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GD de Entomologia 1) Explique a formação e característica do processo tegumentar dos insetos. Raramente a superfície externa da cutícula se apresenta polida ou nua, pois normalmente ela é coberta por uma grande variedade de asperezas microscópicas, em forma de pontos, cavidades, cristais, corrugações, desenhos esculturados , ou de grandes processos tegumentares quem tem tomam a forma de espículas, espinhos, pêlos e escamas. Todos esses processos externos do tegumento podem, entretanto, ser classificados em dois grupos, conforme as células da epiderme, tomem ou não parte direita na sua produção. São, por isso, chamados também processos celulares e processos não celulares . Os celulares por sua vez, podem ser unicelulares e multicelulares , segundo sejam originados de uma única célula epidermal, ou de muitas delas, respectivamente. Os processos não celulares seriam melhor denominados cuticulares . *Processos unicelulares- os processos típicos dessas naturezas são as projeções do tegumento parecidas com pelos, chamadas setas ou cerdas (macrotriquiais), que normalmente constituem a cobertura principal do corpo da maioria dos insetos. Alguns processos unicelulares, entretanto, são grossos e providos de espinhos, sendo por isso denominados cerdas- espinhos. Outros se apresentam

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gd de entomologia

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GD de Entomologia

1) Explique a formação e característica do processo tegumentar dos insetos.

Raramente a superfície externa da cutícula se apresenta polida ou nua, pois

normalmente ela é coberta por uma grande variedade de asperezas microscópicas, em

forma de pontos, cavidades, cristais, corrugações, desenhos esculturados , ou de grandes

processos tegumentares quem tem tomam a forma de espículas, espinhos, pêlos e

escamas.

Todos esses processos externos do tegumento podem, entretanto, ser classificados em

dois grupos, conforme as células da epiderme, tomem ou não parte direita na sua

produção. São, por isso, chamados também processos celulares e processos não

celulares. Os celulares por sua vez, podem ser unicelulares e multicelulares, segundo

sejam originados de uma única célula epidermal, ou de muitas delas, respectivamente.

Os processos não celulares seriam melhor denominados cuticulares.

*Processos unicelulares- os processos típicos dessas naturezas são as projeções do

tegumento parecidas com pelos, chamadas setas ou cerdas (macrotriquiais), que

normalmente constituem a cobertura principal do corpo da maioria dos insetos. Alguns

processos unicelulares, entretanto, são grossos e providos de espinhos, sendo por isso

denominados cerdas- espinhos. Outros se apresentam ramificados ou divididos,

parecidos com uma pluma, chamados pêlos plumosos. Outros ainda são estruturas

escamosas chatas, de várias formas, conhecidas por escamas. Também existem

processos unicelulares de algumas outras variedades, tendo a forma de ganchos, cones,

espátulas cavilhas, clavas, etc., mas todos são estruturas fundamentalmente cerdais.

-Estrutura de uma cerda. Uma cerda típica é um processo cuticular alongado,

semelhante a um pêlo, formado pelo crescimento plasmático de uma célula epidermal,

grande e simples. A base da cerda está alojada num pequeno anel membranoso de

tegumento, conhecido por membrana cerdal. Que pode estar deprimida numa cavidade

do pêlo, ou avéolo cerdal, podendo este último ser elevado sobre um tubérculo. Abaixo

da base da cerda existe uma cavidade interna e cilíndrica da cutícula, chamada

tricóporo, que contém as partes distais das células associadas com a cerda.

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A célula epidermal que forma uma cerda, ou qualquer outra estrutura semelhante a um

pêlo, é chamado célula tricógeno. Intimamente associada ao tricógeno, existe

geralmente uma segunda célula que forma a membrana cerdal, mas visto que essa

membrana é geralmente a base do alvéolo, a sua célula geradora foi denominada

tormógeno. Associada a algumas cerdas, se não na maioria delas, pode estar uma célula

nervosa sensorial, nascendo abaixo da epiderme e ligando-se á cerda, por um processo

nervoso distal. As cerdas, assim enervadas transformam-se em órgãos sensoriais

cerdais, ou pêlos sensoriais.

- Escamas. As escamas estruturas escamosas, chatas, que constituem a cobertura do

corpo dos adultos de Lepidóptera,Trichoptera,Díptera- Culicidae e Psychodidae, alguns

Coleóptera- curulionidae e Ceramycidae, e outroe poucos insetos, são processos

unicelulares grandemente modificados, que provavelmente se desenvolveram de cerdas

comuns.Cada escama origina-se de um processo formado pelo desenvolvimento de uma

célula tricógena da epiderme da asa. Como o processo formado pelo desenvolvimento

de uma célula tricogena da epiderme da asa. Como o processo é alongado, a célula toma

a forma de uma bolsa ou saco, que finalmente se achata para formar a escama. Quando a

escama completa a sua formação, o triógeno se degenera, desaparecendo no interior da

escama. As duas paredes horizontais da escama são agora unidas por barras cuticulares

verticais, que lhe dão rigidez pela aplicação de uma parede contra a outra. A

pigmentação da escama é formada pelos corpúsculos doa sangue, que nela penetram

depois de completamente formada. As cores iridescentes, tão características da maioria

das escamas, são o resultado da esculturação das próprias escamas, que provocam

fenômenos de refração da luz.

-Cerdas venenosas. As lagartas de alguns lepidópteros das famílias Notdotidae,

Liparidae, Megalopygidae, Arctiidae, Noctuidae, Eucleidae, Saturniidae, e outras,

trazem cerdas venenosas, também chamados pêlos urticantes, que descarregam um

líquido cáustico ou urticante, irritante, formado numa célula glandular especial,

associada à célula tricógena. Esse líquido sai pelas extremidades dos pêlos urticantes,

quando elas são quebradas de encontro a um corpo estranho qualquer. Existem dois

tipos de pêlos urticantes, nas lagartas. Num primeiro tipo o aparelho consiste em pêlo

comum, que se torna tóxico pelo desenvolvimento de uma célula glandular de veneno,

imediatamente adjacente ao tricogeno e estendendo-se pelo interior do pêlo. No segundo

tipo, os elementos perfurantes, estiletes ou agulhas, são idênticos ao primeiro, mas a

cerda ou pêlo foi deslocado para a extremidade de um processo multicelular de

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tegumento, espinho ou esporão tornando-se assim uma armadura terminal do pêlo. A

célula de veneno localiza-se dentro do espinho onde fica alojada, caracterizada pelo seu

grande tamanho e núcleo bastante desenvolvido, irregular e ramificado.

*Processos multicelulares- São projeções externas ocas,de toda parede do corpo,

sendo, portanto, forradas por uma camada de células epidermais, geralmente

desenvolvidos e em forma de espinhos, sendo a maioria solidamente fixa na cutícula,

rígida, sendo que alguns são providos de anéis membranosos basais, e portanto, moveis.

As variedades fixas ou desprovidas de movimentos são especificamente denominadas

espinhos, e as moveis são conhecidas por esporões. Exemplos de processos

multicelulares fixos são os espinhos das tíbias posteriores dos gafanhotos (Orthoptera),

enquanto que os esporoes se localizam nas extremidades das tíbias desses insetos,e

também nas de algumas vespas (Hymenoptera) e de alguns besouros

(Coleoptera).Também são processos multicelulares os chifres ou cornos, mais ou menos

desenvolvidos, que ornamentam A cabeça e algumas vezes o tórax (protórax) de um

grande numero de besouros e também de algumas cigarrinhas(Homoptera).

*Processos não celulares. Esses processos que deveriam ser chamados de cuticulares

são estruturas tipicamente cuticulares, da superfície externa do tegumento. Eles tem a

forma de minúsculos pontos, ou nódulos, espiculas, pequenos espinhos ou acúleos

(microtríquias), corrugaçoes e cristas, cuja finalidade é a ornamentação do corpo e

apêndices.

2)Defina e dê exemplo dos tipos de abdome dos insetos.

De acordo com as formas de conexão do abdome com o tórax, pode-se classificá-los

como:

a) Séssil ou aderente: quando o abdome liga-se ao tórax em toda sua largura (Figura

31). Ex.: baratas, gafanhotos, besouros, etc.

b) Livre: quando aparece, na união do abdome com o tórax, uma constrição mais ou

menos pronunciada (Figura 31). Ex.: moscas, abelhas, borboletas, etc.

c) Pedunculado: quando a ligação é feita através de uma constrição pronunciada, que

forma um pedúnculo ou pecíolo (Figura 31). Ex.: formigas e vespas.

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Figura 31. Tipos de abdome. A- Séssil, B- Livre e C- Pedunculado.

3)Explique a constituição e função do sistema digestivo dos insetos.

O tubo digestivo dos insetos consiste num tubo que percorre o corpo no sentido

longitudinal desde a boca até o ânus, onde é feita a digestão das mais diversas

substancias orgânicas, sangue, vegetais e etc. Na anatomia do sistema digestivo dos

insetos temos três estruturas gerais: Estomodéu, Mesêntero e Proctodéu. Figura:

1. Estomodêu: Formado por faringe, esôfago, papo ou inglúvio, proventrículo ou

moela e válvula cardíaca. O papo armazena momentaneamente o alimento realizando as

primeiras transformações enzimáticas, o Proventrículo apresenta dentes quitinosos nos

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insetos mastigadores e a válvula cardíaca é a dobra circular que impede o retorno do

alimento ao estomodéu.

2. Mesêntero: Formado por ventrículo, cecos gástricos e válvula pilórica. O

Ventrículo completa a digestão iniciada no estomodéu. Quase toda a assimilação ocorre

no ventrículo. Secreta amilases, maltases, invertases, lipases e proteases enquanto a

válvula pilórica impede o retorno do alimento ao mesêntero.

3. Proctodéu: Formado por piloro, íleo, cólon, reto e ânus. Presença de glândulas

retais para absorção de água e nutrientes.

Como anexos ao sistema digestivo temos as glândulas salivares, a saliva, os cecos

gástricos, e o tubo de Malpighi.

Glândulas salivares: Localizadas na cabeça ou tórax, secretoras de saliva que é lançada

na hipofaringe.

Saliva: Umedece os alimentos, limpa os estiletes e nos hematófagos impede a

coagulação sangüínea.

Cecos gástricos: Divertículos em forma de bolsa em número de 2 a 8. Têm a função de

manter simbiontes e ampliar a área de secreção e absorção.

Tubos de Malpighi: Principal órgão de excreção dos insetos. Retira da hemolinfa, sais e

resíduos nitrogenados na forma de ácido úrico. Ocorrem em número variável,

normalmente múltiplos de dois.

4)Defina e dê exemplos dos órgãos dos sentidos dos insetos.

Todos os insetos possuem órgãos sensoriais que os capacitam a perceber o ambiente.

Estes órgãos convertem energia luminosa, química ou mecânica, originada do ambiente,

em impulsos nervosos que conduzirão a uma resposta comportamental apropriada :

encontrar recursos (alimento, acasalamento etc.), evitar predadores ou reagir a

mudanças ambientais. Podem ser agrupados em três categorias:

1. Receptores mecânicos: detectam movimentos, vibrações, toques etc.

2. Receptores químicos: detectam a presença de substâncias químicas no ar ou em um

substrato.

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3. Fotoreceptores: detectam a presença e qualidade da luz incidente (radiação

eletromagnética).

RECEPTORES MECÂNICOS (sentido táctil)

1. Sensilo Tricógeno: são pelos associados a um neurônio simples, bipolar cujo dentrito

esta ligado à base do pelo. Grupo desses pelos são freqüentemente encontrados por trás

da cabeça, nas patas ou nas juntas, informando a respeito do movimento do próprio

corpo do inseto.

2. Sensilo Campaniforme: são discos ovais planos que servem para perceber qualquer

flexão ocorrida no exoesqueleto. São encontrados por todo o corpo do inseto,

especialmente nas patas, na base das asas e ao longo das suturas onde dois escleritos se

encontram.

3. Órgãos Cordotonais: incluem vários tipos de mecanoreceptores nos quais um ou mais

neurônios bipolares estabelecem ligação entre duas superfícies internas do exoesqueleto.

Tipos comuns desses órgãos são:

a) Órgãos subgenuais: localizados nas patas de vários insetos, são muito sensíveis a

vibração no substrato.

b) Órgãos timpanais: estão ligados a membranas que respondem à vibrações sonoras.

Essas estruturas estão localizadas no tórax (alguns Hemiptera), no abdome (gafanhotos

e algumas mariposas) ou na tíbia anterior (nas esperanças, grilos e paquinhas).

c) Órgão de Johnston :encontrado por dentro do pedicelo de cada antena. Nos Diptera,

estão associados à percepção das vibrações sonoras ocorridas nos pelos antenais.

RECEPTORES QUÍMICOS

1. Gustação: os receptores gustativos são os mesmos sensilos tricógenos, placodes e

basicônicos ligados a dentritos de vários neurônios sensoriais, expostas para o exterior

através de uma abertura (poro) na cutícula. Cada neurônio parece responder a tipos

diferentes de compostos (açúcar, sal, proteínas etc.). São mais abundantes nas peças

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bucais mas podem também ser encontrados nas antenas, tarsos e genitália,

especialmente na parte apical do ovipositor.

2. Olfato: são cones (sensilo basicônico) ou placas (sensilo placode) com numerosos

poros através dos quais penetram as moléculas difusas das várias substancias químicas

existentes no ar. São extremamente sensíveis podendo perceber substancias mesmos em

baixíssimas concentrações (ex. feromônios). São mais comuns nas antenas mas podem

ser encontrados também nas peças bucais e genitália.

FOTORECEPTORES

1.Olhos Compostos: encontrado praticamente em todos os insetos adultos e em algumas

formas imaturas. Como o nome sugere, são compostos por omatídeos que são a unidade

estrutural e funcional da visão dos insetos. O número de omatideos é variável podendo

algumas operárias de formigas apresentar menos que seis, enquanto alguns Odonata

podem ter mais 25.000.

Estrutura do Omatídeo

-Córnea: parte transparente da cutícula; possui função de lente

- Cone cristalino: situado abaixo da córnea e que conjuntamente com ela, é responsáveis

por concentrar e refletir a luz para a região contendo pigmentos.

- Rabdoma: é a parte fotossensivel do omatídeo em forma de bastonete produzido por 6-

8 neurônios especializados chamados retínulas. Esta colocado logo abaixo do Cone

Cristalino.

- Íris: células pigmentadas situadas em torno do omatídeo.

- Retina: formada pelas retínulas; ligadas a neurônios.

2. Olhos Simples (Ocelos): podem ser laterais ou dorsais:

a) Ocelos Dorsais: comumente encontrados nos adultos e em forma imaturas de insetos

hemimetabólicos. Diferem dos olhos compostos por apresentarem apenas uma córnea

cobrindo vários rabdomas. Não formam uma imagem do ambiente mas respondem a

mudanças na intensidade luminosa.

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b) Ocelos Laterais: são os olhos das larvas dos insetos holometabólicos e de alguns

adultos. Sempre ocorrem lateralmente e são estruturalmente semelhantes ao dorsais

apresentando muitas vezes um cone cristalino sob a córnea.

TIPOS DE VISÃO: a visão dos insetos é explicada pela teoria do mosaico ou seja, cada

omatídeo apresenta um pequeno campo visual, sendo possível a visão apenas pela

junção de inúmeras imagens individuais. Dependendo do grupo temos os seguintes tipos

de visão:

- Aposição ou Justaposição: colocação lado a lado dos pontos luminosos dos omatídeos.

Ex. Odonata Diptera.

- Superposição: pontos de luz vizinhos (até 30 omatídeos) podem ser concentrados em

um único rabdoma. Ex. mariposas.

FOTORECEPTORES EXTRA -OCULARES

Alguns insetos respondem a mudanças na intensidade luminosas, mesmo sem o

funcionamento dos fotoreceptores conhecidos. Nenhum receptor específico foi

encontrado até o presente.

5)Explique a função e localização do sistema endócrino.

Muitos órgãos dos insetos produzem hormônios, a maioria com função de controle nos

processos reprodutivos, metamorfose e muda. 

Células neurosecretoras: ocorrem em forma de gânglios que localizam-se no sistema

nervoso central. São neurônios que produzem um ou mais hormônios com papel no

crescimento, metamorfose, reprodução. 

Corpora allata: produz hormônio juvenil. Este hormônio tem função de inibir a

metamorfose. Está envolvido na vitelogênese, glândulas reprodutivas acessórias,

produção de feromônio e comportamento sexual. 

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Corpora cardiaca: produz ecdisotropina. Tem importância na diferenciação de ovários e

glândulas reprodutivas acessórias, e também na oogônese. Glândula protorácica: está

envolvida na produção de ecdisônio (hormônio da muda).

6)Explique a função e localização do sistema nervoso.

O sistema nervoso dos insetos consiste em um cérebro localizado na cabeça, e

um cordão nervoso localizado ventralmente, com gânglios em cada segmento. Pode

acontecer de o cordão nervoso estar fundido e haver mais segmentos do que gânglios.

As células nervosas se comunicam através das sinapses com ação de

neurotransmissores, como a acetilcolina, e os impulsos são transmitidos através de

mudanças na carga elétrica nas sinapses. Algumas células são conhecidas como

neuroendócrinas.As células sensoriais captam estímulos do ambiente e transmitem esses

estímulos para o sistema nervoso central. Um interneurônio recebe essa informação e

passa para outro neurônio, como os neurônios motores, que transmitem o impulso para

os músculos. Observe a Figura: 10

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7)Explique o desenvolvimento pós-embrionário nos insetos.

O desenvolvimento pós-embrionário dos ovos dos insetos até formar insetos adultos

pode ser através de dois tipos: Direto e indireto. O que distingui o seu crescimento ou o

ciclo de vida são os animais pertencentes às classes:

a) Ametábolo: Desenvolvimento direto, é o tipo de metamorfose onde não há mudança

de forma. O inseto recém-eclodido já possui a forma de adulto, apresentando apenas os

órgãos reprodutores pouco desenvolvidos. É típica dos primitivos como os das ordens

Archaeognatha e Thysanura.

b) Paurometábolo: Desenvolvimento indireto; é o tipo onde o inseto recém-eclodido se

assemelha ao adulto com a diferença externa de ausência de asas e órgãos genitais

imaturos. Há diversas ecdises a fase larval é chamada forma jovem ou ninfa, não

havendo pupas. As ninfas crescem em cada muda e aquelas próximas a fase adulta

apresentam inicio de formação das asas, caracterizadas pelas fecas alares. Observa-se

nos insetos das ordens Orthptera, Blattodea, Hemiptera, Isoptera, etc.

c)Hemimetabolo: Desenvolvimento indireto é o tipo de metamorfose também conhecida

como Batmetábolo. É típica de insetos como Odonata, Ephemeroptera e Plecoptera. As

formas jovens são aquáticas, desenvolvendo-se de maneira semelhante aos insetos

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Paurometábolo e são chamados náiades, que após a última ecdise transforma-se em

adultos de hábitos terrestre e aéreos.

d) Hipometábolo: Desenvolvimento indireto é o tipo que apresenta caracteristicamente

uma última fase de ninfa imóvel com hábitos semelhantes as pupas, porém

morfologicamente igual as formas precedentes. È típica das cigarras que, na forma de

ninfa móvel, são subterrâneas e quando se tornam ninfas imóveis fixam-se sobre os

troncos e ramos.

e) Holometábolo: Desenvolvimento indireto é o tipo de metamorfose que compreende

as fases de ovo, larva, pupa e adulto. È o tipo de desenvolvimento que se passa nos

representantes dos Coeopteros, Lepidopteros ,Himenopteros ,Himenóteros, Sifonáptros,

Dipteros, Neurópteros, etc.

f)Hipermetábolo : Desenvolvimento indireto, é o tipo que se caracteriza por apresentar

diversos tipos de larva . Assim, por exemplo em uma espécie europeia de meloe

(coleóptera, Meloidae), do ovo nasce uma larva do tipo campodeiforme, predadora dos

ovos de outros insetos subterrâneos. Transforma-se depois em larva caracbiforme com

pouca movimentação, e em seguida em larva do tipo escarabeiforme incapaz de se

locomover. Finalmente transforma-se em pupa e em seguida em adulto.

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8)Explique o aparelho respiratório e circulatório nos insetos.

O aparelho respiratório é um conjunto de estruturas envolvidas nas trocas

gasosas com o meio. Dessas, as estruturas onde se efetua o movimento de gases

respiratórios entre os meios externo e interno designam-se superfícies respiratórias. O

oxigênio gasoso entra no corpo dos insetos através de espiráculos, passa pelas traquéias

e traquéolas até atingir os tecidos, é metabolizado e deixa o corpo na forma de dióxido

de carbono na direção oposta à que entrou. Esse processo é feito por difusão simples.Os

espiráculos localizam-se na lateral do corpo, de 1 a 10 pares, começando no mesotórax,

metatórax, e nos primeiros sete ou oito segmentos. Alguns insetos, como os Orthoptera

possuem um mecanismo que leva o ar do tórax direto ao abdômen, aumentando a

eficiência do processo. Ocorrem algumas adaptações de acordo com o modo de vida dos

insetos, como em insetos aquáticos, de deserto ou parasitas. Os insetos aquáticos podem

ter brânquias nas laterais do abdômen, no ânus, ou nas pernas. São providos com um

grande número de traquéias. Outros podem ter uma cobertura de pêlos que forma umas

bolhas de ar. Alguns insetos podem fechar seus espiráculos evitando a perda de água.

As filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos, sempre

existindo aos pares.

Cada pulmão foliáceo é uma invaginação da parede abdominal ventral,

formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas, altamente vascularizadas, realizam

as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A

organização das filotraquéias lembra a das brânquias, com a diferença de que estão

adaptadas à respiração aérea. Observe a Figura: 09

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O aparelho circulatório dos insetos não possui um sistema de vasos fechados para

circulação do sangue, como nos animais superiores. Na realidade, consta todo aparelho

circulatório apenas de um vaso dorsal sanguíneo fechado. A maior parte da circulação

tem lugar nas cavidades do corpo e dos apêndices, ocupando o sangue os espaços não

ocupados pelos órgãos internos. A maioria desses espaços pode estar limitada por

membranas especiais, formando cavidades definidas, ou seios. Com exceção do

prolongamento anterior do vaso dorsal que se assemelha a uma aorta, dividida

comumente em dois ramos terminais, não existem, via de regra , veias ou artérias

definidas como as encontradas em alguns outros Arthropoda. Entretanto, nos apêndices

e nas nervuras das asas, o sangue corre ao longo de canais definidos , análogos aos

vasos sanguíneo. O coração encontra-se na parede dorsal do abdômen em uma cavidade

pericárdica e controlada por uma membrana diafragma que bombeia o flúido para a

aorta e daí para aberturas laterais que são os ostíolos que se estende até a cabeça,

enquanto que, o sentido contrário, temos: os hemocelos (vasos que distribuem o

(sangue) flúido serve principalmente para transportar alimentos e resíduos no corpo

adiposo, onde ocorre as trocas gasosas para a metamorfose do animal.

9)Explique o aparelho reprodutor masculino nos insetos.

O aparelho reprodutor masculino nos insetos compreende : um par de testículos; um par

de ductos laterais, ou vasos deferentes; um tubo final mediano e ectodermal, ou ducto

ejaculatdor. Geralmente ao lado destas partes essenciais, ou constantes existem

estruturas acessórias, como por exemplo, uma parte de cada vaso deferente que é

frequentemente alargada, para servir como um reservatório de esperma, conhecido por

vesícula seminal; outras vezes, uma considerável extensão do vaso deferente é toda

irregularmente enovelada, formando o que se chama epidídimo. Glândulas acessórias

estão comumente presentes, sob a forma de bolsas onde tubos cegos, ramificado-se da

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parte superior do ducto ejaculador. A abertura externa do aparelho masculino, também

chamada gonóporo masculino, está geralmente situada sobre ou dentro de um órgão

intromitente mediano, o pênis ou falo.

Testículos: Formado por folículos, ligados ao vaso deferente pelos vasos eferentes.

Apresentam: Germário: Espermatogônios; Zona de crescimento: Espermatócitos; Zona

de divisão e redução: Espermátides; Zona de transformação: Espermatozóides

Vasos Deferentes: Partem dos testículos e depois se alargam formando a vesícula

seminal. Unem-se para formar o canal ejaculador.

Glândulas Acessórias: Liberam substâncias que formam o espermatóforo.

10)Explique o aparelho reprodutor feminino nos insetos.

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O aparelho reprodutor feminino consta das seguintes partes essenciais: um par de

ovários; dois ovidutos laterais, convergindo posteriormente dos ovários; um oviduto

comum ou mediano, geralmente presente, que recebe anteriormente os ovidutos laterais,

e abrindo-se posteriormente para o exterior, num gonopóro. Como partes acessórias são

comumente encontradas: um receptáculo seminal, ou espermateca, com a forma de uma

pequena bolsa, servindo à recepção e ao armazenamento dos espermatozoides; um par

de glândulas acessórias, desempenhando várias funções; e uma bolsa copuladora da

parede do corpo( Bursa copulatrix), que pode ser uma câmara genital aberta, ou uma

porção terminal do oviduto mediano, conhecida como vagina.

Ovários: Colocados lateralmente ao tubo digestivo. Composto por ovaríolos que se

abrem no oviduto lateral. Os ovaríolos são tubos alongados em número variável

apresentando quatro regiões: Filamento terminal, germarium, vitellarium e pedicelo. Os

diversos tipos de ováriolos são:

Panoístico: sem células nutrizes. Ex. Odonata.

Politrófico: com células nutrizes, alternadas com os oócitos. Ex. Hymenoptera.

Acrotrófico: com células nutrizes localizadas no ápice dos ovaríolos. Ex. Hemiptera.

Ovidutos Laterais: Condutos que partem de cada ovário que se unem para formar o

oviduto comum.

Espermateca: Serve para recepção e armazenamento dos espermatozóides.

Glândulas Acessórias ou Coletéricas: Elaboram substâncias associadas a oviposição.

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