AnoI

Número64

Data11.10.2011

Pais deixam compras para última hora e faltam presentesPara CDL, maioria dos consumidores vai gastar entre R$ 51 e R$ 100

O tempO - p.8 - 11.10.2011

Nem todas os pequenos terão o sonho realizado neste Dia das Crianças. Alguns brinquedos já estão es-gotados. A sensação deste ano, o peão eletrônico Bey-blade, já não é encontrada nem nas lojas físicas, nem nos sites de venda. “Esse brinquedo está entre os mais procurados, mas o fabricante, a Hasbro, já avisou que não conseguirá repor o estoque a tempo”, afirma a ge-rente da BMart do BH Shopping, Carmem Lúcia da Paz. A gerente afirma que, neste ano, o movimento está abaixo do esperado. “Esperávamos um aumento de 15%, mas até agora registramos apenas 5%”, diz Carmem.

Ontem, o movimento foi grande nas lojas e não deve ser diferente hoje. Segundo estimativas da Câ-mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL), 69% dos consumidores deixam as compras para outu-bro.

Apesar da redução no ritmo de crescimento, mui-tos pais deixam a emoção falar mais alto. A designer Cláudia Siqueira levou a filha Paula Siqueira Verly, 4, para escolher o presente ontem.

“Ela queria uma boneca de uma coleção, e eu já tinha comprado uma por R$ 130. Achei que seria o mesmo valor, mas custou R$ 200, mas eu acabei com-prando, porque era o que ela queria”, conta.

A supervisora pedagógica Shirlene Martins dos

Santos também comprou uma boneca da Turma da Mônica por R$ 139,90 para a filha Mariana, 3. “Eu nem costumo comprar presente nesta data, mas acabei comprando”, diz Shirlene.

A estudante Paula Mendonça Valadares estava comprando presentes pela primeira vez, para sete crianças, a maioria afilhados. Larissa Gabriely da Sil-va, 9, foi com a madrinha escolher o brinquedo e saiu da loja satisfeita com a escolha. “Minha mãe vai me dar um celular”, conta.

Gasto médio

Segundo pesquisa CDL, este ano a maioria dos consumidores vai gastar entre R$ 51 e R$ 100. Quase metade (46,45%) dos entrevistados pretende comprar itens dentro dessa faixa de preços.

Para comemorar a data com as crianças, os pais pretendem lanchar fora. Esse foi o passeio apontado por um quinto (21,81%) dos entrevistados. Em segun-do lugar, aparece passeio no parque ou centro de di-versões (19,48%), seguido por almoçar fora (15,32%), ir ao cinema (12,72%) e viajar (11,42%). Boliche, jan-tar fora de casa e cinema também aparecem entre as programações especiais. Este ano, a CDL espera um crescimento de 3% a 5% nas vendas de outubro.

O tempO - p.10 - 11.10.2011

Juros cobrados do consumidor são os menores desde 1995Expectativa é de que valor sobre as operações de crédito voltem a cair

A taxa média mensal de juros incidente sobre as operações de crédito para o tomador pessoa física caiu de 6,75% em agosto para 6,69% em setembro, indica pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executi-vos de Finanças, Administração e Contabilidade (Ane-fac) - a queda foi de 0,06 ponto percentual. Já a taxa média anual caiu em 1,48 ponto percentual, passando de 118,99% em agosto para 117,51% em setembro - os menores juros da série histórica da pesquisa da Anefac, iniciada em 1995.

Esta foi a segunda redução consecutiva desde agos-to, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, de 12,50% para os atuais 12% ao ano. De julho para agosto, a taxa média de juros

cobrada sobre as operações de crédito havia caído de 6,84% para 6,75% ao mês.

De acordo com o economista e coordenador de es-tudos da Anefac, Miguel de Oliveira, as reduções po-dem ser atribuídas a quatro fatores: ao bom momento pelo qual passa a economia brasileira, mesmo com pe-quena redução da atividade econômica; à maior oferta de crédito, mesmo considerando a redução no ritmo dos empréstimos; à maior competição no sistema financei-ro; e à queda da taxa básica de juros.

Para os próximos meses, espera-se que a taxa de juros aplicada sobre as operações de crédito voltem a cair por conta das prováveis reduções da taxa Selic, conforme sinalizações do Banco Central.

DiáriO DO COmérCiO - p.14 - 11.10.2010

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