13. ministrio pastoral - teologia e prtica

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1 Ministério Pastoral Teologia & Prática Conteúdo I. Surgimento da Disciplina .................................................................................................................. 2 II. Entendendo o Ministério Pastoral na Bíblia: ........................................................................................ 3 III. Preparo Para Pastorear .................................................................................................................... 5 IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ? .............................................................................................................. 7 V. Pastor , ministro da Palavra.................................................................................................................. 8 VI. Pastor Pra Quê? .............................................................................................................................. 11 VII. A Apresentação do Pastor ............................................................................................................. 12 VIII. O Pastor e o Púlpito ................................................................................................................... 21 X. O Culto na Igreja.............................................................................................................................. 25 XI. O Pastor e a Organização da Igreja / Ministérios ................................................................... 29 BIBLIOGRAFIA: ....................................................................................................................................... 30

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13. Ministrio Pastoral - Teologia e Prtica

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  • 1

    Ministrio Pastoral

    Teologia & Prtica

    Contedo I. Surgimento da Disciplina .................................................................................................................. 2

    II. Entendendo o Ministrio Pastoral na Bblia: ........................................................................................ 3

    III. Preparo Para Pastorear .................................................................................................................... 5

    IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ? .............................................................................................................. 7

    V. Pastor , ministro da Palavra.................................................................................................................. 8

    VI. Pastor Pra Qu? .............................................................................................................................. 11

    VII. A Apresentao do Pastor ............................................................................................................. 12

    VIII. O Pastor e o Plpito ................................................................................................................... 21

    X. O Culto na Igreja .............................................................................................................................. 25

    XI. O Pastor e a Organizao da Igreja / Ministrios ................................................................... 29

    BIBLIOGRAFIA: ....................................................................................................................................... 30

  • 2

    I. Surgimento da Disciplina

    Titulos: Pastoral, Pastoreio, Pastorado, Teologia Pastoral, Teologia Prtica,

    Teologia Ministerial

    Nos sculos XVIII e XIX que se desenvolve a teologia pastoral ou teologia

    aplicada, sob influncia do iluminismo1. Em 1810 Friederich Schleiermacher2 cria a

    ctedra de Teologia Prtica, na faculdade de Teologia na Universidade de Berlim.

    A terminologia que tem prevalecido na teologia catlica no distingue com suficiente

    clareza entre pastoral e teologia pastoral; os dois termos so freqentemente utilizados

    como sinnimos e seus significados podem at ser confundidos de fato. Mais

    corretamente, no catolicismo pastoral indica o complexo de atividades desenvolvidas

    na igreja para a consecuo de seus prprios objetivos; teologia pastoral indica a

    reflexo, criticamente fundamentada, sobre o acontecimento pastoral.

    Na rea protestante alem percebe-se a distino, pelo contrrio, entre teologia

    pastoral e teologia prtica; teologia pastoral indica a reflexo sobre a atitude do pastor

    em geral, a respeito de sua prpria profisso e ajuda prestada ao incremento das

    aptides pessoais do pastor (prudentia pastoralis), enquanto que teologia prtica

    designa a reflexo crtica sobre a tarefa eclesial. A proposta feita recentemente no

    mbito catlico de se substituir a expresso teologia pastoral por teologia prtica se

    situa em correspondncia ao deslocamento da reflexo sobre a atividade do pastor na

    igreja para a reflexo sobre o agir da igreja em suas dimenses.3

    Para o pensamento das igrejas que surgiram a partir da Reforma do sculo XVI,

    falar de pastoral tem significado, principalmente, referir-se funo do pastor [no

    entanto] os reformadores do sculo XVI nunca falaram de pastoral, quando muito,

    referiram-se ao ministrio do pastor e sua ordem prpria. bvio que, com o correr do

    tempo, produziu-se no pensamento protestante uma reduo do conceito, que foi

    ficando limitado pessoa (ou figura, como se queira) do ministro ordenado [...] esta

    tendncia, fortemente arraigada no protestantismo, influi fortemente para que a

    compreenso da pastoral siga focalizando a figura do pastor.4

    1 Movimento filosfico e literrio do sc. XVIII, caracterizado por profunda crena no poder da razo humana e da cincia como

    foras propulsoras do progresso da humanidade; ILUSTRAO; FILOSOFIA DAS LUZES - Dicionrio Aulete. 2 Friederich foi um Telogo e Filosofo alemo.

    3 PACOMIO, L et alli (orgs.). Diccionrio teolgico multidisciplinar. Salamanca: Sigueme, 1997, 2 volumes (vocbulo: Teologia

    Pastoral), p. 84 4 SANTA ANA, Julio de. Pelas trilhas do mundo, a servio do Reino. So Bernardo do Campo: Imprensa Metodista e Faculdade de

    Teologia da Igreja Metodista, 1985, p. 31.

  • 3

    II. Entendendo o Ministrio Pastoral na Bblia:

    No Antigo Testamento:

    V-se na histria dos hebreus a criao de rebanhos de ovelhas. Quando Deus

    chamado de pastor faz-se meno ao cotidiano dos pastores que cuidavam, guiavam e

    protegiam esses rebanhos. O salmo 23 retrata a excelncia do pastoreio divino por

    Israel. O pastor autoridade e solicitude, poder e carinho, vigor e ternura ... (Ronaldo

    Sathler - Rosa citando Libanio, p.17) .

    Ser pastor em Israel ser fiel a vocao do povo. Da que os dirigentes da

    nao eram chamados pastores: Jeremias, por exemplo, critica os maus pastores de

    Israel, culminando com um discurso atravs do qual foi fustigando, sucessivamente a

    famlia real de Jud, aos reis Joacaz, Joaquim e Jeconias (cf. Jr 21.11 - 23.2) (Julio

    de Santa Ana, p.35).

    Para Julio de Santa Ana, a figura pastoral veterotestamentrio tem haver com a

    liderana poltica da poca, pois esses tinham condies de guiar, proteger e cuidar do

    povo ou rebanho. (Livro: Pelas Trilhas do Mundo a Caminho do Reino).

    No Novo Testamento:

    - No novo pacto ou aliana Jesus Cristo o Bom pastor. Toda sua vida a

    atividade pastoral. Ele o modelo excelente e perfeito A pessoa e prtica de

    Jesus modelo por excelncia do ministrio da igreja e do ministrio do pastor

    e da pastora (Ronaldo Sather-Rosa, p.29).

    - O Objetivo central de toda ao pastoral que Cristo seja formado, ou seja,

    que Cristo permeie toda a vida das pessoas e seus mltiplos relacionamentos:

    com Deus, com o prximo, com a natureza e com elas mesmas (cf Joo 10.10).

    Ronaldo Sather-Rosa p.31 citando Bonhoeffer, 1955, p.55-78).

    - No tem como entender o ministrio pastoral na Bblia sem refletir na atuao

    de Iav em Israel e de Cristo no mundo. Deus presente na histria, cuidando do

    seu rebanho.

    Lendo Sobre o Dom

    Ele mesmo concedeu uns para (...) pastores e mestres. Ef 4.11

    Neste texto parece se referir a mesma funo. Pastorear e ensinar so habilidades

    que se sobrepem, no entanto so distintas. Emissrios (apstolos) fundavam

  • 4

    congregaes. Profetas falavam a palavra de Deus. Proclamadores das boas-novas

    (evangelistas) comunicam as boas-novas de modo que as pessoas se voltem do

    pecado e aceitam o perdo de Deus por intermdio do messias. Pastores prosseguem

    a partir desse ponto, discipulando e aconselhando os crentes novos e maduros para

    viverem a vida messinica. Mestres comunicam e aplicam a verdade bblica. Nenhum

    deve se orgulhar quanto a sua posio, mas sim preparar o povo de Deus, conforme

    explicado nos vv. 12-13 . (David H Stern, p.637.)

    Vocao Pastoral

    Vocao : chamamento, ato de convidar ou solicitar.

    Vocao Geral: Toda humanidade, de maneira indistinta, convocada a

    participar gratuitamente dos benefcios do Evangelho com base nos mritos da

    morte de Cristo.

    Vocao Especfico: Embora todos sejam convidados a usufruir dos meios da

    graa, nem todos sero convidados a exercer o ministrio da Palavra. um

    chamado que depende nica e exclusivamente dos desgnios e da soberania de

    Deus.5

    Liderana Espiritual

    Liderana e servio esto intimamente ligados na proposta bblica espiritual.

    Aqueles a qual Deus chama para o ministrio da Palavra, i.., Pastoral,

    exercem liderana espiritual. Essa liderana algo que de alguma maneira

    relaciona-se com a vida e misso dos crentes. A ao dessa liderana muitas

    vezes no est clara no meio evanglico, na maioria das vezes relacionada a

    administrao, organizao e preocupaes institucional e no com a palavra.

    Liderana terrena tem haver com chefia, comando, representante de um grupo

    de pessoas, aquele que exerce influncia sob outros. Liderana espiritual tem

    haver com conduzir, guiar, orientar, influenciar, tudo com base na palavra de

    Deus.

    5 Definies de vocao extrado do Dicionrio Teologico, p.289

  • 5

    III. Preparo Para Pastorear

    A necessidade de uma preparao a vocacionados muito mais exigida hoje do

    que antes. Dennis Bickers tratando sobre esse assunto afirma: O ministrio

    rduo. Os pastores de hoje se deparam com questes que seus predecessores

    nunca enfrentaram: AIDS, cristos divorciados, aborto, problemas sociais,

    violncia entre jovens e distoro de valores so apenas algumas das questes

    difceis que devem ser tratadas pelos pastores de hoje. 6

    Fomos chamados para pastorear, para conduzir homens e mulheres a Cristo, a

    se conformarem imagem dele. Esta a nossa tarefa, para isso que nos

    preparamos, estudamos e ministramos. Para ver pessoas sendo cada vez mais

    semelhante ao filho de Deus, refletindo sua glria, sua humanidade perfeita.7

    A igreja sempre teve a preocupao de ter pastores preparados na sua

    edificao. Caso contrario no teramos tantas orientaes no Novo Testamento

    dirigida exclusivamente a essas pessoas que pastoreiam. Podemos afirmar que

    preparao a exigncia do Senhor (dono) da Igreja para o pastor.

    Preparo significa:

    Obedecer aos Princpios Bblicos pastorais

    Manter a espiritualidade atravs da Orao, Leitura e Meditao bblica.

    Cito aqui tambm leituras extras: livros e jornais.

    Estar contextualizado e atualizado.

    Estudar Teologia.

    O estudo da teologia o estudo sobre a palavra de Deus. O dom pastoral o

    ministrio da palavra. Como sou ministro (servo) daquilo que no conheo? O que

    vou falar daquilo que no estudei e no tenho conhecimento?

    Contra as tendncias narcisistas

    Narcisista de Narciso, heri da mitologia grega. O auto-admirador. Pessoa

    muito vaidosa, enamorado de si mesma.

    James Houston diz que podemos identificar pelo menos oito caractersticas de

    desvios nos narcisistas:

    6 Extrado do livro Pastor e Profissional, p.61

    7 Extrado do livro Nova Liderana, autor Ricardo Barbosa, p.102

  • 6

    1. Noes grandiosas de auto-importncia, acentuadas por conceitos fantasiosos de

    liderana.

    2. Preocupao com fantasias de sucesso, poder, brilhantismo e beleza ilimitados (...).

    3. Exibicionismo a servio da publicidade, para aumentar vendas e gerar falsas

    expectativas.

    4. Fortes sentimentos de raiva, inferioridade, vergonha, humilhao ou vazio diante da

    critica ou indiferena de outros.

    5. Sentimento de que o mundo lhe deve muito, de modo que o individuo tomado por

    um profundo sentimento de injustia, cime, inveja e ressentimento quando no

    reconhecido.

    6. Explorao Interpessoal, que leva o individuo a derrubar outros que se apresentam

    como rivais em potencial e que criam alguma ameaa ao ego inseguro do narcisista.

    7. Relacionamentos que oscilam entre a super-idealizao ou ento a desvalorizao,

    e nunca se caracterizam pela estabilidade ou constncia.

    8. Uma falta de empatia, que torna esse lder incapaz de tratar os outros com

    sensibilidade e gentileza. No final, os outros se sentem explorados e manipulados.

    Extrado de: Nova Liderana, p.178-179.

    Vivendo o Fruto do Esprito:

    gape: O maior destes. Tudo comea com o amor de Deus

    Chara: A alegria do viver, ou reviver, de ter encontrado o que foi perdido, de ser

    reconciliado.

    Eirene: O melhor da vida: a paz. Jesus nos trouxe a paz.

    Makrothumia: A pacincia divina e humana. Expressa a atitude de nunca perder

    a calma a pacincia com as pessoas ou acontecimentos (eventos) dirios.

    Chrestotes: A benignidade. Tratar os outros de modo que Deus nos tratou

    Agathosune: A bondade ou generosidade. Generosidade que brota do corao

    benigno.

    Pistis: A virtude da confiana: f. Descreve o homem em cujo servio fiel

    podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas.

    Prautes: Fora e suavidade: mansido. prautes o poder que, mediante o

    Esprito de Deus, faz a fora poderosa e explosiva da ira ser aproveitada no

    servio humano e divino

    Egkrateia: A vitria sobre o desejo: temperana. a qualidade que capacita o

    homem a viver e andar no mundo, conservando imaculadas as suas vestes.

    Extrado de Barclay, William, As Obras da Carne e o Fruto do Esprito.

  • 7

    Na relao pastor fruto do Esprito podemos ver a busca da integridade

    ministerial. Enquanto que na relao pastor narcisismo, vimos a decadncia dessa

    integridade

    IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ?

    Modelo pastoral influenciado pela ps-modernidade:

    Empresarial (percebe a necessidade do mercado)

    Status, posio (Poder)

    Politicagem (poltica de interesses pessoais)

    Modelo Pastoral Bblico:

    Modelo Excelente: Cristo

    O livro Teologia Pastoral do escritor Jos Deneval Mendes, p.26, apresenta

    quatro aspectos do modelo neotestamentrio pastoral, ou seja, o pastor em

    relao as ovelhas deve:

    1 Governar 3 - Alimentar

    2 Defender 4 Cuidar

    A imagem que reflete Cristo jamais influenciada pelo presente sculo, pelo

    contrrio, protesta e convida a reflexo e mudanas necessrias (nascer de novo).

  • 8

    V. Pastor , ministro da Palavra

    Alguns princpios para exercer melhor sua funo:

    Transformando Olhos em Ouvidos

    Se tornar um Exegeta e Hermeneuta.

    O pastor jamais pode esquecer de ouvir a voz de Deus. Quando l no pode

    deixar-se levar s pelas necessidades dos outros mas antes aplicar a palavra de Deus

    as suas necessidades.

    Exegeta: pessoa que faz comentrio ou dissertao para esclarecimento ou

    minuciosa interpretao de um texto ou de uma palavra.

    Hermeneuta: pessoa que Interpretar os sentido das palavras ou texto.

    O ministrio do pastor pregar a palavra para orientar, cuidar e guiar. Ele ser a

    pessoa que transmite as verdades bblicas atravs de comentrios e interpretao do

    texto. Ele tambm dar esclarecimentos acerca da Bblia.

    Atualmente temos mais condies e mais ferramentas do que outros tiveram no

    passado (pesquisas nas reas de arqueologia, histria, geografia, filologia, entre

    outras, alem de acesso mais fcil a informaes, livros, bibliotecas).

    Pastor igual a Cristo

    1. Na vida particular 6. No fazer discpulos

    2. Na vida Espiritual 7. Nas reunies

    3. Na Vida Emocional 8. Nas Finanas

    4. No Ensino 9. Na Santidade

    5. Nos Sermes 10. Na Autoridade

    Ralph M. Riggs diz que impossvel que um ministro do Evangelho seja

    verdadeiramente espiritual em pblico e carnal na vida espiritual

    A vida particular do pastor testemunha o Evangelho de Cristo. O que muitas

    ovelhas no entendem ainda que o pastor precisa cuidar tambm de si mesmo e de

    sua famlia.

    A vida particular, espiritual e emocional est relacionada ao cuidado prprio.

    O pastor deve cuidar-se ou prevenir-se contra os males deste sculo, entre eles

    cito: ansiedade, estresse, fadiga. Algo que o pastor deve planejar tambm com

    bastante responsabilidade sua vida futura (velhice e jubilao).

  • 9

    Sobre a vida familiar a Bblia da uma orientao para os casados: mas o

    homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua

    esposa 1Co 7.33, mas por outro lado essa no pode ser uma preocupao que lhe

    tire da posio em Cristo pois se algum vem a mim (a Cristo) e ama o seu pai, sua

    me, sua mulher, seus filhos, seus irmos e irms, e at a sua prpria vida mais do que

    a mim, no pode ser meu discpulo Lc 14.26. Ainda temos a orientao em 1 Tm 3 que

    entre os muitos requisitos para o ministrio pastoral encontramos alguns requisitos

    sobre a famlia: ser marido de uma s mulher, e governar bem sua prpria famlia,

    tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois se algum no governar sua

    prpria famlia, como poder cuidar da igreja de Deus?

    Comodismo X Ativismo

    Os extremos nos cercam no s na teologia pastoral, mas em quase todos

    pensamentos acerca de Deus. Sempre tem os dois lados. Na atuao pastoral deve

    haver aquela harmonia necessria para no ter exageros. O ativismo filosoficamente

    definido a doutrina que faz da atividade a essncia da realidade. J o comodismo o

    sistema ou atitude que leva o individuo a atender, acima de tudo, prpria comodidade

    (bem-estar ou conforto).

    O pastor no pode se acomodar, pelo contrrio deve saber de suas

    responsabilidades com a igreja, com sua famlia, consigo mesmo e acima de tudo

    com Deus que o chamou para esse trabalho.

    Por outro lado, no pode ser um ativista. Jhon White em seu livro Encontrei um

    Lder, escreve o seguinte capitulo:

    Os lderes de Deus no so viciados em trabalho. Eles trabalham duro sem escravizar-

    se ao cativeiro do prprio trabalho. Eles no tm medo do trabalho ou receio de delegar

    tarefas. Um bom lder considera o trabalho como um meio de alcanar um objetivo

    especifico. p.64

    Leve em considerao isso. Como Temos falado em vrias aulas o ministrio

    pastoral o que mais est em evidencia na igreja crist da atualidade. Considere essa

    liderana como um servio para alcanar Objetivos para o Reino de Deus: edificao,

    discpulos...

  • 10

    Expectativas

    Na Teologia Pastoral acredito que no deveria faltar essa reflexo: Quais so

    minhas expectativas para o pastorear no sculo XXI? Mais importante ainda: em

    quem focalizo minhas expectativas?

    Com tantas presses para resultados a frustrao pastoral pode acontecer

    quando no crescer, no sentido de demonstrar resultados. Lemos na Bblia Eu

    plantei, Apolo Regou; mas Deus que d o crescimento. Pelo que nem o que planta

    alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que d o crescimento. Ora, o que planta e o

    que rega so um; mas cada um receber o seu galardo, segundo o seu trabalho I Co

    3: 6-8

    Pginas 1 10, escrito pelo Pr. Elmer M. B.

    Bibliografia

    Nas Trilhas do Mundo, A Caminho do Reino. Julio de Santa Ana

    Trabalho Pastoral em Tempo de Insegurana. Ronaldo Satler-Rosa

    Encontrei um Lider. John White

    Nova Liderana, Valdir Steuernagel & Ricardo Barbosa (editores)

    Pastores Ainda em Perigo, Jaime Kemp

    O Guia do Pastor, Ralph M. Riggs

    A Vocao espiritual do Pastor, Eugene Peterson

    Um Pastor Segundo O Corao de Deus, Eugene Peterson

    Teologia Pastoral, Jos Deneval Mendes

  • 11

    VI. Pastor Pra Qu?

    De todos os animais domsticos, as ovelhas so as que mais exigem trabalho e

    esforo do pastor, exigem ateno e cuidado meticuloso, por isso a sorte de uma

    ovelha depende grandemente do tipo de pessoa que o seu pastor. Com um bom

    pastor, no se falta nada, as ovelhas crescem e se desenvolvem. Deixada por si

    mesma, perde-se facilmente, pois sua tendncia desviar-se do caminho; ela no

    percebe os perigos. Se for deixada em um pasto por um longo tempo, acaba

    destruindo-o, arrancando at as razes da grama. Se a ovelha cair numa pequena

    valeta e ficar de pernas para o ar, ela no consegue se levantar e, se ningum a ajuda,

    acaba logo morrendo.

    A sorte de uma ovelha depende do pastor. A Bblia mostra que o homem como

    uma ovelha, pois sua tendncia desviar-se do caminho bom e tomar o caminho da

    destruio. Ele tambm precisa ser pastoreado, Is 53:6. De madrugada, o pastor

    chama cada ovelha para fora do aprisco, pois quando vier o calor do dia, o rebanho

    poder se deitar na sombra j bem alimentada. Se houverem vrios rebanhos reunidos

    ali no aprisco, ele chama cada ovelha pelo nome, e elas reconhecem a sua voz,

    seguindo-o.

    Sua preocupao levar as ovelhas boa pastagem, dar- lhes gua, proteo,

    cuidado s doentes, e s que se desviam do caminho. tarde conduz novamente o

    rebanho ao aprisco e as faz entrar uma por uma.

    Passa a mo examinando cada uma, individualmente, nas feridas derrama leo e

    cuida dos carrapatos e pestes. Conta suas ovelhas e, faltando uma, volta a procur-la,

    conforme LC 15:3, 7. O pastor vigia constantemente, ele precisa ir onde encontrar

    pastos verdejantes e gua.

    A ovelha precisa se sentir segura e sem temor para crescer e se desenvolver bem,

    pois, se estiver inquieta, com temores, no se alimenta bem e no haver

    desenvolvimento e reproduo. Por isso, a sorte das ovelhas depende do pastor e da

    maneira que cuida delas. Aqueles que tm compaixo pelas ovelhas do sua vida por

    elas. Quando longe de sua casa, o pastor faz curral com galhos de espinhos para

    proteo e se deita na estrada durante as noites longas, protegendo o rebanho dos

    predadores.

  • 12

    VII. A Apresentao do Pastor

    Cuidado com seu corpo;

    Nosso corpo o veiculo atravs do qual funciona todo o nosso ministrio. Se

    esse veculo adoecer, a pontualidade e a eficincia sero prejudicadas. razovel,

    pois, que cuidemos bem do nosso corpo, que nos foi dado pelo Senhor, pois, alm do

    mais, somos templos do Esprito Santo, I CO 6:19, 20. Ter um bom fsico no deve ser

    finalidade em si mesma, mas possuir um bom fsico, forte, uma vantagem para o

    ministro de Deus. Capacita-nos a sermos desgastados para Deus e dar plena

    expresso e eficincia sua capacitao espiritual e mental.

    Abusar do corpo algo insensato e, pouco tempo para o repouso e recuperao

    leva a runa da nossa sade.

    Leia SL 127:2 e MC 6:31. Na passagem de LC 21:34 diz que no devemos ficar

    sobrecarregados pela gula e pelas preocupaes deste mundo, pois isso seria lao

    para ns. Em GL 5:23 fala de domnio prprio e Paulo fala em manter seu corpo em

    sujeio, I CO 9:27.

    Asseio Pessoal;

    O ministro de Deus deve ser um homem limpo. Nem mesmo uma vida

    financeira difcil no justifica o andar sujo. O obreiro do Senhor precisa andar bem

    arrumado, cheiroso, e cujo asseio ressalte a vista. Tambm se condena o andar

    exageradamente na moda.

    A higiene pessoal e corporal deve ser to perfeita como a da mente, do corao

    e da linguagem. H ministros e obreiros que proferem termos incompatveis com o

    decoro do ministro do Evangelho. Alis, mesmo sendo dotado de um linguajar pobre,

    errado, com pouco vocabulrio obrigao do homem de Deus procurar melhorar,

    atravs de estudo e leitura.

    Dignidade

    Se um homem no tiver dignidade, no pode ser ministro do Evangelho.

    Dignidade um conjunto no qual fazem parte NOBREZA, DECORO, GRAVIDADE,

  • 13

    SERIEDADE, e COMPOSTURA. No quer dizer que o homem de Deus precisa ter no

    seu rosto piedade forada, semblante solene ou ameaador, mas um comportamento

    que inspira RESPEITABILIDADE. Ele lder espiritual e exemplo moral do povo de

    Deus; tem o dever de ser homem temperado, mesmo que seja jovem (I TM 4:12). Em

    EF 5:4 Paulo recomenda que no haja entre eles: Conversao torpe; Palavras vs;

    Chocarrices, etc.

    O homem de Deus no deve ser excessivamente intimo com os membros da

    igreja para no ser desrespeitado. Excesso de familiaridade diminui sua autoridade e o

    rebaixo no conceito e respeito dos demais crentes.

    Tato;

    Significa prudncia, pois atitudes, palavras ou gestos impensados prejudicam

    sua imagem e seu trabalho. H casos em que o pastor precisa corrigir comportamento

    das pessoas, jovens, adultos ou crianas; ou corrigir alguma desordem na igreja, ou

    numa reunio ou assemblia, discorda de uma opinio no compatvel com a verdade

    e em todos esses casos no pode ferir a suscetibilidade das pessoas, no humilhar,

    no desmoralizar, no ofender, no criar clima desagradvel, no ferir ningum, enfim.

    Discrio;

    Ser tardio em falar e pronto a ouvir uma virtude, TG 1:19. Para no sermos

    acusados falsamente em dados momentos, Paulo ensina: RM 14:16 No seja, pois,

    vituperado (repreendido) o vosso bem.

    O homem de Deus tem que ser de vontade firme e controlada e mente sbia

    para agir com prudncia, no se envolvendo em situaes de embaraos.

    Veja alguns exemplos:

    1. Ser sempre cavalheiro, mas cauteloso;

    2. Quando levar para casa pessoa de sexo oposto, ir sempre acompanhado de

    uma terceira pessoa, nunca deve ir sozinho;

    3. Todo contato com o sexo oposto deve ser extremamente cauteloso;

    4. H obreiros que s so afetuosos com mulheres; isso precisa ser evitado.

    5. Tratar com distino determinadas pessoas e outras no acepo de pessoas,

    e tem de ser evitado;

    6. Tratar de forma privilegiada pessoas financeiramente abastadas uma atitude

    reprovvel;

    7. Entrar em conversa de pessoas, mesmo sendo membros da sua igreja, quando

    estes falam em particular, falta de discrio e at de educao.

  • 14

    8. Usar termos que traduzem fascinao por alguma pessoa, mesmo sem malicia

    censurvel;

    9. Elogiar s mulheres ou somente a esposa, quando se tratar de casal, mesmo

    que as intenes sejam as mais justas e puras, pode suscitar comentrios

    desagradveis.

    ERROS A EVITAR

    Um pastor com vida consagrada normalmente sabe comportar-se dignamente no

    exerccio da sua nobre misso. Nas suas mltiplas atividades, no desejo de evitar

    contendas, os esforos para resolver com amor cristo problemas complicados que

    surgem na sua igreja, nas relaes pessoais e funcionais no ministrio, no fcil

    seguir o Mestre e ser prudente e sbio, mantendo sempre o padro tico da sua

    posio. Se fizer escrupulosamente o exame da sua prpria personalidade, ficar mais

    bem preparado para reconhecer e corrigir suas fraquezas, e manter a pureza de

    motivos no exerccio de seu ministrio.

    H variedade de temperamentos entre pastores como em qualquer outro grupo

    de pessoas.

    Alguns so ardorosos e cheios de confiana e esperana; outros so irascveis e

    facilmente ficam zangados e aborrecidos. Alguns so calmos e tranqilos, enquanto

    outros nervosos e facilmente ficam agitados. O pastor pode cultivar com proveito a

    honestidade intelectual; ter e manter as convices quanto s verdades primordiais da

    f crist.

    Em questes de interpretao e mtodos de servio, deve reconhecer que no

    infalvel, e procurar reconhecer a verdade na posio daqueles que no concordam

    com ele.

    Devido s fraquezas humanas, o comportamento do pastor nem sempre condiz

    com seu conhecimento. Em certas circunstncias difcil subordinar o seu

    personalismo aos ideais do ministrio cristo. Pastores mais experientes e espirituais

    oferecem conselhos valiosos para os jovens pastores na formao de seus valores

    ticos. O irmo D.J. Storer, no seu livro THE PREACHER, menciona alguns erros da

    vida tica do pregador (homem de Deus);

    1. Falta interesse e desejo de ajudar os irmos na soluo de seus

    problemas.

    2. O perigo de no tratar de seus prprios negcios.

  • 15

    3. A perda do idealismo da sua vocao.

    4. Agitao em torno dos problemas que incomodam os irmos.

    5. Desejo e esforo de galgar a preeminncia entre os colegas de ministrio

    custe o que custar.

    O Dr. Storer ainda recomenda que, para vencer esses erros (fraquezas), usar as

    seguintes sugestes;

    a. Cultivar o esprito de justia nas relaes pessoais.

    b. Desenvolver o esprito de cooperao na satisfao das

    necessidades de outros irmos.

    c. Praticar a disciplina prpria com firmeza e HONESTIDADE.

    d. Procurar entender de forma realstica os problemas do corpo de

    obreiros (as) da congregao e do ministrio.

    e. Reconhecer que nunca se deve semear discrdia e dissenses em

    nenhum lugar.

    No fcil para um pastor reconhecer suas fraquezas prprias, mas seguindo

    os preceitos apresentados, a possibilidade do erro ministerial diminui e sua

    credibilidade aumenta.

    Em muitos lugares vemos que, h pastores e dirigentes com tendncia a

    censurar asperamente e com prazer, as faltas de seus irmos obreiros. os

    caadores de pecados, os Indiana Jones das nossas igrejas. MT 7:12 diz: Tudo

    quanto, pois quereis que os homens vos faam, assim fazei-o vs tambm a eles;

    porque est a Lei e os profetas.

    Aplicando os princpios ticos j mencionados tiramos mais alguns preceitos,

    que, no realizados, constituem grave erro;

    1. O obreiro consciencioso no procurar ganhar membros nas igrejas

    vizinhas, para aumentar a sua prpria, mas trabalhar para evangelizar

    os incrdulos e formao do seu prprio corpo de obreiros.

    2. No divulgara boatos ou fofocas ou informaes confidenciais que

    prejudiquem o nome de obreiros ou irmos da igreja.

    3. Falar-lhes pessoalmente, sobre as acusaes contra eles, e os

    defender contra acusaes falsas.

    4. No aceitar crtica mordaz contra o seu antecessor, e nas mudanas

    dos planos de administrao do ministrio, no condenar tudo que os

    outros fizeram ou queriam fazer.

  • 16

    5. detestvel quando um dirigente se esfora para ser melhor do que

    outro de outra congregao, em vez de trabalhar para o

    engrandecimento do reino de Deus.

    6. Quando chegar o dia de entregar o comando da igreja a outro obreiro,

    deixara tudo bem organizado, sem fazer o papel de Absalo.

    7. Reconhecer que Deus o chamou ao ministrio NA SUA

    DENOMINAO e que tem deveres junto mesma, cooperando com

    seus programas e trabalhando para aumentar a sua influencia e poder.

    8. Reconhecer que, na providencia de Deus foi SUA DENOMINAO que

    recebeu seu preparo e a OPORTUNIDADE da SEPARAO ao servio

    do Senhor.

    9. Dedicar todo o seu tempo ao ministrio cristo sem embaraar-se com

    as coisas desse mundo.

    10. No se esquivar dos seus deveres como cidado da ptria, dando bom

    exemplo de cumpridor das leis.

    11. Como homem de Deus tem responsabilidades especiais para com

    mulheres, sejam mais jovens ou mais idosas, sempre as respeitando de

    modo especial e tratando-as com honra e dignidade devidas.

    12. Cuidar bem da SUA PRPRIA FAMILIA. (Este item ser objeto de

    estudo especial).

    O JULGAMENTO

    Mesmo sem provas concretas, costumamos avaliar as pessoas e conden-las,

    baseado em suposies... Jesus deixou claro que isso envolve srios riscos, baseados

    em suposies, s vezes at ilgicas. Os danos so IRREVERSIVEIS. Em MT 7:1 se

    encontra a frase juzo temerrio, mas muitos no fazem idia do que possa significar

    TEMERRIO.

    Temerrio significa:

    ...Imprudente ...Perigoso

    ...Precipitado ...Sem fundamento

    Jesus estava se referindo ao mau hbito de culpar algum de forma infundada,

    atravs de criticas amargas e injustas. Os fariseus;

    a. Criticavam o relacionamento de Jesus com os pecadores; MT 9:10-11 ... porque come o vosso mestre com os publicanos e

    pecadores?.

    O critico um descobridor de erros vive procura de falhas alheias.

  • 17

    b. Criticavam o ministrio de Jesus;

    MT 9:34 ... Ele expulsa os demnios pelo prncipe dos demnios.

    O julgador temerrio imagina as PIORES INTENES DAS PESSOAS.

    Jogam gua fria nos seus planos e entusiasmo, ministrio, etc.

    c. Arrogantes e sem misericrdia nos seus juzos;

    Confiam demais em si mesmos, crendo que so justos e desprezam os

    outros.

    LC 18:11 ... Deus, graas te dou que no sou como os demais homens,

    roubadores, injustos, adlteros, nem ainda como esse publicano.

    d. Porque Jesus condena o juzo temerrio?

    ...No julgueis...

    Esses tm uma viso mope dos fatos. No corrigem a si mesmos, mas querem

    sempre interferir na conduta e pensamentos dos outros.

    Amado pastor pea a Deus que vos livre da tentao de fazer critica amargas e

    emitir juzos temerrios sobre o teu prximo.

    O OTIMISMO EXAGERADO

    Diz o dicionrio brasileiro Globo: otimismo a tendncia de se ver tudo pelo lado

    bom. E quando, vitria aps vitria, o otimismo se torna exagerado?Vem quela

    sensao de orgulho, aquela alegria resultante do sucesso.

    comum ver algum se regozijar numa vitria espiritual, mas observe;

    NECESSITAMOS MEDIR O GRAU DO NOSSO REGOZIJO, porque s vezes a nossa

    alegria no do Senhor, mas carnal, e, sendo assim corremos srio perigo. Lendo I

    SM 15:13-26, vemos que SAUL ALEGROU-SE NAS VITRIAS que o Senhor lhe havia

    dado, mas o Senhor NO SE ALEGROU com a sua alegria, alegria de Saul.

    At o apostolo Paulo certa vez se regozijou de seu trabalho, mas voltou atrs,

    dizendo:

    No eu, mas a graa de Deus est comigo I CO 15:10.

    Muitos ministros tm tropeado nessa pedra, do otimismo exagerado, levando

    uma vida de excessiva satisfao prpria; gozo em si pelos trabalhos realizados; tem a

    satisfao de ver sua prpria voz gravada, seja no vdeo ou na TV; fazem questo que

    o coro da igreja, o grupo de louvor, a banda da SUA igreja recebam os maiores elogios,

  • 18

    e da por diante, as coisas passam para o plano, no de sacrifcios da obra do Senhor,

    mas de exibicionismos.

    Pelos nossos sucessos espirituais, seremos tentados a crer cada vez mais que

    somos os bons e a depender apenas de ns mesmos e que daqui para frente TUDO

    VAI BEM. Como Jesus fez, nossa atitude deveria ser de nos retirar para um lugar a

    ss, para um particular com ELE e nos livrar desse perigo espiritual, que mais cedo,

    mais tarde, leva ao orgulho.

    O PESSIMISMO

    Diz o dicionrio j mencionado que a tendncia para ver e julgar as coisas pelo

    lado tudo pssimo, ou mais desfavorvel e de tudo esperam o pior.

    Ora, sejamos claros, se esperamos APENAS E SEMPRE O PIOR, porque

    NO TEMOS F. E o que diz em HB 13:6: Sem f ningum pode agradar a Deus,

    porque que vai para Deus precisa crer que Ele existe e que recompensa os que o

    procuram.

    VEJA BEM: O pastor testemunha de uma verdade infinitamente maior do que

    ele mesmo. embaixador do Deus Eterno; um vaso frgil verdade, mas um vaso que

    leva perdidos o tesouro da vida eterna.

    A PERSEVERANA

    A maioria dos livros da Bblia foi escritos num contexto em que os servos de

    Deus vinham sofrendo grande rejeio por parte das pessoas para as quais foram

    enviados. Veja os exemplos de Jeremias e do prprio Jesus, alm de perseguio

    (Elias, Paulo, Pedro e Joo).

    Isto mostra o que ser esperado por aqueles que servem a Deus, e como um

    exemplo da forma COMO DEVEM REAGIR diante da perseguio e do sofrimento.

    Em Romanos 8:17, somos caracterizados como co-sofredores com Cristo e co-

    herdeiros de sua glria. Nos vs 35-39 ele afirma que nenhuma espcie de sofrimento

    pode separar-nos de Cristo. Conclumos ento que o sofrimento poderia ser usado

    para tentar separar-nos de Deus, mas que no precisa prevalecer. O sofrimento nos

    alcana unicamente na medida em que o onipotente Deus permite e em que os

    propsitos de Deus so alcanados nos sofrimentos de seus servos.

  • 19

    O MEDO

    Medo - o medo uma emoo de afastamento e envolve uma fuga do perigo.

    uma reao a um perigo real e eminente, a resposta emociona, so controladas pelo

    sistema nervoso. O medo pode dilatar as pupilas; sobrevm tremor e calafrio. Essa

    reao natural por Deus para a preservao da vida. A Bblia no condena, embora

    exorte a jogarmos o fardo do medo sobre o Senhor. (SL 55:2-5,22).

    Israel sentiu medo e, quando estavam sem sada, olharam para o alto e s assim

    receberam o livramento. SL121.

    A mensagem de Deus para ns No temas, EX 14:10-15; IS 41:10-14 e, diz

    uma publicao evanglica que 366 vezes aparece frase no temas.

    Temor um sentimento consciente, racional, que nos ajuda a no estarmos em

    situaes perigosas sem necessidade. Como a Bblia ensina prudncia, o Senhor Deus

    tambm nos deu este sentimento o ttulo de alerta e preservao.

    PV 14:16 O sbio cauteloso e desvia-se do mal,....

    Alm do temor reverente pela grandeza e santidade do Senhor, devemos TEMER

    PECAR CONTRA ELE.

    MT 10:28 No temais os que matam o corpo e no podem matar a alma, temei,

    antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.

    Fobia uma emoo parecida com o medo, sem o perigo ser real. Gera uma

    energia psquica que causa doenas fsicas. Tambm gera F NEGATIVA, e gera o

    que a pessoa teme,

    J 3:25 Aquilo que temo me sobrevm, e o que receio me acontece.

    Deus opera pela f, o inimigo usa fobia para oprimir.

    Exemplos: medo do escuro, de altura, lugar fechado, barata, etc.

    A me que corre para debaixo da cama com os filhos quando chove ou troveja,

    passa essa fobia para filhos, netos etc.

    Ansiedade medo e fobia juntos; um MEDO ANTECIPADO de um perigo que

    est por vir. Prejudicial, no resolve e nada melhora com sua presena.

    MT 6:27 Qual de vs, por ansioso que esteja, pode acrescentar um cvado ao curso

    da sua vida?.

    Muda para pior, a tenso provoca enfermidade no corpo. verdade que as

    preocupaes contribuem para a ansiedade.

    O que so preocupaes? uma busca de solues reais para os problemas da

    vida humana. Paulo se preocupava com as igrejas;

  • 20

    II CO 11:28 Alm das coisas exteriores, h o que pesa sobre mim

    diariamente, a preocupao com todas as igrejas.

    A Bblia manda descansar (confiar) no Senhor. Veja os vs de SL 37: 3-7, onde

    salientamos o vs 5 Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele far.

    Veja ainda;

    MT 6:.34 Portanto, no vos inquieteis com o dia de amanh, pois amanh

    trar seus cuidados; basta cada dia seu mal.

    Lembre-se, amigo obreiro (a), SEPARE TEMPO PARA PENSAR E BUSCAR

    RESPOSTAS.

    Em seguida:

    I PE 5:7 Lanando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado

    de vs. Viu s, d o teu fardo e sers amparado por Ele.

    SL 55:22 Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te suster; jamais permitir

    que o justo seja abalado.

    Cultivando relacionamento intimo com Deus, fortalecer tua f, banindo

    ANSIEDADES da tua vida. A presena de Deus em nossa vida TIRA o medo.

    SL 23:4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, no temerei mal nenhum,

    porque tu ests comigo;....

    Tome posse da promessa de que Deus ama voc e cuida de voc; veja MT

    10:28-31, onde salientamos o vs 31 No temais, pois! Bem mais valeis vs do que

    muitos pardais.

    Remorso um tipo de ansiedade, caracterizado pelo medo de receber um castigo

    por um erro praticado. O Senhor Deus nos perdoa os pecados e nos absolve da pena.

    I JO 4:18 No amor no existe medo; antes o perfeito amor lana fora o medo. Ora, o

    medo produz tormento; logo, aquele que teme no aperfeioado no amor.

    O medo deve ser evitado, pois trs o fracasso e perturbaes personalidade

    do individuo.

    Alm do mais, o pastor inseguro est transmitindo o medo e a insegurana ao

    rebanho do Senhor. Como o medo causa preocupao, esta nos torna tensos e

    nervosos.

  • 21

    VIII. O Pastor e o Plpito

    Todas as grandes organizaes do mundo moderno possuem o seu ponto alto, o

    qual s pode ser ocupado por algum que seja capaz e que tenha sido preparado

    especialmente para ocup-lo. O templo evanglico tambm tem o ponto alto este

    lugar exatamente o plpito.

    AO ASSUMIR O PLPITO

    O Pastor no deve, de modo algum, abusar do plpito; no o plpito lugar para

    censurar os defeitos de terceiros, defender-se de seus adversrios, ou mesmo contra

    atacar com indiretas aqueles com quem mantm diferena. Agraciar seus amigos ou

    enaltecer os benfeitores (seus ou da igreja) tambm prejudicial, pois, cria divises

    dentro da igreja.

    O plpito tambm no lugar para queixas contra inflao e contra insuficincia

    de remunerao. Se houver diviso na igreja fato este cada vez mais comum o

    plpito nunca dever ser usado para favorecer um e combater o outro, mas s para

    uni-los a todos.

    Alm destas coisas, o pastor deve cultivar elegantemente a sua postura no

    plpito de uma igreja. Paulo recomenda a Timteo: Para que saibas como convm

    andar na Casa de Deus (I TM 3:15), e no se pode oferecer sobre o altar po imundo

    ML 6:7, como muitos fazem com vocabulrio vulgar, gracejos, anedotas e etc,

    procurando distrair as pessoas em lugar de proclamar a verdadeira mensagem do

    Evangelho de Jesus Cristo.

    Cada vez que o ministro sobe ao plpito, os olhares que se lhe voltam passam

    em revistas, no s as suas palavras, mas a sua voz, e sua expresso, a sua

    movimentao, no ficando indiferente todo o seu modo de vestir.

    Como o pregador a prpria pregao, ele pode tornar ineficiente a mensagem nele

    contida, se no observar algumas regras e atitudes prprias que a tica nos ensina na

    conduta do mensageiro no plpito, como;

    a) Pregar gritando o tempo todo, sem se aperceber que est diante de um

    microfone;

    b) Bater o p no cho com fora repetidamente e dar murros no plpito com

    estardalhao.

  • 22

    c) Gesticular demasiadamente, insinuando s vezes grias ou imoralidades, e s

    vezes pular, sem se dar conta disso; o corpo deve ser naturalmente dosado por

    gestos conforme a dinmica do sermo;

    d) Falar de olhos fechados ou arregalados, bem como olhar de modo fixo para

    cima ou para o piso como se tivesse perdido algo, e com medo de encarar o

    auditrio. O certo que os olhos devem acompanhar o que se fala, pois s

    vezes falam mais claro que as palavras, e ajudam o pregador a sentir o efeito da

    mensagem;

    e) Molhar o dedo na lngua para virar as pginas na Bblia, ou sopra-las com a

    mesma finalidade;

    f) Coar se de modo inconveniente e limpar as narinas, quando no plpito, ou

    mesmo fazer cacoetes ou tiques mmicos.

    g) Fazer a leitura Bblica que anunciou e no mais voltar a ela;

    h) No conversar no plpito, seno o estritamente necessrio, e no despachar o

    expediente no horrio do culto;

    i) O pastor deve chegar cedo Casa do Senhor Deus, porque assim fazendo, dar

    bom exemplo ao rebanho e no contemplar o semblante do povo com sinais de

    impacincia e cansao.

    O TRAJE

    Reconhecemos que pastores e/ou dirigentes de igrejas no so astros de

    cinema, que tenham luxuosas roupas a fim de vesti-las em cada reunio. Porm,

    reconhecemos que ele no nenhum coitado para ter de andar despenteado,

    barbado, roupa suja ou rasgada e de ps descalos.

    Infelizmente uma grande maioria dos nossos pastores e dirigentes de igrejas no

    tem recursos financeiros para possuir um rico guarda-roupas.

    Mas, de forma alguma justifica que andem sujos e desarrumados. Uma roupa usada,

    porm lavada e BEM PASSADA (Cad as mulheres virtuosas?), compe melhor quem

    a veste, do que a melhor roupa que no esteja bem lavada e bem passada. Vejo

    pastores que, depois de ate 10, 15 anos de pastorado no sabem dar n em gravata,

    vemos homens de Deus com camisas at sem passar e calas com trs, quatro quinas,

    para vergonha de suas esposas.

    Tenha ou no tenha roupas novas, o pastor ou dirigente deve se trajar

    condignamente com sua funo, lembrando-se sempre que ele o melhor carto de

    apresentao da igreja qual pastoreia.

  • 23

    s vezes vemos homens de Deus combinando cores extravagantes que mais

    parecem rvores de Natal. Veja abaixo algumas regras bsicas:

    Ter sapatos sempre lustrados;

    Ter cabelo sempre aparado e penteado;

    Fazer barba diariamente. Como os barbeadores descartveis so baratos, no

    tem desculpas para andar barbado;

    Ter unhas sempre limpas e bem amparadas. Imagine um pastor de unhas

    crescidas e sujas, repugna as ovelhas. A idia geral de que a negligencia

    fsica acompanha a negligencia espiritual;

    Cuidado com os dentes! Uma boca mal cuidada e desdentada repugnante. Os

    dentes so muito importantes na apresentao de um homem de Deus. No

    esquea a escova de dente; ela para ser usada mais de um a vez por dia.

    MAU HLITO - Evitar comer alho e cebola em certas ocasies uma opo

    favorvel a esse tipo de problema. Imagine, pastores e dirigentes com mau

    hlito orando por algum isso seriam horrveis! Se o problema de estmago,

    faa um tratamento, se falta de uma boa higiene bucal, misericrdia!

    Como vai presidir uma reunio, uma festa, um casamento, uma entrevista, um

    aconselhamento pastoral?

    MAU CHEIRO NAS AXILAS Pastores e dirigentes, usem um desodorante e, se

    possvel use tambm perfume, nada muito exagerado, isso ajudar a evitar

    aquele cheirinho to desagradvel que, principalmente em tempo de calor

    causa suor...

    Tomar banho uma vez por dia higinico e saudvel!

    Combinar suas gravatas em relao s roupas que se usa em determinada

    ocasio, lembrando que a gravata no um enfeite e sim um complemento que

    tem grande valor esttico em relao ao conjunto.

    LINGUAGEM

    Aproveitamos para nesse item, falar dos pecados da lngua. Tiago, irmo de

    Jesus, usou praticamente um captulo inteiro de sua epstola (captulo 3) referente a

    esse assunto. Diz que todos tropeamos em muitas coisas. Se algum no tropea em

    palavra, o tal varo perfeito, e poderoso para tambm refrear todo o corpo. (TG 3:2).

    Vejamos os tropeos em que o pastor pode incorrer ao longo de seu ministrio, atravs

    da linguagem falada;

  • 24

    CONVERSAO TORPE

    da abundncia do corao que a boca fala, LC 6:45; MT 15:18. A fala a

    faculdade que distingue os homens dos animais; o sinal de sua personalidade.

    O carter de uma pessoa revelado pela maneira de falar e se expressar. Por isso,

    Paulo fala em CL 3:8 ... despojai-vos... das palavras torpes da vossa boca. Estava

    se referindo linguagem obscena do falar, do abuso da boca suja, pois o termo grego

    AISCHROS significa FEIO, VERGONHOSO, VIL, AVILTANTE, e retm a idia tanto

    de profanao como a de obscenidade, juntamente com a idia de abuso. Ele ainda

    condena veementemente essa prtica, que oposta santidade crist, dizendo que, a

    no ser a que for bom para promover a edificao, nenhuma palavra deve sair de

    nossa boca; Nem; prostituio (profanao, aviltamento); impureza ou avareza

    (mesquinhez, esganao); torpezas (procedimento ignbil, impudiccia); parvoces

    (tolices); chocarrices (gracejo atrevido).

    Mas, antes aes de graas. Pois , pastores e dirigentes devem fazer uso da

    fala com aes de graa, apropriando-se dessa faculdade, e bendizer e louvar a Deus,

    sempre edificando.

    Nem imaginamos pastores fazendo parte de rodas de escarnecedores, pois MT

    12:36 os condena. O termo torpe tambm significa pobre, decadente, mau ou

    corrupto, imoral e utilizar tal linguagem acostumar o ministro a no dar ouvidos a

    Deus, TAL COMO OS IMPIOS TEMEM FAZ-LO.

    Procedendo assim tm levados muitos, ao descrdito, perda total de autoridade

    espiritual e de uno, tornando suas palavras como o sino que tini e, levadas pelo

    vento.

  • 25

    X. O Culto na Igreja

    DEFINIES DE CULTO

    A. Dicionrio:

    Homenagem a uma divindade; adorao; venerao (pequeno dicionrio brasileiro da

    lngua portuguesa 9 edio editora Civilizao brasileira).

    B. Diversos autores:

    1. Conjunto de Manifestao de atos de adorao;

    2. A mais elevada homenagem que se presta a uma divindade, isto ,

    adorao na mais restrita acepo do termo;

    3. uma serie de aes, ou seja, atos conjugados praticados pelo

    adorador. Estes atos em conjunto so o que forma o culto.

    4. O culto a resposta do homem revelao de Deus.

    5. O culto honra, reverencia e louvor que a criatura dedica Divindade.

    COMENTRIO INICIAL

    O culto to antigo como o homem. J era praticado no den, pois vemos Caim

    e Abel praticando-o; Caim, ritualista, hipcrita, adorador por mera formalidade; Abel

    prtico, sincero e cultuando de corao.

    O livro de Isaias fala do culto formalista daqueles que o adoravam a Deus s de

    lbios. A mulher samaritana imaginava um local nico onde se devia adorar a Deus.

    Ate hoje muitos esto presos a lugares, marcas e costumes e tradies, mas, o

    Altssimo imensurvel, no tem fronteiras, no aceita o culto enlatado.

    Pode-se cultuar a Deus no fundo do mar, na mais alta montanha, no vale mais

    profundo, nas naves espaciais ou em outro planeta. Em JO 4:23 Jesus fala que os

    verdadeiros adoradores adoraro o Pai em esprito em verdade.

    Houve infelizmente, uma degenerao no culto e existem pessoas que prestam

    cultos aos anjos. (CL 2:18) e at culto a demnios. O apostolo Paulo chama de

    CULTO RACIONAL, a apresentao de nossos corpos em sacrifcio vivo, santo e

    agradvel a Deus (RM 12:1).

    Explicando esse versculo;

    A partir do captulo 12, at o fim, o apostolo Paulo se preocupa em quando

    Paulo fala em apresenteis, pode ser traduzida tambm por oferecer. Culto racional

  • 26

    provavelmente se trata de culto espiritual. Em contraste como formalismo existente no

    templo de Jerusalm.

    OS CULTOS HOJE

    Os elementos do culto evanglico dos dias atuais so:

    - Hinos (louvores)

    - Leitura Bblica

    - Orao

    - Contribuio

    - Pregao

    - Bno Apostlica

    HINOS

    A funo da msica na igreja preparar o povo para receber a poderosa palavra

    de Deus. Os hinos do vitalidade ao culto, pois atravs deles o adorador extravasa

    seus sentimentos de louvor gratido a Deus.

    Diz-se que os cristos primitivos cantavam muito, herana recebida dos judeus,

    Plnio, escrevendo ao imperador sobre o culto dos cristos, dizia: Eles esto sempre

    cantando. Os Salmos so o mais maravilhoso hinrio de todos os tempos.

    A LEITURA DA PALAVRA

    A leitura das escrituras deve ocupar um lugar de destaque no culto pblico.

    claro que todos os cristos devem portar suas bblias, para acompanhamento da

    leitura, cristo sem bblia soldado desarmado; falta de testemunho, falta de

    coragem de ser confundido ou identificado como sendo um dos tais, ou seja um

    crente.

    Nossas igrejas fazem normalmente leituras responsivas, ou seja, um leitor no

    caso, o dirigente do culto l um versculo e o povo responde com outro, at o fim do

    capitulo ou do texto escolhido.

    O salmista declara: oh! Quanto amo a tua lei! Ela a minha meditao o dia

    todo.

  • 27

    A ORAO

    A orao um dos principais e indispensveis elementos do culto a Deus.

    o momento em que a alma se descobre perante o criador e invoca - lhe as

    suas bnos. Orar entrar em contato com o Senhor ouvindo-lhe as repreenses,

    seus cuidados, seu amor, expor-lhe nossos apelos e receber Dele as bnos. Orao

    no um discurso, como fazia os fariseus; no uma reza como muitos fazem, no

    como um disco, que repete a mesma musica, vrias e vrias vezes, orao no

    memorizao.

    A orao que sai da boca, sem que o corao a direcione, como uma seta que

    sai em alvo errado.

    CONTRIBUIO

    Um culto sem ofertas, dzimos anti-bblico, pois os mesmos representam a expresso

    de gratido do cultuador.

    A contribuio no culto bblica, leia MC 12:41-44, o dzimo deve ser entregue

    igreja, (a casa do tesouro afim de que haja mantimento a ela ML 3:10).

    Alm de beneficiar ao corpo de Cristo num todo, o dzimo beneficia nossas

    vidas, pois um segredo espiritual (Por vossa causa repreenderei o devorador, para

    que no vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo no ser estril, diz o

    SENHOR dos Exrcitos ML 3:11), ou seja, devido a sua atitude, Deus repreende a

    atuao de roubo em sua vida.

    A PREGAO DA PALAVRA

    a parte central do culto. O pregador o transmissor das verdades do eterno

    Deus. Para o pastor, a pregao deve ocupar o lugar supremo da sua vida, dos seus

    propsitos dos seus interesses, das suas ocupaes, dos seus estudos e esforos.

    Tudo que est ligado sua, submete-se sua funo de pregar.

    Se fizer do ministrio de pregar, um campo de intrigas, exploraes, vantagens

    financeiras e sociais, sua queda ser inevitvel e fatal, sua obra ser intil e prejudicial

    a Cristo e sua causa.

    Afinal, a pregao revela o propsito de Deus aos homens, transmite graa,

    sabedoria, poder e vida. Quando a pregao diminui, o povo perece, por falta de viso

    e do conhecimento de Deus; quando a pregao desaparece, as trevas cobrem os

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    coraes e as almas se perdem. A causa de Cristo nos tempos apostlico se expandiu

    pela pregao da palavra de Deus. Espero que hoje esteja se expandindo pela minha

    e sua pregao!

    A BENO APOSTLICA

    A bno apostlica, ao trmino de cada oficio sagrado, uma prtica j

    consagrada entre ns.

    A beno apostlica era comum no A.T., conforme NM 6:24-26.

    NM 6:24-26 O Senhor te abenoe e te guarde, o Senhor faa resplandecer o rosto

    sobre ti e tenha misericrdia de ti, o Senhor sobre ti levante teu rosto e te d paz.

    Mas a beno usada a que se encontra em II CO 13:13. Normalmente,

    fazemos assim: o ministro oficiante, ao final do culto, levanta as mos sobre o auditrio

    e profere a beno com solenidade. A graa de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de

    Deus nosso Pai e as consolaes do Esprito Santo sejam com todos desde agora e

    para sempre. Amm. Em algumas igrejas, a bno apostlica e cantada.

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    XI. O Pastor e a Organizao da Igreja / Ministrios

    Na pratica pastoral o pastor no o faz tudo. Acredito que j ficou claro que o

    ministrio pastoral o ministrio da palavra. Quando outras coisas atrapalham o pastor

    de preparar sermes, aconselhar, orientar as ovelhas de acordo com a Bblia, deve-se

    resolver rapidamente para que o brilho do ministrio no se apague.

    Sendo assim, o pastor deve delegar atividades aos membros, acompanha-ls na

    execuo, lembre-se, acompanhar significa explicar como fazer, conversar para saber

    se tudo estar correndo bem. Muitos pastores acham que s vai sair bem feito se ele

    fazer, isto no verdadeiro, outras pessoas faro e cometero erros e acertos, cabe a

    ns pastores administrar, organizar.

    Uma igreja organizada funciona com os ministrios que tem. No queira colocar

    uma pessoa para fazer um monte de coisa. Assim como voc no deve se acumular de

    atividades, seus liderados tambm no ento se tm duas atividades a serem feitas,

    faa uma de cada vez. Segue algumas orientaes importantes:

    Treine de pouco em pouco.

    Busque um crescimento com qualidade.

    Se no tem quem atua naquele ministrio, treine algum para aquela funo.

    Na questo administrativa: Procure pessoas da igreja que te ajude a fazer

    atas e estatsticas, organizar livros de rol permanente, rol dos membros

    ativos.

    No se fadigue com questes administrativas, o tesoureiro, assessor de

    finanas, devem ser pessoas de confiana, com bom testemunho. Estas

    pessoas o ajudaro e muito, sendo elas bem treinadas.

    Reunies de liderana devem ser bem objetivas e com freqncia.

    No deixe a igreja tomar seu tempo todo, lembre-se do que foi dito, se o

    pastor no governa bem a sua prpria casa, no pode governar a casa de

    Deus, ou seja, sua famlia vem antes da igreja, e voc deve cuidar muito bem

    da famlia, antes de cuidar de outras pessoas.

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    BIBLIOGRAFIA:

    BENTES, Joo Marques. O Guia do Pastor. Flrida: Vida, 1993 KESSLER, Nemuel. tica Pastoral: O Comportamento do Pastor Diante de Deus e da Sociedade. Rio de Janeiro: CPAD, 1988. TURNER, Donald T. A Prtica do Pastorado. So Paulo: IBR, 1989. PETERSON, Eugene. Um Pastor Segundo o Corao de Deus. Rio de Janeiro: Textus, 2000. MENDES, Jos Deneval. Teologia Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

    ATIVIDADES

    Sugerimos a leitura do Manual de Liturgia da sua denominao.

    Manual de liturgia da IEAB

    pedidos na CDL: 11 / 4284 7113 [email protected]

    Pesquisa / Trabalho

    Faa uma pesquisa bblica sobre Divrcio e Disciplina. Como se faz essa pesquisa?

    Usando apenas a Bblia, encontre os versculos que falem sobre Divrcio, aps ler,

    explique o que voc entendeu. Faa o mesmo com o tema disciplina. Lembrando que

    estes temas o pastor lhe dar com ele no cotidiano da igreja.

    RESPONDA:

    OBS: Prefira responder usando suas palavras, no copiando exatamente a resposta.

    1. O que significa preparar para pastorear?

    2. No ministrio pastoral, o que tendncias narcisistas?

    3. Qual o modelo pastoral Bblico?

    4. Quem o modelo pastoral excelente?

    5. Para que o povo precisa de pastor?

    6. Cite pelo menos 3 erros que o pastor deve evitar

    7. Porque o pastor no deve se ocupar com muitas coisas?