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POLÍTICAS PÚBLICAS DE REVIT ALIZAÇÃO URBANA REFLEX ÃO PARA A FORMULA ÇÃO ESTRATÉGICA E OPERACIONAL DAS ACTUAÇÕES A CONCRETIZAR NO QREN Centro de Estudos Territoriais ISCTE, Lisboa

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POLÍTICAS PÚBLICASDE REVITALIZAÇÃO URBANA

REFLEXÃO PARA A FORMULAÇÃO ESTRATÉGICAE OPERACIONAL DAS ACTUAÇÕES A CONCRETIZAR 

NO QREN

Centro de Estudos TerritoriaisISCTE, Lisboa

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Equipa e metodologia de gestão do projecto

ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DE TRABALHO

     Conceitos e vectores essenciais do trabalho

     Análise estatística e documental: Estudos, Diagnósticos, Estratégias e Programas

     Análise de enquadramentos e de boas práticas nacionais e internacionais

     Entrevistas a actores-chave

     6 Workshops de trabalho com painel de peritosClarificação de conceitos e estruturação de objectivosConsistência global do diagnóstico e das intervenções públicasReflexão estratégica e prospectiva

Estruturação dos quadros de acção futuros

CoordenaçãoCientífica

Equipa Operacional

Painelmultidisciplinar 

de peritose profissionais

(Nacional eInternacional)

ObservatórioQCA

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RENOVAÇÃO URBANA

REABILITAÇÃO URBANA

REQUALIFICAÇÃO URBANA

RENOVAÇÃO URBANA

PROMOÇÃO UBANA E TERRITORIAL

REVITALIZAÇÃO URBANA REVITALIZAÇÃO URBANA 

A importância da definição dos conceitos

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O conceito de Revitalização Urbana é entendido sobretudocomo uma estratégia e um processo, distinguindo-se da

generalidade dos programas urbanísticos, de um modo

geral sem transversalidade e integração nas suas linhas de

actuação.

Neste sentido, a revitalização urbana desenvolveestratégias e promove um processo com carácter

inclusivo e integrador, capaz de provocar iniciativas,

projectos e actuações ² de carácter transversal e sectorial

-,sendo um instrumento de gestão colectiva do território

com capacidade para utilizar como recursos próprios,

programas urbanos muito diferenciados, de cariz mais

social, económico ou cultural.

A importância da definição dos conceitos

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O duplo contexto ´de estruturaµ e ´de processoµpara o conceito de vitalidade urbana

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Três objectivos fundamentais caracterizam o processo derevitalização urbana:

1. Capacidade de promover e manter a diversidade e a integração das esferas do

desenvolvimento económico, social e do ambiente urbano, de modo a

aumentar a qualidade de vida das populações;

2. Implementar projectos de desenvolvimento estratégicos, operadores de

desenvolvimento e orientadores da mudança, antecipando problemas e

direccionando soluções, procurando sinergias entre diferentes territórios,

actividades económicas e populações;

3. Monitorizar os objectivos, considerando tanto os problemas como as

oportunidades do território no mesmo processo de planeamento, decisão eintervenção estratégica, implicando os actores desde a fase de concepção da

estratégia, da definição à execução de objectivos.

Objectivos de um processo de revitalização urbana

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Dimensões de um processo de revitalização urbana

I) Integração Sistémica: Pensar Global, Agir Local

II) A Integração das Dimensões Físicas com as Dimensões Económicas,Sociais, Culturais e Ambientais

III) Da Reparação à Prevenção

IV) A Intervenção Dos Actores Privados: Empresas, mas não só

V) Um Espaço de Gestão Colectiva e de Reforço do Papel Regulador do Estado

VI) Sustentabilidade e Inovação

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Dimensões de Intervenção da Revitalização urbana

Qualidade deVida,

Coesão Sociale Bem-Estar

Competi-tividade,

Conhecimento

e Inovação

GovernaçãoUrbana

Cultura e LazerUrbanos

Território,Ambiente

e Mobilidade

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Segmentos do sistema urbano nacional

Qualidade de vida e Coesão SocialCompetitividade e GlobalizaçãoSistema urbano e Sustentabilidade

Necessidade de compreensão do conjuntonacional

Ter atenção à dimensão da diversidaderegional e local

Incluir diferentes escalas de intervenção derevitalização urbana

DGOTDU (2002)

DGOTDU (2002)

DGOTDU (2002)

T. S. Marques (2004)

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5 perfis territoriais de diagnóstico do ¶estado-da-arte·:

E

D

C

B

A

Espaços de relação e sinergia

Espaços de reserva com potencialidade derivada

Áreas de oportunidade pontual ou estratégica

Expansões periféricas ou peri-urbanas

Centros urbanos e núcleos históricos

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Exercício de Prospectiva

Dinâmicas da revitalização urbana

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VARIÁVEIS-CHAVE CENÁRIO A CENÁRIO B

VARIÁVEIS ESTABILIZADAS

Crescimento do PIB e contençãoorçamental do Estado

Crescimento baixo do PIB, continuaçãoda contenção orçamental.

Crescimento baixo do PIB, continuaçãoda contenção orçamental.

Crescimento demográfico Manutenção do crescimentodemográfico fraco.

Manutenção do crescimento demográficofraco.

INCERTEZAS

Formas de evolução doimobiliário

Crises periódicas e polarização dospreços.

Diversificação e liquidez.

Sector da construção Crise do sector e fecho de empresasdada a incapacidade dereestruturação e reorientação dasactividades.

Reorientação progressiva das actividadespara a revitalização urbana equalificação do sector.

Aumento da entrada do capitalfinanceiro internacional noimobiliário

Polarização do mercado e das zonasurbanas e periferias.

Diversificação, liquidez e inovação.

Papel das politicas públicas nosesforços de revitalização

Debilidade e não priorização dosesforços de revitalização. Nãoregulação pública e manutençãoda degradação e polarizaçãourbana. Manutenção dafragmentação e carácter pontualda intervenção.

Fomento de medidas e programasincentivadores à revitalização.Construção de parcerias público,empresarial e famílias.Experiências de revitalizaçãointegradoras.

Fragmentação e conflitualidadesocial e urbana

Conflitualidade urbana em zonasperiféricas e degradas sobretudonas cidades.

Revitalização progressiva de espaçosmais degradados e centrais eaumento da legitimidade daregulação pública.

Exercício de Prospectiva

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0rientações estratégicas para o futuro: cenário B

Exercício de Prospectiva

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Revitalização Urbanaenquanto Estratégia

e Processo(de médio/ longo prazo)

Dinâmicassociais eeconómicas

Estruturas de governaçãoe de regulação territorial

Territórios em

contextos diversos¶áreas a revitalizar·

ESTRATÉGIA DEREVITALIZAÇÃO

URBANA(renovação, regeneração,

reabilitação, reconstrução,

requalificação, criação decentralidades, promoção)

Indicadores de¶Área a revitalizar·(dimensões doproblema)

Indicadores para¶processo deRevitalização·(dimensões dasolução)

{

Indicadores deRevitalização

SINERGIA

Colaboração/Articulação deSectores (sem contradição,repetição, sobreposição)Vitalidade público/ privado(investimento controlado peloEstado)Participação Pública

PROCESSO

DiversidadeComplexidadeDinamismoContinuidadeVisibilidade

TERRITÓRIOURBANODiversidade eComplexidadeVertebralidade eMobilidadeSociabilidadeAmbiente UrbanoCriatividadeMais-valias eexternalidades

Propostas para um Programa de Revitalização Urbana

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Pressupostos de base:

     Formulação de um único Programa ² integrado numa POLÍTICA DE CIDADES

     Definição de um sistema de coordenação nacional e local

     Coordenação de cada Projecto de Revitalização específico por um Chefe de Projecto,que detenha legitimidade técnica e politica para a intervenção (estratégica, multi-dimensional, pública e privada)

     Composição multidisciplinar da equipa de projecto, adequada aos objectivos definidos eàs acções propostas em cada ¶território de revitalização urbana·

     A Garantia de uma contratualização dos sistemas de parceria

     A existência de uma consultoria técnica e de um esquema de avaliação on-going

monitorizado externamente

     A excepcional importância da existência de dados e de indicadores

Propostas para um Programa de Revitalização Urbana

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Modelo de gestão nacional e local

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Pressupostos para as intervenções de Revitalização Urbana

Princípios de um programa de revitalização urbanaClaro entendimento do princípio de estratégia e do princípio de processo

Modelo de estratégia de RU a definir com cenários de chegada, inseridos quer nasestratégias regionais (PROTs) quer municipais

A estratégia pressupõe, nesse sentido:

1. Metas objectivas (com objectivos definidos para uma data a médio/longo prazo)2. Metas processuais (avaliação on-going)3. Valores e princípios ² que devem guiar todo o processo (Exs: Envolvimento da

comunidades, Ampliação da participação, Discussão e participação em moldespermanentes)

4. Abordagens e Métodos a adoptar (modelos de gestão e responsabilidades acordadascom os diferentes actores)

Modelo de estratégia num processo de revitalização

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Indicadores deRevitalização SINERGIA

Colaboração/Articulação deSectores (sem contradição,repetição, sobreposição)Vitalidade público/ privado

(investimento controlado peloEstado)Participação Pública

PROCESSO

DiversidadeComplexidadeDinamismoContinuidade

Visibilidade

TERRITÓRIOURBANODiversidade eComplexidadeVertebralidade eMobilidade

SociabilidadeAmbiente UrbanoSustentabilidadeCriatividadeMais-valias eexternalidades

3º Objectivo fundamental: Monitorizar os objectivos, considerando tanto os problemas

como as oportunidades do território no mesmo processo de planeamento, decisão eintervenção estratégica, implicando os actores desde a fase de concepção da estratégia,da definição à execução de objectivos.

     A avaliação on-going depende de processos específicos e da existência de dados

     A existência e gestão da informação é uma questão central, perante realidades em profunda

mutação

A construção de indicadores de análise e de monitorização

Qualidadede Vida,CoesãoSocial

e Bem-Estar

Competi-tividade,

Conhecimento

e Inovação

GovernaçãoUrbana

Cultura eLazer

Urbanos

Território,Ambiente

eMobilidade

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Indicadores compósitos : Índices de vitalidade

Contributos para a construção de um índice de vitalidade territorial

Um índice de vitalidade poderá ser composto por três parcelas:

Uma componente de base, ilustradora do conceito de vitalidade dos lugares a revitalizar e igual

para todo o país;

Uma componente ilustradora da tipologia territorial do lugar de análise para a revitalização;

Uma componente específica do projecto, caso esta se entenda como passível de se vir a

considerar, que dará azo a integrar características singulares de um dado lugar, que serão

cruciais para a sua consideração enquanto lugar a revitalizar, mas que diferem no seu contudo

de lugar para lugar.

1!! W FEW FE comC  B A Índice

A ponderação a dar a cada uma destas

componentes (a sustentar tecnicamente)

será eminentemente política,

condicionada pela necessidade de delinear regras equitativas no tratamento dos

territórios e dos projectos, mas atendendoem simultâneo à especificidade de cada

tipologia urbana e de cada tipo/processo

de intervenção

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Zona urbana dos Olivais Zona urbana de Arroios

Índice de vitalidade residencial para os bairros de Lisboa (CML)

Indicador de Competitividade Urbana (A.Mateus)

ESPECIALIZAÇÃO ACTIVIDADES

ESTRUTURA EMPRESARIAL

Condições

Produtividadeelevada

InserçãoInternacional

EMPREGO

Dinâmica deCriação de

Valor 

Acesso aos Factoresde Produção

(gerais e específicos)

Acesso aos Serviçosde Suporte

(básicos e avançados)

 Resultados

Condições

 Resultados

ICU(emprego/valor)

Crescimentosustentado

Competênciasrelevantes

POPULAÇÃO

Dinâmica deConsumo

InovaçãoIniciativa

QUALIDADE E DIMENSÃODO ESPAÇO URBANO

ICU(população/consumo)

ICU

Acesso às Infra-estruturas demobilidade global

(informação/comunicação)

QUALIDADE E DIMENSÃODO MERCADO

Instituições favoráveisà criação de riqueza

(regras/processo decisão)

Aprendizagem Rápidae Permanente

(educação/formação)

Serviços

Globalização

Cultura

Património

Mobilidade

Conhecimento

Tecnologia

Empreendedorismo

Indicadores compósitos : Índices de vitalidade

Exemplos de índices compostos já desenvolvidos

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Componentes e alguns indicadores típicos nos estudos suecos sobre o nível de vida

Componentes Indicadores

1. Saúde e acesso aos cuidados de saúdeCapacidade para caminhar 100 metros, vários sintomas dedoença, contactos com médicos e enfermeiros

2. Emprego e condições de trabalho

Experiências de desemprego, exigências físicas do

trabalho, possibilidade de sair do local de trabalho duranteo período laboral

3. Recursos económicosRendimento e riqueza, propriedade, capacidade pararesponder a despesas inesperadas até 1000 dólares numasemana

4. Educação e capacidades Anos de escolarização, nível de escolarização alcançado

5. Família e integração social Estado civil, relações com amigos e familiares

6. Habitação N.º de pessoas por habitação, comodidade7. Segurança da vida e da propriedade Exposição a violência e roubos

Fonte: Erikson, 1993

Indicadores compósitos : Índices de vitalidade

Exemplos de índices compostos qualitativos