12 - português - cláudia

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  • 7/31/2019 12 - Portugus - Cludia

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    CURSO ON-LINE PORTUGUS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRFICO

    PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI

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    AULA 12 - PONTUAONa comunicao oral, o falante lana mo de certos recursos da linguagem, como aentoao da voz, os gestos e as expresses faciais para denotar dvida, hesitao,surpresa, incerteza etc.Quando se constri a comunicao por meio da escrita, quem passa a ter essaincumbncia a pontuao. Por isso, tanta gente associa indevidamente o emprego devrgula a uma pausa da respirao. Isso no tem sentido. Se assim o fosse, tnhamos decolocar vrgula a cada palavra escrita. Ou voc, por acaso, fica sem ar ao escrever umaorao sem vrgulas? J pensou...rs...Afinal, qual a utilidade de colocarmos sinais de pontuao no texto?Alm de estabelecer na escrita aquelas denotaes expostas acima, tambm se digna aeliminar ambiguidades que poderiam surgir em um texto sem pontuao ou a destacarcertas palavras, expresses ou frases.O texto que reproduzimos abaixo, cuja autoria desconhecida, j foi usado at pela AnaMaria Braga (acredite!) e exemplifica bem as funes da pontuao. Para quem noassistiu ao programa (espero, pois deveria estar estudando), segue o material.

    Um homem rico estava m uito m al, pediu papel e pena. Escreveu assim: Deixo m eus bens min ha i rm no a meu sobr inho j amais ser paga a con ta do a l fa ia te nada aos pobr es . Morreu antes de fazer a pontuao (at parece que isso seria possvel...). A quem ele deixou a fortuna?

    Eram quatro concorrentes.1) O sobrinho fez a seguinte pontuao:

    De ixo meus bens minha i rm? No! A meu sobr inho . Jamais se r paga a conta do a l f a ia te . Nada aos pobres .

    2) A irm chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: De ixo meus bens minha i rm . No a meu sobr inho . Jamais se r paga a conta do a l f a ia te . Nada aos pobres .

    3) O alfaiate pediu cpia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele: Deixo meus bens minha i rm? No! A meu sobr inho? Jamais! Ser paga a conta do a l f a ia te . Nada aos pobres .

    4) Chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta pontu ao: Deixo meus bens minha i rm? No! A meu sobr inho? Jamais! Ser paga a conta do a l fa ia te? Nada! Aos pobres .

    Cabe a ns, redatores, empregar a pontuao de modo que a mensagem por ns escritachegue ao leitor no sentido exato que gostaramos de transmitir.Para fazer isso com correo, devemos conhecer suas regras.A pontuao depende da estrutura sinttica da orao. Para comear, interessantenotar que a ordem direta das oraes a seguinte:

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    SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS + ADJUNTOS

    Para colocar a orao nessa ordem direta, devemos partir do verbo (e no do sujeito,como alguns podem pensar), perguntando a ele quem o comanda, ou seja, quem o seusujeito.A partir da, sabendo o sujeito e o verbo, identificaremos os complementos verbais(predicativos, objetos).Por adjuntos, entendem-se as condies em que a ao expressa pelo verbo seestabelece tempo, lugar, modo, intensidade, dvida, negao. Essas circunstncias soapresentadas pelos advrbios . lgico que, se uma dessas circunstncias (como a denegao) estiver acompanhando um termo especfico (como, por exemplo, um verbo), oadvrbio ir se posicionar prximo ao esse termo, e no no fim da orao ( Eu n o sairei daqui ).

    Os complementos, alm de verbais, podem ser nominais, quando completam o sentidode um nome: necessidade de carinho . Tambm aos nomes ligam-se elementos pararestringi-los ou design-los (adjuntos adnominais). Esses termos regidos devem ficarprximos de seus termos regentes, onde quer que estejam (seja no sujeito, seja nopredicado).

    Se u amor p t r i a era imenso.

    O nome AMOR faz parte do sujeito ( o seu ncleo), bem como os complementos SEU(pronome possessivo) e PTRIA (complemento nominal = ideia passiva = a ptria amada ).

    No h necessidade de chorar .

    O nome DE CHORAR faz parte do predicado.Esses conceitos so fundamentais para compreendermos alguns casos de proibio.Os sinais de pontuao so: ponto, ponto-e-vrgula, vrgula, ponto de exclamao, pontode interrogao, travesso, parnteses, aspas, reticncias.Eles indicam entoao ou pausa .Nas palavras de Celso Cunha ( Nova Gramtica do Portugus Contemporneo ), esta distino, didaticamente cmoda, no , porm, rigorosa. Em geral, os sinais de pontuao indicam, ao m esmo tem po, a pausa e a melodia..O sinal mais explorado em questes de prova , sem dvida, a vrgula.Por isso, comearemos por ela. Para fins didticos, iremos estudar o assunto a partir dasproibies e das situaes especiais para o seu emprego.V RGULACASOS PROIBIDOS:1 - Separar por vrgula elementos inseparveis na ordem direta:

    1.1 sujeito do verbo;1.2 verbo do complemento verbal;1.3 termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal);1.4 verbos que compem uma locuo verbal;

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    A maior parte dos erros de pontuao das provas envolve casos de proibio. Por isso,fique atento apareceu uma vrgula separando elementos inseparveis, xis nele!!!POLMICA: Alguns autores admitem, modernamente, a separao do sujeito do verboem certas construes, como em adgios.Por exemplo, Quem avisa , amigo . o sujeito do verbo ser a orao Quemavisa. Contudo, isso se justifica, segundo eles, somente em casos especiais,normalmente por questo de estilo, j que, na fala, costumamos pausar aps o verbo(Quem avisa pausa amigo .). Se observarmos a norma culta, iremos eliminar essesinal de pontuao ( Quem avisa amigo .).Observe que, se a orao no estiver na ordem direta, o deslocamento doscomplementos dever ser indicado por vrgulas, sem que isso constitua erro: Dos seus conselhos , no preciso mais.

    Se surgir uma vrgula aps um desses elementos inseparveis, verifique se no se tratade alguma intercalao de elementos. Nesse caso, para a correo do perodo, devehaver duas vrgulas nessa intercalao, uma abrindo o perodo e outra, fechando, e noapenas uma. o que se v no prximo item.2 Colocar apenas uma das duas vrgulas obrigatrias para isolar termos ouexpresses deslocados de sua posio original na orao (exceto, obviamente,se estiver no incio do perodo).Desse jeito, o perodo deslocado fica capenga, faltando uma das vrgulas. Se abriu, temque fechar. Portanto, so necessrias duas vrgulas, mesmo que alguma delas estejaexercendo dupla funo (por exemplo, no caso de DOIS ou mais termos deslocados eadjacentes).

    Hoje, s duas horas da tarde, prxim o ao superm ercado, houve um grave acidente.Temos, nesse exemplo, trs elementos circunstanciais dois de tempo (Hoje, s duas horas da tarde ) e um de local ( prxim o ao supermercado ). As duas primeiras ocorrnciasde vrgula separam elementos de mesma funo sinttica (adjuntos adverbiais). J avrgula aps supermercado , serve tanto para encerrar essa enumerao, quanto paraindicar o deslocamento desses elementos adverbiais.

    SITUAES ESPECIAIS- elipse de algum termo pode ser indicada por uma vrgula, como em : Fui festa

    levando muitos presentes; Joo, somente a boca.

    - adjuntos adverbiais deslocados , desde que PEQUENOS E DE FCILENTENDIMENTO, dispensam a vrgula. Caso contrrio, longos, em oraesadverbiais extensas, ou, mesmo curtos, para dar nfase ao adjunto, devem serisolados por vrgula.

    Hoje (,) irei embora.Embora tenha me mantido distante das negociaes, precisarei comparecer reunio

    de acionistas.In felizment e (,) no poderei aceitar o convite.

    - em relao a algumas conjunes , a vrgula tem tratamento especial:

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    conjuno coordenativa aditiva e a regra a dispensa da vrgula antes daconjuno aditiva e . Somente admitida em situaes especiais:

    1) quando apresenta sujeitos diferentes e seu emprego tem por objetivo a clarezatextual;2) quando faz parte de uma figura de linguagem chamada polissndeto ( pol i =vrios + s ndeto = elemento de ligao vrios elementos de ligao. O conceitode s ndeto j foi objeto de comentrio na aula sobre CONECTIVOSCONJUNO). O uso excessivo de vrgulas e de conjunes tem a funoestilstica de fazer supor um fim que nunca chega com isso, enfatiza-se cadaorao introduzida pela conjuno e :

    Soneto da Fidel idade Vin cius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento

    Antes, e com tal zelo,e sempre, e tanto Que mesmo em face do m aior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

    Tambm por clareza textual, possvel uma vrgula anteceder a conjuno e mesmo que as oraes apresentem o mesmo sujeito. Verifica-se isso, porexemplo, quando a primeira orao do perodo for to extensa que exija aretomada do sujeito. Isso feito a partir da pausa, indicada com a vrgula.

    conjunes coordenativas adversativas a conjuno m as faculta a vrgulaantes de si e no admite outra posio que no seja a de incio da oraosindtica:

    A vida dura(,) mas nada me tira a vontade de viver.

    As demais conjunes ( porm, en t re tan to , con tudo , etc.) devem serantecedidas por vrgula e, se deslocadas para o meio da orao, ficam, nestecaso, isoladas por duas vrgulas ou, no fim do perodo, entre a vrgula e o pontofinal:

    A vida dura, nada me tira , po rm, a vontade de viver.A vida dura, nada me tira a vont ade de viver , porm .

    (* ve ja obse rvao ace rca do pon to -e -v rgu la )

    Caso tenha havido entre as duas oraes uma ruptura do perodo (indicada peloponto), a vrgula pode vir aps a conjuno:

    A vida dura. Entret anto, nada m e tira a vontade de viver. conjunes coordenativas conclusivas a conjuno pois dever sempre vir

    posposta a um termo da orao sindtica a que pertence e isolada por vrgulas:

    Ela no respeita ningum. , pois, uma rebelde.

    As demais conjunes conclusivas ( logo , por tan to , por consegu in te ) podeminiciar a orao ou vir no meio dela. Do mesmo modo que as adversativas, soescritas, respectivamente, com uma vrgula anteposta ou entre vrgulas.

    Ela no respeita ningum, , por tan t o , um a rebelde.

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    (* ve ja obse rvao ace rca do pon to -e -v rgu la )

    Caso entre as duas oraes tenha havido uma ruptura do perodo (ponto), avrgula pode vir aps a conjuno.

    Ela no respeita ningum. Portanto, uma rebelde. conjunes coordenativas explicativas a conjuno pois , quando

    explicativa, deve iniciar a orao sindtica. As demais seguem a mesma regra dasconjunes conclusivas e adversativas no que tange colocao de vrgula deacordo com a posio na orao. comum uma vrgula ser colocada antes daconjuno explicativa, para representar a pausa que normalmente se d na fala.Essa uma das caractersticas que diferenciam a conjuno coordenativaexplicativa p o r q u e da subordinativa causal homnima.

    Consideram- na um a rebelde, pois no respeita ningum.

    Veja uma questo de prova.

    (FGV/ PREF.ARAATUBA/2001)A alternativa correta quanto pontuao A. O aspirador, que no funciona, este.B. Alice nossa amiga, parece feliz.C. Creio, porm, que estava adormecido.D. O livro, disse o autor ilustrado.

    Est correto o emprego da conjuno porm entre vrgulas, j que est no meio daorao.Tanto na opo b quanto na d , a vrgula separa o sujeito ( Alice / o livro ,respectivamente) do verbo correspondente ( parece / ) CASO DE PROIBIO.Na opo a , a orao adjetiva que no funciona tem valor restritivo, e no explicativo.No pode haver vrgulas. Essa explicao vir a seguir.

    - expresses denotativas ou de realce , como ainda, mesmo assim, porexemplo, isto , que servem para introduzir argumentos, retificaes oudesenvolvimento do assunto a ser explorado, ficam isoladas por vrgulas.- oraes subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas:

    restritivas - como o nome sugere, restringem o conceito dos substantivos e, aexemplo do que ocorre com adjetivos simples, no podero ser separadas dossubstantivos a que se refiram.

    Vou pintar meu quarto com a cor azul . CASO 1.3 DAS PROI BI ES - no se separa o termo regido ( azul ) do termo regente

    ( cor ) , j que o valor do adjet iv o rest rit ivo (no qualquer cor , mas som ente a cor azul).

    Por isso, se, em vez de um adjetivo simples, houver uma orao adjetivarestritiva, ela tambm no poder ser separada do substantivo por vrgula:

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    Vou pintar o m eu quarto com a cor de que eu gos to .

    Ento, em oraes adjetivas restritivas, a vrgula PROIBIDA!Os polticos que se envo lveram no escnda lo do m ensa lo deveriam ser expulsos

    da vida pblica.

    Quem deveria ser expulso da vida pblica: todos os polticos ou somente os quese envolveram no escndalo de corrupo ( por favor, atenha-se ao text o...rs...)?Segundo a orao, somente aqueles envolvidos no escndalo.E, com base nesse ltimo exemplo, se colocssemos a orao adjetiva entrevrgulas, o que aconteceria? Ela passaria a ser explicativa.

    explicativas sua funo somente explicar; por isso, como qualquer elementode funo meramente explicativa, devero ser colocadas entre vrgulas. Se aps aorao houver o encerramento do perodo, em vez de colocar a segunda vrgula,coloca-se o ponto final.

    A vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek,que fo i o r esponsve l pe la m udana da sede da capi ta l par a Bras l ia , foi cont ada na srie JK.

    Essa orao sublinhada tem valor explicativo e, por isso, foi colocada entrevrgulas.Ento, em oraes adjetivas explicativas, a vrgula OBRIGATRIA!De volta quele exemplo do mensalo , segundo a construo Os polticos, que se envolveram no escndalo do mensalo, deveriam ser expulsos da vida pblica., todos os polticos (provavelmente j enumerados anteriormente no texto)deveriam ser expulsos da vida pblica, pois agora a orao adjetiva explicativa.Mais um teste para fixao desse conceito: indique a pontuao adequada nasduas estruturas abaixo:

    O presidente do BACEN ( ) Henrique Meirelles ( ) e o ministro do STF ( ) Seplveda Pertence ( ) compareceram cerimnia.

    Se a vrgula obrigatria em termos e oraes de valor explicativo e proibidaem termos e oraes de valor restritivo, primeiro vamos definir o que explicativo e o que restritivo.Quantos presidentes o BACEN possui? Somente um. Quando se diz o presidentedo BACEN, uma pessoa informada j sabe quem , pois s existe UM! Ento, o

    termo tem valor explicativo O presidente do BACEN , Henr ique Meire l les , e.... Com vrgulas.Quantos ministros o STF possui? Onze! Ento, o termo tem valor restritivo ... e o ministro do STF Seplveda Pertence compareceu cerimnia.. Sem vrgulas.Agora voc percebe por que no foram colocadas vrgulas em ex-presidente Juscelino Kubitschek ? Porque so vrios os ex-presidentes da Repblica.E qual o caso de vrgula facultativa em oraes adjetivas? Resposta: NENHUM!!!!!Ou a vrgula proibida (oraes adjetivas restritivas), ou a vrgula obrigatria (oraes adjetivas explicativas).

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    Veja, agora, uma questo de prova que abordou esse tema.

    (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003 )A governadora e le i ta , Rosinha Matheus , que recebeu um voto de esperana nesses bolses de carncia e pobreza , pode in ic iar por a um programa de govern o que recoloqu e nos t r i lh os os servios essencia is popul ao .No ltimo perodo do texto (acima transcrito), h duas oraes subordinadas deidntico valor sinttico as quais receberam distinta forma de redao: a primeira estseparada por vrgulas e a segunda no. Essa diferena na forma de redao justifica-se por:A) ter a primeira sentido restritivo e a segunda, explicativo;B) ter a primeira um sentido explicativo e a segunda, restritivo;

    C) ser a primeira um aposto e a segunda, um adjunto adnominal;D) estar a primeira iniciada por pronome relativo e a segunda, por conjunointegrante;E) ter a primeira verbo no modo indicativo e a segunda, no modo subjuntivo.

    O gabarito a opo b . As virgulas so obrigatrias em oraes adjetivas explicativas,enquanto que nas oraes adjetivas restritivas so proibidas.A primeira orao adjetiva est isolada por vrgulas dado seu carter explicativo, aopasso que a seguinte, por ter funo restritiva, ou seja, por definir o programa degoverno ( um programa de governo que coloque n os t r i lh os os servios essencia is ),no admite tal pontuao.

    PONTO a pausa mxima. Representa a ruptura do perodo, seja ele composto ou simples(orao absoluta). Quando os perodos se sucedem nas ideias que expressam, o pontosimples usado para separ-los. Quando a ruptura maior, representando, inclusive, amudana de um grupo de ideias a outro, marca-se essa transposio maior com o

    ponto-pargrafo.O ponto tambm usado em abreviaturas (V.Sa./ Dr.Fulano/etc.). Quando o pontoabreviativo coincide com o fim de um perodo, emprega-se somente um, que passa aacumular as duas funes:

    Ele foi feira e comprou ve rduras , f ru tas , l egum es e tc .Em relao vrgula antes do etc., encontramos divergncias no tratamento. H os quebuscam na etimologia motivo para dispens-la, uma vez estar presente, em seusignificado, a conjuno e (etc. = e t ce te ra = e as demais coisas.). H os que a

    justificam como mais um elemento da enumerao, o que legitima essa pontuao. Porisso, dificilmente isso seria objeto de questo de prova. Se alguma banca vier a adotarum desses posicionamentos, dever receber uma enxurrada de recursos comargumentao consistente para a anulao da questo.

    PONTO-E-V RGULA

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    Dizer que um sinal intermedirio entre o ponto e a vrgula no ajuda muito, no ? Masessa a melhor definio para o ponto-e-vrgula.Trata-se de uma pausa de durao suficiente para denotar que o perodo no se encontraencerrado totalmente mas que, tambm, no pertence orao anterior.Basicamente, usa-se o ponto e vrgula, a depender do contexto, para atribuir clareza aotexto.Por exemplo, quando, na orao, j existem elementos entre vrgulas, o ponto-e-vrgula usado para subdividir os perodos:

    OBSERVAO: ( * ) Agor a , comp are com as form as apresent adas ant er iorm ente e ve ja como es tas fi caram bem mais c l a ras.

    A vida dura; nada me tira, porm, a vontade de viver.Ela no respeita ningum; , portanto, u ma rebelde.

    Transcrevemos, a seguir, uma questo de prova (tima!) em que foi exigidoconhecimento acerca do emprego desse sinal de pontuao. Para isso, faz-se necessriaa transcrio tambm do texto em que se baseia a questo.

    (CESPE UNB / AGU / 2002)O que a escravido representa para o Brasil, j o sabemos. Moralmente, a destruio de todos os princpios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva a famlia, a propriedade, a solidariedade social, a aspirao humanitria; politicamente, o servilismo, a desagregao do povo, a doena do funcionalismo, o enfraquecimento do amor ptria, a diviso do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polcia e a justia; econmica e socialmente, o bem-estar transitrio de uma classe nica, e essa, decadente e sempre renovada; a eliminao do capital produzido pela compra de escravos; a paralisao de cada energia individual para o trabalho na populao nacional; o fechamento dos nossos portos aos imigrantes que buscam a Amrica do Sul; a valorizao social do dinheiro,qualquer que seja a forma como for adquirido; o desprezo por todos os que, por escrpulos, se inutilizam ou atrasam em uma luta de ambies materiais; a venda dos ttulos de nobreza; a desmoralizao da autoridade, desde a mais alta at mais baixa.Observamos a impossibilidade de surgirem individualidades dignas de dirigir o pas para melhores destinos, porque o pas, no meio de todo esse rebaixamento do carter, do

    trabalho honrado, das virtudes obscuras, da pobreza que procura elevar-se honestam ente, est, como se disse, apaixonado por sua prpria v ergonha.A minha firme convico que, se no fizermos todos os dias novos e maiores esforos para tornar o nosso solo perfeitam ente livre, se no tivermos sempre presente a idia de que a escravido a causa principal de todos os nossos vcios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de durao legal calculadas todas as influncias que lhe esto precipitando o desfecho ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo social.Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intrpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p.148-51 (com adaptaes).

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    Julgue o i tem que se segue.O tex to exempl i f i ca que as e s t ru tu ras s in t t i cas cons t ru das a pa r t i r de enumerao ex igem s ina i s de pon to -e -v rgu la quando no in te r io r de a lguns i t ens ex i s t em v rgu las.

    ACORDO ORTOGRFICO: Registra-se, agora, ideia sem acento agudo.Essa afirmao est correta. a prpria definio de um dos empregos do ponto-e-vrgula.Quando j houver vrgulas no perodo, o sinal de ponto-e-vrgula deve ser usadoprincipalmente para que haja clareza textual.Isso pode ser observado na passagem do texto a seguir reproduzida: nos segmentos, apresentado o que a escravido representa para o Brasil (primeira orao).

    1 s e g m e n t o : Moralmente, a destruio de todos os princpios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva a famlia, a propriedade, a solidariedade social, a aspirao humanitria;

    No primeiro segmento, apresentam-se, a partir do travesso, os princpios efundamentos que foram aviltados sob o aspecto moral pela escravido . Como nasequncia sero apresentados outros aspectos, em continuidade argumentao, optou-se pelo ponto-e-vrgula, que emprega uma pausa maior que a vrgula (permitindo umaruptura branda) e menor que o ponto (que encerraria o perodo desnecessariamente).

    2 s e g m e n t o : politicamente, o servilismo, a desagregao do povo, a doena do funcionalismo, o enfraquecimento do amor ptria, a diviso do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polcia e a justia;

    No segundo segmento, focaliza-se o problema sob enfoque poltico.Note que o autor ir prosseguir na argumentao, apresentando os aspectos econmicose sociais (3 segmento).

    3 s e g m e n t o : econmica e socialmente, o bem-estar transitrio de uma classe nica, e essa,

    decadente e sempre renovada; Todos esses segmentos, por constiturem um s argumento, pertencem ao mesmoperodo, devendo ser separados por ponto-e-vrgula, para a clareza do texto. essa afuno desse sinal de pontuao bastante desprezado ou maltratado por a, coitado.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Tambm usado o ponto-e-vrgula para separar itens enunciativos de textos legislativos(leis, decretos, regulamentos) e acepes de uma palavra em dicionrios:

    Art. 4 O interessado, pessoa fsica ou jurdica, somente poder exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro:

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    I - por interm dio do despachante aduaneiro;

    II - pessoalmente, se pessoa fsica ou jurdica.Veja uma questo do NCE UFRJ, aplicada em 2002:

    Pol c ia Vigilncia exercida pela autoridade competente para m anter a ordem e o bem- estar pblicos em todos os ramos dos servios do Estado e em todas as partes ou localidades; corporao que engloba os rgos e instituies incumbidos de fazer respeitar essas leis ou regras e de reprimir e perseguir o crime. (Pequeno dicionrio jurdico)No texto do dicionrio acima h dois segmentos, separados por um ponto-e-vrgula(;); em relao a esses dois segmentos podemos dizer que:

    a) o segundo explica o primeiro;b) apresentam dois sentidos diferentes do termo polcia;c) o primeiro a causa do segundo;d) o segundo contradiz o primeiro;e) mostram que a polcia atua na preveno do crime.

    A funo do ponto-e-vrgula nessa construo apresentar as diferentes acepes dapalavra POLCIA, presentes no Pequeno Dicionrio Jurdico. Por isso, a resposta foiopo b .

    DOI S PONTOS Esse sinal marca, na escrita, a suspenso de uma frase no concluda. Emprega-se, pois,para anunciar:- uma citao:

    s margens do Ipiranga, gritou D.Pedro I: - I ndependncia ou Morte!

    - uma enumerao:

    Aps o levantamento do inventrio, devemos tomar as seguintes providncias: encerrar o balano patrimonial, convocar um a reunio extr aordinria, providenciar uma auditoria nas contas.(Esses elementos tambm poderiam estar separados por pontos-e-vrgulas, paramaior clareza.)

    - um esclarecimento, um comentrio, uma sntese ou uma consequncia do que foienunciado:

    A razo clara: achava a sua conversa menos cansativa que a dos outros homens.

    Observe a questo de prova que abordou o assunto.

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    (FUNDAO JOO GOULART/ SMF ANALI STA PLANEJAMENTO / 20 05)

    Texto 2Nunca as condies foram to favorveis para a adoo em grande escala do gsnatural como propulsor dos nibus que circulam pelas grandes cidades brasileiras.Do ponto de vista ambiental, j eram conhecidas as vantagens desse combustvel emrelao ao diesel, que predomina entre os veculos pesados. Esses benefciosmotivaram diversas experincias anteriores de nibus a gs, que desde os anos 80circulam em capitais brasileiras como So Paulo, Rio e Recife.No entanto, os nibus a gs mostraram pouca competitividade econmica eoperacional, quando comparados com os movidos a diesel. Agora, o cenrio poltico eeconmico outro, bem mais favorvel: as reservas brasileiras de gs simplesmentetriplicaram em 2003 (hoje so 600 milhes de m 3). Alm disso, o Brasil firmou um

    acordo no qual se compromete a comprar parte da produo da Bolvia, aumentandoainda mais a oferta de gs no mercado interno.A disponibilidade do combustvel, no entanto, no basta: a operao dos nibus adiesel continua sendo mais econmica. Para contornar esse obstculo, a Petrobrasentrou em ao e, numa opo clara pelo meio ambiente, decidiu subsidiar o gsnatural. Nos prximos dez anos, as empresas de nibus podero adquirir o gs nasdistribuidoras a um preo fixado em 55% do valor do diesel, garante PauloBarreiros, coordenador do Programa Tecnolgico de Gs Natural (Progas) do Centrode Pesquisa da Petrobras (Cenpes). Conforme o uso desse combustvel comece acrescer, a fabricao de nibus a gs em grande escala deve tratar de diminuir adiferena de preo que existe na sua produo, operao e manuteno. Outroestmulo para as empresas de nibus adotarem o gs natural a melhoria da redede distribuio desse combustvel no Brasil. A infra-estrutura de abastecimentoevoluiu muito em relao aos anos 80, e isso pode facilitar a revenda dos nibus ags para a renovao da frota, o que nem sempre era fcil no passado.Aproveitando o cenrio favorvel, a Petrobrs quer medir na ponta do lpis odesempenho de um nibus movido a gs natural em comparao com nibus adiesel, para melhor avaliar sua performance em condies reais de trnsito.(A hora e a vez do gs natural. Superinteressante. Abril de 2004, p. 10.)A d i spon ib i l idade do combus t ve l , no en tan to , no bas ta : a operao dos nibu s a d iese l cont inua sendo m ais econm ica . Os dois-pontos empregados nesse trecho exercem a mesma funo dos que estopresentes em:

    A) Tnhamos decerto trs preocupaes: produo, distribuio e eficincia.B) Dentre as vantagens desse produto, uma inegvel: o baixo custo de produo.C) Aumentar a produo era primordial: esta providncia inibiria o aumento depreos.D) Nenhum teste adicional foi feito antes de pormos o produto no mercado: um erroindesculpvel.

    O gabarito foi letra C. ACORDO ORTOGRFICO: Registra-se, agora, infraestrutura sem hfen.

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    A orao que vem aps o sinal de dois pontos tem carter explicativo, da mesma formaque o trecho em destaque (funo de aposto explicativo). Nesta, informa-se o motivo deno bastar somente a disponibilidade do gs a economia que se obtm com o uso dediesel na frota de nibus maior.J no segmento da opo c , informa-se por que o aumento da produo era principal:haveria inibio do aumento de preos.Nas opes a e c , os apostos tm funo enumerativa ( trs preocupaes: produo,distribuio e eficincia / Dentre as vantagens ..., uma inegvel: o baixo custo de produo ).J na opo e , faz-se um comentrio acerca da informao da orao anterior.

    TRAVESSO Segundo o Formulrio Ortogrfico, emprega-se o travesso, e no o hfen, para ligar palavras ou grupos de palavras que formam, por assim dizer, uma cadeia na frase: O t ra je to MauCascadura .A esse conceito, Evanildo Bechara ( Moderna Gramtica Portuguesa)acrescentou que o travesso pode substituir os parnteses para assinalar uma expresso intercalada.

    Assim, uma expresso explicativa ou simplesmente acessria pode serapresentada entre vrgulas, entre travesses ou entre parnteses.

    Veja como isso foi apresentado em prova.(UnB CESPE/ Banco do Brasil/2002)Julgue o item que se segueA substituio de todos os travesses do texto por vrgulas respeitaria as regras dossinais de pontuao da norma culta e manteria a funo de isolar, em um contexto,palavras ou frases.

    Est correta a afirmao. Podemos substituir os travesses por vrgulas, pois ambos tma funo de isolar elementos de natureza explicativa. Contudo, a recproca no verdadeira. Nem sempre a vrgula pode ser substituda por travesso. Ela pode, naorao, indicar um deslocamento, caso em que no cabe outro sinal de pontuao.

    E se o perodo se encerrar com uma expresso explicativa iniciada por um travesso:posso fazer isso com um ponto final sem usar o segundo travesso?Sim, se o perodo se encerra juntamente com essa expresso explicativa (iniciada porvrgula ou travesso), o segundo travesso ou a segunda vrgula pode ser substitudapelo ponto final.

    No horrio eleitoral, podemos ver inmeros parlamentares denunciados por corrupo tentando a reeleio o que s depende de vo c, e le i tor.

    Se a expresso indicada entre os travesses estiver dentro de uma outra construoindicada entre vrgulas, no constitui erro a indicao do segundo travesso e, emseguida, a vrgula que encerra o deslocamento.

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    Apesar de seu tamanho, que causava terror a todos os que no o conheciam, a

    sua ndole era de uma criana inocente.Nesse exemplo, alm do deslocamento de uma orao adverbial ( Apesar de seu tamanho ), elemento suficiente e necessrio para o emprego de uma vrgula, ainda huma orao de natureza explicativa (a respeito do tamanho ), que poderia ser isoladapor vrgulas, travesses ou parnteses (optou-se pelas vrgulas). A segunda vrgula, aps

    conheciam, tem dupla funo encerrar a orao explicativa e indicar o fim dodeslocamento da orao adverbial.E se a orao explicativa viesse isolada por travesses como ficaria?Haveria duas possibilidades a primeira, manter os dois sinais (o travesso encerra aorao explicativa, enquanto que a vrgula indica o fim do deslocamento):

    Apesar de seu tamanho que causava terror a todos os que no o conheciam , a sua ndole era de uma criana inocente.

    Ou, a segunda, apenas a vrgula, que, nesse caso, continuaria em dupla jornada detrabalho ao mesmo tempo, encerra a explicao e o deslocamento:

    Apesar de seu tamanho que causava terror a todos os que no o conheciam , a sua ndole era de uma criana inocente.

    Veja um bom exemplo do emprego dessa pontuao em uma questo de prova.

    (FGV / Ministrio da Cultura / 2006)Sem saber a inda d i re i to como va i sobrev ive r " as r ese rvas que acum ule i em Nova York es to indo em bora" , e l e p lane ja a s p rx im as pa radas pe la

    Am rica do Sul .O trecho entre travesses indica:(A) uma contradio.(B) uma exemplificao.(C) uma explicao.(D) uma explicitao.(E) um questionamento.

    Resposta: C O perodo isolado por travesses tem carter explicativo. Reproduz literalmente (por isso,as aspas em: "as reservas que acumulei em Nova York esto indo embora" ) as palavrasdo sujeito em que se baseia a afirmao da orao anterior ( Sem saber direito como vai sobreviver ).Note como houve o emprego do segundo travesso, indicando o fim da explicao, para,aps isso, ser empregada tambm a vrgula que finaliza o deslocamento da oraoreduzida de infinitivo, formando [ ,].:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::Finalmente, o travesso tambm pode ser usado no lugar dos dois pontos, quandorepresenta a sntese do que se vinha dizendo, dando maior realce a essa concluso(recurso estilstico):

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    Deixai-me chorar m ais e beber mais

    Perseguir doidamente os meus ideais E ter f e sonhar encher a a lma .

    (C.Pessanha)

    PARNTESES So usados sempre em dupla e servem para intercalar qualquer informao acessria,como uma explicao, uma circunstncia, uma reflexo, uma nota do autor.Em relao aos sinais de pontuao, indica o Formulrio Ortogrfico:Quando uma pausa coincide com o incio da construo parenttica [entre parnteses] ,o respectivo sinal de pontuao deve ficar depois dos parnteses mas, estando a proposio ou a frase inteira encerrada pelos parnteses, dentro deles se pe a competente not ao. .

    No, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, este suavssimo nome); no: o corao no to frvolo, to exterior, to carnal,quanto se cuida. (Rui Barbosa)

    O ponto-e-vrgula permaneceu aps o fim da construo entre os parnteses, porpertencer orao que se antecedia a construo parenttica.

    A imprensa (quem a contesta?) o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgao do pensamento. (Carlos Laet)

    O ponto de interrogao pertence orao entre parnteses e l deve ser empregado.Quer uma questo de prova? Ento, a est ela!

    (CESPE UNB/DEFENSORIA DA UNIO/2002)Pensar o corpo apenas como mquina ou, no limite, a sua substituio por mquinas inteligentes'' o mesmo que ver sem perceber. A mquina funciona, o homem vive,isto , estrutura seu mundo, seus valores e seu corpo. O que acontece quando se pensa que as mquinas so equivalentes a seres vivos? Um pensamento artificialista (segundo o qual preciso tudo refazer pelo artifcio humano) levado at um ponto em que o prprio pensamento desaparece. Os cultores do artificialismo no distinguem, por exemplo, crebro e mente. Ao desvendarem certos mecanismos do crebro, pensam ter descoberto o segredo do pensamento. certo que a vida mental muito mais complexa.Adaulo Novaes. A mquina do homem e da cincia. In: 0 homem e a mquina - ciclo de conferncias. Rio e Braslia: CCBB (com adaptaes).Julgue o i tem que se segue.Por cons t i tu i r um a exp l i cao do t e rm o an te r io r, a o rao en t re pa rn t eses ( l .5 - 6 ) admi t e t e r os pa rn t eses subs t i tu dos por t r avesses ou por v rgu las.

    Essa questo serve como um reforo de tudo o que vimos sobre o emprego de vrgulas,travesses e parnteses.

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    Podemos substituir parnteses por travesses ou por vrgulas. Tambm podemossubstituir os travesses por parnteses ou por vrgulas. Esse troca-troca vlido paraisolar elementos de natureza explicativa.Contudo (j vimos), nem sempre a recproca verdadeira (trocar as vrgulas pelosdemais). Este sinal (vrgula) possui outras funes alm de isolar explicao serve paraisolar conjunes, indicar deslocamento etc.

    ASPAS Usam-se aspas para indicar uma citao (em todas as nossas aulas, h exemplos desseemprego, inclusive aqui), para destacar uma expresso ou palavra a que se queira darrelevo na construo, ou realar ironicamente alguma palavra ou expresso.

    A isso eu chamo de hipocrisia burra.Esse o pas do jeitinho.

    Celso Cunha alerta para o emprego da pontuao no emprego de aspas:

    Quando a pausa coincide com o final da expresso ou sentena que se acha ent re aspas,coloca-se o competente sinal de pontuao depois delas, se encerram apenas uma parte da proposio. Quando, porm, as aspas abrangem todo o perodo, sentena, frase ou expresso, a respectiva notao fica abrangida por elas.

    Ou seja, o mesmo tratamento dispensado pelo Formulrio Ortogrfico aos parnteses.

    PONTO DE I NTERROGAO

    O ponto de interrogao empregado para indicar uma pergunta direta , ainda que estano exija resposta.

    PONTO DE EXCLAMAO O ponto de exclamao empregado para marcar o fim de qualquer enunciado comentonao exclamativa, que normalmente exprime admirao, surpresa, assombro,indignao etc.

    O ponto de exclamao tambm usado com interjeies e locues interjetivas:Oh!

    Valha-me Deus!

    O ponto de exclamao, nesses casos, somente acompanha a interjeio, no valendocomo o fim da frase. Por isso, ele acumula a funo de vrgula:

    Ai! que saudade da Bahia.

    Perceba que a vrgula foi dispensada, porque a exclamao a substituiu. Note tambmque o sinal de pontuao no encerrou a frase; simplesmente acompanhou a interjeio.

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    Se quiser usar inicial maiscula aps esse ponto, tudo bem. Mais erudito, porm, nous-lo.

    RETI CNCI AS As reticncias so empregadas para marcar a interrupo da frase:a) para assinalar interrupo do pensamento ou hesitao em enunci-lo:

    - Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a conscincia de que fiz o meu dever. Mas o mundo saber...(Jlio Dinis)

    b) para indicar, numa narrativa, certas inflexes de natureza emocional (de alegria, de

    tristeza, de raiva):Mgoa de o ter perdido, amor ainda. dio por ele? No... no vale a pena...(Florbela Espanca)

    c) como forma de realar uma palavra ou expresso, colocando-se as reticncias antesdela:

    E teve um fim trgico... pobrezinho...j t o novo com tant a responsabilidade!

    Como sinal meldico, indica uma pausa maior quando associado a outros sinais, como avrgula, o ponto de interrogao ou de exclamao.

    Passai, vagas..., m as passai de manso! (C.Alves)

    Certas pessoas merecem punio severa! ... esbravejou a vtima.Muitos gramticos recomendam o uso de reticncias (inclusive entre parnteses), noincio, no meio ou no fim de uma citao, para indicar supresso no trecho transcrito, emcada uma dessas partes.

    Do mesmo modo que a frase no uma simples sequncia de palavras, o texto no uma simples sucesso de frases. So elos transfrsicos, (...), que fazem do texto um conjunto de informaes. (Elisa Guimares, A Articulao do Texto)

    Celso Cunha, no entanto, faz distino entre as reticncias, como sinal meldico depontuao, e os trs pontos que marcam a supresso de palavras, expresses ou trechosde um texto.

    "Modernamente, continua o professor, para evitar qualquer dvida, tende a generalizar-se o uso de qua t ro pon tos para marcar tais supresses, ficando os trs pontos como sinal exclusivo de reticncias ."

    isso. Vamos praticar um pouco.

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    QUESTES DE FI XA O 1 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005)Assinale a letra que corresponde melhor redao, considerando correo, clareza econciso.(A) Alguns sabem que certas coisas no tm preo;(B) Sabem alguns, que certas coisas no tem preo;(C) Certas coisas no tem preo, o que sabem alguns;(D) Sabem alguns que certas coisas no tem preo;(E) Alguns sabem que, certas coisas no tm preo.

    2 - ( FUNDAO JOO GOULART / ENGENHEI RO CI VI L / 20 04 )Nos doentes menta is , as i luses so devidas per turbao da a teno, a inf lu ncias emocionais e a a l t eraes da conscincia . Reescreve-se essa frase do texto em cada alternativa abaixo. A que est mal construdano que diz respeito pontuao :A) As iluses so devidas perturbao da ateno, a influncias emocionais e aalteraes da conscincia nos doentes mentais.B) As iluses nos doentes mentais, so devidas perturbao da ateno, a influnciasemocionais e a alteraes da conscincia.

    C) Perturbao da ateno, influncias emocionais e alteraes da conscincia: a taisfatos so devidas as iluses nos doentes mentais.D) Nos doentes mentais, as iluses so devidas aos seguintes fatos: perturbao daateno, influncias emocionais e alteraes da conscincia.

    3 - ( ESAF/ AFC SFC/ 200 0 )Assinale a opo em que a afirmao a respeito da pontuao adequada para o textoest incorreta.Para medir o efeito de uma nova tecnologia preciso avaliar em que medida ela d maiseficincia aos processos de produo das empresas. A era do vapor deslocou a produo

    do lar para a fbrica(1) com a eletricidade(2) surge a linha de montagem. Agora(3) comcomputadores e Internet(4) a possibilidade de as empresas reformularem(5) seusprocessos surpreendente(6) da aquisio de insumos descentralizao e terceirizao.a) correto colocar um sinal de ponto e vrgula em (1).b) Em (2), (3) e (4) correto colocar vrgulas.c) Pode-se optar por travesses, parnteses ou vrgulas em (3) e (4).d) Em (5) h exigncia do uso de vrgula.e) Pode-se colocar vrgula ou travesso em (6).

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    4 - ( NCE UFRJ / ANALISTA FI NEP / 200 6) Daqui a mais ou menos 1 bilho de anos, a Terra no ser mais habitvel; o empregoda vrgula nesse caso se justifica porque se trata:(A) de um aposto;(B) de um vocativo;(C) de um termo em ordem inversa;(D) de uma necessidade de evitar-se ambigidade ;(E) de uma orao antecipada.

    5 - (BESC / ADVOGADO/ 2004)"Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido, esperam o governo e os prprios bancos,com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada." (L.19-21)Assinale a alternativa em que, alterando-se a pontuao, no se altere o sentido da fraseacima.(A) Esse lapso bvio, tambm ser preenchido, esperam o governo e os prpriosbancos com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.(B) Esse lapso - bvio - tambm ser preenchido - esperam o governo e os prpriosbancos, com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.(C) Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido - esperam o governo e os prpriosbancos - com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.(D) Esse lapso, bvio - tambm ser preenchido, esperam o governo e os prpriosbancos - com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.(E) Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido, esperam o governo e os prpriosbancos, com a adoo de medidas, que tornem essa travessia menos arriscada.

    6 - (FGV / I CMS MS - F i scal de Rendas / 2006 )

    O modo de produo capitalista no tem vocao suicida, e nada indica que ele esteja a

    ponto de morrer de morte natural.No trecho acima, utilizou-se corretamente a vrgula antes da conjuno e. Assinale aalternativa em que isso no tenha ocorrido.(A) Voc deve sair antes de anoitecer, e antes de acenderem as luzes, e antes defecharem o comrcio.(B) Ele muito se esforou para a realizao daquele projeto, e acabou no sendo bem-sucedido.(C) Os irmos compreendiam-se mutuamente, e, portanto, respeitavam-se.(D) A expedio encontrou um grupo perdido, e todos voltaram juntos.

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    (E) A maioria dos estudantes aprovou a proposta, e seus pais acataram a deciso.

    7 - ( F GV / I CM S M S ATI / 2 0 0 6 )

    Os olhos empapuados so os mesmos mas o cabelo se foi e a barriga s parou de crescer porque no havia mais lugar atrs do balco .Assinale a alternativa que oferea pontuao igualmente correta para o trecho acima.(A) Os olhos empapuados so os mesmos, mas o cabelo se foi, e a barriga s parou decrescer porque no havia mais lugar atrs do balco.(B) Os olhos empapuados, so os mesmos mas o cabelo se foi e a barriga s parou de

    crescer, porque no havia mais lugar atrs do balco.(C) Os olhos empapuados so os mesmos, mas o cabelo, se foi, e a barriga s parou decrescer porque no havia mais lugar, atrs do balco.(D) Os olhos empapuados so os mesmos mas, o cabelo, se foi e a barriga, s parou decrescer, porque no havia mais lugar atrs do balco.(E) Os olhos empapuados so os mesmos, mas o cabelo se foi, e a barriga, s parou decrescer porque no havia mais lugar, atrs do balco.

    8 - ( CESGRANRI O / PREF.MANAUS / 200 4)Assinale a opo em que a retirada da(s) vrgula(s) NO modifica o sentido da sentena.(A) Joo, desenha uma ave no caderno.(B) No dia 5 de outubro, comemora-se o Dia da Ave.(C) Chamei a menina, que estava sentada, e ela no se mexeu.(D) Ela falava sem parar da festa, do fim de semana e das frias de vero.(E) A secretria, organizada, no deixa trabalho para o dia seguinte.

    9 - (UnB CESPE/ Banco do Brasi l / 2002)A indstria armamentista movimenta anualmente cerca de 800 bilhes de dlares. umaquantia equivalente a 2,5% do PIB mundial. Com um investimento de apenas 8 bilhesde dlares menos do que quatro dias de gastos militares mundiais , todas ascrianas do planeta que hoje esto fora da escola poderiam freqentar uma sala deaula. Alis, a fabricao de um nico tanque de guerra consome o equivalente construo de 520 salas de aula, e o custo de um avio de caa supersnico daria paraequipar 40 mil consultrios mdicos.O desperdcio da indstria da guerra. In: Famlia Crist, ano 68, n./ 795, mar./2002, p.12 ( com adaptaes).

    Julgue o item a seguir.

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    Na linha 4, a ausncia de vrgulas para isolar a orao que hoje esto fora daescola indica que ela constitui restrio a crianas do planeta.

    10 - ( FCC / I NSS MEDI CO / 2006)

    A fragmentao dos objetivos intelectuais em compartimentos cada vez mais estreitos provocou, na nossa poca, uma verdadeira confuso de idiomas.

    Julgue a correo do item que se segue, em relao pontuao. No perodo acima, a eliso da vrgula aposta a provocou no prejudica a correo

    da frase, considerada a norma culta da lngua.

    11 - ( FCC / BANCO DO BRASI L / 200 6)Est plenamente correta a pontuao do seguinte segmento:(A) Pode viver um homem sem acesso civilizao. No pode: embora haja muitos quepensem o contrrio. O que no evidentemente, o caso do cronista.(B) O poeta lvares de Azevedo, no sculo XIX, parecia alimentar a mesma convico docronista. Embora fosse um romntico, o poeta ridicularizava os idealistas que,tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural.(C) O cronista um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos devista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo,artificial.(D) Provavelmente se sentiro hostilizados, aqueles que defendem as delcias da vidanatural. Em compensao: os que relutam em aceit-la, muito se divertiro com essacrnica.(E) No se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalaes sanitrias, em nomede uma vida mais pura e mais rstica. Por que haveramos de renunciar aos ganhos dacivilizao, pergunta-se ele?

    12 - ( ESAF/ AFRF/ 2002 .1)A revoluo da informao, o fim da guerra fria com a decorrente hegemonia de umasuperpotncia nica e a internacionalizao da economia impuseram um novo equilbriode foras nas relaes humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas

    aspiraes de solidariedade e justia distributiva entre os homens, to presentes nossonhos, utopias e projetos polticos nos ltimos dois sculos. Ao contrrio: o novomodelo cuja arrogncia chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, senoculminante, da histria promove uma brutal concentrao de renda em mbitomundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira assustadora a perversosocial.Julgue se os itens a respeito do emprego dos sinais de pontuao no texto so falsos (F)ou verdadeiros (V) para, em seguida, assinalar a opo correta.

    ( ) As duas ocorrncias de duplo travesso demarcam intercalaes edesempenham funo anloga dos parnteses.

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    ( ) As vrgulas que se seguem a homens(l.4) e sonhos(l.5) destacam umaexplicativa restritiva e, por isso, seu emprego opcional.

    ( ) O emprego de dois-pontos aps contrrio(l.5) justifica-se por introduzirum esclarecimento sobre o que foi dito no perodo anterior.

    ( ) A funo das vrgulas que isolam a expresso seno culminante(l.6-7) a de destac-la sintaticamente e dar-lhe relevo estilstico.

    A ordem correta dos itens a) V F V Fb) F F V Fc) V F F V

    d) V F V Ve) F V V V

    13 - ( ESAF/ Fisca l do Traba lho / 2003 )A sociedade baseada na liberdade contratual ser sempre, em grande parte, umasociedade de classes, cuja estrutura defendida em vantagem dos ricos. Cumpreassociar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial.A excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dosbenefcios deste. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultadosda vida social. E as diferenas devem existir somente quando necessrias ao bemcomum. Impe-se, pois, uma igualdade econmica maior, porque os benefcios que umhomem pode obter do processo social esto aproximadamente em funo de seu poderde consumo, o que resulta do seu poder de propriedade. Assim os privilgios econmicosso contrrios verdadeira sociedade democrtica. O prprio conceito de liberdaderedefine-se atravs dos sculos, de acordo com as circunstncias histricas e odesenvolvimento das foras econmicas. E a liberdade, no mundo atual, s existir defato quando assentada na segurana e em funo da igualdade. que a verdadeirademocracia, j o disse Turner, o direito do indivduo de compartilhar as decises querespeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises. Para que aliberdade realmente exista, preciso que a sociedade se estruture sobre cooperao eno sobre a explorao . E assim os homens sero livres.

    (Joo Mangabeira, Orao do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com adaptaes)

    Analise as seguintes afirmaes a respeito do uso dos sinais de pontuao no texto.I. O emprego da vrgula depois de classes (l.2) opcional e, por isso, sua retirada nocausa prejuzo gramatical ao texto.II. Devido ao valor explicativo do perodo iniciado por A excluso(l.4), as regrasgramaticais permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos,desde que se empregue o artigo com letra minscula.III. Apesar de no ser obrigatrio o emprego da vrgula depois de Assim(l.9), o valorconclusivo do advrbio recomenda que a seja inserida.

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    IV. Por se tratar de uma citao, as regras gramaticais admitem que o perodo entreaspas (l.14-15) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vrgula; e, nessecaso, as aspas podem ser retiradas.a) todos os itens esto corretos.b) nenhum item est correto.c) apenas o item II est correto.d) apenas os itens II e III esto corretos.e) apenas os itens II, III e IV esto corretos.

    14 - ( ESAF/ Tcnico ANEEL / 200 6) Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultadosmanifestam-se na transformao da estrutura produtiva nacional. O governo JK, quesoube mobilizar com maestria a herana de Vargas e elevar a auto-estima do povobrasileiro, realizou-se em condies democrticas, com liberdade de imprensa etolerncia poltica. A taxa de inflao, que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo JK,elevou-se para o patamar de 30,5%. A Nao, por sua vez, obteve um crescimentoeconmico mdio de 8,1% ao ano. Apesar das presses do Fundo MonetrioInternacional (FMI), que j advogava o equilbrio fiscal e o Estado mnimo para o Brasil,e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB nacional emcerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um dficit detransaes correntes que atingiu 20% das exportaes em 1957 e 37% em 1960, o que

    ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condio de solvncia da economiabrasileira. No entanto, foi graas ao controle do cmbio e ao regime de incentivos criadosque as importaes de bens de consumo durveis foram contidas.(Rodrigo L. Medeiros, com adapt aes)Em relao ao texto, julgue a assertiva.

    As vrgulas aps JK (l.2) e aps brasileiro(l.4) isolam orao de naturezarestritiva.

    15 - ( FCC/ TRE MG / 2005) A supresso da(s) vrgula(s) implicar alterao de sentido na frase:(A) Ao longo das ltimas dcadas, as obras de Umberto Eco vm ganhando mais e maisrespeitabilidade.(B) Umberto Eco homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismofundamentalista.(C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de umgrande cientista.(D) Na atitude de Stephen Hawking, h uma grandeza que todo cientista deveria imitar.(E) No h como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem aStephen Hawking.

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    16 - ( FCC/ TRE MG/ 2005)Atente para as seguintes frases:I. A preocupao do autor com os jornalistas, cuja liberdade de expresso se encontraameaada.II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus prprios interesses, no preservam suaindependncia.III. O direito livre informao dos jornalistas e, tambm, da sociedade como um todo.A supresso da(s) vrgula(s) altera o sentido APENAS do que est em(A) I.

    (B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.

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    GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FI XAO 1 AVimos que a vrgula no pode separar elementos inseparveis, que so: sujeito do verbo,verbo do complemento, termo regido do termo regente, conjuno ou pronome relativoda orao correspondente.Se houver uma intercalao separando-os, deve haver DUAS VRGULAS e no apenasuma.A orao totalmente correta est na letra a .As demais apresentam os seguintes erros.b) O verbo saber est separado de seu complemento oracional ( que certas coisas notm preo) por uma vrgula aps o termo que exerce a funo de sujeito ( alguns ).Alm disso, houve um erro de concordncia verbal (tem no lugar de tm, que possuio substantivo coisas como ncleo do sujeito).c) Que coisa feia essa de tem??? Cruzes! Os verbos que dobram o e (e, agora, norequerem mais o acento circunflexo) so LER, VER, CRER e DAR (e seus derivados).Agora, registramos leem, veem, creem e deem. Nada mudou em relao aosverbos TER e VIR (e derivados).d) Olha essa feira a de novo!!! Ser que a banca imaginou que algum ia marcar umacoisa dessas como CERTA?!?!?! SOCORRO!e) Nessa opo, a conjuno que est separada indevidamente do restante da orao aque pertence.

    2 BBusca-se a opo em que se verifica erro de pontuao. Vejamos a construo da opob :

    As iluses nos doentes mentais, so devidas perturbao da ateno, a influnciasemocionais e a alteraes da conscincia.Houve uma indevida separao do sujeito ( As iluses ) do verbo correspondente ( so ) pormeio de uma vrgula isolada. H duas formas de correo: elimina-se a vrgula ( As iluses nos doentes mentais so devidas...) ou coloca-se uma outra vrgula, isolando aexpresso nos doentes mentais ( As iluses, nos doentes mentais, so devidas...).

    3 DEm a possibilidade de as empresas reformularem (5) seus processos , a vrgula nopode ser colocada nesse ponto, pois estaria separando o verbo reformular de seucomplemento verbal seus processos um dos casos de proibio.

    Vamos analisar cada uma das demais propostas:

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    a) Correta . Encerra-se a primeira passagem, mas o perodo seguinte segue a mesmalinha argumentativa. Por isso, o melhor sinal o ponto-e-vrgula: A era do vapor deslocou a produo do lar para a fbrica; com a eletricidade [uma nova era] ... .

    b) Correta . Em (2), indica-se, com a vrgula, o deslocamento da expresso adverbial com a eletricidade para o incio da orao. Por sua vez, a expresso comcomputadores e Internet, de valor adverbial, deve ser isolada por vrgulas em (3) e(4).

    c) Correta . Com o emprego de vrgulas, travesses ou parnteses, destaca-se o valorexplicativo da expresso adverbial com computadores e Internet.

    e) Correta . Tambm de valor explicativo (justifica-se o fato de ser consideradosurpreendente ), indicada a vrgula ou o travesso. Tendo em vista o fim do perodocom a expresso explicativa, no lugar do segundo sinal (que faria a dobradinha com o primeiro) colocado o ponto que encerra todo o perodo.

    4 CACORDO ORTOGRFICO: Registra-se, agora, ambiguidade sem trema.O deslocamento da expresso circunstancial Daqui a mais ou menos 1 bilho de anos (adjunto adverbial de tempo), por no ser curto, exige o emprego de vrgula. um termodeslocado ou, nas palavras do examinador, em ordem inversa.Na ordem direta, a construo seria A Terra no ser mais habitvel daqu i a m a is ou m enos 1 b i lho de anos ..

    5 CExpresses ou oraes intercaladas, que apresentem comentrios ou explicaes, devemser isoladas por vrgulas, de modo a no interferir no restante da estrutura oracional.

    Note que na opo a houve uma alterao de sentido da expresso bvio, somentecom a retirada de uma das vrgulas que deveriam isol-la. De acordo com a novaapresentao, o que bvio no mais o preenchimento do lapso ( Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido), mas o prprio lapso: Esse lapso bvio, tambm ser preenchido.

    Em outra construo igualmente errada (opo d ), houve a separao do sujeito lapso da forma verbal passiva correspondente ser preenchido, por meio de travesso.

    Outra expresso que deveria se manter isolada: esperam o governo e os prpriosbancos . Contudo, isso no foi respeitado nas construes das opes a e d (abriu comtravesso e fechou com vrgula um samba do crioulo doido...rs...).

    O erro da opo e foi separar uma orao adjetiva restritiva de seu antecedente porvrgula (m edidas que tornem essa travessia menos arriscada).

    6 C

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    No est errado empregar uma vrgula antes da conjuno e. O problema como fazerisso para no errar. O autor do texto fez com perfeio, j que os sujeitos das oraescoordenadas so diferentes (o primeiro o m odo de produo capitalista,e o segundo,

    nada ).

    Quando o sujeito das duas oraes for o mesmo, isso no ser possvel, a no ser emcasos muito especiais, por questes de clareza textual (quando, por exemplo, a primeiraorao for muito longa e houver a necessidade de se retomar o sujeito distante).

    Muita gente deve ter achado estranha a primeira construo (opo a ). Contudo, emaula, vimos os casos de polissndeto, em que podemos repetir a conjuno para darnfase aos elementos (lembra do poema de Vincius?).

    Ento, estaria correta a construo. Refora-se, com a repetio, a necessidade de se

    sair cedo antes de anoitecer, antes de acenderem as luzes, antes de fecharem ocomrcio.

    Na opo b , a conjuno e tem valor adversativo. Vimos na aula sobre conectivos ques podemos afirmar o valor da conjuno no perodo, lembra? Ento, h entre a primeirae a segunda orao ideias contrrias muito esforo na realizao do projeto projeto mal-sucedido . Por isso, est correta a pontuao.

    No perodo da opo d , os sujeitos so distintos, assim como o fez o autor do texto. Naprimeira orao, o sujeito A expedio, enquanto que, na segunda, o pronome

    todos.

    Por fim, tambm so diferentes os sujeitos do ltimo perodo: a maioria dos estudantes e seus pais. Assim, possvel o emprego de vrgula antes da conjuno aditiva e.

    7 A

    Temos, nessa questo, vrios dos casos de proibio. Vamos enumerar alguns deles.

    b) vrgula separando sujeito do verbo : Os olhos empapuados(,) so os mesmos; vrgula antes de conjuno causal ( possvel antes de conjuno explicativa) : a barriga s parou de crescer (consequncia)( , ) porqu e (cau sa) no havia mais lugar.. . .

    c) vrgula separando sujeito do verbo : o cabelo (,) se foi; a expresso atrs dobalco j est no fim do perodo, no havendo justificativa para uma pausa (indicadapor vrgula).

    d) vrgula aps a conjuno adversativa mas (seria possvel ANTES e noDEPOIS) + vrgula separando sujeito do verbo : mas(,) o cabelo, se foi e a barriga(,) s parou de crescer ; vrgula antes de conjuno causal ( possvel antesde conjuno explicativa).

    e) vrgula separando sujeito do verbo: a barriga(,) s parou de crescer ; vrguladesnecessria antes de atrs do balco.

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    8 B

    Agora, a pontuao que envolve oraes adjetivas. Lembre-se: no existe casoFACULTATIVO de vrgula com orao adjetiva. OU A VRGULA PROIBIDA (ORAOADJETIVA RESTRITIVA), OU A VRGULA OBRIGATRIA (ORAO ADJETIVAEXPLICATIVA).Vejamos caso a caso:a) Joo, desenha uma ave no caderno.Com a vrgula, isola-se um vocativo ( Joo). Sua retirada tornaria esta uma oraoafirmativa (Joo desenha uma ave no caderno.). Ocorre, pois, alterao semntica.

    b) No dia 5 de outubro, comem ora-se o Dia da Ave.A vrgula isola um elemento deslocado. Na ordem direta, seria: Comemora-se o Dia da Ave no dia 5 de outubr o..Como o elemento curto e de fcil entendimento, no haveriaprejuzo algum o deslocamento sem vrgula: No dia 5 de outubro comemora-se o Dia da Ave. Assim, com a retirada da vrgula, no ocorre nenhuma mudana de sentido dafrase. Esta a resposta correta.c) Chamei a menina, que estava sentada, e ela no se mexeu.A orao adjetiva, por estar isolada por vrgulas, tem valor explicativo. Com a retirada davrgula, ela se tornaria uma orao adjetiva restritiva. Haveria, assim, mudanasemntica na construo.d) Ela falava sem parar da festa, do fim de semana e das frias de vero.Com a vrgula, pode-se entender que so trs os temas de que ela falava: da festa, dofim de semana e das frias de vero. Com a ausncia da vrgula, a expresso do fim desemana deixa de ser um complemento verbal ( ela falava do fim de semana ) e passa aser um complemento nominal, em relao a festa ( a festa do fim de semana).Tambm ocorre a alterao de sentido.e) A secretria, organizada, no deixa trabalho para o dia seguinte.Da mesma forma que na construo da opo c , haveria a transformao de valor dotermo isolado por vrgula: de explicativo ( A secretria, por ser organizada, no deixa trabalho para o dia seguinte.), passaria a ser restritivo (Aquela secretria que organizada no deixa trabalho para o dia seguinte.).

    9 - Item CORRETOACORDO ORTOGRFICO: Registra-se, agora, frequentar sem trema. exatamente essa a caracterstica da orao subordinada restritiva est ligada aotermo antecedente de forma direta, sem vrgula.

    10 Item INCORRETO

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    A retirada da vrgula aps provocou provocaria uma separao entre esse verbo e seucomplemento, representado por uma verdadeira confuso de idiomas, em virtude damanuteno da vrgula aps a palavra poca .

    11 - BAs demais opes apresentam os seguintes erros.(A) O primeiro perodo, na verdade, deveria ser interrogativo ( Pode viver um homem sem acesso civilizao? ), apresentando-se a resposta no segundo perodo ( No pode ). A partir da, uma vrgula o separa da orao subordinada concessiva ( No pode,embora haja muitos que pensem o contrrio ). Os dois pontos esto empregados deforma incorreta.Ademais, o verbo ser foi separado indevidamente de seu complemento o caso docronista por uma vrgula, e a expresso adverbial evidentemente deveria vir isoladapor DUAS vrgulas ou sem nenhuma delas, por ser um termo curto e de fcilentendimento. Somente uma vrgula implica erro de pontuao para o perodo.(C) O primeiro perodo se encerra em nossos. Deve ser indicada essa interrupo porum ponto. A seguir, est indevidamente empregado o ponto-e-vrgula, que separa overbo atacar de seu complemento ( atacar no que este tem ... ). Por fim, faltou aprimeira vrgula da srie que isola o vocbulo sobretudo ( e, sobretudo, artificial. ).(D) O sujeito do verbo sentir aqueles . Na ordem direta, isso fica mais claro(Aqueles [que defendem as delcias da vida natural] se sentiro hostilizados provavelmente.). Uma vrgula separa o sujeito ( aqueles ) do verbo correspondente,devendo ser retirada. No perodo seguinte, a expresso introdutria Em compensao

    deve ser seguida por uma vrgula, e no pelo sinal de dois pontos.Em seguida, mais uma vez a vrgula separa o sujeito, representado pelo pronomedemonstrativo os (em os [que relutam em aceit-la] ), do predicado muito se divertiro,incorrendo em um dos casos de proibio (separar sujeito do verbo).(E) O complemento indireto do verbo bitransitivo privar foi separado deste por umaindevida vrgula (No se [objeto direto] privaria o cronista [sujeito] do confor to [ o b j e t o i n d ir e t o ] ).

    12 DA ordem V/F/V/V.

    1 item) VERDADEIROVimos que os travesses se prestam para, assim como os parnteses, apresentarexpresses acessrias, como no caso das construes destacadas.2 item) FALSO Que doideira essa explicativa restritiva?! As oraes adjetivas podem ser explicativas(com vrgula obrigatria) ou restritivas (com vrgula proibida). No existe caso de vrgulaopcional em oraes adjetivas . A primeira, antes de to presentes... , introduzconstruo adjetiva em relao a antigas aspiraes; a segunda separa itens de mesmafuno sinttica em uma enumerao to presentes em sonhos, utopias e projetos polticos . Percebe-se, assim, que elas no tm relao entre si.

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    3 item) VERDADEIRO

    exatamente essa a funo dos dois pontos, podendo tambm ser usada a vrgula, queestabelece uma pausa mais breve. Se a inteno for de maior destaque, usa-se o ponto(Ao contrrio. O novo modelo... ).4 item) VERDADEIROEm lugar das vrgulas, poderiam tambm ser usados travesses ou parnteses.

    13 - EEst incorreto apenas o item I.Como j vimos, a vrgula em oraes adjetivas ou obrigatria (explicativa) ou proibida(restritiva). No h caso de vrgula opcional. Essa vrgula tem a funo de iniciar umaorao subordinada adjetiva explicativa, em relao a sociedade de classes.Esto corretos os itens:II - A associao proposta na orao anterior ser apresentada na orao iniciada por Aexcluso. Portanto, est correta a sugesto.III Por ser curto o advrbio, houve a dispensa da vrgula. Contudo, devido ao seuvalor conclusivo, melhor seria mant-la aps Assim .IV As aspas servem para indicar que as palavras no pertencem ao autor do texto,mas quela pessoa mencionada por ele. A partir da colocao do sinal de dois pontos,essa distino fica clara, passando o emprego das aspas a ser facultativo.

    14 - Item INCORRETO.ACORDO ORTOGRFICO: Registra-se, agora, autoestima sem hfen.Como vimos no incio do nosso estudo e ao longo dessa aula, as oraes adjetivasrestritivas NO PODEM SER ISOLADAS POR VRGULAS. O valor do segmento destacado explicativo , o que justifica a pontuao empregada.

    15 - BCuidado com o enunciado. O examinador no busca a opo em que haver prejuzogramatical com a retirada da vrgula, mas a em que haver alterao semntica(sentido na frase ).Observamos que essa alterao ocorre com a retirada da vrgula que inicia a oraosubordinada adjetiva explicativa. Do modo com apresentada na construo, a orao

    que combatem o obscurantismo fundamentalista indica essa prtica por todos oscientistas a quem Umberto Eco presta homenagem.A partir da retirada do sinal de pontuao, haveria mais de uma espcie de cientista, es aos cientistas que combatem o obscurantismo fundamentalista o pensadoritaliano s renderia homenagens.

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    16 - D

    Na orao I, com a vrgula, afirma-se que o autor se preocupa com todos os jornalistas,pois eles (todos eles!) tm sua liberdade de expresso ameaada. Aps a retirada dosinal, a orao deixa de ter valor explicativo e passa a ser restritiva. Assim, de todos os

    jornalistas existentes no planeta, a preocupao do autor em relao queles cujaliberdade de expresso se encontra ameaada. H, portanto, alterao semntica com aretirada da vrgula.O mesmo acontece na orao II aps a retirada da vrgula, afirma-se que, do universode jornalistas, aqueles que costumam cuidar de seus prprios interesses no preservamsua independncia.J na orao III, a retirada da vrgula no provoca nenhuma alterao no sentido dafrase. A expresso tambm admite ser colocada diretamente na orao, sem pausas:O direito livre inform ao dos jornalistas e tam bm da sociedade como um todo.Assim, houve alterao somente nas oraes dos itens I e II.Bons estudos e at a prxima - ltima aula chegando a, pessoal!No prximo encontro, veremos alguns casos que envolvem interpretao detextos e ordenao textual, questo tpica de prova da ESAF, mas j presenteem outras bancas, como a Fundao Carlos Chagas e Cespe/UnB. Abrao e atl.