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29 de novembro de 2006 Painel 3 – Mecanismos de Financiamento para o Setor Seminário “Desenvolvimento de Infra- Estrutura de Transportes no Brasil – Perspectivas e Desafios Wagner Bittencourt de Oliveira – Diretor TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

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Page 1: 13 alternativas de_financiamento_bndes

29 de novembro de 2006

Painel 3 – Mecanismos de Financiamento para o Setor

Seminário “Desenvolvimento de Infra-Estrutura de Transportes no Brasil – Perspectivas e Desafios

 

Wagner Bittencourt de Oliveira – Diretor

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Page 2: 13 alternativas de_financiamento_bndes

 

I. Breve Diagnóstico do Setor 

II. Projetos Estruturantes

III.  Desafios Públicos

IV. Mecanismos de Financiamento

SUMÁRIO

Page 3: 13 alternativas de_financiamento_bndes

Sistema com baixo nível de integração intra e inter-modal;

Baixa racionalidade sistêmica (superposição de funções entre os modais);

Altos custos logísticos.

Ferrovias crescem, mas ainda aquém do padrão internacional.A produção cresce a taxa de 7,3% a.a. (2000-2005); o investimento, por sua vez, 32,6% a.a. (1997-2005), notadamente após 2003, quando foram retomados os investimentos em aumento de frota.

Ferrovias crescem, gerando impactos urbanos significativos (pelo aumentodo número de composições).Apesar da redução expressiva do número de acidentes (60%, de 1997-2005), o número de acidentes urbanos(albaroamentos e atropelamentos) não caiu.

Baixo nível de integração intra-modal entre concessionárias.

Trechos ineficientes e/ou anti-econômicos.

Problemas Regulatórios.

SITUAÇÃO GERAL:

MODAL FERROVIÁRIO:

Breve Diagnóstico do Setor

Page 4: 13 alternativas de_financiamento_bndes

Assumindo função troncal, com elevado custo operacional.

Processo de concessionamento de novas rodovias postergado. Notadamente por problemas nos Editais/modelagem econômico-financeira, identificados pelo TCU. A autorização do TCU referente ao prosseguimento do processo licitatório referente à 2ª etapa do Programa Federal de Concessões Rodoviárias se deu em novembro/2006.

Rodovias não concedidas sem mecanismo eficiente de financiamento para manutenção da capacidade.

Transporte Rodoviário de cargas desregulamentado, com oferta atomizada e elevado número de acidentes e idade média da frota. 860 mil veículos de 40 mil empresas; 900 mil autônomos; frota com idade média de 18 anos.

Transporte de cabotagem crescendo, mas aquém do potencial. O transporte de contêineres na cabotagem tem crescido a taxa de 7,42% a.a. desde 2000, superior ao crescimento da própria cabotagem.

Dificuldades de financiamento a armadores e estaleiros. Risco de crédito elevado no financiamento a novas embarcações.

Hidrovias paralisadas por falta de investimentos (dragagem, derrocamento, eclusas e terminais) e impedimentos ambientais.

MODAL RODOVIÁRIO:

MODAL AQUAVIÁRIO:

Breve Diagnóstico do Setor

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Portos crescendo, mas ainda sem mecanismo eficiente de financiamento da infra-estrutura (acessos marítimos e terrestres). A movimentação dos portos cresce 5,1% a.a. após a Lei dos Portos (1993); granéis sólidos, 9,6% a.a.; carga geral, 8,0% a.a.; granéis líquidos 2,5% a.a.; a movimentação de contêineres cresce 20% a.a. desde 2000.

Autoridades Portuárias sem capacidade de investimento e sem condições de se tornarem auto-sustentáveis.

Necessidade de melhoria da eficácia da Gestão dos Portos Públicos.

Regulamentação instável ao longo dos anos, com desequilíbrio entre o interesse dos usuários e o das empresas. A regulamentação posta em prática pelo D.A.C. após 1992 estimulou a concorrência entre companhias aéreas, nos moldes propostos pela teoria de mercados contestáveis, o que acabou por reduzir a lucratividade das empresas, aumentar a quilometragem do sistema e a oferta individual de assentos, levando ao aumento do custo operacional total e a maior fragilidade das empresas. Após 2003, mecanismos de controle da oferta foram postos em prática, o que levou a redução da sobre-oferta e dos custos operacionais do sistema.

Empresas enfrentando desafios de crescimento rápido e elevado.

Necessidade de inversões nos acessos aeroportuários (transporte urbano).

SETOR PORTUÁRIO:

SETOR AÉREO:

Breve Diagnóstico do Setor

Page 6: 13 alternativas de_financiamento_bndes

Necessidade de maior integração entre o Ministério dos

Transportes (Poder Concedente), Agências Reguladoras

(Transporte Terrestre, Transporte Aquaviário e Aviação Civil) e

Tribunal de Contas da União.

INTELIGÊNCIA OPERACIONAL:

Breve Diagnóstico do Setor

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1. Saída Norte do Agro-negócio Brasileiro

2. Saída Sudeste do Agro-negócio Brasileiro

3. Aumento da Capacidade dos Portos

4. Aumento da Produtividade das Ferrovias

5. Sistema de Cabotagem Eficiente

6. Atendimento ao Crescimento Agrícola do Nordeste

7. Integração Modal

8. Capacitação do Setor Aéreo

9. Rearranjo do Sistema Rodoviário de Carga

Principais Projetos Estruturantes

Page 8: 13 alternativas de_financiamento_bndes

CabotagemHidrovias a desenvolverFerrovias a modernizar ou a desenvolverExpansão de FerroviasBR-242 - RestauraçãoE.F. Carajás

Page 9: 13 alternativas de_financiamento_bndes

Projetos Estruturantes

USOS: R$ 21,8 bilhões

FONTES:

R$ 4,6 bilhões Públicos (21%)R$ 8,4 bilhões Privados (38%) R$ 8,8 bilhões BNDES (41%)

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Projetos Estruturantes(resumo)

Projetos Estruturantes (R$ milhões) USOS FONTES

Investimentos Valor Total

Estimado

Público Privado BNDES

1. Saída Norte do Agro-Negócio Brasileiro 2.867,0

539,0

482,1

1.845,9

2. Saída Sul do Agro-Negócio Brasileiro 2.365,6

853,0

447,9

1.064,7

3. Aumento da Capacidade dos Portos 2.343,0

1.337,2

195,0

810,8

4. Aumento da Produtividade das Ferrovias 572,4

162,4

41,0

369,0

5. Sistema de Cabotagem Eficiente 316,8

316,8

-

-

6. Crescimento Agrícola do Nordeste 3.336,6

803,6

2.026,4

506,6

7. Integração Modal 395,4

90,0

81,1

324,3

8. Capacitação do Setor Aéreo 1.508,0

500,0

251,6

756,4

9. Rearranjo do Sist. Rodoviário de Carga 8.160,0 -

4.896,0

3.264,0

Total 21.964,8 4.602,0 8.421,1 8.941,7

100,0% 21,0% 38,3% 40,7%

Projetos Estruturantes

Page 11: 13 alternativas de_financiamento_bndes

Continuidade do Programa Brasileiro de Concessões: (inclui as PPPs).

o Ampliação do Programa Federal: 2ª Etapa (7 lotes – 3.000 km), 3ª Etapa etc;

o Ampliação do Programa nos Estados (São Paulo, 3 lotes - 354 km; Minas Gerais, MG-050, 372 km);

Equacionamento do financiamento das rodovias não concedidas.

Reestruturação da regulamentação do Transporte Rodoviário de Cargas. Entre outros: - consolidação da oferta do transporte rodoviário através da criação e fusão de empresas; - definição de diversos referenciais: de tarifa mínima, de tempo máximo de direção, de limitação de idade máxima da

frota, de frota mínima para registro, de qualificação profissional.

Definição de metas a ser atingida pelos concessionários para redução do número de acidentes em ambientes urbanos (atropelamentos e albaroamentos).

Desenvolvimento das regras relativas ao direito de passagem maior integração intra-modal.

Modal Rodoviário:

Modal Ferroviário:

Desafios Públicos

Page 12: 13 alternativas de_financiamento_bndes

Sub-concessão dos acessos terrestres (rodoviário e ferroviário) e marítimo (dragagem de manutenção e de aprofundamento) de diversos portos públicos.

Equacionamento financeiro dos passivos (trabalhistas e atuariais) do conjunto das Autoridades Portuárias (com assunção pela União dos passivos trabalhistas e atuariais) e promoção de gestão profissional.

Arrendamento de novas áreas para granéis agrícolas nos Portos de Itaguaí, de Itaquí e de Suape.

Superação dos entraves ambientais para o desenvolvimento da Hidrovia do Araguaia (“Saída Norte”) e da Hidrovia do São Francisco (“Atendimento ao Crescimento Agrícola do Nordeste”).

Garantia do Uso Múltiplo das Águas.

Setor Portuário:

Modal Aquaviário:

Desafios Públicos

Page 13: 13 alternativas de_financiamento_bndes

- Implementação de Fundo de Aval, com recursos do Tesouro

Nacional, para cobertura de parte do risco de crédito no financiamento à construção de novas embarcações para o transporte de carga geral (notadamente, porta-contêineres).

Gestão e Regulamentação (visão do transporte marítimo): - Incentivo, inclusive tarifário, ao transporte de cabotagem nos

portos dotados de infra-estrutura de maior capacidade (Pecém-CE, Suape-PE, Itaguaí-RJ e Rio Grande-RS, além de Santos-SP, Paranaguá-PR).

- Criação de incentivos imediatos ao aumento do número de

embarcações para o transporte de carga geral (notadamente do tipo porta-contêineres) de melhor desempenho, adequados às características do transporte de cabotagem.

Cabotagem:

Desafios Públicos

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Promoção de Marco Regulatório eficiente e estável no longo prazo inclusive aumentar a abrangência geográfica da rede. Entre outros: - Lucratividade setorial através da utilização de redes integradas, amplas, racionais, tronco-alimentadas e

complementares entre os concessionários operadores, preservado o interesse dos usuários. - Estabilidade de longo prazo, mantidas as condições eficientes de competição. - Abrangência geográfica determinada pelo Poder Concedente. - Aperfeiçoamento dos contratos de concessão, com inclusão das condições mínimas para a prestação

do serviço, dentre elas as metas operacionais: regularidade mínima (%); realização de vôos previstos; pontualidade mínima e os níveis de abrangência.

- Incentivo à eficiência da gestão. - Política Tarifária (capaz de sustentar a rede e atender os interesses dos usuários através de preços

competitivos).

Integração dos papéis do Ministério dos Transportes, das

Agências Reguladoras – Transporte Terrestre, Aquaviária e Aviação Civil, Autoridades Portuárias, Infraero e Tribunal de Contas da União.

Setor Aéreo:

Inteligência Operacional:

Desafios Públicos

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Mecanismos de Financiamento para Investimentos

 

1 - Apoio do BNDES

- Através de Renda Fixa (Financiamento)

- Através de Renda Variável (Participação Acionária, Aquisição de Debêntures Conversíveis em Ações e através de Fundos de Investimento em

Participações - sob a forma de Equity)

2 - Parceria Público-Privada

(Financiamento ao Vencedor da Licitação)

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Apoio Financeiro do BNDES – Custo Final para o BeneficiárioRenda Fixa – Operações Diretas → Remun.Básica + Tx Risco de Crédito +

Custo Financeiro

Operações Indiretas → Remun. básica + Tx Intermediação Financeira + Remun. Agente + Custo

Financeiro

Operações Mistas

Remuneração Básica BNDES: até 1,5% aa (Gargalos Logísticos, 0% aa)Taxa de Risco de Crédito: 0,8 até 1,8% aa.Custo Financeiro: TJLPTaxa de Intermediação Financeira: 0,8% aa (operações indiretas).Remuneração do Agente: a ser negociada

Mecanismos de Captação de Recursos para Investimentos

 Participação BNDES:

- Modal Ferroviário: até 90% (Gargalos Logísticos)- Modal Aéreo; Portos e Terminais de Integração: até 80% - Equipamentos (Bens de Capital): até 100%- Concessões Rodoviárias: até 60%

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Apoio Financeiro do BNDES Renda Variável –

• Subscrição de Ações• Subscrição de Debêntures• Fundos de Investimento em Participações - FIPACs

Mecanismos de Captação de Recursos para Investimentos

FIPAC → Foram identificados pelo BNDES 18 projetos de infra-estrutura apoiáveis através de FIPACs nos setores de concessões ferroviárias e rodoviárias, portos e terminais, além do setor aéreo e aeroportos.

São previstos aportes dos Fundos no valor de R$ 1,4 bilhão, que deverão gerar investimentos na ordem de R$ 14 bilhões.

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Mecanismos de Captação de Recursos para Investimentos

Projetos Apoiáveis pelos Fundos de Participação10%

Setor Valor % FIPAC

Concessões Rodoviárias 7.552 755

Concessões Ferroviárias 3.780 378

Portos e Terminais 1.137 114

Setor Aéreo 1.095 110

Aeroportos 610 61

total 14.174 1.417

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Parcerias Público Privadas – PPP (Lei nº 11.079, de 30/12/2004

Características:

• Compartilhamento de riscos com o setor privado (20 a 30% do valor do investimento)

• Viabilização dos projetos de grande interesse público e rentabilidade insuficiente, desconhecida ou incerta, garantindo ao setor privado atratividade do negócio

• Antecipação de investimentos que exigiriam muito tempo para serem realizados apenas com recursos públicos

• Redução do risco político associado a projetos de investimentos (em função das garantias a serem disponibilizadas pelo setor público).

Mecanismos de Captação de Recursos para Investimentos

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Mecanismos de Captação de Recursos para Investimentos

•Opção interessante quando não é possível transferir o risco comercial ao setor privado;

•Atração expressiva de recursos privados;

•Regulação clara e efetiva minimiza os riscos privados do empreendimento, tornando os projetos mais baratos;

•Utilização de metas consistentes a serem observadas e critérios transparentes de aferição.

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MODELO DE REMUNERAÇÃO

Parcerias Público-Privadas

Administração Pública

(Ministério Setorial)

Sociedade de

Propósito Específico

SPE

Tarifa

Contraprestação Pública

Usuário Final

GOVERNOÓrgão Gestor

Seleção de Projetos PPP

Acionistas

Financiadores

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Agenda Pró-Ativa:

Parcerias Público-Privadas

- participação integrada do TCU com o BNDES nas

operações de PPP onde o BNDES estiver inserido

na fase de modelagem da licitação.

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www.bndes.gov.brNovembro/2006

ÁREA DE INFRA-ESTRUTURA

Wagner Bittencourt de Oliveira - Diretor