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Surpresa: isto é uma peça de teatro! “Não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas” “Ready! Down. Set… HUT!”... O futebol americano chegou a Braga cultura reportagem N.O.V.A. é a primeira peça do Teatro Independente de Braga, uma “estrutura” criada pela actriz/encenadora Isa Magalhães, há dois meses. O espectáculo, para oito “actores”, tem estreia marcada para esta semana. Não se podem divulgar dias e horas. Mas nós, que já vimos, podemos assegurar que vai causar polémica. A lista A venceu as eleições para a AAUM no passado dia 7. Apresentando um projecto de continuidade, Luís Rodri- gues, o actual presidente, revelou ao ACADÉMICO as suas motivações e projectos para continuar na luta pelos interesses dos alunos minhotos. Página 14, 15 e 16 Já há uma equipa de futebol americano na cidade de Bra- ga. Surgiu há cerca de oito meses, fruto de um gosto de Ga- briel Rocha, fundador e presidente do clube Maximinos Warriors. O ACADÉMICO foi conhecer os “guerreiros”, não do Mi- nho, mas de Maximinos! Página 11 entrevista Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 139 / ANO 5 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 14.DEZ.10 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico Página 20 e 21

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Surpresa: isto é uma peça de teatro! “Ready! Down. Set… HUT!”... O futebol americano chegou a Braga Já há uma equipa de futebol americano na cidade de Bra- ga. Surgiu há cerca de oito meses, fruto de um gosto de Ga- briel Rocha, fundador e presidente do clube Maximinos Warriors. O ACADÉMICO foi conhecer os “guerreiros”, não do Mi- nho, mas de Maximinos! Página 11 Página 20 e 21 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico

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Page 1: Document12

Surpresa: isto é uma peça de teatro!

“Não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas”

“Ready! Down. Set…HUT!”... O futebol americano chegou a Braga

cultura

reportagem

N.O.V.A. é a primeira peça do Teatro Independente de Braga, uma “estrutura” criada pela actriz/encenadora Isa Magalhães, há dois meses. O espectáculo, para oito “actores”, tem estreia marcada para esta semana. Não se podem divulgar dias e horas. Mas nós, que já vimos, podemos assegurar que vai causar polémica.

A lista A venceu as eleições para a AAUM no passado dia 7.Apresentando um projecto de continuidade, Luís Rodri-gues, o actual presidente, revelou ao ACADÉMICO as suas motivações e projectos para continuar na luta pelos interesses dos alunos minhotos.

Página 14, 15 e 16

Já há uma equipa de futebol americano na cidade de Bra-ga.Surgiu há cerca de oito meses, fruto de um gosto de Ga-briel Rocha, fundador e presidente do clube Maximinos Warriors.O ACADÉMICO foi conhecer os “guerreiros”, não do Mi-nho, mas de Maximinos! Página 11

entrevista

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA139 / ANO 5 / SÉRIE 3

TERÇA-FEIRA, 14.DEZ.10

www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico

www.twitter.com/jornalacademico

Página 20 e 21

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SEGUNDA PÁGINA

E eis que chegamos ao último ACADÉMICO deste ano civil. Doze edições, onde dezenas de colaboradores desempenharam um papel fundamental no crescimento deste jornal. Doze edições onde, muitos deles, sempre de forma voluntária deram o máximo a este projecto… O único semanário académico do país. É, pois, direccionada a todos eles, a minha primeira palavra de agradecimento, com o sentimento que sem a vossa colaboração, nada disto era possível.Demos voz aos mais importantes intervenientes da Universidade do Minho. Levantamos problemas em relação a situações que “estrangulavam” a vida de um estudante. Estivemos na linha da frente de combate à Acção Social Escolar que, este ano, voltou a penalizar os estudantes do Ensino Superior. Demos a cara, fomos à luta, fizemos jornalismo, sempre com a noção (sim, porque nós temos a noção que não somos per-feitos) que um erro pode sempre acontecer. Muitos aconteceram, mas estes fazem-nos crescer. Preparam-nos, ainda melhor, para o exigente e escasso mercado de trabalho. Somos um laboratório de jornalismo e nunca seremos uma parcela de “pequenos iluminados” que se acham superiores a tudo e todos no que a esta questão diz respeito.Em relação a esta última edição, volta-se a dar voz, novamente, a Luís Rodrigues, recentemente reconduzido presidente da AAUM. Depois de uma vitória esmagadora e esclarecedora nas urnas, Luís Rodrigues tem uma pressão extra colocada pelos estudantes. 89% é um resultado histórico. A força dos estudantes sobre-pôs-se, uma vez mais, a qualquer outra que se quisesse impor na universidade. A voz, dentro dos campi, continua a ser dos estudantes. Desejo toda a sorte do Mundo ao Luís Rodrigues para continuar a defender, de forma idónea, credível, sincera e descomprometida, os interesses dos estudantes da Universidade do Minho. Tenho a certeza que voltará a cumprir com o que prometera e a fazer um excelente mandato à frente da AAUM.Agora, é tempo de exames. É tempo de estudar e o ACADÉMICO irá, certamente, voltar, ainda com mais força. Boa sorte a todos e até lá continuem-nos a seguir nas redes sociais e no nosso sítio electrónico. É por lá que nos iremos encontrar até Fevereiro.Até lá e... Boas Festas!

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Reveillon AAUMQual a melhor forma de fechar o ano? Juntar amigos de infância a amigos da universidade na mes-ma festa, claro está! Pela 3ª vez, a AAUM organiza uma passagem de ano onde promete muita festa e animação para todos. Conten-ção pede-se numa noite de exces-sos. Mas se há coisa que os es-tudantes do Minho sabem fazer é divertir-se. E esta é a vossa noite.

AbstençãoInfelizmente, e como já era de esperar, voltou a ser o resultado mais expressivo das eleições. Os estudantes da UM voltam a alhear-se das grandes decisões e, as explicações para o sucedidos, parecem ser sempre as mesmas. A inexistência de uma oposição forte e consistente, alheada ao “já está ganho” parece ter movido os estudantes do Minho.

Luís RodriguesUm resultado histórico. Grande noite eleitoral para o estudante de Ciências da Comunicação que convenceu os estudantes pelo mandato realizado. As muitas ac-tividades, grande parte seguindo uma linha de continuidade em relação a anos anteriores, parece agradar os estudantes que vota-ram, de forma inequívoca, no pro-jecto liderado por Luís Rodrigues.

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Gualtar Azurém Medicina Congregados TOTAL %Lista A 1048 600 178 81 1907 88,57Lista B 101 66 5 2 174 8,08Lista C 52 8 4 8 72 3,34Nulos 11 15 9 0 35

Brancos 54 31 21 3 109

TOTAL 1266 720 217 94 2297

Gualtar Azurém Medicina Congregados TOTAL %Lista D 810 452 47 67 1376 75,03Lista E 176 89 48 9 322 17,56Lista F 75 26 27 8 136 7,42Nulos 22 21 8 2 53

Brancos 179 132 88 8 407

TOTAL 1262 720 218 94 2294

Gualtar Azurém Medicina Congregados TOTAL % M

Lista G 313 205 176 30 724 36,60 4

Lista H 627 338 10 46 1021 51,62 5

Lista I 84 40 3 4 131 6,62 0Lista J 69 27 2 4 102 5,16 0Nulos 20 17 3 1 41

Brancos 147 98 24 9 278

TOTAL 1260 725 218 94 2297

Eleitores Inscritos: 17352Abstenção: 86,76%

ELEIÇÕES AAUM

Resultados7 de Dezembro de 2010

Comissão Eleitoral 2009/10

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PÁGINA 03 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

LOCALmuseu alberto sampaio tem novo director Ângela Coelho

[email protected]

Manuel Graça é o novo di-rector do Museu Alberto Sampaio, em Guimarães, desde o passado dia 2 de De-zembro. O novo director é natural do Porto e veio subs-tituir Isabel Fernandes que deixou o cargo invocando razões de ordem pessoal.O novo director confessou à Guimarães TV que admira o processo de restauro, de reconstituição e reordena-mento da cidade de Guima-rães, destacando a qualidade do museu, dos seus serviços e da equipa técnica.Manuel Graça considera que este é um desafio enorme, relembrando que Guima-rães foi a cidade escolhida para ser a Capital Europeia

da Cultura em 2012.O portuense garantiu à te-levisão vimaranense ter vá-rias ideias para o futuro do Museu Alberto Sampaio, no entanto, terá que falar primeiro com a sua equi-pa. Quanto aos objectivos que se propõe a alcançar, o director não esconde o de-sejo de manter o museu no mapa, assumindo-o, a ele e à cidade de Guimarães, como centro do Norte.O actual momento de crise é também uma preocupa-ção de Manuel Graça, con-tudo, isso não o demove da ambição de manter o museu próximo da população e, até, de o levar à cidade, para fora de portas.Manuel Graça revelou que quer deixar a sua marca no museu, mas numa conti-nuidade do trabalho desen-

volvido por Isabel Fernan-des, que, durante 11 anos, criou uma gestão muito própria.

O novo director concorreu ao cargo pelo desafio pesso-al que representa dirigir um espaço museológico com prestígio, como é o Museu Alberto Sampaio, surpreen-dendo-se pela qualidade e pela oferta do mesmo.Definindo-se como muito português, Manuel Graça continua a ter muita espe-rança no país e na cultura.O director licenciou-se em História, na variante de Arte, na Faculdade de Le-tras da Universidade do Porto. Além disso, tirou um Mestrado em História da Arte. Fez parte de diversas campanhas arqueológicas, nomeadamente na Casa

Museu Guerra Junqueiro. Foi, também, técnico supe-rior, trabalhou na Câmara Municipal do Porto, onde chefiou a Divisão Municipal de Museus.Paralelamente, leccionou na Escola Superior Artística do Porto, onde pertenceu ainda aos Conselhos Científico e Pedagógico.Manuel Graça tem cerca de meia centena de trabalhos publicados em Portugal e no estrangeiro, nas áreas da História, História da Arte, Património, Genealogia e Heráldica, e outras tantas apresentações proferidas em congressos e conferên-cias.

DR

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Manuel Graça é o novo director do museu

Cidade de Guimarães vai ser, em 2012, capital Europeia da Cultura

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PÁGINA 04 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICOLOCAL

Joana neves

[email protected]

De olhos postos nos incên-dios que têm devastado a re-gião do Minho nos últimos anos, um grupo de cidadãos resolveu delinear um pro-jecto de reflorestação para a mesma, a que chamou «Projecto Floresta do Mi-nho».Criado em Agosto deste ano, a ideia do projecto é unir e sensibilizar a socie-dade civil em torno de um objectivo comum, a produ-ção de plantas.Sob o mote “Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e tra-balhar em conjunto é a vitó-ria”, pretende construir-se um viveiro florestal, cujas árvores serão utilizadas

para reflorestar a região e desenvolver um novo plano de gestão e planeamento, bem como realizar um ca-dastro florestal. Com uma página no Fa-cebook, um site próprio, e uma petição pública em cir-culação, a primeira fase des-te programa será a produção de plantas de espécies au-tóctones, como a azinheira, o sobreiro, o castanheiro, o carvalho e o pinheiro, para a reflorestação dos montes dos dez concelhos de Viana do Castelo. Este é um projecto relevan-te, quando contabilizado que, entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro deste ano, os in-cêndios florestais consumi-ram quase 129 mil hectares, contra aproximadamente 83 mil, em igual período do

ano passado (mais 54,5%), de acordo com o relatório provisório da Autoridade Floresta Nacional. Mais

ainda quando, de acordo com o mesmo documento, o distrito de Viana do Cas-telo apresenta um total de,

segunda oportunidade para as florestas do minho

brinda o novo ano no reveillon aaum’11!sofia BarBosa Pereira

[email protected]

Vem aí mais uma viragem de ano e nada melhor que comemorar com a melhor academia do país.Por isso, a AAUM vai or-ganizar, pela terceira vez consecutiva, o Reveillon AAUM. A ‘noite académica’ do novo ano terá, este ano, lugar na Quinto do Xisto, em S. Ma-mede, Braga.Para a viagem dos estudan-tes até ao local da festa serão

disponibilizados autocarros gratuitos para garantir a li-gação entre os pólos de Azu-rém e Gualtar à Quinta do Xisto, sendo apenas obriga-tória uma pré-inscrição nos locais de venda dos bilhetes (sedes AAUM e gabinetes de apoio ao aluno).Os estudantes poderão con-tar com bar aberto e cate-ring durante toda a noite e com dois espaços de dança, animados pelos habituais dj’s da academia minhota: “Ninguém melhor que eles conhece os gostos dos es-

tudantes”, sustenta Marisa Ribeiro, vice-presidente do Departamento Recreativo da AAUM.Para se juntar a esta festa, os sócios da AAUM terão de pagar apenas 25 euros, se comprarem os bilhetes até dia 23 de Dezembro. Após essa data, o valor acresce para 30 euros.Para os restantes estudan-tes, e seguindo a mesma ló-gica, os bilhetes são a 30 e 35 euros, respectivamente.Esta é então mais uma pas-sagem de ano organizada

pela AAUM a prometer muita diversão e uma ópti-

ma entrada no ano que se avizinha.

aproximadamente, 24 mil hectares de floresta ardida, apenas precedida pelo dis-trito da Guarda.

Pretende-se construir um viveiro florestal, cujas árvores serão utilizadas para reflorestar a região

A Quinta do Xisto foi o local escolhido para acolher este evento organizado pela AAUM

DR

DR

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PÁGINA 05 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

CAMPUSinstituto de educação comemora 1º aniversáriosónia riBeiro

[email protected]

O Instituto de Educação (IE) da Universidade do Minho (UM) comemorou o seu 1º aniversário, no passado dia 10 de Dezembro. A cele-bração começou com uma sessão solene presidida pelo reitor António Cunha, onde foram entregues os diplo-mas. O dia foi dedicado à refle-xão do papel da educação na qualidade de vida das pesso-as e no desenvolvimento das sociedades. “O Conselho do Instituto decidiu fazer coin-cidir o Dia do IE com a co-memoração da proclamação pelas Nações Unidas dos Di-reitos do Homem, em honra da inclusão nessa Carta de Direitos do próprio direito à educação”, conta Leandro Almeida, presidente do IE. A comemoração integrou ainda a conferência “Edu-cação e Desenvolvimento”, proferida por Júlio Pedrosa, professor catedrático da Uni-versidade de Aveiro e mem-bro do Conselho Consultivo do Instituto, que abordou a relação entre a educação e o

desenvolvimento das pesso-as, das comunidades e das sociedades em geral. “Nos dias que correm importa questionar o modelo de de-senvolvimento em curso, devolvendo à educação o papel central na capacitação dos indivíduos para o exer-cício da auto-determinação, da liberdade e avaliando as condições para o exercício dessa mesma liberdade”, de-fende Leandro Almeida.

Exposições reflectem rique-za do IEO primeiro aniversário co-meçou já a ser comemorado ao longo da semana, com um conjunto de exposições expostas no átrio do IE, sob o tema ‘Educação e Direitos Humanos’, e na sala de reu-niões do Instituto, intitula-das ‘Memórias de um Tem-po Escolar. “Basicamente as exposições reflectem o mundo das escolas, da edu-cação e dos direitos huma-nos”, reflectindo “a riqueza do quotidiano desta Escola”, explica o presidente do IE. Muitas das exposições cor-respondem a trabalhos prá-ticos de alunos e publicações

dos docentes do Instituto.

Ano marcado pelo envolvi-mento de todos na criação do IEDeste ano que passou, Le-andro Almeida destaca a capacidade dos antigos IEC e IEP se entenderem para criar um só Instituto, salien-tando o papel dos seus res-pectivos presidentes ante-riores, Luísa Alonso e Paulo Dias. “Estamos face a uma situação pouco frequente na Academia em que juntam duas escolas com projectos similares, mas com cultu-ras diferentes, reportadas a uma mesma área de inter-venção”, sustenta.O presidente do IE realça, ainda, o empenho de todos os docentes, trabalhadores não-docentes e estudan-tes na adaptação às novas práticas e regulamentos do Instituto: “Este processo de integração tem sido lento e muito exigente, mas tem sido, felizmente, consegui-do fruto do envolvimento, compreensão e tolerância entre todos face ao objectivo comum de construção de uma única Escola”.

Leandro Almeida acrescen-ta, que este “foi um ano bas-tante exigente pelas mudan-ças que foram necessárias, e consequente exigência de adaptação por parte das pessoas, mas julgamos que agora estamos já numa fase de consolidação e de peque-nos acertos”.

Aproveitadas mais-valias dos antigos institutosA nova escola partiu dos projectos desenvolvidos na área dos Estudos da Crian-ça e da Educação, pois “seria uma perda irreparável par-

tir da ‘estaca zero’ quando a UM investiu na formação de educadores e professores, e na educação e ciências da educação em geral, mais de três décadas da sua existên-cia”, sustenta Leandro Al-meida. Considerada a maior escola em termos de recursos hu-manos, qualificação acadé-mica e projectos de ensino na área, o presidente do IE espera que o próximo ano seja significado de mais oportunidades e sucessos, que possibilitem fazer jus à posição do instituto.

ana isaBel loPes(aluna de Ciências da Comu-nicação a estudar em sala-manca)

O espanhol e o portu-guês estrangeiro

Na primeira conversa que tive com um espanhol de plena nacionalidade (sim,

do outro lado da fronteiraque até agora só tinha tido o prazer de conversar com outros estrangeiros), des-cobri algumas coisas en-graçadas sobre Portugal e os portugueses. É verdade, aprendi coisas com ele sobre o meu país, que eu mesma, nunca me havia apercebido. Primeira: toda a mulher portuguesa tem bigode. Bem, depois de uma longa explicação sobre depilação lá entendeu que se calhar não era verdade. Mas a con-versa continuou e descobri

que os franceses tratam os espanhóis (segundo estes) “como se fossem portugue-ses”, ou seja, como se fos-sem alguém inferior, e isso deixava-o perplexo. Ora aí teve lugar outra explicação, um pouco mais demorada, sobre igualdade. Parece-me, sinceramente, que foi semente que não deu fru-to. Prosseguindo a conver-sa, disse-me, ainda, que quando algo não funciona, é porque é português. Não expliquei, não porque não

tivesse nada para dizer, mas porque não valia a pena. E fez-se silêncio. Só me ocor-reu dizer-lhe o que sempre me diz a minha querida avó: “de Espanha, nem bom vento, nem bom casamen-to!”. Pensando eu que não ia ter resposta, eis que sur-ge a inesperada: “mas nós somos mais ricos, porque é que não nos consideram um ‘bom partido?’”. E aí acabou a conversa. Espero que pelo menos quanto à depilação tudo tenha ficado bem es-

clarecido. Quanto ao resto, não sei o que dizer. Não vá ele ter razão.Na verdade, o preconceito é algo que praticamos e sofre-mos constantemente. Por vezes nem nos damos conta que as coisas que pensamos e que julgamos ser algo natural e de senso comum, são para outros não só estranhas mas até ofensivas. E ninguém, em qualquer parte do mundo, está livre de fazer parte des-ta realidade.

DR

A união entre os antigos IEC e IEP são destacados por

Leandro Almeida

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CAMPUSPÁGINA 06 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

Maria João Quintas

[email protected]

iolanda liMa

[email protected]

Cláudia fernandes

[email protected]

Luís Rodrigues, líder da lis-ta A, foi reeleito presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) na passada terça-feira, dia 7 de Dezembro, com 88,57% dos votos. Em segundo lugar ficou Pedro Castro, cabeça da lista B, com 8,08% dos votos e em terceiro lugar ficou Francis-ca Goulart, representante da lista C, com 3,34% dos votos.Sérgio Moura mantém-se à frente da mesa da Reu-nião Geral de Alunos com

os candidatos era o comba-te à abstenção e esperava-se que, este ano, estes valores decrescessem, o que não se verificou. “Sem dúvida que o grande adversário nestas eleições é a abstenção. Tentamos, ao longo da campanha eleito-ral, promover a participação dos estudantes neste acto eleitoral, sensibilizando-os para a sua importância, com o objectivo de combater esta elevada abstenção que se tem verificado, que é gené-rica e transversal a todos os actos eleitorais do país, mas que, de facto, se tem tornado preocupante na Universida-de do Minho”, disse Luís Rodrigues. Pedro Castro assume uma posição clara face à origem do problema e admite que este é gravíssimo e precisa de ser suprimido, afirman-do que “é necessário haver

Já Francisca Goulart refe-re: “Esta elevada abstenção demonstra que existe uma

luís rodrigues reeleito para a presidência da aaum

preocupante, não só na Uni-versidade do Minho, mas em várias universidades do país. Mas eu penso que o facto de as eleições serem só um dia implica que haja muita abstenção, essa é a ex-plicação mais plausível que eu tenho para esta situação”.Concluído o processo eleito-ral, a Associação Académica

Luís Rodrigues acarinhado pela sua lista depois de anuciada a vitória

vai agora com uma equipa renovada, voltar ao seu rit-mo habitual de trabalho. Pedro Castro e Francisca Goulart prometem manter-se activos nos movimentos que representam, respec-tivamente, o AGIR e o Elo Estudantil, e não descartam a hipótese de uma recandi-datura no próximo ano.

75,03% dos votos a favor da lista D. Para o Conselho Fis-cal e Jurisdicional venceu a lista H, sendo Nelson Cer-queira o novo presidente. No entanto, as eleições para a AAUM ficaram marcadas, mais uma vez, pelo elevado valor da abstenção, 86,76%. O objectivo comum a todos

uma reflexão profunda so-bre isto e sobre o porquê dis-to acontecer. O que eu acho é que os alunos se sentem claramente afastados da Associação Académica, e se se sentem afastados é por-que as últimas direcções da AAUM têm promovido esse afastamento”.

falta de democracia e uma falta de esclarecimento na Universidade, o que é la-mentável para todos nós e para a própria academia”.Esta questão preocupa também o presidente da Comissão Eleitoral, Pedro Almeida, que sublinhou: “A abstenção é um problema

A RUM acompanhou a noite eleitoral com uma emissão especial em directo, contando com dois ex-presidentes como convidados

Pedro Almeida, presidente da Comissão Eleitoral, foi o responsável pelo anúncio dos resultados

Luís Miguel Costa

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CAMPUSPÁGINA 07 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICOeleições aaum... as reacções

Pedro Castro (lista B)

Qual a reacção face aos resul-tados verificados?Quando avançamos com esta candidatura, sabíamos que destronar a actual direc-ção da AAUM era uma tare-fa árdua. No entanto, conse-guimos mostrar as nossas propostas a um grande gru-po de alunos. Achamos que éramos uma alternativa à actual direcção e vários co-legas, que não conheciam o AGIR, mostraram interesse em juntar-se ao grupo. Ob-viamente o AGIR sai destas eleições fortalecido, mas não podemos descurar o facto de que, mais uma vez, assistimos a uma abstenção com valores exorbitantes. O AGIR vai continuar as suas lutas, como a luta pelo En-sino Superior que tem que ser mais democrático, exigir a revogação do decreto-lei 70/2010 e atacar, inequi-vocamente, este Governo, porque ele tem-nos atacado sistematicamente.

É o primeiro ano que te candi-datas. Encaras isto como uma preparação ou experiência para o próximo ano?Embora eu já tenha feito parte das listas do AGIR, este ano decidiu-se, demo-craticamente, que seria eu o porta-voz. O AGIR sai for-talecido para a luta porque o nosso trabalho não acaba nestas urnas.

Estão disponíveis para dialo-gar com a associação eleita?Nós temos feito isso ao lon-go dos últimos anos, no en-tanto, nenhum elemento do AGIR se ilude com esta di-recção da AAUM. Sabemos o que eles têm feito pelos estudantes: Nada. Sabemos que o caminho a seguir vai ser o mesmo, o da continui-dade. Eles não desmentem. Mais uma vez os alunos não serão bem representados.

Francisca Goulart(lista C)

O que achas deste resultado?Acho que temos de reflec-tir sobre a abstenção, que é um indicador de que o tra-balho das associações aca-démicas não tem combatido aquilo que é a crítica geral e o alheamento. Enquanto movimento, neste ano, en-frentámos sérias dificulda-des financeiras. Acho que, apesar de tudo, votaram mais pessoas em nós do que aquelas que fazem parte do movimento. Queremos que essas pessoas participem connosco, pois sabemos que são pessoas conscientes e queremos um movimento mais forte.Este é o nosso objectivo e não uma eleição com uma votação fantástica que não sabemos bem porquê. Estes votos são ganhos com mui-to custo, muito esforço irão reflectir-se num fortaleci-mento deste movimento.

Este é o primeiro ano em que te candidatas. Para o ano, pensas voltar a candidatar-te?Voltarei a concorrer se o movimento unitário assim o decidir. Vamos discutir as eleições, o que que correu mal e, a partir daí, alguém será o porta-voz, mas mui-tas pessoas dentro do movi-mento têm condições para isso.

Estás disponível a dialogar com a direcção eleita?Estamos, sem dúvida, dis-postos a dialogar, pelo bem dos estudantes.Agora, a atitude da lista A em relação à situação que aconteceu no debate foi ver-gonhosa. Nós não tivemos uma palavra a dizer sobre a desvinculação daquela ati-tude individual que aconte-ceu e fomos altamente ata-cados através dos meios de comunicação.

Nelson Cerqueira(lista vencedora cfj)

Qual a sensação desta vitó-ria?Sabíamos que nos esperava uma luta renhida, como re-almente foi. Acabamos por conseguir um resultado bom, elege-mos cinco elementos e eles (lista G) quatro. Agora es-tamos preparados para tra-balhar em equipa, sabemos que são pessoas com valor que também já passaram pelo CFJ. Nós também somos uma equipa nova no CFJ, mas que já passou pela AAUM e tem experiência, tem co-nhecimento de causa, sabe como funciona a AAUM e está preparada para agarrar este projecto. Na próxima semana vamos já começar a trabalhar com eles e começar a preparar o próximo mandato.

Qual é a tua opinião sobre a abstenção?Sinceramente já há muitos anos que ando aqui na UM e todos os anos falamos so-bre isto e, mesmo assim, não sei explicar qual será mesmo a causa que leva a estes valores. Os estudantes deveriam participar mais activamente nas questões da Academia. Tentamos fazer o máximo para combater esta absten-ção mas, infelizmente, não foi possível. Melhorámos um pouco o número de votantes, em re-lação ao ano passado, mas mesmo assim, não foi sufi-ciente.

Qual é a promessa que fazes para este mandato?Um CFJ mais presente, mais transparente e que acompanha de perto a di-recção e todo o trabalho da AAUM.

Sérgio Moura(lista vencedora rga)

Qual é a sensação desta vitó-ria?Sinceramente, confio bas-tante no trabalho que fiz neste mandato. Emociono-me, um pouco, com os nú-meros obtidos.É um voto de confiança de quem votou e dos novos elei-tores que apareceram a votar em mim e no resto da lista, que mostram acreditar no nosso projecto e nas melho-rias que se têm verificado em relação à mesa da RGA e, por isso, para mim foi um resultado bastante bom.

Qual é a tua opinião sobre a abstenção dos estudantes?Temos tentado fazer uma divulgação em relação ao que é a RGA e ao peso da mesma. Em relação a outros mandatos, tem-se notado um acrescer de interesse pela RGA, mas de facto há uma série de circunstâncias que afectam a participação dos alunos. Uma delas é que para um aluno é muito com-plicado faltar a uma aula para vir à RGA. Notei isso, porque este ano fui contac-tado várias vezes pelo e-mail institucional e, de facto, foi esse o feedback que me foi transmitido. Isso e o natural alheamento e civismo que parte de cada um porque, para além de ser um direito, também é um dever de to-dos os alunos participarem do processo de decisão da AAUM, porque, no fundo, é nisso que consiste a RGA.

O que é que prometes para este novo mandato?Fica a promessa da continu-ação e posso, desde já, dizer que, com um ano de expe-riência, já sabemos quais os pontos onde vamos incidir. Sabemos o que queremos e sabemos ao que vamos, e com este voto de confiança só nos resta trabalhar.

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UNIVERSITÁRIO os jovens empreendedores também fazem erasmusinês Mata

[email protected]

Várias universidades de Por-tugal aderiram a um pro-grama que permite jovens empreendedores realizarem a experiência Erasmus.Este projecto arrancou em 2009, mas a Universidade de Aveiro, primeira a iniciá-lo, integrou-o desde a sua fase projecto, já no ano de 2008 e a Universidade do Porto, em 2010, através da UPIN – Universidade do Porto Inovação.

O Erasmus para jovens em-preendedores permite, aos mesmos, um conhecimento além-fronteiras, tornando, dessa forma, os jovens mais competitivos no novo mer-cado, um mercado mais glo-bal e internacional.O IPN - Incubadora Associa-ção para o Desenvolvimento de Actividades de Incubação de Ideias e Empresas, tam-bém participou no projecto. Na Universidade de Aveiro já houve 17 candidaturas e quatro intercâmbios reali-zados.Os custos da experiência fi-cam a cargo dos candidatos,

mas parte deles são reem-bolsados no final da “aven-tura”. Por outro lado, a Universida-de do Porto tem recebido vá-rias propostas de jovens em-preendedores, mas quem mais participa são, ainda assim, as empresas de aco-lhimento. As empresas apoiam os participantes, criando uma relação de proximidade e partilhando a mesma ideia que será levada para fora do país.Através deste programa é dada a oportunidade de criação de novos negócios,

numa realidade em que o desemprego e a falta de es-

perança predominam na sociedade.

filiPa [email protected]

Alberto Amaral, presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Su-perior (AAAES), revelou na passada semana, que as uni-versidades e institutos poli-técnicos portugueses ex-tinguiram um total de 300 cursos, e que 500 outros estão ainda em processo de acreditação.

centenas de cursos encerrados em universidades e politécnicos por todo o país

A Agência de Avaliação e Acreditação (que começou a trabalhar este ano) decidiu fazer uma análise dos cur-sos existentes, começando por definir um conjunto diversificado de critérios, que se encontravam rela-cionados com a qualificação da equipa docente e com o número de alunos inscritos.O presidente da AAAES, em declarações feitas à Agência Lusa, negou que existam

mais de mil cursos do en-sino superior em risco de fechar no país, consideran-do isso, uma afirmação que “ultrapassa qualquer razo-abilidade, neste momento”.Para Alberto Amaral, ainda é muito cedo para antever quais as áreas que serão mais afectadas com os even-tuais encerramentos, contu-do, Educação e Gestão pode-rão ser das mais atingidas, pois estas detêm respecti-

vamente 90 e 40 cursos no ensino superior.As próprias instituições, por sua iniciativa, encer-raram, este ano, 300 dos cursos, decidindo não os submeter ao processo de avaliação e acreditação, por considerarem que estes não reuniam as condições míni-mas necessárias para serem aprovados. Porém, existem ainda 500 cursos cuja con-tinuação ou não, está ainda

por definir, encontrando-se a AAAES a averiguar a sua situação, mediante os critérios escolhidos para o efeito.Assim sendo, a contabilida-de final sobre os cursos que encerrarão efectivamente só deverá ser conhecida em Junho ou Julho, do próxi-mo ano, tal como disse o responsável do curso de Física, Henrique Paranhos, de Engenharia Civil.

DR

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UNIVERSITÁRIOPÁGINA 09 // 14.DEZ.10 //ACADÉMICO

Bruno [email protected]

A RTP2 vai lançar um con-curso de curtas-metragens. Com estreia prevista para 9 de Janeiro, “Fá-las Curtas”, terá Filomena Cautela como apresentadora. Jorge We-mans, director do canal, diz que este programa é inédito na televisão portuguesa. O programa terá 16 equipas em concurso, seleccionadas a partir de 78 candidaturas, num estilo “Taça de Portu-gal”, sendo que as equipas vão sendo eliminadas até se obter a vencedora. Cada equipa é constituída, ape-nas, por dois elementos: um argumentista e um realiza-dor.Dirigido a alunos de cine-ma, o concurso assume-se como sendo um incentivo à criação de curtas-metra-gens, algo que, segundo Jor-ge Wemans, tem sido feito

NACIONAL‘fá-las curtas’ na rtp 2

graças ao programa “Onda Curta”.As equipas têm três dias para escrever, gravar e mon-tar a curta-metragem de apenas dois minutos, sendo que, no primeiro dia, co-nhecem o espaço onde irão gravar (igual para ambas as equipas) e também escre-vem o guião, tendo este que ficar concluído até às 17h desse dia. No segundo dia conhecem a equipa seleccio-nada pela produção, tendo apenas cinco horas para gra-var a curta. No terceiro dia os jovens montam o filme, ten-do apenas cinco horas para o fazer. Quando concluem a curta, a mesma é avalia-da por um júri (constituído por Joaquim Leitão e João Garção Borges) que decide quem continua em frente e quem fica pelo caminho. Cada programa mostrará, num estilo making of, como correm estes dias de criação

da curta-metragem, sendo que, cada programa mostra-rá duas equipas em confron-to para garantir o seu lugar na final. A Valentim de Carvalho Televisão, a produtora do programa garante os meios

técnicos necessários, des-de o director de fotografia até aos cenários, passando pelos actores. Estão já con-firmados Filipe Duarte, Ca-tarina Wallenstein, André Gago, Sandra Celas, Gonça-lo Waddington, Vítor Norte,

São José Correia e Cucha Carvalheiro. Segundo a produtora, o programa “ofe-rece aos jovens cineastas a oportunidade de escreve-rem e de realizarem curtas-metragens e de poderem divulgar o seu talento”.

nuno fonseCa(aluno de Ciências da Comu-nicação em erasmus em Bar-celona)

Se há três meses andava completamente sozinho a vaguear pelas ruas de Bar-celona, a procurar um sítio onde assentar as tralhas e deitar a cabeça para dormir um sono descansado, posso hoje dizer que tenho um grupo variado de “amigos” (quando digo amigos, quero dizer “amigos”). Costumo dizer que os “amigos eras-mus” são como as pizzas instantâneas do “Pingo Doce”, que ficam prontas no microondas em 2 mi-nutos. Compramos essas pizzas para o desenrasque, porque não temos dinheiro para comprar mais nada, ou simplesmente porque não temos alternativa. Em

ao longe portugal2 minutos confeccionamos grandes amizades, conta-mos todos os nossos segre-dos, trocamos experiências e selamos esse ritual com um brinde de cerveja. No entanto, não nos deixemos iludir. Sabemos todos que essas amizades não durarão para sempre, o quão “fal-sas” são e que, um dia, cai-rão numa caixinha de lem-branças, num cantinho do nosso cérebro, destinado as “coisas especiais”. Guarda-remos essas coisas tão bem arrumadas, ao ponto de nos esquecermos do sítio onde as arrumamos. Até que um dia, vagueando o álbum de fotos, nos recordaremos do “Italiano engraçado”, da “sueca linda e perfeita”, do “mexicano que tocava gui-tarra” e da “melga da fran-cesa que não me largava quando estava bêbeda”.

PU

B

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Cláudia rêgo

[email protected]

Foi na passada semana que, aquando de uma manifes-tação feita por professores e alunos do liceu, ocorreu um conflito entre dezenas de jo-vens e a polícia.Os protestantes manifesta-vam-se por ocorrência da data de aniversário da morte de um adolescente, que fora assassinado por um agente da autoridade há dois anos atrás. Assim, alunos e professo-res fecharam a entrada aos diversos bairros da capital, num gesto simbólico, contra a violência policial.Em uníssono, os ministé-rios, as repartições públicas, os colégios e as creches pú-

blicas também estiveram fe-chados, da parte da manhã, fazendo assim, uma greve de três horas.Recorde-se que no dia 6 de Dezembro de 2008, Alexis Grigoropoulos foi assassi-nado por um polícia, de 38 anos, Epaminondas Korko-neas, que entretanto em Outubro, foi condenado a prisão perpétua.Este acontecimento terá de-sencadeado, na altura, uma onda de revolta por parte dos estudantes, o que pro-vocou um mês de violência urbana na Grécia, levando à radicalização de uma parte da juventude grega. Desta vez, novamente a 6 de Dezembro, mas de 2010, a manifestação voltou a ocor-rer e, desde o seu início, que

não fora pacífica. Com mi-lhares de protestantes a con-testar, insurgiram-se peque-nos grupos encapuzados que arremessaram pedras e barrotes contra montras de lojas e de bancos, estando a maior parte destas prote-gidas com placas de metal. Os estudantes também ata-caram a polícia com pedras e paus, tendo a mesma res-pondido com bombas de gás lacrimogéneo. Várias vitrinas de lojas ficaram destruídas, caixotes do lixo

incendiados e fachadas de bancos arruinadas. Em direcção ao parlamento, os manifestantes faziam-se ouvir ao gritar que “a Grécia não é um protectorado” re-ferindo-se à tutela imposta pela União Europeia e FMI (Fundo Monetário Europeu) ao país grego, em troca da protecção financeira.Depois de chegarem ao parlamento, os ânimos voltaram a exceder-se e os mesmos grupos atiraram pedras e um “cocktail molo-

tov” na direcção de um hotel de luxo.A polícia foi obrigada, de novo, a intervir, dividindo a marcha em dois grupos para, assim, tentar controlar melhor a situação.A manifestação causou o transtorno na cidade de Atenas, tendo obrigado, no dia seguinte, ao corte do trânsito, no centro de Ate-nas. Desta forma, o trânsito permaneceu fechado para veículos, num raio de cinco quilómetros e até às 5h da manhã (hora local). Outras manifestações estão previstas e mais de cinco mil polícias estão já em aler-ta máximo e divididos pelos vários pontos do centro de Atenas, para assim assegu-rar a ordem.

INTERNACIONALestudantes saem à rua na grécia

vÂnia Barros

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No âmbito do PISA (Pro-gramme for Internacional Student Assessment), os alunos portugueses com 15 anos conseguiram melho-res resultados do que em anos anteriores, em que os testes têm sido realizados. Este programa avalia o de-sempenho escolar dos jo-vens de 15 anos e, neste, participaram 34 países da OCDE e 41 países parceiros económicos da OCDE. As

alunos portugueses melhoram no ranking da ocde

áreas em análise são a litera-cia em leitura, na matemáti-ca e na ciência. A OCDE constata que Por-tugal melhorou nas três áreas científicas e isso deve-se, pensa a organização, às medidas políticas aplicadas desde 2005, como o inves-timento feito em computa-dores portáteis ou o acesso à banda larga, aponta o re-latório da OCDE. Outros factores foram o plano na-cional de leitura, o plano de acção para a matemática, bem como a formação de

professores em matemática e ciências, referindo o rela-tório que “Portugal é um, dos seis países, que no PISA 2009 melhorou o seu de-sempenho na leitura”. A aplicação de provas de afe-rição para os 4º e 6º anos, assim como os exames na-cionais para o 9º ano e se-cundário, fazem também parte das medidas que a OCDE elogia, assim como a criação de novas ofertas educativas para os alunos, como os cursos profissio-nais.

Assim, em 2000, os alunos portugueses com 15 anos ficavam-se pelos 470 pontos (numa escala de 1 a 698) na leitura. Em 2009 subiu 19 pontos, colocando Portugal ao lado da Suécia, Irlanda, França ou Reino Unido e dentro da média da OCDE, sendo que o melhor desem-penho pertence a Xangai (China).Nas outras duas áreas em estudo, Matemática e Ciên-cias, também se verificou uma melhoria relativamen-te aos anos anteriores. A

avaliação da literacia mate-mática é, então, de 487 pon-tos e nas Ciências os alunos portugueses conseguiram 493 pontos. Os testes do PISA foram fei-tos a cerca de 470 mil estu-dantes, representando cerca de 26 milhões de jovens com a mesma idade que es-tão na escola, em 65 países. Em 2012, a OCDE volta a avaliar as competências ma-temáticas dos alunos de 15 anos e, três anos depois, as competências na área das ciências.

DR

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elsa Moura

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Já há uma equipa de fute-bol americano na cidade de Braga. Surgiu há cerca de oito meses, fruto de um gosto de Gabriel Rocha, fun-dador e presidente do clube Maximinos Warriors, que há muito tempo acompanha esta modalidade, através do Canal ESPN América. Gabriel explica que quan-do descobriu que já existia uma Liga Nacional de Fu-tebol Americano começou a tentar criar uma na zona de Braga. Inicialmente “cha-teou” amigos e conhecidos para jogarem, mas o Face-book foi a melhor forma de convidar pessoas que nem conhecia, mas que conside-rava serem possíveis jogado-res.De há quatro meses para cá, a evolução do clube tem sido muito positiva e, actual-mente, a equipa é constitu-ída por 22 elementos, todos eles iniciados neste despor-to. O clube está aberto a no-vos membros: “Desde que tenham a partir de 18 anos e tragam consigo vontade em jogar, em aprender, e até

em nos ensinar e nos ajudar a evoluir a equipa”, apelou Gabriel Rocha. De momen-to, na sua maioria, são es-tudantes universitários que jogam na equipa, sendo que o mais velho é um professor de 38 anos. De forma a tor-nar a equipa mais competi-tiva, o objectivo de Gabriel é agora “chegar aos 35 atletas”.

Em Portugal existem 5 equi-pas

Apenas com cinco equipas no nosso país, a única braca-rense, a treinar em Maximi-nos, tem o primeiro jogo da sua história no próximo do-mingo, dia 19, pelas 14h00, no Campo Desportivo de Maximinos.O jogo de apresentação da equipa será contra os Porto

Renegades. A Maximinos Warriors já está inscrita na Liga portuguesa e, em Ja-neiro de 2011, começam os jogos oficiais.

A modalidade

Consiste numa série de jo-gadas de curta duração en-tre as quais a bola não está em jogo. São permitidas substituições entre as joga-das, o que abre as portas a muita especialização, uma vez que os treinadores põem em campo os jogadores que pensam servir melhor para a situação específica seguin-te. O jogo é muito táctico e estratégico. Em Portugal, com 18 jogadores dentro de campo ao mesmo tempo, nove em cada equipa, cada um tem uma tarefa atribu-ída para a jogada seguinte, sendo as estratégias mui-to complexas. O objectivo é somar mais pontos. A principal jogada é entrar na área ao fundo do campo ad-versário – endzone - com a posse da bola - touchdown - ganhando 6 pontos e direi-

to a pontapé livre por mais 1 ponto extra, ou mesmo 2 pontos extras, se os jogado-res tentarem, ao invés de um pontapé livre, um passe ou uma corrida.

As protecções

O futebol americano, por ser um desporto um pouco mais violento, exige pro-tecções que resguardem o corpo de possíveis lesões. Os Maximinos Warriors já

têm equipamentos, apesar de cada um ter comprado o seu, tendo em conta as fra-gilidades naturais de um clube criado recentemente, onde os apoios são, para já, da Junta de Freguesia de Maximinos.Os treinos realizam-se duas vezes por semana, à terça e quinta-feira, pelas 20h00, no campo de Maximinos.Os Maximinos Warriors es-tão no facebook e em www.warriors-fa.com.

Centenas de estudantes ocuparam o coliseu em Roma em protesto contra uma reforma promovida pelo governo que prevê cortes para a educacao

REPORTAGEM “ready! down. set… hut”... o futebol americano chegou a braga

Carolina Silva

DR

Carolina Silva

Plantel tem dois treinos semanais

Treinos árduos marcam a forma de trabalhar da equipa

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ENTREVISTALUÍS RODRIGUES

rita vilaça

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A lista A venceu, mais uma vez, as eleições para a AAUM no passado dia 7. Apresentando um projecto de continuidade, Luís Rodrigues, o actual presi-dente, revelou ao ACADÉMI-CO as suas motivações e projec-tos para continuar na luta pelos interesses dos alunos minhotos.

A lista A venceu mais uma vez e sem grande contestação por parte das listas concorrentes. Que conclusões tiras dos valores obtidos?A lista A, que é a actual direc-ção da AAUM e que é uma lista de continuidade, tem que ressalvar alguns aspectos que considero indiscutíveis, nomeadamente a participa-ção que cresceu 10%, o que me parece ser um dos pontos mais positivos nestas elei-ções. E depois, claramente, a resposta dos estudantes que se reflectiu num valor muito próximo dos 89%. Este valor é um dado de grande satisfa-ção para nós. Encaro isto com uma grande responsabilida-de e quero que toda a equipa o sinta também.

De que forma encaras mais uma expressiva taxa de absten-

ção?As taxas de abstenção con-tinuam a ser assustadoras, preocupantes. Contudo, este ano podemos olhar para as coisas de uma outra forma: e aqui temos a questão do copo meio cheio e do copo meio vazio. Sem dúvida este ano podemos olhar na perspec-tiva de copo meio cheio. Em contra ciclo, como se tinha vindo a verificar a tendência

sabilidade era das três listas, a responsabilidade era dos três candidatos! E a lista A conseguiu pôr 1.907 pessoas a votarem no seu projecto, o que representa 89% das intenções de voto. A lista A fez o seu trabalho… Tínha-mos um projecto credível, de confiança. Quando uma lista tem 170 votos e a outras tem 70 votos, num universo de 17 mil estudantes claramente

dos últimos anos, este ano conseguimos um aumento de votantes na ordem dos 10%.

Consideras que isto é um ref le-xo do que se vê lá fora no mun-do real? Achas que a comuni-dade estudantil está cada vez mais desinteressada pela vida “política”?Eu não digo que os jovens estão cada vez mais desinte-

ressados, mas a descredibili-zação no sistema político é de tal ordem que depois se ma-nifesta aqui, no universo uni-versitário onde deveria ser ao contrário, onde a massa crí-tica e a participação deveria ser maior. Mas parece-me que o problema é da base, da política em geral. Mas claro, há sempre aquelas pessoas que gostam de se agarrar à abstenção, quando a respon-

“Não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas”

Luís Miguel Costa

Nas eleições de dia 7, os estudantes voltaram a escolher Luís Rodrigues como o rosto da associação que os representa

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ENTREVISTAPÁGINA 15 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

Nesta primeira entrevista após a reeleição, Luís Rodrigues falou da campanha, da equipa e dos novos projectos

Luís Rodrigues orgulha-se de a AAUM se ter tornado um parceiro invejado de várias entidades

“Quando algum candidato apelida a AAUM como comissão de festas só demonstra que, de facto, não sabe

o trabalho que tem sido desenvolvido”

que se denota uma falta de identificação por parte dos alunos com estes projectos. Se é que lhes podemos cha-mar projectos. No fundo, estes foram apenas contra-projectos e que desempe-nharam simplesmente uma contra campanha que, numa análise aprofundada, só afas-ta mais os estudantes, nome-adamente a cena lamentável que se deu durante o debate…

Recentemente, elementos de algumas listas alegaram que a AAUM se recusava a financiar as campanhas das listas con-correntes para a presidência. Porquê esta negação?Eu sou contra, sempre fui contra e, ideologicamente, nunca hei-de coadunar com esse tipo de propostas. En-quanto eu cá estiver a AAUM nunca há-de colaborar com

esse tipo de vontades. É mui-to fácil criar não uma lista, mas dentro de um mesmo movimento criar duas, três ou quatro listas e depois ir buscar esse financiamento correspondente, quando, na verdade, a lista concorrente é apenas uma. E isso já acon-teceu em Coimbra. Num contexto universitário, acho que a campanha que deve ser feita é em debates. Não inva-lida que as listas arranjem fi-nanciamentos e boletins de campanha e cartazes. Mas acho que há tantas formas de fazer campanhas e infor-mar os estudantes que não justifica o financiamento por parte da AAUM. Não é mais fácil para nós enquan-to lista A do que para as outras listas arranjar finan-ciamento no entanto, e com muito esforço, conseguimos

fazê-lo. Alguns com prejuí-zo pessoal…

Pedro Pinheiro, o actual tesou-reiro da AAUM alegou que todo o investimento da lista A partia dos bolsos dos próprios elementos…Exactamente! É um pouco o voluntarismo de cada ele-mento e o acreditar neste projecto que depois traz este tipo de disponibilidade.

Rotulaste muitas vezes os pro-jectos das outras listas como “vazias de ideias”. Após a vi-tória, tens alguma mensagem para as outras concorrentes?Tenho… Ambos os movi-mentos passaram tanto tem-po a tentar uma coligação, o que só mostra uma fraque-za por parte de ambos, que se esqueceram de formular um projecto. O conselho que eu lhes deixei foi que para o ano, se quiserem e se conti-

nuarem a achar que algum dia representarão a vontade dos estudantes e que algum dia darão voz a 17 mil estu-dantes, leiam e estudem o projecto da AAUM. Aquilo que tem sido feito, e tão bem feito ao longo destes anos, a nível da cultura, do des-porto, da acção social, etc. Há aqui uma linha de acção que escapa ao pensamento destas listas. Certamente nenhuma lista que se quer candidatar à presidência da AAUM pode não falar de saídas profissionais, pode não falar dos estudantes e a sua integração no mundo do trabalho.

A actual AAUM foi muitas ve-zes caracterizada como “comis-são de festas”. O que é que tens a dizer sobre isto?

É uma comissão de festas com mais de 300 activida-

des por ano, com 12 depar-tamentos. Quando algum candidato apelida a AAUM como comissão de festas só demonstra, de facto, que não sabe o trabalho que tem sido desenvolvido. Não faz a menor ideia da defesa in-transigente da vontade dos estudantes. Não sabe que a AAUM tem desenvolvido um trabalho com o objecti-vo de integrar os alunos no universo do trabalho e tem desenvolvido actividades que promovem a integração dos próprios alunos nas cidades em que se encontram, quer seja Braga ou Guimarães. Não é por acaso que a AAUM é um parceiro invejado de vá-rias entidades como as autar-quias…

Durante o debate dos cabeças de lista, Francisca Goulart afirmou muitas vezes que a AAUM não dava a devida

Luís Miguel Costa

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ENTREVISTAPÁGINA 16 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

atenção às questões de cariz so-cial. Qual é a justificação que a AAUM dá?A AAUM liderou, em todos os momentos, o processo de luta contra aqueles que, com todas as suas políticas e acções ao longo deste últi-mo ano, tanto penalizaram os estudantes e mais ainda esta camada tão sensível dos estudantes que são os estudantes bolseiros. Este processo pode comprovar-se desde a postura séria que a AAUM adquiriu deste o dia 17 de Julho em que foi publi-cado o decreto 70/2010. De imediato, a AAUM contac-tou as associações académi-

cas de todo o país de forma a informa-las e sensibiliza-las das consequências que poderiam advir deste decre-to. Muito antes, se calhar, de os partidos que sustentam estes movimentos saberem as implicações que isso iria ter. Não digo que foi tudo feito, mas que muita coisa foi feita pelos alunos da UM e pela AAUM relativamen-te ao corte nas bolsas e aos atrasos das mesmas, foi! E vai continuar a ser feito porque 2011 vai ser um ano particularmente difícil.

Tendo em conta a crise eminen-temente próxima, quais são os

projectos para este mandato?É altura de pôr cada de-partamento a trabalhar, a delinear o seu cronograma para o ano de 2011. Conti-nuaremos o trabalho feito no âmbito do desporto, tal como a realização de várias actividades de índole cultu-ral e dando apoio a todos os grupos recreativos. A nível pedagógico, sem dúvida, este ano será pautado pela luta de melhores condições de aprendizagem para to-dos os alunos da UM, e isso será, sem dúvida, uma luta contínua. Enquanto o processo de Bolonha não estiver devidamente adap-

Luís Miguel Costa

Durante a entrevista, afirmou que este será o último ano à frente da AAUM, fechando-se assim um ciclo

tado a todos os cursos, en-quanto não tivermos salas de estudo a funcionar du-rante 24h, vamos batalhar. Iremos desenvolver o Lif-toff, promovendo o espírito empreendedor, combatendo a crescente taxa de desem-prego. Pretendemos, ainda, combater esta tendência portuguesa de aversão ao risco, e incentivar os estu-dantes na criação do auto-emprego.

Agora, trazendo-te para um lado um pouco mais pessoal, como é que consegues conciliar a tua vida profissional com a tua vida pessoal?Para a vida pessoal é real-mente muito difícil arranjar tempo, agora para a AAUM tenho que arranjar, e arran-jarei sempre tempo, inde-pendentemente de alguns prejuízos pessoais. E aqui, claro que deixo uma palavra de apreço e carinho à minha família que me tem apoiado tanto e me tem dado todas as condições para que eu possa dar o meu contribu-to a esta causa, à AAUM. É certamente uma grande motivação, não sou só eu, somos uma equipa de cerca

de 35 pessoas… Eu sou ape-nas o rosto e o líder de uma equipa. Deixo assim uma palavra de apreço à minha família e a todos aqueles que fazem parte desta en-tidade, um obrigado pelo trabalho que desenvolveram e tudo o que deram a esta associação.

Qual é a mensagem que deixas aos alunos minhotos?Um agradecimento pro-fundo a todos aqueles que reconhecem o trabalho desenvolvido pela actual AAUM ao longo de 2010. Reafirmo, assim, o compro-misso de defesa dos interes-ses dos estudantes. Pedia ainda a todos os alunos que participassem… Enquanto colaboradores, voluntários e em todo o tipo de activi-dades e dinâmicas que vão sendo implementadas ao longo do ano. Só assim faz sentido a existência de uma Associação Académica. Que nos dêem um feedback, só assim poderemos melhorar. A última palavra é que não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas e todas as vossas expectativas.

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INQUÉRITOque balanço fazes do ano 2010?“Tendo em conta o panora-ma económico que estamos a viver, não posso dizer que seja um balanço positivo. Os efeitos da crise são cada vez mais evidentes e os estu-dantes já começam a sofrer as consequências. O plano de estabilidade e crescimen-to veio a agravar a situação dos jovens, que pensam já duas vezes antes de ingres-sar no ensino superior. Pes-soalmente, encontro-me no fim da minha licenciatura e o receio de ser mais uma das milhares de licenciadas desempregadas apodera-se de mim, todos os dias”. Já não basta andar anos a estu-dar para conseguir vir para uma universidade pública, depois as propinas altíssi-mas, a alimentação tam-bém bastante dispendiosa, e as baixas perspectivas de emprego. Hoje em dia não é fácil para um jovem pers-pectivar positivamente o seu futuro. E, pelos vistos, esta tendência de declínio ao nível económico e políti-co vai persistir e agravar-se. Espero que o próximo ano corra melhor”.

“Foi marcado, em grande parte, pela negativa. As pes-soas andam demasiado de-primidas, reflexo da crise. Para além disto: Alguém imaginaria um tornado em Portugal? Os tornados são associados aos EUA, Uru-guai, Paraguai, Argentina. Ao associar prejuízos provo-cados pelas catástrofes na-turais e a crise vivida faz-me lembrar o fim do mundo. A nível académico, foi o ano de distinção dos primeiros anos de universidade para os últimos anos de univer-sidade. Esta transição divide duas vidas académicas dife-rentes: uma em que tudo é feito sem grande esforço e outra em que o esforço é exi-gido a todo o custo. Foi, sem dúvida, um ano em que sen-ti uma enorme exigência e pressão a nível académico, talvez pelo facto de se apro-ximar uma outra realidade: o exercer da nossa profissão. Por último, chegou a época de consumismo e os outros valores parecem ser esque-cidos. Porque não valorizar a nossa família, os nossos amigos, em vez de sermos egoístas e querermos ali-mentar o mundo de aparên-cias em que vivemos?”

“O ano de 2010 foi um ano de mudança, dado que pas-sei para o quinto ano do mestrado integrado em Psi-cologia.Esta transição implicou dei-xar de ter um percurso aca-démico com aulas e exames, mais teórico, para a fase do estágio e realização da tese, com vertente mais prática.A nível geral, o ano de 2010, foi marcado pelos proble-mas económicos de vários países, incluindo, claro está, o nosso.Outro evento que marcou o ano foi o Mundial de Fu-tebol na África do Sul em que, infelizmente, a selec-ção portuguesa não foi tão longe como o esperado”.

“O ano de 2010 foi mais um ano complicado para as economias mundiais, com crises orçamentais e crises políticas. Houve, nos países ociden-tais, um aumento grave do desemprego e uma conse-quente diminuição do po-der de compra dos cidadãos. Diversos estados europeus viram-se obrigados a soli-citar ajudas externas para contornar a crise e evitar, assim, a bancarrota. Em Portugal houve meses de discussão para que o or-çamento pudesse ser apro-vado, ainda que com a dis-cordância de grande parte da oposição.No entanto, também foi um ano positivo em vários as-pectos. Pessoalmente agra-dou-me imenso o facto de o “meu” S.C. Braga ter sido vice-campeão nacional e, posteriormente, ter garan-tido uma presença histórica na fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA. Para 2011 espero uma me-lhoria das condições de vida para toda a população mun-dial e muita paz e felicida-de.”

SUSANA PINhEIRO3º ANO //

ENGENhARIA CIVIL

SOFIA FRADE1º ANO - MESTRADO //

PSICOLOGIA

DANIEL SILVA3º ANO //

DIREITO

ELSA [email protected]

2010 está quase no fim e o ACADÉMICO procurou os estudantes do Minho para fazerem o balanço do ano de que agora nos despedimos.

A crise é, sem dúvida, um problema que ficou gravado na memória dos estudantes. As dificuldades económicas parecem, de facto, ter assustado os alunos e as preocupações para 2011são muitas. Os estudos são relembrados, também, pelos universitários neste balanço e as marcas que ficam fixam-se na exigência que os mesmos têm nas suas vidas.Para quem está agora a terminar o curso, a crise implica pensar de forma redobrada no futuro profissional. Os pontos de interrogação são imensos e a confiança no futuro profissional não é muita. Os estudantes estão desanimados, tal como muitos portugueses, e já pensam no quanto esta crise os pode prejudicar, ainda mais.

Estes alunos da UM não fazem o melhor balanço do ano que chega agora ao fim, mas a confiança num futuro melhor ainda não está posta de parte.

FILIPA MAChADO3ºANO //

RELAçõES INTERNACIONAISDRDR

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

franCisCo vieira

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Super Meat Boy foi lançado no inicio do mês e tem tido uma excelente recepção por parte da critica. É um jogo de plataformas, ao estilo de Super Mário e surge na se-quência do jogo flash elabo-rado pela Team Meat. Está disponível para Xbox e PC, sendo que as versões Wii e Mac serão lançadas apenas no ano vindouro.O objectivo do jogo é ajudar o Meat Boy, uma espécie de cubo que deixa um rasto de sangue por onde passa, a salvar a sua namorada Ban-

dage Girl das mãos do vilão Dr. Fetus.O jogo contém cerca de 350 níveis, uma enormidade de horas de jogo pela frente, apesar de nem todos serem obrigatórios para o desen-volvimento da história. Há diversas coisas a desblo-quear: níveis secretos, difi-culdade extra e personagens escondidas. Após completar um nível, é-nos dada a opção de ver o replay simultâneo de todas as nossas tentativas falhadas para chegar ao fim, o que torna esta opção, uma das coisas mais divertidas do jogo. É (mesmo) impos-sível chegar ao fim sem per-der uma vida. Super Meat Boy é, sem dú-vida, um jogo extremamen-

Site Oficial: http://www.su-permeatboy.com/

super meat boy“Save Bandage Girl!”

te divertido e difícil. Para quem dispensa um grafis-mo elaborado em troca de

Super Meat Boy é, sem dúvida, um jogo extremamente divertido e difícil

goreti faria

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São cantores, actores, mode-los, fotógrafos, apresentado-res e até mesmo desportis-tas e puseram um preço na morte. Não na tradicional, essa ninguém consegue comprar, mas na digital. Quanto custa? Um milhão de dólares – e não vale a pena regatear.Gostei do livro X, hoje es-treia o filme Y, vou dar um concerto, insultei o juiz de linha e et cetera ad infini-tum são comentários que várias personalidades co-locam diariamente na sua página pessoal em redes sociais como o Twitter e o Facebook. Algumas destas personalidades, das quais Alicia Keys, Lenny Kravitz, Serena Williams e Lady Gaga são alguns exemplos, comprometeram-se a inter-romper os habituais comen-tários e outras intervenções que fazem nestas redes – e, ao que parece, a deixar os fãs desamparados – até que

um milhão de dólares (cerca de 753 mil euros) fosse do-ado para auxílio de vítimas da SIDA.Uma estratégia imprová-vel com um retorno muito agradável: a morte digital foi anunciada no dia 1 de Dezembro – dia mundial da SIDA – e passado cinco dias o resgate tinha sido entre-gue na sua totalidade. Metade da doação foi feita pelo público em geral e pe-los artistas que participa-ram na campanha e, a outra metade, foi feita pelo bilio-nário e filantrópico Stewart Rahr. A instituição por trás da iniciativa chama-se “Keep a Child Alive” e conta com Leigh Blake como presiden-te e fundadora e Alicia Keys como co-fundadora. A sua missão é lutar contra os da-nos provocados pela SIDA em África e na Índia e, para tal, angaria fundos para tra-tamentos e cuidados em ge-ral – não só para os doentes (adultos ou crianças), mas também para crianças que perderam os pais devido à

e se a morte pudesse ser comprada?doença.

A morte fica-vos tão bemA campanha publicitária da iniciativa mostra as perso-nalidades deitadas em cai-xões pretos, acompanhadas por um telemóvel, vestidas a rigor e bem ajanotadas – uma chamada de atenção arriscada quando se preten-de promover a necessidade de combater uma doença que já matou, de verdade e sem qualquer maquilha-gem, milhões de pessoas por todo o mundo. Contudo, o que a campanha pretende realmente trans-mitir é a ideia de que pode-mos viver sem redes sociais e afins – não podemos é viver sem saúde e sem pro-tecção.Apesar da quantia propos-ta ter sido alcançada, os donativos continuam a ser bem-vindos. Mesmo que não tenha saudades das per-sonalidades em questão – e não se preocupe, é normal que não as tenha – pode fazer um donativo pela ver-dadeira razão de ser desta

campanha, pelos doentes e pelas crianças órfãs, que não saberão o que é uma morte digital, mas que lu-tam todos os dias contra a

morte real, aquela que não pode ser comprada e que é irreversível. Todas as informações dispo-níveis em buylife.org.

diversão este é o jogo certo.Ajudem este bocado de car-ne a salvar a namorada!

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 19 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

LIFTOFF AAUMSite Liftoff – www.liftoff.aaum.pt

Tertúlias LIFTOFF

A semana que passou ficou marcada por duas tertúlias

FILIPA BARROS

Suicídio transmitido em directo pela internet

Uma jovem tailandesa de 24 anos cometeu suicídio após ter terminado uma relação amoro-sa com um rapaz que conheceu na Internet. Nichakorn Srisawat transmitiu o feito através de um chat e com o auxílio de uma We-bcam, ao qual vários usuários teriam acesso, incluído o seu ex -companheiro.O seu corpo, já sem vida, foi en-contrado, com o lençol enrolado à volta do pescoço e atado a um

ventilador, pela sua empregada que, alertada para o sucedido, a tentou salvar, mas sem êxito.

Toshiba anuncia televisores com bateria

Segundo o fabricante nipónico, o que faltava no mercado era uma televisão com uma bateria recarregável onde, após uma falha de electricidade, se possa continuar a visionar os nossos programas favoritos e com uma óptima imagem. A série Power TV terá uma autonomia de ba-teria de cerca de duas horas e é especialmente pensada para utilizadores de regiões afecta-

das por cortes de energia con-stantes ou com fraca emissão de sinal.Estas baterias estão apenas dis-poníveis no mercado asiático, pelo menos para já, e os preços variam entre 220 e 306 euros.

Fotos insólitas de família cada vez mais populares

O site Awkward Family Pho-tos foi criado por Mike Bender e Doug Chernack há alguns anos por pura brincadeira, ao visionarem algumas fotos em-baraçosas e sem explicação em suas casas. Acharam que toda a gente deveria ter, pelo me-

nos, uma do género. Assim, o site foi criado para que todos pudessem publicar e partilhar esse tipo de fotografias. Cerca de uma semana depois da sua criação, o Awkward Family Pho-tos recebeu milhares de visitas.Actualmente, o site conta com perto de 80 mil fotografias e 15 milhões de visitas por mês, sendo que foi já publicado um livro nos Estados Unidos com quase 200 páginas de fotos a este submetidas.

iPhone para as mulheres e An-droid para os homens

Um estudo de mercado feito

pela Nielsen e efectuado nos EUA, revelou que as mulheres são mais admiradoras do iPhone, enquanto os homens preferem o sistema operativo Android.O estudo demonstra que 30,9% das mulheres escolhe, preferen-cialmente, o iPhone, contra os 28,6% da população masculina. No que toca ao Android, este é o predilecto de 32,8% dos ho-mens e apenas por 22,8 % das mulheres.Numa análise geral, o iPhone aparece como o preferido de 35% dos inquiridos, em contra-partida aos 28% que afirmam preferir o smartphone Android.

twittadas

organizadas pelo Gabinete do Empreendedor da AAUM – Liftoff.

A tertúlia “Empreendedorismo nas TIC” decorreu no Bar Aca-démico de Braga, moderada pelo jornalista da Rádio Uni-versitária do Minho, Daniel

Viera da Silva e contou com a presença de Carlos Olivei-ra (Mobicomp), Nuno Freitas (Sketchpixel) e pelo vice-pre-sidente do CESIUM, Miguel Regedor. Estiveram presentes cerca de meia centena de estu-dantes, numa animada conver-sa entre os presentes.

A Tertúlia “Como criar o pró-prio emprego” decorreu, igual-mente na passada semana, desta feita na passada sexta-feira, no Campus de Gualtar e contou com aproximadamente 40 participantes numa sessão que elucidou os presentes na temática em discussão.

Mais informações: Através do email [email protected] Ou visita-nos no Liftoff , loca-lizado nas Pirâmides, no Cam-pus de Gualtar em Braga.

O Liftoff deseja a todos umas Festas Felizes!

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último capítulo: guerra e pouca pazCátia Castro

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Há muito que não víamos representações tão apaixo-nantes como a de Christo-pher Plummer e Helen Mir-ren. Ele no papel do famoso escritor russo Leo Tolstói, ela como sua fiel esposa. Ambos nomeados aos ósca-res deste ano.«A Última Estação» de Mi-chael Hoffman retrata o úl-timo ano de vida do mestre das palavras e de um amor que, apesar de tudo, conti-nuou no caminho da eter-nidade.Em 1910, Tolstói era já um homem doente, de barbas brancas que procurava um pouco de paz, antes de par-tir. As últimas forças são gastas a preparar o derradei-ro manifesto contra o Go-verno, com a ajuda do novo secretário, o nervoso Valen-tim. Uma bola de ping-pong entre o casal. Seguindo uma doutrina

mais de pobreza do que castidade, Tolstói decide ab-dicar dos direitos autorais das suas obras, passando-os para as mãos do povo russo.Uma decisão desconhecida pela esposa e mãe dos seus treze filhos, a Condessa Só-fia Andréevna, que ao des-cobrir que o legado está em perigo transforma a vida do

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cd rum: Mark Ronson & The Business Intl

mark ronson e um elenco de luxoelisaBete aPresentação

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Mark Ronson regressa, este ano, aos discos, agora com a designação Mark Ronson & The Business Intl (Inter-national). O disco chama-se “Record Collection” e quase se pode dizer que é uma colecção, mas de con-vidados de luxo. Ao longo deste álbum encontramos a participação de nomes im-portantes na música como Simon Lebon e Nick Rho-des (Duran Duran), Boy George, Q-Tip, Ghostface Killah, Kyle Falconer (The View), MNDR (teclista ao vivo dos Yeah Yeah Yeahs), Jakes Shears (Scissor Sis-ters), Jonathan Price (The Drums), Nick Hodgson (Kaiser Chiefs), Dave McCa-be (The Zutons) e Andrew Wyatt (Miike Snow). O dis-co foi lançado em Setembro e já saíram para as lojas três singles. O primeiro chama-se “Bang Bang Bang” e tem a participação de Q-Tip e MNDR, uma música a lem-

brar as canções pop dos anos 80.Depois, editou “The Bike Song”, com a participação de Kyle Falconer e Spank Rock. O terceiro, “Somebo-dy To Love Me”, tem a parti-cipação do ex-Culture Club, Boy George e ainda Andrew Wyatt. Mark Ronson é um dos produtores musicais mais bem sucedidos da ac-tualidade. Já editou “Here Comes the Fuzz” (2003) e Version (2007). Este último trabalho que alcançou um sucesso estrondoso, reu-niu num só álbum nomes como Amy Winehouse, Lily Allen e Robbie Williams. Já ganhou vários prémios, entre os quais um Grammy para melhor produtor, e um Brit Award na categoria de Melhor Artista Britânico Masculino, entre outros. Produziu o conhecidíssimo álbum “Back to Black” de Amy Whinehouse, entre outros. Para escutar no CD RUM de 13 a 17 de Dezem-bro, cinco temas de “Record Collection” de Mark Ronson & The Business Intl.

CULTURAsurpresa: isto é uma peça de teatro!N.O.V.A. é a primeira peça do Teatro Independente de Braga, uma “estrutura” criada pela actriz/encenadora Isa Magalhães, há dois meses. O espectáculo, para oito “actores”, tem estreia marcada para esta semana. Não se podem divulgar dias e horas. Mas nós, que já vimos, podemos assegurar que vai causar polémica. Parte do elenco do TIB

marido num inferno.O Escritor de “Guerra e Paz” e “Ana Karenina” é obriga-do a esconder-se da mulher com quem viveu durante 48 anos. Mas uma mulher como Sófia nunca irá de-sistir. Palavras que ganham mais força quando é Helen Mirren quem agarra o papel e faz dele uma peça digna

cine rum: A última estação - em exibição

DR

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TOP RUM - 49 / 201010 DEZEMBRO

1 PELTZER - A story to tell me2 PEIXE AVIÃO - Um acordo qualquer3 OS GOLPES - Vá lá senhora4 BELLE & SEBASTIAN - I want the world to stop5 B FAChADA - Questões de moral6 OS VELhOS - Foi assim que as coisas ficaram7 MÁRCIA - Cabra-cega

8 GORILLAZ - Doncamatic (all played out)9 BALLA - Montra10 BUNNYRANCh - Where am I? Where are you?11 BEACh hOUSE - Norway12 MÃO MORTA - Novelos da paixão13 MADAME GODARD - Atlas 197714 FEROMONA - Alfama15 ALTO! - Gin tonic - we are the no ones conquering china16 NATIONAL, ThE - Bloodbuzz ohio17 BLACK KEYS, ThE - Everlast-ing light18 COCOROSIE - Lemonade

19 NOISERV - The sad story of a little town20 LEGENDARY TIGERMAN, ThE - Light me up twice

POST-IT13 > 17 Dezembro

NICOTINE’S ORChESTRA - Gotta Move OnTWIN SISTER - All Around And Away We GoDIRTY PROJECTORS - As I Went Out One Morning

BRAGACinema13 de Dezembro“ O céu Gira” – Feminino Singular, Feminino Plural – Mercedes AlvarezTheatro Circo

14 de Dezembro“O Mundo” – Médios Orientes, Ori-entes Extremos – Jia Zhang-KeTheatro Circo

Espectáculo de Circo16 e 18 de DezembroC.IA TokpotokTheatro Circo

Música18 de DezembroConcerto para Corda – Acto 5 – Or-questra Sinfónica PortuguesaThetro Circo

18 de DezembroAna Moura – Concerto de An-iversário da AAUMSalão Medieval da Reitoria GUIMARÃES

Música14 de DezembroMúsica – Café FaladoCCVF

Dança17 de Dezembro

Out of Context - For Pina – Les Bal-lets C De La B CCVF

ExposiçãoAté 26 de Dezembrohistories of Mutual RespectCCVF

Teatro18 de DezembroSexo? Sim, mas com orgasmo.São Mamede

FAMALICÃO

18 e 19 de DezembroLar de Natal - Arteduca Casa das Artes

agenda cultural

rum box

último capítulo: guerra e pouca pazleitura em dia1 - A Fada Seda e a Pena Arco-Íris de Enid Blyton - ed. Oficina do Livro: o mundo das fadas pela mão de um dos nomes maiores da Literatura Juvenil;2 - Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos de Tony Judt - ed 70: O testamento político de um dos grandes pen-sadores contemporâneos; ob-rigatório;.

3 - Romance de Uma Conspira-ção de João Paulo Guerra - Ed. Oficina do Livro: a estreia no romance de um dos grandes nomes do jornalismo portu-guês;4 - Anita Protege a Natureza de Gilbert Delahaye e Marcel Marl-ier - Ed . Babel: é a Anita e está tudo dito;5 - Cornos de Joe hill - Ed. Gailivro: Absolutamente reco-mendável.

A equipa do leitura em dia de-seja a todos umas Boas Festas e um 2011 de boas leituras!

CULTURAPÁGINA 21 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

JosÉ reis

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Quando chegamos ao local marcado, tudo parece fora do contexto. Figurinos ar-rojados, sexo, drogas, álcool, tudo isto será real? Mariana tem 27 anos e sempre aca-lentou o sonho de ser actriz. “Desde miúda que me lem-bro de falar com bonecas”, atira. Com 23 anos saiu de casa dos pais e chegou a Braga, sem ter a noção do que queria. Já Tomás, tem 29 anos, nasceu em Cucu-jães, assumiu-se homosse-

xual e os pais viraram-lhe as costas. Foi viver para o Por-to, conseguiu tirar o curso de Direito, foi professor na faculdade, mas “o bichinho do teatro” sempre lá esteve. “O teatro é uma forma de libertação para uma pessoa na minha condição”, con-fessa. E descobriu em Braga um conjunto de amigos que o aceitam e o apoiam. Um deles é Omar. “Não gosto da minha vida, quis ser ac-tor para passar o resto da minha vida a fazer a vida dos outros”, começa. Nas-ceu em Bordéus, fruto do amor entre uma portuguesa

e um argelino – “daí o meu nome”. Desavenças familia-res fizeram-no vir até Por-tugal. “Estava a precisar de um novo horizonte. Até que conheci o Daniel (um outro membro do grupo, ao lado) e juntei-me a este grupo”, resume. Mas será, afinal, tudo isto verdadeiro?

Primeira peça

Isa Magalhães, em tempos actriz (em peças da Com-panhia de Teatro de Braga), diz que este é “o grupo ideal para fazer acontecer coisas na cidade”. É ela a responsá-

de uma ópera e de um óscar (que falhou queremos acre-ditar por muito pouco). Do mesmo realizador de “O Clube do Imperador”, Michael Hoffman, o filme é baseado no romance de Jay Parini, que usou cader-nos do escritor, assim como testemunhos de amigos e familiares.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço de

António Ferreira e Sérgio Xavier

vel pela criação do Teatro In-dependente de Braga, “uma ‘estrutura’ para a criação de espectáculos contemporâ-neos e inovadores”, com dois meses de idade. E N.O.V.A., a primeira peça, “é a espera diária de um grupo de ac-tores que quer muito fazer teatro”, revela – as dúvidas sobre a veracidade da vida dos elementos do grupo co-meçam a dissipar-se. “Criei o Independente porque te-nho muitas ideias, muitas histórias para contar. Ser ac-triz, para mim, não era su-ficiente”, continua. Depois de ter estudado em Nova Iorque, regressou a Portu-

gal com vontade de fazer acontecer. Viu “Tournée”, de Mathieu Amalric, onde “o realizador seguia mulheres que fazem espectáculos de burlesco”. A ideia ficou-lhe na cabeça. Tem agora um grupo de oito pessoas e um espectáculo (quase) pronto. “Ele não será divulgado, as pessoas vão ser apanhadas desprevenidas. Quando se aperceberem, já fazem parte do espectáculo”. Bem-vin-dos ao mundo do Teatro In-dependente de Braga. Onde o que parece quando nunca é realidade. Mas podia ser o quotidiano de qualquer um de nós.

Um drama sobre o amor de uma mulher que por acaso era casada com Leo Tolstói

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scbraga/aaum empata…mas volta à liderança

sortes diferentes no voleibol da uminhoCarlos reBelo

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As equipas feminina e mas-culina de voleibol da AAUM participaram no I TA nos dias 6 e 7 de Dezembro, na cidade da Covilhã, com vis-ta à participação dos CNU’s da modalidade. As actuais tetra-campeãs nacionais confirmaram o seu favori-tismo e classificaram-se em 1º lugar.

Voleibol Feminino

Favoritas para este TA, as minhotas, que são tetra-campeãs nacionais, confir-maram o seu favoritismo e vencerem o torneio, fican-do em 1º lugar. A AAUM, inserida no grupo B, jun-tamente com a Associação Académica Universidade Trás-os-Montes e Alto Dou-ro (AAUTAD), Associação Académica de Coimbra (AAC) e Associação Acadé-mica da Universidade do Al-garve (AAUAlg), venceram respectivamente o seu pri-meiro jogo por 2-0 em sets (25-11 e 25-21) contra a AAU-TAD e o segundo com os sets (25-11 e 25-19) e no últi-mo e terceiro jogo da fase de grupos venceram, também, com os parciais 25-13 e 25-12. Com estes resultados as mi-nhotas conseguiram uma passagem à semi-final onde encontraram a Associação Académica da Universida-de de Aveiro (AAUAv), que também foi derrotada pelas minhotas por 2-0. No jogo

eduardo rodrigues

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A equipa de futsal do SC-Braga/AAUM teve um difí-cil teste reservado para a 9ª jornada. O adversário foi a equipa do Póvoa Futsal que, apesar de ocupar uma posi-ção menos destacada na ta-bela de classificação, tem por hábito complicar a vida aos concorrentes teoricamente mais fortes. Desta feita não foi diferente e a massa adepta bracarense, que tem comparecido cada vez em maior número ao Pavilhão Universitário, teve uma importância bastante significativa no contexto do encontro.Os minhotos fizeram uma primeira parte algo apática e sem brio, permitindo que os poveiros chegassem à vanta-gem no minuto 12. Apesar de terem criado algumas opor-tunidades para dar a volta ao resultado adverso, a eficácia não prevaleceu e o intervalo chegou sem alterações.A segunda metade trouxe dos balneários um SCBra-ga/AAUM completamente transfigurado. A equipa pas-sou a impor o seu fio de jogo e, aos poucos, foi conseguin-do adaptar-se às contrarieda-des provocadas pelo conjun-to da Póvoa. No entanto, as rápidas transições ofensivas dos visitantes resultaram em mais dois golos, o que pare-cia sentenciar a contenda.A desvantagem de três go-los não abalou os arsenalis-

PÁGINA 22 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

DESPORTO

tas, pelo contrário, parece ter “acordado” um gigante adormecido. Os cânticos en-toados pela claque bracaren-se inspiraram os jogadores, principalmente, André Ma-chado, que marcou três golos e empatou a partida. A cereja no topo do bolo poderia ter sido colocada a 5 segundos do fim, quando a formação minhota beneficiou de um livre de 10 metros, contudo, este não foi convertido por Coroas e a divisão de pontos foi imposta. O SCBraga/AAUM divide a liderança da competição com o Covão do Lobo.Com este empate, o SCBra-ga/AAUM atingiu os 19 pontos e alcançou o Covão do Lobo na liderança do cam-peonato.Na próxima ronda os pupilos de Pedro Palas têm uma des-locação complicada ao recin-to do Chaves Futsal.O desafio é no sábado, às 16 horas.

da final a AAUM enfrenta-va novamente a AAUAlg, mas o resultado do primeiro jogo foi semelhante, já que a AAUM tornou a vencer as algarvias por 2-0 (25-5 e 25-21), conquistando assim mais um TA e conquistan-do o seu objectivo para este torneio, o 1º lugar.

Voleibol Masculino

Já no masculino, a equipa da AAUM entrou com o pé esquerdo e atrasou-se para o 1º jogo contra a equipa da AAUAlg, equipa esta que se recusou a jogar após a hora de jogo, o que resul-tou na derrota da equipa da AAUM. No segundo jogo do grupo os minhotos encon-traram pela frente a equipa do Instituto Politécnico de Leira (IPL) e decididos a vencer os restantes jogos, a AAUM obteve uma vitória por 2-0 (25-15 em ambos os sets). No terceiro jogo do grupo apareceu pela frente a AAUAv, onde os aveiren-ses dificultaram a tarefa da AAUM, que teve de ir a terceiro set onde a AAUM se aplicou e venceu por 15-5. Todas estas vitórias não ser-viram para conseguir pas-sar às meias-finais devido ao “point average”, devido à falta de comparência no pri-meiro jogo, contudo os mi-nhotos deram boas indica-ções para o II TA onde terão de obter uma boa classifica-ção para ter a possibilidade da participação nos CNU’s da modalidade.

Afastamento da Taça de Por-tugal

A meio da semana, a comi-tiva bracarense deslocou-se a Coimbra para enfrentar a equipa local, numa partida a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal.O encontro pôde ser descrito em duas partes muito distin-tas.Na primeira metade, o SC-Braga/AAUM esteve num excelente nível demonstran-do-se, nitidamente, superior ao adversário. Ao intervalo os minhotos venciam por 3-2. No entanto, no princípio da segunda parte, uma sus-pensão repentina de energia eléctrica fez com que o jogo estivesse paralisado por al-guns minutos. Esta situação reflectiu-se nos atletas do Minho, que também sofre-ram um “apagão” nas suas prestações e permitiram que a Académica triunfasse jus-tamente, ainda que por nú-meros exagerados (9-5).

Plantel volta a ascender à liderança

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