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Toronto - Year 4 - Edição 112 - 1ª Julho 2013 - FREE EDITION TELEFONE PARA OS SEUS FAMILIARES E AMIGOS E POUPE DINHEIRO COM OS CARTÕES TELEFÓNICOS AMIGO INFO E VENDAS 647-861-4757 PORTUGAL BRASIL BRASIL $ 5=650m. $ 5=400m. $ 5=1000m. EUROPA $ 5=1000m. PORTUGAL BRASIL - TELEMÓVEL $ 5=110m. $ 5=620m. $ 5=340m. PORTUGAL $ 5=1000m. BRASIL BRASIL PORTUGAL - TELEMÓVEL BRASIL PORTUGAL $ 5=660m. $ 5=275m. $ 5=625m. AGORA MAIS MINUTOS ESCOLHA O MELHOR PARA SI! BRASIL $ 5=650m. B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE MAIS MINUTOS Rejeição Prey Much Revolta da Caxirola Jornal da Gente Novo trabalho do cantor Hugo Piló em parceria com Valter Barberini ange quase 2000 views em uma semana pág. 15 Sensacional! A pessoa que se sente rejeitada deve aprender a entender o comportamento da pessoa que rejeita pág. 4 “Não há mais espaço para que condenados pela jusça estejam tomando decisões em nome de suas vímas” pág. 8 Certamente, sua simpaa e facilidade em fazer amigos abriram-lhe portas que o direcionaram para o que ele sempre mais gostou na vida, o microfone pág. 10

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2nd July 2013 Jornal da Gente

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Toronto - Year 4 - Edição 112 - 1ª Julho 2013 - FREE EDITION

Telefone para os seus familiares e amigos e POUPE Dinheiro com os CARTÕES Telefónicos AMIGOinfo e venDas 647-861-4757

PORTUGAL

BRASIL

BRASIL$5=650m.

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EUROPA

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PORTUGAL$5=1000m.

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BRASIL

PORTUGAL$5=660m.

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AGORA MAIS MINUTOS • ESCOLHA O MELHOR PARA SI!

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$5=650m.B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE

B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGREB. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE

B. HORIZ. • RIO •S. PAULO • P. ALEGRE

MAIS

MINUTOS

Rejeição Pretty MuchRevolta da Caxirola

Jornal da Gente

Novo trabalho do cantor Hugo Piló em parceria com Valter

Barberini atinge quase 2000 views em uma semana

pág. 15

Sensacional!

A pessoa que se sente rejeitada deve aprender a entender

o comportamento da pessoa que

rejeitapág. 4

“Não há mais espaço para que condenados pela justiça estejam tomando decisões em nome de suas

vítimas”pág. 8

Certamente, sua simpatia e facilidade em fazer amigos abriram-lhe portas que o

direcionaram para o que ele sempre mais gostou na vida,

o microfonepág. 10

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2 1˚ Julho 2013

O JORNAL DA GENTEé publicado nos dias 15 e 30 de cada mês.

Alguns dos locais onde você pode encontra-lo:

Consulado do Brasil, Brasil Remittance,

Brazilian Star, Star Remittance,

Rio 40, Sabor Brasil, Nova Era, Tropical Tours,

Caldense, Tavora, Rui Gomes, Salsicharia Pavãoe mais 90 pontos.

A opinião dos colaboradores e

colunistas não reflete necessariamente a opinião do jornal

Toronto - CanadaPortuguese Language

Editor e Design Gráfico

Jornal da Gente Publishing Inc.

Valter Barberini

[email protected] 301 6703

Valter Barberini

Acho melhor a imprensa parar de chamar os vândalos de ‘minoria’. Ou eles vão acabar levando isso a sério e logo, logo – seguindo o exemplo das de-mais minorias – vão querer criar o dia da consciência vândala, a passeata do

orgulho vândalo, a cota para vândalos nas universidades, sem falar na criminaliza-ção da vandalofobia e no arquivamento do projeto de cura vândala. Cá pra nós, faz sentido!

Será que nas manifestações aqui de Toronto, não tivemos atos de vandalismo por falta de verba? Em breve estarão reinvindicando verba do governo para viagem de grupos para ir “tocar o terror” mundo afora.

Do jeito que o movimento social anda diversificando sua pauta, vai que uma certa Central Sindical do Vandalismo desande a convocar manifestações pela demar-cação da terra dos vândalos, pela meia entrada para vândalos no cinema, pela fila preferencial para vândalos em caixa de bancos e supermercados, pelo vagão exclusivo para vândalos em trens suburbanos…

Logo o Congresso aprovaria o Estatuto do Vândalo e a PEC do Vandalismo, apesar da bronca da oposição com o Bolsa Vinagre do governo.

Enfim, depois não digam que não avisei...

e seus direitos!?!?!?!Os vândalos

Duas pessoas ficaram feridas por arma branca (faca) no início do "Salsa on St. Clair" de Toronto, considerado o maior festival cultural latino--americano do Canadá e que a cada ano atrai milhares de pessoas.

A Polícia de Toronto disse que um dos dois feridos está em estado grave, com lesões no tronco. O incidente aconteceu após uma briga, acrescentou a Polícia.

Este é o nono ano do "Salsa on St. Clair" que desde 2005 já atraiu mais de 1,5 milhão de amantes da salsa, segundo dados da Prefeitura de Toronto.

O festival, que termina neste domingo, acontece na rua St. Clair de Toronto, um dos bairros onde existe uma maior concentração de hispânicos na maior cidade canadense.

Este ano, o festival conta com shows de grupos como Samba Squad, El Sol de Cuba, Los Salsómanos, Henry Vivel & Tropicanada Orquecha e Changüí Habana.

O festival também inclui aulas gratuitas de salsa, um desfile, exposições cultu-rais e mostras das cozinhas das diferentes culturas latino-americanas.

Maior festival latino-americano de Toronto deixa 2 feridos"Salsa on St. Clair"

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3 1˚ Julho 2013

Número de mortos em acidenteferroviário sobe para 33

A polícia de Québec elevou neste sábado para 33 o número de mortos, vítimas do acidente ferroviário destruiu parte da pe-quena cidade de Lac-Mégantic, exatamente a uma semana.

A corporação divulgou durante entrevista coletiva que nas últimas ho-ras foram resgatados mais cinco corpos, entre as ruínas do centro da cidade. O número de mortos pelo acidente, o pior desastre ferroviário da história contemporânea do Canadá, deve chegar a 50.

"As condições são absolutamente horrorosas", explicou o porta-voz da polícia de Québec, Michel Forge, sobre o trabalho na região.

Segundo o agente, o local onde acontece o trabalho de resgate é pe-rigoso pela contaminação e pelos gases tóxicos. Os policiais e demais equipes são obrigados a trabalhar com trajes especiais. Por causa da gravidade do desastre, dos 33 corpos, apenas nove foram identifica-dos.

O acidente aconteceu na madrugada do último sábado, quando um trem composto por cinco locomotivas e 72 vagões cisterna carregados com petróleo, descarrilou no centro de Lac-Mégantic, cidade de seis mil habitantes, a 250 quilômetros ao leste de Montreal.

Alguns dos vagões explodiram, sem causa determinada, e acabaram destruindo cerca de 30 prédios. Grande parte das vítimas da tragédia estava em um café, localizado próximo a linha do trem. Uma testemu-nha apontou que entre 30 a 50 pessoas estavam no estabelecimento.

Proprietário de trem que explodiu no Canadá acredita em falha do maquinistaEdward Burkhardt, presidente da empresa Montreal, Maine & Atlantic (MMA), proprie-tária do trem que explodiu em uma cidade do Canadá causando dezenas de mortes, disse que o acidente pode ter sido causado por uma falha do maquinista.

Burkhardt declarou durante uma entrevista coletiva na cidade de Lac-Mégantic, após o acidente, que o maquinista do trem "foi sus-penso".

"Acho que fez algo errado", comentou Burkhar-dt, que revelou que "não está na prisão, mas a polícia falou em apresentar acusações contra ele".

Burkhardt ainda acrescentou: "Não acho que volte a trabalhar para nós".

O diretor esteve acompanhado o tempo todo durante sua visita a Lac-Mégantic por policiais. Muitos na cidade criticaram a resposta inicial da empresa após o acidente e o histórico de segurança da MMA.

Após o acidente, a MMA demorou mais de um dia para divulgar sua posição em comunicado que estava assinado pelo diretor de marketing da companhia.

Posteriormente, Burkhardt acusou os bom-beiros locais de terem provocado o acidente ao desligar a máquina que tirava do trem de 72 vagões cisterna, o que causou a perda dos freios do trem.

Ao mesmo tempo, a MMA qualificou de "he-rói" o maquinista do trem e disse que após o acidente tinha arriscado sua vida para afastar vários vagões das chamas, o que teria diminuí-do a catástrofe.

Burkhardt relativizou suas declarações contra os bombeiros locais e disse: "Quero esclarecer que não estou acusando os bombeiros. Os bombei-ros atuaram de forma razoável".

Alguns dos vagões explodiram, sem causa determinada, e acabaram destruindo cerca de 30 prédios

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4 1˚ Julho 2013

Carolina Hepfner B.A, MBA, MSW, MFT

Lidando com a rejeição e seus efeitos

A rejeição cria sentimentos que reduzem a auto estima. Muitos temem ou evitam o sentimento de rejeicao. Mas ele esta

la. Em algum ponto da vida todas as pessoas enfrentarão a rejeicao, Quão mais intima eh a relacionamento onde a rejeicao foi experimen-tada, maiores são as dores e as feridas, maio-res são os desafios para superar a rejeicao. Embora e rejeicao pode ocorrer em diferentes relacionamentos, as mensagens internalizadas por quem se sente rejeitado são: “ Há algo errado comigo”, “ ninguém gosta de mim”, “ eu nunca serei uma pessoa melhor”, “ eu sou diferente”, “eu estou fazendo algo errado”, “ eu não tenho valor”.

A pessoa que se sente rejeitada deve aprender a entender o comportamento da pessoa que rejeita ( se for o caso) ou aprender a substituir e internalizar mensagens negativas ( descritas acima). A pessoa que se sente rejeitada tem o poder de escolha para decidir quais men-sagens internalizar para sua vida. A melhor maneira de fazer isto eh identificar seus medos e ansiedades.

A pessoa geralmente culpa alguem por este sentimento, porque ela se sente vitima das circunstâncias. Esta atitude pode trazer muitos danos aos relacionamentos. Neste caso, a pessoa deve melhorar maneiras de comunica-ção como por exemplo usar “ EU me sinto (ex.

rejeitado)” ao invés de “VOCE me faz sentir (ex. rejeitado)”.

Para quem lida com a rejeicao, geralmente nada foi feito para que a pessoa se sinta rejeitada, mas o que foi dito ou como alguma situacao se criou que resulta em um sentimen-to de falta de valor próprio. A maneira como superar este sentimento de rejeicao a pessoa precisa “separar” a si mesma das memorias que trazem a tona o sentimento de rejeicao. A pessoa deve observar aos fatos e a realidade da situação. Perguntando a si mesma: “ qual a evidencia para que eu me sinta “ rejeitado(a)?”

Mas o que fazer quando o sentimento de rejei-cao eh atribuído a algo pessoal ( atributo físico, mental, emocional ou alguma falha cometi-da)? Aqui esta um pequeno exercício: em um pedaço de papel escreva todas as razoes que você suspeita ou que alguem disse que você não valor, ou não eh amado ou não eh aceito. Destas razoes, tente achar algo especial, único que pode ser usado ao seu favor ou que po-tencialmente pode trazer beneficios. Se você responder “nada”, você pode começar a focar no seu potencial, em outra(s) área(s) ( pode acreditar, você tem pelo menos UMA área que pode ter grande potencial para sua vida) e não focar nas MENSAGENS que você fez ou não fez. Creia que você pode crescer e desenvolver potenciais e que você merece nutrir este sen-

timento num ambiente que não haja condenação e julgamento. Aqui estão outras dicas:

1) Coloque a rejeicao em perspecti-va: não importa como você se sinta hoje, este não eh o final de tudo, Amanha ou depois a situacao muda, a vida segue seu rumo e você se sentira melhor do que hoje. Focar demais no problema faz com ele seja maior do que realmente eh.

2) Não pare de “viver”: Foque nas suas qualidades, nas coisas que você gosta de fazer como hobbies e esportes. Passe tempo com pessoas que te apóiam. Faca algo que te de prazer.

3) Não leve para o lado pessoal ou interna-lize este sentimento: as vezes nos sentimos rejeitados por uma razão concreta. O fato de ter feito algo errado não quer dizer que você faz tudo errado. Somos humanos e não somos perfeitos.

4) Aprenda com isto: Se há uma razão concre-ta para se sentir rejeitado. Aprenda com isto e tente mudar. Se não for possível mudar ( algo físico), aceite isto e foque nas suas qualidades e como você pode fazer para maximizar suas qualidades ou desenvolver um novo potencial.

5)Perceba o mundo como um todo: Há muitas outras coisas no mundo que transcendem seus problemas pessoais. Encontrar algo que seja significativo como trabalho voluntario, igreja, ou trabalho social talvez faca você perceber que seu problema eh bem menor que o de outras pessoas.

6) cuide da sua espiritualidade: Aceitar a si mesmo, com todos os defeitos e saber que você eh amado por alguem ( Deus, Jesus Cristo, Allah, Buda etc) do jeito que você eh ajudara a você se sentir amado não importa os seus defeitos ou falhas

7)Procure Aconselhamento: Dependendo da severidade do transtorno emocional causado pelo sentimento de rejeicao talvez seja indica-do ajuda psicológica.

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5 1˚ Julho 2013

Nelson Lisboa

Todo mês, vou responder a algumas perguntas sobre imigração enviadas por nossos leitores. Estão aqui as per-

guntas e respostas deste mês:

Meus pais chegaram recentemente ao Cana-dá através do Super Visa. Se um programa de Residência Permanente abrir no futuro, ele podem utilizá-lo?Com base nas normas vigentes, pais e avós que estão no Canadá com o visto de Super devem ser capaz de aplicar para a residên-cia permanente sob a égide de qualquer programa novo que beneficiar ao candidato. É possível, no entanto, que essas pessoas tenham de fazer essa aplicação fora do Canadá, e devam deixar o Canadá para re--entrar como residentes permanentes.

O goveno canadense proibi ou desencoraja imigrantes de países ou regiões específicas do mundo?A Carta da �Canadian Human Rights and Freedom� não permite que o Governo discrimine pessoas com base em seus países de origem. Todos os programas de imigração canadense estão igualmente disponíveis

para os candidatos que se qualifiquem, independentemente de credo, cor, raça e origem, com uma exceção. Os Indivíduos que procuram asilo (estatuto de refugiado) de certos países designados (ou seja, países que são considerados países seguros) são desencorajados a aplicar.

É possível aplicar para a residência permanente canadense através de dois programas diferentes ao mesmo tempo?As regras de imigração atu-ais não impedem que um cidadão estrangeiro apre-sente duas aplicações a dois programas diferentes. No en-tanto, o Governo incentiva que as pessoas façam isso, porque isso criará maiores demandas no processa-mento dos dados de imigração. É possível que a Cidadania e Imigração do Canadá possa pedir que uma pessoa retire uma das aplicações se tiver conhecimento de que o indivíduo tenha dois pedidos pendentes ao mesmo tempo.

É possível a uma pessoa que não seja ameri-cano realizar o pedido de residência tempo-rária (tal como uma permissão de estudo) na fronteira canadense/americana?Só as pessoas nacionais dos Estados Unidos estão autorizadas a solicitar a autorização para

estudar em uma fronteira canadense/ame-ricana. No entanto, os indivíduos que

são nacionais de países com isenção de visto de visita podem reque-

rer o pedido de autorização de trabalho temporário em

qualquer porto de entrada (incluindo a fronteira cana-

dense/americana).Como funciona o programa de

vistos para imigrantes empreen-dedores

O governo do Canadá lançou um programa novo visto projetado para obter empreendedores talentosos a se instalarem no país. O Programa Visa Start-Up proporciona aos empresários estrangeiros que tenham o compromis-

so de investimento de capital de risco como um grupo canadense ou como anjo investi-dor, a capacidade de requerer o visto para se tornar um residente permanente. Após a aprovação do visto, a residência permanente

é imediata. Essa é uma diferença fundamental de programas rivais de outros países onde existe uma demora de alguns anos para a obtenção da residência permanente."O Canadá busca jovens, ambiciosos, ino-vadores imigrantes que contribuirão para o crescimento de emprego e aumentarão ainda mais a economia canadense"."O visto de inicialização é uma iniciativa que o governo do Canadá está explorando para ajudar na transformação do nosso sistema de imigração em um sistema rápido, justo e flexível que atenda as necessidades da nossa economia e ajudar a crescer o nosso país."Esse é um programa piloto, com uma oferta inicial de 2.750 vistos para empresários e suas famílias.

Se você quer ter uma avaliação preliminar do seu caso, entre em contato com Nelson Lisboa, e-mail [email protected] ou ligue para 416-560-1464 (Toronto). Representamos clientes em todo o Canadá e internacionalmente, Visite e clique em curtir na nossa página no Facebook https://www.facebook.com/Inves-torServicesAndImmigration. Até Breve.

Até tu, MicrosoftEmpresa de Bill Gates colaborou amplamente com a espionagem do governo dos EUA

A empresa de Bill Gates colaborou amplamente com a Agência de Segurança Nacional (NSA), muito mais do

que reconheceu anteriormente, proporcionando à Agên-cia espionar milhões de dados e mensagens de clientes da empresa e ainda ajudou a NSA a quebrar sua própria criptografia, uma vez que a agência temia não conseguir interceptar conversas no novo Outlook.com.

As novas denúncias foram feitas pelo jornal britânico Tha Guardian na esteira das informações prestadas por Edward Snowden, o homem que delatou os programas de espionagem da NSA, porque trabalhava em uma empresa que prestava serviços à Agência.

A companhia também trabalhou com o FBI este ano para facilitar o acesso da NSA ao serviço de arquivamento

SkyDrive, que tem mais de 250 milhões de usuários no mundo todo. E, no ano passado, o Skype, que foi compra-do pela Microsoft em outubro de 2011, trabalhou com as agências de inteligência para permitir a coleta de vídeo e áudio de conversas.

A Microsoft afirmou anteriormente que não forneceu à NSA acesso direto a informações de seus usuários. Nesta quinta, a empresa reafirmou, em comunicado à agência Reuters e ao próprio Guardian, que só fornece dados em resposta a solicitações judiciais do governo americano. Assim como a Microsoft, o Facebook e o Google nega-ram terem liberado o acesso direto do governo a seus servidores.

Questões e Respostas de Imigração

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6 1˚ Julho 2013

O texto abaixo é uma condensação de um ensaio intitulado “Consentimento sem consentimento: a teoria e a prática da

democracia”, de um dos maiores intelectuais modernos, o americano Noam Chomsky. O Di-ário chama a atenção especial para um trecho em que Chomsky fala, apoiado em documentos confidenciais americanos, do golpe militar no Brasil em 1964.

UMA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA decente de-veria ser baseada no princípio do consentimen-to dos governados. Essa idéia ganhou aceitação geral, mas pode ser contestada tanto por ser muito forte quanto por ser muito fraca. Mui-to forte, porque sugere que as pessoas devem ser governadas e controladas. Muito fraca, porque mesmo os governadores mais brutais precisam, em certa medida, do consentimento dos gover-nados, e geralmente o obtêm não apenas à força.

Estou interessado aqui em como as sociedades mais livres e mais democráticas têm tratado tais problemas. Durante anos as forças po-pulares têm procurado obter uma fatia maior na adminis-tração de seus interesses, com algum sucesso ao lado de muitas derrotas. Entretan-to, desenvolveu-se um corpo de pensamento para justificar a resistência da elite à demo-cracia.

Essas questões foram tratados há 250 anos por David Hume em obra considerada clássica. Hume estava intrigado com “a facilidade com que os muitos são governados pelos poucos e a submissão implícita com que os homens ce-dem os seus destinos aos seus governantes”. Achava tal fato surpreendente, pois “a força sempre está do lado dos governados”. Se as pessoas se dessem conta disso, sublevar-se--iam e derrubariam seus governantes. Chegou à conclusão de que o governo está baseado no controle de opinião.

Os governados têm o direito de consentir, mas nada mais além disso. A população é deespec-tadores, e não de participantes. Assim é a are-na política. A população deve ser inteiramen-te excluída da arena econômica, na qual em grande parte se determina o que acontece na sociedade.

Tais questões só ganharam força especial a par-tir do primeiro levante democrático na Ingla-terra do século XVII. A agitação da época é fre-qüentemente descrita como um conflito entre Rei e Parlamento, mas na verdade parte signifi-cativa da população não queria ser governada por qualquer dos concorrentes ao poder, mas “por cidadãos como nós, que conhecem nossas necessidades, e não por fidalgos e cavalheiros, que desconhecem as necessidades do povo e irão somente nos oprimir”, como declaravam em seus panfletos.

Tais idéias perturbaram os homens da melhor qualidade, como eles mesmos se intitulavam. Estavam preparados para conceder direitos ao povo, mas dentro de limites e ancorados no princípio de que “por povo não queremos dizer a ralé confusa e ignorante”, explicavam.

Mas como esse princípio fundamental da vida

social poderia ser reconciliado com a doutrina do consentimento dos governados, doutrina que já não era então fácil de ser suprimida?

Uma solução para o problema foi proposta por Hutcheson, famoso filósofo moral contempo-râneo de Hume. O filósofo argumentava que o princípio do consentimento dos governados não é violado quando os governantes impõem planos que são rejeitados pelo público, se mais tarde as massas “estúpidas e preconceituosas” consentirem calorosamente com o que foi feito em seu nome. Podemos adotar o princípio do consentimento sem consentimento.

Este ponto foi aprimorado nos Estados Unidos. Na Guerra das Filipinas, a imprensa afirmou que o americano estava massa-crando os nativos à moda inglesa. Para dar a isso um tom adequadamen-te civilizado, um ensaísta americano engendrou seu próprio conceito de-consentimento sem con-sentimento: “Se em anos vindouros [o povo con-quistado] vier a admitir que a disputa fora pelo mais alto interesse de to-dos, será possível susten-tar razoavelmente que a autoridade foi imposta com o consentimento dos governados, da mesma forma quando um pai im-pede a criança de correr

para uma rua movimentada”.

A enorme indústria de Relações Públicas tem se dedicado ao controle da mente pública, como os líderes do mundo dos negócios des-crevem a tarefa.

Alguns anos depois de Hume e Hutcheson os descreverem, os tumultos da massa popular na Inglaterra estenderam-se às colônias rebeldes da América do Norte. Os Pais da Pátria (Foun-ding Fathers) também se sentiram perturba-dos, como os britânicos da melhor qualidade e quase com as mesmas palavras. Como um deles disse: “Quando menciono o público, eu quero dizer que aí incluo só a parte racional. O vulgar ignorante é tão incapaz de julgar os mo-dos [do governo] como é incapaz de manejar suas rédeas”.

“O povo é uma grande bes-ta que precisa ser domada”, declarou Alexander Hamil-ton. Fazendeiros rebeldes e independentes tinham de ser ensinados, às vezes à força, que os ideais dos panfletos revolucionários não deveriam ser levados demasiadamente a sério. O povo comum não poderia ser representado por cidadãos como eles mesmos [do povo], que sabem de suas agruras, mas por homens res-ponsáveis.

Os Estados Unidos são cer-tamente o caso mais impor-tante para se analisar, se quisermos entender o mundo de hoje e de amanhã. Uma razão é o seu poder incom-parável. Outra, as suas insti-

tuições democráticas estáveis. Ao estudar história, não se pode construir experimen-tos, mas os Estados Unidos estão tão próx-imos quanto possível de um caso ideal de democracia capitalista de Estado.

O seu principal design-er foi um astuto pen-sador político: James Madison. Madison salientou, nos debates sobre a Constituição, que se as eleições na Inglaterra “fossem ab-ertas a todas as classes da população, o pat-rimônio dos proprietários de terra seria insegu-ro”. Uma lei agrária logo teria lugar, “dando ter-ra aos sem-terra”. A responsabilidade primeira do governo é “proteger a minoria dos opulen-tos contra a maioria”, declarou Madison.

Madison previu que a ameaça da democracia provavelmente se tornaria mais aguda com o tempo devido ao aumento na “proporção daqueles que trabalham sob todas as agruras da vida e, secretamente, desejam uma distri-buição mais eqüitativa de suas bênçãos”. Madi-son temia que esse contingente pudesse se tornar influente. Ele estava preocupado com os “sintomas de um espírito de nivelamento”, que já aparecera e advertiu sobre o “perigo fu-turo”, se o direito de voto colocasse o “poder sobre a propriedade nas mãos dos que não tinham parte nela”. Não se pode esperar que “aqueles sem propriedade ou com esperança de adquiri-la concordem suficientemente com seus direitos”, explicou Madison. Sua solução era manter o poder político nas mãos daqueles que “procedem da e representam a riqueza da nação, o conjunto de homens mais capazes”, em suas palavras, com o povo fragmentado e desorganizado.

O problema do espírito de nivelamento surge também no exterior, naturalmente. Aprende-mos um bocado sobre a teoria democrática realmente existente, vendo como tal problema é percebido, especialmente em documentos internos secretos, nos quais os líderes podem ser mais francos e mais abertos.

Tomem o exemplo importante do Brasil, o co-losso do Sul. Em visita realizada ao país em 1960, o presidente Eisenhower assegurou aos brasileiros que “o nosso sistema de empreen-dimento privado socialmente cônscio benefi-cia o povo todo, donos e trabalhadores igual-mente. Em liberdade, o trabalhador brasileiro fica feliz, com as alegrias da vida dum sistema democrático”.

Mas os brasileiros reagiram rispidamente às boas novas trazidas pelos seus tutores do norte. As elites latino-americanas são “como crianças”, informou o secretário de Estado John Foster Dules ao Conselho Nacional da Segu-rança, “praticamente sem capacidade para au-togoverno”. Pior ainda, os Estados Unidos es-tão “muito mais atrasados que os soviéticos no controle sobre as mentes e emoções de povos não-sofisticados”.

Os generais Geisel e Figueiredo: os Estados Unidos estavam por trás da ditadura militar

Em outras palavras, achavam difícil induzir as pessoas a aceitar a doutrina americana de que os ricos devem pilhar os pobres, um problema de relações públicas ainda não resolvido.

O governo Kennedy enfrentou o problema mu-dando a missão das Forças Armadas da América Latina, que era de defesa hemisférica, para se-gurança interna, decisão que gerou conseqüên-cias fatais, a começar pelo golpe militar no Bra-sil. As Forças Armadas brasileiras tinham sido

consideradas por Washington como uma ilha de sanidade no país, e o golpe foi saudado pelo embaixador de Kennedy, Lincoln Gordon, como uma re-belião democrática.

“É a única vitória mais decisiva da liberdade na metade do século XX”, disse ele. Econo-mista pela Universidade de Harvard, Gordon acrescentou que a vitória deveria “criar um clima muito melhor para in-vestimentos privados”, dando uma visão mais aprofundada do sentido dos termos liber-dade e democracia. Proteger o investimento privado dos Estados Unidos e o comércio é a raiz econômica que está no âmago do interesse político dos Estados Unidos na Améri-ca Latina.

A arte cínica de fazer o povo de boboDiário do Centro do mundo

“O povo é uma grande besta que precisa ser domada”, declarou

Alexander Hamilton. Fazendeiros rebeldes e

independentes tinham de ser ensinados, às vezes à força, que os ideais dos

panfletos revolucionários não deveriam ser levados demasiadamente a sério.

O povo comum não poderia ser representado por

cidadãos como eles mesmos [do povo], que sabem

de suas agruras, mas por homens responsáveis.

Hamilton: “O povo é uma besta”, ou nimal estupido.

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7 1˚ Julho 2013

Centenas de pessoas ficaram isoladas em estradas, ferrovias e edifícios de Toronto

depois que uma tempestade despejasse entre 90 e 110 milímetros de água em duas horas no início da noite na maior cidade canadense, Toronto.

As autoridades disseram que a tempestade deixou cerca de 300 mil pessoas sem eletri-cidade, além de ter forçado o isolamento da Prefeitura da cidade e o cancelamento de dezenas de voos no aeroporto internacional Pearson.

A quantidade de água despejada é similar às precipitações do histórico dia 15 de outubro de 1954, quando o furacão "Hazel" despejou 121 milímetros de água na cidade.

As precipitações provocaram a inundação da Don Valley, o principal corredor norte-sul, que conduz ao centro da cidade. Imagens transmitidas nas primeiras horas na televi-são local mostravam veículos praticamente submersos em plena via.

Uma das principais linhas do metrô de Toronto ficou parcialmente inundada, o que deixou a milhares de usuários sem ter como voltar a seus lares, já que a tempestade em questão foi registrada no final da jornada de trabalho ontem.

Nos arredores de Toronto, a situação era similar nas linhas ferroviárias do sistema de cercanias. As inundações das vias fizeram com que os passageiros de um dos trens tivessem que ser resgatados com embarca-ções pela polícia.

Apesar da gravidade das inundações em grande parte da cidade, a polícia não regis-trou nenhuma vítima.

Tempestade recorde provoca inundações e caos em Toronto

O exposto foi extraído de documentos secre-tos. O discurso público é, naturalmente, bem diferente. Se nos ativermos a ele, entender-emos pouco sobre o significado real de de-mocracia, ou sobre a ordem global dos anos passados, bem como sobre o futuro, uma vez que as mesmas mãos continuam segurando as rédeas.

O padrão continua hoje. A violadora campeã dos direitos humanos no hemisfério é a Colômbia, também a principal destinatária

da ajuda e do treino militar dos Estados Uni-dos nos anos recentes. O pretexto usado é a guerra às drogas, mas isso é um mito, como regularmente relatam grupos de direitos humanos que têm investigado o chocante número de atrocidades e os laços estreitos entre traficantes de narcóticos, proprietários de terras, militares e paramilitares. O terror estatal devastou organizações populares e virtualmente destruiu o único partido político independente, assassinando milhares de ativ-istas, inclusive candidatos à presidência. Não obstante, a Colômbia é saudada como uma democracia estável, revelando mais uma vez o que significa democracia.

Meus comentários sobre as raízes madisoni-anas dos conceitos predominantes de democ-racia foram injustos num aspecto importante. Assim como Adam Smith e outros fundadores do liberalismo clássico, Madison foi pré-cap-italista, e anticapitalista em espírito. Espe-rava que os governantes fossem “estadistas iluminados” e “filósofos benevolentes”, cuja sabedoria saberia discernir os verdadeiros in-teresses de seu país.

Madison, porém, logo percebeu o contrário: a minoria opulenta prosseguiu usando seu recém-adquirido poder, como Adam Smith havia descrito alguns anos atrás. Eles estavam decididos a perseguir o que Smith chamou de máxima vil dos patrões: “Tudo para nós e nada para o povo”. Por volta de 1792, Madison ad-vertiu sobre o crescente estado capitalista em evolução estar “colocando a motivação de interesse privado no lugar do dever público”, levando à “real dominação dos poucos sob a aparente liberdade dos muitos”.

“É a minoria inteli-gente de homens re-sponsáveis que deve controlar a tomada de decisões”, afirmou em meados do século passado o jornalista Walter Lippmann, em seus influentes ensaios sobre democracia. Lippmann foi também a figura mais respeitada do jornalismo norte-americano e célebre comentarista de assun-tos públicos durante meio século. “A minoria

inteligente é uma classe especializada, responsável pelo estabeleci-mento da política e pela formação de uma sól-ida opinião pública”, postulou Lippmann. “Ela deve estar livre de interferência do povo, que é de estranhos intrometidos e ignorantes”.

O público tem de ser “posto no seu lugar”, continuou Lippmann: “sua função é ser espe-ctador de ação e não de participante, a não ser em práticas eleitorais periódicas, quando ele escolhe entre a classe especializada“.

Na Enciclopédia de Ciências Sociais, Har-old Lasswell, um dos fundadores da ciência política moderna, advertiu que “a minoria dos inteligentes” precisa reconhecer a “ignorân-cia e estupidez das massas” e não “sucumbir aos dogmatismos democráticos de os homens serem os melhores juizes de seus próprios in-teresses. Eles não são os melhores juizes, nós é que somos. As massas precisam ser contro-ladas para seu próprio bem, e em sociedades mais democráticas, nas quais a força não é disponível, os gerenciadores sociais precisam se voltar amplamente para uma técnica de controle completamente nova, grandemente através da propaganda”.

Mas a grande besta é difícil de ser domada. Repetidamente tem-se pensado que o prob-lema foi resolvido e que o fim da história foi alcançado, numa espécie de utopia dos patrões.

Isso lembra um momento notável das ori-gens da doutrina liberal no começo do século XIX, quando Ricardo e Malthus , entre outras grandes figuras da economia clássica, anun-ciaram que a nova ciência tinha provado, com a certeza das leis de Newton, que os pobres só eram prejudicados quando tentávamos ajudá-los; e o melhor presente que poderia ser ofer-ecido às massas sofredoras seria libertá-las da ilusão de que têm direito à vida.

Perto da década de 1830 parecia, na Inglat-erra, que tais doutrinas tinham vencido. Mas surgiu um problema imprevisto: as massas não-inteligentes começaram a inferir: “Se não temos o direito de viver, então vocês não têm o direito de governar”. O exército britânico teve de enfrentar tumultos e desordem, e logo uma ameaça ainda maior se esboçou, quando os trabalhadores começaram a se organizar exigindo leis de fábrica e legislação social para protegê-los.

Mais para o fim do século, parecia a muitos que a ordem havia sido restabelecida, embora alguns discordassem. O famoso artista Wil-liam Morris ultrajou a opinião respeitável ao declarar-se socialista numa palestra em Ox-ford. Ele reconhecia que “era opinião aceita que o sistema competitivo, ou salve-se quem puder, é o último sistema de economia que o mundo verá; é um sistema perfeito e, por-tanto, a finalidade foi com ele atingida”. “Mas se realmente a história está no fim”, continu-ou ele, “então a civilização morrerá”. Morris recusava-se a acreditar nisso, a despeito de proclamações confiantes dos homens mais doutos. Ele tinha razão, como as lutas popu-lares o demonstraram.

Jamais houve e nem haverá motivo para acreditar que somos coagidos por leis soci-ais misteriosas e desconhecidas, e não por decisões simplesmente tomadas dentro de instituições sujeitas ao desejo humano – insti-tuições humanas que têm de enfrentar o teste da legitimidade e que, se forem reprovadas, podem ser substituídas por outras, mais livres e mais justas, como freqüentemente ocorreu no passado.

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8 1˚ Julho 2013

Dolores Gontijo

Caxixi é um instrumento de percussão simples, originário da África e disse-minado no Brasil com a chegada dos

africanos. Em sua terra de origem os nativos do oeste cantavam e tocavam tambores acom-panhados de caxixi. Acreditavam que ele tinha o poder de encantar os espíritos e repelir os demônios. Já no Brasil, um instrumento usado por Airto Moreira e Naná Vasconcelos entre outros renomados. Nas rodas de capoeira o caxixi pequeno é tocado junto ao berimbau, por muitos anônimos que fazem a festa e o rítmo cadenciado do jogo. Um caxixi feito de palha trançada, de boa qualidade, pode ser encontrado em feiras de artesanatos em todo o território brasileiro a um preço de R$ 3,99.

Mas não é que este aparentemente inofencivo instrumento desencadeou uma revolução!Em um acontecimento com o apoio do go-verno federal, um empreendimento com um valor estimado em R$ 1,5 milhão, foi lançado um istrumento de plástico nas cores verde e amarela. Até aí, fora o absurdo do valor, nada contra. Não fosse o instrumento patenteado por Carlinhos Brown ser um chocalho de plástico com as características do caxixi. Tudo planejado para ser o sucesso na copa, este instrumento precisava ser testado. Distribuido gratuitamente em um jogo de futebol Bahia X Vitória, ele almejava ser a vuvuzela brasileira.

Mas o dono do caxirola, nome do caxixi pla-geado, esqueceu-se de avisar ao público que não valia usá-lo como arma. Não deu outra, no final do jogo os torcedores enraivecidos com a derrota do time arremessaram sem dó contra os jogadores o que tinham nas mãos. Deu--se a revolta da caxirola, uma chuva plástica verde amarela, que definiu na Bahia terra do

Brown,o destino do controverso fake, ficando proibida nos jogos da copa das confederações e na copa do mundo.Não há guerra sem batalhas. Não há batalhas sem revoltas. Umas vitoriosas e outras nem tanto.

Neste ritmo de berim-bau e caxixi, ouvi o gri-to do basta, estamos vendo tudo. Mãe de um capoeira historia-dor e de um policial militar, eu estaria em uma posição descon-fortável diante da atual situação do país, não fosse meu profundo conhecimento sobre o que mais amo e me orgulho, minhas crias. Por um lado senti a evolução das manifes-tações, a força que os jovens, até então quietos e aparentemente ausentes, mostravam com sua determinação e coragem. O momento histórico por uma ótica histórica. Pelo outro, sentia a preocupação com o próximo, o antecipar profissional dos acontecimentos envolvendo milhares de pes-soas. A realidade e a necessidade da atenção ao entorno. Mudei-me virtualmente para minha cidade. Acompanhando o passo a passo das manifestações que sem pressa e já mais calma, desaguou no acampamento feito pelo jovens na camara municipal de Belo Horizonte, aguardando a presença do senhor prefeito. Há muito o brasileiro mostrava-se desconten-te. Das mínimas atitudes de intolerancia até os assassinatos violentos, são claras amostras de

que algo muito forte pressionava-o. Cons-tantes batalhas diárias pela sobrevivencia. O pacífico povo fanático por futebol, surpreen-deu a todos quando se levantou e mostrou sua insatisfação. Não quer mais hospitais e escolas sucateados. Aprendeu que existe um padrão de qualidade exigido pelos organizadores

de mega eventos, como as Copas, que não são utilizados quando se trata dos básicos necessários para a uma decente sobrevivencia. Então o padrão FIFA passou a ser o exemplo de qualidade de tudo que o cidadão quer e com certeza merece.

A ausência de parti-dos nas manifesta-ções e até mesmo a hostilização de

quem se manifestasse partidário, evidenciou a que os jovens vieram. Eles vieram em seus próprios nomes, para defenderem o direito de serem respeitados e lutarem pelo direito ao transporte, saúde e educação. Eles não preci-sam de partidos velhos e amarelados que não lhes representam. Com a certeza de que estão apenas iniciando um processo de mudança, querem ser ouvidos. Infelizmente os ouvidos do planalto não estão acostumados a ouvir. Escutaram as vozes e se assustaram como se não as pressentisse, numa atitude de quem governa para si. Escutaram e não ouviram.

Convocados os prefeitos, governadores, 39 ministros que por sua vez apenas ouviram o

planalto. Estes ouvidos mocos podem fun-cionar para os políticos, mas não para quem saiu as ruas e resolveu que se fará ouvir de uma maneira ou outra. Afinal quem sustenta 984.330 funcionários no planalto ao custo anual de R$192 bilhões em salários e R$611 bilhões com ministérios, não vê justiça ao não ter direito as necessidades primárias. Quando assiste pela tv que seus representantes usam aviões da FAB para irem a jogo de futebol com a família ao custo de R$ 9.700, não podem sair para o trabalho e enfrentarem um péssimo serviço de transporte público com alegria.

Quando vai ao posto de saúde e é informado que infelizmente o governo não tem verba para imunizar toda a população contra a gripe H1N1, mas que doou R$ 1 bi e 360 milhões a Cuba, adoece mais. Quando lê que a ma-quiagem da presidente a cada vez que ela se apresenta em cadeia nacional custa aos cofres públicos R$ 3000,00, pensa nas 6 mil creches prometidas em campanha e que não saíram do papel, não há bolsa que suporte. As ruas não pediram plebiscito, pediram decencia. Não há mais espaço para pessoas que paten-team um bem cultural como se fosse invenção sua, principalmente se for vendida a R$30.

Não há mais espaço para que condenados pela justiça estejam tomando decisões em nome de suas vítimas. A batalha apenas começou. A cada revolta seja ela da caxirola, da catraca livre, do padrão FIFA, há o fortalecimento do sentimento até então esquecido, um senti-mento imenso de amor e liberdade. Como se o chacoalhar do caxixi encatasse os espíritos e repelisse o demônio da complacencia.

A revolta da caxirola“Não há mais espaço para que condenados pela justiça estejam tomando decisões em nome de suas vítimas”

Nem a Globo escapou dos manifestantes que ocuparam as ruas das grandes cidades brsileiras nesta quinta-feira, no chamado

Dia Nacional de Lutas. Em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, a emissora foi alvo de protestos.

Em São Paulo, uma sequência de luzes verdes invadiu o estúdio do "SPTV", da Rede Globo, no momento em que o telejornal era exibido. Os re-flexos atravessaram o vidro do estúdio, com visão para a ponte Octavio Frias de Oliveira, atingiram o estúdio e o apresentador Carlos Tramontina. Os raios puderam ser vistos no início do programa e

durante o encerramento. Segundo a Polícia Mili-tar, eram cerca de 400 manifestantes no protesto em frente à emissora.

No início do telejornal, o apresentador informou que os manifestantes faziam um protesto contra a emissora no Brooklin, bairro da zona sul da capital, onde fica a sede paulistana da Rede Globo. Tramontina disse que "os manifestantes gritam palavras de ordem contra a Globo. Eles pedem a democratização da mídia e a revisão das conces-sões de TV".

Nem a Globo escapou dos protestos no Dia Nacional de Lutas

O povo não é bobo

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9 1˚ Julho 2013

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10 1˚ Julho 2013

Valter Barberini

Luiz Alberto Pereira, mundialmente conhe-cido como Deejay Ziko aterrizou no Canada

em junho de 2010 com as boas vindas de seu irmão Lizando Pereira, proprietário da oficina mecânica Rio Motors na St. Clair West com Runnymede.

Como todo recém-chegado, teve que priorizar o pagamento de suas contas se submetendo a trabalhar no que aparecer. Leva um tempo até conseguirmos conquistar nossos espaços e sonhos até podermos nos dar a certos luxos como fazer o que a gente gosta por exemplo. Isso geralmente leva muitos anos até chegar a este estágio para a maioria de nós mortais, mas não foi o que aconteceu com o Ziko.

Por certo sua simpatia e facilidade em fazer amigos abriram-lhe portas que o direcionaram para o que ele sempre mais gostou na vida, o microfone. Primeiro arrastando os brasileiros para as baladas em Down-Town onde rapida-mente abriu seu espaço como DJ residente, e logo em seguida para o programa de rádio semanal da CIRV FM em Toronto.

Agora com planos de tocar um programa de uma hora na RPTV, Ziko mostra que tem muita gasolina para continuar a crescer profissional-mente no ramo que tanto gosta. Sensacional!

JG - Fale um pouco de seu envolvimento no Brasil com o rádio.

Ziko - Trabalho com radio e promoções desde os 13 anos. Minha família é propietária de uma emissora FM (Band FM) nome da cidade de Santana do Livramento.

JG - Aqui após trabalhar por um período no Jornal da Gente, juntamente com o trabalho numa metalurgica, como foi que surgiu esta oportunidade de trabalhar na CIRV?

Ziko - Logo que cheguei ao Canada trabalhei no Dep. de Vendas do Jornal da Gente e logo em seguida comecei um curso de CNC Machi-ne no Humber College. Com o curso surgiu a oportunidade de trabalhar em uma metalúr-gica e pelo fato do trabalho ser em horário comercial fui obrigado a optar pela fabrica.

JG - Porque a CIRV sendo uma rádio portu-guesa, abriu generosamente este espaço aos brasileiros?

Ziko - A CIRV FM sempre foi uma radio mul-ticultural e sempre teve um programa para a comunidade brasileira. Fui chamada pelo Pre-sidente Frank Alvarez por indicação de Angela Mesquita. Aceitei o desafio que teve inicio no sábado 24 de Dezembro de 2011. O sucesso foi tanto que o programa esta ganhando uma versão televisiva quase 2 anos depois com estreia marcada para o sábado 7 de setembro após o Jornal DA Sic, data em que a emissora comemora 12 anos.

JG - Este projeto para setembro com seu pro-grama para a TV tem como tema a Comuni-dade Brasileira também?

Ziko - O Conexão Brasil na TV como o próprio nome já diz será um programa direcionado a comunidade brasileira onde iremos mostrar tudo que esta acontecendo por aqui no Cana-da e na Norte América.

JG - O que se pode esperar para esta progra-mação, alguma espécie de Talk show?

Ziko - O programa da TV terá um pouco do que acontece no estúdio DA CIRV FM todos os

sábados e muitas matérias mostrando o que o Brasil esta aprontando por aqui.

JG - Para terminar, quais os seus planos e os objetivos em relação a nossa Comunidade?

Ziko - O meu objetivo é ser mais um porta voz da comunidade brasileira sempre em parceria com meus colegas da mídia. E da minha ma-neira promover eventos e promoções sempre buscando entreter a comunidade da língua portuguesa com o dom da comunicação que Deus me deu e que eu desenvolvi sempre com o apoio da minha família.

Deejay Ziko se firma como o nosso grande comunicador

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12 1˚ Julho 2013

PARABÉNS CANADÁ !

O escritório estará fechado no dia 01 de julho,

devido ao “CANADA DAY”

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feiras do mês de Julho.

Fiquem de olho e inscreva-se para o Café com Letras. O Consulado Geral do Brasil tem o prazer de apoiar mais essa

apresentação de Henrique Cazes, mestre do cavaquinho e do Chorinho, em Toronto, para quem perdeu ou quer ver de novo.

Alguns meses atraz Henrique passou uma temporada dando aula na Universidade de Toronto. O Café com Letras teve o privilégio de contar com uma palestra e apresentação sobre a história do chorinho. Toronto e Ottawa poderão aproveitar mais uma vez desse músico fantástico.

Oportunidade imperdível de ouvirmos Henrique com os músicos brasileiros e canadenses que vivem aqui e são amantes da músi-ca brasileira no Lula Lounge, dia 30 de Julho.Allan Hetherington, Luis Simão, Mark Duggan e Wagner Petrilli, são os músicos que estarão acompanhando Henrique Cazes em mais essa viagem pelo chorinho.

Upcoming and Highlights

Fiquem de Olho, Henrique Cazes esta voltando

Boas vindas aosImigrantes

Festa na St. Clair West contou até com massagem grátis

Suely Anunciação e Deborah Nelissen participaram do Career Education &

Settlement Fair no Toronto Convention Center dando suporte a toda essa imensa massa de imigrantes que aterrizam nesta maior e mais cosmopolitana cidade do Canada-Toronto. Além de informações também ofereceram seus serviços, Suely trabalha dando apoio aos recem chegados a conseguir se encaixar no mercado de trabalho já a Deborah, onde mo-rar e como conseguir comprar sua primeira casa. O Jornal da Gente apoiou a iniciativa, afinal também eu cheguei aqui sem saber coi-sa alguma e todas as iniciativas neste sentido são muito bem vindas. Parabéns a dupla!

Foi um dia de grande movi-mento na Ervanária Helth

for Life, sua proprietária Isabel junto a massagista e tera-peuta Isilda Grandela ficaram surpresas com o interesse das pessoas aos tratamentos naturais através de elementos das natureza. As vendas foram muito maior do que espera-vam, também foi montada uma tenda do lado de fora para massagens, e cá para nós, que resiste a uma boa massagem aromatizada.

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13 1˚ Julho 2013

Valter Barberini

O maior evento cultural brasi-leiro do Canadá - O Toronto International Brazilfest será

no domingo 21 de julho no Earlscourt Park. Uma explosão de música brasi-leira, carnaval, churrasco, caipirinha e petiscos típicos brasileiros é apresenta-do na 10 ª edição do evento das 11 da manhã às 10 horas da noite.

Famoso por reunir todas essas ca-racterísticas, o Toronto International Brazilfest é o melhor evento brasileiro ao ar livre em Toronto, de acordo com o Brazilian Top Choice Award Associa-tion. Este sucesso é atribuído à paixão e energia expressa pela comunidade brasileira através de suas habilidades e talentos.

Na música, os artistas vão brincar, cantar e dançar com ao som de todas as partes do Brasil. Sendo o maior país da América do Sul, o Brasil tem uma mistura de culturas, proporcionando um evento eclético para a cidade de Toronto. Batucada Carioca, Pedro Quental (diretamente do Brasil), e o Rio Divas do Samba são alguns dos grupos responsáveis pela parte musical do evento.

Também com a BrazilFest, o talento e música de Carlos "Paul McCartney" Passos, a jovem Juliana Capuleto com Warriors & Flowers, o convidado es-pecial de Portugal Hugo Piló e banda, Silvio Roder, Marlon Oliveira, Aline Morales com o Maracatu Baque de Bamba e DJ V. Na dança, o evento conta com a escola de dança Dance World Brasil, que apresenta algumas danças típicas brasileiras.

O Toronto International Brazilfest dá ao público a possibilidade de experi-mentar o coquetel brasileiro original chamado Caipirinha, churrasco, sucos tropicais e outros alimentos feitos pelo povo brasileiro.

O festival deste ano também apre-senta o convidado especial do Consu-lado Geral do Brasil em Toronto, o embaixador Sr. Afonso José Sena Cardoso.

Serviço:Toronto International BrazilfestDomingo 21 de julho a 11:00-22:00Earlscourt Park, St. Clair Avenue West e Caledonia Rd.

Toronto International Brazilfest celebra o seu 10 º AniversárioOs artistas vão brincar, cantar e dançar com ao som de todas as partes do Brasil

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14 1˚ Julho 2013

Valter Barberini

Para quem acha que já viu de tudo nessa vida, Leila Lopes, a "Cachaça educator", vin-da diretamente do Brasil, não para ensinar o

"Padre Nosso" ao vigário como ela mesmo explica, ou seja, ensinar o brasileiro a beber cachaça, mas sim apresentar para os gringos, dentre outras coisas, o que é que vai numa Caipirinha, esta sim, famosa mundo afora, é a bebida tupiniquim que o planeta mais pede, mesmo em diferentes sotaques.

Um dos principais desafios de nossa visitante é ensinar a todos que a receita da caipirinha original é feita com pinga ou cachaça, e nunca com vodca ou rum. O sabor da vodka nada tem a ver com o sabor da cachaça, logo não pode substitui-la segundo Leila Lopes. Nossa especialista explica também que existem vários outros drinks que podem ser feitos com a cachaça.

O Brasil produz um bilhão e trezentos mi-lhões de litros de pinga, o terceiro destilado mais consumido do mundo. A Pitú, marca representada aqui no Canada por José Anto-nio Paradela completa 75 de sucesso e esta previsto o lançamento de um novo produto, uma pinga especial "Vitoriosa" envelhecida por três anos em barris de carvalho francês, num tom mais amarelado e com sabor mais suave e esencias aromáticas, além de nova embalagem darão uma personalidade a nova bebida comemorativa. Estaremos aqui esperando o novo produto mas enquanto isso não acontece a dica é dar uma passadi-nha no Novo Horizonte bar e lanchonete na 1430 Dundas West e pedir para a Dona Graça uma caipirinha caprichada, principalmente se tiver rolando nos telões uma boa partida de futebol para acompanhar.

Especialista em cachaça visita Toronto

Hélio Castro Neves fica em segundo em Toronto, o brasileiro Hélio Castro

Neves, líder da temporada da Indy, com 425 pontos, ficou em segundo lugar na segunda prova da etapa de Toronto. O vencedor da corrida foi o neozelandês Scott Dixon, que está no segundo lugar no campeonato de pilotos, 29 pontos atrás do brasileiro. Tony Kanaan teve um pneu furado e não conseguiu terminar a prova de ontem.

AUTOMOBILISMOHélio Castro Neves fica em segundo em Toronto

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15 1˚ Julho 2013

Valter Barberini

É estranho escrever sobre si mesmo ou contar o que você mesmo fez, pelo menos para mim que não estou acostumado a isso e

sempre tentei não faze-lo pois não acho profissio-nal e tão pouco ético. Mas chega de desculpas, o fato é que nesta última quarta feira após vários meses de trabalho, conseguimos despachar um projeto que vem sendo desenvolvido desde de Dezembro último, uma canção gravada e um vídeo-clip, pode até não parecer grande coisa assim, mas gravar cada instrumento e mixa-los, depois filmar um vídeo com direito a aeronaves, tudo isso com pouco dinheiro e pouco tempo disponível.

Tudo começou quanto conheci Hugo Piló, um artista português com uma história e uma carreira em seus país, enfim, dois álbuns e um "single" tema de novela que lhe rendeu uma carreira de sucesso por lá. O curioso é que seus trabalhos foram sempre em Inglês e tocando rock da pesada com músicos de primeira linha. Tudo lindo, não fosse a Europa estar em uma profunda crise, e de crise econômica o brasileiro conhece muito bem, fez com que Hugo Piló viesse respirar novos ares aqui na América, para a nossa sorte.

Hugo Piló é dotado de uma voz poderosa para

cantar rock, mas que também soa muito bem em músicas românticas ou flexível o suficiente para ir de um "Seu Jorge" a uma música do U2 ou Sting, sempre soando interessante aos ouvidos.

Além do trabalho que realizo com minha esposa Marisa Oliveira, Hugo e sua grande voz era algo desafiador pois desde adolescente, tão logo aprendi meus primeiros acordes num velho vio-lão, comecei a compor minhas próprias músicas que já chegam a três centenas, muitas delas esquecidas pelo tempo. Pretty Much foi uma das primeiras mostradas a Hugo que gostou imediata-mente do tema, principalmente por ser em Inglês. Temos também outras gravadas, mas em portu-guês e em breve estarão no youtube.

Com a presença dos principais meios de co-municação de nossa comunidade, ocorreu na última quarta feira 10 de Julho, o lançamento da música e seu vídeo. Vale salientar que já nos três primeiros dias o número de "views" já ultrapas-sava 1500, muito além do esperado. Isso mostra a popularidade que Hugo possui em sua terra e aqui no Canada onde vive há um pouco mais de um ano e já carrega consigo uma boa multidão de fãs. Para quem quiser assistir ao vídeo-clip e só procurar por: Hugo Piló-Pretty Much

Pretty Much success Novo sucesso de Hugo Piló produzido em Toronto

Show de lançamento lotou o Touche Martini Bar com amigos e a mídia

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16 1˚ Julho 2013Humor

Atual EsporteCinemaInvestigação revela que Anderson Silva havia apostado 7 milhões em adversário

Após a luta perdida de forma muito estranha por Anderson Silva, uma investigação foi iniciada. Em todas a Redes

Sociais foram divulgadas as imagens e usuários alertaram que a luta tinha sido comprada. A CIA foi acionada e resolveu investigar Dana White e as principais casas de apostas. Descobriu-se que o próprio Anderson Silva havia apostado a quantia de 7 milhões de Dólares em seu adversário.

Segundo Dana White, ele não tem nenhum envolvimento com a aposta e sequer sabia que Anderson Silva seria capaz de fazer isto, o que afirmou ser uma tremenda burrice. Dana disse que quando viu Anderson dançando e fazendo gestos estranhos achou que fosse uma homenagem à cultura brasi-leira: “Ele me lembrou muito a Daiane dos Santos, achei que fosse um tributo a ela.”

Médicos cubanos dizem que maior prova de sua eficiência é conseguir manter Fidel vivo por mais de 173 anos

Muito contestados pelos brasileiros, os médicos cubanos protestaram em Havana e marcharam com cartazes que

faziam referências ao Brasil: “Nós não injetamos comida na veia dos pacientes”, “Nós damos bom dia a quem entra no consultó-rio!”, “Nós não esquecemos bisturi dentro dos pacientes”, “Nós não comemos as enfermeiras em horário de serviço” foram alguns dos cartazes confeccionados para provocar os médicos brasileiros.

Segundo José María Bernad, líder do sindicato de medicina cubana, a maior prova que os médicos cubanos são bons é o fato de Fidel estar vivo a mais de 173 anos. “Vejam qual é o recorde dos brasileiros: Oscar Niemeyer que também era comunista e vivia se tratando em Cuba. Ou seja, nós podemos transformar o Brasil em um país de longevos porque o comunismo e a Revolu-ção nunca morrem.”

Tropa de Elite 3 será filmado em meio a Copa do Mundo no Brasil, diz Padilha

Em um vídeo que está bombando na internet, José Padilha afirma que as gravações de Tropa de Elite 3 terão início

durante a Copa do Mundo no Brasil e aproveitará cenas reais de protestos e, também, explorará bastante tomadas dentro dos estádios. O suposto título do filme é Tropa de Elite: agora o inimigo é o povo.

Capitão Nascimento passará de herói a vilão. Ele será Secretá-rio de Segurança e ordenará que sua equipe policial enfrente os manifestantes pacíficos com toda a força possível. Segundo Padilha isto mostrará a complexidade do personagem e da situação do Brasil. O último episódio da trilogia encerrará com o suicídio do Capitão Nascimento depois que ele tem seu computador pessoal invadido pelo Anonymous e antigas fotos homossexuais de sua relação com Mathias são divulgada na internet.

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17 1˚ Julho 2013Classificados

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18 1˚ Julho 2013

Sob forte esquema de segurança, Dzhokhar Tsarnaev, o sobrevivente dos dois irmãos acu-sados de plantar as bombas na maratona de Boston, compareceu nesta quarta-feira pela primeira vez diante de um juiz e declarou-se inocente de todas as acusações que pesam sobre ele.

Vestido com o tradicional uniforme laran-ja dos presos americanos e com as mãos algemadas, Tsarnaev, de 19 anos, ouviu as acusações e declarou-se inocente dos 30 crimes de que é acusado. Na sala, estavam so-breviventes do pior ataque nos EUA desde o 11 de Setembro, estavam também duas irmãs do suspeito, de origem tchetchena.

Dzhokhar e o irmão, Tamerland, são acusados de fabricar as duas bombas compostas de panela de pressão e fragmentos metálicos que explodiram próximas à linha de chegada da maratona de Boston, no dia 15 de abril. As explosões mataram três pessoas, incluindo uma criança de oito anos, e feriram mais de 200 pes-soas, muitas das quais perderam braços e pernas.

Do lado de fora do tribunal, o maior aparato da mídia mundial com centenas de jornalistas e cinegrafistas tentanto capturar a imagem de Dzhokhar, enquanto algumas pessoas manifestavam

simpatia pelo jovem com cartazes ou vestindo camisetas com a imagem do acusado.

Segundo especialistas, o julgamento de Dzhokhar deverá durar em torno de quatro meses. A promotoria arrolou entre 80 e 100 testemunhas de acusação enquanto a advogada de defesa vai fazer o possível e o impossível para livrá-lo da pena de morte.

Modernidade papalPapa Francisco vai conceder indulgências pelo TwitterO papa Francisco vai conceder, pelo Twitter, indulgência àqueles que acompanharem as celebrações da Jornada Mundial da Juventude, que começa no próximo dia 23 no Rio de Janei-ro, pelo microblog.

A novidade está prevista no decreto papal que estabelece as regras para a indulgência (remis-são dos pecados cometidos, sem obrigação de penitência) dos fiéis que participarem do even-to, que deve reunir 1,5 milhão de católicos.

"Mas é preciso cuidado. A indulgência não po-derá ser obtida com a mesma facilidade com que se obtém um café na máquina", alertou o arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho de Comunicação Social, ao

jornal italiano Corriere Della Sera.

O documento papal estabelece que"os fiéis legitimamente impedidos poderão obter a indulgência plenária desde que cumprindo as comuns condições espirituais, sacramentais e de oração, com o propósito de filial submissão ao Romano Pontífice". Devem, ainda, segundo o texto, participar "espiritualmente nas sagra-das funções nos dias determinados e sigam estes ritos e exercícios piedosos enquanto se desenrolam, através da televisão e da rádio ou, sempre que com a devida devoção, através dos novos meios de comunicação social". Ou seja: não é só seguir o papa no Twitter - tem de participar "espiritualmente" da JMJ. (Veja.com)

Acusado de explodir bomba em Boston nega em juizo todas as acusações contra ele

A hora da verdade

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19 1˚ Julho 2013

Maurício Nunes

O real valor da educação

Vivemos numa democracia, então respeito o voto da maioria, mesmo optando seguir sempre na direção contrária da massa, por-

tanto não sou favorável ao fato de um semi-anal-fabeto ser o comandante de uma nação. Nem tão pouco sou favorável, ao fato de analfabetos serem eleitos para vereadores, deputados, senadores e votarem (quando comparecem) sobre algo que mal leram e nunca sequer vão entender do que se tra-ta. Também tenho receio quando ignorantes sem discurso e muito menos coerência ou embasamento se tornam “formadores de opinião”.

Não sou nenhum seguidor de diploma, pois acho que papel não diz nada, mas o que de fato tem me assustado e muito é notar claramente que o país esta sendo induzido dia a dia a se tornar cada vez mais ignorante e ninguém parece se importar com isto.

Já vi textos de universitários com erros gramati-cais de primários. Já presenciei conversas entre homens gabaritados expondo seus diplomas e uma ignorância pavorosa, tanto cultural quanto moral. Claro, porque há a educação escolar, mas também a familiar, a social, que não é função de professor. Basta dizer que tem psicólogo formado em faculdade de bacana e que atropela uma pes-soa e não presta nem socorro. Ainda não me con-formei a que ponto chegou tal barbárie humana por absoluta falta de educação.

Estive recentemente na Noruega e me assus-tei ao notar que não há semáforos, porque todo veículo dá preferência sempre ao pedes-tre. Porque? Porque tem EDUCAÇÃO. Simples.

E a “cantora” (!!!) famosa fez um discurso patético comparando homosse-xuais a drogados e mes-mo chocando boa parte da opinião pública, teve gente, fã de tal mente-capta, que concordou. É o perigo de um micro-

fone na mão de qualquer boçal sem cultura alguma. É expandir o preconceito e estupidez, fomentados pela falta da educação.

Tentei assistir TV (que já não faço há muito tempo) e não resisti cinco minutos. É uma bo-bagem atrás da outra como se o único intuito fosse mesmo lhe desmerecer como ser huma-no pensante. Tem gente apoiando Feliciano continuar presidente da comissão dos direitos humanos. Quem já viu o vídeo do sujeito na net pregando seu culto e quem já cansou de ler suas declarações homofóbicas, racistas e misóginas, apoiar um cidadão deste só prova a razão do Brasil estar em penúltimo lugar no ranking mundial de educação.

Na TV, quando ainda candidato, o atual prefei-to, gritava aos quatro cantos que foi o melhor ministro da educação que o país já teve e com

esta herança que nos deixou, fico imaginando os seus antecessores, mas o povo acreditou. O que faltou? EDUCA-ÇÃO! Do outro lado da moeda, dois estudantes geniais e já matricula-dos na faculdade, ou seja, não precisavam do ENEM, decidiram provar que os corretores não liam as redações com atenção e, por isso, a nota dos candidatos era aleatória, pondo assim em cheque de uma vez por todas a já manchada credibilidade do exame. E não é que os garotos provaram que estavam certos. Um escreveu a receita do Miojo e ti-rou 560 o outro o hino do Palmeiras e tirou 500, sendo que as notas vão de zero a mil. E pensam que deu em alguma coisa? Claro que não, porque os ouvidos do povo estavam no Lec Lec Lec e os olhos na final do BBB.

Immanuel Kant disse uma vez que o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Então, meus caros, vamos refletir o que somos e o que seremos, se levarmos em conta a educação que nos têm sido ofereci-da. Cabe a nós mudar este quadro. Veja bons

filmes, leia bons livros (que tal o meu?), vá ao teatro, conheça pessoas novas, viaje, expanda seus conhecimentos e passe-os para frente, faça a sua parte e seja você a faísca que pode acender a chama desta mudança.

Um país gigantesco como o nosso ser penúlti-mo colocado num ranking de educação refle-te muito bem porque vivemos no caos da vio-lência urbana, na injustiça e nesta eterna falta do que falar. E assim como o inglês, que um deputado quer limar como disciplina escolar, a boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor. Quanto tá valendo a sua?

“Tentei assistir TV (que já não faço há muito tempo) e não resisti cinco minutos. É uma

bobagem atrás da outra como se o único intuito fosse mesmo

lhe desmerecer como ser humano pensante”

“o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Então, meus caros,

vamos refletir o que somos e o que seremos, se levarmos em conta a educação

que nos têm sido oferecida”

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20 1˚ Julho 2013

Ao rejeitar fim do senador suplente, Congresso reafirma compromisso com práticas como “venda” de mandatos e boca de aluguel. Para faxina, Consti-tuinte pode ser saída.

A votação no Senado que derrubou projeto que eli-minaria a figura do segundo suplente de senador e proibiria a escolha de parentes do candidato titular para a primeira suplência, e a articulação rápida dos partidos aliados na Câmara para derrubar o plebis-cito sobre a reforma política, mostram que não era absurda a proposta da presidente Dilma Rousseff, de convocação de uma Assembleia Nacional Consti-tuinte exclusiva para fazer a reforma política. O erro foi tático – ter anunciado a proposta sem articulá-la antes com as forças que a apoiam e depois retirá-la quase que imediatamente. Mas foi uma boa visão estratégica. Os parlamentares que lidam com as questões relativas a mudanças nas regras atuais para as eleições de deputados e senadores sabem que as propostas encontram obstáculos intranspo-níveis num Congresso eleito por elas.

Um referendo que não seja antecedido de um plebiscito sobre os temas a serem abordados pela reforma é a melhor garantia para os atuais parla-mentares de que nada vai ser mudado. Se, como no caso dos suplentes dos senadores, o Congresso se recusar a derrubar as coligações partidárias para as eleições proporcionais e manter inalterado o finan-ciamento de campanha, nada poderá ser submetido a referendo porque nada foi mudado. Será a melhor forma de tudo permanecer exatamente como está.

O pequeno partido “aluga” a sua parcela no horário eleitoral gratuito para um grande partido obri-

gando a legenda que terá o candidato na eleição majoritária (para presidente ou governador) a se coligar com ele nas eleições proporcionais; ou ainda “vendendo” (muitas vezes literalmente) seu horário para falar bem do candidato com quem negociou, ou mal do adversário do candidato. É o que se chama, na gíria política, de “boca de aluguel”: aque-le que fala do adversário aquilo que o candidato não pode falar, sob pena de perder votos. No caso simplesmente de coligação para obter mais tempo de rádio e televisão, um segundo pode não fazer di-ferença para um candidato, mas a soma de minutos e segundos de vários partidecos podem dar a ele uma vantagem sobre o adversário principal que, em regra, nenhum deles despreza em sã consciência. É a origem daquela lista interminável de partidos que os candidatos devem declinar no horário eleitoral e que, para economizar tempo, o locutor fala muito depressa.

Quando aluga (às vezes também literalmente) o seu horário e faz a coligação proporcional, o pequeno partido passa a figurar na mesma lista partidária que os demais coligados. Com isso, escapa da única regra existente para limitar a existência de partidos que não tenham representação mínima na socieda-de (uma cláusula de barreira, segundo a termino-logia legal), que é o quociente partidário. Por lei, se um partido não obtém o quociente partidário, produto de uma complexa equação entre voto e eleitorado, ele não elege nenhum representante. Numa coligação proporcional, o quórum é definido pela soma dos votos dados a todos os partidos aliados. O quórum real do partido nanico simples-mente some no meio de uma imensidão de votos que não são seus.

Se o partido nanico sobreviveu graças a esse expediente, se perpetuará no quadro partidário, ganhando Fundo Partidário e horário eleitoral para vendê--los ou alugá-los na eleição seguinte, graças a outro benefício que têm com a coligação proporcional. Quando se coli-gam, passam a integrar uma mesma lista partidária para eleger seus deputados e senadores. Todos os votos de todos os partidos coligados vão para a mesma conta – e passam a fazer jus a uma porcentagem das cadeiras de deputados federais (ou estaduais, ou vereado-res) a que a coligação tem direito. Se a coligação tiver direito a 30 deputados, eles serão eleitos pela ordem de votação – um deputado que tenha um milhão de votos até o trigésimo da lista, que pode ter apenas algumas centenas de eleitores. Nas úl-timas semanas, no horário partidário, um pequeno partido chamava para a legenda pessoas interessa-das em se candidatar – e como vantagem apontava o fato de o partido ter elegido parlamentares com o menor número de votos do Brasil.

Com isso, os partidos nanicos, mesmo que não tenham representação, ao se coligarem a partidos fortes, acabam com grandes chances de eleger de-putados federais. Garantindo uma bancada federal, continuam a ter direito a Fundo Partidário e ao horário eleitoral gratuito. E assim, mesmo sem ter nenhuma representatividade, acabam dando suas cartas nas eleições e depois no Legislativo – graças ao Supremo Tribunal Federal, eles têm garantido direito a liderança e participação nas comissões do Congresso e negociam seus votos dentro do Legisla-

tivo com o governo (normalmente são governistas) como qualquer outro da base aliada. De mordida em mordida, mantêm um sistema distorcido em sua representação.

Essa distorção foi tolerada durante algum tempo porque esses partidos são mais maleáveis a negociações rápidas, pois elas não dependem de definições doutrinárias. E também como um gesto de reconhecimento aos partidos que eram exceção à regra, como os comunistas e socialistas, que não tinham número de votos suficientes para sobreviver sozinhos, mas tinham uma representação ideoló-gica na sociedade que a democracia não deveria desprezar.

Esses partidos pequenos, porém ideológicos, con-seguiram vida própria nesses 28 anos de democra-cia, mas ainda assim essa é uma questão que, por interesses vários, inclusive dos pequenos, não anda. Se prevalecer a ideia de um referendo, sem que seja antecedido por um plebiscito, e a lei continuar a mesma, vale para as regras de coligações pro-porcionais a mesma coisa do que para a suplência do Senado: o que o eleitor vai referendar? Uma mudança que não aconteceu?

Um Poder Legislativo onde tudo está à venda

Maria Inês Nassif, no GGN

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21 1˚ Julho 2013

Melissa Pancini RNCP,CNPNutricionista Holistica Registrada

A má circulação é um problema que afeta várias pessoas. Os sintomas desta enfermidade são os mais variados, cuja causas possíveis são arte-riosclerose, sedentarismo, hábito de fumar, uso de roupas, sapatos ou

meias apertadas, costume de deixar mãos e pés expostos ao frio, costume de cruzar as pernas ou dormir encolhido, permanecer longos períodos de tempo sentado, uso de bebidas alcoólicas, pobre ingestão de água durante o dia.

Veja alguns cuidados para melhorar a circulação:

- O sangue não circula direito quando está cheio de impurezas, viscoso e quando a pessoa não se movimenta, portanto limpe o sangue movimentan-do-se bastante e normalizando a digestão.- Siga uma dieta de base vegetariana — rica em frutas, legumes verdes e hortaliças — esses alimentos possuem nutrientes benéficos para fortalecer as paredes dos vasos sanguíneos e melhorar a circulação.- Evite fumo e bebidas alcoólicas.- Não use meias ou sapatos apertados.- Adote exercícios diários de 40 minutos pelo menos.- Não permaneça sentado por longos períodos de tempo. Levante-se com frequência.- Não cruze as pernas .Estique-as periodicamnte e faça movimentos circulares com os pés.- O consumo de limão, alho e cebola crus também melhora problemas circu-latórios.- Beba chá de erva-mate: ele reanima as forças corporais e cerebrais. Dá resis-tência à fadiga e ativa a circulação.- Outras ervas que ajudam são: erva-de-santa-maria, dente-de-leão, camomi-la, folhas de algodão.- Tome um banho estimulante: adicione à água uma boa quantidade de vina-gre de sidra. Além de estimular a circulação, ainda mantém os poros abertos.

12 Cuidados para Melhorar a Circulação

Ficarei feliz em receber comentários ou idéias para novas matérias. Escrevam para: [email protected] ou liguem para (416)702-7019.

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22 1˚ Julho 2013Música

Seu novo Guia Imobiliário. AGUARDEM!!!

De fugitivo a refugiadoO homem que revelou segredos da espionagem dos EUA oficializa pedido de asilo à RússiaFinalmente, parece que Edward Snowden, o homem da informática que fugiu dos EUA depois de divulgar documentos secretos relativos ao programa de espionagem eletrônica da Agência Nacional de Segurança (NSA) vai se livrar da incô-moda permanência no aeroporto de Moscou.

Seu advogado entregou nesta terça-feira um pe-dido oficial de asilo temporário junto à imigração da Rússia. Os documentos foram preenchidos e entregues às autoridades russas dentro das ins-talações do aeroporto de Moscou, onde Edward Snowden se encontra há mais de três semanas.

Ele estava confinado no aroporto russo porque não tinha documentos para viajar, uma vez que os EUA revogaram seu passaporte. Ele teve convite de vários países da América Latina, cujos dirigentes fazem oposição à política da Casa Branca.

Por isso, só restou a Snowden permanecer na Russia apesar da advertência do presidente Pu-tin: “você pode ficar aqui, mas bico calado, nada de ficar revelando segredos dos Estados Unidos”. Enquanto o pedido de asilo é processado pela

imigração russa, Edward Snowden poderá ser transferido para um centro de acolhimento de refugiados.

Herói fugitivo55% dos americanos consideram

que Snowden agiu certo ao denunciar espionagem

A maioria dos norte-americanos têm opinião favorável sobre Edward Snowden por ter denun-ciado o programa de vigilância do governo dos EUA, que os entrevistados consideram ter ido longe demais. É o que revela pesquisa do Polling Institute, da Universidade Quinnipiac, com mais de 2 mil eleitores registrados. A pesquisa indicou que 55 por cento consideram que Snowden agiu certo ao denunciar a espionagem, enquanto apenas 34 por cento o chamam de traidor.

Curioso é observar como as pessoas mudam de opinião rapidamente. Na atual pesquisa, 45 por cento concordaram que os esforços do governo

no combate ao terrorismo foram muito longe, restringindo as liberdades civis. Uma pesquisa semelhante, em janeiro de 2012, mostrou que 63 por cento achavam que os programas do governo não eram suficientes para proteger o país de terroristas.

Peter Brown, diretor do instituo de pesquisa, declarou que há pouca diferença entre o pensa-mento de adeptos dos dois partidos. Na pergun-ta se o governo foi longe demais nos cuidados anti-terrorista, 43 por cento de democratas consideram que sim, em comparação com 41 por cento dos republicanos. Sobre o procedimento de Snowden, 38 por cento dos republicanos e 39 por cento dos democratas consideram-no um traidor.

Enquanto isso, prossegue a novela sobre o des-tino final do fugitivo. Alguns países sul-america-nos ofereceram asilo a Snowden. A Venezuela confirmou que está disposta a receber Snowden incondicionalmente, mas a diplomacia estaduni-dense trabalha para tornar mais difícil sua fuga do aeroporto de Moscou onde está ilhado há mais de duas semanas.

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