos de válvulas termoiônicas.

Era um computador voltado para uso comercial e suas

principais inovações consistiam no fato de que armazenava seus programas e

recebia instruções de uma fita magnética de alta velocidade, que

representavam grandes vantagens em relação aos famigerados cartões

perfurados.

Para comprovar a sua eficácia no campo dos

computadores, o Univac foi utilizado para prever os resultados de uma eleição

presidencial dos Estados Unidos.

5.4. Outras Inovações

No ano de 1952, Grace Hopper transformou-se em uma

pioneira no processamento de dados, por haver criado o primeiro compilador

que ajudou a desenvolver duas linguagens de programação que tornaram os

computadores mais atrativos para uso comercial.

Em 1953, Jay Forester, do MITS (Micro Instrumentation and

Telemetry Systems), construiu uma memória magnética muito menor que a

utilizada pelo Univac e bem mais rápida, a qual substituía as que usavam

válvulas eletrônicas, feitas sob o processo de retardo eletrônico.

Gordon Teal em 1954, descobre um meio de fabricar

transistores de cristais isolados de silício a um custo baixo.

A IBM em 1954 conclui o projeto do primeiro computador

produzido em série e de porte médio, o IBM/650.

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34

5.5 Tradic Em meados de 1955 conclui-se o primeiro computador

totalmente transistorizado, desenvolvido no âmago da Bell Laboratories: o

Tadic.

O Tradic inovou em diversos aspectos em relação aos

computadores que já começavam a utilizar-se de maneira parcial os

transistores, pois possuía apenas 800 deles, sendo cada um em seu próprio

recipiente, contribuindo bastante para minimizar o espaço físico ocupado pelo

computador.

6. COMPUTADORES DE TERCEIRA GERAÇÃO

6.1. Circuito Integrado Conclui-se em meados de 1960, o projeto do CI – Circuitos

Integrados. De aproximadamente 1958 a 1959, Robert Noyce, Jean

Hoerni, Jack Kilby e Kurt Lehovec, participam do desenvolvimento

revolucionário que haveria de permitir posteriormente o surgimento dos

microcomputadores, os Circuitos Integrados, pastilhas que ficaram

conhecidas como Chips.

Estes chips incorporavam, numa única peça de dimensões

exageradamente reduzidas, várias dezenas de transistores interligados

formando assim complexos circuitos eletrônicos.

Com as técnicas desenvolvidas por esta equipe, foi

possível produzir o componente com dezenas de transistores e outros

componentes eletrônicos com apenas cinco centímetros quadrados.

Os circuitos integrados podem ser classificados em: SSI,

MSI e LSI.

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35

6.1.1. SSI O cirrcuito integrado do tipo SSI podia abrigar em seu

componente cerca de 100 transistores. SSI é o acrônimo de “Small Scale

Integration” (Pequena Escala de Integração).

6.1.2. MSI

O circuito integrado do tipo MSI podia abrigar em seu

componente cerca de 1.000 transistores. MSI é acrônimo de “Middle Scale

Integration” (Média Escala de Integração).

6.1.3. LSI

O circuito integrado do tipo LSI podia abrigar em seu

componente cerca de 10.000 transistores. LSI é acrônimo de “Large Scale

Integration” (Larga Escala de Integração). 6.2. Computadores com tecnologia CI Aproveitando a deixa da nova tecnologia que diminuía o

tamanho dos computadores e conferia a eles maior desempenho, a IBM,

uma das corporações líderes no desenvolvimento de computadores em

série, desenvolve em 1960 o IBM/360.

Em 1961, Steven Hofstei, descobriu o transistor de efeito

campo, usados nos circuitos integrados dos componentes da MOS

Technology.

Em 1965, a Digital Equipament introduz no mercado o

PDP-8, o primeiro Minicomputador comercial com preço bastante

convidativo.

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36

Em 1968, a Burroughs criou os primeiro computadores que

utilizavam-se totalmente da tecnologia proporcionada pelos circuitos

integrados: o B2500 e o B3500.

6.3. Os primeiros Microprocessadores

6.3.1. Intel 4004

Até então a unidade de processamento central dos

computadores era descentralizada em vários componentes, o que muito

dificultava um processamento mais ágil.

Em 1971, revolucionando o mercado de computadores do

mundo, foi desenvolvido o primeiro microprocessador do mundo: o

processador Intel 4004.

O Intel 4004 era um único chip com todas as partes básicas

de um processador central, uma CPU de um computador de 4 bits.

Suas principais características eram:

• Primeiro Microprocessador do mundo;

• Possuía 2.250 componentes em um único chip;

• Somava 2 números de 4 bits em 11 milionésimos de

segundo;

6.3.2. Intel 8080

A Intel Corporation, uma das maiores corporações de

desenvolvimento de processadores de época traz uma nova revolução em

1974, o microprocessador Intel 8080.

Abrigando muito mais componentes que seus antecessores

Intel 4004 e 8008, este microprocessador trouxe um novo padrão para a

indústria de computadores possibilitando assim uma maior performance em

Page 37: 135 sistemas operacionais

37

microcomputadores, que na época estavam começando a surgir a até então

não eram tão interessantes ao ponto de serem primordiais no uso comercial.

Suas principais características eram:

• Tornou-se padrão para a indústria de microcomputadores;

• Possuía 4.500 componentes;

• Somava dois números de 8 bits em 2,5 milionésimos de

segundo;

6.3.3. MOS Technology 6502

Em 1975 a MOS Techonoly, desenvolve o

microprocessador MOS-6502 e representou uma outra revolução no mercado

de processadores. Dando assim início a uma crescente demanda de

desenvolvimento de novas tecnologias em microprocessadores.

Suas principais características eram:

• Muito utilizado em computadores domésticos;

• 4.300 componentes;

• Somava 2 números de 8 bits em 1 milionésimo de segundo;

6.4. Altair 8800

Em 1974, Ed Roberts, do MITS, em Albuquerque

desenvolve o Altair 8800: um dos mais revolucionários microcomputadores

da época.

O Altair era baseado no microprocessador Intel 8080, que

possibilitou uma performance mais que suficiente para aplicações

doméstica, comercial e para pequenas empresas.

O nome Altair segundo dizem se deve a uma estrela, pois

consideravam o lançamento da máquina um “evento estelar”.

O Altair veio a se tornar o maior sucesso, marcando o ínicio

de uma indústria multibilionária, pois ao passo que Roberts esperava

Page 38: 135 sistemas operacionais

38

vender aproximadamente 800 unidades, teve dificuldades para atender a

mais de 4.000 pedidos.

6.5. Linguagens de Programação 6.5.1 Linguagens de Alto Nível Com o grande aumento da capacidade e velocidade dos

computadores, começaram a surgir no mercado linguagens de

programação orientadas para a resolução de problemas específicos.

Em virtude da linguagem de montagem desenvolvida na

segunda geração de computadores não atender a necessidade da

crescente demanda de novas tecnologias que surgiam, houve a

necessidade da criação de linguagens de Alto Nível, que tornava a

programação mais fácil e rápida, através de comandos de fácil

aprendizado para que possuíam comandos em inglês que substituíam as

instruções de máquina. Estas linguagens tornaram muitas pessoas aptas a

programar.

Dentre elas as principais que podemos destacar são a

Fortran e Cobol.

6.5.2. Cobol O Cobol (COmmon Bussiness Oriented Language) era uma

linguagem de programação destinada ao processamento de serviços

comerciais. Por esta razão, possui maiores facilidades para definir e

manipular nomes de pessoas, códigos, formação de arquivos, edição de

valores monetários, elaboração de relatórios, emissão de cheques, nota

fiscais entre outros.

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39

6.5.3. Fortran

O Fortran (FORmula TRANslation) foi originalmente

desenvolvido pela IBM, em 1956, e destinado a resolver problemas

científicos, pois possui facilidades para manipulação e cálculos de fórmulas

matemáticas.

Devido ao seu grande uso, pois é uma linguagem que está

disponível em quase todos os tipos de computadores, o Fortran evoluiu

muito e possui várias versões e variações tais como: Fortran I, Fortran II,

Fortran IV, Fortran IV-G, Fortran IV-H entre outras versões.

6.6. Final da Terceira Geração

No final da terceira geração de computadores é que

finalmente passaram a se popularizar o uso de microcomputadores, porém

ainda assim não chegava nem perto da grande expansão que vivemos na

última década.

Logo após o desenvolvimento do Altair, em 1975 os

estudantes Willian (Bill) Gates e Paul Allen criam o primeiro software para

microcomputador, o qual era uma adaptação do BASIC (Begginners All-

Purpose Symbolic Insruction Code) para o Altair. Anos mais tarde, Gates e

Allen fundam a Microsoft, a mais rica companhia de softwares para

microcomputadores do mundo.

Em 1977 surge no mercado de produção em série três

microcomputadores: o Apple II, O TRS-80 da Radio Shack (vendido no

Brasil sob produção da Prológica) e o PET da Commodore.

Em 1979 é lançado pela Software Arts o VisiCalc, o

primeiro programa comercial para microcomputadores.

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40

7. COMPUTADORES DE QUARTA GERAÇÃO

7.1. Circuito Integrado em Larga Escala Na década de 80, foi desenvolvido o IC-LSI – Integrated

Circuit Large Scale Integration (Circuito Integrado em Larga Escala de

Integração), que possuía uma tecnologia tão superior aos circuitos integrados,

que era possível haver em um mesmo chip até 300.000 componentes.

Dentre os processadores que tiveram um grande destaque

nesta época tivemos os processadores da HP e Motorola.

Foi nesta geração que se iniciou a criação de

microprocessadores de até 32 bits que revolucionaram de tal forma o

mercado de microcomputadores que estão presentes até os dias de hoje.

Em meados de 1978 a 1980 uma equipe comandada pela

IBM, desenvolveu o sistema de arquitetura aberta, que possibilitou o

lançamento da plataforma IBM-PC, utilizando-se da tecnologia que o

IC-LSI podia proporcionar para que ela entrasse no mercado de

microcomputadores sem problemas, que se encontra presente até os dias de

hoje.

Em 1984, a Apple lança o Macintosh, que vendeu milhares

de unidades devido à sua versatilidade e interface gráfica, beneficiando-se da

tecnologia IC-LSI para construí-lo em forma de monobloco.

Também em 1984 foi comercializado o micro MMX,

destinado ao uso doméstico com boa aceitação no mercado.

7.2. Microprocessadores da Quarta Geração 7.2.1. Motorola 68000 O microprocessador desenvolvido pela Motorola em 1979

era um dos chips de 16 bits mais poderosos e versáteis da época, pois a

Page 41: 135 sistemas operacionais

41

maioria que havia no mercado não atingia a sua performance ou processava

informações em modo de 8 bits. Através deste desenvolvimento, os chips que

foram desenvolvidos posteriormente baseados nele, foram utilizado nos

computadores Apple durante toda a década de 80, porém ele não foi o único a

equipar os computadores Apple, também estiveram presentes em sua

unidade central de processamento chips da IBM e MOS.

Suas principais características eram:

• Um dos mais poderosos e versáteis chips de 16 bits;

• Executava multiplicações de uma só vez ao invés de o

fazer através da repetição de adições como a maioria dos

microprocessadores da época, apresentando maior

velocidade e agilidade;

• Possuía 70.000 componentes;

• Multiplicava 2 números de 16 bits em 3,3 milionésimos de

segundo;

7.2.2. Hewlett Packard Super Chip

Uma nova revolução que reflete até os dias de hoje foi-nos

proporcionada pela HP com seu micro processador Super Chip o primeiro de

32 bits do mundo, desenvolvido em 1981.

Porém a Hewlett Packard não investiu mais na produção de

microprocessadores como o fazia a Intel, Motorola e MOS Technology, e por

isso o que mais se aproveitou de seu chip foi a tecnologia aplicada, pois o seu

uso em computadores da época foi muito pouco difundido. Uma das razões

para que seu uso fosse restrito é que a maioria dos processadores da época

trabalhava com 8, que por ter atingido uma maior maturidade no mercado

possuía maior número de periféricos e softwares compatíveis e ainda havia os

de 16 bits que começavam a se popularizar lentamente.

Suas principais características foram:

• Primeiro microprocessador de 32 bits do mundo;

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42

• O seu projeto durou 18 meses;

• Possuía o número revolucionário de 450.000 componentes;

• Multiplicava 2 números de 32 bits em 1,8 milionésimos de

segundo;

8. COMPUTADORES DE QUINTA GERAÇÃO

8.1. Circuitos Integrados VLSI É nesta geração que se encontram os microcomputadores

utilizados por nós até os dias de hoje, pois são baseados na tecnologia IC-

VLSI.

Os componentes IC-VLSI – Integrated Circuit Very Large

Scale Integration (Circuitos Integrados em uma Escala Muito Maior de

Integração) – permitiram uma miniaturização ainda maior dos circuitos

integrados. Através desta tecnologia que foi possível a considerável

diminuição dos computadores e a produção de computadores portáteis de

maneira a expressarem ainda maior tecnologia e capacidade de expansão

que os baseados em IC-LSI.

Generaliza-se nesta época os termos Multiprogramação,

Multiprocessamento e o Teleprocessamento.

É nesta geração também que passam a surgir aplicações

gráficas mais sofisticadas e aplicações educacionais.

Tamanha foi a diminuição dos chips que o F-100,

desenvolvido na década de 80, media apenas 6 milímetros quadrado,

sendo pequeno o suficiente para passar pelo buraco de uma agulha.

Page 43: 135 sistemas operacionais

43

8.2. Multiprogramação Até então a maioria dos microcomputadores estava limitado

à execução de apenas um programa que era operado através de algumas das

linguagens de programação da época e que não podia ficar retido no

computador para ser usado posteriormente, uma vez que se utilizavam da

memória ROM (Read Only Memory – Memória Somente de Leitura) por razão

dos processadores da época terem baixo desempenho e ainda não ser

popularizado o uso de discos rígidos.

A partir de então os computadores, dotados de tecnologias

que favoreciam o surgimento de diversos programas, eles passaram a possuir

a capacidade de executar vários programas em um mesmo computador,

através de discos rígidos e unidades removíveis, assim era possível executar

em um mesmo computador programas gráficos, comerciais entre outros.

8.2. Multiprocessamento

É a capacidade que os computadores da quinta geração

passaram a apresentar de executar simultaneamente vários programas em

computador que utiliza mais de uma unidade central. Um dos princípios que

possibilitariam o uso de vários processadores em um computador e trabalho

em redes locais.

8.3. Teleprocessamento

É nesta época que se inicia o uso daquela que mais tarde

viria a ser a grande rede mundial de computadores: a internet.

Com origem em 1969, a ARPANET visava apenas ligar

poucos pontos estratégicos durante a Guerra Fria, porém nesta época havia

tipo uma pequena expansão sendo utilizada por técnicos e cientistas.

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44

Teleprocessamento nada mais era que a definição da

capacidade que um computador tinha de enviar e receber informações de

locais remotos via telecomunicação.

O teleprocessamento pode ser on-line e off-line.

8.3.1. On-Line

Se um computador estiver diretamente conectado ao meio

ou canal de telecomunicação, recebendo e transmitindo as informações

processadas.

8.3.2. Off-Line

Quando um computador não efetua diretamente a recepção

e transmissão que ficam a cargo de um outro computador (que está, então,

on-line com a transmissão). O computador off-line recebe e entrega ao on-line

uma fita, disco magnético ou rede a informação a ser processada.

8.4. Linguagens de Programação

8.4.1. Basic

Na meados da década de 70 e 80 foi desenvolvida a

linguagem de programação Basic. Acrônimo de Begginers All-purpose

Symbolic Instruction Code (Código de Instruções Simbólicas para Todos os

Propósitos dos Principiantes), trouxe um caráter revolucionário ao trazer uma

sintaxe de codificação simples e de fácil aprendizado que tornou muitas

pessoas aptas a programar e assim atender às suas pequenas necessidades,

como comércios, ambiente doméstico entre outros.

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45

Mas também ao mesmo passo que atendia a demanda

comercial e doméstica, podia também ser utilizada em terminais remotos de

computadores.

Seu caráter conversacional (isto é o programador pode

executar e corrigir seu programa diretamente pelo terminal, sem interferência

de outro operador) proporciona estrutura simples aos comandos, embora

permita também programação de problemas complexos.

A linguagem de programação Basic foi utilizada até o início

da década de 90, sendo aos poucos substituída pelas linguagens Qbasic e

posteriormente Visual Basic, ambas da Microsoft.

8.4.2. PL/1

O PL/1 (Programing Language One) era uma das

linguagens mais poderosas que se conheceu em meados do final da década

de 70 e década de 80. Sua principal característica era oferecer ao

programador um imenso repertório de recursos e comandos de programação

para o desenvolvimento de qualquer tipo de aplicação.

Basicamente o PL/1 possuía, ao mesmo tempo:

• Todos os recursos de Fortran para programação de

problemas científicos;

• Todos os recursos do Cobol para a programação de

problemas comerciais;

• Os recursos de programação modular em estrutura de

blocos e outras facilidades da linguagem chamada Algol;

• Facilidade para manipular seqüência de caracteres ou listas

de nomes ou tabelas, como ocorre com linguagens

especiais para processar listas e chamadas Lisp, Snobol

etc.;

Page 46: 135 sistemas operacionais

46

Além disso, o PL/1 possuía a facilidade ou opção para

escrever programas simplificados através de comandos padronizados,

semelhantes aos usados em Basic.

O PL/1 possuía portanto, as seguintes vantagens:

• Era apropriado para programação de problemas que

envolviam tanto aspecto científico como comercial ou

processamento de tabelas ou listas;

• A riqueza de comandos e de recursos que permitiam a

programação adequada de problemas extensos;

• Permitia unificar a linguagem de programação usada na

empresa tanto pelos engenheiros como pelos

programadores comerciais;

Algumas das desvantagens que o PL/1 apresentava eram:

• O seu compilador era extenso, só permitindo o uso em

computadores de porte médio para cima;

• Se o problema for exclusivamente científico ou comercial, a

eficiência de um programa PL/1 pode ser bem menor que o

mesmo escrito em Fortran ou Cobol.

8.4.3. A Linguagem Pascal

A linguagem Pascal (em homenagem ao matemático

francês Blaise Pascal do século XVII) era uma linguagem poderosa e

compacta para mini e microcomputadores. Foi definida em 1968 pelo

professor Niklaus Wirth do Instituto Federal de Tecnologia, de Zurique Suíça,

e possuía as seguintes características:

• É uma linguagem estruturalmente mais poderosa do que o

Basic e Fortran por possibilitar a programação modular em

forma de blocos estruturados, como acontecia com as

linguagens Algol e PL/1;

Page 47: 135 sistemas operacionais

47

• A sua simplicidade e precisão na definição de comandos

poderosos permitiu a sua implementação em mini e

microcomputadores, o que não tinha sido possível em

linguagens do mesmo tipo como o Algol e P/L1;

• Sua característica marcante era a maneira simples para

definir os tipos possíveis de estrutura de dados (variáveis,

matrizes, seqüência de caracteres e registro de dados

comerciais) englobando todos os tipos possíveis de dados

que existem em outras linguagens, tais como o Basic,

Fortran, Cobol e PL/1;

• Possuía essencialmente os mesmos comandos ou

comandos principais da linguagem Algol e PL/1;

• Os comandos podem ser utilizadas de formas simples e

livre como acontece com a linguagem Basic, o que muito

facilitava o aprendizado;

Uma das desvantagens era o trabalho adicional oferecido

pelo Pascal: a necessidade de declarar previamente todas as variáveis e

matrizes (o que era obrigatória em Algol, PL/1 e Cobol) e todos os rótulos ou

labels (o que era novidade do Pascal). Porém este fato tinha a finalidade

também de forçar o programador a rever e conferir a lista de variáveis,

matrizes e rótulos do seu programa antes da execução.

8.4.4. O programa Visicalc

Um programa que merece destaque em ser mencionado é

o Visicalc. Na época inicial do início dos microcomputadores, os usuários que

não tinham dinheiro suficiente para investir em um Apple Lisa ou Macintosh

que possuía interface gráfica, ou no ambiente operacional Microsoft Windows

lançado em 1985, ele era um meio versátil para desenvolvimento de

aplicações em detrimento das facilidades visuais que apresentava.

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48

O Visicalc possuiu boa divulgação e utilização ampla entre

usuários de microcomputadores para a manipulação e preparação de dados

em forma de tabelas.

A maior vantagem e o motivo do sucesso do Visicalc,

residia no fato de oferecer ao usuário, através da tela do terminal, amplo

conhecimento visual e acompanhamento de todas as operações que estavam

acontecendo com os dados, em contraste com outros tipos de linguagem de

programação ou aplicação, onde os dados e resultados estavam sempre

armazenados em memórias e portanto invisíveis até serem solicitados.

O Visicalc efetuava através de comandos simples, as

seguintes categorias de operações com uma tabela de dados:

• Efetuava cálculos matemáticos, tais como: adição,

subtração, multiplicação, totalização de linhas ou colunas,

cálculos de valores médios etc.;

• Possibilitava colocar livremente títulos e diretrizes

(cabeçalhos) sobre qualquer parte dos dados, preparando-

os em forma de relatórios, documentos, gráficos etc.;

• Podia armazenar em arquivos de dados na memória partes

ou a totalidade dos dados da tabela;

Em resumo, a partir do instante em que o usuário sentava

diante do microcomputador, o Visicalc permitia a operação imediata e fácil

com o conjunto de dados que surgiam na tela do terminal.

Entretanto, para aplicações envolvendo grande quantidade

de dados ou cálculos sofisticados que ultrapassem a capacidade operacional

do Visicalc, há a necessidade de utilização conjunta do mesmo com a

linguagem de programação Basic.

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49

8.4.5. Outras Linguagens de Programação

Outras linguagens de programação surgiram desde esta

época até os dias de hoje, dentre elas podemos destacar algumas que

tiveram uma relevada importância. Algumas delas caíram em desuso, outras

continuam a ser utilizadas até hoje:

• Pascal;

• Microsoft Qbasic;

• Fortran;

• Cobol;

• Mumps;

• Clipper;

• Assembler;

• Microsoft Visual C++

• Sun Linguagem C;

• Sun Java;

• Microsoft Visual Basic;

9. SOFTWARE

9.1. O que é?

Software é um conjunto de instruções colocadas em ordem lógica

que quando executada, a seqüência de comandos presente nele controla o

computador de modo a levá-lo a realização de tarefas de maneira eficiente e

rápida, que para o ser humano seria de maneira difícil e morosa.

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50

9.2. Classificação de Softwares

Existem atualmente no mercado softwares que nos

solucionam os mais diversos problemas com resultados excelentes ou

customizam o desenvolvimento de trabalhos que se fossem feitos de maneira

análoga, não teriam a versatilidade, precisão e rapidez que se obtidos através

de softwares.

Há hoje softwares de caráter original e protegidos, onde é

necessário fazer a aquisição de uma licença para utiliza-lo, há os de uso e

distribuição livre, conhecidos como freeware e há ainda aqueles que depois

de um tempo de uso é necessário licenciá-lo, porém com preço muito inferior

a um software análogo distribuído por uma grande empresa no

desenvolvimento de softwares. Há ainda os programas desenvolvidos de

forma personalizada para atender a exigências específicas.

A divisão é feita basicamente em softwares de base e de

aplicação, e softwares sob medida e aplicativos.

9.2.1. Softwares de Base

Podemos afirmar que é parte indispensável ao

funcionamento do computador, pois sem eles o computador funciona, mas

numa espécie de estado “vegetativo”, uma vez que fica impossibilitado de

realizar tarefas de quaisquer espécie.

Um exemplo deste tipo de software são os Sistemas

Operacionais, que controlam a unidade central de processamento do

computador (CPU ou UCP), gerenciam memória, monitoram as atividades do

processador, controla os acessos aos periféricos, coordena a entrada e saída

de informações, asseguram a estabilidade de outros softwares que estejam

sendo executados no momento, de maneira a oferecer o melhor desempenho

e estabilidade ao usuário.

Page 51: 135 sistemas operacionais

51

Nesta classificação também era costumeiro incluir os

ambientes operacionais, que representavam uma interface gráfica que rodava

sob um sistema operacional de comandos. Visto o desenvolvimento

tecnológico deste ambientes operacionais, também conhecidos como

plataformas operacionais gráficas, eles passaram a ser independentes dos

sistemas operacionais não gráficos, tornando-se eles próprios também

sistemas operacionais. Um exemplo clássico é o Microsoft Windows.

9.2.2. Softwares de Aplicação

Os softwares de aplicação são nada mais que os

programas de que nos utilizamos dia-a-dia para a resolução de problemas

específicos ou execução de tarefas de maneira customizada.

Podem ser desenvolvidos por Softhouses, firmas

especializadas, empresas de desenvolvimento de programas ou pelo próprio

usuário, desde que este tenha domínio em alguma linguagem de

programação.

9.2.3. Softwares Sob Medida

São desenvolvidos por empresas especializadas,

programadores ou mesmo usuário, desde que tenham conhecimento de

alguma linguagem de programação.

São criados para atenderem a necessidades muito

específicas e exclusivas do usuário ou empresas. Geralmente são

desenvolvidos por razão dos softwares aplicativos não atenderem ou

atenderem mal as necessidades do usuário.

Podemos exemplificá-los como sistemas de lojas, bancos,

empresas em geral etc.

Page 52: 135 sistemas operacionais

52

9.2.4. Softwares Aplicativos

São programas destinado a diversas aplicações,

geralmente comercializados mundialmente para atender de uma forma padrão

e versátil as mais diversas necessidades de milhões de usuários.

A seguir mencionamos uma das maiores empresas

especializadas no desenvolvimento de softwares que são utilizados

diariamente por um número extremamente grande de usuários.

9.2.4.1. Sistemas Operacionais

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,

Apple, IBM, Conectiva, Sun Microsystems etc.

9.2.4.2. Pacotes de Produtividade

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,

Apple, Corel, Sun Microsystens etc.

9.2.4.3. Editoração Gráfica

Principais empresas que atuam no segmento: Adobe,

Quark, Corel etc.

9.2.4.4. Multimídia

Principais empresas que atuam no segmento: Apple,

Macromedia, Adobe, Corel, Amabilis etc.

Page 53: 135 sistemas operacionais

53

9.2.4.5. Computação Gráfica

Principais empresas que atuam no segmento: Macromedia,

Adobe, Corel etc.

9.2.4.6. Internet

Principais empresas que atuam no segmento: Macromedia,

Adobe, Microsoft, Apple, Netscape – AOL, Opera etc.

9.2.4.7. Programação

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,

Apple, IBM, Conectiva, Sun Microsystems, Borland

Ebendinger etc.;

9.2.4.8. Entretenimento

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,

Apple, Eletronic Arts etc.

9.2.4.9. Utilitários

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,

Apple, MacAfee, Symantec, PowerQuest etc.

9.2.4.10. Sistemas para Sevidores e Workstations

Principais empresas que atuam no segmento: Microsoft,

Apple, IBM, Conectiva, Sun Microsystems, Bell Labs etc.

Page 54: 135 sistemas operacionais

54

10. HARDWARE

10.1. Definição

Hardware é a parte física do computador, geralmente

composta por monitor, drives de mídia removível, teclado, mouse, impressora,

memória entre outros itens.

10.2. Componentes

10.2.1. Unidade Central de Processamento

A Unidade Central de Processamento, denominada CPU

(UCP) é composta por um conjunto de componentes que torna possível o

desenvolvimento dos trabalhos a serem executados pelos softwares.

A CPU é geralmente composta por diversos itens tais como:

processador, memória, disco rígido, placas entre outros.

É também nela que se encontram as portas de comunicação com

os periféricos tais como: USB, firewire, porta serial, paralela, vga etc.

10.2.1.1. Motherboard

A Motherboard ou Placa Mãe, é a placa na qual são

inseridos o conjunto de componentes que tornará possível o funcionamento

do computador, tais como: processador, memória, placa de vídeo etc.

Podem ser onboard ou offboard. As motherboards onboard

vêm com as interfaces de som, vídeo e fax entre outras em si, utilizando-se do

desempenho da memória e processador, roubando assim um pouco de

desempenho do computador para atender a execução das tarefas destas

interfaces e as placas offboad, têm necessariamente que possuir estas

interfaces com seu processamento e memória próprios, que além de garantir

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55

um desempenho superior, não diminuem o desempenho do computador na

execução de outras tarefas.

10.2.1.2. Processador

Este é certamente o mais importante componente que

compõe um computador. Ele está para o computador como o cérebro está

para nós, é ele que gerencia todos os dispositivos, programas, sistemas e

entrada e saída de informações.

Atualmente a maioria dos microcomputadores pessoais e

de pequenas empresas, possuem o processamento de 32 bits. Os de 64 bits

embora já existissem há algum tempo, estão passando a entrar no mercado

de microcomputadores domésticos e de pequenas empresas agora. Por razão

de a plataforma de 32 bits já ser mundialmente difundida, e haver disponíveis

uma quantidade infindável de softwares e itens de hardware compatíveis, a

transição deverá ser lenta e o menos transtornante possível, uma vez que não

a imposição para esta, pois os computadores e itens de 32 bits ainda

continuam a evoluir.

As empresas de maior expressividade no mercado de

processadores são a Intel e AMD para microcomputadores baseados na

plataforma IBM-PC, e IBM, Apple e Motorola para microcomputadores da

plataforma Apple Macintosh.

Por volta dos anos 80 os processadores operavam a uma

taxa de aproximadamente 4 MHz a 10 MHz e tinham processamento

geralmente de 8 ou 16 bits. Com a crescente evolução no campo da

informática, para atender a demanda da novas tecnologias, hoje os

processadores são operados a uma taxa de 1200 MHz (ou 1,2 GHz) a

3600 MHz (u 3,6GHz) para os processadores Intel e AMD, com

processamento de 32 ou 64 bits e a uma taxa de 933 MHz a 1800 MHz

(ou 1,8 GHz) para os processadores IBM-Apple.

Page 56: 135 sistemas operacionais

56

Com o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas a

cada dia, os atuais processadores possuem embutidos tecnologias onde os

componentes atingem tamanhos excepcionalmente pequenos na casa dos

nanômetros. Atualmente há processadores com tecnologia especial para

portáteis, há processadores econômicos, porém que não deixam a desejar em

desempenho, e há ainda os topo de linha que oferecem a maior performance

para aplicações que exijam um alto poder de processamento.

Outro importante fator a ser levado em consideração em

um processador é a sua memória de cache e a freqüência de barramento, que

conferem ao processador maior poder de processamento, e se possuem uma

tecnologia chamada Hyper Threading, que confere ao microprocessador

caráter de bi-processamento, fazendo-o se comportar como se fossem dois

processadores.

10.2.1.2.1. Intel Celeron

Atualmente os processadores da linha econômica Intel

Celeron, têm uso muito difundido no mercado de microcomputadores

domésticos e corporativos. Possuem entre 128 (Celeron) e 256 KB (Celeron

D) de memória de cache e operam na freqüência de 400 (Celeron) a 533 MHz

(Celeron D) no barramento frontal. Seu clock atualmente se encontra entre 2,2

a 2,8 GHz.

10.2.1.2.2. Intel Centrino

Descendentes da linha de processadores Intel Celeron, os

processadores Centrino (ou Celeron M) possuem a nova tecnologia Wi-fi

embutida no processador e exigem menor uso de energia, sendo para isso

utilizados em laptops com o intuito de oferecer o melhor desempenho e exigir

a menor performance possível bem como economizar energia. Assim como os

da linha Celeron possuem entre 128 e 256 KB de memória de cache e

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57

operam na freqüência de 400 a 533 MHz no barramento frontal. Seu clock

atualmente se encontra entre 1,1 GHz e 1,8 GHz.

10.2.1.2.3. Intel Pentium 4

Os processadores da linha Pentium 4, topo de linha da

Intel, oferecem o melhor desempenho e alta velocidade de processamento

para as mais diversos tipos de aplicações. Possui duas classes, os com

tecnologia Hyper Threading e os sem esta tecnologia, que conferem ao

processador caráter de 2 processadores. Possuem entre 512 KB a 2 MB de

memória de cache e operam na freqüência de 533 a 800 MHz no barramento

frontal.

10.2.1.2.4. Intel Pentium M

Os processadores da linha Intel Pentium Móbile,

apresentam as mesmas tecnologia e características dos processadores

Centrino, porém com performance análoga ao dos processadores Pentium 4,

para serem utilizados em computadores portáteis. Possuem entre 512 KB e

2 MB de memória de cache e operam à taxa de 400 MHz no barramento

frontal. Atualmente seu clock se encontra entre 1,6 GHz e 1,8 GHz.

10.2.1.2.5. Intel Xeon

Os processadores da linha Intel Xeon são destinados para

uso em servidores, visando oferecer a maior performance em ambientes de

rede. Tem versões comum e versões que visam maior economia de energia

elétrica, os da linha Low Voltage. Possuem entre 512 KB e 1MB de memória

de cache e operam a freqüência de 533 a 800MHz. Seu clock atual se

encontra entre 2,0 GHz e 2,8 GHz.

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58

10.2.1.2.6. Intel Itanium e Itanium2

São processadores de 64 bits destinado a serem usados

em computadores que exijam um alto poder de processamento em aplicações

pesadas. O Itanium 2, nova versão sofre atualmente com a resistência que as

empresas têm em aderí-lo devido ao fato de ele possuir uma nova estrutura

de arquitetura diferente da difundida arquitetura de instrução x-86, utilizada

em praticamente todos os computadores da atualidade. Embora melhor, o

Itanium 2 enfrenta muitas incompatibilidades com os aplicativos para x-86.

10.2.1.2.7. AMD Duron ou K7

Este processador da linha econômica da AMD, teve boa

aceitação no mercado de computadores domésticos, porém muito perdia em

desempenho para o rival chip econômico da Intel, o Celeron, pela sua baixa

velocidade de processamento. Atualmente está em fase de substituição pela

nova linha de processadores AMD Semprom. Possuem 128 KB de memória

de cache e operam a freqüência de 100 MHz no barramento frontal. Seu clock

atualmente se encontra em 950 MHz a 1,8 GHz.

10.2.1.2.8. AMD Athlon XP

Os processadores AMD Athlon, apresentam o melhor

custo-benefício para aqueles que desejam obter um boa performance do

computador. Teve excelente aceitação no mercado de computadores

domésticos e profissionais, e atualmente continua a ser vendido, porém já há

uma visão de transição para o novo processador Semprom. O único

inconveniente, como em todos os processadores da AMD, é a alta dissipação

de calor que ele apresenta. Possui 384 KB de memória de cache e opera na

freqüência de 333 MHz no barramento frontal. Atualmente seu clock se

encontra entre 1,6 GHz e 2,9 GHz.

Page 59: 135 sistemas operacionais

59

10.2.1.2.9. AMD Athlon 64 FX

É uma nova linha de processadores de 64 bits desenvolvida

pela AMD, com o intuito de representar o melhor custo benefício para

computadores que precisem de um alto poder de processamento para a

utilização de aplicações pesadas. Rivalizando com o Itanium, o Athlon Fx, tem

melhor aceitação e esta começando a ser difundida a sua utilização em

computadores domésticos e profissionais, e os motivos principais são:

continua a utilizar-se da arquitetura baseada em x-86 e possui baixo custo.

10.2.1.2.10. AMD Opteron

É outra linha de processadores de 64 bis da AMD. Novo no

mercado este processador apresenta um futuro promissor em ambientes

corporativos pelo seu alto desempenho e performance, apresentando a

melhor relação custo-benefício. Rivaliza diretamente com o Itanium 2 e assim

como o Athlon Fx, além de apresentar boa relação custo-benefício ainda

possui resquícios da arquitetura x-86. Porém perde em velocidade para o

concorrente operando em 1,6 GHz no se clock.

10.2.1.2.11. IBM-Apple PowerPC G4

A linha de processadores desenvolvidos pela IBM e Apple

trouxeram desde meados da década de 90 uma nova forma de tecnologia

para os microcomputadores Apple, ao ser competitivo o suficiente para

disputar na corrida dos chips com o Intel Pentium, apresentando performance

muitas vezes igual e superior. Ao se libertar da Motorola que não tinha muito

interesse em investir no chip, a plataforma PowerPC que vive sobre a

plataforma Macintosh da qual os modelos Apple são derivados ganhou

atualmente dimensões de tecnologia relativamente altas, conferindo excelente

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60

desempenho aos computadores Apple. Atualmente se encontra na maioria de

seus modelos o chip PowerPC G4. Geralmente possuem entre 256 KB e 2B

de memória de cache e operam a freqüência de 300 a 733 MHz no

barramento frontal. Seu clock se encontra atualmente entre 700 MHz e

1,25 GHz, porém ainda que por muitos seja considerado um clock baixo, ele

pode ser até 70% mais rápido que um Intel Pentium 4 na execução de

algumas tarefas, principalmente gráficas.

10.2.1.2.12. IBM-Apple PowerPC G5

Lançado em meados de 2003, o novo processador de 64

bits da Apple e IBM para computadores Macintosh, trouxe uma verdadeira

revolução ao esbanjar em alta tecnologia, versatilidade, desempenho e

performance, muito superior a maioria dos chips que se encontram no

mercado atualmente. Equipando o Power Macintosh G5, o estado da arte em

matéria de alta tecnologia, e mais recentemente o novo iMac, o processador

G5 pode ter entre 1 e 2 MB de memória de cache e seu clock pode atingir de

1,6 a 1,8 GHz.

10.2.1.3. Fonte

A fonte é o equipamento designado a enviar energia para

alimentar os outros componentes, como placa-mãe, drives de cd-rom, disco

rígido, que por razão de consumirem uma voltagem menor (geralmente

aproximadamente 3, 5, 12 volts) necessitam de um aparelho que administre

essas quantidades de maneira correta.

A fonte também é responsável pela proteção dos

componentes que compõem a unidade central de processamento através de

mecanismos que devem estar presentes nela. Cada fonte têm uma

capacidade de administração de energia, geralmente nos microcomputadores

essa média fica em 200 W para os domésticos e 500 W para os profissionais

Page 61: 135 sistemas operacionais

61

que necessitam de mais energia por possuir maior quantidade de

componentes.

É muito comum a montagem de computadores da

plataforma compatível com IBM-PC, e muitos dos gabinetes atualmente vêm

com a fonte inclusa. Porém geralmente estas fontes são de má qualidade e

representam o mínimo necessário para o funcionamento do computador,

porém de maneira deficiente.

Geralmente as fontes feitas no Brasil são muito baratas,

apresentam uma estrutura desorganizada de componentes, não possuem

nenhum mecanismo de segurança e oferecem energia muito menor do que a

anunciada. Há casos de fontes que anunciam ter 300 W de potência e na

realidade oferecerem apenas 90W. Não obstante isto, ao ocorrer uma avaria

todos os componentes ficam comprometidos, ocasionando muitas vezes

queima de processador, unidades de disco entre outros males.

O ideal ao montar um microcomputador é fazer o que a

maioria dos usuários e técnicos não têm coragem de fazer, é gastar mais,

geralmente seis vezes mais, e comprar uma boa fonte que possua todos os

itens de segurança, capacidade potencial suficiente para o computador e

estrutura organizada. Geralmente estas fontes oferecem até 10% mais Watts

que o anunciado. No caso de microcomputadores de marca esta preocupação

pode ser deixada de lado uma vez que as fontes que eles utilizam atendem a

todos os requisitos.

Para servidores e workstations que precisam estar em

pleno funcionamento de maneira estável e confiável o ideal é utilizar-se de

fontes duplas, que são nada mais que duas fontes juntas, e utilizar-se de

metade do potencial, para que quando uma falhar a outra venha garantir a

energização do computador.

Porém o fato de o computador possuir uma fonte de

energia segura e de boa qualidade, não o isenta do uso de estabilizadores de

tensão, módulos estabilizadores entre outros equipamentos de proteção, uma

vez que aproximadamente 50% dos problemas que ocorrem com os

Page 62: 135 sistemas operacionais

62

computadores são relacionados a energia, que infelizmente no Brasil é muito

instável e sujeita a falhas frequentemente.

10.2.1.4. Memória RAM

RAM é acrônimo de Randomic Access Memory (Memória

de Acesso Randômico). Sua principal função é armazenar programas e

conjuntos de instruções que serão manipulados pelo computador durante o

momento que estiverem sendo executados.

Possuir uma boa quantidade de memória é essencial para

que se possa rodar os sistemas operacionais mais modernos, executar

programas que exijam um maior poder de processamento e

consequentemente um maior espaço na memória, executar diversos

programas ao mesmo tempo sem problemas ou limitações.

Atualmente a maioria dos microcomputadores pessoais

vêm com 128 MB ou 256 MB que podem ser expandidos para 2 GB ou 4 GB.

Ao possuir em seu microcomputador uma quantidade

grande de memória, este se torna mais veloz, estável e confiável.

Há também uma tecnologia que aumenta o desempenho

das memórias RAM, denominado Dual Canil, geralmente em motherboards

com 4 slots de memória, colocados na ordem 0 e 2 ou 1 e 3.

Atualmente no mercado há memórias RAM dos tipos

SD-RAM, SD-RAM DDR, SD-RAM DDR2, com ECC ou não (tecnologia contra

falhas e erro da memória).

Houveram também memórias do tipo RD-RAM, FPM, EDO,

porém deixaram de ser fabricados por apresentarem desempenho inferior à

memórias SD-RAM e DDR.

Atualmente a melhor memória no mercado de

microcomputadores é SD-RAM DDR2, com 400 MHz de freqüência e

transferências de até 3,6 GB por segundo. Há também ainda o uso bastante

difundido da memória SD-RAM DDR 266, com freqüência de 266 MHz e

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63

transferências de até 2,1 GB por segundo. As memórias SD-RAM embora

ainda existam no mercado, estão sendo deixadas de serem utilizadas em

desktops, seu uso ainda é freqüente em computadores portáteis e estima se

que seu uso seja abandonado em breve.

Porém do desligar o computador, todos os dados que

estavam salvos em seus setores são perdidos, sendo assim considerada uma

memória volátil.

10.2.1.5. Placas de Áudio, Vídeo e Fax/Modem

Está presente nas placas onboard ou vendidas

separadamente para serem utilizadas por motherboads offboard, que são as

melhores.

Com a crescente demanda da multimídia para

microcomputadores, hoje é comum computadores com todas estas placas

inclusas na sua unidade central de processamento.

As placas offboard são muito mais versáteis, uma vez que

não ficam limitadas ao uso dependente do processamento e memória do

computador, que compromete a performance deste na execução de outras

tarefas. As placas offboard embora mais caras apresentam uma solução

muito melhor das aplicações multimídia, uma vez que podem apresentar tipos

diferentes, capacidades diferentes e padrões diferentes, tendo-se ao alcance

vários modelos, para que possa ser adequada às necessidades do usuário.

As placas de áudio representam uma solução eficaz no uso

da multimídia uma vez que hoje os computadores podem ser utilizados para

música, filmes em DVD, jogos, trazendo assim de maneira integrada uma boa

aplicação das novas tecnologias de áudio, possibilitando até mesmo a

conexão de home theathers.

As placas de vídeo são essenciais para pessoas que

desempenham atividades gráficas e multimídia ou utilizem do entretenimento

digital proporcionado por filmes e jogos. Como as placas de vídeo onboard

Page 64: 135 sistemas operacionais

64

são as que mais roubam o desempenho do computador, é aconselhável

possuir uma placa offboard, que geralmente pode ter a interface PCI ou a

mais avançada interface AGP. Para que utiliza-se constantemente de jogos

para computador é indispensável o uso de uma placa de vídeo, uma vez que

o desempenho e funcionalidade dos jogos ficam comprometidos sem ela.

Atualmente as placas de vídeo possuem memória DDR de

128 à 256 MB, uma quantidade mais que suficiente para atender as

necessidades da computação gráfica, animações e jogos. Há ainda também a

comercialização de computadores com placas de 64 MB, porém já está

caindo em desuso este tipo de placa.

Há também placas de vídeo que possibilitam a conexão

com cabos de canais de TV e entrada e saída de áudio e vídeo, os que o

torna uma solução integrada para o uso de TV e DVD.

As placas de Fax/Modem representam um meio de

transformar o computador numa versátil ferramenta de telecomunicação,

entretenimento e conhecimento, pois permite enviar e receber faxes e acessar

a internet, a rede mundial de computadores, transformando os sinais

analógicos telefônicos em um mundo de informações. Atualmente se

encontram no mercado as placas com velocidade de 56 Kbps (Kilobits por

segundo) padrão v.90 e v.92, esta última com tecnologia para uso da linha

telefônica ao mesmo tempo da internet, sem interrupções (só que para se

utilizar da tecnologia proporcionada o provedor têm de serviços de internet

têm que oferecer este recurso, o que no caso do Brasil não acontece, haja

visto que a maioria se utiliza do v.90).

Para o Modem não a necessidade de ser offboard, embora o

possa ser, por razão que ele não compromete ou compromete de maneira

quase imperceptível o desempenho computador.

O Modem, acrônimo de Modulador-Demodulador, que é capaz de

converter sinais digitais de baixa freqüência em sinais modulados e sinais

modulados em sinais de baixa freqüência, pode ser utilizado para a

transmissão de vídeo, voz, dados escritos, imagens entre outros.

Page 65: 135 sistemas operacionais

65

10.2.1.6. Disco Rígido

O disco rígido, nada mais é do que uma unidade de disco

de alta capacidade que armazena dados, sistemas e programas que não se

perdem ao desligarmos o computador, como ocorre com as memórias RAM,

uma vez que podemos gravar e apagar qualquer coisa a hora que quisermos.

Fora da visão do usuário, no interior do gabinete, interligado

à placa-mãe através de cabos ele funciona como depósito de informações,

arquivos gerados pelo usuário.

Atualmente o espaço que os discos de computadores

destinados a uso pessoal e empresarial, possuem entre 40 GB e 240 GB, que

é equivalente a 40960 MB e 245760 MB respectivamente. Não faz muito

tempo em que podíamos encontrar no mercado HD’s de 540MB, 1.2 a 10 GB

ou mesmo 20 GB. Entretanto com a crescente expansão da tecnologia

multimídia e expansão dos arquivos, o número de Gigabytes que os HD’s vêm

apresentando aumenta a cada dia, uma vez que não é aconselhável enchê-lo

de dados, para assegurar um bom desempenho.

O padrão de HD’s é a interface IDE e SCSI (Small

Computer System Information “lê-se scâsi”). Para a interface IDE temos os

padrões SATA e PATA.

Os HD’s SCSI são muito mais caros que os HD’s IDE,

porém apresentam maior segurança das informações, maior desempenho,

sistema de endereçamento por ID, ao invés de máster e slave (primério e

escravo), porém exigem que o computador possua uma motherboard

compatível com a interface SCSI. Este padrão geralmente é mais utilizado em

computadores servidores e workstations, que necessitam de maior

desempenho e confiabilidade, e alguns modelos Apple (menos antigos)

Os HD’s IDE são utilizados em quase todos os

microcomputadores da atualidade, incluindo modelos Apple. Embora não

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66

sejam melhores que os SCSI, são bons o suficiente para serem utilizados

para computadores domésticos e empresariais.

Os HD’s IDE possuem os padrões PATA e ATA. O padrão

Paralelo ATA, é o mais comum e constitui de uma ligação com a motherboard

através de cabos de 40 ou 80 vias, geralmente mais ágeis, porém mais

frágeis e sucessíveis a erros. As transferências do padrão Paralelo ATA

podem chegar a 133 MB por segundo, do qual é mais comum o modo

UDMA133 (Ultra DMA). O padrão SATA, é o mais novo, mais caro que o

PATA, principalmente nos modelos de alta rotação, e confere um novo modo

de transferência que começa com modelos de 150 MB por segundo até

modelos de 300 MB por segundo, através de cabo serial, mais veloz, confiável

e menos sucessível a erros.

A velocidade em rotações por minuto também é outro fator

importante a ser levado em consideração. A maioria dos modelos PATA

vendidos atualmente têm modelos de 5.400 rpm e 7.200 rpm, os modelos de

4600 rpm deixaram a pouco de serem comercializados. Os modelos SATA,

podem ser de 7.200 rpm ou 10.000 rpm. Os modelos SCSI começam com

modelos de aproximadamente 9.200 rpm, 10.000 rpm e 13.000 rpm.

10.2.1.7. BIOS

É nela que são guardadas todas as informações do

hardware do computador, e as instruções de como o computador deve

proceder no controle dos dispositivos.

É a BIOS que gerencia o setor de entrada e saída de

informações dos periféricos. Antes ela vinha soldada na placa-mãe com as

instruções gravadas em memória ROM. Atualmente ela vem gravada em

memória Flash, permitindo que sejam feitas atualizações, para que o

computador possa suportar aplicações de tecnologia que na época em que

ele foi criado ainda não existiam. Um exemplo são os computadores de

geração inferior ao Pentium III não suportarem HD’s com grande capacidade,

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67

tipo UDMA, ao invés do modo obsoleto PIO mode, de mais de 10 GB. Para

solucionar este problema, faz-se a atualização da BIOS e o computador passa

então a suportar HD’s maiores que 10 GB em modo UDMA.

10.2.2. Unidades de Disco Removível

10.2.2.1. Disquetes

A portabilidade de arquivos foi possível com a introdução

de unidades de mídia removível. Dentre elas podemos destacar o disquete

como sendo um dos principais, desde que passou a ser utilizado em

microcomputadores na década de 70.

Desde lá, o disquete, disco magnético, diminuiu de

tamanho e aumentou a capacidade de armazenamento. Antes os disquetes

utilizados não conseguiam comportar 300 KB e tinham 8 polegadas de

tamanho, em razão da maioria dos computadores da época não possuírem

disco rígido, basicamente tudo era executado através deles. Logo após

surgiram os disquetes de 5,25 polegadas que tinham inicialmente a

capacidade de armazenar 360 KB, e aumentaram para 720 KB e depois para

1,2 MB, porém estes disquete era muito frágil. O uso de disquetes foi

abandonado em meados da década 90. Depois foi introduzido pela Apple o

uso de drives de disquetes de 3,5 polegadas que tinham a capacidade de

armazenar 720 KB de informações e posteriormente surgiram os de 1,2 MB e

1,44 MB, que são utilizados atualmente.

Embora seu uso tenha sido bastante difundido e

amplamente aceito, os disquetes atualmente estão deixando de serem

utilizados em razão do surgimento de mídias com melhor preço por MB e com

capacidade maior de armazenamento, uma vez que a maioria das aplicações

de hoje em dia são grandes de mais para caber em disquetes. Hoje em dia

seu uso só é difundido para portar pequenos arquivos, já que os disquetes

podem ser utilizados por quase todos os computadores.

Page 68: 135 sistemas operacionais

68

10.2.2.2. Zip Drive

Criado exclusivamente pela Iomega, os drives de Zip

tiveram uma grande popularização em meados da década de 90, por razão de

oferecerem uma capacidade relativamente grande para a época, o

equivalente a aproximadamente 70 disquetes, 100 MB. Seu uso foi muito

difundido entre artistas gráficos que necessitavam de uma mídia grande o

bastante para armazenar as informações e imagens com que trabalhavam.

Em uma época em que os HD’s tinham entre 350 MB à

2 GB, eles representavam uma revolução em mídia removível.

Surgiram nos anos subseqüentes os discos Zip de 250 MB

e 750 MB, este último há pouco tempo. Porém devido ao seu alto custo e a

popularização dos drives de CD-RW (Compact Disc Rewritable – Disco

Compacto Regravável), os drives Zip estão caindo drasticamente em desuso.

A própria Iomega, especializada em desenvolver soluções

para armazenamento desenvolveu outras unidades que atualmente não são

mais fabricadas tais como: Ditto, Jaz, Sparc etc.

10.2.2.3. Disco Compacto

Criado no inicio da década de 80, se uso passou a se

popularizar no inicio da década de 90. Com capacidade equivalente a

aproximadamente 415 disquetes, e com um preço atraente, passaram nesta

época a serem largamente usados para armazenar softwares.

Em meados da década de 90, praticamente todos os

softwares passaram a ser comercializados em CD, pois além de pequenos e

muito mais seguros que as mídias magnéticas possuíam a capacidade de

armazenamento suficiente para a maioria dos arquivos de programas.

Ao final da década de 90 e inicio do novo século, os drives

capazes de gravar CD’s foram ficando com preços mais atraentes e as mídias

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69

cada vez mais baratas que cada vez mais usuários passaram a aderir esta

nova unidade.

No começo estes drives eram apenas capazes de gravar

CD’s, porém atualmente os drives não apenas gravam CD’s, como também

gravam e regravam CD-RW, e ainda há outros drives que incluem leitor de

DVD ou gravador de DVD.

Até a pouco tempo atrás encontrávamos CD’s de 600 MB e

74minutos, porém hoje é possível encontrar CD’s de até 750 MB e 80

minutos.

10.2.2.4. DVD

Acrônimo de Digital Vídeo Disc, os DVD trouxeram uma

nova revolução para o mercado de entretenimento, pois possibilitou a

gravação de grandes filmes em mídias do tamanho de CD’s, com tecnologia

de vídeo digital de alta definição e áudio de cinco canais como no cinema. A

revolução foi tão grande que hoje a proporção que um videocassete é

vendido, são vendidos 7 aparelhos de DVD.

Porém esta revolução não ficou restrita apenas ao

entretenimento digital no lar, o DVD também abriu um mundo de

possibilidades no mercado da informática.

Devido a sua alta capacidade de armazenamento, 2,4 GB

nos DVD’s comuns e 4,2 GB nas mídias DVD-RAM sem caddy e 9,4 GB nos

DVD-RAM dupla face com caddy, podem ser utilizados para backup de dados,

armazenamento de jogos, vídeos, músicas, imagens, fotografias entre outros.

As mídias de DVD existente no mercado hoje em dia são o

DVD-ROM, somente de leitura com capacidade de 2,4 GB, o DVD-R, gravável

com capacidade de 2,4 GB, DVD-RW, regravável com capacidade de 2,4 GB,

o DVD+R, gravável com capacidade de 2,4 GB e dupla velocidade de

gravação, o DVD+RW, regravável com capacidade de 2,4 GB com dupla

Page 70: 135 sistemas operacionais

70

velocidade de gravação e por fim o DVD-RAM, com caddy dupla face 9,4 GB

e sem caddy com uma face com 4,2 GB.

Porém ainda que hajam todos estes tipos de DVD, o mais

utilizado para filmes é o DVD-ROM, DVD-R e o DVD-RW. Os tipos DVD+R,

DVD+RW são incompatíveis com a maioria dos drives de DVD.

O DVD-RAM é o menos interessante para uso em entretenimento

digital uma vez que é incompatível com aproximadamente 90% dos drives de

DVD, e por razão uma de sua versões, a de dupla face, possuir uma capa

protetora chamada de caddy que o torna quadrado, maior que o normal,

incompatibilizando-se com os drives, geralmente ele é uma boa solução para

Backup’s de arquivos.

Nos computadores os DVD’s podem ser lidos por unidades de

DVD-ROM, semelhantes aos CD-ROM’s, com ou sem suporte a CD’s

comuns, ou através dos drives chamados de Combo Drive, que incluem

gravador de CD e leitor de DVD ou ainda os mais sofisticados drives

gravadores de DVD, que está incluso na maioria dos novos modelos da

Apple, chamado pela própria Apple se Super Drive.

10.2.2.5. Outros Drives

Há ainda outros drives de armazenamento, mas que no

entanto não são popularizados para uso doméstico ou pequenas empresas.

São geralmente muito sofisticados e possuem uma enorme

capacidade de armazenamento. Exemplos: Fita DAT (Digital Áudio Tape), Fita

AIT, Iomega VER, e algumas mais antigas como a Jaz e Sparc, entre outras.

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71

10.2.3. Monitor

O monitor se constitui no principal canal de comunicação

com o computador e com os usuários. Quando as informações que foram

inseridas no computador através de um periférico de entrada, e processada

pela sua CPU são executadas de maneira correta, o monitor, que é um

periférico de saída, exibe todas as informações resultantes. Quando, porém

algo não dá certo, ele exibe as informações que relatam o problema e as

providências a serem tomadas.

Há monitores CRT (Tubo de Raios Catódicos), que são os

mais simples, maiores, e utilizados na grande maioria dos computadores. Há

os modelos TFT (Tela de Matriz Ativa) utilizado geralmente nos laptops. Há

outros modelos de maior performance que estão começando a se popularizar

agora, os monitores LCD (Cristal Líquido), que além de ocuparem menor

espaço físico, possuem qualidade de imagem superior e gasto de energia

inferior. Até alguns anos atrás podíamos encontrar monitores monocromáticos

(uma só cor), e mais antigamente os de fósforo (verde, branco ou âmbar) e os

coloridos de baixa definição. Porém com a diminuição dos preços e o

aumento da qualidade de imagem, todos os monitores dos atuais

computadores são coloridos, com exceção para uso em terminais comerciais,

onde as cores fazem pouca ou nenhuma diferença.

Um dos fatores a serem levados em conta na classificação

de um monitor são as funções exibidas, se ele é digital ou analógico, o

tamanho em polegadas e a resolução máxima que ele pode atingir.

Até a pouco tempo atrás, eram comuns os monitores

analógicos CRT tipo SVGA (Super VGA) de 14 polegadas com resolução

máxima de 800x600 pixels (unidade de medida utilizada na informática, não

precisa e sim relativa, ao depender de vários fatores) e alguns poucos de 15

com resolução de 1024x768 pixels. Havia também os de 17, 19, 20 e 21

polegadas, porém caros e de uso muito restrito a profissionais gráficos de alto

nível.

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72

Atualmente está difundido o uso de monitores CRT de 17

polegas com resolução máxima de 1600x1200 pixels nos países como os

Estados Unidos e infelizmente os de 15 CRT com resolução máxima de

1024x768 no Brasil. Os de 19 ainda são uma opção sofisticada para uso de

profissionais gráficos. O uso de monitores LCD no Brasil está começando a

se popularizar e os CRT’s de 17 ainda estão começando aos poucos se

repousar sobre as mesas de computadores brasileiras.

A resolução utilizada pela maioria dos brasileiros

infelizmente ainda é 800x600 pixels, pois muitos ainda não sabem que a

resolução de 1024x768 pixels, ainda que diminua os itens do monitor, que

causam má impressão de início, proporcionam um aumento significativo da

área de trabalho e ainda faz com que as imagens apresentadas sejam de

qualidade muito inferior uma vez que a interface do sistema operacional

Microsoft Windows ainda é feita por gráficos bitmaps, que se distorcem ao

serem aumentados, ao contrário das imagens vetoriais, que não apresentam

distorção ao serem aumentadas ou reduzidas por razão do sistema interpretar

a imagem através de cálculos numéricos complexos.

10.2.4. Teclado

Um dos principais canais de interação entre o usuário e o

computador é o teclado. O padrão atual para microcomputadores de

plataforma IBM-PC é o ABNT PS/2, composto de teclas semelhantes ao de

uma máquina de escrever, um teclado de funções especiais e um teclado

numérico semelhante ao de uma calculadora. Alguns modelos atuais trazem

ainda teclas de atalho multimídia especiais.

Há também atualmente a tecnologia ótica que possibilita ao

teclado maior versatilidade, uma vez que o liberta dos fios e confere a ele

maior mobilidade. Há também teclados especiais para portadores de

deficiência física, outros compactos e ainda outros desenvolvidos para quem

digita muito com forma ergonômica.

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73

10.2.5. Mouse

Também conhecido como dispositivo apontador, o mouse

foi introduzido pela Apple, nos modelos Lisa e Macintosh e depois aderido aos

microcomputadores de outras plataformas.

Com ele é possível controlar um cursos sobre a tela do

monitor para selecionar opções em menus e acionar outros dispositivos

exibidos, desenhar, mover objetos entre muitas outras utilidades que visam

facilitar e customizar o trabalho. Em geral a maioria dos sistemas operacionais

da atualidade foram desenvolvidos para trabalharem com o mouse, podendo

também trabalhar com o teclado em lugar do mouse, mas de uma maneira

pouco prática e muito limitada.

A atual tecnologia aplicada aos mouses, gerou uma grande

variedade de mouses, que desempenham além da função principal, outra

funções secundárias, um exemplo disto são mouses com teclas de atalho e

multimídia, barra de rolagem, mouses com leitores de cartões de memória,

dentre os quais podemos destacar o da Sony, capaz de gravar e ler

informações em cartões de memória tipo Memory Stick com capacidade de

armazenamento de até 1 GB, mouses com teclas de calculadora, com teclas

de telefone entre outras soluções criativas que podemos encontrar nas lojas

especializadas.

Há também atualmente o uso difundido de mouses ópticos,

com ou sem fio, que apresentam maior agilidade e precisão, muito útil para

uso em aplicações de computação gráfica. Os mouses da Apple são um

exemplo clássico em eficiência, pois além de possuir a capacidade óptica, não

possui botões, sendo sensíveis as pressões da mão.

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74

10.2.6. Microfone e Caixas Acústicas

Completando a era da multimídia, estes representam uma

forma de entretenimento bastante integrada, pois permitem manipulação de

músicas, sons, comunicação, comandos de voz para computadores que

possuem softwares que se utilizem destas tecnologias entre muitas outras

utilidades.

10.2.7. Alto-Falante

Geralmente os computadores possuem alto-falante, mesmo

aqueles que não possuem placa de som e recursos multimídia. Seu principal

intuito é emitir “bips” de advertência quando algo está errado e o monitor não

funciona, para que sejam interpretados para fins técnicos, ou simplesmente

para confirmar ações que foram executadas com sucesso.

10.2.8. Joystick

Utilizado geralmente para controlar jogos. Porém é

dispensável, pois seus comandos podem geralmente ser executados pelo

mouse e teclado.

10.2.9. Mesas Digitalizadoras

Possuem a mesma função do mouse, porém são mais

precisas e geralmente voltadas para uso em softwares de design gráfico.

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75

10.2.10. Impressoras

Certamente uma das mais importantes fontes de saída de

dados são as impressoras.

Assim como todos os periféricos, elas são capazes de

receber instruções na linguagem numérica utilizada pelos computadores.

Essas instruções é que determinam o tamanho do texto, a fonte a ser

utilizada, a posição e cor dos pontos que formarão as imagens etc.

Existem diferentes tecnologias de impressão, as principais

em uso atualmente são as impressoras matriciais, jato de tinta, laser, plotters

e impressoras que imprimem por sublimação e ainda há as multifunções ou

multifuncionais.

10.2.10.1. Impressoras Jato de Tinta

Essas são as impressoras mais baratas do mercado, as de

melhor definição de imagens para uso doméstico e de pequenas empresas e

as mais utilizadas atualmente.

Essas impressoras possuem cabeças de impressão, onde

estão reservatórios de tinta com minúsculos orifícios. Cada orifício tem uma

resistência elétrica, que pode ser aquecida instantaneamente. O calor faz com

que uma pequena gota de tinta seja despejada sobre o papel. Para a

impressão em cores, são combinadas gotículas das cores básicas, que

formam todas as outras cores.

Há no mercado atualmente impressoras jato de tinta

comuns monocromáticas (que imprimem em uma só cor), que são as menos

comuns a serem utilizadas, as coloridas simples, que se utilizam de um

cartucho de tinta preto e outro colorido com as três cores básicas – magenta,

ciano e amarela -, que podem ser utilizadas ao mesmo tempo ou uma por vez

e as impressoras coloridas de definição fotográfica que podem utilizar

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76

cartuchos da mesma maneira que as outras e ainda cartuchos independentes

ou ainda cartuchos de até seis cores.

Há também impressoras jato de tinta mais modernas, que

incluem além de resolução denominada fotográfica, entrada para cartões de

memória, que permitem assim a impressão de fotos tiradas com câmaras

fotográficas de tecnologia digital sem o auxílio do computador, e ainda outras

com pequenos monitores para visualização das fotos e informações. A

pioneira destas modernas impressoras fotográficas são a HP e Epson.

Porém a desvantagem que apresentam é o alto custo do

suprimento, ou seja a tinta. De alta qualidade as impressoras duram anos sem

problemas, porém a sua tinta se acaba rápido de acordo com a rotina de uso

de usuário. Em relação aos preços o suprimento chega a custar

aproximadamente um terço do valor do equipamento.

10.2.10.2. Impressoras Laser

Embora seu preço seja muito elevado, elas são muito

utilizadas em empresas onde o volume de impressões é muito grande. Apesar

do custo de seu suprimento ser caro, apresenta uma melhor relação custo

benefício para um grande volume de impressões em relação às impressoras

jato de tinta, custando muito menos que um terço do valor do equipamento.

Além destes fatores, a tecnologia de impressoras à laser é maior, pois

apresenta vários modelos para atender a mais diferentes necessidades, e a

velocidade e eficiência destas impressora em ambiente de rede proporcionam

a ela características favoráveis para uso em empresas. Há modelos

monocromáticos e coloridos.

Estas impressoras utilizam um mecanismo de alta precisão,

baseado em raios laser, para transferir um espécie de pó, conhecido como

toner, a pontos específicos da superfície do papel. O laser cria cargas

elétricas sobre determinados pontos de um cilindro. Estas cargas atraem o

toner, fazendo com que suas partículas se fixem nos pontos do cilindro. A

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77

impressão se dá quando o cilindro carregado de toner entra em contato com o

papel. Sua fixação é resultado da ação do calor.

10.2.10.3. Impressoras Matriciais

Largamente utilizada em meados das duas últimas

décadas, atualmente está caindo em desuso, pela baixa qualidade de

imagens que apresenta e a falta de versatilidade que apresentam. Geralmente

ainda são usadas para impressões de textos e impressões comerciais e

fiscais.

Neste tipo de impressora, as letras e imagens são formadas

por pequenas agulhas, acionadas por um dispositivo eletromagnético

chamado de cabeça de impressão. Obedecendo as instruções recebidas do

computador, as agulhas são acionadas no momento e na posição certos.

Quando uma agulha é acionada, ela pressiona uma fita entintada contra o

papel, transferindo a tinta para aquele ponto.

O microprocessador da impressora controla também o

movimento da cabeça de impressão e o rolo de impressão. O movimento

coordenado desses elementos forma os desenhos e texto desejados.

As impressoras matriciais são muito mais caras em relação

as jato de tinta, em detrimento do baixíssimo custo de seu suprimento,

representando a forma mais econômica para impressões simples.

A maioria destas impressoras são absolutamente

monocromáticas, não imprimindo nem mesmo em tons de cinza.

Existem também impressoras matriciais que imprimem em

cores, mas são extremamente difíceis de serem encontradas atualmente, e

são uma exceção, pois não têm a mesma qualidade das tecnologias mais

modernas.

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78

10.2.10.4. Impressoras Plotters

Também chamadas de plotadoras, são largamente usadas

em engenharia, arquitetura e CAD. Neste tipo de trabalho, frequentemente há

a necessidade de criar grandes desenhos, como plantas arquitetônicas ou

projetos de máquinas, que além de grandes, requerem muita precisão.

Ao contrário das impressoras comuns, o plotter utiliza-se de

canetas que se movimentam segundo os comandos enviados pelo

computador para criar as linhas do desenho. Dessa forma o plotter é capaz de

gerar linhas contínuas, ao contrário do que ocorre com as impressoras

comuns, que criam linhas através da seqüência de pontos.

Além disso, um plotter pode trabalhar com canetas

coloridas de várias cores para criar desenhos coloridos, porém não é eficiente

par criar áreas contínuas preenchidas com cores, pois a caneta têm que fazer

várias linhas até preencher toda a área, implicando num grande gasto, já que

as plotters são caras e com assistência e suprimentos caros.

10.2.10.5. Impressoras de Sublimação

Também conhecidas como impressoras de transferência

térmica. A tinta se encontra em forma de cera ou plástico sobre um filme com

as cores básicas. À medida que o papel passa pelas várias cores, pontos

específicos do filme são aquecidos, liberando a tinta para a impressão.

As impressoras que se utilizam da transferência térmica

não se popularizaram, pois têm aplicações muito específicas, em algumas

áreas da impressão. Atualmente encontramos no mercado algumas versões

compactas, geralmente destinadas à impressão de fotografias digitais sem o

uso do microcomputador.

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10.2.11. Multifunções

Uma tendência no mercado de equipamentos para

escritório é a integração de vários componentes em um único gabinete que

pode conter uma combinação de fax, scanner, copiadora, impressora e

telefone.

Há pouco tempo atrás o uso de multifunções era pouco

difundido, pois na tentativa de uma redução de custos havia uma limitação em

sua qualidade, por exemplo, a maioria dos modelos apresentava o scanner e

impressora em preto e branco. Era voltado ao mercado SOHO (Small Office

Home Office – Pequeno Escritório-Escritório Doméstico).

Atualmente houve uma popularização das multifunções,

haja visto que incorporaram as mais novas tecnologias oferecendo a um custo

mais baixo, equipamentos com desempenho semelhante e até mesmo

superior aos equipamentos vendidos separadamente.

Assim como algumas impressoras fotográficas, há modelos

com entrada para cartões, variedade de tipos de combinação de cartuchos e

pequenos monitores.

10.2.12. Scanners

Um scanner é um periférico capaz de capturar a imagem de

uma página impressa. Essa imagem pode ser gravada em um arquivo de

computador que fica em condições de ser editado, transferido ou modificado.

O princípio do funcionamento de um scanner é similar ao de uma

fotocopiadora: uma luz brilhante movimenta-se sobre a página; a luz refletida

por cada ponto é medida e quantificada, criando uma imagem correspondente

àquela contida na página original.

Para que um scanner fosse conectado a um computador

era necessário que existisse uma porta de comunicação adequada, porém

atualmente essa conexão se dá pela versátil porta USB.

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80

Além do equipamento, o processo de scaneamento de

imagens exige um software capaz de receber os dados da imagem do

scanner e transforma-lo em um formato de arquivo apropriado. Outro fator

relevante é se o scanner possui a capacidade de scanear textos e de imagens

transformá-los em formato de texto apropriado para edição em processadores

de texto, chamada de OCR (Optical Character Recognition – Reconhecimento

Ótico de Caracteres).

Há modelos de mesa e de mão, o handscan, e mais

atualmente scanner em formato tamanho de caneta, chamados de penscan.

Porém os modelos de mão são um tanto imprecisos, por razão de estarem

sujeitos a variações naturais da mão.

10.2.13. Câmeras e Filmadoras Digitais

Um equipamento que tem se popularizado nos últimos anos

são as câmeras, que não constituem um item necessário para aquisição com

um computador. Porém a alta tecnologia e versatilidade de algumas câmeras,

dentre as quais se destaca a linha Cyber Shot da Sony, têm atraído cada vez

mais pessoas a adquirirem estes equipamentos e montarem em suas próprias

casas verdadeiros laboratórios de fotografia digital, através da tecnologia e

facilidade das impressoras fotográficas.

Constituindo um meio de entretenimento e hobby, podemos

encontrar modelos de câmeras sem nenhum recurso de edição e com apenas

tecnologia de transferência com o computador até câmeras sofisticadas com

alta resolução, zoom óptico, recursos de edição de fotografias e monitores

LCD para uma pré-visualização das fotos.

As fotografias podem ser gravadas em CD para serem

visualizadas no computador ou DVD, impressas ou editadas em poderosas

estações fotográficas, como o último modelo da Sony lançado este ano.

Para aqueles que gostam de vídeos, hoje há a opção de

filmadoras digitais, que além de gravarem vídeos de alta qualidade que

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81

podem ser visualizados em monitores LCD semelhantes ao das câmaras

fotográficas, podem ser transferidas e editadas no computador.

11. A HISTÓRIA DOS COMPUTADORES IBM-PC E IBM PS/2

11.1 IBM-PC

A IBM (International Business Machine), analisando o

sucesso que empresas de menor expressividade com a Apple Computer,

Radio Shack e Digital Research estavam obtendo com a produção de

microcomputadores, concedeu em meados de 1978, autonomia imediata à

equipe responsável pelo desenvolvimento do PC (Personal Computer) para a

criação de um sistema de arquitetura aberta.

Em 1981, é lançado então o IBM-PC, desenvolvido pela

Entry Level System Division em Boca Raton. O IBM-PC não era em nenhum

aspecto melhor que os concorrentes Apple e Altair, porém tinha tecnologia o

suficiente para ser utilizada para a maioria das aplicações domésticas e

comercias.

Utilizando-se do microprocessador Intel 8088, inferior em

desempenho em relação ao 8086, porém compatível com a maior parte de

periféricos e softwares da época, atraiu um número considerável de

fornecedores independentes interessados em fabricar componentes,

acessórios e periféricos compatíveis.

Sua configuração original era extremamente distante da

moderna evolução dos dias de hoje. Suas principais características inicias

eram as seguintes:

• Utilizava-se do processador Intel 8088 operando a taxa de

4,77 MHz de freqüência de clock;

• 16 KB de RAM, expansível para 64 KB;

• 40 KB de ROM;

• Unidade de disquete de 160 KB;

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82

• Monitor CGA monocromático (fósforo verde, âmbar ou

branco);

O seu lançamento com sistema de Bus aberto, deu origem

a um mercado secundário muito grande que veio a “abocanhar” uma grande

fatia do mercado com os seus computadores IBM-PC compatíveis, chamados

de clones.

Na primavera de 1982, os IBM-PC’s eram entregues em

grande volume, e para o espanto de todos, a demanda excedia o estoque. O

PC foi um sucesso inesperado do dia para a noite. Embora o sucesso possa

ter apanhado a IBM e o restante da indústria de computadores desprevenidos,

todos acordaram rapidamente para as possibilidades que o PC criava.

Ainda que inferior aos concorrentes, o PC possuía

versatilidade e preço competitivo que lhe garantia bom sucesso no mercado

de microcomputadores.

O fator que tornou o IBM-PC a plataforma de computador

mais vendido do mundo foi o fato que com o surgimento de clones e facilidade

de encontrar itens compatíveis e com grande concorrência que gerava uma

maior oferta o seu preço foi diminuindo até cair no domínio popular, mas o

ponto trivial foi o fato de que a sua qualidade foi muito reduzida ao longo dos

anos em relação aos computadores de plataformas concorrentes.

Uma das empresas que teve grande destaque no início do

desenvolvimento dos novos IBM-PC foi a antiga Compaq, comprada

recentemente pela Hewlett Packward.

Durante os primeiros dias do PC, uma série de executivos e

engenheiros experientes em computador, observavam que havia uma

necessidade real de uma versão de PC que pudesse ser transportada. A idéia

transformou-se no primeiro produto da Compaq Computer Corporation. Seu

primeiro acréscimo a família PC foi chamado de Compaq Portable. Ele foi

anunciado em novembro de 1982, um pouco mais de um ano após o

lançamento do IBM-PC original.

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83

11.2. IBM-PC XT

Acrônimo de “eXtended Technology”, foi lançado em 1982,

com a capacidade de ser incluída uma unidade de disco rígido, conhecida

como Winchester, desenvolvida pela Seagate. Porém o uso de disco rígido

nesta época foi muito pouco difundido por razão de custar muito caro. Suas

principais inovações foram além da capacidade de inclusão de disco rígido,

pois ele possuía uma fonte de alimentação nova e mais poderosa, novos slots

de expansão e suportava até 640 KB de RAM.

O computador IBM-PC XT se tornou logo o sucessor do IBM-PC

original. A Compaq equiparou-se ao PC XT no outono de 1983, com um outro

computador portátil, o Compaq Plus.

Por volta da mesma época a IBM introduziu o seu próprio

portátil, o Portable PC. Entretanto ele não foi um sucesso, criando apenas um

pequeno impacto no mercado.

A configuração do poderoso IBM-PC XT era a seguinte:

• Permitia a inclusão de até 8 placas de expansão;

• 512 KB de memória RAM;

• 40 KB de ROM;

• Unidade de disquetes de 5,25 polegas com capacidade de

360 KB.

• Capacidade para a inclusão de discos rígidos de 10

a 40 MB;

• Monitor CGA monocromático (fósforo verde, âmbar ou

branco) ou colorido.

• Placas de expansão ISA de 8 bits;

Assim como seu antecessor, possuía processador Intel de

16 bits com processamento em lotes de 8 bits, que muito perdia em

desempenho para a maioria dos processadores de 16 bits com

Page 84: 135 sistemas operacionais

84

processamento em lotes de 16 bits da época, sendo este o seu principal ponto

fraco.

11.3. IBM-PCjr

Em 1983, tornou-se de conhecimento público que a IBM estava

planejando uma versão menos cara de PC, que pudesse ser usada como

computador doméstico ou uma versão mais econômica para negócios e uso

profissional. Esta máquina foi chamada de PCjr, carinhosamente conhecida

como “Peanut”.

Quase todos esperavam que o PCjr fosse um sucesso ainda

maior que o IBM-PC original, mas não foi. Os problemas de projeto,

juntamente com um interesse menor que o esperado em computadores

caseiros na faixa de preço do PCjr, contribuíram para tornar esta máquina um

desapontamento.

Por volta de 1984, o PCjr foi enfraquecido, e em 1985, apesar de

várias tentativas heróicas de rejuvenescimento, a IBM discretamente

descontinuou a máquina.

11.4. IBM-PC AT

Por um lado o ano de 1984, foi um desapontamento para o

PCjr de vida curta, mas por outro foi um ano maravilhoso para o outro extremo

da família de computadores da plataforma PC.

Em Agosto, a IBM introduziu no mercado o PC AT,

acrônimo de “Advanced Technology”, ele era incrivelmente mais rápido que os

IBM-PC XT’s mais rápidos. O sucesso do IBM-PC AT foi tamanho que nos

anos subseqüentes ele serviu como computador pessoal de liderança da IBM,

inspirando uma série de clones, muitos deles melhorados e com menores

preços.

Page 85: 135 sistemas operacionais

85

São do padrão IBM-PC AT que descendem os nossos

computadores da plataforma PC da atualidade.

De 1984 a 1987, a IBM não fez mudanças de grande escala

na linha PC. Houve novos modelos do PC AT, mas foram apenas uma

variação do mesmo tema. A mudança mais significativa foi a introdução do

teclado melhorado de 101 teclas, que desde então se tornou padrão da

indústria de microcomputadores PC.

As principais características do PC AT foram:

• Utilizava-se do processador Intel 80286 que operava a uma

freqüência de 8 a 12,5 MHz;

• 1 MB de memória RAM;

• 64 KB de memória ROM;

• Unidade de disquete de 5,25 polegadas com capacidade de

360 a 720 KB de armazenamento;

• Monitor CGA monocromático (fósforo verde, âmbar ou

branco) ou colorido EGA;

• Slots de expansão ISA de 8 ou 16 bits;

11.5. IBM-PS/2

Em 1987 a IBM mudou de forma radical os rumos da

microcomputação introduzindo a nova plataforma denominada IBM-PS/2.

O PS/2 (Personal System/2) revolucionou ao utilizar-se da

arquitetura de Microcanal (MCA), superior à utilizada pelo PC, a arquitetura

padrão da indústria (ISA).

Devido a uma mudança radical em sua estrutura de

hardware o PS/2 apresentava grande incompatibilidade com a maioria de

softwares e periféricos da época, compatíveis com o antecessor IBM-PC.

Diferentemente do PC a IBM gastou muito mais tempo no

projeto de desenvolvimento do PS/s do que o PC. Os novos computadores da

linha PS/2 ostentavam um projeto completamente novo que incorporava uma

Page 86: 135 sistemas operacionais

86

poderosa tecnologia que continha muito menos peças de domínio público.

Essa atitude tomada pela IBM dificultava que outras empresas viessem a

desenvolver clones compatíveis com o PS/2.

O Microcanal, arquitetura básica de construção do

IBM-PS/2 oferecia uma melhoria significante sobre o ISA, pois mudava a

natureza das placas adaptadoras que poderiam ser inclusas no computador,

fazendo com que as antigas placas existentes no mercado não funcionassem

no PS/2 que continha a arquitetura MCA.

Infelizmente a introdução destes computadores teve um

efeito prejudicial no mundo dos computadores, que puçás pessoas

esperavam. A IBM esforço-se ao máximo para assegurar que o PS/2 pudesse

rodar todo o software antigo, que já estava nesta altura de uso amplamente

aceito e difundido. Entretanto como já foi dito, o projeto de hardware era

totalmente diferente do utilizado por toda a indústria, que recusou-se a mudar.

Até então a IBM tinha dado partida em quase todos os

novos padrões na indústria de microcomputadores, padrões estes que foram

seguidos pela grande maioria de empresas que estiveram a vender e fabricar

os microcomputadores IBM-PC compatíveis, sendo entre estas a mais

importante a Compaq.

Naturalmente, os padrões de hardware mais importantes

eram aqueles que tinham a ver com o projeto do próprio computador. Embora

a IBM definisse estes padrões, ela relaxou-se por não exigir os seus direitos,

e milhares de empresas em todo o mundo aproveitaram a deixa e imitaram

com impunidade os computadores IBM-PC.

Com os novos IBM-PS/2 e a arquitetura Microcanal, a IBM

decidiu impor rígidas taxas de autorização, em alguns casos pedindo às

empresas para pagarem de volta royalties sobre os computadores mais

antigos que foram copiados sem autorização da IBM.

Desta vez as outras empresas, lideradas pela Compaq,

recusaram-se a ceder as pressões da IBM, preferindo não se utilizarem da

nova tecnologia por melhor que fosse esta, antes preferindo ficar com a

Page 87: 135 sistemas operacionais

87

tecnologia antiga padrão dos computadores plataforma IBM-PC, criando elas

o termo do qual já foi utilizado neste texto, o termo ISA – Arquitetura Padrão

da Indústria. Estas empresas afirmavam que a mudança para o MCA por

parte da IBM havia sido desnecessário e que elas continuariam a montar

computadores baseados no IBM-PC e ignorariam o MCA.

Mais tarde estas empresas se juntaram e criaram o EISA

(Extended ISA), uma alternativa de alta performance para o Microcanal.

Devido a este problema entre a tecnologia MCA e ISA, o

campo da informática baseada em PC’s ficou divido até o início dos anos 90

em dois campos: a IBM com seus PS/2 e as outras empresa com o PC.

Porém devido a alguns avanços tecnológicos, a maioria dos programas

sofreram alterações de maneira a poderem ser utilizados por PC’s e PS/2’s.

11.6. IBM-PC’s Portáteis

Como sabemos os PC’s são muito pequenos se

comparados aos seus ancestrais de grande porte e minicomputadores.

Entretanto, pouco tempo depois que o primeiro PC foi laçado, os engenheiros

passaram a trabalhar afincamente para tornar as coisas menores o suficiente

para que fosse possível levá-los para qualquer lugar.

Atualmente existem PC’s portáteis o suficiente para serem

levados para qualquer lugar sem esforço. Porém naquela época havia

dificuldades para tornar um computador leve o bastante para ser repousado

sobre o colo, principalmente por causa da fonte de tensão que começava a

ser reduzido em tamanho e com maior potência, porém longe de proporções

portáteis.

Como solução surgiram os computadores conhecidos como

“arrastáveis”, por razão de não serem tão pequenos e exigirem uma ligação

em tomada. E pouco mais tarde foi possível a miniaturização de um

computador com tamanho para ser repousado sobre o colo, com tamanho

próximo a um grande bloco de anotações, porém perdiam consideravelmente

Page 88: 135 sistemas operacionais

88

em desempenho e versatilidade de componentes dos computadores de mesa.

Eram ligados a tomada ou utilizavam-se de pilhas que ofereciam baixa

capacidade de tensão.

Desde então houveram muitos computadores portáteis,

porém todos eles não eram não-IBM.

O primeiro computador portátil PC foi o Portable PC em

1983, pesando cerca de 14 quilos, e o PC Conversível em 1987, ambos um

fracasso que foram retirados logo do mercado.

Porém em 1989, foi desenvolvido o portátil IBM-PS/2 P70

que teve ampla aceitação no mercado, que ao contrário de seus

antecessores, oferecia as mesmas funcionalidades do computador de mesa,

tais como: disco rígido, teclado maior, mais memória, tela maior entre outras,

pesando menos de 10 quilos.

11.7. A atualidade

Atualmente os computadores baseados em PC, dominam a

maior parte de microcomputadores do mundo. Muito evoluíram desde 1981,

quando houve o lançamento do IBM-PC.

Hoje os computadores IBM-PC estão presentes nos mais

diversos campos da humanidade, possuindo uma gigante compatibilidade

com softwares e hardware.

Hoje é possível até que pessoas com um conhecimento

básico montem seus próprios computadores sem grandes dificuldades, devido

a facilidade que o PC proporcionou aos usuários domésticos.

Embora possuam estas facetas boas, o PC’s possui as

mais diversas desvantagens em relação aos computadores de outras

plataformas tais como: componentes de qualidade inferior apresenta falhas de

estabilidade constantemente, não sendo uma plataforma muito confiável, têm

como principal sistema operacional o Microsoft Windows que apresenta

muitas instabilidades, apresenta performance inferior para aplicações gráficas,

Page 89: 135 sistemas operacionais

89

estrutura de organização interna de seu gabinete desorganizada entre outros

inconvenientes.

12. FAMÍLIA DE PROCESSADORES INTEL

12.1 Origens – 8086/8088

Uma das palavras chave para entender melhor a família de

computadores IBM-PC é necessário entender também a família de

processadores Intel, uma vez que eles foram baseados no uso deste

processadores.

Na verdade os computadores modernos apresentam vários

processadores, cada um deles dedicado a uma tarefa especial, no entanto

sempre há um processador principal, simplesmente denominado de

processador do computador.

Com os PC’s da época, eles sempre erma baseados em

processadores da família Intel 86. Alguns computadores, porém possuíam um

co-processador que atuavam como auxiliadores do processador principal de

maneira a conferir para este, maior desempenho. Geralmente esses co-

processadores matemáticos pertenciam à família Intel 87.

A princípio todos tinham o nomes que começavam com

“80”. Na verdade, havia vários ancestrais da família 8086. Eles eram do mais

antigo ao mais novo, respectivamente: 4004, 8008, 8080A e 8085A.

Levando adiante a tradição, os nomes originais dos

membros da família 86 eram: 8086, 8088, 80186, 80188, 80286,80386 e

80486.

Mas um fato a ser destacado é que não há uma relação

direta entre a história do PC e dos microprocessadores que por ele foram

utilizados. Isso poder ser verificado com a ausência dos processadores 8086,

80186 e 80188 na linha dos microcomputadores PC. O modelo 8086 foi usado

Page 90: 135 sistemas operacionais

90

em apenas um ou dois modelos, enquanto o 8088, 80286, 80386 e 80486 foi

utilizado em uma séries deles.

O motivo para que os processadores Intel 8086, 80188 e

80186, não fossem utilizados largamente pelos computadores PC da época,

não era por serem ruins, como alguns o pensam, pois eles desempenhavam

bem a função para a qual foram criados, eles geralmente nunca estavam

disponíveis em grande quantidade para atender a demanda de vendas ou no

momento correto para se projetar um computador campeão de vendas. O seu

papel foi usurpado pelo mais novo e mais poderoso processador Intel 80286

ou simplesmente 286. Porém não é correto afirmar que eles não foram

utilizados, pois tanto a Intel quanto a IBM e até mesmo utilizaram-se deste

microprocessadores em suas empresas, porém com o lançamento do 286,

podemos dizer que eles caíram aos pedaços.

Para compreender melhor a história dos

microcomputadores da plataforma IBM-PC e como eles dependeram destes

processadores, é necessário voltar um pouco no tempo, mais precisamente

no início da década de 80 quando os microcomputadores PC foram

construídos. Os projetistas já enfrentavam logo de primeira um dilema, pois

tinham que optar pelo 8088 ou 8086. Esses processadores eram idênticos,

exceto pela quantidade de dados que podiam enviar de uma só vez.

Os computadores armazenam e manipulam informações

como bits, que formam a cada 8 unidades 1 byte. Para caracterizar um

processador, dizemos quantos bits ele é capaz de trabalhar de uma só vez, e

quantos bits ele pode enviar ou receber de uma vez. Tanto o 8086 quanto o

8088 trabalhavam com 16 bits de uma vez, no entanto enquanto o 8086 podia

enviar ou receber 16 bits de cada vez, o 8088 comunicava-se com 8 bits de

cada vez.

Um outro modo de colocar a afirmação acima, é deixando

expresso que ambos os processadores trabalhavam com 16 bits

internamente, mas comunicavam-se com 16 bits (8086) ou 8 bits

externamente (8088). Isso significava que um computador baseado no 8086

Page 91: 135 sistemas operacionais

91

usaria dispositivos (como drives de disco) e circuitos eletrônicos que se

comunicassem com 16 bits de cada vez, que eram escassos no mercado em

relação aos que trabalhavam com 8 bits, que haviam sido desenvolvidos para

os computadores antigos e mais lentos que eram utilizados na época. Para se

adaptar a esse mercado, a Intel projetou o processador 8088 que fosse

funcionalmente equivalente ao 8086, mas pudesse, no entanto tirar proveito

dos componentes antigos feitos para 8 bits, que no momento existiam com

mais disponibilidade e com custo muito menor.

Fazendo-se um retrospecto, parece que o 8086, teria sido a

escolha lógica para o IBM-PC original. Entretanto, na ocasião, os projetistas

da IBM não tinham a idéia de que o PC seria tão popular, e nem logo definiria

padrões mundiais. Na realidade o PC não era visto a princípio como um

computador especialmente importante importante. Tudo o que a IBM queria

era um computador pequeno que atuasse como máquina de entrada para

seus clientes, possuindo para isso até um departamento especial, o Entry

Systems Division – Divisão de Sistemas de Entrada.

Porém em face à utilização ampla do 8088 não significava

que de fato que o 8086 havia sido abandonado, a Compaq o usou para o

Deskpro, seu primeiro computador de caráter não portátil e a IBM, mais tarde

o usou para modelos de menor potência dos PS/2.

12.2. Melhoria – 80186/80188

Não muito tempo após a introdução dos

microprocessadores 8086 e 8088, a Intel começou a trabalhar sobre as

melhorias destes. Até então, todos os microprocessadores baseavam-se no

suporte de outros circuitos eletrônicos. Entretanto os projetistas da Intel

notaram que havia importantes desvantagens em ter estas funções de suporte

sendo executadas por circuitos separados. Incorporando muito destas

funções em um só circuito para um processador mais poderoso, faria com que

Page 92: 135 sistemas operacionais

92

computador trabalhasse mais rápido. Além destes benefícios, o uso de menos

circuitos diminuiria o custo geral do computador.

Os resultados destas melhorias foram os processadores

Intel 80186 e 80188, simplesmente conhecidos como 186 e 188. A principal

característica presente em ambos é que eles integravam diversas funções de

suporte no próprio processador. Havia também outras novas capacidades,

porém menos importantes.

De maneira análoga aos processadores 8086 e 8088, eles

também trabalhavam com 16 bits internamente e se comunicavam com 16 e 8

bits respectivamente.

Embora o 186 e 188 fossem uma extensão importante da

família 86, porém pouco usada, eles na realidade não tiveram um impacto e

melhorias dramáticas para os processadores mais antigos.

12.3. Evolução – 80286

A Intel visto que havia a necessidade de introduzir um

processador mais poderoso, devido ao crescimento da demanda por maior

desempenho em microcomputadores, trabalhou e investiu bastante, que

resultou na sua realização mais ousada: o 80286, ou simplesmente 286.

O 286 era mais que apenas uma melhoria dos

processadores antigos, era uma revolução em forma de processador, já que

apresentou em relação aos seus antecessores enormes vantagens, dentre as

quais podemos destacar:

• Poderia utilizar mais memória em relação ao 186 e 186,

que utilizavam no máximo 1 MB, utilizando-se de até 16 MB

de memória;

• Pela primeira vez, um processador destinado ao uso em um

plataforma PC poderia utilizar-se do recurso conhecido

como memória virtual, já utilizada pelo Unix e Macintosh;

Page 93: 135 sistemas operacionais

93

• Outra inovação foi a capacidade “multitarefa de hardware”

que permitia que o processador fosse rápido o bastante

para ir e voltar diversas vezes em vários programas,

recurso este já presente nos computadores Macintosh e os

com o sistema Unix;

• Poderia trabalhar com a divisão de tempo em “modalidade

real” e “modalidade virtual”, diferentemente dos

processadores mais antigos que trabalhavam da mesma

forma o tempo inteiro;

• Para o uso da capacidade de multitarefa, ele trabalhava na

modalidade de proteção, que impedia que problemas com

um programa afetassem todo o sistema;

Sendo assim essas novidades aumentaram bastante a

escala de trabalho do 286. Porém o 286 foi inserido na plataforma PC com o

surgimento do IBM-PC AT. Logo após esta inclusão passou a ser

desenvolvido uma enorme variedade de computadores baseados no PC com

processadores 286.

A modalidade real é quando um programa roda

isoladamente, e qualquer problema com ele pode comprometer seriamente

todo o sistema, ao contrário da modalidade virtual de proteção, que

compartilha tempo entre diversos programas e evita que programas afetem o

sistema, a única coisa que um programa pode fazer é afetar-se a si próprio.

12.4. Tecnologia – 386

O seguinte membro da família Intel de processadores foi o

80386, ou simplesmente 386.

Além de reter total compatibilidade com os processadores

antigos, e oferecer a modalidade real que emulava o 8086. Sua modalidade

de proteção também trouxeram melhorias significativas uma vez que podia

Page 94: 135 sistemas operacionais

94

lidar com até 32 MB de memória real e até 128 MB de memória virtual, contra

16 MB e 1 MB do 286 respectivamente.

Uma das inovações porém mais importantes foi o novo

modo de operação denominado “modo 386 virtual”. Isso permitiu que o

processador executasse em multitarefa mais de um programa do DOS, que

embora fosse muito limitada, era o principal sistema operacional utilizado na

época, devido ao alto preço de sistemas operacionais com interface gráfica.

Diferentemente dos processadores que o antecederam, o

386 era um processador de 32 bits completo, ou seja, processava 32 bits de

um só vez internamente e externamente. Entretanto a desvantagem inicial

consistia em que a maioria dos dispositivos da época se comunicavam com

16 bits, não podendo tirar o proveito das capacidades do 386.

A Intel reconhecendo que esta mudança era um pouco

radical para a época, desenvolveu uma nova versão do 386, cuja única

diferença era que comunicava-se com 16 bits de cada vez. As vantagens

deste novo processador eram bem menores em relação ao 386 completo e

consequentemente mais barato. Para distinguir os dois modelos a Intel

denominou o antigo e mais poderoso de 386 DX e o novo 386SX, fazendo

uma analogia em Duplo e Simples respectivamente.

12.5. Inovação – 486

Logo após o sucesso do microprocessador 386 e suas

funcionalidades que trouxeram maior poder de desempenho nos

computadores da família PC, a Intel desenvolveu o processador 80486 ou

simplesmente 486.

Funcionalmente ele incorporava, em um circuito, o 386

mais dois outros componentes importantes: o co-processador matemático

embutido e um controlador de cache especial, que tinha a função de dirigir a

memória de uma maneira especial, ou seja em alta velocidade).

Em face a estas e outras inovações que trouxeram mais poder aos

Page 95: 135 sistemas operacionais

95

microcomputadores PC, o 486 poderia operar numa freqüência de até 66 MHz

contra os 4,77 MHz do 8088, utilizado no PC original, e ainda possuindo até

512 KB de memória de cache.

Devido as suas características de alta tecnologia, foi à partir

dele que os computadores começaram, de uma maneira mais difundida, a

apresentar a capacidade multimídia, pois devido ao seu alto poder de

processamento apresentava melhor desempenho para trabalhar com drives

de cd, placas de som, de vídeo etc.

12.6. Tecnologia dos Co-processadores Matemáticos

O processador atua como “cérebro” do computador.

Entretanto havia nesta época processadores especiais, os chamados de co-

processadores, que poderiam ser usados para estenderem os poderes do

processador principal. Eles eram dedicados principalmente a operações

matemáticas, sendo referenciados como “co-processadores matemáticos”.

Entretanto os co-processadores não vinham inclusos com

os processadores, eles eram opcionais. Porém se o computador não tivesse

um co-processador, isto não haveria de representar um problema, pois o

processador principal por si só era capaz de fazer todo o trabalho, incluindo

os cálculos matemáticos. Mas ao optar por obter um processador que

trabalhasse em ação conjunta com um co-processador, ele seria capaz de

lidar com a maioria das demandas de cálculo dos seus programas.

Porém muitos pensavam, que ele era uma utilidade mais

precisa para quem usasse o computador para lidar com maior parte das vezes

para uso matemático, porém este é um conceito errôneo, pois a maioria dos

programas, principalmente os de cálculos e os de edição de imagens

vetoriais, são os que mais trabalham com cálculos, trazendo assim uma

considerável diferença em relação aos que não tinham incluso o co-

processador.

Page 96: 135 sistemas operacionais

96

À partir da linha de processadores 80486, os

co-processadores passaram a ser incluídos em todos os processadores, uma

vez que este agora era embutido no processador principal.

12.7. Performance – Pentium

Nesta altura, a tecnologia de processadores de 32 bits mais

desenvolvida e difundida no mercado, possibilitou a Intel a desenvolver um

processador muito mais poderoso e ambicioso que os 486.

Podendo operar inicialmente a mais de 100 MHz, eles

representaram uma verdadeira revolução na linha de processadores que

dominam a maioria dos computadores do padrão IBM-PC.

Foi nesta época que surgiram outros processadores que

visavam competir com o Pentium e oferecer uma performance análoga a um

preço muito mais acessível. Porém eles não chegavam atingir a tecnologia do

onipresente Pentium, mesmo operando a velocidades maiores que ele, mais

sendo semelhantes a 486 melhorados. Dentre eles podemos destacar o 586

da Cyrix e AMD.

A Intel iria nomeá-lo como 80586, porém ele não teria um

caráter de superioridade que merecia, uma vez que não era uma simples

melhoria do 486 e sim um processador muito diferente.

Outra inovação na tecnologia dos processadores da nova

linha Pentium foi a introdução de três variantes, o Pentium Clássico, o

Pentium Pro e o magnífico Pentium MMX (MultiMedia EXtended – Multimídia

Estendida).

A partir de então iníciou-se uma corrida rumo ao

desenvolvimento de processadores cada vez mais poderosos e com maior

concorrência, principalmente da AMD, que passou a desenvolver

processadores com uma boa relação custo-benefício.

Dentre as inovações que partiram da nova linha do

Pentium, surgiram o Pentium II, o Pentium III e o Pentium IV. Destes, o último

Page 97: 135 sistemas operacionais

97

continua reinando absoluto como a maior tecnologia para computadores

baseados em IBM-PC, superando todas as expectativas.

Na época do 486, esperava-se um dia, um processador da

família 86 da Intel, o 80786, ou simplesmente 786 de 250 MHz, e hoje

possuímos os processadores Pentium 4 de 3,6 GHz com tecnologia de

bi-processamento.

12.8. A tecnologia MMX

Com o desenvolvimento de computadores da linha

Pentium, a Intel desenvolveu uma tecnologia especial, que denominou MMX –

Multimídia Estendida.

PC de escritório com até 20% de aumento no desempenho

de aplicativos Microsoft Windows, era a proposta da tecnologia MMX, embora

os principais softwares e pacotes de produtividade não estivessem otimizados

ainda para a nova tecnologia MMX.

PC doméstico com aumento de até 16 vezes no

desempenho de determinados filtros de edição de imagem era outra das

propostas do Pentium MMX, e certamente uma das mais atraentes.

O conjunto de instruções incorporados no MMX foi

projetado especificamente para aumentar a velocidade de processamento

destes tipos de dados, vários testes provaram que ele aumentava

significativamente o desempenho reduzindo a utilização da CPU.

À partir deste momento surgiram no marcado uma ampla

gama de softwares compatíveis e muitos deles otimizados para a tecnologia

MMX, tais como: jogos, pacotes de edição de imagem, reprodutores de MPEG

e software de reconhecimento de voz. A CPU de quinta geração da Intel

recebeu assim 57 novas instruções para acelerar aplicações multimídia.

Até então a Intel conservou uma identidade de sempre

melhorar os processadores da geração seguinte e aumentar a sua velocidade

para satisfazer as necessidades finais de cada usuário, fosse esse

Page 98: 135 sistemas operacionais

98

profissional ou não, podendo ser facilmente identificadas as gerações de

microprocessadores através da velocidade de seus clock. Porém esta

identidade entrou em crise com o surgimento do Pentium, mais precisamente

com a introdução das tecnologias Pentium Pro e Pentium MMX. Além de

atingir velocidades exorbitantemente maiores que os seus antecessores,

podendo chegar a princípio a 166 MHz, possuía a tecnologia 3D e

apresentava aprimoramentos surpreendentes em tarefas de execução de

áudio e vídeo e processamento de imagens.

Através da introdução da tecnologia MMX, os Pentium

clássicos passaram a serem utilizados no mercado de computadores de

entrada, pois a tecnologia que o MMX e o Pro ofereciam eram

surpreendentemente melhor.

Depois da introdução da tecnologia MMX que permitia um

maior desempenho de aplicações multimídia, todos os processadores

subseqüentes, a saber, os processadores: Pentium II, Pentium III, Pentium 4,

Pentium M, Celeron e Celeron M, passaram incluir, ainda que de maneira não

expressa ao pública a tecnologia MMX, sempre melhorada a cada novo

processador, uma vez que hoje basicamente todos os novos computadores

possuam capacidade multimídia, e para tanto exija um desempenho maior.

13. HISTÓRIA DOS COMPUTADORES APPLE MACINTOSH

13.1. Apple II

Em 1976, Steve Wosniak, filho de um engenheiro

desenvolve o microcomputador que denomina Apple, segundo alguns dizem,

em razão de Wosniak haver trabalhado em um pomar de maçãs.

O computador Apple I não podia ser considerado sob

nenhum aspecto um fruto de tecnologia avançada, uma vez que sua

construção foi bastante rudimentar. Porém foi o suficiente para gerar um

precursor rumo no campo da informática através dos futuros Apple Macintosh.

Page 99: 135 sistemas operacionais

99

A configuração do Apple I de madeira era a seguinte:

• Utilizava-se de microprocessador da MOS Tech 6502 de 1

MHz com1 MHz de freqüência Bus;

• Possuía 8 KB de RAM expansíveis para 32 KB;

• Possuía 1 KB de VRAM;

• Resolução máxima de 40x24 caracteres;

• 58 W de consumo de energia elétrica por hora;

• Introduzido em Abril de 1976 e descontinuado em 1977;

• O custo de desenvolvimento foi aproximadamente de

US$ 700,00;

Amigo de Steve Jobs, que também era entendido em

computadores, porém muito mais dado à estratégias de negócios, eles se

associam e desenvolvem em 1977 o computador que chamam de Apple II,

que passa a ser produzido na garagem de Steve Jobs.

Porém ao passo que Jobs tinha uma ampla visão

empresarial ampla e desejava junto de Wosniak criar um computador

“perfeito” para tornar-se um novo e revolucionário padrão de mercado, este

último, só queria sair com sua banda de rock e tocar por aí, porém ainda

assim, ainda que um pouco ausente, permanecia ao lado de Jobs na

empreitada que a Apple Computer começava a enfrentar.

Os incríveis computadores Apple II começam a vender mais

que o esperado e acontece na Apple algo semelhante ao que aconteceu com

o Altair 8800, e a Apple tem dificuldades para a atender a demanda de

pedidos.

Os computadores Apple II revolucionaram o mercado de

microcomputadores, pois eram um dos primeiros a se utilizarem de corpo de

plástico para abrigarem a CPU, que era incrivelmente poderosa. Os

microcomputadores Apple II possuíam monitor de fósforo colorido e unidades

de disco de alta capacidade, além de ser altamente expansível. Suas

configuração básica era a seguinte:

Page 100: 135 sistemas operacionais

100

• Utilizava-se do mesmo processador da MOS Tech de 1

MHz com freqüência de Bus de 1MHz de 8 bits;

• Possuía memória RAM de 4 KB expansível para 64 KB;

• Possuía 8 slots de expansão de alta capacidade;

• Possuía 12 KB de memória ROM;

• Tinha drive de disquete como opcional;

• Vinha opcionalmente com cartão de expansão serial;

• Tinha alto-falantes mono;

• Possuía monitor de até 6 cores com resolução máxima de

280x192 com 4 bits de cor a 40x48, incrivelmente alto para

a época;

• Foi introduzido em 1977 e descontinuado somente em

1980;

Iniciou-se assim o desenvolvimento em série dos

computadores Apple, custando aproximadamente 1,5 mil dólares.

Surgiram posteriormente outras variações deste modelo

nos anos subseqüentes:

• 1979: Apple II+;

• 1983: Apple IIe

• 1984: Apple IIc / IIc+

• 1985: Apple IIe Platinum/Enhanced;

• 1986: Apple IIgs;

13.2. Outros Modelos Apple

Durante os anos que se seguiram ao fantástico lançamento

do Apple II, surgiram outros modelos que eram apenas uma variação do

mesmo. A única versão diferente antes da consagrada plataforma Macintosh,

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101

surgiram apenas o Apple III e o Lisa, que não atingiram o nível de sucesso do

Apple II, ainda que melhores.

O modelo Apple III, foi anunciado em Junho de 1980, entre

as suas principais inovações podemos destacar:

• Utilizava-se do processador Syner Tec 6502A em vez do

processador da MOS Tech, operando a taxa de 2 MHz com

freqüência de BUS de 2 MHz de processamento de 8 bits,

contra 1 MHz do MOS;

• Possuía 4 KB de memória ROM;

• O primeiro a possuir a altíssima capacidade de 128 KB de

RAM na versão III e 256 KB na versão III+;

• Possuía 4 slots de expansão compatíveis com o Apple II;

• Foi o primeiro a incluir em sua CPU um drive de disquete

de 5,25 polegadas;

• Possuía como opcional um cartão serial de expansão

serial;

• Assim como o Apple II tinha caixas acústicas mono;

• Foi introduzido em 1980 e descontinuado em 1985;

Outro modelo da Apple foi o Lisa, uma plataforma destinada

a uso corporativo, com um poder de processamento alto, interface gráfica,

porém com um preço muito elevado. Suas principais características eram:

• Foi o primeiro Apple a utilizar-se do processador de 16 bits

da Motorola, o MC68000, com a alta velocidade de 5 MHz;

• Possuía 16 KB de ROM com diagnóstico de código

presente;

• Tinha a extrema capacidade de memória RAM de 1 MB;

• Incluía 2 unidades de disquete interno de 3,5 polegadas,

uma novidade de alta tecnologia em armazenamento para

a época com capacidade de armazenamento de 400 KB a

2400 KB da Sony no Lisa II e as famigeradas unidades de

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102

5,25 polegadas com capacidade 871 KB no primeiro

modelo;

• Possuía HD de 5 MB, expansível para 2HD’s de 10 MB;

• Possuía saída de áudio CVSD – Continuously Variable

Slope Demodulador;

• Incluía caixas acústicas mono;

• Gestão de ID: 2;

• Possuía interface gráfica, proporcionada pelos Sistemas

Operacionais suportados por ele: Lisa OS e Mac Works;

• Foi introduzido em Janeiro de 1983 e descontinuado em

1986;

• Primeiro a usar o mouse;

Infelizmente a tentativa da Apple de entrar com força no

mercado corporativo com o Apple Lisa, não tiveram sucesso, por razão de

que ele era excelente, mas custava muito caro, chegando a custar mais de 11

mil dólares contra os modelos Macintosh e Apple II que custavam entre 1,5 e

2,5 mil dólares.

No mesmo ano surgiu o Mac XL, com capacidades

semelhantes ao Lisa, porém ele não é considerado o verdadeiro Macintosh

que deu origem aos computadores Apple que são vendidos até hoje, mas

considerado uma pré-versão do Macintosh de 1984.

13.3. Revolução Macintosh Em 21 de janeiro é feito o evento fechado de lançamento

do novo computador da plataforma Apple Macintosh, e em 24 de janeiro a

estréia em público.

Uma semana antes, o comercial 1984, dirigido por Ridley

Scott, fora apresentado na TV (pela única vez em toda a história) durante o

Super Bowl (final do campeonato de futebol americano, a maior audiência da

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103

TV no ano), virando um dos anúncios mais premiados e influentes da história

da publicidade.

O Macintosh não é primeiro computador a utilizar a

Interface Gráfica com Usuário (GUI), mas o primeiro deste tipo com preço

acessível, embora caro, custando aproximadamente 2,5 mil dólares,

quebrando a meta original de 500 dólares, quando foi inflacionado na tentativa

de criar o computador perfeito proporcionado por Steve Jobs.

A sua configuração básica era a seguinte:

• Utilizava-se do processador Motorola MC68000 de 16 bits

operando na rápida freqüência de 8 MHz;

• Possuía uma memória ROM incrivelmente alta: 64 KB.

• Vinha com 128 KB de memória RAM.

• Possuía monitor de 9’ com VRAM de 1 bit à resolução de

512x342;

• Vinha com a nova unidade de disquete de 3,5 polegas com

capacidade de 400 KB de armazenamento;

• Gestão de ID: 1;

• Alto-falantes mono;

• Suportava o sistema operacional do Mac OS 1.0 ao 6.0.8;

• Introduzido em janeiro de 1984 e descontinuado em

outubro de 1985;

Em 1984, a Apple ainda é o principal fabricante de

computadores pessoais do mundo, com uma base instalada de mais de 2

milhões de Apples II, mas perde terreno rapidamente para os clones do IBM-

PC e seu MS-DOS. O Mac, que tinha começado como um projeto paralelo de

uma pequena equipe, virou a grande esperança da empresa para combater o

avanço da IBM, considerada o Grande Inimigo. Um fato curioso era que

Bill Gates e a Microsoft, por outro lado, eram considerados aliados.

O Mac 128K era revolucionário, mas estava longe da

perfeição. O principal problema é a falta inicial de software, o que muito

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104

comprometeu as vendas do computador, mas mesmo assim, mais de 50 mil

Macs são vendidos nos primeiros 100 dias. Em setembro é lançado o Mac

512K com 512 K de memória RAM.

Em Dezembro de 1984, a Apple lança uma campanha de

marketing intitulada: “Teste Drive a Mac”. Várias celebridades como Mick

Jagger, Michael Jackson e Andy Warhol são presenteadas com Mac’s.

13.4. Viagem através dos anos na história do Apple Macintosh

Em 1985, o embalo inicial do Macintosh acaba muito depressa, devido à falta

de um "programa matador" que o tornasse realmente imprescindível.

Quando o “barco” do Macintosh parecia prestes a virar, eis

que surgem dois produtos que salvam a todos. A Apple LaserWriter

(US$ 7 mil) e o programa Aldus PageMaker mostraram ao Mac o problema

para o qual ele era a solução. Graças à possibilidade de ver na tela uma

reprodução aproximada do que seria impresso, o Mac era capaz de substituir

caríssimos sistemas fechados e agilizar os métodos convencionais de

produção gráfica. Estava inaugurada a revolução do Desktop Publishing, que

rendeu anos de margens de lucro exorbitantes para a Apple. São vendidos

500 mil Macs em 1985, ano em que a Microsoft lança a primeira (e hoje

irreconhecível) versão do Windows.

O CEO John Sculley comete dois erros fatais. Chega a ele

um recado secreto de (veja bem) Bill Gates, pedindo a liberação dos clones

de Mac para transformá-lo na plataforma padrão do mercado, substituindo o

IBM-PC. Sculley ignora o conselho. Meses depois, assina um malfadado

acordo com a Microsoft que abre caminho para que as inovações do Mac

sejam clonadas a impunemente pelas versões posteriores do sistema

opercional Microsoft Windows.

O sucesso do Mac no nicho do DTP vem tarde demais para

salvar a pele de Steve Jobs. Ele sai da Apple em setembro, ao cabo de

prolongada disputa política em que tenta tomar o poder da empresa e acaba

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105

sendo traído pelo ex-amigo John Sculley. Junto com Steve vão embora cinco

funcionários-chave, com os quais ele irá fundar a NeXT. Jonh Sculley, CEO

da Apple chega a tentar processá-lo, mas desiste

Em 1986, O Macintosh Plus elimina o grande problema do

Mac original, saindo de fábrica com 1 MB de RAM e podendo ser expandido

para 4 MB. Ele introduz também o SCSI, a porta serial e o drive de disquete

de 800K. Em Setembro é lançado o Apple IIgs, o último Apple de 8 bits

(tirado de linha em 1992), com um sistema operacional muito similar ao do

Mac, como uma solução integrada para aplicação em problemas pouco

complexos.

Em março de 1987, a Apple vende seu milionésimo Mac. No mesmo ano

surge o Macintosh SE, com HD interno, mouse, teclado ADB e slot de

expansão para placa de rede.

O Macintosh II é o primeiro modelo com CPU separada do

monitor e ampla capacidade de expansão, contrariando a idéia original de

Jobs de fazer do Mac um sistema fechado e monobloco.

A Apple funda a Claris, sua divisão de software.

O System 5, ou Mac OS 5, pode abrir mais de um programa

ao mesmo tempo, exibindo assim a capacidade mutitarefa, copiada pelos

modelos IBM-PC com processadores Intel.

Em agosto surge o HyperCard, programa idealizado para

permitir a criação de softwares sem a necessidade de escrever código. Ele

foge das normas de interface tradicionais do sistema e antecipa o estilo da

Web, com organização por páginas, links de hipertexto e multimídia integrada.

O Macintosh IIx traz como novidade o processador

Motorola 68030 e disquetes de 1,4 MB. Sai também o System 6 ou Mac OS 6.

A NeXT, nova empresa de Steve Jobs, lança o computador

NeXT, um (adivinhou) cubo com drive óptico, monitor de 17" de alta resolução

(porém ainda não colorido) e sem drive de disquete (antecipando a moda em

10 anos), para o mercado educacional.

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106

Em 1989, é lançado o Macintosh SE/30, o Mac original

melhorado pelo chip 68030 de 50 MHz. Saem também o Macintosh IIcx e o

IIci - este, o primeiro Mac modular com vídeo integrado e resolução de 480 x

640 pixels a 256 cores.

O Mac Portable, primeira tentativa da empresa de fazer um

Mac portátil, não dá muito certo. Ele não deixa a desejar quando comparado

com os modelos de mesa. Mas, pesando cerca de 8 kg, não é exatamente um

portátil.

A NeXT lança o NeXTStep, seu sistema baseado em Unix

com jeitão de Macintosh, que dez anos depois viraria o Mac OS X.

Em 1990, tentando sair do nicho do DTP e conquistar os

usuários domésticos, a Apple lança três modelos de baixo custo: o Macintosh

Classic (US$ 1 mil, sem HD); o Macintosh LC (US$ 2,400), um modular com

monitor Sony Trinitron colorido de 12"; e o Macintosh IIsi (US$ 4.000),

basicamente um Macintosh IIci sem slots de expansão e processador mais

lento.

Em abril de 1991, John Sculley faz um acordo de troca de

tecnologias com a ex-rival IBM. A IBM desenvolverá a plataforma PowerPC

para a Apple, e esta ajudará a criar um novo sistema operacional (chamado

Taligent) para as duas empresas. O PowerPC sairia dali a três anos; o tal

sistema operacional, jamais.

É lançado Macintosh o System 7, com ícones coloridos,

memória virtual e a possibilidade de usar mais de 8 MB de RAM.

A Apple dá início a uma nova revolução - a da multimídia e

do vídeo digital - com o o QuickTime e posteriormente o iTunes, que

possibilitaram o desenvolvimento do iLife.

Chegam ao mercado os Macintosh Quadra, com chip

PowerPC 68040, e os primeiros PowerBooks, criados em parceria com a

Sony e trazendo inovações que hoje são consideradas lugar-comum, como o

teclado recuado (deixando espaço para apoiar as mãos) e a trackball

(posteriormente trocada pelo trackpad, também introduzido pela Apple).

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Na tentativa de concorrer com os PCs em preço e tentando

desesperadamente aumentar sua fatia de mercado, a Apple lança a linha

Performa, que não é nada mais do que modelos antigos reciclados. O topo de

linha, o Performa 600, perdia em velocidade para o Macintosh IIx. Mas em

compensação foi o primeiro computador a vir com drive de CD-ROM.

Enquanto isso, a Microsoft consolida seu caminho para a

dominação do mundo com o lançamento do Windows 3.1.

Em 1992, a ânsia de ganhar mercado a qualquer custo

toma proporções dantescas. A Apple lança nada menos que 19 modelos de

Macintosh, entre as linhas LC, Centris, Quadra e PowerBook. Um modelo de

Centris dura apenas três meses do lançamento à descontinuação. A Apple é

acusada de "estufar" o canal de vendas, contando máquinas entregues para

revendas e devolvidas como máquinas vendidas.

Em 1993, em fevereiro, já haviam sido vendidos 10 milhões

de Macintosh. Surgem no mesmo ano o Macintosh Color Classic, o primeiro

PowerBook colorido, os Quadras AV (com saída e entrada de áudio e vídeo) e

o bizarro Mac TV, um LC 520 pintado de preto com uma placa para sintonizar

canais de TV.

Em agosto sai o Newton, o primeiro PDA (Personal Digital

Assistant) do mundo. Custando quase US$ 1 mil e com reconhecimento de

escrita deficiente (que só ficaria satisfatório na terceira geração), o

lançamento é um megafracasso, com 25% das unidades vendidas sendo

devolvidas.

John Sculley, esgotado, cai do posto de CEO. Em seu lugar

assume Michael Spindler.

No ano de 1994, chegam ao mercado os novos modelos

denominador Power Mac’s, a maior mudança na plataforma desde a criação

do Macintosh. O chip PowerPC foi desenvolvido pela trinca IBM-Apple-

Motorola. Ironicamente, essa transição foi muito mais tranquila que a

transição do Mac O6 para o Mac OS 7, graças a um emulador do chip 68K

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embutido no PowerPC. O resultado desta inovação foi: 1 milhão de Power

Mac’s vendidos em um ano!

Para cortar custos, a Apple começa a adotar tecnologias

padrão no mundo PC, como os discos IDE. É uma mudança radical: a Apple

era conhecida como "a empresa que diz NIH" ("Not Invented Here" - Não

Inventado Aqui), por desprezar qualquer tecnologia que não houvesse sido

desenvolvida em seus laboratórios. O Quadra (ou Performa) 630 foi o primeiro

Macintosh com HD IDE, que hoje é padrão em todos os Mac’s.

Apple lança a QuickTake 100, a primeira câmera fotográfica

digital do mundo, co-projetada com a Kodak. Mas não tira vantagem do

pioneirismo., que fica a cargo de grandes corporações como Sony, Kodak,

Cânon, Olympus, Samsung Panasonic entre outras de menor expressividade.

A recém-fundada Netscape, comprada mais tarde pela AOL

(América On Line) lança seu browser (baseado no Mosaic, que por sua vez

fora criado junto com a World Wide Web num computador NeXT) e dá início à

explosão da Internet, sendo este o primeiro navegador incluso no sistema do

Macintosh.

Em 1995, os planos originais da trinca Apple-IBM-Motorola

que eram de transformar o PowerPC numa plataforma aberta (ou semi-aberta)

que pudesse rodar vários sistemas operacionais (incluindo OS/2 e Windows

NT) e fosse clonada por fabricantes autorizados, depois de muita discussão, a

tal "Plataforma Comum de Referência" (CHRP) ainda estava longe de virar

realidade, mas a Apple já tinha algumas empresas credenciadas para fazerem

clones, como a Power Computing, a Radius, a Unitron. O objetivo era ampliar

a fatia de mercado da Apple de 10% para 20% ou mais.

Mais uma tecnologia Windows – Intel tomam um espaço nos

computadores Macintosh - o barramento PCI – que foi adotado pela Apple.

É lançado o Power Mac 9500, o primeiro a usar o

microprocessador PowerPC 604 (com capacidade de sofrer upgrade), sendo

este o maior Mac de todos os tempos (até o G5). A Apple estava à frente na

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corrida dos megahertz: um 8500/132 MHz era quase duas vezes mais rápido

que um Pentium 133 MHz, que vigorava no mundo dos PC’s da época.

O sistema operacional de 32 bits da Microsoft, o Windows

95 é lançado, diminuindo ainda mais as diferenças entre PC’s e Mac’s.

A Apple aposta na linha Performa e vê sua margem de

lucro ser esmagada pela concorrência com os PC’s. Entra no vermelho no

final do ano e quase é vendida a preço extremamente baixo para a

Sun Microsystems , fabricante de workstations Unix.

Spindler, CEO da Apple cai e em seu lugar assume Gil

Amelio, famoso na época por ter “ressuscitado” a National Semiconductor.

Em 1996, de maneira assustadora a Apple assume um

prejuízo de quase US$ 800 milhões no primeiro trimestre.

Em fevereiro do mesmo ano, Steve Jobs, um dos

fundadores da Apple Computer dá uma entrevista para a revista Wired e

declara: "A guerra das plataformas acabou. A Apple perdeu."

Precisamente no mesmo momento, a Business Week

"mata" a Apple em matéria de capa. Isso é só o começo do massacre que a

Apple começa a sofrer diariamente na imprensa.

Gil Amelio faz uma nova reestruturação da empresa,

reduzindo o número de produtos, e cancela o Copland, o sistema "moderno"

que viria substituir o velho System 7.5 e não havia saído da prancheta após

vários anos e milhões de dólares investidos. Começa a procura pelo sucessor

do Mac OS fora da empresa. O principal candidato é o BeOS, criado por

Jean-Louis Gassée, ex-engenheiro-chefe da Apple, porém como a Apple não

se interessou, Jean o tornou um sistema operacional livre para uso em PC’s

com processadores Intel e mais tarde também AMD, porém em meados do

último ano a Palm comprou os direitos dele, encerrando as suas atualizações

e declarando não ter interesse em investir no sistema e nem comercializá-lo.

Em abril, a Apple lança o 20th Anniversary Mac

("Spartacus"), provando que ao menos no campo do design não está morta.

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110

Mas o Macintosh mais vendido no Brasil é o da linha Performa com

desempenho inferior aos computadores mais antigos da Apple.

Em dezembro, a Apple compra a NeXT e traz Jobs de volta,

como consultor. A idéia é continuar desenvolvendo o Mac OS e ao mesmo

tempo adaptar o sistema da NeXT (que roda em PCs com processador Intel)

à plataforma da Apple. A previsão é de que o novo sistema estaria pronto no

final de 1998. Porém este sistema anunciado só veio a ser lançado anos mais

tarde.

Em março de 1997, depois de um ano tentando reerguer a

Apple sem conseguir tirá-la do “vermelho”, Amelio demite 2.700 funcionários,

acaba com a linha Performa e reduz a verba de pesquisa e desenvolvimento.

Em uma articulação de bastidores, Jobs consegue

convencer o board (conselho diretor) da Apple de que Amelio não é o homem

certo para estar no comando da empresa. O homem certo seria... Steve Jobs.

Em julho, já com plenos poderes, Jobs comanda a feira

Macworld de Nova York e apresenta em um telão, para espanto e horror dos

macmaníacos, Bill Gates para anunciar uma aliança com a arqui-rival. Ele

anuncia que a Microsoft adquiriu US$ 150 milhões em ações da Apple (sem

direito a voto) e assinou um acordo de partilha de patentes durante cinco

anos, que beneficiou a Apple financeiramente, mas não a nível de empresa,

uma vez que a Microsoft utilizou-se deste acordo para ganhar ainda mais

mercado com as inovações do Macintosh no sistema operacional Windows.

Em setembro, Jobs finalmente assume o posto de "CEO

interino" (para só tirar o "interino" em 2000). Uma de suas primeiras medidas

é acabar com os clones, que em vez de ampliarem o mercado do Mac OS

estavam roubando as vendas da Apple. A seguir, lança o Mac OS 8.

Em novembro, a Apple inaugura a AppleStore, sua loja

online.

Também no mesmo ano saem o Power Mac G3 e o

PowerBook G3. Mais rápido e consumindo menos energia, o chip G3 logo é

adotado em todos os Macintosh.

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Estréia a impactante campanha publicitária "Think

Different", que associa o Mac a gênios, inventores e artistas famosos.

No último trimestre do ano, a Apple finalmente sai do

“vermelho”. A Grande Crise passou.

Em 1998, Steve Jobs toma uma das suas decisões mais

polêmicas: acaba com o Newton, PDA criado há vários anos, como uma

solução para computadores portáteis que coubessem na palma da mão.

"Filho" de seu arquiinimigo Sculley, Jobs nunca foi com a cara "daquele treco

de rabiscar". A fim de focar a Apple em seus negócios centrais, defenestra o

Newton (e seu irmão eMate) justo quando ele se firmava no mercado, que

acaba ficando todinho para o Palm.

Em agosto, a Apple finalmente lança o computador-símbolo

de sua volta por cima: o iMac. Colorido, curvilíneo, totalmente diferente do

marasmo dos PC’s beges. Durante meses, é o computador mais vendido nos

EUA. Depois dele, a Apple nunca mais seria a mesma.

Em 1999, seis meses depois de lançar o iMac, a Apple ao

invés de apenas aumentar a sua velocidade, ela o lançou em cinco cores,

misturando conceitos de decoração, design e usabilidade.

A moda (ou praga, para alguns) das cores chega aos

modelos profissionais, com o Power Mac G3 azul e branco. Em agosto,

chegam os Power Macs G4, com um tom mais sóbrio, acinzentado.

Graças a instruções embutidas que aceleram cálculos

matemáticos (chamadas de Velocity Engine ou AltiVec), o processador

PowerPC G4 dá uma boa vantagem aos Macintosh em relação ao

processador Intel Pentium da época.

Em setembro chega o iBook, o primeiro laptop da história

não direcionado a executivos ou “nerds milionários”. Junto com ele a Apple

estréia a Internet sem fio: AirPort. Um clássico até hoje (e sim, dá para rodar o

Panther nele!).

O iMac DV dá a partida na segunda revolução promovida

pela Apple: o Desktop Video. É o primeiro computador para uso doméstico

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capaz de editar vídeos, graças ao FireWire e ao iMovie.

Em 1999, 52% de todas as máquinas vendidas pela Apple

são iMacs.

No hardware as coisas vão bem, mas o sistema

operacional continua atrasando. Rebatizado de Mac OS X, ele é previsto para

chegar às mãos dos consumidores no final de 1999, porém mais uma vez não

fica pronto no tempo previsto.

Em meados do ano de 2000, o Power Macintosh com

processador PowerPC G4 começa a perder a batalha dos megahertz,

resultado do desinteresse da Motorola em investir no chip. O modelo de 500

MHz, anunciado em agosto de 1999, só chega em fevereiro de 2000, quando

a Intel já anunciava a quebra da barreira do Gigahertz pelo Pentium.

Em julho sai o G4 Cube, obra-prima do design e

retumbante fracasso comercial. Ninguém queria pagar mais por uma máquina

com menos capacidade de expansão e processamento, por mais maravilhosa

que fosse. Seis meses depois, a Apple baixa o preço do Cube a níveis

atraentes, mas aí já é tarde demais.

O iMac muda de cores, mais transparentes e vistosas,

ganha várias faixas de preço, de acordo com o processador. O iMac 350 MHz

Indigo é vendido a US$ 799 - o Mac mais barato de toda a história da Apple e

bem próximo da meta de US$ 500 do Macintosh original.

A Apple troca o famigerado mouse redondo pelo mouse

óptico transparente sem botões, sensível à pressão da mãe.

Finalmente o Mac OS X dá o ar da sua graça, em uma

versão beta pública, no final do ano. Mais de 100 mil cópias são distribuídas.

O futuro é Aqua, denominação para a interface obra prima do design

desenvolvido pela Apple.

Em 2001, depois de anos de preto, os PowerBook’s

ganham o primeiro “revamp” da Era Jobs: nasce o Titanium. Com chip

PowerPC G4, tela de 15’ widescreen e design digno de um “Mies van der

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113

Rohe”, o laptop é um sucesso estrondoso, mesmo esquentando horrores e

descascando depois de um tempo.

Surge também o SuperDrive, incluído no Power Mac G4

733 MHz - drive que lê e grava DVD’s e CD’s. Reconhecendo que “apostou

no cavalo errado (ou no certo na corrida errada)”, Steve Jobs faz uma

autocrítica e assume a culpa por não ter embutido um gravador de CD-R nos

iMacs logo em 1999, preferindo o drive de DVD.

Além do drive que o povo queria, os iMacs coleção 2000

trazem dois modelos que marcam época: o Flower Power e o Blue Dalmatian,

com design bastante extravagante.

Em janeiro de 2002, Jobs fala pela primeira vez no conceito

de "Hub Digital" e lança o iTunes, o primeiro passo da Apple rumo à

dominação do mercado de música online. Em outubro é lançado o iPod, o

segundo passo, considerado até os dias de hoje o melhor tocador de MP3 do

mercado, atingindo atualmente capacidade de até 40 GB em um pequeno

aparelho que cabe na palma da mão sendo capaz de gravar mais de 13.000

músicas de 128 kHz contra 96 e 72 e 48 kHz dos concorrentes, e ainda gravar

e exibir em seu monitor, fotografias digitais em cores!

O Mac OS X começa a ser vendido em março (ainda

faltando uns pedaços que vão sendo incluídos no meio do caminho). A

reclamação de lentidão é geral, os softwares incompatíveis são vários, os

bugs muitos, mas o Aqua é lindo. O 10.1 (em setembro) dá uma recauchutada

geral no sistema, conferindo a ele maior estabilidade.

Em maio chegam os iBooks branquinhos, dando início à

"Era Linha Branca" do design Apple.

Ainda em 2002, a "linha branca" incorpora o iMac com o

lançamento do iMac G4 "abajur", que leva o aspecto alienígena do iMac a

níveis nunca antes imaginados.

É lançado o eMac, modelo básico da Apple que

semelhantemente aos iMac’s G3, incorporam a CPU e monitor em um único

equipamento, porém seguindo o estilo de cor branca brilhante do novo iMac.

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Mesmo sendo designado como modelo de entrada da Apple, o eMac oferece

desempenho muito superior à PC’s do mesmo segmento.

O susto com o design do novo iMac é tanto que o

lançamento do Power Mac G4 "QuickSilver" com dois processadores

PowerPC G4 de 1 GHz, passa quase despercebido.

O Jaguar (Mac OS X 10.2) sai em outubro, transformando o

Mac OS X em um sistema maduro, mais rápido e com muitas novas funções.

A Apple entra no ramo dos servidores profissionais com a

linha Xserve.

Em janeiro de 2003 é lançado o primeiro funcional e versátil

browser (navegador de internet) desenvolvido pela Apple, trazendo assim a

substituição do Microsoft Internet Explorer para Macintosh.

No campo do hardware, o ano batizado por Steve Jobs de

"Ano do Laptop" começa com o lançamento dos PowerBooks de alumínio de

12 e 17 polegadas. Em julho chegam os Power Mac’s G5 , que além de

design extremamente elegante, fez novamente a Apple ficar a frente na

corrida das plataformas, uma vez que o novo lançamento superava em vários

aspectos os computadores PC de configuração semelhante.

Em março, a Apple lança com enorme sucesso a sua

iTunes Music Store e prova que é possível a venda de música online. O iPod

chega aos 40 GB.

O final do ano traz os novos iBooks G4, o PowerBook de

alumínio de 15’ e o iMac com tela de 20".

Neste ano são feitas várias melhorias na linha de

computadores existentes, a introdução de versões especiais do iPod e a

introdução do novo Mac OS X Panther versão 10.3.

Durante 20 anos, o fim da Apple e do Macintosh foi

anunciado inúmeras vezes. Mas ambos continuam aí, liderando a indústria de

informática no design, na tecnologia e na facilidade de uso, provando que

sempre há espaço para idéias criativas e inovadoras.

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115

14. HISTÓRIA DOS SISTEMAS OPERACIONAIS

14.1. Definição

O sistema operacional de um computador é a interface de

comunicação entre usuários, programas e hardware, de maneira a executar

instruções e através de resultados executar tarefas determinadas pelo

operador.

Ao introduzirmos alguma informação ou dar algum

comando para a execução de uma tarefa o computador basicamente faz a

gestão de controle da memória, supervisão de entradas e saídas de dados,

organização e carregamento de programas, criação, manipulação, edição e

eliminação de arquivos.

Há dois tipos de sistemas operacionais, o CLI (Command

Line Interface – Interface por linha de comando) e o GUI (Graphics User

Interface – Interface gráfica com o usuário).

Porém para cada tipo de conjunto de ações e para tipos de

plataformas com desempenho diferentes, há sistemas operacionais

diferentes.

14.1.1. CLI

Os sistemas operacionais que se comunicam através da

interface CLI, operam e manipulam informações e executam ações através de

comandos digitados pelo usuário através do teclado.

Alguns exemplos de sistemas operacionais por linha de

comando são: Microsoft DOS, Apple DOS, Digital Researsh DOS, IBM PC-

DOS, CP/M entre outros.

São bastante limitados em execução de tarefas e utilizam-

se do mínimo de desempenho dos computadores e são muito pouco

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116

versáteis. Trabalham com o sistema monotarefa, monousuário,

monoprocessamento etc.

14.1.2. GUI

Os sistemas operacionais gráficos (GUI) proporcionam aos

usuários, maior facilidade na operação e comunicação com os gráficos. As

suas principais características eram:

• Formato de comunicação gráfico;

• É voltado ao usuário que não se utiliza da informática;

• Interação com o sistema feita através do mouse;

• Utilização da metáfora da mesa de trabalho (desktop) que

representa uma mesa de trabalho eletrônica constituída de

objetos como ícones, janelas, cortinas, caixas de diálogo,

elevadores, botões etc.

• Navegador para acesso a Internet;

Alguns exemplos de sistemas operacionais que se utilizam

da interface gráfica podemos destacar: o Microsoft Windows, o Apple Mac

OS, o Conectiva Linux, o Sun Unix, o IBM OS/2 entre outros.

14.1. CP/M

Voltando ao passado distante do início do uso dos

microcomputadores na década de 70, o sistema operacional que reinava era o

CP/M da Digital Research.

Sua interface era por linha de comando. A quantidade de

programas existentes para ele era ampla e destinada ao uso em plataformas

de 8 bits de processamento.

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117

Sua versatilidade era muito baixa e seu desempenho assim

como muitos outros sistemas que se utilizavam da interface por linha de

comando.

Quando a IBM iniciou os projetos para desenvolvimento do

PC, procurava por um sistema operacional que pudesse acompanhá-lo, e o

CP/M era uma potencial alternativa.

Porém o maior problema era que o CP/M era somente

compatível com computadores com sistema de processamento de 8 bits e

embora o IBM fosse utilizar-se do processador Intel 8088 que processava 8

bits de informações por vez, este era um processador de 16 bis e era

incompatível com o CP/M.

Nesta época que começavam a surgir computadores com

unidades de processamento de 16 bits, uma possível alternativa foi portar o

CP/M para esta plataforma, criando assim o CP/M 16, que mesmo compatível

com sistemas de 16 bits, não apresentava nenhuma melhoria significativa.

Há uma história a respeito da queda do CP/M que consiste

nos seguintes e possíveis fatos: a IBM estava a procura de um sistema

operacional para o seu novo projeto. Visto que o CP/M era o dominante, a

IBM preferia não trocar o certo pelo duvidoso e com isso os seus executivos

foram negociar com a Digital Research. Porém o seu presidente os tratou com

tanto desdém, deixando os executivos furiosos a esperar, enquanto ele, o

presidente da Digital Research, viajava de avião na hora da reunião.

Enfurecidos, os executivos da IBM foram a procura de outra empresa, e esta

não era nada menos que a Microsoft, pequena empresa de processamento de

dados que desenvolvia softwares através das linguagens de programação da

época, porém não desenvolvia sistemas operacionais. Ao passo que a Digital

Research tratou a IBM com total indiferença, usando a estratégia errada para

o momento, a Microsoft de Bill Gates e Paul Allen, “estenderam o tapete

vermelho” para a IBM, que veio a desenvolver o sistema operacional

MS-DOS.

Page 118: 135 sistemas operacionais

118

14.2. Microsoft DOS

Ao final da década de 70, após negociar de maneira correta

com a IBM, que necessitava de um sistema operacional para seu novo

projeto, o IBM-PC, a Microsoft desenvolveu de maneira rápida e eficiente o

MS-DOS.

Na verdade o MS-DOS não era nenhum fruto de

criatividade da Microsoft, era apenas uma cópia do CP/M, só que com

algumas melhorias leves.

Também se utilizando da interface de linha de comando, o

MS-DOS, reinou absoluto nos PC’s até o início da década de 90.

Por razão de ser monotarefa e monousuário processando

apenas 8 bits de informações por vez, o DOS era um sistema pouco confiável

que “cortava” de maneira surpreendente o desempenho que as novas

tecnologias conferiam aos novos microprocessadores, tais como modalidade

de segurança, capacidade multitarefa, uso de memória virtual,

co-processamento matemático otimizado para atividades gráficas.

Como os Mac’s eram caros e o Microsoft Windows, também

caro e cheio de falhas, muitos usuários estavam confinados ao uso do DOS.

Em relação as suas desvantagens, pelo menos em algo ele

era bom, pois possuía compatibilidade com uma ampla gama de softwares,

todos compatíveis com ele.

14.3. Unix

Desenvolvido pela Bell Laboratories da AT &T na década

de 70, o Unix é considerado o melhor sistema operacional, o mais confiável,

estável e seguro que há no mundo.

A princípio o Unix poderia ter versões desenvolvidas por

vários fabricantes ou modificados por especialistas, uma vez que a sua

plataforma de programação era aberta. Porém o Unix se tornou rapidamente

Page 119: 135 sistemas operacionais

119

um sistema operacional que para ser utilizado era necessário adquirir uma

licença de uso, muito cara, o que tornava o seu uso inviável para a maioria

dos usuários.

Atualmente a principal fabricante do sistema operacional

Unix é a Sun Microsystems, que desenvolveu a plataforma de computadores

workstations Sparc.

Porém devido ao seu alto custo, outras empresas

fabricaram variantes mais acessíveis como a própria Microsoft que

desenvolveu o Xenix. Outras entretanto desenvolveram outros sistemas

operacionais diferentes, porém baseados nas tecnologias do Unix, como a

Apple que desenvolveu o Mac OS e Linus Torvalds que desenvolveu o Linux.

Uma de suas principais características é a capacidade avançada

de multitarefa, tempo compartilhado entre usuários, tecnologias avançadas de

rede, fácil administração remota, boa solução para problemas corporativos de

alto nível, ferramentas adequadas para a administração de grandes banco de

dados entre outras.

Porém o Unix tem uma reserva muito maior de mercado

para servir aplicações, e seu uso é mais difundido em sofisticadas

workstations ou computadores simples e básicos. Falta ao Unix uma reserva

para entrar no segmento intermediário de aplicações do qual o Microsoft

Windows NT e atualmente o 2000 ocuparam espaço.

Outra característica importante do Unix é a capacidade de

poder ser utilizado em uma ampla quantidade de tipos de plataformas.

Page 120: 135 sistemas operacionais

120

14.4. Microsoft Windows 14.4.1. O sistema

O sistema operacional Windows da Microsoft é o mais

popular entre os usuários de microcomputadores e o mais compatível com a

ampla gama de softwares e equipamentos de hardware do mercado. Porém

não é o melhor sistema operacional para computadores PC, uma vez que a

sua estrutura interna é desorganizada, o que confere a ele menor estabilidade

e uma maior probabilidade a apresentar erros que são muito difíceis ou

impossíveis de serem localizados para uma possível solução.

Embora atualmente ele tenha melhorado muito, suas

principais características no que diz respeito a aplicação de novas

tecnologias, foi muitas vezes copiadas de outros sistemas operacionais.

Porém o Microsoft Windows é o sistema operacional mais

versátil para microcomputadores da atualidade, e apresenta entre algumas de

suas vantagens a de possuir várias versões destinadas para certas rotinas de

uso, todas elas oferecendo alguma vantagem na área em que são destinados.

A seguir será mostrada de um forma objetiva a evolução

deste sistema operacional que atende às expectativas de milhões usuários

em suas tarefas diárias:

14.4.2. Windows 1.0

Lançado em 1985, esta versão do Windows apresentava

muitas falhas e poucos softwares compatíveis para serem executados sob o

seu gerenciamento. Como os processadores da época eram lentos, esta

versão era muito limitada.

Denominado ambiente operacional gráfico, esta versão não

chegava a ser um sistema operacional completo. Era apenas uma solução

gráfica que rodava sobre o sistema operacional principal: o MS-DOS.

Page 121: 135 sistemas operacionais

121

Porém seu custo era alto e os benefícios, poucos, o que fez

desta, uma versão muito pouco utilizada.

14.4.3. Windows 2.0

Lançado em 1987, esta versão do ambiente Windows

estava começando a se tornar adequada para a plataforma de computadores

IBM-PC graças aos novos recursos disponibilizados pela nova geração de

microprocessadores.

A nova versão dispunha de recursos adicionais de

manipulação de memória, discos rígidos mais rápidos e uma eletrônica de

processamento muito mais veloz.

Havia versão para computadores compatíveis com IBM-PC

com versões para os microprocessadores Intel 80286 e 80386.

Começaram nesta época a surgir versões de programas

que rodavam sob o sistema operacional DOS, compatíveis com o Windows,

mais simples e fáceis de serem usadas que em versões para DOS.

Foi nesta versão que foi introduzido o uso da tecnologia

DDE (Dynamic Data Exchange) que era uma forma de transferência de dados

entre aplicativos.

Nesta versão um dos pontos versáteis a serem destacados

era a capacidade de rodar múltiplos programas do MS-DOS combinados com

os programas de Windows.

14.4.4. Windows 3.0

Lançada em 1990, esta versão passou a se tornar mais

popular entre usuários que dispunham de recursos necessários para sustentar

os altos custos do Windows em relação ao Microsoft DOS.

Esta nova versão melhorou de maneira significativa o

gerenciamento de memória e combinou as versões voltadas para 286 e 386,

Page 122: 135 sistemas operacionais

122

tornando possível a examinação do hardware como um todo e inicializando

com a melhor configuração possível.

À partir desta versão é que houve uma migração

quantitativa da maioria de softwares que rodavam até então sob o MS-DOS.

As versões de novos programas passaram então a serem

comercializados em versões para Windows e ainda para o DOS, haja visto

que ainda uma grande maioria de utilizava deste último.

14.4.5. Windows 3.1 e 3.11

Lançado em 1992, esta foi uma versão que foi muito

vendida e iniciou uma maior difusão do ambiente Windows para usuários de

microcomputadores PC.

Além de otimizar os melhoramentos da versão 3.0, esta

versão do Windows melhorou o gerenciamento de memória, que possibilitou

um maior desempenho da capacidade multitarefa.

Foi inclusa à partir desta versão, as fontes denominadas

True Type que eram exibidas na interface e impressão. Os programas

baseados em DOS, poderiam rodar em modo gráfico em uma janela.

Outra mudança radical foi a incorporação da tecnologia

OLE (Object Linking and Embedding), que possibilitava a ligação e

incorporação de objetos sua distribuição entre aplicativos.

Também apresentava a inclusão de vários programas que

acionavam outros dispositivos, conhecidos como drivers e suporte inicial a

capacidade multimídia.

A versão 3.11 para Workgroups, apresentava a capacidade

de trabalhar em pequenas redes domésticas ou de escritórios. Sendo esta

lançada em meados de 1993 e 1994.

Page 123: 135 sistemas operacionais

123

14.4.6. Windows 95

Lançado em 1995, foi lançado o mais ambicioso projeto da

Microsoft, o Windows 95.

Sendo executado através do processamento de 32 bits

contra os 16 bits de seus antecessores, sua interface foi mudada de maneira

radical , de maneira a tornar a sua utilização mais intuitiva e eficientemente

funcional.

Dentre as principais mudanças, podemos destacar o trivial

menu “Iniciar” e a “barra de tarefas”, que se encontra presente em todas as

versões posteriores do Windows 95.

O sucesso foi tão grande que esta verão do Windows

vendeu mais de um milhão de cópias no primeiro mês.

Dentre algumas das muitas tecnologias e inovações do

Windows 95, foi a capacidade de trabalhar com a internet de uma maneira

simplicada, com a incorporação de ferramentas que facilitavam o acesso e o

uso dos serviços oferecidos pela Internet.

Em 1997 ele foi otimizado com o lançamento da verão

Windows 95 OSR2.

14.4.7. Windows NT

O Windows NT (New Tecnology) foi uma versão sofisticada

desenvolvida para uso corporativo, concorrendo com o Unix ao propor uma

nova tecnologia cliente /servidor.

Otimizado para uso em plataformas de grande porte

(RISC), inicialmente foi pouco usado no início de seu lançamento por razão de

apresentar uma incompatibilidade grande com softwares e sofria com a falta

de drivers, uma vez que se utilizava de uma instrução que não permitia que os

aplicativos utilizassem todo o desempenho do hardware, e nem tomassem

atalhos através destes para executar suas tarefas. Para que qualquer item

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124

fosse disponibilizado para ele, deveria conter o mesmo tipo de instrução,

incomum aos sistemas operacionais domésticos. Porém esta tecnologia

garantia ao Windows maior segurança e confiabilidade para o mercado de

aplicações corporativas, até então dominados pelo Unix.

Como apresentava custos maiores, eram utilizados para

fins destinados a grandes empresas.

Porém com o tempo o seu uso foi bastante difundido, e a

compatibilidade aumentou ao passo que os custos de sua administração

diminuíram.

Possuía versões para servidores e para workstations.

14.4.8. Windows 98

Sem sombra de dúvida esta foi uma das mais inovadoras

formas de sistema operacional Windows, pois trouxe a possibilidade de um

mundo de possibilidades aos usuários de PC.

Sua interface era muito semelhante com a do Windows 95

com exceção dos motivos de integração da Internet na interface de trabalho,

gerada pelo grande “Boom” da internet.

Dentre as principais inovações apresentadas por esta

versão podemos destacar as seguintes: maior interatividade com o usuário

através da internet, suporte a tecnologia versátil proporcionada pelas portas

USB e FireWire, suporte a nova tecnologia Plug & Play, capacidade

multimídia ampliada, suporte aos gráficos AGP, suporte ao DVD entre outros.

Porém devido a primeira versão apresentar muitas

instabilidades, a Microsoft lançou em 1999 a versão Windows 98 SE (Second

Edition).

Atualmente é comum a instalação do Windows 98 em

computadores novos, por ainda atender as necessidades de integração e

baixo gastos do usuário.

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125

Devido ter sofrido ao longo de sua vida melhorias

consideráveis, hoje ele é um sistema muito estável e seguro, chegando a ser

tão estável quanto o atual Windows XP.

14.4.9. Windows Millennium Edition

A versão do Windows Me, trouxe grandes inovações no

campo da multimídia, ampliando ainda mais os horizontes de capacidade

multimídia já existente no PC.

Com o Windows Me, além de uma maior integração das

inovações do Windows 98, havia uma grande expansão em interatividade,

proporcionada também pela sua interface intuitiva e customizada.

O Windows Me incluiu softwares de edição de vídeos

domésticos, integração das tecnologias proporcionadas por equipamentos de

áudio e vídeo, DVD, câmeras e filmadoras digitais e ainda incluiu ferramentas

de sistema muito eficientes como restauração de sistema, assistente de

conexões entre outras.

Porém o Windows Me desagradou e muito desagrada os

usuários devido as suas falhas de segurança que permitiram maior

vulnerabilidade à bugs.

Mesmo favorecendo a multimídia, ele foi o sistema mais

instável da última década na família Windows.

14.4.10. Windows 2000 Professional

Desenvolvido sobre a base e tecnologias robustas e

confiáveis do NT, o Windows 2000 é largamente utilizado até os dias de hoje

para o mercado corporativo de aplicações.

Com a interface interativa do Me e a robustez do NT, o

Windows 2000 é um dos sistemas mais seguros, confiáveis e estáveis da

atualidade.

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126

Em razão de o Windows NT ter atingido níveis de

compatibilidade e drivers, o uso dele não implicou em custos exorbitantes de

aplicação, o que muito facilitou a sua popularização.

14.4.11. Windows XP

Desenvolvido sobre a estável base do Windows 2000, o

Windows XP, lançado em 2002 é uma versão mais segura e confiável que seu

antecessor Windows Me.

Com uma interface gráfica moderna e mais fácil de ser

utilizado, esta nova versão proporcionou significativas melhorias no trabalho

multimídia, trabalhos gráficos e aplicações mais poderosas.

A interface pulg & play foi otimizada de maneira a oferecer

maior compatibilidade. Também foi inovador ao trazer um maior controle para

alternância de usuários, maior facilidade no trabalho em redes, trabalho com

músicas, vídeos, TV, DVD, áudio avançado de cinema, fotos animações

internet e segurança com o lançamento recentemente do Service Pack 2,

pacote de atualizações e serviços que visam aumentar a segurança e

confiabilidade do sistema.

Atualmente é comercializado nas versões Windows XP

Home, Windows XP Professional e Windows XP 64-bit Edition.

14.4.12. Windows 2003

Uma versão nova baseada no Windows 2000, com a

interatividade do XP e segurança do NT. Atualmente este novo sistema está

dentro dos planos de estratégia .NET da Microsoft.

Mais poderoso e confiável que o Windows 2000, esta

versão possui vária versões direcionadas a diversos usos, tais como

Enterprise Edition, Web Edition, entre outras.

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127

14.5. Mac OS

Este é o sistema operacional para uso destinado aos

computadores da plataforma Apple Macintosh.

Baseado no Unix, é um sistema seguro e confiável.

Desenvolvido pela Apple, especialista em design, este sistema operacional

apresenta uma interface considerada muito intuitiva, versátil e linda, uma vez

que é uma obra primor do design.

Em detrimento dos computadores Macintosh se

apresentarem como uma plataforma mais estável para a execução de

aplicativos gráficos que exigem um alto poder de processamento, este

sistema é otimizado para a execução de tais aplicativos, dos quais se

destacam os da própria Apple, Adobe, Corel, Quark e Macromedia.

Possui uma estrutura orientada para objetos multimídia

poderosa, principalmente porque nesta última versão foram inclusos

aplicativos multimídia que formam a estratégia Apple iLife.

Apresentam grande compatibilidade com os softwares de

renome no mercado, porém um mercado muito restrito de aplicativos

secundários, como freewares e sharewares.

14.6. IBM OS/2

Este sistema operacional foi desenvolvido pela IBM em

1987, como uma solução em sistema operacional para uso empresarial,

visando tomar parte do mercado até então dominado pelo DOS da Microsoft,

que não era capaz de utilizar todo o desempenho que as novas máquinas

podiam oferecer.

Diferentemente dos sistemas operacionais gráficos da

época, incluindo o Windows, que utilizavam da tecnologia de 16 bits, o OS/2

(Operacional System 2), visando oferecer uma maior performance e

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128

maturidade em matéria de sistema operacional trabalhava integralmente com

a nova tecnologia de 32 bits.

Em razão de seu uso ser pouco difundido com usuários

domésticos e pequenas empresas, havia uma quantidade menor de softwares

e equipamentos de hardware, que o seu uso foi ficando cada vez mais restrito

a grandes empresas.

Desde meados de 1996 a 1998 o OS/2 em sua versão

Warp, deixou de ser comercializado no Brasil, embora a IBM continue a

produzí-lo.

A IBM garante que já vendeu mais de um milhão de

unidades do sistema operacional OS/2, porém isto não é verdadeiramente

comprovado.

14.7. Linux 14.7.1. O sistema

Baseado no onipresente Unix, o Linux apresenta uma

solução integrada em uso de sistema operacional de qualidade profissional e

caráter gratuito, que permite uma drástica redução de custos em empresas, e

instituições acadêmicas e governamental.

Estruturalmente superior, mais estável e seguro que seu

principal concorrente Windows, apresenta um grande cotigente de softwares

gratuitos compatíveis, o que está tornando o seu uso bastante difundido em

todas as classes de usuários. Há algum tempo atrás ele era bastante

completo em relação com os softwares que o acompanhavam, porém tinha

poucos softwares de terceiros, o que hoje deixou de ser um problema.

Ele é gratuito, porém há empresas especializadas em fazer

a distribuição industrializada de pacotes, como manuais, CD’s de instalação,

programas entre outros, cobrando valores bem mais acessíveis que as

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129

licenças de softwares não gratuitos. No Brasil a empresa autorizada a fazer a

distribuição Linux é a Conectiva.

14.7.1. História Estávamos em 1991 e no mundo dos computadores

começava a surgir um grande futuro, já que o hardware puxava os limites dos

computadores para além do que alguém poderia esperar. Mas ainda faltava

alguma coisa... Faltavam sistemas operacionals para PC, onde um grande

vazio existia.

O DOS nesse tempo reinava com um grande império nos

PC's. Os utilizadores de PC não tinham outra alternativa. Os Macintosh da

Apple eram melhores mas com preços astronômicos que ninguém conseguia

suportar e, como tal, permaneceram uma miragem para os milhões de

utilizadores comuns.

Outra hipótese era o mundo UNIX. Mas o UNIX era muito

mais caro. Para obterem bastante dinheiro, os vendedores de UNIX

praticavam um preço muito alto para se assegurarem que os utilizadores

pequenos não o utilizavam. O código fonte do UNIX, em tempos divulgado em

universidades por cortesia da Bell Labs, era agora guardado cuidadosamente

e não era publicado. Para aumentar a frustração dos utilizadores de PC's em

todo o mundo, as grandes empresas do mercado de software falharam a

fornecer uma solução para este problema.

Uma solução parecia surgir na forma do MINIX. Foi

desenvolvido de início por Andrew S. Tanenbaum, professor holandês nascido

nos Estados Unidos, que queria ensinar aos seus alunos como era por dentro

um sistema operacional real. Foi desenhado para correr nos

microprocessadores Intel 8086 que reinavam em todo o mundo.

Como sistema operacional, o MINIX não era o ideal. Mas

tinha a vantagem de que o código estava disponível. Quem tivesse o livro

“Operating System” de Tanenbaum podia ver o código de 12000 linhas escrito

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130

em C e Assembly. Pela primeira vez, um programador ou “hacker” podia ler o

código fonte do sistema operacional, que até então os vendedores de

software guardavam vigorosamente. Um autor ideal, Tanenbaum, cativou as

mentes mais brilhantes das ciências da computação com uma discussão

elaborada sobre a arte de criar um sistema operacional. Estudantes em todo o

mundo analisavam extensivamente o livro lendo as linhas de código para

saberem como o sistema operacional corre nos seus computadores.

E um deles era o Linus Torvalds.

Em 1991, Linus Benedict Torvalds era um estudante do

segundo ano de Computer Science (Ciência da Computação) na Universidade

de Helsínquia e um “hacker” auto-didata. Este finlandês de 21 anos adorava

mexer com o poder dos computadores e os limites a que um sistema pode ser

puxado. Mas faltava um sistema operacional que pudesse responder às

exigências dos profissionais. O MINIX era bom, mas era um sistema

operacional para estudantes, desenhado como uma ferramenta para a

aprendizagem e não um sistema com força industrial.

Nesse tempo, os programadores em todo o mundo estavam

muito inspirados pelo projecto GNU de Richard Stallman, que era um projeto

que visava fornecer software livre e de qualidade. Referenciado como um

herói de culto no domínio da computação, Stallman começou a sua carreira

no famoso Artificial Intelligence Laboratory no MIT, e nos meados e fim dos

anos setenta criou o editor "emacs".

No princípio dos anos oitenta, as companhias de software

comercial contrataram muitos dos programadores brilhantes do laboratório AI

e negociaram acordos para proteger os seus segredos. Mas Stallman tinha

uma visão diferente. A sua ideia era que, ao contrário de outros produtos, o

software devia ser livre de restrições de cópia e modificação para se obter

programas de computador melhores e mais eficientes.

Com o seu famoso manifesto de 1983 que declarou o

princípio do projeto GNU, ele deu início a um movimento para criar e distribuir

software segundo a sua filosofia (GNU é um acrônimo recursivo que significa

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131

“GNU is Not Unix” ou seja “GNU Não é Unix”). Mas para alcançar este sonho

de criar um sistema operacional, ele precisava criar as ferramentas primeiro.

Então, no início de 1984, Stallman começou a codificar o GNU C Compiler

(GCC), um feito extraordinário para um programador individual. Com os seus

conhecimentos técnicos, fez sozinho o trabalho de grupos inteiros de

programadores de vendedores comerciais de software, na criação do GCC,

considerado um dos compiladores de C mais eficientes e robustos de sempre.

Em 1991, o projecto GNU já tinha criado muitas

ferramentas. O muito esperado compilador de C estava disponível então, mas

ainda não havia um sistema operacional. Até o MINIX tinha de ser licenciado.

Desenvolvia-se trabalho no kernel GNU, o HURD, mas ainda faltava uns anos

para sair.

Isso era muita espera para o Linus. Em 25 de Agosto de

1991, uma mensagem histórica foi enviada para o grupo de notícias do MINIX

pelo Linus, falando sobre o novo sistema.

A versão 0.03 saiu depois de poucas semanas.

Em Dezembro veio a versão 0.10 e ainda o Linux estava

pouco mais que uma forma de esqueleto. Apenas tinha suporte para discos

rígidos AT, não tinha “login” (iniciava directamente na “bash”).

A versão 0.11 já era muito melhor com suporte para

teclados multilingues, drives de disquetes, suporte para VGA, EGA, Hercules,

etc. Os números de versões foram directamente de 0.12 para 0.95 e 0.96 e

por aí a diante. Depressa o código estava em todo o mundo via “sites” ftp na

Finlândia e outros sítios.

Depressa Linus teve de enfrentar alguma confrontação e

esta vinha de Andrew Tanenbaum, o grande professor que escreveu o MINIX.

Numa mensagem que envou para o Linus, contra o sistema.

Mas ele estava errado com o Linux, porque Linus era um

rapaz teimoso que não admitia a derrota. Tanenbaum também disse: “O

Linux está obsoleto”

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132

E o trabalho prosseguiu. Depressa mais de 100 pessoas

juntaram-se ao campo Linux. Depois milhares. Depois centenas de milhares.

Isto não era mais um brinquedo de “hackers”. Junto com um bom conjunto de

programas do projecto GNU, o Linux estava pronto para ser mostrado

realmente. Foi licenciado sob General Public License da GNU, o que

assegura que todos os códigos fonte estão livres para todas a pessoas

copiarem, estudarem e modificarem. Os estudantes e programadores

pegaram nisto.

Depressa, os vendedores comerciais entraram. O Linux em

si é livre. O que os vendedores fizeram foi compilar vários pacotes de

software e juntá-los num formato distribuível, como os outros sistemas

operacionais que as pessoas estão mais familiarizadas. Red Hat, Caldera,

Debian, SuSE e outras companhias obtiveram uma receptividade substancial

em todo o mundo. Com as novas interfaces gráficas (como o X-windows,

KDE, GNOME) as distribuições de Linux tornaram-se mais populares.

Entretanto, coisas espantosas ocorrem com o Linux. Além

do PC, o Linux foi adaptado para muitas plataformas diferentes, como por

exemplo o computador PalmPilot da 3Com. A tecnologia de “clustering”

permitiu a combinação de um grande número de máquinas, a correr o Linux,

numa única entidade de computação, um computador paralelo. Em Abril de

1996, investigadores no Los Alamos National Laboratory usaram o Linux para

correr 68 PC's como uma única máquina de processamento paralelo para

simular ondas de choque atômicas.

A melhor coisa sobre o Linux é a onda de entusiasmo que o

segue. Quando sai uma nova peça de hardware, o kernel do Linux é

desenvolvido para tirar vantagem desta. Por exemplo, depois de poucas

semanas da introdução do Microprocessador Intel Xeon, o kernel do Linux foi

arranjado e estava preparado para este. Também foi adaptado para ser usado

no Alpha, Mac, e até Palmtops, um feito que é dificilmente comparável por

outro sistema operacional. E ainda continua a sua jornada para o novo

milénio, com o mesmo entusiasmo que começou num belo dia de 1991.

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133

Linus continua um homem simples. Diferente de Bill Gates,

ele não é um bilionário. Tendo completado os estudos, ele mudou-se para os

EUA para trabalhar na Transmeta Corporation. Depois de realizar um projeto

de desenvolvimento e investigação ultra secreto, a Transmeta lançou o

processador Crusoe. Linus era um membro ativo da equipe de investigação.

Casou-se com a Sra. Tove e é um pai orgulhoso de uma

menina, a Patrícia Miranda Torvalds. Mas continua o programador mais

famoso e favorito do mundo até hoje. Aclamado por comunidades de

computadores em todo o mundo, Linus é de longe o programador mais

popular do mundo.

15. A INTERNET

15.1. As Origens - ARPANET

A Rede Mundial de Computadores foi criada na década de

60 a pedido do ministro de defesa dos Estados Unidos da América. O objetivo

era transmitir documentos e informações de forma não centralizada, ou seja,

as transmissões não seriam feitas sempre de um mesmo lugar. Deste modo,

as informações estariam protegidas dos soviéticos em razão da Guerra Fria,

guerra de poder e armamento entre os Estados Unidos e a União Soviética.

Esta rede de longa distância criada em 1969, foi

denominada ARPANET, onde ARPA era acrônimo de “Advanced Research

Projects Agency Network, e foi criada em consórcio com as principais

universidades e centros de pesquisa estado-unidenses.

Conhecida como a rede-mãe da Internet, foi desativada em

199, posto que as estruturas alternativas das redes já cumpriam seu papel

nos Estados Unidos.

No início da década de 70 a rede foi usada exclusivamente

por universidades e centros de pesquisa para a troca de experiências técnicas

e científicas.

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134

Com o aumento significativo do número de computadores

pessoais na década de 80, a Internet se expandiu para usuários de todos os

tipos, porém de uma maneira essencialmente restrita uma vez que ainda era

usada para fins técnicos e científicos com o leve introdução de seu uso por

grandes corporações, devido ao seu alto custo.

15.2. As Origens – WWW

A World Wide Web (Rede de Alcance Mundial) teve o seu

ínicio através da física. Tudo começou em março de 1989, quando Tim

Berners Lee da European Participle Physics Labotory (um grupo europeu de

físicos pesquisadores) teve a idéia de desenvolver um projeto para criação de

um meio de transporte para pesquisas e idéias de forma visualmente mais

atrativa para toda a organização (que é conhecida com CRN – Eurpean póur

Récherche Nucleaire).

No final de 1990, o primeiro software Web foi lançado. Ele

permitia visualizar e transmitir documentos em hipertexto para outras pessoas

da internet. Com o tempo o software foi melhorando e ele foram

acrescentadas outras capacidades. Porém o número de pessoas que se

utilizavam desta nova tecnologia para visualização de documentos eram

extremamente pequeno. Aproximadamente nesta época que foi criado o

protocolo HTTP (Hiypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de

Hipertexto), que estabeleceu a fundação da Web e que se encontra presente

até os dias de hoje em sua verão mais avançada 1.1.

O software que era utilizado para a visualização de

hipertexto era chamado de browser ou navegador, sendo este primeiro criado

em 1993 o MOSAIC, do qual descendem todos os navegadores da

atualidade, sendo também o primeiro a usar a interface gráfica da World Wide

Web. Desenvolvido pela National Center for Supercomputing Applications –

Centro Nacional para Aplicação em Supercomputadores (NCSA), na

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135

Universidade de Illinois (E.U.A.), a principio ele foi distribuído gratuitamente

por razão de ter sido desenvolvido com financiamento público.

Derivado do MOSAIC surgiu o Netscape, que era

distribuído gratuitamente em suas versões menos sofisticadas.

Em 1995, surge então o navegador da Microsoft, incluso

em seu mais novo sistema operacional, o Internet Explorer para Windows 95.

É atribuído o ano de 1993, como o ano de explosão de uso

da Internet, sendo 1995 o ano em que mais cresceu o número de usuários.

15.3. Definições

É designado como Internet toda a rede mundial de

computadores e seus serviços.

É designado internet com “i” minúsculo uma rede de redes,

e não propriamente a rede mundial.

É designado como Web um dos serviços oferecidos pela

Internet, como por exemplo a visualização de páginas.

15.4. A Internet

De todas as tecnologias lançadas no último século, a

Internet foi a maior responsável por esta interligação global e a crescente

demanda do crescimento da velocidade da informação.

Com sua primeira fase, com uso restrito a técnicos e

cientistas que desejavam compartilhas documentos de estudo e caráter

profissional, com a segunda sendo utilizada para fins comerciais de grandes

corporações e mais atualmente expandida a todos, é uma fonte de

entretenimento, informação, conhecimento e comunicação.

Embora tenha o seu lado bom, também possui seu lado

ruim uma vez que não há leis específicas que regem o seu uso e as poucas

que são tentadas ser implantadas são de alta ineficiência.

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Atualmente é possível fazer compras, conversar com

pessoas do outro lado do mundo a um custo acessível , visualizar sites de

entretenimento, obter informações de pesquisas e estudos acadêmicos e

profissionais entre outras mil possibilidades.

Na Internet é possível encontrar tecnologias que permitem

a visualização de páginas, upload e download de arquivos, sejam estes

arquivos de textos, programas gratuitos, músicas, vídeos, animações entre

tantos outros, enviar e receber mensagens eletrônicas, conversar em tempo

real vendo ou não a outra pessoa com o periférico de captura de imagem,

entrar em fóruns, grupos de notícias entre outros serviços disponíveis.

15.5. A Internet e as empresas

Há algum tempo algumas empresas se questionavam se

era realmente essencial possuírem os seus próprios sites na Internet. O uso

da internet pelas empresas possibilitou a quebra de várias barreiras e trouxe

uma grande movimentação econômica a nível mundial.

Quando uma empresa entra no competitivo mercado da

Internet, abre-se um grande número de portas de oportunidade.

As principais vantagens de ser uma empresa .COM são:

• Quebra de barreiras regionais, podendo trazer atuação

mundial.

• Competitividade com empresas do mesmo segmento;

• Melhor atendimento ao cliente;

• Novas oportunidades de negócios;

• Redução de custos;

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137

15.6. Gerações de Sites

15.6.1. Definição Desde o seu lançamento e o início de seu uso na década

de 90, os sites evoluíram demais em tecnologia.

Não há um consenso em respeito a gerações de sites, pois

há quem diga que estamos na segunda, outros na terceira ou quarta e ainda

há quem diga que estamos na sexta geração, porém convencionou-se

expressar aqui quatro gerações.

15.6.2. Sites de 1ª Geração

Devido a limitação imposta por modem’s lentos e monitores

monocromáticos os web sites de primeira geração eram muito simples. As

primeiras paginas que circularam pela web foram criadas por cientistas e

pesquisadores que desejavam compartilhar suas idéias, documentos, teses

entre outros.

Essas páginas caracterizadas por longos textos, com

seqüência do topo para a base e da esquerda para a direita e usava recursos

básicos de formatação de textos, como negrito, itálico, marcadores de textos

etc. Os web sites de primeira geração eram criados por técnicos e muitos

utilizavam texto preto em fundo cinza.

15.6.3. Sites de 2ª Geração

Os sites de segunda geração trouxeram algumas novidades

visuais que foram possibilitadas pelos recursos incorporados nas novas

versões dos navegadores.

Incluem estas melhorias visuais: ícones substituindo

palavras, imagens “ladrilhadas”, substituindo o fundo cinza, botões com

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138

chanfros e banners substituindo os títulos. Uma outra característica dos sites

de segunda geração é a utilização de menus verticais com opções dispostas

de cima para baixo e com listas para apresentar uma hierarquia de

informações.

A tecnologia teve grande influência nos sites de segunda

geração. Isto trouxe como resultados tantos sites com uma melhoria visual

através do uso de ícones e menus.

Neste momento a Internet estava sendo utilizada para fins

comercias, porém as páginas ainda eram construídas por técnicos.

15.6.4. Sites de Terceira Geração

Os sites de terceira geração apresentam uma mudança

radical em sua aparência. Apesar da contínua evolução dos navegadores e

tecnologias que sempre influenciam o design, a principal característica dos

web sites de terceira geração não é a tecnologia e sim o design. Esta

mudança foi conseqüência, sobretudo, da vinda de designers que já

trabalhavam com artes gráficas para o mundo das páginas web. Começaram

a aparecer páginas mais criativas, com melhor combinação de cor, mais

harmonia na composição dos elementos, enfim, com planejamento visual.

A maioria dos web sites que conhecemos atualmente é

classificado como sendo da terceira geração.

15.6.5. Sites de Quarta Geração

Os sites de quarta geração constituem um novo tipo de

sites com fortes estruturas multimídia. Essas criações estão se tornando

possíveis graças as novas tecnologias que estão surgindo a cada dia como

uma solução bastante integrada para aplicações gráficas e multimídia.

Uma dessas tecnologias é o Shockwave Flash. Através dos

recursos multimídia disponíveis nesta tecnologia, pode-se criar web sites com

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139

interfaces animadas, com efeitos sonoros, imagens 3D, fotos, vídeos,

músicas, jogos entre outros. O design ganha novas dimensões, facilitando a

interação do internauta com a interface e a informação.

Em um futuro próximo a tecnologia VRML (Realidade

Virtual das páginas web) poderá apresentar uma evolução na interação com

os web sites à medida que se poderá navegar em interfaces tridimensionais

que reagirão às escolhas do internauta, levando-o por salas, ambientes e

galerias tridimensionais.

15.6.6. W3C

Existe desde 1994, um consórcio de empresas chamado

W3C ou World Wide Web Consortium, que regulamenta e define os padrões

que serão usados nas novas tecnologias. O problema que o comitê W3C

enfrenta é o tempo a apreciação de uma nova tecnologia e sua aprovação

para uso pelo mercado. A velocidade da criação de novas tecnologias e a

demanda do mercado acabam levando as empresas de tecnologia,

principalmente a Microsoft e a Netscape, a lançarem novas versões de

navegadores e programas que suportam novas tecnologias ainda não

aprovadas pelo W3C.

15.6.7. Guerra dos Browsers

Apesar dos inumeráveis processos que a Microsoft

acumula por falta de ética profissional ao não esperar o aval para o

desenvolvimento de novas tecnologias desde o lançamento do Internet

Explorer, e da venda da Netscape para a AOL, a guerra dos browsers

continua.

Há diversos navegadores no mercado, porém os que mais

são utilizados são o Microsoft Internet Explorer e o Netscape Navigator, e

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140

outros de menor expressividade como o Opera Browser, Mozill FireFox, Apple

Safari etc.

Na tentativa de estarem a frente, a Netscape e Microsoft

lançam tecnologias sem o aval do W3C, que para pânico de quem acessa ou

desenvolve só são suportados por eles, sendo extensões de tecnologia.

A Microsoft muito foi processada em 95, por incluir o

Internet Explorer no sistema Windows, numa tentativa de monopolizar o

mercado dos browsers, pois se o usuário já tem em seus sistema um

navegador que atenda as suas necessidades, não irá se preocupar em pagar

e experimentar outro modelo, mesmo nos dias de hoje, em que a maioria são

gratuitos.

Inicialmente os navegadores da Netscape eram mais

rápidos, depois superados pelos da Microsoft, e hoje relativamente mais

rápidos. Porém, ainda que a ultima versão, a 7.2 do Navegador seja um

pouco mais rápido e apresente mais recursos que o IE 6.0, este não é mais

desenvolvido pela AOL no Brasil e para tanto não há mais versões

comercializadas no Brasil.

O navegador porém que vêm ganhando espaço é o Mozilla

FireFox, baseado no Netscape.

16. CONCLUSÃO

Assim sendo, em face as tecnologias aqui apresentadas

que envolveram a informática, podemos vislumbrar os sucessos e fracassos

de cada uma delas, a falta de ética com que agiram algumas delas para

descobrirmos que tecnologias muitas vezes poderia ter atendido alguma de

nossas necessidades, porém foram esmagadas por uma desta corporações,

que demonstraram somente a ânsia de obter hegemonia.

Por conhecer mais, possamos escolher melhor as

tecnologias que farão parte de nosso cotidiano na execução de tarefas que se

nos constituem em necessidades, sabendo dizer “não” as regras ditadas por

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estas empresas que muitas vezes retêm tecnologias novas e criativa somente

para não ameaçar a sua obsoleta tecnologia consolidada no mercado.

Sabermos a existência de projetos criativos que por falta de condições

financeiras não pode ir de encontro as poderosas corporações bilionárias.

Ainda que seja difícil, sejamos tão profissionais e tão

somente bons profissionais que não se preocupam em ganhar grandes somas

de dinheiro, mas introduzir no mundo uma tecnologia que venha auxiliar a

todos, como o fez Linus Torvalds.

Porque conforme afirmado por um dos CEO’s destas

grandes corporações, elas tem medo dos jovens cheios de idéias em sua

“garagem”. E para assegurar que não serão ameaçadas absorvem estas

pequenas empresas e tecnologias, mas não para se utilizar delas ou investir

nelas, mas tão somente para apagá-las para mão oferecerem risco.

Assim conclui-se então uma pequena parte de vasto e rico

mundo da informática, expresso nestas páginas, e nas nossas vidas.

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